Série Neurociência do Comportamento: os automatismos nos robotizam | Carla Tieppo

Olá seja muito bem-vinda muito bem-vindo aqui é o nada trivial Nossa dose de neurociência na veia começa agora nosos quadro de terças-feiras e a gente tá no meio de uma série incrível neurociência do comportamento é o tema que eu mais gosto de falar eu resolvi fazer essa série porque eu tô escrevendo um livro aí que já deve já já tá no jeito para chegar na mão de vocês por aí já já inclusive deve sair toda a campanha de pré-lançamento e você você se antecipar vai chegar junto outra coisa que você não pode perder de vista

por aqui é a comunidade inédita lá você vai aprender muita neurociência então se você gosta de neurociência dá uma olhadinha na descrição desse vídeo que você vai conhecer tudo sobre a comunidade inédita que será lançada oficialmente no dia 17 de junho se você entrar logo você vai ser um membro fundador dessa comunidade cheio de prerrogativas podendo levar grupos estudo e reuniões eventos vai ver vai ser a comunidade mais interessante de neurociência já produzida nesse país queç neste mundo não é e pra gente dar continuidade na nossa série de neurociência do comportamento nós vamos tocar uma

fidaa que muita gente se pergunta e se perde um pouco nesse tema que é a questão dos Famosos comportamentos automáticos né Eh eu já tive oportunidade de falar sobre isso aqui no nada trivial outras vezes Especialmente quando eu fiz vídeos sobre o cerebelo eu acho que se bobear tem dois vídeos já bem explicadinhos Tanto da anatomia quanto da da funcionalidade do cerebelo mas eu queria falar sobre o comportamento automático sobre uma outra perspectiva hoje né você já deve ter ouvido falar de um eh ganhador do prêmio Nobel que é Daniel Kenan né ele faleceu esse

ano agora em 2024 uma perda muito importante aí pra ciência né Eh foi prêmio Nobel e ele estudava sobre vieses cognitivos né estudava sobre processo de tomada de decisão e Ele demonstrou junto com o parceiro de trabalho de vida dele de anos né de trabalho o am svk eles demonstraram que a maior parte das nossos processos de tomar das decisão acontecem num modelo meio automático e que aumenta muito a chance da gente cometer erros né e passou a ser esse um enfoque muito importante nesse tema Inclusive tem um livro que ficou aí nos mais vendidos

durante um tempão chamado rápido e devagar duas formas de pensar né aonde ele traduz todo o estudo que levou ele a que o levou a ganhar o prêmio Nobel né mas eh eu faço um recorte dessa história que pode ser uma questão que as pessoas interpretem de forma um pouco equivocada E que esteja quem sabe atrapalhando sua compreensão e até mesmo a sua potência em relação a esse tema então aqui no meio da nossa série em neurociência do comportamento eu quero abordar especificamente Neste vídeo e no próximo essas duas perspectivas tratadas no livro e no

em todo o trabalho do ceman que é o sistema rápido e o Sistema lento veja não foi o ceman quem percebeu essa dualidade no processo de tomada de decisão tá E esse sistema dual de tomada de decisão ele é conhecido já na literatura tanto da Psicologia quanto da própria neurociência há muitos e muitos anos né O que o ceman fez foi estruturar isso para para tomada de decisão com base econômica né ele tava muito interessado na questão da tomada de decisão econômica e e foi esse o foco dele tanto que o prêmio nóbel que ele

ganhou foi de Economia né não foi de Medicina né não foi na área da saúde não foi na área da fisiologia do funcionamento do corpo foi especí ficamente um nóbel de Economia Porque ele quebrou a ideia do famoso homo eeconômicos que é um tomador de decisão racional Essa foi a o questionamento dele né mas Qual o recorte que eu quero fazer aqui para vocês nesse vídeo no próximo vídeo pra gente compreender essa perspectiva do processo de tomada de decisão na construção do comportamento no vídeo passado se você assistiu Você viu que eu trouxe a questão

do da cognição quer dizer à medida que eu vou ampliando a minha capacidade de ler o mundo de de reconhecer o ambiente e as suas pequenas variações eu vou adequando melhor o meu comportamento a cada uma dessas situações mas eh obviamente esse processo cognitivo e quanto mais camadas né de complexidade nós vamos colocando nesse processamento cerebral mais lento esse processamento vai ocorrer ele vai demorar mais tempo para conseguir dar conta de todas as variáveis é uma questão mesmo de Delta de tempo e você sabe comportamento não é uma coisa que pode esperar né em geral

nós temos ali uma situação que nos Pede uma interação imediata e mesmo que a interação que que é solicitada a nós não seja imediata é como se nós exprimissem né Nós conseguíssemos manifestar Nossa competência através dessa prontidão através dessa capacidade de fazer uma entrega bem rápida de qualquer coisa que nos perguntam né É quase como se nós pergunta Puxa qual bom lugar aqui para para me hospedar ou para conseguir um restaurante que seja bom e tal espera-se que você saiba responder isso da ponta da língua essa expressão na ponta da língua fala justamente sobre essa

perspectiva do que é automático do que flui como quase que espontaneamente do seu conhecimento entenda que isso tá diretamente ligado também ao comportamento porque na maior parte do tempo nós vamos fazer coisas que estão na ponta da língua Não exatamente da língua mas da ponta dos dedos ou na ponta de cada parte do nosso corpo né quer dizer alguma coisa que está pronta para ser expressa e geralmente esse tipo de comportamento é reconhecido como impulsivo por qu porque ele só é manifesto ele só é observado quando el tá errado quando a gentee dessa forma impulsiva

muito entre aspas e a gente acerta ninguém vai dizer que a gente foi impulsivo vamos dizer que a gente foi competente e onde é que tá essa diferença entre o que vai ser julgado como impulsivo como errado como inadequado daquilo que será julgado como competente no nosso comportamento basicamente diz respeito à qualidade desse comportamento automático que a gente tem bom mas como é que a gente pode garantir qualidade desse comportamento automático Será que eh esse comportamento automático ele é quase como se fosse uma robotização do ser humano a gente é programado se você estudou um

pouquinho de de psicologia em algum momento da sua vida ou até mesmo essa psicologia vamos dizer de Boteco né a folk psychology psicologia Popular você já deve ter ouvido falar na palavra condicionamento né Eh as as escolas behavioristas né as escolas comportamentais da Psicologia tratam muito dessa questão do condicionamento como sendo uma questão central aí na forma como a gente constrói nossos comportamentos Mas será que a gente não consegue levantar um pouco mais camadas desse problema para tentar enxergar um pouco mais profundamente porque a origem disso tudo pode estar exatamente no resultado que a gente

busca atingir ã a famosa intencionalidade mas não Obrigatoriamente essa intencionalidade que nós sabemos que temos muitas vezes é o nosso sistema emocional quem constrói essas intencionalidades por conta das nossas necessidades eu falei sobre isso no nosso vídeo do papel da emoção no comportamento ela vai de uma certa forma direcionar Quais são os resultados que a gente gostaria de atingir e são esses resultados que a gente gostaria de atingir que de uma certa forma norteiam os comportamentos que nós vamos automatizar E aí entra em Ação né uma Vedete que é o neurotransmissor dopamina que muita gente

fala sobre ele e quase ninguém sabe exatamente o que que ele faz né eu tive oportunidade de ah na semana passada fal novamente num dos podcasts mais assistidos aí do país que é em termos de ciência né que é o podcast do luts e e fizemos um recorte lá um corte que depois foi pro Instagram falando de dopamina como motivação e muito interessantemente foi um vídeo aí que deu bastante visualização porque as pessoas têm esse interesse né então vamos Recordar aqui qual é o papel dessa dopamina nessa história basicamente O que que a dopamina faz

a dopamina é um agente dentro da dinâmica funcional do sistema sistema nervoso que norteia Quais são os comportamentos que nós queremos fazer que se tornem automáticos porque nos trazem resultados que não são que a gente deseja né mas veja não Obrigatoriamente Isso é o que nós deveríamos desejar hum eh aquele velho dilema não é você quer emagrecer mas não quer fazer dieta né então você deseja um resultado mas você não quer fazer a coisa que te leva esse resultado E aí então a dopamina nunca vai te ajudar a fazer dieta porque ela não está so

efeito daquilo que você deveria querer ela está sob ação daquilo que você realmente quer não é então quando você consegue em cada circunstância da sua vida eh evidenciar qual é oado que você deseja Alcançar aquilo será o balizador para você Constru um comportamento automático e o comportamento automático vai ser construído para você atingir aquele resultado Então não é que você está sendo robotizado na verdade você não está sendo condicionado de uma forma completamente estranha a você porque no fundo quem deseja aquele resultado é você então se nós conseguirmos entender dimensionar dentro da perspectiva do comportamento

o que que é que nós realmente essa palavra é muito importante ser frisada porque tem que ser Realmente mesmo não pode ser só um discurso da boca para fora que você esteja querendo aquele resultado você vai conseguir né nutrir o seu sistema de estímulos suficientes para que quanto mais perto você chegue daquele resultado mais você eh tenha ímpeto de realizá-lo E aí entra em Ação dois elementos muito importantes que são justamente o elemento do sistema de dopamina que é o sistema que vai eh meio que escolher qual é o comportamento adequado para atingir o resultado

que você deseja vai te dizer olha agora é a hora de você executar aquele comportamento e o Belo que é o sistema capaz de automatizar em si né É É quem tem a circuitaria neuronal suficientemente robusta para gerar essa sequência de ativações neuronais que te levam a realizar um comportamento de uma determinada forma parecendo autômato parecendo robótico parecendo automático e a ponto da gente dizer ah isso aí é a personalidade desse indivíduo é o jeitão que ele leva as coisas na vida porque no fundo esse sistema rápido esse sistema automático ele é o sistema que

a gente usa a maior parte do tempo porque é ele quem nos ajuda a atingir esses resultados que a gente deseja alcançar então a briga aqui pessoal E a briga que nós vamos ter no próximo vídeo obviamente é justamente a gente definir como é que a gente deseja as coisas O que que é que está no CNE desse conflito de desejos né essas essa polifonia essas múltiplas vozes que existem no cérebro operando forças de distintas empurrando a gente para um lado e pro outro como se fosse um diabinho e um anjinho essa figura tão né

icônica e tão já desgastada vamos dizer assim né na filosofia humana que é o conflito do bem e do Mal as dicotomias que estão o tempo inteiro manifestas em nós né a gente sabe o que a gente deveria querer mas nem sempre é o que a gente quer e a gente quer coisas que a gente Definitivamente não poderia querer não é e não poderia por quê Porque não é ético ou porque não é moral ou porque não é adequado mas Definitivamente não é sobre isso que o cérebro está preocupado o tempo inteiro ele está muito

mais preocupado em atingir resultados que deem conta das suas demandas emocionais e é por isso então que o processo de tomada de decisão depende tanto das emoções não é porque nós somos levados Pelas nossas emoções é porque elas são essas emoções que de uma certa forma qualificam Quais são os resultados que a gente deseja alcançar em cada uma das circunstâncias que a gente está vivendo Então nesse capítulo aqui do neurociência do comportamento abre-se um leque absurdo de perguntas acerca de o que que é que realmente norteia o comportamento humano no nível do desejo e você

não tem noção de quantos filósofos psicólogos neuropsicólogos se debruçam cotidianamente sobre essa diferença entre o querer precisar desejar e todas as nuances que isso tem no nosso sistema emocional Espero que você tenha gostado dessa visão do impacto né Desse conflito sobre os comportamentos e entenda que comportamentos automáticos não estão aí apenas para serem econômicos mas sim e principalmente para serem rapidamente incisivamente relacionados com aquilo que você deseja alcançar e por isso mesmo parece quase que te produzem uma visão de túnel como se não houvesse quase nada além daquele comportamento a ser realizado naquele momento parar

puxar o freio de mão pensar Acerca das coisas e requestar o porquê dos seus comportamentos é o assunto que a gente leva no próximo e último vídeo da série neurociência do comportamento aqui no nada trivial Gostou então não deixe de curtir Não deixe de compartilhar Não deixe de ver os outros vídeos da série se você ainda não assistiu porque o último Vai ser realmente um passa régua nessa história trazendo as perspectivas do córtex pré-frontal o famoso córtex pré-frontal no comportamento e se você tá Prontinho para se aprofundar em neurociência junte-se a nós na comunidade inédita

que é a comunidade que congrega todas essas empresas do grupo inédita tanto na neurociência educação quanto os cursos de neurociência quanto as a empresa illumine que é uma consultoria empresarial todas essas a editora a design myself todas essas empresas que você vê passar aqui no nada trivial como os patrocinadores desse canal e que se juntam para produzir agora esta grande comunidade de compartilhamento de conhecimento onde você se até o dia 17 de junho de 24 estiver inscrito na comunidade pode se tornar um membro fundador e definitivamente nos ajudar a pilotar esse Transatlântico rumo ao conhecimento

um grande abraço e até o próximo