Crônica

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Fátima Campilho
Trecho do programa " De ponto em ponto se faz um conto" da série Palavra Puxa Palavra da MultiRio. A...
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[Música] olá proponho a vocês uma adivinhação o que é o que é que hoje se lê e amanhã não se quer mais o jornal é claro a leitura diária do jornal informa muito mas é transitório quer dizer há notícia de hoje não serve mais amanhã porque amanhã já é outra o conteúdo está sempre se renovando [Música] estou guardando as ofertas videogame seis meses dinheiro para comprar um pode escolher entre várias opções [Música] o anúncio de hoje não serve para o futuro as matérias do jornal nascem envelhecem rapidamente a linguagem do jornal procura ser simples e
direta para que todos possam compreender também rapidamente a informação que sequer veicular vocês sabem que tipo de texto aparece no jornal entrevistas reportagens críticas principalmente anos tem crônicas grolli muitos escritores da nossa literatura escreve crônicas para o jornal alguns ficaram famosos por isso em geral as pessoas não têm muito tempo de manhã tomam um café rápido e sair correndo para o trabalho o cronista escreve sobre a atualidade e despertando interesse no leitor apressado cronista de jornal é como cigano que toda a noite amos só tendo pela manhã a desmancha e vai essas foram as palavras
de um dos nossos maiores cronistas rubem braga ele compara o caráter passageiro das crônicas com a vida em constante mudança dos ciganos crônicas são pequenos textos de jornais ou revistas que geralmente na rua episódios ou relatam impressões do escritor sobre os mais variados assuntos o cronista é o escrivão do cotidiano através dele o real é recriado quem não gosta de ler uma boa crônica joão paulo tem muitos luis fernando verissimo rubem fonseca marina colasanti artur xexéo as crônicas ocupam bastante lugar nos jornais de hoje na verdade sempre ocuparam machado de assis um dos maiores escritores
brasileiros escreveu várias crônicas para jornais como essa de 27 de outubro de 1895 conversávamos alguns amigos à volta de uma mesa eram cinco horas da tarde bebendo chá se torne um chá para que se compreenda bem a elegância dos costumes das pessoas que os ingleses franceses e imitaram os ingleses nós estávamos vendo se limitando os franceses há de haver alguém transmitir com sua fina ironia machado de assis criticava hábitos da nossa sociedade nas crônicas comentava acontecimentos alegres e tristes da semana a morte de amigos e de pessoas públicas as guerras a política à economia e
os hábitos do momento grandes escritores fazem crônicas que sobrevivem ao tempo e que continua a despertar interesse de leitores anos mais tarde a qualidade faz com que os textos permaneçam com obras literárias as boas crônicas são reunidas em coletâneas e editadas em livros carlos drumond de andrade paulo mendes campos rubem braga fernando sabino e muitos outros escreverão crônicas que foram editadas em livros cada um tem seu estilo alguns escreve crônicas poéticas como fez carlos drumond de andrade nascido em itabira minas gerais mas morador de copacabana ele escreveu várias crônicas sobre a vida carioca numa delas
a descoberta do mar do mam cometa a emoção de descobrir se o mar não percebe essas coisas o mar e seu irmão ele costuma passar indiferente longo da praia como faz irmãos de tam se habituarem a convivência quantas pessoas vão do leblon ao centro sem olhar [Música] mas quem veio do sertão ou da mata e vive no subúrbio onde o trem que passa a tentar descer ou de madrugada com vida viagem que nunca será feito este sábado que é desejo apetite de mar drumond mineiro sabe o que é a pizza de mar e você sabe
o que é muitas pessoas também sabe mora longe mas adora ver o mar os finais de semana gosta de praia já o marfinense a beleza que o marketing lembra as pessoas o suposto fã de sair a maravilha que ora isso não pega um bronze curtir a vida meu sonho é morar perto do mar fatos do dia a dia podem servir de matéria para o cronista se inspirar e escrever alguns utilizam este espaço do jornal para relatar histórias de uma maneira divertida sérgio porto por exemplo vinha os fatos do cotidiano com muito humor sob o pseudônimo
de stanislaw ponte preta escreveu crônicas engraçadas que comentavam alguns aspectos da vida como medo que algumas pessoas têm de avião no texto a estranha passageira sabe em um vôo para ser usada em caso de necessidade o irmão é de que essa tal de emergência que o atleta só ela emergência não é uma pessoa [Música] a mãe estamos falando tão alto além da jóia [Música] senhora aqui os sanfoneiros mesmo o avião ainda não levantou vôo viram a crônica estranha passageira de stanislaw ponte preta é quase uma pequena piada sobre o medo comum e nada divertido de
viajar de avião alguma pergunta até aqui tem uma dúvida a crônica do stanislaw é tão diferente das crônicas de drummond machado de assis pode isso pode sim por isso existem crônicas tão diferentes como as de drumond machado stanislaw ponte preta novos nomes estão sempre aparecendo no mundo da crônica é um abuso jornais para descobrirmos gente escrevendo sobre variados assuntos política quase esporte e culinária de maneiras diversas de acordo com a visão de cada um dos escritores as crônicas vão deixar marcados os fatos da nossa história a clínica é um texto geralmente pequeno que pode ou
não contar uma história há um outro tipo de texto que através de uma estrutura mais elaborada sempre apresenta uma narração a diferença entre um ponto e uma crônica a sua dúvida é bem pertinente porque às vezes os limites entre o conto ea crônica não são claros a crônica em geral é bem curta não precisa ser uma narrativa pode ser um comentário uma descrição ou que o autor quiser falar sobre o cotidiano já o conto é sempre uma narrativa ficcional inventada com personagens estrutura mais elaborada [Música] o [Música] [Música] [Música] ae [Música]
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