o mundo mude bem fala do africanismo Ele explica que uma condição básica para que a gente compreenda as imagens negativas que se criam sobre a África é notar a relação indissociável entre o colonialismo e a criação de epistemologias universalizantes por isso a posição contra o africanismo parte das correntes chamadas pós-coloniais porque são elas que fazem a crítica as bases do pensamento do colonialismo Eu sou Professor Otávio e hoje a gente vai falar sobre algumas correntes de pensamento que nos ajudam a entender a história da África Mais especificamente o pensamento pós-colonial o pensamento decolonial e os
estudos subalternos e para que a gente possa entender essas correntes de pensamento é preciso que a gente lembre que desde o século 16 isso é desde o período que a fotografia chama de modernidade a uma universalização de pensamentos de conceitos e de ideias a partir de três grandes movimentos políticos sucessivos o estabelecimento do colonialismo o desenvolvimento do capitalismo EA imposição do imperialismo colonialismo capitalismo e imperialismo são fatos históricos completamente insociáveis em são eles que criam um mundo moderno são eles que universalizam os recursos ocidentais europeus e depois estadunidenses são eles que operam epistemicídios nativos são
eles que geram atual ordem mundial exploratória e são eles que criam sociedades baseadas em estruturas raciais hierárquicas e desiguais as palavras essa modernidade constituída pela Tríade coronelismo capitalismo imperialismo gerou consequências verdadeiramente globais e uma delas pode ser visto na alteridade planetária isso é na divisão desigual de todo mundo essa divisão começa como metrópole-colônia depois passa a primeiro mundo terceiro mundo e mais recentemente tem-se falado em morte Global Sul Global a partir da atenção Econômica política cultural e mesmo existencial que habita essas autoridades a gente começa a ver desde a virada para o século 18 por
século 19 com a revolução haitiana primeiro o surgimento de lutas políticas e de argumentos acadêmicos que pudessem embasar uma realidade que entendesse e superasse a nefasta Tríade da modernidade esses argumentos assumem formas de correntes e como o Marxismo e claro como os estudos pós-coloniais então quando a gente fala de pós-colonial enquanto corrente de pensamento a gente está falando de corrente de pensamento que estão diretamente ligadas a lutas e movimentos políticos anticoloniais Porque afinal a condição para que o pensamento pós-colonial exista é justamente A Crítica da Tríade da modernidade a cientista política Luciana ballestrin dividir o
pensamento pós-colonial em três momentos O primeiro é então justamente o pós-colonialismo anticolonial o movimento que reuniu intelectuais ativistas e lideranças que deixam a produção dispersa não necessariamente acadêmica institucionalizada e disciplinada essa etapa do pós-colonialismo herdeira Direta do panafricanismo e de e fundamentais como aqueles de mc0e Frantz fanon EA gente poderia dizer que ela se inicia canonicamente com a publicação do livro neocolonialista O Último estágio do imperialismo do como e chroma e foi um político e revolucionário do Gana por cima etapa que envolve tanto luta política quanto escritos diversos alguns nomes que compõem o pós-colonialismo anticolonial
são Amílcar Cabral chega e vara de roupa ossatura e o time por essa relação entre teoria e práxis essa etapa do pós-colonialismo é muito relacionada com a psicanálise com o panafricanismo como pensamento afrodiaspórico e claro com o Marxismo revolucionário a segunda etapa do pós-colonialismo é o pós-colonialismo canônico que se inaugura em 1978 como é muito do livro orientalismo do Eduardo Sued nessa etapa a gente tem uma ênfase que recai sobre as estruturas mentais ideológicas e teóricas do coronelismo e entendido enquanto uma sobrevida ideológica após a segunda metade do século 20 é chamado de colonialidade então
a segunda fase do pós-colonialismo tá preocupada em pensar os efeitos da colonialidade e é daqui que adivinha definição mais geral dessa corrente de pensamento desconstruir a prosa Colonial isso é as estruturas mentais as formas simbólicas e as representações que dão suporte ao projeto Imperial e também desmascarar o potencial que essa prosa Colonial tem para falsificação que é o interminável estoque de mentiras fantasias e fetiches projetados pela qualidade nos sujeitos subalternos co O que faz o orientalismo de saúde e o africanismo demos imbi essa segunda etapa do pós-colonialismo apesar de ter como foco a colonialidade é
muito plural e difusa porque influenciada por várias correntes de pensamento acadêmicos como o pós-estruturalismo os estudos pós-modernos o desconstrutivismo a teoria crítica os estudos literários e assim por diante e nessa pluralidade nós temos Eduardo Side gayatri spivak pond Rory Stuart Hall home baba como alguns dos autores mais representativos desse cânone pós-colonial em conta a primeira etapa do pós-colonialismo tá ligada ao pan-africanismo EA segunda etapa tá relacionada com questões do Oriente Médio incluindo a luta Palestina a terceira etapa do pós-colonialismo tá ligada a movimentos latino-americanos o do final da década de 1990 essa terceira etapa é
conhecida como o pós-colonialismo de Colonial ou simplesmente como estudos decoloniais que é uma das três principais correntes selecionadas para a nossa discussão aqui o pós-colonialismo de Colonial é marcado pela radicalização na crítica da modernidade e do eurocentrismo ele é enfático em evidenciar os efeitos deletérios da modernidade porque entende que a colonialidade não é derivada da modernidade mas constitutiva dela para o pós-colonialismo de Colonial modernidade é colonialidade porque ele é um tentáculo de um pensamento eurocêntrico e Emicida assim nessa radicalização o pós-colonialismo de Colonial busca se afastar dos excessos teóricos da segunda fase do pós-colonialismo e
volta para práxis a funcionária da primeira fase do pós-colonialismo ou seja o de Colonial busca maior proximidade com o anticolonial do que com canônico debate dos discursos e símbolos da colonialidade os insultos e coloniais que muitas vezes Inclusive rejeitam essa maternidade do pós-colonialismo buscam a recuperação de ecossistemas perdidas de saberes tradicionais e apagados pela modernidade em filosofias dividir libertação e pensamentos emancipatórios e tem como principais nomes Walter mignolo Ramon grosfoguel Nelson maldonado-torres Catherine walsh Eduardo restrepo Arturo Escobar Aníbal quijano Henrique do seu e vários outros esse pós-colonialismo de Colonial é influenciado também por uma corrente
chamada grupo de estudos subalternos que a terceira corrente da nossa discussão o grupo de estudo subalternos surge nos anos 1970 de forma mais ou menos concomitante com o pós-colonialismo canônico ir e surge focado especificamente no sul asiático Mais especificamente no subcontinente indiano ali influenciados por certas discussões do Marxismo do pós-colonialismo anti-colonial E acima de tudo das análises de Antonio gramsci pesquisadores como ranade burra a já citada gayatri spivak dipesh chakrabarty e parte da chatterjee Fundão e alimentam o grupo de estudo subalternos cuja principal meta é desmantelar as narrativas historiográficas coloniais e da voz não somente
aos indianos indígenas do passado mas especialmente aos indianos indianas que estavam a reza no chão desligados do mundo da Elite ou seja é a proposta do grupo era criar uma fotografia anticolonial mas também classista Por que deve especial atenção ao sujeito subalterno e não Às vezes é essa aproximação com o materialismo e com grupos esquecidos e desumanizadas que aproximam o grupo de estudo subalternos de um grupo Latino Americano chamado modernidade colonialidade que reúne justamente aqueles importantes nomes do pós-colonialismo de Colonial Como já citados Walter miolo e Catherine walsh a partir disso a gente pode sumarizar
um pouco essa discussão para que a gente entenda melhor essas três correntes de pensamento que Eu mencionei que seria uma base aqui da nossa discussão isso é os estudos pós-coloniais os estudos decoloniais e os estudos subalternos de uma certa maneira a gente viu que essas três correntes podem ser colocadas sobre a A equipe que tá do pós-colonial porque porque essas três correntes estão relacionadas a uma postura anticolonial ou menos crítica da estrutura global que a gente vive Hoje essas três correntes são herdeiras nos movimentos africanos de evolução independência dos anos 1950 1960/1970 EA partir deles
que elas se dividem a partir dessa divisão nós temos Então os estudos pós-coloniais mais canônicos que buscam criticar as estruturas mentais discursivas e simbólicas da qualidade os estudos subalternos que visam a revolucionar as fotografias sua asiática dando voz aos sujeitos apagados e os estudos decoloniais que olham para América Latina para realizar a Ampla e contundente crítica à modernidade é muito importante que a gente nós O que é essa explicação é generalizante e possivelmente um pouco arbitrária porque uma outra marca do pós-colonial é o fato de que todo mundo que é qualificado como pós-colonial acaba rejeitando
essa designação a muita crítica a essas três correntes de pensamento e elas são bem menos homogêneos do que a gente poderia pensar Apesar de todas elas terem o mesmo centro a crítica A colonialidade e aos seus efeitos perenes e contemporâneos bem e como isso tudo ajuda a gente a pensar a história da África os ajuda a trazendo: que a gente nunca pode esquecer os estudos críticos da modernidade ganha um corpo em uma grande medida através das lutas africanas do Século 21 ganha corpo eles nos apontam como nossas ferramentas de análise são comprometidas com os projetos
coloniais a partir dos estudos pós-coloniais a gente consegue perceber o e o africanismo do mundo em B por exemplo é uma lógica simbólica que opera dentro daquele estoque de falsificações da comunidade que eu comentei antes e a partir dos estudos decoloniais a gente pode buscar justamente novas maneiras de romper com as ferramentas analíticas da colonialidade e buscar novos caminhos de leitura do mundo mas não apenas de leitura do mundo mas também de construções de mundo que superem os escombros políticos do colonialismo e do imperialismo e os estudos sobre alternos apesar de serem focados no sul
da Ásia são também um constante lembrete de aqui no meio da comunidade nós não temos somente símbolos e discursos mas pessoa e subalternizados e são também protagonistas da história no caso da história da África os estudos subalternos então nos ajudam a pensar ideias de comunidade de a idade de humanidade que são facilmente esquecidas pela historiografia mais tradicional e como já vimos é originária dos movimentos de modernidade acho que a partir dessa discussão a gente consegue perceber que pós-colonial significa várias coisas uma delas é um campo de experiências e ações onde coloniais outra é uma corrente
de pensamento que surge com Eduardo saúde é dentro desse Campo de experiência e dessas ações anticoloniais que a gente encontra as três correntes que foram discutidas aqui pós-colonial agora aqui entendido como a segunda fase canônica que nós falamos sobre de colonial e isso dos subalternos conceitos-chave para essa discussão foram colonialismo capitalismo e imperialismo Essa é a Tríade da modernidade e alvo dos vários Campos de estudos anticoloniais o que saber mais sobre isso a bibliografia usada nessa discussão está aí na sua tela e também estará disponível no palete da nossa disciplina de História da África um
Muito obrigado pela atenção e bom cesto