EDIÇÃO ESPECIAL COM PAULO BORGES JUNIOR

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Café Conexão e Propósito
O engenheiro, teólogo e pensador Paulo Borges Junior esteve conosco no Café Conexão e Propósito para...
Video Transcript:
Não é o estado em que você está; é a forma como você pensa. Tudo que você pensa. Então, as maiores muros da nossa vida não estão por fora; as maiores fortalezas da nossa vida estão dentro.
É tão forte isso que o apóstolo Paulo diz que o Evangelho não é uma arma poderosa para quebrar o muro que te cerca; o Evangelho é uma arma poderosa para destruir as fortalezas que te aprisionam na sua mente. Então, o maior desafio de uma pessoa é ser transformado na sua forma de pensar. E isso não é um holocausto.
Muitas vezes, as pessoas pensam que Deus quer de você um sacrifício na forma de um holocausto — uma hora extra, uma dedicação. Não! Deus não está pedindo aqui o sacrifício.
Ninguém, ninguém aqui precisa fazer hora extra para encontrar o propósito de Deus na sua vida. Aliás, é uma coisa curiosa lá do Velho Testamento. Tudo na Bíblia, tudo na Bíblia não é litúrgico; tudo que está lá na Bíblia é pedagógico.
E, às vezes, as pessoas leem a Bíblia de forma litúrgica, querendo encontrar formas, métodos e liturgia. Não! Tudo que está escrito é para instruir exatamente quanto à forma de pensamento.
E lá, quando não havia ainda plena revelação, Deus deu uma figura pedagógica que era o templo. E o templo não era para marcar um endereço litúrgico. O templo era montado e desmontado o tempo todo na viagem.
Então, é engraçado isso, né? É como se Deus tivesse dado um quebra-cabeça para o povo dele e, de tempos em tempos, eles tinham que desmontar aquilo e montar de novo. Então, era como se eles repetissem esse rito até entender o que ele significa e não até ficar bom em montar e desmontar.
O nosso problema é esse: a gente pega e Deus nos dá uma atividade para abrir e iluminar o nosso entendimento, e a gente fica bom na atividade e continua tão estúpido quanto antes. E aí, a gente é uma besta treinada a montar e desmontar, e nunca entendemos o sentido. Então, quando o povo montava e desmontava o tabernáculo, lá o templo, o lugar mais íntimo de Deus, ninguém podia suar.
Tá bom, já dava para parar aqui, né? Empresários, com suor você nunca vai conhecer as coisas mais íntimas do verdadeiro propósito da sua vida. Suado, você não vai aprender nada.
E qual é um dos ditados mais populares que você ouve? "Eu conquistei tudo. " Sabe quem conquista com suor?
O escravo. O escravo sabe quem conquista com suor; o cavalo, a mula. Aquilo que verdadeiramente diz respeito a nós é quem nós nos tornamos e não o que nós fazemos.
A maior realização do seu empreendimento é a pessoa que você se torna e não aquilo que você realiza. Porque se fosse para realizar, um cavalo fazendo o nosso serviço faria melhor. Então, se aquilo que estou fazendo não transformar meu entendimento a respeito da pessoa e das relações, então estou fazendo um trabalho animal, estúpido; é só suor.
Então, os fundamentos vão ajudar a gente a entender isso. Não adianta esse bloqueio na mente; ele tem que ser destruído para que eu pare de pensar como um escravo que pensa que está focado no resultado. As maiores.
. . eu convivo com gente muito próspera.
O meu ambiente relacional é com pessoas que formam um grupo onde todo mundo queria chegar, e desfrutando a intimidade dessas pessoas, eu quase que saio da intimidade delas e digo assim: "Não vem para cá não, que é fria. " Porque a maioria deles não está sabendo o que fazer depois que chegou lá. Nada é mais frustrante do que um "quase lá".
Um "quase lá" era melhor não ter começado. Hoje, a gente alcança o verdadeiro propósito da nossa vida ou era melhor não ter começado. Sabe o que significa "quase lá"?
Absolutamente nada, porque não é "lá". Essa foi a grande frustração de Moisés, porque ele viu uma terra da qual ele mesmo não entrou. E você sabe por que Moisés não entrou na terra prometida?
Ele, quem tirou o povo do Egito. Moisés, você sabe por que não entrou na terra prometida? Alguém sabe?
Não! Porque quando ele poderia ter falado, ele bateu. Então, muitas vezes, aquilo que deveria ser a partir das nossas convicções, a gente pensa que vai ser a partir dos nossos esforços.
E ninguém alcança o propósito da sua vida a partir dos seus esforços, mas a partir das suas convicções. Um animal bruto alcança o seu propósito a partir dos seus esforços, mas não você. Por isso Paulo diz assim: "Sacrifique, não se sacrifique, sacrifique a sua maneira de pensar, para que você possa ser transformado no seu entendimento, a fim de que você possa experimentar o verdadeiro propósito da sua vida.
" Sem transformação de entendimento, você vai fazer um esforço embrutecido, emburrecer e vai ser um "quase lá". E isso é muito forte, isso é muito forte, porque se eu começar a fazer uma analogia aqui, acho que alguns de vocês vão ficar meio estarrecidos. Porque o tempo de escravidão no Brasil durou exatamente o tempo de escravidão que Israel ficou no Egito.
O Brasil foi o país que mais comercializou escravos no tempo da escravatura. E em nome de quem? Quem foi o maior comerciante de escravos no Brasil?
Uma religião pagã. Os cristãos, foram nações cristãs em nome de Deus que fizeram o maior comércio de escravos que a humanidade já viu. Sabe quantos escravos foram tirados da África para serem trazidos para o Brasil?
50 milhões, durante 400 anos. Sabe quantos chegaram? Menos de cinco.
O restante foi jogado no mar para ser comida de peixe, porque as condições eram tão precárias que eles não conseguiam completar a viagem. Muito próximo da nossa história, às vezes não percebe isso. Vou te dar outro dado importante: empresário, coincidência ou não, o povo brasileiro é o único povo na face da Terra que se chama de uma atividade.
"Eiro" não é identidade; "eiro" é atividade: pedreiro, marceneiro, carpinteiro, faxineiro. Fala para mim: algum outro povo no mundo que chama alguém de uma atividade? O argentino trata a gente melhor do que a gente se trata, porque chama a gente de Brasil, brasileiro, brasiliano.
Só tem dois povos que chamam a gente de brasileiro: o português e o próprio brasileiro. Porque o brasileiro não chamava o povo brasileiro de brasileiro, porque brasileiro não era um povo; brasileiro era a atividade de alguém que saía de Portugal. Nada parecido com um cara que sai de Portugal para se dar bem numa terra longínqua; e, dando tudo certo, ele tinha o sonho de quem sabe voltar para casa mais bem-sucedido.
Esse pensamento. . .
você não conhece ninguém assim, mas, caso você conheça, caso você encontre algum brasileiro por aí que pensa assim, ajuda ele a entender que ser brasileiro não é uma atividade, não é uma corrida para a gente, quem sabe dar certo e, dando certo, conquistar o estilo de vida que um dia a gente sonhou. Hum, isso é uma maldição sobre o nosso país, e nós precisamos ficar livres do quê? Dessa maneira escrava de pensar.
Eu sei que isso pode parecer chocante para você, mas é a nossa história. Brasil, quem trabalhava com pau-brasil ganhava dinheiro, fazia fortuna suficiente para poder, depois, viver o estilo de vida que achava que merecia. Por isso, quem trabalhava com pau-brasil, querendo ficar rico para ter uma vida confortável no futuro, tinha o apelido; isso era uma atividade, nunca foi uma identidade.
Vai ler depois um pouco sobre isso. Então, nós temos um grande desafio, e maior do que esse desafio possa parecer para você, esse desafio ainda é maior para os seus filhos, porque isso vai virando o quê? Uma cultura.
Então, talvez o seu maior desafio como empresário não seja ainda se dar bem empresarialmente, mas, primeiro, enfrentar os limites opressores e escravizantes da sua cultura, a forma como você vê a si mesmo na sua atividade profissional e o que você está esperando, o que você projeta para aquilo que você está chamando de empreendedorismo. É aquilo uma alforria ou é a tradução consciente e intencional das suas virtudes, da sua vocação e propósito na vida? Porque eu tenho conhecido muitos brasileiros ao redor do mundo que se tornaram escravos de luxo.
O que era um escravo de luxo? Era alguém que não morava mais lá na senzala; ele podia frequentar a casa-grande, e ele vestia luvas brancas, e geralmente estava associado ao entretenimento da casa. Então, alguns escravos de luva branca aprendiam música, aprendiam a cozinhar, aprendiam a pintar; eles até aprendiam arte.
Sabe para quê? Para produzir entretenimento. Então, ele ficava com a falsa sensação de que ele tinha vez, porque agora ele não morava mais lá na senzala; ele morava na casa-grande.
Só que ele realmente tinha vez? O que ele não tinha? Voz.
Ele nunca era convidado para efetivamente participar dos processos. Então, talvez seu maior desafio aqui não seja montar um negócio onde você tenha vez, mas finalmente deixar para a sua família e para os seus filhos um legado de quem tem voz. Porque, senão, você vai prosperar e vai deixar para os seus filhos a opressão do silêncio.
Eles vão comer bem, vão vestir bem, vão morar bem, mas nunca vão ter voz no processo. Serão alimentados, serão bem cuidados, mas nunca participarão das decisões. Alguém aqui está entendendo o que estou falando?
É sobreviver, né? É uma sobrevivência, é uma existência prolongada e qualificada. Então, o que eu queria rapidamente dizer para vocês, como o nosso tempo aqui hoje é mais curto do que foi ontem, eu vou deixar um princípio, um princípio que Jesus entregou para os seus discípulos quando eles fossem entrar numa terra estrangeira.
Então, Jesus disse assim: "Quando você chegar lá na cidade para onde eu estou te mandando, então presta atenção. Quando você for para o lugar que eu te enviei, a primeira coisa que você vai fazer quando chegar lá é encontrar um 'quem' e não sair fazendo um 'quê'. " Então, se você quiser encontrar um princípio na vida, Deus sempre trabalha o seguinte princípio: onde "quem" e "quê".
Então, se você quer trabalhar em um empreendimento bem-sucedido, tenha certeza de que esse aqui é o seu "onde". Você não está aqui por necessidade, você não está aqui por interesse, você não está aqui porque aqui existem as melhores oportunidades, porque senão você não vai ter a determinação, a constância e a garra para vencer os desafios desse lugar. Uma das primeiras perguntas que as pessoas vão fazer quando tudo aparentemente começar a dar errado é: "O que eu estou fazendo aqui?
" E aí ou você vai ter saudade de onde você saiu ou você vai ficar numa situação ainda pior, na expectativa de que, se você for para outro lugar, vai ficar melhor. Então, quando Deus quis libertar um povo, qual foi a primeira coisa que Ele garantiu? O lugar.
Nunca comece coisa alguma sem antes ter certeza de que esse é o lugar. Porque assim começa um fundamento. Se eu quero fundamentar bem, esse é o lugar.
Então, agora vou furar buraco aqui até achar o quê? Rocha! Eu morro furando buraco até achar o quê?
Rocha! E se eu não conseguir colocar um tijolo em cima do outro, o que eu deixei para a próxima geração? O fundamento.
Vou te falar uma coisa sobre construção: certo fundamento é a única parte da construção que você nunca perde. Quem já trabalhou com construção aqui? Você vai lá e faz um fundamento e, por alguma eventualidade, você para, perdeu.
Não, agora passa do ponto do fundamento. Você não sabe explicar por quê. Se você não ficar lá mantendo e cuidando, aquilo deteriora.
Assim, não é tijolo, derrete tinta, acaba reboco, cai janela, pudre. Então, quando você passa da fase do fundamento, isso já exige de você alguma manutenção. Então, não comece a construir nada se você não completou os seus fundamentos, porque senão você vai estar começando a acumular custo de manutenção quando você ainda nem completou o seu custo de sustentação.
E tudo que você gastar na sustentabilidade dos seus processos, você não perdeu. Se você não conseguir colocar um tijolo em cima, não deixa aqui lá para os seus filhos, para os seus netos, para os seus tataranetos, e eles vão chegar lá e vão encontrar o quê? Um fundamento.
Mas não tenha pressa de sair da área do fundamento e deixar meia parede levantada, porque em menos de um ano quem vier depois de você não encontra ela lá mais. Alguém aqui tá entendendo o que eu tô falando ou não? Com a falsa ilusão de que o cara herdou alguma coisa, tem gente que não tá deixando uma herança; tá deixando uma dívida.
Uma dívida de culpa, uma culpa de manutenção. Você não deixou um ativo; você deixou um passivo, porque você deixou para trás alguma coisa que a pessoa já vai ter que começar no prejuízo de ter que manter, porque aquilo não se sustenta. Alguém aqui tá entendendo o que eu tô falando ou não?
Então, não deixe um ônus; deixa uma referência. Não é só de casa que você tá falando, não; é de tudo. Por isso, estou dizendo para você o seguinte: tenha convicção absoluta do seu onde.
Enquanto você não tiver convicção de que isso aqui é o seu onde, faz nada. Não vai viver de chuva. Eu te garanto que de fome e de sede você não morre, mas tem gente que pode morrer de frustração.
Te garanto que Deus vai levantar alguém para fazer caridade para você; vão te internar numa clínica, vão te hospedar. É preferível ser mendigo do que perdido; é mais fácil te achar. Tá bom?
A primeira coisa que você tem que ter é certeza. Então, do quê? Do onde.
Jesus disse: "Quando você chegar no onde que eu te enviei". A segunda coisa: encontra lá o seu quem. Por que muita gente não tá encontrando o seu quem no seu onde?
Porque ele já chega fazendo; aí ele tá tão ocupado, envolvido no sei o quê, que ele nunca teve sensibilidade para encontrar o seu quem. Ele não mandou você vir para cá começar o quê. Já tá todo mundo doido aqui tentando fazer; você vai ser mais um doido fazendo um quê, acreditando que é o quê que você faz que vai dar certo.
Parece que não estamos vendo pessoas que estão na nossa frente que eu para a vida delas, com quê? Um milhão de suicídios no Brasil por ano. Mais de 70% jovens, menos de 30 anos, e quase a totalidade deles da classe média, média alta.
Por que esse povo não achou um quê? O que eles não acharam? Um onde e um quem.
Então, vai atrás do seu quem! E aí tem um segredo: tem muita gente que fala: "Ah, então tudo que eu tô precisando é de um quem". Não tem um quem precisando de [risadas].
Você, quando Jesus colocou o quem como princípio, é o seguinte: acha um quem de honra, uma pessoa de honra digna a quem você possa ajudar. Você quer começar um negócio próspero aqui nesse país? Encontre alguém a quem você possa ajudar, mas não venha para cá abrir um negócio para resolver o seu problema.
É prostíbulo! E como tem prostíbulo vendendo filho aqui, os filhos estão à venda. À venda, à venda!
Abrir um negócio para fazer um quê, dar um nome? Abrir um negócio para fazer um quê para alcançar minhas cobiças, meus sonhos, dar um nome? Eu vou abrir um quê que vai me dar aquilo que eu sonho; dá um nome para isso!
Dá um nome para isso honesto. Quem fazia isso desde o começo? Quem vendia benefícios para sobreviver?
Quem arrendava a família para se dar bem? Dá um nome para isso! Dá um nome para isso!
Agora, se quer começar o empreendimento, primeiro, aqui é o seu onde. Porque se aqui não for o seu onde, sabe o que vai acontecer? Na primeira dificuldade que você enfrentar, você vai ter saudade da ração que você comia no lugar de onde você saiu.
Está na Bíblia: o povo ficou 400 anos escravo no Egito, viram os filhos deles sendo comercializados e tirados de casa por preço. Quando o propósito de Deus começou a ficar difícil na vida deles, eles falam assim: "Moisés, Deus nos enganou. Isso aqui não é nosso lugar, tá muito difícil.
Vamos voltar pro Egito". Ele fala assim: "Mas lá vocês eram escravos! " "Pelo menos a gente comia cebola!
" Eles tinham saudade da lavagem que eles comiam. Então, as pessoas não percebem se não tiver uma convicção de onde elas vão começar a negociar. Vai para casa hoje, mergulha no seu interior e faça essa pergunta: é aqui?
Então é aqui. E, para você não ter dúvida, compra uma vaga no cemitério, se o seu problema é casa própria. Se você tá preocupado onde é que você vai morar no futuro, preocupa não.
Vai e compra uma vaguinha ou uma urna, pesque mal você e tenha certeza onde é que as cinzas vão ficar. Mas já vai escolhendo a árvore onde você quer que ela seja depositada. Alguém aqui tá entendendo o que eu tô falando ou não?
Você só pode descobrir outro onde quando você tiver certeza do seu onde. E não dúvida. Quando você tem certeza do seu onde, você vai de onde para onde.
Mas quando você não tem certeza do seu onde, você vai voltar pro seu onde. Porque às vezes. .
. Pressa, você só vai de um onde para outro onde quando você tem certeza do seu on, porque se você não tiver, você nunca vai; você sempre volta. Pode ser que o Brasil seja o lugar para onde você vai, mas nunca deveria ser o lugar para onde você volta.
Se alguém te perguntar assim: "Você tá pensando em voltar pro Brasil? " você fala: "Nunca, porque eu não quero encontrar a pessoa que eu era ontem. " Agora, se você me perguntar se eu posso ir pro Brasil, pode ser, porque eu vou encontrar a pessoa à frente; eu vou me encontrar à frente, mas não vou me encontrar atrás.
Amém. Então, que o Brasil não seja o lugar para onde você pensa em voltar, mas pode até ser que o Brasil continue a ser o lugar para onde você pode ir. E se você é a pessoa que se tornou aquele que vai, então você sempre vai encontrar o seu onde, e, encontrando o seu onde, você vai encontrar o seu quem, seu quem de porque a sua ocupação vai ser sempre: "Onde eu cheguei?
A quem eu vou abençoar e socorrer? " Aí, seu negócio vai prosperar, porque ele nunca será o negócio de um cachorro que tá com fome, mas de uma pessoa que tem um propósito. Sabe por quê?
Muita gente faz muita coisa e, depois de ter tido sucesso, ele se sente infeliz e frustrado, porque ele nunca fez isso em favor de um quem; ele sempre fez isso em favor de um que, e ele não percebe que ele mesmo se tornou seu pior que, porque, não fazendo por um quem, ele mesmo nunca foi um quem. Então, não seja um q fazendo um q para se sentir um que melhor, mas seja um quem disposto a fazer qualquer que na certeza de que isso expressa a convicção que você tem de quem você é. Isso é tão real, Paulo, porque eu vou chamar isso de cultura de zumbi.
Nós temos mortos-vivos por causa exatamente de pessoas completamente vivas, mas que já morreram há muito tempo, exato porque não encontraram o quem, né? E estão vivendo a partir do que. O que é um morto vivo?
É um q; um que existe. Ele é um q que existe; às vezes ele é um q bem vestido, um q bem alimentado, um q bem perfumado, mas é um que. Qual é a única coisa que você não vai precisar saber quando descobre o seu onde e o seu quem?
O qu não interessa, porque esse q pode mudar dependendo do onde e do quem. Porque agora você aprendeu a ser o quem que encontra outro quem. Então, se você ainda não encontrou a convicção do seu on, isso é fundamental para que você possa queimar os seus barcos.
É isso que os conquistadores nórdicos faziam quando chegavam a um lugar. Sabe o que eles faziam? Queimavam os barcos.
Quando veio o avivamento espiritual na Irlanda, vou concluir aqui, quando veio o avivamento espiritual na Nor Irlanda, isso era tão forte, tão forte na vida deles que eles entravam dentro do navio e saíam e que, bravo Leme, porque eles só queriam começar alguma coisa no lugar onde Deus os levasse. Aleluia! Eles tinham certeza de que qualquer lugar que chegassem não tinha condições de voltar.
Acabou, rapaz! Nem por Ai! Beleza?
E aí, o que você vê? Fazer esse onde um q? Não.
Você vem encontrar um quem. Jesus disse assim: "Quando você chegar na cidade, encontre o homem de honra dessa cidade e hospede-se na casa dele, e resolva todos os problemas dele. ” Sabe o que ele vai te fazer?
Ele vai te apresentar pra cidade, pra família, pros parentes. Você arrumou seu agente de marketing com credibilidade. Sabe o que vai acontecer na sua vida?
Você não vai ter que falar de você mesmo. Tá bom? Alguém do lugar, com autoridade do lugar, vai dizer coisas a seu respeito que ficam muito melhor sendo ditas por outro do que por você mesmo.
Isso porque a verdade não se estabelece na eloquência de quem a proclamam, mas no testemunho de quem a experimentou. Aleluia! Você não tá precisando gritar mais alto; você só tá precisando de alguém do lugar que diga que o que você tá falando é verdade.
Aí, a sua verdade se estabelece porque você chegou no seu onde e encontrou o seu quem. É isso! Acabou!
É o que eu tinha para compartilhar com vocês. Se alguém tem alguma pergunta. .
. Pode parecer meio filosófico assim, mas não, não tá bom. Você sabe que não é, Paulo.
Tem uma coisa muito importante: pega o microfone aqui da gravação, tá? Tem um aí atrás. Eu acho que é legal a gente falar um pouquinho sobre a questão de nós sermos seres integrais, tanto pessoal quanto jurídica.
Por isso que isso faz muito sentido, esse fundamento na nossa vida, que ela reflete na nossa empresa. Por muito tempo, pra mim, isso era muito dividido, e tem um tempo que eu já entendi que, na verdade, a Érica, física ou jurídica, é a mesma pessoa. Acho que é legal a gente falar um pouquinho sobre isso para fazer essa integração de tudo que você falou hoje.
E quando a gente fala dessa pessoa física e jurídica, é exatamente para eliminar da nossa cabeça essa ideia de estrangeirismo. Ninguém aqui é estrangeiro, ou então aqui não é seu lugar, então você é um saqueador. E às vezes as pessoas não percebem que os locais entendem isso.
Já tá tão difícil pra todo mundo, custou tanto pra chegar aqui. Aí vem um bando de oportunistas pensando em ficar ricos aqui através do Pau Brasil deles, para depois desfrutar essa riqueza em outro lugar, sem nenhum compromisso com os desafios e as necessidades aqui. Só pode ser um brasileiro!
Usei o pau-brasil para ver se você estava ligado. Meu Deus! Que que é isso?
! Sem compromisso com quem? Nenhum compromisso, zero com quem!
As pessoas estão observando isso. Elas não estão interessadas na sua capacidade; elas estão observando a sua intenção. Então, se elas perceberem que você não tem compromisso com nenhum "quem", então você é um pirata, é um saqueador.
Pode falar, é que assim, a gente aqui, né, que convive aqui, acho que todo mundo já passou por isso, né? A gente permite que eles tratem a gente dessa forma e a gente toma pra gente o que é aquilo que você falou, né? A gente nunca procura quem, né?
Mas a gente permite que eles tratem a gente assim. Então a gente acaba colocando nossa cabeça. Mas por que que eles tratam a gente assim?
Porque a gente se trata assim! Ué, é assim que a gente está se apresentando! Não são eles, somos nós.
Eu e Paulo estávamos conversando sobre a cultura japonesa ser uma cultura que respeita quem faz o que faz com excelência. Então, ela se submete àquele que entrega, ou no mesmo nível ou superior. E eu sei disso!
Eu sou americano, gente! Eu já, de cara, entro com respeito com isso. Só porque os Estados Unidos revelam para eles, eles se sentem menores por essa questão.
Agora veja, eles conseguem fazer isso com americano. Presta atenção no que eu vou falar para vocês, porque tem muita injustiça sendo cometida aqui. Me fala em qual lugar do mundo você encontra uma colônia americana?
Existe base militar, mas não tem colônia! Nem aqui, certo? Em todos os outros países, você vai encontrar colônias de outras nações.
E o japonês que foi lá pro Brasil formou lá o quê? Colônia! Então eles não têm dificuldade de conviver com quem é de outro lugar.
É uma injustiça! Porque nós não estamos tratando o japonês do jeito que eles nos trataram! Não é justo!
Não é justo! Milhares, milhões foram pra lá e se estabeleceram, formaram família. Tanto é que boa parte que tá aqui é sansei e nisei.
Ora, então eles foram pra lá pra fazer um quê? Não, eles tiveram coragem de encontrar um "quem" e deram a vida por isso, se identificaram conosco e formaram família e assumiram esse risco. Não foram lá fazer uma base militar.
Então não é justo! Então tem um bloqueio escravo aqui na nossa cabeça que precisa ser removido, porque não é um negócio bem-sucedido. É a vida!
Tem muita gente aqui com 40 e poucos anos de idade que ainda pensa ser bem-sucedido para depois viver isso em outro lugar e não tá percebendo que o filho dele ou dela não tá pensando assim, por mais difícil que seja. E por que não? Porque o seu filho encontrou aqui um "quem", não porque o seu filho já encontrou um "quem".
Agora tira ele desse "quem" por conta do seu "quê"? Tira o seu filho dos "quens" dele por conta do seu "quê". Fica nessa andança aí por conta de um "quê".
Melhor é, é isso! Tá vendo como é que é um princípio simples assim? E às vezes a gente, como brasileiro, não entende a graça que Deus nos deu.
O único país do mundo onde existe uma sociedade sírio-libanesa sai do Brasil e tenta criar uma sociedade sírio-libanesa em qualquer lugar do planeta. E para colocar a coisa mais difícil, lá no Brasil a gente pega um sírio, um libanês, monta hospital com eles, monta clube, monta tudo. E no fim do dia chama eles de turco.
Pega um sírio ou um libanês fora do Brasil e chama ele de turquinho. Isso acontece onde? Aproveite melhor o que Deus te deu.
Não temos essa graça! Uma coisa interessante que chamou minha atenção é que essa, vamos chamar isso de atitude, está levando nossos filhos à depressão, que é uma, a ficar à deriva na sua identidade. E aí nós estamos gastando o "quê" com terapeutas para poder resolver uma questão de identidade que nós causamos em nós.
Então, se a gente voltar lá, então é o seu "onde". Então é o seu "on". E se talvez não for o seu "onde", é o "onde" dos seus filhos.
Então, qual é a primeira coisa que você vai ter que encontrar de forma intencional e bem resolvida? Os seus "quens"! Aí a gente resolve o "quê".
Aí qualquer "que" será bem-sucedido, uhum. Sabe quem inverteu essa ordem? E aí, de novo, eu vou citar a Bíblia, não de forma religiosa.
O capeta chegou e falou assim: "No dia em que você fizer o 'quê', você se tornará o 'quem', e isso vai fazer você chegar no 'onde'. " Hoje até a igreja prega que o céu é lugar de onde você veio ou lugar para onde você vai. Então você é um "quem" celestial ou você é um "quê" tentando ir pro céu?
Então, seu "onde" tá no fim ou tá no princípio? Então, o "onde" tinha que ser onde todas as coisas começam. Porque a partir do "onde" eu tenho clareza do "quem" e tenho clareza do "quem" que vem a qualquer "quê".
Um detalhe: Paulo, quando Jesus envia, que nem você disse, ele disse assim: "Não leva nada! Não leva nada! Vai, tá a provisão lá.
" Pronto! Rapaz, o José do Egito, quem lembra da história do José do Egito? Quem queria José no Egito?
O capeta! Não! O Egito era o "onde" do José, o José era o "quem" de Deus naquele "onde" pra libertar, pra fazer um "quê", não pra libertar os "quens".
Mas José foi preso, deu ruim? Não! Ele continua sendo o "quem"!
Não sei onde exatamente. Sabe aonde José começou a empresa dele? Sabe onde aconteceu o primeiro empreendimento bem-sucedido de José?
Fala pra mim, onde foi? Na cadeia! Cadeia, então, não interessa quando você encontrou o seu quem e você está na plenitude do seu propósito, transformando a vida das pessoas.
Você foi lá encontrar, acabou preso, impedido de saber o que você faz. Você vai ser bem-sucedido! Você vai ser bem-sucedido, e a você, Vando, a história da Bíblia: todos os homens foram bem-sucedidos porque eles foram lá para encontrar o seu quem.
Paulo teve uma experiência em sua vida, em Atos 27. Quando ele chegou ao lugar que tinha que chegar para encontrar o seu quem, o barco em que ele estava naufragou. Não ficou nada; julgaram a mercadoria fora.
Chegou todo mundo no lugar agarrado em caixas e tábuas, e Paulo disse assim: "O Deus de quem eu sou, o Deus a quem eu sirvo, não vai deixar ninguém aqui se perder, não interessa o que aconteça. " E chegou todo mundo lá, agarrado em caixas ou tábuas, mas nenhum quem se perdeu; todos chegaram ao seu onde. A partir de uma coisa que deu certo, não a partir de um tudo errado.
Não há certos ou errados quando você encontrou o seu onde e está no propósito do seu quem. Quero testemunhar isso porque, 16 anos atrás, eu e André descobrimos o nosso caminho aqui. Sem um centavo no bolso, abrimos mão de tudo, entregamos tudo e encontramos o nosso mundo.
E a única coisa que estava no nosso coração era o que estava aqui pronto. E, no meio desses 16 anos, nunca faltou, nunca faltou. Na verdade, teve que às vezes eu passar o meu quem para outro.
Outro tinha o quem pronto. Está entendendo o que está sendo falado aqui? Porque, senão, a gente é zumbi, e a gente está gastando a vida que é dádiva.
Presente! Isso é desprezo. E o que é pior?
O que está acontecendo no Brasil: estamos formando filhos escravos de luva branca. Você acha que eu estou exagerando? Então vou te contar o que está acontecendo no Brasil.
Tem muita gente aqui que faz parte disso. A gente vai lá numa favela, pega um jovem daquele lá, e, sem conversar nada com ele, monta uma escola de computação, uma academia de esportes e uma aula de música. E aquele jovem passa a fazer música, esporte e computação porque aquilo traduz seu quem para ser aceito como entretenimento.
E ele vai fazer isso muito bem, porque nós temos talento. Só que você formou um cidadão. Não, você formou uma prostituta sofisticada.
Boa parte dos nossos jovens hoje está indo jogar futebol para quê? Querem cantar num palco para quê? Querem ser empresários para quê?
Para revelar quem eles são ou para comer o que querem, vestir o que querem e morar onde querem. Isso é trabalho escravo. Lembrei de uma frase: "Isso resolve, mas não liberta.
" Lembrei uma frase do Edmundo, jogador de futebol: "Eles me ensinaram a jogar futebol, mas não me ensinaram a ser homem. " Ser homem é isso! É cruel o que a gente está fazendo lá e achar que abrir uma escola de computação na favela resolveu o problema.
Talvez eu tenha até piorado, porque agora eu qualifiquei o escravo e não libertei a sua mente da escravidão. E às vezes ele vai até ser o melhor aluno de computação, como aquele cachorrinho do circo antigamente, que a gente quase acreditava que era gente só porque no final ganhava um torrão de açúcar. As universidades brasileiras hoje não estão qualificando pessoas; estão adestrando pessoas.
Tem gente pagando caro para o seu filho ser adestrado para se tornar bom em um quem, sem nenhuma consciência de um quem, acreditando piamente que, se ele acertar no quem, ele pode se tornar um quem para finalmente chegar no seu onde. É só isso! Essa conversa é longa.
Se tiver alguém com mais uma pergunta, não sei quanto tempo vocês têm. Crianças lá em Goiânia, com 8 anos, filhos de milionários, com quatro professores, quatro especialistas para treiná-las, porque o pai colocou no coração que aquela criança de 8 anos tinha que ser um jogador de futebol. É isso aí!
Então, não é o pobre. . .
não é uma patologia, é uma doença, gente! Quando a escravatura começou na África, ela foi imposta. Nos primeiros anos, ela foi imposta.
Por que a África é um continente quase irrecuperável? Porque falta recurso natural. Não é por quê, porque ela foi sequestrada nos seus príncipes.
Os filhos, os príncipes foram sendo o quê? Levados, no começo, à força; depois, negociados; por último, vendidos. Sabe por que o mercado negreiro se tornou forte?
Porque depois ele se tornou o negócio dos pais que vendiam os filhos para ter uma qualidade de vida melhor. No começo, os filhos foram roubados; depois, foram negociados; e, por último, foram vendidos, ofertados no mercado. Nada parecido com o Brasil está muito longe dessa realidade.
Passa perto do nosso país. Cuidado! Nós estamos corrompendo os nossos quens na ambição dos nossos ques.
Avalie isso, interiorize isso, converse sem culpa. Essa conversa aqui não é para ser pesada. Tem gente que fala: "Que conversa pesada!
" Não! Pesado é ficar sem essa conversa. Essa conversa aqui é para ficar leve.
Essa conversa aqui não é para você voltar para casa pesado. É uma conversa para você voltar para casa igual uma pluma leve! Graças a Deus, tiraram uma tonelada das minhas costas.
E talvez a pergunta para o seu filho quando chegar em casa não seja "O que você quer ser? ", e sim "Quem você é? ".
Porque eu lembro da minha mãe falando: "Tem que ser advogado, tem que ser médico, tem que ser isso, tem que ser alguém na vida! " Tem que ser alguém na vida! É, tem que estudar para ser alguém na vida.
Eu escutei a vida inteira, né? É tão comum isso no Brasil. Quando você pergunta: "E você, quem que você é?
", aí a pessoa responde com o que ela faz. Não tem sentido. Ela não perguntou o que você faz; ela perguntou quem você é.
Nós estamos impregnados num "hero". Às vezes, eu tenho vontade de dizer: "Você é o quê? " Eu falo "Brasília, Brasilis"; acho que vou adotar Brasilis, Brasilino.
"Que que você é? " "Sou Brasilino, brasileno. " Não tô com vontade de começar essa moda lá.
Não é como se fosse uma onda. "Você é brasileiro? " "Não, sou Brasilino, sou Brasilis.
" Porque assim que eles nos chamam. Como é que o americano chama? No Brasil, "Brazilian", traduz "Brazilian" para "Brasilino".
Não é brasileiro. Fica a dica. Alguma pergunta mais pra gente?
Alguém gostaria? Acho que ficou bem. Beleza.
É pra digerir, né? Pessoas, perguntem! Qual o jeito mais fácil?
Pergunta no microfone de novo, só por causa da gravação. PR, qual a forma mais rápida? Porque não.
. . você falou outra palavra aí.
Pode falar, pode repetir ela. Rápida aí? Fácil.
Fácil, prática. É pra que encontremos o nosso "onde" e o "quem" é. Eu acho que primeiro é o "quem", né?
Isso é a primeira coisa! Não espere que seja rápido e fácil, porque tudo vai depender de seu "onde". Isso aí tem lugar que a pedra tá rasa, tem lugar que ela tá funda.
Então tá vendo? Então começa a furar e você vai ver sinais. Começa a aprofundar, vai trabalhar seus conceitos, vai trabalhar suas convicções antes de trabalhar suas ansiedades.
Não queira responder suas ansiedades sem antes trabalhar suas convicções. Você tá numa terra onde o povo aqui pode dar aula de meditação. Então aproveita, vai!
Graça, entendeu? Sem problema nenhum. Não é religião, não esquece a questão da religião, porque isso está lá em todas, até no cristianismo.
Medita, pensa uma vez mais e repetidamente. Vai batendo! Sabe o que a gente faz em engenharia?
Você bate na cabeça de estaca até ela não ter mais recalque. Ela não tem mais recalque? Você bate mais umas três vezes até o tampo dela não prestar.
Você corta e joga fora, que aqui não vai prestar mais nada. Então você tem que bater sobre a própria cabeça até o tampo da sua cabeça não servir para mais nada, virar farinha de tanto bater. Aí você bate no mesmo ponto sobre você mesmo até perceber que, para você, você encontrou um lugar que você não cede.
Não espere que as pessoas tenham em você a convicção que você mesmo não tem de você. Quer encontrar o seu "onde"? Então trabalha suas convicções!
Mas eu não sei direito quais são. Começa, numera, escreve, elenca e insiste. Passe por elas várias vezes.
Se elas não resistirem ao seu próprio exame, então joga fora e vai ficando só com aquelas que você, com certeza, tem algum tipo de certeza a respeito desse lugar ou só impressão e desejo. Então agora vou pensar sobre esse lugar até ter pelo menos uma certeza a respeito de seu "quem". Eu vou assumir um risco grave: vou te dar uma dica.
Porque existe uma dica bíblica lá que é a seguinte: "Pelos frutos, você conhece a árvore. " Se você falar que um dia eu falei isso como uma metodologia, eu nego, porque não foi com esse espírito que eu conversei com vocês. Mas você pode fazer uma experiência: pega um pedaço de papel e faz uma lista de todos os verbos que as pessoas usam para falar de você.
Cuidar, servir, ouvir, ajudar, aconselhar. . .
vai fazendo uma lista. Carrega essa folha no bolso e vai fazendo uma lista, certo? Depois você pega essa lista e tenta identificar quais daqueles verbos se parecem um com o outro, porque você vai perceber que, se você chegar numa lista de 20, isso se reduz para cinco ou seis.
Porque muitos são apenas uma forma diferente de falar a mesma coisa. Depois você insiste em resumir. Eu garanto pra você que você não vai ficar mais do que com três ou quatro na lista.
Você tá muito perto de descobrir quem você é, porque as pessoas já têm falado isso a seu respeito, só que você não prestou atenção. Porque a verdade não se estabelece a partir daquilo que eu mesmo digo de mim, mas a verdade se estabelece a partir daquilo que alguém disse de mim. Tá vendo como é que tem?
Indica lá! E como Jesus se apresenta como o verbo que se fez carne. Então procura identificar os verbos que falam de você, porque jabuticabeira não é um substantivo que garante a jabuticaba.
Jabuticabeira é só a encarnação do verbo jabuticabar. Jabuticabeira é uma árvore que jaboticaba. Jaboticabas.
Então você não pode afirmar que você é uma jabuticabeira se você não jaboticaba jaboticabas. Então o melhor do seu "quem" não é você dizer quem você é; é alguém ter percebido em você o verbo jaboticaba. Porque não adianta você achar que é uma goiabeira se você nunca goiaba goiabas.
Simples assim. Não queira substantivar sua identidade se alguém não é capaz de verbalizar a seu respeito. Então, quando alguém verbaliza alguma coisa sobre você, fica mais fácil de você substantivar aquilo que, muitas vezes, por crise de identidade, você tá afirmando sobre você mesmo.
E, na verdade, você nunca encarnou nada disso. Então você pode ser uma jabuticabeira com crise de identidade, achando que você é uma goiabeira e tá todo mundo dizendo: "Hum, mas a sua jabuticaba é tão gostosa! " Fala: "Não, eu sou uma goiabeira.
" Eu conheço um punhado de gente que, você tá ali elogiando a jabuticaba dele, e ele acha aquele trenzinho pretinho, tão pequenininho, expressivo, que queria ser o quê? Um pé de melancia? Vai morrer tentando.
Então, os verbos! Ajudam porque, às vezes, todo mundo já falou a respeito do seu "quem", mas você estava tão invocado num "quem" que você não é, que você não prestou atenção. Ah, mas eu não dou conta de saber nada que alguém, nenhum verbo que alguém falou de mim.
Então pergunta! Chega para um amigo, senão eu falo assim: "Como é que é, meu nome é Fernando. Ô, Fernando, quando você pensa sobre mim, vem algum verbo na sua cabeça?
" Esteja preparado, porque às vezes vão vir uns aí que você não gosta, não fala algum verbo que mais parece um xingamento. Você insiste em falar assim: "Mas é só esse ou tem mais algum? " Se você puxar pela memória, tem alguma coisa boa a meu respeito que você já experimentou e que você acha que me define?
Você encontrou o seu "quem". Agora ficou fácil, porque você vai parar de ser um vendedor de goi convincente, sendo que, na verdade, tinha um punhado de gente chupando as suas. .
. esse negócio.
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