SER BRASILEIRO: QUAL A MINHA IDENTIDADE? | LILIA MORITZ SCHWARCZ

a bola que iria conversar com vocês sobre o tema da identidade um tema que tem sido muito castigado nos dias de hoje e eu sou antropólogos de formação e nós sabemos que é uma identidade é uma construção social além de tudo a identidade é um fenômeno que é contrastivo ou seja eu crio a minha identidade por contraste alguém não é essencial e ela é o a alternativa eu posso mudar de identidade dependendo do local em um local eu sou professora noutro local eu sou mãe em outro lugar ainda eu sou amiga e enfim nós construímos

várias identidades e por fim identidade uma resposta política a um contexto político o que está acontecendo no brasil nos dias de hoje no mundo eu diria é que a identidade virou um fenômeno valorado políticas de identidade estão construindo guetos 500 que não permitem que você trafegue de um lugar para o outro que você mude de cadeira que você possa se sentir em outros locais por exemplo a questão do racismo quem tem o protagonismo da questão do racismo quem sofre com o racismo são as populações afrodescendentes são as populações negras mas se o racismo virar uma

questão só desses grupos nós vamos dar tiro no pé porque eu penso que o racismo é um problema de todos nós brasileiros a questão do feminismo eu sou uma feminista mas eu penso que a questão do feminismo não pode ser uma questão só das mulheres de novo nós mulheres é que temos o protagonismo temos é preciso que a gente leve a questão leve mas eu torço peço tempo firme mesmo seja uma questão de todos nós uma questão dos homens também porque o problema do estupro o problema da violência doméstica não é um problema só das

mulheres a também no feminismo vários grupos pra gente ver com a identidade se decide vídeo eu acho sim que as questões do feminismo negros são questões importantíssimas porque deslocam o problema do feminino da outros locais e o que dizer por exemplo das políticas rígidas políticas lgbt s enfim nós estamos construindo um brasil múltiplo um brasil plural mais um brasil que tem que se reconhecer mais suas diferenças sou uma pessoa que acredita em políticas afirmativas de uma maneira geral porque penso que mais é sempre mais pluralidade sempre produz mais pluralidade ea convivência com a diferença me

faz uma pessoa melhor o russo ainda no século 18 trabalhava com a idéia de alteridade ou seja a descoberta do outro não me leva a ser outro aquele outro mas as descobertas enfim genuína da diferença me faz uma pessoa melhor porque eu me identifico com uma outra realidade e ampliou o meu universo amplia o meu conhecimento é preciso que a gente não tenha medo da identidade mas é preciso que a gente também diz construa essa identidade essa noção de uma identidade como essência como um tijolo como uma moda não existe identidade a construção social e

é preciso que a gente aprenda e lide com isso como é que nós podemos usar a identidade nessa fronteira mais porosa que permita com que eu reconheço o protagonismo alheio reconheço o ativismo alheio mas que eu consiga me identificar que outras com outras realidades que não são aquelas com que eu vivo com que eu convivo com a com que eu me identifico e identidade pode ser uma moeda de ativismo fundamental da identidade também pode ser uma balela pode ser um grande escorregão [Música]