[Música] então vamos continuar com os nossos trabalhos nep professora ana guerra assistente social mestre e doutora em serviço social pela puc de são paulo e professora associada da universidade federal do rio de janeiro nos âmbitos da graduação e da pós-graduação coordena o núcleo de estudos e pesquisas sobre os fundamentos do serviço social na contemporaneidade da ufrj e o projeto de pesquisa sobre os fundamentos históricos teórico filosóficos e políticos da noção de direitos e o serviço social tem experiência na área de serviço social direito e política social políticas sociais atualmente é membro titular do comitê de
assessoramento psicologia serviço social no cnpq a palavra está com a professora e holanda boa tarde é uma enorme emoção estar aqui com vocês o simpósio mineiro já é um evento da maior importância para a nossa categoria eu quero agradecer mais uma vez a oportunidade de estar aqui com vocês eu comentava com leonardo que dos 4 eu vinha três simpósios e isso me honra muito e mais uma vez estar aqui também em minas gerais que já é um pouco a minha casa né infelizmente é bem próxima do rio dá pra ele voltar em uma hora é
bem tranquilo mas é muito importante né a gente voltar a minas e vê o crescimento das reflexões que aqui a gente tem visto tem percebido então tem sido um grande prazer voltar sempre a minas gerais além dos doces pães de queijo e tudo mais nem as guloseimas que minas nos oferece o calor humano o carinho então eu quero muito agradecer especialmente eu quero cumprimentar todos os assistentes sociais e aqui na figura do nosso vinte dos hotéis e assistente social maurilho pelos 80 anos nessa profissão pelos 80 anos de construção histórica é de cada um de
nós em fazendo no nosso cotidiano e especialmente os assistentes sociais mineiros também é nessa trajetória nessa luta diária e assim e as entidades que vem também protagonizando uma luta importante e vem dando uma direção segura para nós no nosso trabalho no cotidiano então eu quero agradecer e quero também parabenizar então a todos e dizer o seguinte né a minha abordagem em termos do sigilo vai ser na perspectiva de entendê-lo como compromisso ético político mas também como objeto de qualificação teórico metodológica e técnico operativa como vocês sabem eu não sou uma estudiosos há acerca do tema
mas o cress minas sempre nos desafia sempre coloca pra gente questões a serem refletidas e eu fico muito compromisso e muita seriedade e eu entendo que como um debate aberto um debate ainda ele precisa ter elementos ele só se adensando pela pesquisa e pela reflexão então eu penso que nesta perspectiva eu posso vir a contribuir e por isso vou arriscar fazer algumas reflexões sobre o tema que é muito importante e que especialmente nesse momento histórico que eu quero falar um pouco sobre isso ele vem realmente se colocando como um tema necessário para ser discutido e
acho que é importante dizer que a gente não trata o sigilo por si mesmo né essa é uma questão inclusive metodológica para pensar que ele só se explica na estrutura da sociedade de classes a conjuntura atual das condições e relações de trabalho dos assistentes sociais no cotidiano profissional e mais ainda na unidade das três dimensões teórico metodológica ético político e técnico operativa mas também em termos os seus instrumentos de trabalho portanto é nesse âmbito que a gente pode pensar o sigilo e é nesse âmbito que eu vou tentar fazer algumas considerações acerca dessa temática então
eu estava dizendo que esse é um debate extremamente pertinente necessário sobretudo num contexto que nós estamos vivendo é um contexto de acirramento da luta de classes é um contexto de barbarização da vida eu queria começar demarcando então esse contexto e perguntar por que é fundamental exatamente nesse contexto nós tratarmos o debate do sigilo profissional já hoje à mesa da manhã foi brilhante né já até marcou pra gente elementos centrais do contexto que nós estamos vivendo eu vou tomar aqui muito daquilo que foi trabalhada pelo professor ricardo antunes e trazer aquela reflexão que o próprio mesários
faz né isso vamos usar os que vai dizer que nós estamos vivendo um contexto de crise estrutural que acomete todos os países capitalistas que acomete todos os países centrais e periféricos países desenvolvidos países em desenvolvimento e afeta todas as dimensões da nossa vida seja ela pessoal profissional seja a nossa vida política e acerta todas as relações sociais e os âmbitos nos quais nós atua ea sob formas de objetivação da nossa vida social através então dos sistemas jurídicos e políticos a ética a estética à tecnologia à educação e fundamentalmente interfere nas conquistas civilizatórias portanto é necessário
reconhecer a importância de pensar a crise tanto como uma crise econômico financeira é de implementação do capital tal como foi colocado pela mesa da manhã mas também e concordando aqui com grande historiador eric hobsbawn que trata se também de uma crise de valores de mapas sociais é também uma crise de civilização portanto de projetos civilizatórios né e aqui o brasil a expressão é um momento que nós dizemos é a expressão disso dessa crise o impacto político dos últimos acontecimentos nos deixa tão indignados que a gente já pertença que já viveu e viu tudo nessa vida
e ainda é pouco nós estamos vivendo um processo de um movimento ultra conservador reacionário em racionalista de cariz fascista e golpista é nesse sentido então a gente fica se perguntando se estado nacional é posto em xeque se o estado de direito que sempre foi serviu ao capital é ameaçado o que dirá das demais instituições democráticas o estado que não apenas detém ou nesse momento ele não tem mais a capacidade de manter as conquistas civilizatórias a gente vem observando né a perda de direitos constante é uma regressão que civilizatória que nós fizemos mas esse estado também
se converte do próprio agente de navegação de seus direitos e portanto isso é beira aquilo que o professor paulo neto já comentou a barbárie ao mesmo tempo e por conta disso a hipertrofia do bar braço armado do estado que é o maior empregador dos assistentes sociais 12 da alma por uma onda é um tsunami que traz a utilização da força bruta utilização da violência e claramente no estado é o estado ele é o protagonista dessa violência é da violência organizada de uma classe sobre outra então e lima ele marca a violação de direitos ele masca
o investimento em práticas de controle ele marca é a necessidade então de buscar enfrentar a crise essa de violação de direitos e de violência e aquilo que é marcado por como alguns autores chamam de estado penal crime na criminalização e punição dos pobres que são vistos como as classes perigosas alguns processos que se complementam como por exemplo a judicialização a punição dos pobres o controle do social a realização de práticas moralistas realização de práticas de gestão da pobreza que caracterizam aquela dupla face do estado o estado assistencial o estado penal não é portanto coincidência que
nesse contexto um conjunto de práticas de controle se expandem e chegam como requisições institucionais práticas do depoimento sem dano práticas de inquirição mediação de conflitos entre outras tantas que a gente poderia ficar aqui iluminando e é isso se combina um conjunto de práticas autoritárias de uma política de extermínio exemplo de política de extermínio no estado de minas gerais são muitos criminalização das mulheres que abortam lutam pela legalização do aborto a perseguição e extermínio da população de rua que é vítima de repressão o tempo todo as práticas de higiene smo é de limpeza da cidade as
práticas de violência contra a juventude as práticas de violência contra os secundaristas quanto é a violação de direitos dos usuários de drogas enfim muitos são os exemplos e eu quero fazer uma menção aqui é o observatório né das políticas sociais que que é dia de políticas sociais mesmo observatório da do crea das 30 o observatório não estava recebendo das 30 horas não das lutas sociais o observer das lutas sociais né que cresce de minas organiza implementa e que pode ser observado exatamente na ar a página do crédito pode ser acompanhado é preciso então considerar o
acirramento da intolerância tolerância zero é a palavra que se expressa no racismo na xenofobia os fundamentalismos noite nos entre zuna homofobia e intolerância política e nos preconceitos diversos há também nesse período uma fusão e uma confusão entre público e privado ou seja a vida privada é de passada completamente por várias formas e as nossa vida privada é controlada também de diversas formas embora essas práticas de invasão da vida cotidiana não sejam novas ela se sofisticam ea gente não tem nem sequer a idéia de como está sendo observado e controlado não é ingênuo a utilização do
termo vigilância nas políticas sociais vigilância sanitária vigilância epidemiológica vigilância socioassistencial portanto explícita algo que a gente precisa questionar também não é por acaso quando os juízes e promotores dizem os assistentes e as assistentes sociais são os meus olhos e os meus ouvidos é o que eles querem dizer com isso nós somos identificados muitas vezes como aqueles que vão ouvir e levar isso a instituição levará as informações íntimas confidenciais e informações sobre os usuários e suas famílias visando que visando que a instituição é tenha o domínio público do nosso da nossa vida privada ele possa dispor
dessas informações como bem quiser então este conteúdo das informações acaba ficando se acaba sendo disputado pelas instituições e colocam isso pra aquecer para que o assistente social traga tais informações essa situação se repete e coloca em questão a nossa autonomia afinal temos ou não a autonomia de guardar o sigilo de fazer o quê de registrar o que entendemos ser necessário qual é a autonomia do profissional na medida em que o juiz um promotor diz que somos os seus olhos e seus ouvidos então eu primeiro elemento que eu acho que é importante tratar quando pensar sigilo
é qual é a nossa margem de manobra qual é a nossa autonomia ou então a falta dessa autonomia por essas e outras razões eu penso que o sigilo tema sigilo é pertinente é necessário e só pode ser discutido pressupondo esse contexto pressupondo essa conjuntura pressupondo um significado muito claro o que esta profissão é responder claramente essa pergunta o que é o serviço se ela que veio que compromissos porta e que com quem nós estabelecemos as nossas alianças nesse sentido então eu penso que tem que ser tratado à luz de fundamentos teórico-metodológicos críticos e aqueles que
a gente consegue fazer a crítica da sociedade burguesa são os mesmos não é uma coisa analisar a ordem burguesa análise microscópica e depois analisamos sobre outras lentes e outros fundamentos do nosso cotidiano não são os mesmos fundamentos com mediações necessárias para que a gente faça o movimento do macroscópico para o cotidiano do cotidiano para análise macro então uma observação meteorológica é essa que eu já fiz de partida ou seja o sigilo não se explica por cima não dá para entendê lo em si mesmo mas é portanto importante considerar o que da materialidade é esse debate
e que da materialidade e se debatiam as condições de trabalho e relações de trabalho dos assistentes sociais eu tô então supondo que há uma relação que não é nem direta e imediata entre a possibilidade de garantir o sigilo ea existência de condições objetivas materiais e concretas para isso eu não tenho nenhuma dúvida de que é determinante a questão das condições objetivas mas eu não acho que sejam só elas eu acho que tem uma dialética e entre as condições objetivas ea subjetividade do sujeito que a sala e mas de qualquer maneira é muito importante nós pensarmos
essas condições de trabalho a existência de locais apropriados à rede para a realização de entrevista para guardar para guarda de informações portanto tudo isso são é um investimento que a própria o próprio conselho federal vem fazendo os conselhos regionais também na perspectiva de orientar os assistentes sociais à koff tem um papel fundamental aí orientar os assistentes sociais nessa perspectiva mas o sigilo tem que ser pensado nessas condições em que nós vivemos ou seja eu vou lançar alguns algumas tendências marcantes das condições de trabalho de todos os trabalhadores mas pensando também as condições às nossas condições
de trabalho ou seja o desemprego estrutural o desemprego estrutural alimenta a precarização a precarização alimenta o desemprego estrutural ou seja eles se relacionam diretamente à medida em que eu tenho um trabalho precarizado mas eu estou trabalhando ruim com ele pior sem ele portanto o desemprego nos ameaça ea gente acaba então é sendo um pouco mais cordato e se adaptando mais as condições de trabalho a outra tendência é de incorporar novas funções agregadas as funções tradicionais aquilo que a gente entende como a multifuncionalidade quantas novas atividades nós já incorporamos o nosso exercício profissional sem percebê lo
o próprio ricardo antunes falava disso de manhã a incorporação de várias atividades a polivalência multifuncionalidade ou seja muitos trabalhadores são eliminados mas aquele trabalho aquela massa de trabalho que fica é incorporada por cada um de nós estejamos em escolas espaços sócio ocupacionais estivermos isso não é uma característica desse ou daquele espaço de trabalho esse é fundamental para a gente entender como é que nós vamos então incorporando várias coisas e isso vai incidir no que na qualidade do nosso trabalho sobretudo nas reflexões críticas que são necessários a gente discernir do sigilo que o incorpóreo como eu
faço um relatório o que eu registro que eu no registo ou seja a multifuncionalidade é uma mesma característica uma tendência também importante para a gente analisar a outra questão é a diluição da formação especializada ea equiparação de várias profissões e aí entra toda a questão do sigilo ou seja aquilo que é contado para assistente social pode ser socializado informado pelo resto da equipe esse é um debate que está posto aí quando se pensa na questão daquilo que foi contado com ou não confiar em consciência para o assistente social confiança confidência são duas coisas e nesse
sentido então essa tendência a dizer especialização vai lesar a um conjunto de ou de colocar os trabalhos é colocar e retirar os trabalhos a sua especialização ou seja todo mundo deve fazer de tudo é muito próprio e muito é colocado no âmbito das próprias políticas sociais ao mesmo tempo a abstração da formação profissional ou seja qualquer um pode fazer de tudo e não precisa ter uma formação específica na mesma medida a reflexão a respeito da relação teoria e prática ou seja aqui nós não precisamos de teoria nós podemos trabalhar apenas com o conhecimento da realidade
conhecimento através das experiências então a outra questão se põe que seria a célebre discussão e antiga sala nossa é de que a teoria e prática não se combina opção de cotonicultura é um problema seríssimo na medida em que a gente precisa ter o domínio teórico e precisa mostrar aquilo que é o conteúdo específico da nossa formação profissional a outra questão é que aparece aí é a rotatividade essa rotatividade também da própria está colocada na mesma o ju da discussão da dise especialização da discussão da abstração dos conteúdos concretos de cada uma das profissões e ela
leva diluir as particularidades profissionais e criar um conjunto de atividades comuns ou seja todo mundo pode fazer entrevistas preencher cadastros todo mundo pode fazer estudos socioeconômicos e todas e essas atividades acabam sendo muito socializados a ponto de perder aquilo que é característica eu vou dizer a atribuição privativa de cada uma das profissões na nesta medida em que isso acontece também começa a ter uma disputa por espaço só seu profissionais então as profissões começam a disputar até onde o vôo qual é o meu espaço qual é o meu limite e com isso vem a competitividade com
isso vem a fragmentação ea fragilização seja da equipe seja do conjunto de trabalhadores seja dos próprios assistentes sociais e isso também vai incidir sobre a questão da nossa autonomia sobre a questão da nossa organização nos espaços de trabalho e na nossa organização como trabalhadores isso passa por nós e isso passa por todos os trabalhadores também existe uma tendência diz da instituição querer de marcar os nossos objetivos profissionais e nós muitas vezes assumimos os objetivos da instituição como se fosse um dos objetivos da profissão ou seja há uma identificação e nesse sentido a gente nunca não
tem clareza de até onde nós vamos resguardá exigindo proteger sigilo e até onde nós podemos socializar o partilhar isso com a própria instituição a questão é também importante né que a os vínculos que nós estabelecemos nem são vinculos extremamente vulneráveis e carla antunes também colocava isso aqui é a flexibilização é um haver muitas vezes nós também estamos sob condições terceirizadas contratos terceirizados de trabalho também é uma condição de que nos coloca muito frágil diante dessa questão do sigilo opcional é como é que nós protegemos ou não diante é mediante ou seja inseridos em condições objetivas
de trabalho frágeis e instáveis e terceirizadas e isso também vai rebater repercute na qualidade dos nossos serviços mas uma questão que é importante é quando se dilui efetivamente as competências e quando se contrata assistentes sociais sob novas denominações aqueles cargos genéricos a gente vai perguntar exatamente isso né e aí eu vou citar o gestor de políticas analista de previdência analista de seguro e imagino que muitos dos colegas tem sete presentes estejam contratados sobre essas denominações e qual é a questão disso de educado genérico hora aparentemente quem é contratado publicado genérico fica desobrigada ao cumprimento do
código de ética ou seja não é um assistente social e portanto isso nesse sentido não estaria efetivamente é obrigado a cumprir ou a observar o sigilo profissional então veja até um tipo de contratação vai incidir sobre o sigilo que incide sobre nossas possibilidades de resguardo né da das informações ou não é uma outra questão que a gente percebe também que está no mercado de trabalho é justamente as condições que nós temos materiais de resguardar essas informações é como é que nós efetivamente prende estações de trabalho ou dividindo muitas vezes nosso espaço de trabalho com outros
profissionais ou até não tendo equipamentos para guardar o material que é resultado do nosso trabalho como é que a gente consegue guardar isso então esses elementos que são chamados de condições técnicas e éticas também se tem objectivamente na nossa é não apenas na decisão o que eu posso decidir por resguardar mais na minha possibilidade de fazê lo e e também pensando nessa tendência que a gente tem nessas condições de trabalho e relações de trabalho muitas vezes na defesa do sigilo profissional é assediado moralmente ou seja há uma pressão da instituição para que seja para acessar
esses dados e isso tem sido motivo muitas vezes de perseguição de profissionais de perseguição de colegas assistentes sociais de assédio moral têm sido muitas vezes é objeto de uma questão de transferência de profissionais podendo gerar até demissão quando o profissional se recusa ou se nega a fornecer para as instituições ou para chefia as informações que a instituição deseja então tudo isso coloca pra gente questões que são questões que têm que ser resolvidas coletivamente ou seja é uma questão é é uma problemática que nos afeta a todos e que precisa ser trabalhado do ponto de vista
das relações e condições de trabalho e pelas nossas entidades representativas e muitos os dados da costa não servem - ajudam a buscar elementos para resolver para encaminhar essa questão exigindo também tem que ser pensado a partir da cultura profissional ou seja a profissão é essa como que o serviço social se coloca na divisão social e técnica do trabalho qual é a visão que se tem do assistente social como profissional que faz a necessidade de dar resolutividade aquilo que faz anecy e como essa resolutividade tem a ver com uma reprodução da própria sociedade com a reprodução
tal ordem mas também a reprodução da desigualdade a reprodução da sociedade de classes então a funcionalidade da nossa profissão há esse contexto ea ordem social é algo que precisa ser o tempo todo problematizado porque essas informações dos usuários são preciosas para quem instituição garanta sua legitimidade portanto é há sempre uma disputa eu já mencionei isso sobre esse conteúdo das informações dos usuários outra determinação do trabalho profissional é que ele ao ser realizado por sujeitos concretos reais é implica em que esse sujeito realizem um trabalho à luz de uma determinada racionalidade qual é a racionalidade que
nos orienta no nosso dia a dia qual é a racionalidade que nos orienta nesse discernimento acerta do que significa o sigilo que os quais que são informações sigilosas o que não são então a pergunta é sobre a racionalidade é que a gente tenha a clareza de refletir qual é o significado social da nossa ação o que nós pensamos e concebemos sobre o serviço social que concepção cada um de nós tem de serviço social e como é que nós almejamos os nossos objetivos e finalidades porque sem pensar sempre projetar os nossos objetivos e finalidades nós não
conseguimos entender o sigilo no contexto do nosso exercício profissional então ele é maior ele é algo centrado no exercício mas exercício maior do que ele e portanto só uma racionalidade que nos permita pensar o exercício como um todo permite que a gente coloque o sigilo no contexto desse exercício profissional dando a ele ou não um caráter de importância e um cara e o discernimento é a dizer o que fazer com essas informações então essa racionalidade me parece algo importante muitas vezes a gente entende o serviço social e e assim é é condicionado a isso como
uma prática que vai efetivamente tutelar o sujeito o vulnerável não o trabalhador então como nós entendemos usuário é também a maneira como nós entendemos as suas questões a maneira como nós olhamos e atuamos na perspectiva de vislumbrar aquilo que destaca ele precisa e aquilo que tem como direito portanto não é casual é que nesse contexto em que a gente já viu de regressão de avanço do controle não do controle social é do controle do social do avanço das estratégias de manipulação também isso chegue claramente ao assistente social através do que através do controle governamental sobre
o conteúdo da vida dos nossos usuários e muitas daquelas antigas técnicas de relacionamento acabam aparecendo agora como por exemplo a escuta o acolhimento se não for colocado num quadro teórico metodológico crítico ele pode servir justamente como meio de manipulação do sujeito aquilo que as políticas colocam como escuta ativa escuta qualificada tem se colocado um quadro teórico metodológico bastante crítico para que a gente não em corra naquele naquela é perspectiva das técnicas de rapel relacionamento dos serviços é o tradicional e o conteúdo dessa disputa quer dizer aquelas informações que são derivadas desse processo de escuta eles
têm que de fato servir primeiro para elaboração das políticas para um trabalho que já foi mencionado pela manhã e elaine coloca para que a gente consiga se estabelecer formas de resistência no nosso cotidiano e não exatamente para usar esse conteúdo ou usar essas informações pra mim em proveito da própria instituição contabilizar elaborar mais condicionalidades punir que é o que muitas vezes a gente percebe no âmbito das políticas sociais as aquelas que nós implementamos então a escuta ea expectativa quando estava vencendo vista dentro das políticas como uma estratégia de gestão uma ferramenta de gestão e efetivamente
a gente pode usá la dessa maneira mas tem que tomar cuidado já observado com aquilo que professores e paulo neto como for nula indica como uma tecnologia ele ele diz serviço social o grupo já desenvolveu uma função histórica como uma tecnologia de organização do cotidiano como uma manipulação planejada então nessa perspectiva de que a gente possa de fato é trabalhar não entre a direção daquilo que seja integração do usuário mas na perspectiva de usar tais informações e discernir aquilo que pode ser socializado ou não pra em proveito é de dadá do atendimento das necessidades do
usuário muitas vezes nós próprios nos colocamos a uma condição de subalternidade quando somos requisitados pela própria instituição para aplicar por exemplo medidas socioeducativas é que vai incidir diretamente sobre valores comportamentos atitudes dos usuários e lembrando é uma uma formulação de uma assistente social francesa uma pesquisadora uma formação extremamente antiga mas que nos leva a entender muito do serviço social que haver de erro ela vai dizer nós estamos orientados para disciplinar os usuários nos seus trajes nos seus lares nos orçamentos domésticos e nós na sua maneira de pensar o que a gente faz com conteúdo que
recebemos e que que são resultado do estudo sócio econômico o estudo sócio econômico é uma invasão de privacidade e estudos socioeconômicos pergunta coisas a visita domiciliar ela também pode ser feita ou haver muitas vezes o é na direção da invasão da privacidade e esses resultados e esse e esse essas informações coletadas aí como é que elas estão sendo usadas então para além de pensar se é um elemento sigiloso não é o que nós fazemos com isso né o conteúdo quer dizer muitas das nossas intervenções continuam tendo caráter moralizador continuam tendo caráter de crime na criminalização
e aí eu vou lembrar nós somos chamados para fazer a remoção compulsória da população é para desalojá as pessoas não somos chamados para fazer intervenção compulsão internação compulsória depoimento sem dano testagem toxicológica exame criminológico são todas essas práticas elas nos trazem conteúdos importantes confidenciais e muitos deles que deveriam ser sigilosas e elas são práticas que têm esse objetivo tem que verificar a veracidade do da informação prestada pelo usuário é tem quem queria o usuário então são várias técnicas e maneiras que muitas delas inclusive pela política que vão nos levando a fazer esse tipo de abordagem
é uma abordagem e essa abordagem vai nos trazer um conjunto de dados e aí o que nós fazemos com essas informações sigilosas e isso precisa ser problematizado porque nós temos acesso às histórias de vida do sujeito muitas delas através da invasão da sua privacidade então também é outro elemento por isso a racionalidade crítica para que a gente possa ter clareza de como é que estamos fazendo esse tipo de abordagem sabemos que o usuário pela sua própria condição de classe para a instituição a sua vida privada pode ser devassado o problema nenhum e por meio de
várias técnicas eu sinto novamente o estudo sócio econômico há outra maneira de fazê lo são as informações são os sistemas informacionais então esses temas que já vêm prontos nem os diversos cadastros dos diversos é um sistema de gestão de condicionalidades é o próprio elaboração do plano individual de atendimento do sistema só se for sócio educativo todos eles exigem nem requerem uma abordagem exatamente da vida privada do sujeito dos usuários dos serviços para que a gente possa fazer um trabalho então nós temos o domínio dessas informações e aí a pergunta equipe nós estamos fazendo com isso
como é que a gente tem clareza do que deve ser resguardado protegido clareza daquilo que pode não ser protegido mas que não necessariamente só a coleta de informações é importante é importante pensar para além da própria coleta de informações é essa padronização a impressão que dá muitas vezes não é que não há uma intencionalidade por trás disso mas certamente todo o sistema foi elaborado como intencionalidade muitas vezes esse sistema leva justamente a que nós façamos uma argüição do usuário com um certo tom de voz com uma certa a possibilidade de retirar dele dados que a
instituição são importantes que é buscar a verdade a instituição acha que não pode ser manipulada pelo usuário e acha que o usuário tem que ser é que a vida do usuário tem que ser descortinada aqui a gente possa atuar mais diretamente na sua vida privada que também leva a ter uma atuação inclusive mais manipulatória também nessa perspectiva então a utilizar estratégias de olho de aferição de verdade muitas vezes como mau própria orientação da política e muitas vezes com uma lógica do próprio serviço que nós fazemos nós acabamos submetendo ao controle institucional o usuário e nesse
sentido muitos procedimentos poderão trazer informações extremamente sigilosa então é nesse cotidiano que a gente é chamado a exercer muitas vezes a dominação de classe portanto só uma racionalidade crítica vai nos ajudar a perceber e quando é que a gente está sendo chamado a exercer essa dominação de classe então eu diria o seguinte os nossos relatos os registros das informações eles podem se converter um em arma contra o usuário 2 é importantes informações para que a gente possa estabelecer as estratégias de resistência então é muito polêmico né a questão do sigilo porque ele está num conjunto
da própria contradição que não é uma contradição dos serviços é uma contradição da própria realidade ele é colocado nesse contexto de contradição e nesse contexto de disputa de projetos de disputa do usuário entre a instituição e aquilo que nós entendemos que podemos oferecer para ele enquanto um trabalho profissional comprometido e competente também no cotidiano que as práticas interdisciplinares um cidade e aí vou lembrar bem que existem vários projetos em que é necessário o trabalho interdisciplinar e muitas vezes é necessária a troca de informações mas todos os profissionais têm a sua necessidade e obrigação porque o
sigilo é dever e direito tem obrigação de resguardo do sigilo então é esse é um outro elemento para a gente discutir ou seja se as informações que nós detemos tem o caráter sigiloso em que medida ela pode e deve ser trocada em conjunto com os membros da equipe e aí tem vários espaços e vários equipamentos onde isso acontece e acontece nos capes acontece nos cravos acontece nos crenças todos eles acontecem no dos programas de saúde da família esf estratégia de saúde da família acontece em vários lugares acontece dos sócios jurídico é o trabalho em equipe
o trabalho interdisciplinar como podemos construir então uma relação com outros profissionais como pensar o sigilo em relação a outras categorias em relação a esse trabalho interdisciplinar a esse trabalho de equipe temos que entender então que todas as categorias têm obrigações diante dessas confidências e ela tem também elaborar ações acerca do que fazer com essas informações confidenciais então é ele são elementos que a gente tem que trocar em conjunto com uma vez que a nossa categoria define néons nossas entidades definem e ela aborda orientações acerca das relações que nós estabelecemos com os outros profissionais também por
exemplo a psicologia tem lá orientações do como ela estabelece uma relação com os assistentes sociais e etc para então é muito importante que a gente faça essa conversa é as nossas entidades conversa com as outras entidades da categoria de outras categorias para poder colocar problemas que são problemas eu já tô com clientes problemas que são muito semelhantes né isso é muito importante queria façamos isso um outro elemento é pensar então que todos os códigos de ética tratam e já trataram sigilo mas o que diferencia esses códigos o contexto no qual eles foram elaborados a intencionalidade
costa mas não só também há o projeto profissional que tava que está orientando esse código de ética é porque o código de área é parte constitutiva de um projeto profissional então é importante entender esse sigilo de mediante ou no contexto de algo mais amplo no contexto das outras é s os outros valores do nosso código de ética e no contexto não apenas do código mas do projeto ético político seja dos valores que nos mobilizam então na medida em que nós estamos no cotidiano e temos questões a serem discutidas a gente tem uma referência poucas profissões
têm essa referência que é a referência ao código de ética e ao projeto ético político é também necessário que a gente pense não há norma exigida na norma ele é um dever e é o direito ao mesmo tempo é importante que a gente não o vejo como norma é importante que a gente o convento em princípio porque é muito diferente uma coisa é você fazer burocraticamente o cumprimento daquilo que está sendo orientado a outra coisa você internalizar e poder efetivamente atuar numa perspectiva de que aquela informação tem que ser protegida então é outro elemento que
eu penso que seja importante a questão de como essas informações se colocam no conhecimento e no cotidiano relatar o que não relatar ou seja o que é acessório e o que é fundamental o que tem que ser protegido ou não e parece que é também a razão é se relaciona diretamente com a nossa formação profissional se relaciona diretamente com o fato de a gente ter uma formação sólida mas não uma formação só teórica e eap técnica mais uma formação valor ativa e isso é absolutamente condição de uma universidade que defenda os princípios da universalidade da
democracia é que defendo o princípio da gratuidade então também isso para nós é o valor é a formação profissional como o valor é também importante pensar a gente já falou que exigirão carrega muitas concepções conservadoras né já os códigos de ética mostram muito isso quais são as concepções que estão aí mas eu queria então já caminhando pra fechar a gente pensasse algumas coisas né a primeira questão é se o sigilo é um dever e um direito para o assistente social é também um direito do usuário risos eu só tenho de ver e tem o direito
de resguardar o sigilo mas o usuário tem direito de efetivamente ter o seu sigilo resguardado por que me parece que isso é algo que nos une ficar na medida em que é para os dois um valor para os dois algo importante aí a aliança que nós podemos estabelecer com o usuário clara claríssima e ele tem que saber disso porque uma das coisas que eu vou se você me der mais 5 minutos eu vou falar é sobre a questão da legitimidade é dada a gente construir e garantir e fortalecer a legitimidade dessa profissão mas antes disso
eu queria só pensar o seguinte né nós precisamos nós temos né ao desenvolver ao a pensar sigilo é pensar no registro das informações e como nós podemos guardar as informações então aparentemente não estamos tratando da dimensão técnico cooperativa é isso na verdade se a gente não entendê las as três dimensões como uma unidade de dimensões diversas nenhuma delas é mais importante que a outra nós corremos o risco ou de ser taxista ou de ser terrorista onde não consegui dar nenhuma resposta realidade então que a gente vem observando que se comenta muito que o ensino mesmo
ensino digamos o ensino que seja fraco fragilizado e seta ele tem conseguido dar respostas à realidade eu vou dizer eu penso que não eu penso que mesmo só voltará a ter técnico cooperativo mesmo só com ele o ensino fragilizado fora daquilo que as diretrizes preconiza ele é o sentido que faz o outro serviço social ele não faz o serviço social é outro a uma imcompatibilidade entre a nossa formação profissional e o perfil que não está de acordo com das diretrizes então isso não nos deve deixar preocupados com essa questão porque é um outro serviço social
que se faz e à formação que é extremamente responsável por mexer com os nossos valores né ela justamente tem que ser radicalizada nas suas perspectivas da do perfil de profissional das diretrizes não podemos abrir mão dele né não dá pra lhe gerar em nada é de fato reforçar esse perfil cada vez mais em rádio em radicalizar nele porque se não for assim nós vamos de fato não é efetivamente ceder e conceber ao cotidiano ao a instituição ea todas as próprias políticas aquele formato das políticas que estão aí nós vamos começar a conceder e nessa condição
não perder exatamente aquilo que nos é muito caro que a orientação o norte da nossa profissão é a orientação que nós temos que é a direção estratégica da profissão então é também para finalizar queria dizer que muitas vezes né pra conhecer a demanda a gente vai buscar esse título para realizar demanda a gente vai buscar coletar as informações que vão sem informações pesadas o que não quer dizer que seja uma informação excepcional não quer dizer que indica o sigilo por isso que temos que debater em torno de de que informações que podem ser divulgadas e
que informações que são absolutamente confidenciais e tem que ser protegida e isso eu retomo a dia a razão dialética que é a racionalidade que vai nos permitir fazer se de certeza esse discernimento e aí a pergunta de qual é a racionalidade que está sendo imobilizada então eu quero dizer que eu penso que o sigilo não é um uma questão instrumental discutiu sigilo não pode ser feito apenas o que é o que não é ele tem que ser tratado a partir dos seus fundamentos então a preocupação não pode ser uma preocupação instrumental ela tem que buscar
exatamente entender como os fundamentos estão postos naquilo que nós fazemos e nessa mesma medida entender dentro de um contexto mais amplo aquilo que é informação sigilosa que não é informação sigilosa ea maneira como nós discutimos e lidamos com o sigilo tem a ver com a nossa competência tem a ver com a nossa competência teórica ético política e técnica operativa ea competência tá nas respostas que nós damos um passo no nosso discurso está nas nossas respostas não está na nossa auto representação está efetivamente naquilo que nós fazemos se nós somos capazes de projetar e antecipar as
respostas nós podemos ter discernimento daquilo que é informação sigilosa e como essas informações têm que ser como eu devo tratá las no sentido de proteger os o a confidencialidade do usuário e aqui eu coloco então a noção de compromisso e competência então não apenas o compromisso ético político mas também a competência nesse tripé nessa trilha de que são as três dimensões que são importantes e portanto falar de sigilo é também falar de compromisso ético mais de objeto de qualificação e essa qualificação vai passar apenas e simplesmente por uma formação rigorosa para finalizar queria dizer encerrar
pensando que essa é uma profissão de paixão nós somos todos muito apaixonados pelo serviço social isso é muito importante a gente assim salas pai serviço social ou você ama ou você larga porque não é possível que essa paixão às vezes ela está pautada numa visão romântica dessa profissão nem sempre a gente tem clareza do que é que aqui veio nem o qq significado histórico a profissão tem aí na divisão do trabalho então acho que às vezes a gente também trata muito faz uma crítica muito romântica nem à sociedade burguesa pensar na possibilidade da harmonia entre
as classes então às vezes a gente tá equivocado na nossa análise mas mesmo assim a profissão demonstre vem demonstrando um compromisso é uma indignação diante da barbaridade ação da ida e se a gente conseguir canalizar esse compromisso para um conjunto de ações de uma intervenção que possa vir na direção efetivamente da democratização do acesso na direção do atendimento do usuário nas suas necessidades básicas se a gente consegue atuar nessa direção a gente pode se somar às muitas colocar coletivamente a as nossas questões e trabalhar numa direção possível tendo a competência e na construção de estratégias
profissionais e pra isso eu penso que tem duas coisas já foi colocado pela manhã uma delas é que a gente precisa ter esta formação rigorosa e que a formação graduada mas é também a formação pós graduada que priorize os temas centrais do serviço social porque a gente não tem mais material sob sigilo porque o assistente social que realiza esse trabalho do cotidiano não é não produz mais conhecimento sobre isso então essa é a pergunta por que os nossos temas são deixados de lado os temas que são centrais do serviço social então eu faço um apelo
para que a gente de fato comecem a produzir sistematizar o que fazemos a problematizar o que fazemos para adensar o campo do conhecimento acerca das questões que nós temos que enfrentar dentre elas a questão do sigilo e aí uma outra coisa que eu penso que é muito importante é que a gente possa cada vez mais se mostrar comprometido com os usuários se mostrar comprometido com a luta histórica da classe trabalhadora e aí a legitimidade que a gente constrói no dia a dia ela vem quando no cotidiano a gente respeita o usuário a gente atende com
qualidade a gente atua atende com uma relação é horizontal é então tudo isso é expressão de como é que nós no cotidiano estamos enfrentando essa banalização da vida e é também a forma como nós temos cada vez mais trabalhar com o usuário na perspectiva de de que ele possa ser um sujeito mais crítico é claro que ele tem que saber quanto está sendo retirado das políticas sociais quanto está sendo o que está acontecendo com a política de assistência social é claro que ele é o sujeito histórico disso ele é um protagonista a quando nós o
tratamos como vulneráveis eles efetivamente ficam colocados como da sua condição subalternizada então é muito importante que a gente faça esse trabalho e trabalho de feito no próprio cotidiano para tentar trazer e fora isso tratado dos temas que a gente tem como classe trabalhadora nas lutas sociais e aí eu acho importantíssima essa convocação de hoje eu acho que veio exatamente em uma direção importante a há a possibilidade foi até muito bom que isso aconteça num tempo que nós temos a possibilidade da gente para as ruas ea possibilidade de a gente fazer a nossa manifestação contra estado
de coisas que taís contra esse governo contra o golpe e mostrar a que veio é viemos né nós assistentes sociais aqui de ambos então eu quero agradecer muito a oportunidade de deixar um abraço e convocar todos para que a resposta sair por aí [Aplausos] [Música] gostaria de agradecer ao professor e holanda pela rita e brilhante contribuição à sexta o tema muito obrigada a professora e dando continuidade à discussão sobre ética e sigilo processo no cotidiano profissional nós vamos ouvir agora a exposição do professor maurílio maurílio castro de matos possui graduação e mestrado em serviço social
pela universidade federal do rio de janeiro e doutorado em serviço social pela pontifícia universidade católica de são paulo atualmente é professor adjunto da universidade do estado do rio de janeiro assistente social da prefeitura municipal de duque de caxias e conselheiro presidente do conselho federal de serviço social do preso maurílio você terá 50 minutos para sua exposição à tarde eu quero começar é falando da responsabilidade de substituir em pouco tempo a companheira assistente social e professora lúcia barroco mas eu não poderia fugir a esse risco já que essa esse foi um pedido da comissão organizadora do
conselho regional de serviço social da 6ª região entidade parceira companheira nossas de luta na construção desse projeto profissão e também um pedido da própria lúcia barroco que além de fazer esse pedido e pediu para mandar um grande abraço para todos e todas aqui que gostaria muito de estar aqui mas a gente não domina a vida como um todo então é isso a vida é uma construção do coletivo estamos aqui enfim vamos em frente bem o sigilo tem sido um debate muito atrasado bem recentemente em termos históricos entre nós na profissão do serviço social é como
todo tema em voga a gente precisa nos indagar mas porquê porque hoje esse debate do sigilo profissional aqui porque a realização de um seminário nacional promovido pelo conjunto da fes creches sobre o sigilo profissional bem a primeira constatação que nós poderemos vislumbrar a primeira hipótese é de que poderia pode haver uma imprecisão no código de ética de 93 do que seja sigilo bem ainda que seja o fosse isso também não responder às nossas questões porque poderia perguntar anteriormente mas sim ainda que haja uma lacuna mas porque hoje passados 20 anos mais de 20 anos do
código o tema do sigilo profissional vem a cena porque os assistentes sociais e as assistentes sociais provocam esse debate esse é o primeiro ponto que acho que desde o tema apareceu no encontro nacional do conjunto de sete creches alguns anos atrás que a gente vêm se indagando penso que eu e o conjunto de companheiros e companheiras do conjunto do dobro do conjunto das creches como é ea holanda também da ajuda qualquer debate sobre a profissão como colocou a holanda os dados daquela nos ajuda nisso né o que reflictamos faz pensar primeiro sobre as condições objetivas
onde se dão onde se materializa exercício profissional ou então é o que é por 20 anos o chão do exercício profissional né onde a gente vem trabalhando a irlanda falou eu concordo plenamente discutir as condições objetivas é central mas também sem caracterizar nem que elas são muitas condições subjetivas ou seja particularmente quais os valores éticos políticos que acompanham hoje a intervenção profissional e assistentes sociais eu penso que esse é um bom ponto é de partida para a gente se indaga ontem nós falamos um pouco a kehl eu me recuperei mas com o quanto nós temos
efeitos é agressivos nas condições objetivas de trabalho dos assistentes sociais lembrando ainda que a trabalhamos maioritariamente no espaço público estamos atuando já há algum tempo no espaço público cada vez mais privatizado por dentro e estão sendo cada vez mais chamados a trabalhar neste espaço não nos moldes consagrado na constituição federal para os trabalhadores e fintou contratações as mais díspares da atual muitas vezes enquanto as redes sociais não sabem informar de fato qual a contratação do seu trabalho o que em síntese né a conta aponta para redução dos direitos trabalhistas aponta para a fragilidade do emprego
e portanto por uma por uma alta menor autonomia em relação ao seu exercício profissional frente aos ditames é o mandonismo que ainda pertence que ainda existem muitos municípios status no governo federal desse país saltar sobre importações do clientelismo e do fisiologismo onde os assistentes sociais quando ingressam cada vez não só eles mas com os pilas mais distantes do concurso público estão submetidos a esses processos por outro lado também percebemos que essa intensificação não é é mentira essa peça fragilização das formas de contratação gerais em uma intensificação da força de trabalho ea dedicação tanto acontece no
espaço público como também acontece no espaço empresarial à qual os assistentes sociais estão é submetidos e submetidas assim podemos constatar que como integrante da classe trabalhadora que estamos fora desse contexto trabalhamos cada vez com menos direitos como a intensificação cada vez maior da força de trabalho e aumentando cada vez mais os mecanismos de controle e de gerência sobre a força de trabalho que se aperfeiçoou em direção a nós além das condições objetivas também precisamos reconhecer e já que estamos no congresso já tem sociais estudantis serviço social estamos entre nós damos também reconhecer alguns inimigos internos
da nossa categoria profissional particularmente precisamos chamar a atenção numa constatação que vem sendo feita por vários é em várias redes sociais de uma adesão formal aos valores um projeto que muitos de nós reiteramos como fundamental o projeto ético político do serviço social brasileiro né então nesse sentido nós precisamos reconhecer o primeiro que o conservadorismo entre não só no mundo e no país que pudesse mas o conservadorismo entre nós na profissão ele não acabou né ele pode estar calado dos espaços de debates vezes traz formulação mas o conservadorismo ele não acabou e claro que ele se
retroalimenta ou se e avançou bastante com a hegemonia nem do projeto neoliberal e com gerações que cresceram que hoje entram no mercado que se formaram é como ser na época num como formaram como ser nos valores demônios do neoliberalismo que naturaliza a competitividade que naturaliza a desigualdade na saída individualismo exacerbado né então nesse sentido o conservadorismo e ganha novas dimensões novas configurações e ele também está presente entre segmentos precisam da nossa categoria como nem tudo é tragédia não é mesmo ela também temos um avanço bastante dodô que podia de companheiros e companheiras que identificam com
esse projeto ético-político né que se pontua no compromisso com a liberdade a liberdade como valor histórico concreto uma possibilidade de escolhas concretas desse jeito no compromisso é com a democracia na defesa inalienável dos direitos humanos no compromisso com os valores históricos da classe trabalhadora esse projeto ético-político serviço social em passando por diferentes provas ea gente vem percebendo que ele conseguiu avançar e que a autonomia desse projeto em relação a partidos e governos foi uma ação estratégica continua sendo uma bússola também percebemos que esse projeto né além de ter um instrumento nem formar um tripé de
conseguir formalização dele muito falar de nós do cosmo jeca diretrizes curriculares da abepl levantam da profissão sabemos que ele avançou é tão hoje existe uma produção que nos informa que nos auxilia na nossa formação e exigem também experiências profissionais em cursos comprometidas com esse projeto profissional é importante que falamos isso não é porque nós estamos por exemplo neste auditório construímos dias nos nossos locais de trabalho a partir das condições objetivas mas construímos o projeto é de opositores se materializa também nas ações profissionais não é apenas um ideal a neve também é fruto da construção dessa
categoria mas vamos reconhecer que entre os contatos entre os conservadores a conservadora e entre nós do projeto político existe hoje um expressivo número de assistentes sociais que verbalizam um compromisso com esse projeto entretanto não conseguem materializar esse projeto na sua intervenção profissional porque essa visão é uma adesão formal e ela se dá formal porque se constituiu em construída na categoria auto a gente tem que entender como um auto engano que é a ideia de que eu posso ter valores como do país valores libertar os projetos políticos como referência para o exercício profissional mas nos outros
espaços da minha sociabilidade como não haver na família em outro espaço eu posso reproduzir valores não sejam antes da sociedade capitalista portanto possa reduzir o preconceito a ideia da competição nem a idéia dos valores atualizados pelo capitalismo esse grupo de profissionais eu tenho hipótese é um grupo bastante expressivo é que eu penso que a gente precisa dialogar bastante porque na verdade é um grupo possivelmente bem intencionado mas que compreende em casa é uma coisa na hora que eu coloco um dialeto um crachá robatto ponto lindo viu o assistente social e na realidade isso é impossível
é por isso que um autoengano os valores são internalizados e eles materialismo as diferentes ações inclusivas as comissões que nós realizamos e nós carregamos nos diferentes espaços da nossa habilidade e na realidade das pensões se acha que compreenda que podem diferenciar isso é na realidade estão hoje novamente materializando a moral ea mônica sociedade capitalista isso nós temos vários exemplos nas nossas caminhadas não sei se aqui faz algum sentido mas temos exemplos já tente se acontece isso mas nós temos exemplos já tem sociais que sabe orientar muito bem são direito previdenciário orientam muito bem as trabalhadoras
domésticas no local de trabalho mas em casa contra o em casa nem contrato então trabalhadores domésticos trabalhando dobro da carga horária e recebeu na metade do que justo têm assistentes sociais que orientam o combate do preconceito que orienta a questão da igualdade de gênero mas criam ainda que os meninos e duas meninas a partir do sexismo e na diferença de gênero nettheim assistentes sociais que trabalham com a questão o que defendem né a aaa livre expressão da orientação sexual mas já conhecem e não se sentem à vontade quando atendem casais homossexuais lésbicas e se tratam
se tocam a mão se acariciam atendimento porque mas segundo essas ações sociais não há espaço para essa expressão esses exemplos voltou trazendo mostro então a enorme contradição que hoje permeia a vida de muitos de nossos profissionais e que portanto apontam para a importância em se auto gagá e faz uma então críticas os decorar o código de ética é uma ação relativamente fácil tanto muitos de nós acertamos várias as questões dos concursos públicos quando atendo mas o código de ética não é uma teoria simplesmente ele é um conhecimento teórico ilumina e nos faz questionar de moralidade
nosso carro na modalidade profissional mas ele precisa ser uma dia uma bolsa se internaliza internaliza as nossas valores porque senão a gente vai cometer muito a saga como vários de nós vem cometendo e mais daquela expressão é verdadeiramente do que a gente pensa e na realidade não só da gente pensa do que a gente age e faz ainda que de uma maneira inconsciente bem pensar profissão então né e pensar a discussão do sigilo nem na nossa perspectiva é primeiramente se indaga isso que profissão é essa em que condições objetivas nós atuamos na e de formação
e capacidade de resposta nós temos para ganhar é tomando como ponto de partida nessa configuração bem impressionista né da profissão nós poderíamos retomar então ela tem potencial mas porque agora nós discutimos a questão do sigilo que está posto hoje que congrega interesse de profissionais de serviço social para a questão do sigilo profissional bem nós temos alguns exemplos de preocupação dos profissionais nas redes sociais com a questão do sigilo por exemplo anos chegou à solicitação de parecer sobre a proposta a possibilidade ou a impossibilidade de câmeras de tv 1 sala de atendimento do serviço social nós
também é sabemos do debate realizado no campo só sobre disco sobre a questão que depois vem ganhando outras denominações mas que giram em torno do depoimento sem dano nós sabemos também das preocupações assistentes sociais com registro do seu exercício profissional antigamente falavam muita documentação mas podemos pensar com este trabalho profissional no uso de prontuários eletrônicos ou seja existem um conjunto de demandas que também vão surgindo pra gente a partir do uso da tecnologia e como é que a tecnologia ela pode interferir ou não nas questões de sigilo também temos observado questões é de profissionais que
atuam em instituições fechadas de medidas sócio-educativas presídios internamentos em geral onde o onde convivem com situações de violência ou por situações de tortura e sim dado de sigilo o que eu posso falar dessas questões que são colocadas ou em nome dos estilo eu não devo falar das situações de violência da agressão direitos humanos dessas pessoas guia que estão internadas presas hoje medidas supostamente medidas socioeducativas e por aí vai bem é sobre essas indagações que eu pretendo lutar e refletindo agora para a gente poder trazendo algumas contribuições mas antes é importante retomar aquela primeira pergunta é
uma imprecisão no código de ética o sigilo profissional e concepção de sigilo está colocado no código bem primeiro ponto também já tratada aqui pela irlanda é reconhecer que o sigilo não dá pra pensar o sigilo desde contextualizado do código de ética muito menos o código continuando de custos e customizado do projeto de profissão que ele expressa o sigilo ele existe para reafirmar o compromisso dia tente sociais com a população usuária que ele atende tanto nesse sentido é um direito da população que a gente atende pasta com a saltadora que a gente atende que a gente
garanta os estilos sobre as questões que eles mostrassem o sigilo nesse sentido ele existe para proteger os usuários dos usuários do serviço social se a gente desenvolve a partir dos princípios do código de ética uma uma intervenção profissional pautada no ponto na reduç que teve resposta às necessidades da população usuária esse dever como com esse sujeito também vai ser ao mesmo tempo um direito nosso na medida que não estava à guarda também em protegê lo e protegê las então o sigilo em si ele não existe para proteger o profissional por si só o sigilo portanto
ele é algo que é visa proteger o sujeito a gente atende e não necessariamente apenas daquilo que eles e elas me chamam a atenção como sigiloso e quem atende sabe tem horas que os nossos olhos olha só no contexto pra ninguém não são só numa nota aí não pinta e dessa maneira então explicitam que isso é algo que eles entendem com sigilo mas não são apenas esses nós é que temos que ter a competência ética técnica e teórica e de compreender quais informações esse sujeito no espaço e que se divulgadas podem prejudicá los ou prejudicá
las e não necessariamente esperar que eles ressaltem o que a gente coloca mas será que tudo que os usuários usuários informam é sigiloso bem eu acho excelente para fazer uma análise crítica verdadeiramente as condições objetivas de trabalho se nós tivéssemos um ambiente menor começa a perguntar a vocês na plenária qual é o ritmo de trabalho vocês vamos dizer um ritmo que ainda que eu conheço sempre me assusta de filas de 15 30 35 visita 7080 lei dos 20 e 40 cadastros 20 visitas domiciliares em mais um trabalho que parece infinito no conjunto de demandas bem
nesse sentido é que eu considero o mais curioso o termo de sigilo ganhar espaço eu consigo porque eu tenho hipótese e com raras exceções como na saúde por exemplo o campo da saúde mental quem trabalha com violência em algumas áreas do campo sociojurídico enfim não nego que nós tenhamos acesso a informações sigilosas de jeito nenhum mas recuo tem uma hipótese cada vez mais temos tido acessa poucas situações sigilosas frente ao ritmo de trabalho da gente porque para o usuário dos cut algo que seja sigiloso para ele que a gente perceba isso é uma questão que
necessita de tempo do atendimento além do tempo nem ter tido uma relação de confiança ele estabelece a confiança com a gente nos primeiros cinco minutos 10 minutos 15 minutos que a média tem sido infelizmente dourada maioria dos atendimentos da qual a responsabilidade não recaia sobre nós recai antes do super na superexploração das instituições colocam isso pra nós volto a dizer que a gente não sofrer sozinho não só para nós mas para o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras da mesma instituição e do mundo estão nesse sentido nem as informações que eles nos colocam são informações é
é que podem ser de nós não necessariamente é são esse é o primeiro ponto o segundo ponto é que o compromisso do sigilo com as informações que eles nos trazem não pode obscurecer a importância de algumas informações que nós e outros trabalhadores que trabalham com a gente tem sobre ele e que podem contribuir na nota intervenção profissional como na intervenção dos outros trabalhadores e é nesse sentido é importante lembrar que ollanta me falou isso de que não são só nós que estamos metidos a alstom a um código de ética que trata do sigilo em maio
os profissionais tirando os profissionais de muitas maneiras nos prontuários e portanto mais os trabalhadores formação universitária que atuam com a gente também possuem o código gestos portanto também possuem esse compromisso com o sigilo profissional e isso precisa ser debatido relembra prado e pactuado também no trabalho é em equipe profissional porque eu tô falando isso é porque tem equipes de serviço social e nome do sigilo não registram nada e nenhuma documentação e isso gera uma invisibilidade do trabalho do serviço social particularmente as comissões de licitação e fiscalização dos créditos quando visitam e voltando para uma área
que eu conheço que era da saúde everton unidade hospitalar onde existem milhares de prontuários serviços de usuários continuam tem um registro do trabalho do assistente social e muita das vezes nas redes sociais trabalharam e fizeram visita ao leyton fizeram ter contato com os familiares com os empregadores realizar entrevistas com os usuários internados e isso não aparece é impossível que todos os usuários daquele hospital e um título com as situações são sigilosas que o assistente social profissional não pode registrá-la então tá posto aqui já estamos entre nós eu tivesse com as proteções eu não falaria isso
já estamos entre nós a perguntar o que está acontecendo é que se passa por trás nem em nome dessa questão do sigilo na medida em que noite defendemos está no código de ética e nas produções acadêmicas no nosso discurso também um compromisso com o trabalho multiprofissional ou um tempo pelos demais cargos um trabalho interdisciplinar né então se nós temos esse compromisso mas sabendo que o trabalho em equipe é fundamental ele também vai se materializar nessas questão tão honrada como sigilo o nosso próprio código de ética ele a conta de maneira muito simplista como não como
mas em que dimensão a gente deve tratar das informações com trabalho em equipe e vai dizer o código né as informações só podem ser prestadas informações limites do estritamente é necessário que o estritamente necessário um trabalho em equipe e aqui eu trouxe uma citação da silva terras ou jurídicas e fez ela diz quanto ao limite do estritamente necessário deve buscar se tal parâmetro os próprios princípios do código do compromisso com a dignidade do usuário e da emancipação dos indivíduos sociais desta forma toda revelação se mostra desnecessária e que poderá trazer qualquer prejuízo à lesão de
direito pirigulino constrangimento ao usuário e não ter juntado absolutamente fundamental ou melhor imprescidível para os cuidados com ele não pode ser revelado nós temos acesso a um conjunto de informações que são fundamentais e que não prejudicam e não expõe e que muitas vezes não tão largo da gente né quem trabalha com nutricionistas sabe que não adianta só uma decisão equilibrada né já que esta querida população do haiti a bento sequer têm acesso para a compra da sua alimentação isso parece óbvio pra gente mas não é dado para esses profissionais a gente encontra com profissionais orientando
uma alimentação muito importante mas bem possível né nós atuamos com profissionais da medicina e tratam da questão do transplante da higiene sem saber que os usuários que vai fazer o transplante mora numa casa de chão de terra e como que a gente vai poder garantiu essa essas e outras questões então o que coloca aqui pra gente né é potencial de contribuição que transforma a atenção que nós podemos ter na questão como se gil outro ponto do projeto além do seu aniversário um trabalho em equipe multiprofissional que eu acabei de tratar é a questão da quebra
do sigilo é quando protegido ele pode ter quebrado e aí nós vamos ver uma uma forma muito nítida no nosso código de ética que diz que ele só é admissível quando se tratar de situações de puxa gravidade possa envolvendo ou não feito delito trazer prejuízo ao interesse do usuário de terceiros e da coletividade o nosso código nos coloca independentes e uma sanção é um crime não não não é um argumento para a nossa quebra de sigilo profissional e nesse sentido então ele nos afasta de qualquer ação de policiar isso é um argumento que conta das
vezes em relação especificamente em relação às nossas colegas trabalho conservador a gente pouco utiliza no trato das informações dança em relação à população usuária nós não nos cabe o poder de polícia sobre sobre as questões do que os usuários usuários nos trazem a quebra do sigilo é quando tem em perigo ação da coletividade ou de outros naturalmente como diz a música barroca que deveria ter aquilo que ela digita o código e que adoraria está o código não pode prever todas as situações e cada caso deve ser avaliado de acordo com os pressupostos e valores do
código de ética supondo se que a avaliação seja feita coletivamente pela equipe profissional ou seja além de compreender não dá para garantir todas as personalidades mas o código é bem claro quando ele diz apenas um risco ao outro da coletividade e no que for estritamente necessário nessa quebra de sigilo mas nos traz também uma outra reflexão que por isso outra apresentação da luta eu acho bem interessante que ela não chama a atenção de que essa discussão do sigilo até ela pela importância que ela tem ela é uma ação conjunta da equipe de serviço social ela
não é ação individual de assistente social e isso é fundamental a gente está chamando atenção eu falei lá no início que o conservadorismo se retroalimenta ou país demônia neoliberal nem na medida que ela formou gerações que hoje já estão trabalhando como assistentes sociais eu acho que essa é uma decisão que se alimentou e importância gera infelizmente a renovação do conservadorismo entre nós mas também acho que é o próprio chamou de neoliberalismo que possibilita essa confusão entre aquela turma do chamado do auto engano porque eu tenho ouvido muito não sei se holanda ou outras nós aqui
discursos assistentes sociais com 11 alunas e alunos que falam olha negócio voltando exemplo e perdoem exemplo da onde eu tenho a sensação que me fez com a assessoria que este site da revista saúde lá no rio fazia que agora prefere não dá pra fazer assessoria não há na época a gente trazia como projeto de extensão é é o melhor negócio é quebrado ninguém é nada que minha equipe todo mundo trabalha em vários lugares eu não consigo ver a reunião tem vários empregos mas eu quero dizer eu dou o melhor de mim quando venho aqui eu
faço de tudo e traz a conta a estudante camila na faculdade fazer o meu braço e me dedicado mais você pode imaginar a dança bem vindo à reunião invariavelmente como ex-aluno do falou outra pergunta trabalha aqui que dia 11 terça feira falou foi o ato torna fora vem na terça que o atendimento é bom porque em nome porque em nome de uma suposta competência né você primeiro precisa atingir aquilo que é público porque a garantia do atendimento de qualidade ele deve acontecer todos os dias segundo que é um tremendo auto engano achar que competência profissional
é competência individual nem mudar é impossível porque a gente pode podemos fazer várias perguntas a que veio então você vai embora na terça você leva o usuário para casa um colega de trabalho que vem na quarta e e aquela rede que acontece sempre que os outros mas não falava você não faz mas ela sai as outras fases ou seja nós temos hoje um grande problema pela frente que é a questão claro da intensificação da força de trabalho da contratação os vínculos precários com carga horária reduzida o que coloca pra muitos profissionais na questão do plano
de emprego esse é um problemão agora nós também um outro problema a gente julga comprometido com esse projeto de profissão e também tem que reconhecer que não dá para pensar em intervenção profissional nos locais de trabalho sem projecto de intervenção sem conhecer o perfil da população usuários reunião de equipe não pode fazer mil doutorados mas se não intervir no coletivo da equipe de serviço social e essa equipe reunida não intervir na dinâmica da instituição no planejamento como um todo esse trabalho não vai ser incompetente da queima mais um auto engano que dá colocado no cotidiano
de trabalho dos profissionais então nesse sentido por questões muito delicadas uma questão do sigilo a quebra física pode ser de uma sensação que vai pra casa decide se vai quebrar ou não nem aí vai tomar uma cerveja na esquina e comércio não é também esse debate é se esses debates não é um ato individual é uma ação profissional e portanto como todas as outras atividades devem ser discutidas no coletivo da equipe profissional e cada vez mais infelizmente a equipe se reúnem - cada vez mais os projectos de intervenção tem décadas a tempestade nação sem mauritano
aí você vai ver que tem mais de uma década daquele projeto de expansão cada vez mais se instala qual é a população usuários atende a linha pouco grande maioria mãe solteira ou sejam chavão é claro que nós conhecemos essa população mas é importante por meio da sistematização da comissão investigativa nós vamos apurar vamos captar tendências mesmo e por aí mas volto a dizer que eu não acho que o som que a nossa posição é só isso nunca se esqueça nos três perfis e sobretudo que nós todos o que o qual nós todos depois aqui estamos
vinculados tanto daquele que no dia a dia na labuta também implementar em condições objetivas o nosso projeto é profissional por isso é que é importante discutir a questão sigilo na equipe dentro do jogo dessa concepção do projeto intervenção e pensar o sigilo dentro da concepção posta para o nosso projeto profissão nesse sentido eu tenho opinião mesmo de que está nítido no código de ética o que é o seguinte o que nos coloca hoje é que existem novas formas que luta frontão e que no nosso trabalho e que nos deixam muito um dúvida com que forças
com que munição nós vamos enfrentar com uma câmera de vídeo que foi um parente sempre pessoa jurídica do chefe da unidade do inss e colocar uma câmera de vídeo da sala proteger a rede social o usuário pode ser agressivo pode bater então a câmera proteger ou seja uma total só de obrigar a sua câmera nem a resolver mas coletivamente é essa razão ela foi muito bem enfrentada então os mecanismos de controle para todos os trabalhadores inclusive para nós e muitas delas vão atravessar essas questões do do sigilo e portanto não podemos compactuar mesmo com a
gravação do vídeo não podemos compactuar com a ideia que temos um ponto no ouvido e formular perguntas e de ter o nosso atendimento gravado mesmo com a autorização dos nossos usuários primeiro porque usuários lares mesmo autorizem entanto eles não sabem o que nós vamos perguntar o que vai se desdobrar aquela realidade e segundo nós não podemos permitir porque a gravação nesse caso não é material nosso apenas de um exclusivo não somos nós que vamos manejar e portanto não temos nenhum controle com a divulgação sobre o que é colocado sobre a questão das instituições enfrentam situações
de violência e tortura é também temos muito nítidos e o sigilo ele existe não para nos proteger os protestos com os protegem diretamente na conta mas como principal proteger usuários e usuárias não podemos em nome do sigilo não falar que existe tortura e execução sumária e de violência nas unidades em que muitos de nós trabalhamos também não podemos por outro lado nos arvorar de individualmente divulgar estas questões na medida que também somos trabalhadores ainda nossa força de trabalho também temos nesse caso nessas situações o envolvimento da nossa vida um risco então falta dizia que também
de competência não é mérito individual é problemática por exemplo de tortura nas instituições fechadas e muitos nós trabalhamos ela não se resolve com a nossa boca fechada em nome do sigilo ela pode vir a se resolver por meio da nossa organização dentro da equipe de serviço social junto com os outros trabalhadores em discutir as condições de vida que se leva das pessoas que estão internadas e quase 10 neste momento da sua liberdade e portanto temos que iniciar uma outra reflexão e pode ser feita junto com os comitês de tortura pode ser feita junto do crédito
enfim um fim à frente as condições objetivas não está a assumir para nós sermos honestos e honestas que a nossa vida e marca a vida de ter sentido dentro e fora do trabalho nele disse keren cytter belo sequer cultuar a beleza porque necessita tabela então quisemos ser sincero sinceros conosco não é o sigilo que vai nos restar a acalmar se livrar com muito mais falas de angústias profissionais porque isso não justifica o nosso silêncio o terceiro ponto no início é a questão do registro dessas perguntas nessa cidade já poupei a primeira batalha é a questão
do registro nos prontuários eletrônicos eu concordo com o renato veloso no seu livro o serviço social tecnologia da informação e trabalho de que não é a informatização em si que determina ou não a quebra de sigilo até porque os prontuários manuscritos eles também podem ser manuseadas nas instituições que a gente assuma aliás muita das vezes são manuseadas não apenas para os profissionais possuem código de ética às vezes pela secretaria pela administração né então portanto que nos coloca pensar também todo o compromisso com a guarda é desse material mais tenso da questão dos prontuários e disse
vocês perguntarem o prontuário eletrônico é uma forma de controle poderia sim menor dúvida que ali o gestor da saúde da sede social da previdência vai controlar a gente trabalhando não e outros controles mas se perguntar o por eletrônico é um direito do usuário diria que sim então nesse ao contrário dos anteriores a gente vencer uma contradição né quem é o usuário do sus e dos serviços de serviço nesse país que está aqui presente sabe o quanto é chato retomar sua história várias vezes eu já tive relato de assistentes sociais acompanhando familiares que diziam que nos
perguntam podia sair fazer uma síntese entregar o que acontecia então imagina pessoas são acompanhadas há anos e medidas ipem doenças crônicas a retomada né então nem a voz discute muito a importância do registro dele sempre foi uma requisição também da luta nossa né então o que está colocado hoje é reconhecer que ele é completamente uma forma de controle sim mas reconheceu também que o registro único é importante por direito à população mas não podemos ser ingênuos no contexto a gente vivencia hoje infelizmente porque porque nós temos relatos de um relato do meu local de trabalho
mesmo né é que requisitam policial a força da cópia do prontuário de atendimento não sei se vocês vence antes femininas mais do que a taxa da polícia têm pedido algumas colegas nossa cópia do prontuário dos laboratórios de violência veja bem uma equipe que se reunia equipe multiprofissional que se confia absolutamente e portanto os mecanismos se jogaram bem pactuadas né começa a ter um problema o que começa a se preocupar e primeira negando a entrega dos prontuários até agora tinha conexão de prisão para a direção da unidade a qual foi ação desenvolvida né dizer que a
direção não foi presa ea partir daí então nós como nós só quem está lá começou a construir então infelizmente um sobre trabalho que é construir o próprio plantou prontuário conteúdo do ano a globo b para manter a intervenção pessoal está montado importantes ações informações sigilosas para o serviço social precisam ser registrada em documento já censo apenas e assistentes sociais ainda que possa gerar um sobre trabalho mas a minha posse como disse no início não talvez gere tanto porque na realidade precisa avançar teoricamente eticamente para discutir se de fato tudo que a tendência de uso eu
parto da hipótese que não né mas parte do que é sigiloso sem precisa estar registrado a partir dos profissionais como forma da gente está garantido o nosso trabalho seja nós não podemos preencher a questão da judicialização por exemplo fazer com que o nosso trabalho fica invisível que não haja registo ou então fazer esmorecer e experiência extremamente interessantes de trabalho em equipe que funcionam a funciona em vários locais trabalho que vamos construir estratégias e aí eu já falei eu me lembro muito do monteiro lobato é o seguinte não significa amarelo a dona benta uma vez estava
contando uma história os métodos narizinho pedrinho emília nem lá e era uma sábia doação tem me chamado lobo eo cordeiro que na realidade dona benta queria dizer com é pra eles que contra a força não há argumentos mas a mídia vai responde mas a esperteza é disso que se trata eu acho que hoje no enfrentamento que a gente está tendo nem é tanto no controle do nosso registro escrito nos pontuais como também nas solicitações autoritária de cópias do nosso material não podemos revelar por baixo e nem podemos não saber mas podemos ter certeza na condução
dessa são profissional bem é isso que eu queria é trazer sobre a questão do sigilo quero convidar todos e todos para que avancemos dessas reflexões para quem mantemos os estúdios e sobretudo os nossos aos questionamentos que é que nos preocupa efetivamente na questão do sigilo profissional né nos preocupar efetivamente clara preocupação com o usuário e com as suas singularidades e passou a privacidade mas talvez também nos preocupe a exposição com o nosso trabalho ea dificuldade nós tenhamos talvez materializar explicitar o que fazemos e nesse sentido acho que a gente tem pode fazer muito né e
esse é um desafio é fundamental e que nós precisamos avançar porque qualificar o exercício profissional e nosso é também qualificar naturalmente as respostas que dão para usuários usuários ea gente fala muito na defesa dos direitos e e direitos eles se passam também pelo manejo da comunicação da informação lembrando que a linguagem instrumentos de trabalho primordial de assistentes sociais e portanto precisamos qualificá-la é isso queria é mais uma vez agradecemos a paciência que teria ouvido e jamais substituindo lúcio barroco e tanto admiro e parabenizar o crédito desta região por esse belo simpósio obrigado nós agradecemos ness
pelas disposições maravilhosos da professora e holanda guerra e do nosso maurílio né muito obrigada eu acho que nos instiga a esse debate em torno do sigilo no cotidiano profissional eu pelo que eu pude perceber nas falas eles não trouxeram respostas né para as nossas inquietações mas outras inquietações para que nós possamos debater no nosso espaço ocupacional com a nossa equipe de trabalho não é é uma questão que a gente tem que levar aí pros outros espaços em que a gente esteja [Música]