Você está no espaço procurando por algum planeta onde a vida humana possa se realocar após a quase total destruição da Terra. Porém acontece algo de errado. Porém, por conta de um cálculo errado, um asteroide acabou colidindo com sua espaçonave.
E de repente é preciso pousar no lugar mais próximo. Foi então que viram um mundo muito pequeno mas não muito distante, de longe parecia ser até uma lua, mas à medida que a nave espacial se aproximava, o capitão ia percebendo onde estavam. O planeta anão com sua superfície marrom não deixava dúvidas,vocês estavam prestes a pousar em Plutão.
Vinheta As dramatizações presentes neste vídeo são ficcionais e inspiradas em fatos reais. Descoberto em mil novecentos e trinta, Plutão foi por muito tempo considerado o nono planeta do nosso sistema solar. A órbita de Plutão ao redor do Sol é incomum em comparação com os planetas: ela é tanto elíptica quanto inclinada.
A órbita de Plutão é oval e dura duzentos e quarenta e oito anos pra ser percorrida. Porém, após a descoberta de planetas similares no Cinturão de Kuiper, Plutão foi reclassificado como um planeta anão em dois mil e seis pela União Astronômica Internacional. Já um planeta anão é um objeto em órbita ao redor de uma estrela que é grande o suficiente para se puxar em uma forma quase redonda, mas que não conseguiu limpar sua órbita de outros corpos celestes como grandes asteroides.
Mas isso não quer dizer que estando em Plutão você não teria que se preocupar com grandes asteroides constantes. Na verdade Plutão está localizado em uma parte do nosso sistema solar conhecida como a região Transneptuniana, na qual outros objetos podem cruzar o caminho da órbita de Plutão. Mas é só isso!
Significa apenas que grandes asteroides podem passar por um lugar onde Plutão passou, mas não quer dizer uma colisão! Certo, então não se preocupe tanto com isso, primeiro você deve focar em pousar no planeta! Durante o pouso da espaçonave a tripulação percebeu o quão pequeno era Plutão em relação à Terra.
Plutão tem apenas cerca de dois mil e duzentos e cinquenta quilômetros de largura. Com esse tamanho tão pequeno, Plutão tem apenas metade da largura dos Estados Unidos. Já seu diâmetro equatorial, a parte onde o planeta é mais largo, é de cerca de dois mil trezentos e setenta e sete quilômetros, fazendo com que Plutão tenha apenas cerca de um quinto da largura da Terra.
Portanto, você não demoraria tanto pra explorar uma razoável porção da superfície do planeta anão. Assim que a espaçonave pousou, você e os outros astronautas saíram e pisaram no solo, eles perceberam o quão leve estavam, ao dar passos, seus corpos flutuavam. A gravidade de Plutão é quinze vezes menor do que a gravidade da Terra, então se você pesa sessenta e oito quilos aqui na Terra, se você fosse para Plutão, pesava quatro quilos e meio.
A gravidade de Plutão é tão baixa que chega a ser menor que a da Lua, que é UM vírgula seis metros por segundo ao quadrado, enquanto a de Plutão chega a incríveis zero vírgula sessenta e dois metros por segundo ao quadrado. Essa baixa gravidade pode ser legal no início, mas faria com que seus corpo fosse aos poucos sofrendo grandes consequências. Você perderia massa muscular, óssea, teria problemas cardíacos, na visão e muitas outras coisas.
Por isso, assim que aterrissar, é bom dar um jeito de sair de lá. Logo depois do pouso, claro, seria bom reprogramar os controles da espaçonave e vê como poderia resolver o problema. Verificando seus propulsores, você percebe que eles estavam quebrados, portanto você e sua equipe jamais conseguiriam sair de Plutão, ou pelo menos não sozinhos!
Vocês decidem então buscar ajuda externa, vocês tentam enviar uma mensagem para a base na Terra. Porém, por ser num planeta extremamente distante da Terra,o tempo de resposta é razoavelmente demorado. Já que, se você estivesse em Plutão nesse exato momento e enviasse um sinal para a Terra, demoraria cerca de quatro horas e meia para suas mensagens chegarem.
E depois mais quatros horas e meia pra resposta voltar. E tem mais um detalhe. Essa demora toda só aconteceria se Plutão estiver na sua órbita mais próxima do sol!
Se ele estiver no momento em que ele está mais distante, levaria cerca de seis horas e meia para a mensagem chegar na Terra. E mais seis horas e meia pra voltar. Com isso, várias horas depois, uma mensagem de resposta chega, os responsáveis na Terra enviaram uma missão de resgate, mas demoraria alguns anos para chegar.
EXCELENTE! A sua sorte é que, por sua missão original ter a duração de duas décadas, haviam suprimentos o bastante para toda a tripulação sobreviver ao tempo que passariam alí. Como a viagem de resgate demoraria alguns anos, os astronautas decidiram analisar o planeta para saber se seria possível, por algum milagre, os humanos estabelecerem Plutão como seu novo Lar.
Uma coisa que preocupou o grupo de astronautas foi a temperatura do planeta que, por estar muito distante do sol, era extremamente baixa. A temperatura de Plutão é em média menos duzentos e trinta e dois graus celsius. Uma temperatura baixa o bastante para impedir a sustentação de vida.
Porém o que salvou você e os outros astronautas foram seus trajes, que regulavam a temperatura interior para que seus corpos não sofressem nem com o calor extremo nem o frio excessivo. Além disso, dependendo de onde Plutão esteja em sua órbita, você pode esperar temperaturas que variam de duzentos e vinte e três graus celsius negativos e menos duzentos e trinta e três graus celsius. Essa variação pode até parecer pequena, porém, afeta diretamente a atmosfera do planeta anão, mudando-a por completo.
Plutão possui uma atmosfera composta principalmente de nitrogênio, metano e monóxido de carbono. Sua atmosfera é fina e tênue, e se contrai quando se aproxima do Sol e se expande à medida que se afasta. Isso acontece porque quando Plutão está perto do Sol, as rochas geladas em sua superfície sublimam, passando diretamente de sólido para gás, e sobem para formar temporariamente uma atmosfera fina porém mais extensa.
A baixa gravidade de Plutão, faz com que sua atmosfera se estenda muito mais em altitude do que a atmosfera do nosso planeta. Porém, quando Plutão está viajando para longe do sol, ele se torna ainda muito mais frio. Nesse período, a maior parte da atmosfera do planeta pode congelar e cair como neve sobre a superfície.
Isso faz com que a atmosfera fique com menos gases e se contraia. Além disso, modelos computacionais sugerem que essa atmosfera permite ventos atmosféricos de até trezentos e sessenta e dois quilômetros por hora. Portanto, para os humanos tomarem Plutão como casa, todos teriam que usar trajes que regulassem a temperaturas baixas, além de aquecedores extremamente potentes no interior de suas casas.
Certamente iria consumir muita energia. Outro ponto muito importante de ser analisado seria as formações rochosas e o terreno de Plutão. Em suas pesquisas e visitas pelo solo do planeta anão você poderia ver que a superfície de Plutão possui montanhas, vales, planícies e crateras.
As montanhas mais altas de Plutão têm entre mil e oitocentos e três mil metros de altura, relativamente baixa se comparada com a montanha mais alta da Terra: o Everest, que possui quase nove mil metros de altitude. Essas montanhas são grandes blocos de gelo de água, às vezes com uma camada de gases da atmosfera congelados. Além disso, longos vales e fossos, com até seiscentos quilômetros de extensão e Crateras com até duzentos e sessenta quilômetros de diâmetro salpicam a paisagem de Plutão e adicionam características interessantes ao solo do planeta.
Mas pra apreciar isso, é um pouco difícil. Afinal não dá pra ver muita coisa com uma luz do sol tão fraca. Com o passar dos dias da tripulação ilhada em Plutão, vocês puderam perceber e presenciar o ciclo de dia e noite do planeta anão.
Por estar a uma distância média de cerca de cinco vírgula nove bilhões de quilômetros do sol, a luz solar demora cinco horas e meia para chegar até Plutão. Além disso, por estar extremamente longe, a luz solar já chega em plutão bem fraca. portanto a luz solar lá é muito mais fraca do que aqui na Terra, mas não é completamente escuro Por exemplo, se você estivesse na superfície da linha do equador de Plutão ao meio-dia local, na hora em que o sol é mais forte, mesmo assim o Sol teria zero vírgula onze por cento do brilho que tem na mesma hora aqui no equador terrestre.
Seria estranho ver um meio dia que tem a intensidade de um pôr do sol, ainda mais estranho porque isso iria demorar muito tempo. Afinal, UM único dia em Plutão dura cerca de cento e cinquenta e três horas. E talvez por ser muito mais fraco você até poderia olhar pro sol diretamente, ou quem sabe olhar pras luas de plutão.
Plutão tem cinco luas conhecidas: Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estige. E esse sistema de luas pode ter se formado devido a uma colisão entre Plutão e outro corpo de tamanho similar ao seu no início da história do sistema solar. Todas as luas são muito pequenas com menos de cento e sessenta quilômetros de largura.
Elas também têm formas irregulares. Porém há uma exceção. Caronte, a maior das luas de Plutão, é esférica e tem cerca de metade do tamanho de Plutão, tornando-se o maior satélite em relação ao planeta de todo o nosso sistema solar.
Caronte orbita Plutão a uma distância de apenas dezenove mil seiscentos e quarenta quilômetros. Para deixar mais claro o quão perto ela está, a nossa Lua está vinte vezes mais distante da Terra do que Caronte está de Plutão. Ou seja, você conseguiria ver essa lua bem grande no céu plutoniano.
Algo curioso sobre Caronte é que sua órbita ao redor de Plutão leva cento e cinquenta e três horas, o mesmo tempo que Plutão leva para completar a rotação de UM dia. Isso significa que Caronte não nasce nem se põe, mas permanece sobre o mesmo ponto na superfície de Plutão. Então você só poderia ver essa lua em metade da superfície de plutão.
E em uma noite qualquer em que você olhava o frágil reflexo do sol de Caronte, depois de anos do pouso forçado, os astronautas viram uma luz piscando no céu se aproximando, finalmente era seu resgate. Enfim vocês iriam voltar pra casa.