e eu só não exista eu sou o gerente de qualidade dos serviços médicos de anestesia é e esse e a gente teve que se reinventar nesse momento né nós somos talvez junto com o seu regem cistas os médicos que ficam mais próximos dos intense vistas e com a demanda tão grande por um médico intensivista as nós fomos deslocados para muitas o tênis e a gente acabou saindo um pouco da nossa zona de conforto e fazendo algumas coisas que nós não estamos tão acostumados é uma uma delas é a comunicação de notícias ruins por isso mostra
que a gente ter a gente a gente trazer esse esse web não e e esse convidado de peso para o doutor daniel hoje eu trouxe algumas dúvidas que vão ser que vão ser tiradas durante durante a apresentação daniel ele vai mostrar ele vai explicar como que vai funcionar mas a gente tem algumas dúvidas durante a semana se é uma delas era se existe técnica para dar uma notícia ruim em um momento de tantas dúvidas a respeito da doença como posso passar segurança necessária a família sendo que nem eu estou seguro e que são dúvidas dos
nossos dos nossos colegas é não entramos em contato direto com a família coisas visitas estão proibidas e temos contato apenas por telefone como podemos prepará-los para uma notícia ruim ou para mesmo conduzir esse caso já tem alguma experiência no assunto mas no momento é e normalmente uso uso detox e abraços para mostrar para mostrar empatia e agora são proibidos como estar junto à família sem usar desses artifícios para que a gente vai conseguir responder isso doutor daniel vai vai ajudar a gente nesse nessa tratativa ai ai e não é oi beleza tô escutando escutando um
é boa noite a todos então e a agradecer o a a todos os o sma eh eu guilherme especial para ser oportunidade é de taquile e conversar um pouco sobre esse assunto ou e discutir um pouco sobre um pouco de uma estratégia sobre comunicar uma notícia ou eu acho que esse esse assunto ele na minha opinião ele é um assunto importantíssimo para qualquer pessoal saúde e numa situação de pandemia eu acho que ele é mais importante ainda eu e você eu vou fazer uma apresentação breve combinei aqui com o guilherme fazer uma plantação de no
máximo 30 minutos para a gente foi bastante tempo de discutir responder pergunta e conversar sobre o monte de coisa que nós novo para todo mundo né ah então tá um pouco demais certeza comunicação e uma notícia com o balancear francesa empatia e o vou apresentar aqui nesses próximos minutos sala vai tem dividido em três partes o primeira parte quero dar uma visão geral sobre o assunto e depois apresentará três fundamentos de comunicação e depois aplicar esses fundamentos uma estratégia específica para o que pode ser aplicada na uti convide o welton começando com uma visão geral
do assunto ou não começar pelo começo comunicação de uma notícia ela de contas comunicação é que é qual é a grande diferença de comunicação para informação ter isso claro já é um grande espaços basicamente a diferença é essa informação é transmitir é de um lado sol é a comunicação é uma troca comunicação vem do latim comune de tornar comum então não é só passar informação ela tem que ser recebida e compreendida pelo outro lado é e quando a gente só de perceber isso a gente já começa a mudar um pouco a percepção que a gente
tem normalmente fico quando a gente tem um peso nas costas de ter que falar uma notícia e quando a gente tem um peso nas costas de ter que dar uma notícia oi gente tá muito preocupado aí o que que eu vou falar o quê que eu vou falar e é quando ele tem essa clareza que comunicação é tornar comum não é só o que a gente vai falar também tem que estar percebendo o que que o outro tá recebendo o que que outro tá entendendo o que eu tô percebendo e é isso acaba fazendo com
que a gente existe alguns erros depois a gente vai falar muito algum fala separar ou às vezes quando a gente está muito ansioso a gente pára de falar aí a gente atropela as pessoas de informação isso é um grande erro é isso é um erro especialmente é importante nessa situação de uma notícia porque a gente não funciona dessa maneira tô indo dois que dois computadores você quer melhorar a qualidade da informação você faz você compra uma banda larga e aumenta a quantidade de dados que você transmite e é incomunicação entre humanos não funciona assim você
quer melhorar a quantidade tá melhor melhorar a qualidade da comunicação social mentar a quantidade de dados que você transmite você pode aumentar a quantidade de desentendimento que você transmite porque diferente dos computadores a gente faz uma coisa contra nenhum faz a gente interpreta informação então é o computador interpreta computador ele tem um algoritmo fechado e um beach e ele vai acabar sol beach a gente não essa informação aqui esse quadro de van gogh ele tem o número fechado de informações beats mas na cabeça de cada um que está assistindo essa aula a interpretação desses bits
de informação acontece joão mineiro eu ia por conta dessas múltiplas interpretações que não adianta você simplesmente aumentar a quantidade de informação como cada um interpreta de uma maneira o ruído mas pode ficando cada vez maiores desentendimentos pra gente ficando cada vez maiores bom então perceber como outro interpreta é uma grande questão de comunicação humana é mas o outro o outro fundamento do negócio outro perdeu outro monte introdução importante né possa entender realmente fica uma má notícia bom é que consegui entender que a má notícia não é somente um conteúdo uma notícia é um conteúdo por
exemplo paciente morreu paciente foi intubado para gente ficar grave é isto não necessariamente é uma notícia ruim pegar mais extremo paciente morreu ao conteúdo é a má notícia por definição é a quebra de uma expectativa e se esse conteúdo quebra expectativa então a gente tem uma notícia em mãos seu a família tá esperando que o paciente saia bem a família tem um monte de planos para aquela pessoa e ele fala que ela pessoa morreu você tem uma bomba na mão agora essa família tá percebendo que aquela aquele passeio estava sofrendo muito é aquela doença transformou
a vida dele no inferno era muito sofrimento e aí você fala que ele morreu lógico que a pessoa não ficar feliz não tem como ficar feliz com o negócio desses mas é frequência se você sentir um alívio o ou seja o conteúdo o mesmo conteúdo paciente morreu ele pode ser percebido com um alívio ou como uma tragédia dependendo da expectativa que as pessoas têm o que a gente essas duas coisas a gente muda o nosso foco a gente muda o foco do outro do do do nosso ombro do nosso umbigo quando a gente está normalmente
querendo eu preocupado enfim me dá uma má notícia para o foco é o outro é que recebe é mas por isso que estudar esse negócio afinal de contas bom e isso é um conceito importantíssimo estudar comunicação de uma notícia não é para aprender a transformar uma má notícia numa boa notícia não é para aprender adorar pílula ou tirei que as pessoas saiam felizes da dali se é realmente uma má notícia as pessoas vão ficar tristes eu não tenho não tenhamos nós mesmos uma expectativa irreal e não adianta às vezes a gente ficar querendo cobrir com
pano quente falar olha não umas e morreu mas vai ficar tudo não não faça isso é uma notícia uma notícia as pessoas características então porque isso daí isso que não é só ficar triste é existem várias é mais notícias que elas podem é a conteúdo a quebra de expectativa podem ser muito ruins mas a forma pode ser pior ainda e aí a gente a causa causa a gente acaba causando mais dor é que acaba causando mais sofrimento além daquele sofrimento do fato ensino e é por outro lado quando a gente consegue fazer a comunicação de
uma maneira com empatia e com franqueza isso pode ajudar as pessoas que recebem aquela má notícia que é ruim que é triste que causa dor vem a gente consegue às vezes ajudar aquelas pessoas transformar em aquele sofrimento em algo que seja construtivo e digno não só as pessoas que recebem mas a gente mesmo afinal de contas é comunicação tornar comum e quando a gente consegue fazer mesmo uma má notícia de maneira empática e franca a gente faz a nossa profissão pela solução não é só de boas notícias da depressão tem mais notícias isso faz parte
da nossa missão e faz parte do nosso do nosso objetivo de cumprir com dignidade a nossa profissão é e mais ainda isso pode ser ensinado e pode ser aprendido é é um exemplo muito claro disso é um trabalho aqui é um clássico é publicado no domingo de alguns anos atrás antes do multicêntrico prospectivo randomizado foi ter 27 três na frança em que eles randomizar uma estratégia de comunicação e vou entrar em detalhes aqui agora nós só para para para dar o panorama geral o que eles viram é uma estratégia de comunicação empática com familiares e
pacientes estavam morrendo na uti usando uma estratégia que a gente vai discutir muito sobre ela daqui a pouco mas fundamentalmente ouvindo mais do que falando eles percebiam que no grupo intervenção as famílias tinham mais oportunidade de falar do que no grupo controle e assim as pessoas escutavam os profissionais escutavam mais é mas mais do que isso eles viram que no final é 90 dias depois do óbito daqueles pacientes essa família este homem a mostrar uma ver os sintomas de ansiedade e depressão menos é necessidade de usar drogas psiquiátricas e o que mudou mudou o modo
como nós conversamos com essas pessoas o modo mais empático e um módulo mais fraco esse é o conhecimento então essa visão geral e vamos não me então é como fazer eu queria apresentar aqui três fundamentos sobre isso tu não fala de fundamento eu achei um bom exemplo é futebol é no futebol você tem vários fundamentos um fundamento é aprender a dominar a bola o outro fundamento aprender a fazer um toque um fundamento aprender chutar pro gol são três fundamentos do futebol jogador de futebol ele fica treinando um fundamento chute pro gol gente pegou domina domínio
e passa dormir nem passa isso são fundamentos quando você pode usar esse fundamentos de trocentos maneiras diferentes você pode aplicá-los indiferente diversas estratégias em diversos é um atacante aplica de um jeito de um de defensor dativo aplica de outro mas são fundamentos é eu quero apresentar aqui são fundamentos da comunicação empática e aí a gente depois aplicar eles numa estratégia hoje bom então é que apresentar três que consideram os fundamentais e o primeiro fundamento esse é aprender a compreender as preocupações e expectativas do paciente familiar é muito comum especialmente conectar com a gente é o
portador das más notícias a está tão ansioso com o conteúdo que a gente está cortando que a gente atropela as pessoas mas como é que tinha viu que a má notícia quebra de expectativa vão se a gente não consegue entender a expectativa a gente não consegue abordar direito é essa essa comunicação então fica sempre atento para perceber o que que está preocupando o outro qualquer expectativa do outro é e evitar ficar falando sem parar como evitar e não dá as pessoas informação é e muitas vezes isso a gente faz por falta de tempo por ansiedade
e tem alguns estudos isso aqui já é um clássico também que o tempo médio de interrupção de um médico do paciente de 23 segundos josé começam a falar a gente já começa a cor tal e quando a gente aprende que a gente pode realmente escutar as pessoas e escutar é uma é um baita de um fundamento é escutar pode ser treinado por que uma coisa é a gente escutar só balançando a cabeça assim falando que tá escutando e já pensando um monte de coisa aqui que que eu vou falar como é que eu vou responder
que ele que eu tenho outra coisa é conseguir deixar os nossos julgamentos os nossos pensamentos é em suspenso e realmente consegui ver aquilo que o outro tá escutar aquilo que você está colocando mesmo que a gente discórdia mesmo que a gente é diferente tá aberto para o outro e consegui entender realmente se importar realmente com a preocupação do outro é a base de uma escuta ativa isso é muito difícil isso é fácil quando é uma coisa que te interessa o difícil é quando ela algo que você não concorda em uma pessoa que você não vai
muito com a cara e no dia que você tá super cansado ansioso até aí que fundamente a fazer diferença não é o difícil é dominar a bola que vem toda torta mas é só quando o jogador de futebol aprende a dominar a bola em todas as situações é só quando a gente consegue escutar em todas as situações que a gente vai estar realmente desenvolvendo essa essa técnica de comunicação oi e aí o clássico um clássico da comunicação as pessoas é a gente eu ensino isso para personalizar paliativo ou há mais de uma década e aí
um clássico que tem as pessoas começam a entender que é importante entendeu outros ver o que ficar preocupando outro e aí vamos lá conversar com a filha do paciente a filha do paciência é uma mulher que tá internada na uti eu passei para frente um paciente na uti a mulher de 122 anos como a demência avançada com câncer de pâncreas metastática uma disfunção de múltiplos órgãos internado na uti a 20 dias e a gente vai conversar com a filha dela e a filha de uma mulher 122 anos deve ter uns 100 anos não mas enfim
a gente vai conversar com a filha dela e aí um caso gravíssimo evidentemente uma pessoa que está em fim de vida e é só conversar com a filha tentando perceber o que preocupa ela tentando perceber com a expectativa dela e aí a filha solta o clássico dr eu sei que mamãe vai ficar curada bom dia viram estação assim e esses ficam sério é sério isso ela realmente tem essa expectativa e aí o que acontece com muita frequência é que a como se dá paulo windows profissionais olham esse falando tô acreditando e aqui já faz começa
tudo de novo começa a falar tudo de novo pode falar dona fulana olha tem que explicar para senhora aqui a sua mãe infelizmente tá muito grave tá é gravíssima tá gravíssima tem um 122 anos demência câncer disfunção de múltiplos órgãos coronavírus tá morrendo e quando a pessoa faz isto que eu acabei de falar o olá acabou de cair numa armadilha e ela acabou de cair numa armadilha que tem gente que cai nessa armadilha a vida inteira e nem percebe isso é uma armadilha armadilha de comunicação e qual é a armadilha aqui a armadilha é pessoa
errou o segundo fundamento e o segundo fundamento é aprender a se conectar sendo empático e validando emoções e é isso também é um exercício isso também ela é uma cama um fundamento que a gente pode desenvolver vezes a gente pode aprender desenvolver a dominar a bola e fazer um toque aí que pode aprender a desenvolver as prender a preocupação do outro e se conectar com outro como aprendendo fundamentalmente a lidar com as emoções é ligar o nosso radar para as emoções dos outros dos outros e nossas é isso requer que a gente empatia e recarga
gente uma técnica de aprender validar as emoções a simpatia uma palavra que ela tá é virou virou a palavra de comercial de margarina hoje tudo tudo tem empatia hoje é e eu acho que todo mundo sabe o que simpatia não é aquela então nossa capacidade de se identificar com o outro de sentiu que o outro sente de querer que o outro quer de aprender como o outro aprendi eu por muito tempo eu achava que empatia era uma coisa reservada para seres humanos elevados tipo grande mandela oi e aí um dia eu me deparei com esses
tudo aqui a doações segundo empatia em ratos de laboratório em sódio ele botava um ratinho preso numa jaula uma gela bem apertada bem desconfortável que ele ficava lá com dor soltando gemidos de desconforto essa aula ela tem um mecanismo de abertura e ele só abria por fora oi e aí ele soltava um segundo rato eles viam o que que segundo rato fazia e segundo rato via lá ficavam fuçando fuçando até que ele aprende a como abrir a jaula e soltava o primeiro rato esse faraós não extremamente isso aí empatia né às vezes o rato só
fez isso porque não tinha nada melhor que ele fazer nessa jaula aí mas se o cara publicar na science ele tinha que ter pensado nessa hipótese tanto que a senhora primeira fase do experimentos na segunda fase ele pegava outros ratos e colocavam no numa jaula o ratinho preso em uma outra jaula chocolates oi e aí soltava o segundo rato e vi o que ele fazia e que eles faziam esse rato de alguma maneira percebia esse rato tava desconfortável obviamente ele percebia o chocolate ele cheira muito bem mas o que que ele fazia ele ia lá
e ficava funciona na jaula que tinha o o rato preso até aprender soltar esse rato e aí quando ele aprende a soltar ele já aprendi o mecanismo de abertura ele ia lá e abrir a segunda jeová eles dividiram chocolate e olha que bonitinho deve ter alguém aí pensando e falando assim aí não se fosse um ser humano ser humano não faria isso o ser humano ia lá ia pegar um chocolate fica comendo na frente do outro né é mas aí teu ponto o ponto é que empatia não é uma coisa que até seres humanos elevadas
tem eh ratos consegue perceber o desconforto do outro cães conseguem macacos passeio seres humanos são seres vivos sociais quase todos conseguem por quê porque parecia tem um mecanismo é um mecanismo que sobrevivência das espécies e tem uma base neural comum inclusive a base neural da empatia ela depende de algumas regiões como isso isso na região anterior do giro dos símbolos são comuns em grande parte dos mamíferos e o que acaba acontecendo é que mamíferos sociais quando o mais uma mifero consegue perceber o sofrimento ou a dor do outro e consegue agir em relação a isso
eu consegue perceber a emoção do outro ele consegue se comunicar com outro e essa comunicação a base de emoções ela é muito intuitiva ela é muito ruins que iva grava ajuda na na seleção natural o experimento mental mega simplificado imagina um grupo uma espécie de ratos que tem lá uma mutação e que não tem mecanismo de perceber empatia e naquele nosso naquele nosso exemplo aqui a chance dessa espécie de um dos indivíduos ter morrido e só um sobrevivido para maior se por acaso ss uma outra espécie que consegue sim perceber o sofrimento de as emoções
do outro ele consegue se comunicar através dessas emoções ele tem bastante sobrevivência maior isso pode ser muito bom por exemplo foi pra zebras que eu não ela percebe que tem uma zebra tá com medo ela já que fica mais preparada para fugir pode ser bom para lobos que consegue sincronizar um ataque coordenado isso é quem percebeu isso foi o darwin lá atrás que a nossa nossa que as espécies elas têm emoções e se comunicam através de emoções e isso é muito incentivo isso é muito primitivo empatia não é que até seres humanos e levar a
simpatia até seres humanos têm a gente veio de fábrica com isso tá aí cadê todo mundo a diferença da gente do rato é que diferente do rato a gente tem linguagem e como a gente tem linguagem através da linguagem a gente deixa o mundo muito mais complexo e a gente acaba regulando a nossa empatia ou todas as nossas experiências e em linguagem está envolvida no meio e aí acaba acontecendo um fenômeno como por exemplo esse estudo mostra que médicos tempo a cidade muitas vezes de ser menos empático esse tudo aqui o que eles perceberam é
eles fizeram um estudo que eles pegavam um humano um vídeo de alguém colhendo uma gasometria arterial e sabe aquela gasometria que você colhe e não acho que não acha artéria e aí tudo é burro e aí eles ficavam filmando o paciente eu no celular tentando colher hc paciente lá com dor eles pediam para o grupo controle pessoas meigas falarem tentarem adivinhar o quanto que tava doendo na pessoa que tava sendo colhida a gasometria ele pediu para médicos tentarem adivinhar o quanto que tava doendo e o que acontecia é que os médicos perceberam menos a dor
muitas vezes isso por a gente passa qualquer defesa é e mais ainda quando a gente está em bornalte isso também é comprometido quando a gente tá muitíssimo esgotado a gente é vai desenvolvendo um monte de defesa para não entrar em contato com a dor do outro a gente bloqueia a percepção das emoções do outro e isso pode ser mais agravado ainda com modo com a gente identifica o outro esse cara é professor de economia da harvard e oxford ele ganhou o prêmio nobel ele tem um livro que é maravilhoso chamado identidade de violência basicamente a
ideia é aquele desenvolve é que o modo como nós identificamos os outros aumentam ou diminui a nossa capacidade empática e aumentam ou diminuem a nossa chance de cometer um ato violento em relação ao outro quando a gente identifica o outro com uma só identidade é a gente diminui em muito a nossa chance de empatizar porque todos nós somos múltiplas identidades e foi apresentado aqui para vocês como médico mas não sou médico eu sou pai de dois moleques eu sou são-paulino negócio de pizza eu tenho múltiplas identidades como todo mundo aqui quando a gente deixa uma
identidade só a chance a gente me batizar é menor bom é quando a gente chama um paciente por o câncer de pâncreas do leite dois é possível empatizar com câncer de pâncreas a gente vai diminuindo a nossa capacidade empática pelo modo como nós identificamos as pessoas e é mas quando a gente lembra aqui o câncer de pâncreas está em uma pessoa e essa pessoa ele tem dois filhos ele torce pro corinthians o torce por sei lá o que ele gosta no aqui vai aumentando as identidades a gente vai entender daquela pessoa com uma pessoa a
gente também tá nossa tinha simpatizar e aí e as duas emoções principais que pensar em saúde precisam aprender a enfatizar durante uma má notícia é o medo ea esperança essas duas emoções elas permeiam a comunicação de uma notícia o primeiro a comunicação de saúde geral bom e muitas vezes a gente simplesmente ignora ela e para a gente conseguir empatizar com o medo com esperança ajuda muito a gente aprender que tá usando um juntas e que elas fazem parte do luto o luto é toda perda significativa que nós podemos ter e quando a gente tem uma
perda significativa não precisa ser necessariamente uma morte pode ser por exemplo a perda de um plano pode ser a perda de um é de um relacionamento quando você perdeu o objeto pode ser uma perda significativa como a gente tem uma perda significativa a gente em luta e como a gente tem luta a gente começa a oscilar entre um polo é voltado para dor da perda e eu medo e o polo que é voltado para o restabelecimento da esperança isso é saudável e fica fazendo isso o tempo todo numa mesma conversa um paciente pode falar que
ele tem medo de morrer ele tem esperança de ficar curado isso a gente não entender que essas duas coisas que existem tá tudo bem isso é saudável aí vai vai ser muito difícil conseguir empatizar mas mais ainda quando a gente percebe que essas duas sentimentos duas emoções que existem e a gente procura ativamente se conectar com as pessoas a gente consegue enxergar essas emoções nessas frases é aquele exemplo que eu tava dando caricato da filha da paciente de 122 anos com demência câncer disso são os órgãos internado na uti e a filha fala doutora sei
que mamãe vai ficar curada com nos tem que se conectar com essa pessoa a gente percebe que tem uma emoção aqui e com emoção que está aqui penso isso aqui é uma expressão de esperança bom e quando a gente consegue conectar com essa esperança validando mostrando que a gente se importa você não tem que percebeu isso que a validade essa noção é por exemplo falando olha é tudo que eu queria e é eu acho que deve tá sendo difícil para você passar em por tudo isso né tô vendo que ela realmente é muito forte quando
a gente mostra que a gente percebeu a esperança que tá ali o que acaba acontecendo é que naturalmente essa pessoa oscila lá vai para outro polo as pessoas não estão olhando para o medo não é porque elas não querem traz um consegue e o jeito que quando a gente se conecta com essas pessoas nessa esperança não é que a gente dá a falsa esperança a gente dá segurança para as pessoas encararem seus próprios medos experimente fazer isso dá para sua vez quando a filha desse paciente caricato virar falar doutor tenho certeza que a mamãe vai
ficar bem o experimento se conectar é tudo o que eu queria não é tudo que vai acontecer não é dar uma falsa esperança estamos aqui você também queria e por acaso essa paciente aqui ela de repente acontecesse dela rincao turbo para assim vamos fazer fisio e você ficaria processo com essa paciente se acontecesse um milagre você ficaria feliz o que você ficaria feliz com um milagre se você é capaz de conectar com esperança do milagre veja milagre por definição é impossível fio impossível acontecer se você ficaria feliz eu ficaria e eu nunca vi eu sou
muito cético mas se isto aqui acontecesse essa paciente arrancasse o túmulo josé se pessoas que quer fazer fisio eu ia ficar muito feliz e eu ia comemorar com essa filha e agora não significa que eu acredito que isso vai acontecer o que significa que eu posso me conectar com aquele com aquela esperança do impossível e se eu consigo me conectar com aquela esperança não é possível o que acontece essas pessoas conseguem elaborar o seu luto no finder de mim ela pode encontrar conosco profissionais saúde um ponto de segurança para ela e olhar os medos dela
o que é natural é só você falar se conectar com as pessoas falam olha é tudo que eu queria também permita fazer isso e ficar em frente você vai ver aqui depois daquele silêncio a filha vai começar a chorar já falar é doutor mas tá difícil né o que aconteceu lucille ela foi para o a dor da perda a dor que você faz você conecta de novo você falar é tá difícil mesmo ele está fazendo tudo que a gente pode oi e aí as pessoas vão elaborando luto elas vão é lidando com a dor e
lidando com a esperança ea gente não precisa nem fazer muita coisa você precisa simplesmente conectar com as pessoas isso é o segundo fundamento isso também pode ser aprendidos também pode ser treinados também pode ser estudado e isso é um fundamento da comunicação empática consigo conectar e com essas pessoas é e o terceiro e último fundamento que eu queria apresentar aqui é a nossa capacidade de aprender transmitir uma informação e de maneira clara e empática e o que que é isso depois que a gente conseguiu compreender a pessoa depois que a gente conseguiu conectar com as
emoções daquela pessoa a empresa falar algumas coisas e a gente precisa falar as coisas de maneira clara e empática como primeiro de tudo informação para paciente familiar informação para ser entendido não é para dar aula de medicina e daquela aula brilhante de choque séptico de hipoxemia refratária em coronavírus e dá uma aula maravilhosas sobre estratégia de bruna ao de recrutar um paciente e ninguém entendeu que tá falando tá conversando com o paciente ou familiar é que aquele te entrega é o que eu mais fácil com meus pacientes nos familiares eu falo exatamente desse jeito fala
a senhora ó meu professor me dê um meu professor de medicina ele ficaria bravo comigo mas eu vou falar em português aqui com vocês em português é o coração tá fraco e o rim faro oi e aí vem sempre aquela com os dois doutor é os dois sem parar o ta respirando com máquina é e depois você faz a transição de volta bom então o rim parou e medicaid a gente chama isso de ser não o que é e quando o rim para a gente coloca a pessoa em uma máquina para substituir o rim chama
de alice já português pessoas entendem é mais ainda quer falar de maneira clara bom e falar uma informação importante de cada vez aprender a quebrar é um quadro clínico tem um monte de questões que a gente discutir pela numa visita e aí na visita as pessoas discutem a secreção inapropriada de adh e h a ser atendida de coagulação essa taxa de diálise vamos fazer hemolenta slide você vai usar norte do buta vaso tem um monte de coisa importante que se discute na visita e praticamente nenhuma dessas é importante para falar com a família as coisas
importantes para falar com a família essas coisas grandes para a pessoa conseguir construir um pensamento macro e é uma informação de cada vez e ajuda e dana informações as pessoas irem construindo o raciocínio então por exemplo uma informação importante ele tá um coronavírus e isso vai fazer é uma bomba a gente continua falando é a gente fala ele tá com coronavírus não tá conseguindo respirar sozinho então tá respondendo com aparelho e o rim parou e tá usando está fazendo diários agora porque eu vim tá parado são três informações bombásticas se a pessoa não sabia que
ele tava com coronavírus ela ficou parada na primeira ela não escutou nem segunda nem a terceira e te virou a professora do snoop lembra o snoop no filme do desenho que a professora de charle braw que ela falando lá logo logo logo logo logo logo lá é tem que falar assim ele tá com coronavírus se a pessoa não sabia que ele tava com coronavírus ela ficou chocada com aquilo e todo o resto que você falou depois eu já sei do snoop é só uma coisinha meu vaga lá de trás blog logo logo após assistência respiratória
blá blá blá blá diálise é um escultor é uma informação importante de cada vez eu e mais ainda não é só falar de maneira clara a falar de maneira clara e empática e que é isso é preciso atenção e como a pessoa está recebendo informação esse é o a gente vai ver depois que por telefone é muito mais difícil agora se você quiser com a pessoa na sua frente se você presta atenção como ela recebeu aquela informação então se eu falei uma coisa e a pessoa ficou com uma cara assim e assustado eu tenho que
reagir essa emoção é a grande estratégia para isso essa até ia pergunta fala pergunta esse é o terceiro grande fundamento pergunta fala pergunta seguinte do fulano posso falar para senhora como eu tô enxergando o quadro dele tu pode botar um o quadro dele e infelizmente tá pior porque agora ele tá precisando da diálise o que eu reparo se você não tava sabendo disso o monitor não tava sabendo quem tava precisando de alisar e aqui você faz aí você volta para cá mas você tem que entender de novo a preocupação com essa pessoa em partida de
novo e vai falando e agindo aquela fala esse três fundamentos são três é os fundamentos diferentes mas sem os três não dá para jogar bola sem os três não dá para fazer uma comunicação empática eles são diferentes mas são complementares e desenvolver com profundidade cada um deles e nos faz ter muito mais elementos para fazer conversas difíceis dá para a gente se ferrar e habilitar perguntas e discussões eu queria colocar tudo isso aqui aplicado um cenário uti com vídeo e é queria esse aqui é um é uma estratégia de comunicação de uma notícia é mais
famosa é uma das mais antigas uma das primeiras a serem publicadas brincar do ano na década de 80 é e é uma estratégia não é a única do meu marley é uma estratégia mas ela ajuda a organizar o pensamento o tênis qix em inglês cada letrinha aqui é um passo é bom passar rapidamente por elas ficam primeiro ao sétimo é a preparação então eu tô lá não tem convívio está com visita proibida e eu vou ter que conversar com familiar do paciente que eu vou conversar ou fora da uti duas vezes até por telefone ou
por vídeo conferência como é que faço antes de começar a conversa ter me preparar o cheque horário e relembra algumas coisas lembra detalhes importantes sei lá que algumas coisas que aconteceram ontem para hoje coisa boba mas as vezes é um na mais conectar sobrecarregado de trabalho em nome do paciente e há dois principais é o que que as outras equipes não estão preparando isso é preparação também faz parte da preparação se preparar com a pessoa que você vai conversar bom então é o esse a gente pode receber as pessoas no lugar seja então num lugar
que seja minimamente reservado como eliminar com sua mente com essa pandemia a gente não tá conseguindo receber as pessoas então se se é por telefone que é na minha opinião a mais difícil de todas você pergunta achar pode falar agora eles a pessoa está dirigindo às vezes a pessoa tá sozinha e ela queria estar junto com você tá com alguém quem é oi pode falar agora posso ter a preparação e aí é como uma notícia é a quebra da expectativa é importante a gente saber o que que a pessoa já estava esperando e que a
pessoa tá sabendo as um clássico um erro clássico é a pessoa começa a contar o caso todo lá do começo de novo fala pela milésima vez com a família de novo o que aconteceu pela milésima vez é familiar sabia não tava ela tava querendo saber só o que aconteceu de ontem para hoje ou então o inverso a pessoa conta só o que aconteceu de ontem para hoje e a família não sabia nem do diagnóstico do paciente então se a gente entende que a família já tá sabendo que ela tá esperando a gente consegue fazer uma
comunicação mais eficaz e você vem uma armadilha armadilha é a seguinte é o a gente fica tentando saber o que que a família tá sabendo e a família ficar tentando saber o que a gente tá sabendo e ninguém fala é uma é uma angústia brutal para todos os lados é porque o presente secar o que que a família tá sabendo que você perguntar para ela olha a dona fulana queria saber que a senhora tá sabendo estação dele queria saber o que que já foi conversado a situação dele é mas sua família está desesperada achando que
você ligou porque paciente morreu é isso super comum porque na hora que o médico diga ainda mais hospital público na hora que o médico liga o que se liga no hospital público para falar que paciente morreu oi e aí a família está desesperada achando que vão dar notícia de óbito e aí tem um médico falando aqui que certa sabendo ea família mas ele tá vivo sim se a gente não aborda rapidamente o título o motivo da conversa essa a gente não consegue secar a percepção dos outros como que faz isso você começa com o título
da conversa e o título da conversa se dá uma informação muito importante mas muito simples por exemplo a dona maria tô ligando o seu fulano tá vivo tá ele tá aqui com a gente tô cuidando dele e aí queria saber o que que a senhora tá sabendo eu poder explicar melhor situação dele você já falou que ele tá vivo e é está vivo é ou então ó na fulano é o ele tá melhor ou ele tá grave você fala alguma coisa não fala muito e se dá a informação suficiente para pessoa conseguir escutar depois e
é muitas vezes de novo especialmente hospital público pelo menos fala que ele tá vivo ó ele tá vivo tá cuidando dele e aí quero te explicar que tá acontecendo então por favor senhora podia me explicar o que que a senhora tá sabendo foi por isso que tá melhor oi e a pessoa vai falar anda tudo tô sabendo estou sabendo que ele tava com coronavírus tô sabendo que ele tá muito babado tô sabendo que ele começou a realizar entre ontem oi e aí você sabe que se a pessoa que te falou tudo isso você vai começar
de um lugar ou então a pessoa te falar não tô sabendo de nada faz três dias que eu não converso com o médico você tem que começar do zero cartão de diferença oi e aí você começa com um convite depois você entendeu um pouco a percepção a expectativa do outros assim posso falar pedir permissão para falar faz toda a diferença da sensação de controle além de uma forma muito mais educada e aí a pessoa vai falar pode stor oi e aí você fala estratégia pergunta fala pergunta uma informação importante de cada vez fala fala fala
de forma fácil e checa percebe que uma pessoa que está reagindo o jantar um exemplo então opa se eu comer aquela o meu pai desculpa minha tela de um pau aqui mas é mas é bom então ó já fulana estou folgando está vivo eu tô ligando para a gente conversar melhor sobre ele queria essa eu consegui explicar quero saber que que a senhora tá sabendo mas eu não tô sabendo de nada eu nunca conversei com nenhum médico disse que entrou their um tá bom posso falar então pode a senhora está sabendo que ele tem um
coronavírus tá sabendo que eu tô sabendo ter coronavírus eu sabia esse volta para cá então por conta do coronavírus é a respiração dele ficou muito ruim e aí ele tá respirando com ajuda de aparelho até aqui tudo bem a pergunta e eu nunca vi de aparelhos como assim com aparelhos ele thaís tudo bem que que é isso aqui é uma emoção que você faz ser válida você conecta quando a pessoa fala assim como assim tá despertador respeito com ele aparelhos que essa pessoa tem de emoção desespero medo angústia você faz você vai linda ai não
é deve ser difícil escutar isso né dona maria se conectar mostra que você percebeu está doendo e isso é muito difícil tô com medo é que você faz você conecta é eu entendi que a senhora tá com medo dele tá cuidando bem dele fala fala sobre aquilo fala seu número e por isso que eu tô te ligando porque tá cuidando bem dele está fazendo tudo que dá para fazer fazer o melhor que pode fazer é mas eu preciso te falar uma outra coisa posso posso falar você pode doutor então queria te falar que é situação
dele está estabilizando ou então a sessão dele infelizmente está piorando apesar disso tudo você vai falando ele validando as emoções fala e conecta fala e conecta isso a pessoa começar a chorar se faz dá espaço para pessoa viver aquela emoção cenário errado contigo rapaz paciente morre e quando o paciente morre as pessoas têm todo o direito de ficarem tristes vezes tem todo direito de chorar isso não é culpa do profissional isso é uma emoção humana e a gente simplesmente pode deixar ela acontecer deixa o paciente ou familiar chorar tem nada de errado temos tudo maluco
que contou o tempo disso só sempre choram no máximo em geral três minutos segura a onda deixa a pessoa expressar sua emoção você faz nessa hora fica com ela e fica em silêncio conectado junto com ela e aí uma hora que a pessoa parar de chorar ela vai começar enxugar a lágrima e falar mais doutor mas é agora e essa continua mostra que você se importa mostra que você percebeu e ao final resume reforçando sempre não abandono reforçando o seu compromisso fazer o melhor para aquele paciente independente do desfecho e é e com isso o
que a gente vai acabar fazendo é não é necessariamente que a notícia vai ser boa notícia ruim ela vai ser ruim mesmo desculpa vai ser triste mas com isso a gente consegue conectar as pessoas e ajudar as pessoas a lidar em qual tipo de uma maneira sendo franco com e isso é nosso dever até com profissional e isso é um exemplo de comunicação que pode se desenvolvido é você rapidamente aqui uma estratégia de comunicação mas tem um monte de que podem ser estudados desde aprender cada vez mais escutar mais a fazer feedback a lidar com
essas emoções sem muita coisa que pode ser treinada sobre isso comunicar uma notícia um é um capítulo mas comunicar para o negócio comunicar o discutir o objetivo de cuidado fazer uma reunião com a família fazer isso com jesus espiritualidade intermediar conflitos são todas as estratégias podem ser treinadas aqui é uma introdução eu na minha opinião o modo mais potente de aprender a comunicação é assim só que um rolo play onde se tem uma atriz um motor e aí o profissional vai lá e treina e faz aí a gente para aí discutir e fala como é
que foi o que que você achou de bom que você achou de ruim as pessoas vão desenvolvendo essa técnica e aí a gente vai com a fazer melhor isso aqui é um panorama geral eu espero que eu tenha conseguido dar esse panorama geral e conhecer algumas dúvidas e aí então eu queria agradecer a atenção de vocês e abrir para perguntas e obrigado daniel fez sensacional mais uma vez eu já já acompanhei algumas aulas suas e mais uma vez a gente a gente aprende cada vez mais cada vez que ele enxerga a gente ver e rever
a gente aprende mais alguma coisa a gente tem algumas perguntas aqui que a gente começou lá pela e foi aqui aurélia ela perguntou se a comunicação do quadro do paciente ela pode ser dado por um enfermeiro no cti eu vou até mudar um pouco a pergunta e passar e abrir um pouco ela assim qual que é a função da equipe multi nessa comunicação com a família é como que funciona na uti porque normalmente é quem vai conversar com a família um médico né mas existem existe todo todo mundo fazendo parte disso é aí tem uma
tem várias coisas que dá para dá para gente pensar nisso papel da equipe músico pede aqui temos em múltiplos papéis é uma coisa que é importante num começado um pouco de mais fácil para o mais difícil o mais difícil na minha opinião é o que muitas vezes a gente tá fazendo hoje quer fazer uma conversa por telefone e um paciente internado na uti porque o vídeo aí sucesso é difícil difícil é é sim um pouco menos difícil do que isso essa conversar com os familiares presencialmente não tem aqueles tudo que eu mostrei lá no comecinho
da aula e aqueles tudo do new england uma das grandes tratarem as crianças fizeram era não ia ao médico sozinho falar e a sempre o médico eo enfermeiro e por quê porque o médico sabe um pedaço do quebra-cabeça intermedica de outro ecólogo sabe outro enfermagem sabe outro o filho sabe outro e quando a gente vai conversar sobre sofrimento por exemplo é o conhecimento do enfermeiro muitas vezes é maior do que o conhecimento do médico não esquece o primeiro para aquele paciente porque na hora do banho é que aparece nas horas que tá sem médico e
quando a gente tá sozinho lá que ele desarma e ele fala sobre seus medos então é a equipe multi tem um papel importantíssimo porque tem pai tem peças desse quebra-cabeça que tá na equipe motion e isso é uma coisa é tem uma outra questão que aí é aí é uma questão até de responsabilidade de profissional que para falar sobre diagnóstico prognóstico e conduta quem tem que falar por regulamentação profissional é o médico agora muitas vezes é é importante porque isso eu fiz muito não é lá no anuncio nossa equipe paliativo tem uma enfermeira que eu
acho que é uma das pessoas sem traz aqui porque a valéria enumeras vezes eu ia conversar com paciência e a junto com a valéria e que acaba acontecendo é que as vezes é eu falava um negócio e o fato de ter a valéria junto comigo era muito mais fácil de fazer o acolhimento é é é muito difícil ser jogar em todas as posições quando você tá jogando aí aqui tem multi você consegue jogar em time ah é então fique muito ser muito papel uma coisa que eu acho que não é legal e infelizmente às vezes
é uma rotina é um uma dinâmica meio e perturbadora primeiro passo médico e fala meu tipo passa aqui parece aqueles bombardeiros b-52 a da segunda guerra ela passa lá em branco arrasa tudo e aí vem a psicóloga coitada atrás tentando fazer rescaldo de tudo é péssima dinâmica o é muito assim a ideia não é destruir a ideia é ser franco empáticos você consegue fazer isso junto com a psicóloga assim não precisa é muito mais fácil às vezes trabalhar junto e também quem eu já trabalhar comigo sabe bem disso a daniela psicóloga que trabalha junto ele
já tava falando e de repente a daniela vai responde eu tô falando muito é o time time faz isso aí então é é muito mais fácil junto até porque é um da feedback para o outro às vezes uma olha o outro consegue falar ó o guilherme ele perguntou o paciente pediátrico né ele pediu para colocar um exemplo de um óculos pediátrico mas não paciente pediátrico qual que é quais são as peculiaridades e eu não sou o pediatra é o eu tenho aprendido muito sobre pediatria com os pediatras que dos cursos de paliativos e o que
eu vejo assim de algumas peculiaridades eu achei oportunidade importantíssimo é que eu achei do as expectativas muitas vezes com uma criança são muito maiores então a quebra explicativas são muito maiores e adora de um texto é mas isso e cuidado só pra não estrapolar pôs de lado e achar que então é só na pediatria porque a dor pode ser gigantesca em qualquer relação o sofrimento não é comparável viu mas eu acho que é muito intenso na pediatria uma outra coisa que a gente pega muito em pediatria é que o às vezes a criança diferente do
adulto ela não conseguiu se expressar às vezes até por falta da gente dá oportunidade para elas e quando a gente das crenças expresso de uma maneira tinha um pouco assustadora até estamos em direto e reto elas falam do que realmente importante é da doença sobre a morte de um jeito que deixa todo mundo meio transtornado até mas nem sempre elas conseguem ter essa oportunidade e aí quando a criança não consegue se expressar a gente não sabe direito que que ela achava que ela pensava com ela tava dizendo está muito mais difícil porque a gente tá
conversando sobre uma pessoa que a gente não sabe dele como é que tá vivendo aquilo a gente fazer o sofrimento então pode ser mais difícil é o que eu acho que de uma certa maneira pode acontecer também com alguns idosos ou com adultos mas o mesmo com o idoso ele tem uma vida inteira que a gente já entendeu os valores dele bom então pouco mais fácil de fazer isso mas é é o acho que o comum a todos essa necessidade da gente se comunicar desconectar da gente escutar e da gente se claro na hora que
a gente fala um ótimo é a taís perguntou se existem técnicas distintas para comunicação de uma de um óbito por uma doença crônica e um óculos por uma doença aguda entrar alguma coisa do tipo como que você vai preparar essa família por 1 para alguma coisa que era esperada e uma que não era completamente ó uma grande diferença de uma doença crônica é porque de novo a expectativa vai ser diferente um sujeito que já tá lidando criança ou adulto que já tá lidando com uma doença muito tempo vem piorando piorando cuidado para não vai ter
mais uma piora a expectativa é menor é de expectativa de recuperação e menor é o agudo do produto trauma automobilístico um tiro uma cara as tragédias que infelizmente nosso país produza rodo é o da quebra expectativa gigantesca adorar gigantesca e muitas vezes não tem não dá tempo de parar esse é o e aí o que que dá para fazer estar junto lamento é é horrível o mas é só que a gente pode nessa hora de paciente ou familiar desmorona eu já vi uma vez um dos casos mais dramáticos que eu ia vir uma o óbito
de trauma de uma menininha uma criança o pai eu quero a insegurança o cara num armário uma cabeça maior do que eu assim cara desse muro no olho caiu e você pode fazer numa hora dessas estar junto é horrível a dor de legítima eu sinto muito pela dor dele e única coisa que eu posso fazer é sentir muito junto com ele e fica ali e acolher esperava minimamente ele chorar tem errado com chorar magina é legítimo deixa de chorar e na hora que ele começar a respirar um pouco ajudar ele sentado a uma água mas
deixa estava já não tem jeito e esperar é muito importante né já essas pausas é só por causa dela são muito desconfortáveis para gente né a gente sempre acha que a gente tem que falar alguma coisa nesse momento e nem sempre né deixa ele não aprender nunca aprender a respeitar silêncio né é muito muito muito difícil eu não entrei aqui de tarde mas assim tem uma carinha com a gente quer ajuda aí você aprender a fazer diagnóstico do silêncio que é que tem vários tipos eles têm um silêncio que você falta de assunto exemplo centro
com vizinho no elevador não se conhecem direito e falta de assunto no elevador lá silêncio desconfortável ninguém sabe direito como fala e é isso é um outro tipo de silêncio que você olha para cabeça do rosto da pessoa na sua frente não tem falta de assunto na verdade tem uma overdose de assunto naquela cabeça nesta hora você conseguir ficar em silêncio é essencial porque o silêncio é verdade vai permitir aquele monte de pensamento da vazão e sair se você fica falando em cima você somente a sobrecarga de informação bom então e às vezes essa sobrecarga
de informação a tempestade emocional estão a tempestade emocional às vezes você pode fazer é nada fica ali mantém seu foco manter seu foco no outro respira fundo espera espera junto com aquela pessoa o batismo e a sara a sara ela ela compartilhou uma experiência dela que eu acho bem interessante eu tô repetindo aqui o que tá escrito no chat porque a gente tá fazendo o segmento no youtube também e no youtube a gente não passa o comentários a gente não consegue não consegue visualizar ela falou que ela tá usando o boletim da ela tá fazendo
o boletim da pm por vídeo chamada o que acaba sendo bem melhor do que por telefone a isso eu acho que é uma é uma ferramenta bem importante hoje em dia é sem dúvida sem dúvida eu acho que é na minha opinião as chamadas mais importante que a gente pode fazer atualmente é nem comentei fazer por telefone às vezes é o que temos para hoje é o que dá e aí eu queria que você faz é o sus às vezes o familiar não tem smartphone né então você faz o que ele faz transformar o que
tem um só hoje embora é muito mais difícil se fazer por telefone porque como você não tem o visual você não sabe se o silêncio da outra pessoa é um silêncio é porque ela tá em sobrecarga porque ela tá com raiva porque você não consegue é mais difícil lidar com isso a vídeo consegue permitir isso e mais ainda vídeo você consegue conversar com vários familiares também é outra coisa bastante importante porque um um outro é erro clássico é o telefone sem fio telefone sem fio é é o seguinte você vai lá e conversa hoje como
o filho da paciente na uti aí você fala ó ele a sentiu a gente seu pai tá grave não sei o que passe fala escuta perto né que será que é a primeira coisa que esse filho faz quando acaba a conversa e ele vai para o whatsapp da família e ele vai para o zap da família e aí ele vai colocar o que ele entendeu do que você falou no whatsapp aí o outro filho ele vai entender vai interpretar o que o filho escreveu do que ele entendeu do que você falou a chance disso você
mostra apresentado enorme é gigantesca é brincar de telefone sem fio com um assunto que não dá para brincar então fazer uma vídeo conferência com várias com toda a família se permitissem vita esse tipo de problema e a importância também a comunicação em alça fechada né a gente perguntar para perguntar para o paciente o que ele entendeu e pedir para ele repetir com as palavras dele tem muitas vezes ele ele diz que se você perguntar você entendeu ele vai falar que sim mas na hora dele interpretar com as próprias palavras você vê que não tem que
não foi bem aquilo que foi dito a ele tá ele tá no meio daquela lá e aquelas ideias isso aí isso é uma baita de uma técnica quando você conversa com o filho e aí você ele vai ter que fazer isso com essa família e e você pode até fazer desse jeito assim olha eu sei que vai ter que ficar com essa família é fala para mim para ver se tá conseguindo fazer o explicação boa a ajuda ajuda as pessoas com certeza e aqui a antiga perguntou se for possível qual estratégia para não chorar junto
nesse momento como é que agente faz para segurar também não ou se a gente não deve segurar o até onde a gente vai não existir uma regra de etiqueta é fundamental nessa hora a regra de etiqueta é não chore mais do que o paciente ou familiar é agora se você se emocionar isso é o olho enche de lágrima nós está conversando com familiar o quis familiar vai perceber muitas vezes você já deve ter visto algum familiar falando nossa civil tem médico ele até se emocionou o que que é isso afinal pessoas entendem que você se
importa isso não é ruim o ruim essa chorar mais que o paciente ou familiar e perdeu o controle e aí olho agora se eventualmente se emocionar é sinal de conexão internacional de conectar o contrário isso aumenta é o vínculo e é em cima do vínculo o que acontece em todas as relações é cansei de me emocionar um paciente seus familiares o olho enche de lágrima e não lembro de uma vez que isso foi ruim em contrários aumentar a proximidade entre as pessoas e você também tira um grande peso das nossas costas porque a gente fica
às vezes se cobrando nos cobrando de que eu não posso sentir eu não posso sentir mas eu não posso sentir eu não consigo me conectar bom então sim e às vezes é um exemplo uma certa importante disso era esse frango mesmo é porque acabei na verdade é que emoção é em humanos e animais percebemos muito rápido mas também emoção independente das palavras é mesmo que tem que disfarçar as emoções transbordam as nossas palavras nos aparecem pequenos gestos no tom de voz então às vezes a melhor em vez de ficar tentando fingir que não têm às
vezes é abordada de uma vez que isso funciona até um exemplo um exemplo bom que tem dentro do mesmo assim para dar aula é tem que ficar muito nervosa para dar aula eu ficava muito nervoso hoje acho que eu aprendi já tô mais alto mar mas e aí as vezes a pessoa está nervosa ela fica querendo fica aqui no caminho tá nervoso todo mundo percebe e aí como tu não percebe que a pessoa percebe que essas apercebem e ela fica mais nervosa ela quer esconder mais ainda não em voz alta baixa é só piora e
pelo contrário eu só começa a dar aula ela tá nervosa e ela fala ponto olha é só vou dar uma aula agora estou um pouco nervoso é a primeira vez que eu vou dar aula para o público tão grande tchau na hora as pessoas a baixa defesa em batizam e conectam e é você vai conversar com o paciente e aí de repente você está emocionado porque um paciente querido você ou é um paciente se você se identifica é um paciente que você está sentindo muito pela dor dele fala olha eu tô tô te falando isso
e eu sinto muito eu queria que fosse diferente eu fiz tudo para ele pudesse sair dessas e coloca é não chore mais do que eu familiar é a ele que mas não fuja do seu sentimentos e aqui a regiane ela nossa minha sócia é sua amiga ela perguntou caso não conseguir essa conexão em um primeiro momento alguma técnica para resgatar aula ao longo da conversa e é sim o tem várias é uma delas é sim porque uma coisa que faz a gente não conectado e quando está desconfiado quando as pessoas não confio e de novo
é achei umas coisas que ajuda muito a gente aprender a comunicação é estudar chipanzé cara é maravilhoso tudo tipo sensação de coisa legal deles é tipo josé tem uma sociedade é extremamente complexa interação social bom e quando dois chimpanzés começam a a abrigar a disputar os primeiros sinais do conflito é quando eles deixam de se olhar nos olhos o que é e quando acaba a briga eles começam a se reconciliar nos primeiros sinais de reconciliação é olhar nos olhos quando as pessoas não estão olhando no seu olho porque tem um conflito que está em jogo
ali talvez eu não tenha percebido cabeça entrei de gaiato num conflito diga texto você não tem nada a ver com ele mas você virou o parte dele fingir que ele não existe não vai ligar e e e aí de novo é um jeito é abordar isso e acordar inclusive essa noção e fala olha eu estou percebendo aqui que achei a senhora assim não tá gostei muito do que eu tô falando tem uma coisa errada porque eu tô falando porta e aí de repente a família tem sim porque se hospital aqui ótimo você acabou de destamponar
o conflito e é que você faz escuta é escutar com empatia e e tenta entender emoção do outro a pergunta fala pergunta é é conflito é um os fundamentos vão ser os mesmos mas vai precisar os áudios de uma maneira muito mais elaborada do que presente para dar uma má notícia mas os fundamentos são seus medos g1 e essa parte do checar ela é muito importante que a pessoa a pessoa ela só vai se até aquela primeira informação que foi dada a e a partir dali aquela aquela sua assim exemplo da professora do snoop sensacional
né e é exatamente aquilo né vira um eu passei por isso eu perdi meu pai e eu tive eu eu fiz acompanhamento com a dentista eu passei por isso tudo e mesmo assim mesmo com todo tudo aquilo que me dando me dando apoio a gente passava muitas vezes por isso né as pessoas não entendiam o que tá acontecendo eu não entendi o que que tava acontecendo eu só entendi a primeira a primeira da primeira frase e a partir dali era era como se fosse a professora do snoop por favor né a cabeça nua como financiament
bom vamos lá passando aqui acho que tem outra outra pergunta que ficou eu acho que já foi esclarecido aqui se se você tem um conflito com a família né se alguém acaba tendo um pouco eu acho que a gente tirar a sua aí é mas já foi respondido nessa nessa questão a cris perguntou na conquista da academia a gente que as notícias são dados sobre telefone a notícia do óbito poderia ser fornecida por outro profissional da equipe até consigo nalidade de fazer um rodízio entre os profissionais e diminuir a sobrecarga em especial e serviços que
estão sobrecarregados de pacientes está acontecendo com eu não sei lá no seio a gente tá vivendo uma realidade diferente né a gente não tá a gente ainda não está superlotado igual sim está eu não sei se isso está acontecendo em algum outro serviço olha é a minha opinião sobre isso eu acho que não minha opinião está notícia do óbito uma responsabilidade enorme e eu acho que é uma responsabilidade e aqui cada um médico mesmo é e aí só às vezes são os homens e os bônus e isso aí tem que falar mesmo não tem jeito
e veja eu acho que pode evitar estar sobrecarregado é o médico querer fazer tudo sozinho e é assistir o médico especialmente nesses óbitos fazer junto com o primeiro psicólogo assistente social ajuda porque senão fica com te que depois acolher tudo sozinho tem mais alguém para te ajudar mas eu acho que é uma coisa que ela exigiu a responsabilidade de quem vai atestado né 17 e a thaís ela tá perguntando como comunicar óbito ou doença decorrente de erro de médico ou de serviço de saúde eu acho que esse tema ele é um tema muito grande que
eu acho que a gente precisa mais uma aula porque ela que a gente vai falar de diz closer né que são quer quer um é um tema muito rico e ao tema é um tema bem delicado ele é super importante para a gente para a gente discutir eu não sei se você queria quiser dar uma passada nesse mas eu acho que é que é um tema muito delicado que a gente acordei agora nesse momento é desconjuro é que nem você falou é uma aula é verdade irmão não é muita muito muitas aulas eu tenho uma
fantástico foi nome é não tem estudos maravilhosos sobre discodil tem tudo e mostrando aqui quando você falar a verdade que errou que eu fiz um ele colocar pele em vez a chance de processo é menor e o luto complicado é menor é mas não é só falar a verdade porque aí é pode ser só assim ser o filho não é isso seus filhos não vai para lugar nenhum é mais do que isso tem técnica para falar a verdade e uma delas é você conseguir falar a verdade sim e transformar aquela verdade não aprendizado e numa
não há transformação de segurança para o sistema atual então tem muita coisa sobre isso realmente não dá para entrar com com profundidade mas achei as estava sem as duas dessas atrás que me ocorre eu não acho que é isso eu acho que foi foi muito prazeroso muito instrutivo eu acho que todo mundo ficou bem satisfeito com sua participação eu fiquei é muito agradecido eu queria te agradecer demais a gente alcançou um pouquinho aí no do previsto mas a galera ficou a gente encheu a sala e encher no youtube a gente teve 250 pessoas assistindo segundo
ele a mente aqui acho que foi foi um sucesso foi muito interessante e o que a gente indica que realmente a galera quer saber a galera está é diante de uma de um cenário diferente e quer saber mais e quer fazer melhor a gente a gente imaginava público ignore acho que eu só tenho agradecer a galera que te veio a nos acompanhar e essa aula vai estar gravada no youtube vai estar disponível na nossa na no canal do sma você a anestesia você vai nos achar e vocês podem compartilhar a partir dali se quiser dar
um não tchau daniel muito obrigado obrigado guilherme obrigado ryan obrigado sma brigada a participação e presença de todos é que assistiram e espero que vocês levem isso adiante e ajudem essas pessoas que a gente cuida para que transformamos essas dores em algo que as pessoas levem adiante a melhor maneira possível boa sorte