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Video Transcript:
[Música] astronautas boas boa noite bom dia boa tarde para quem assistiu em outros horários sejam todos muito bem-vindos todas muito bem-vindas a mais uma transmissão ao vivo do nosso pensar africanamente a nossa ferramenta de comunicação de fortalecimento das nossas lutas e disseminação de conteúdos anti-racistas conteúdos que nos fortalecem nos nossos processos de construção e luta hoje está de volta a coluna do professor e ele vem com o quadro comentando livros e o livro de hoje a terra dá a terra quer de nego Bispo eu vou estar aqui igual a vocês assim só assistindo e aprendendo
mas é o seguinte nós estamos começando então é hora da gente arrastar geral para cá né Nós estamos no pensar africanamente YouTube no pensar africanamente Facebook onde você tiver aí é só deixar seu like seu positivo e já começar a disseminar o link e arrastar as pessoas para cá para acompanhar a nossa conversa de hoje Olha já começa a agradecer a Tailane Tailane passou aí mais cedo deixou uma contribuição aí para sustentabilidade do canal através do super chat ou Super Sticker eu não conferir Qual dos dois você também pode contribuir aí tem um cifrãozinho abaixe
abaixo do chat você pode adquirir um super chat ou Super Sticker obviamente que se você compartilha as nossas transmissões Se você dá o seu like se você divulga o canal você Está contribuindo para o nosso fortalecimento sem sombra de dúvida agora se tiver Como contribuir também para sustentabilidade do canal a ferramenta é nossa A Casa É Nossa e vocês obviamente somam nos fortalecendo Adriano Coutinho Ananindeua Belém do Pará muita paz justiça todos os astronautas essa é outra semana Ah não pode acompanhar ao vivo na quarta-feira mas assistirá depois Mas deixou o recadinho dele aí mais
cedo muito obrigada Adriano na moderação do chat hoje nós temos Luana Arantes muito obrigada Luana ela vai dialogar com vocês era o chat se vocês tiverem perguntas estiverem contribuições fiquem à vontade que ela nos ajuda a não perder na dinâmica aí que as mensagens vão acontecendo Jessica Andrade Tainá Bandeira Mary Noeli dizendo como é bom participar desses encontros promovidos pelo pensar africanamente aprendendo sempre Aprendo muito e isso me reconstrói como ser humano obrigada senhor e toda a equipe de colaboradores nós é que agradecemos você está sempre conosco você tá sempre aqui também nos e é
a gratidão é nossa deixa puxar aqui para sala já o professor o Anderson flor Tata encoce nambar trazendo a segunda edição desse quadro comentando livros já disse a vocês que livro é é a terra dá a terra quer de LEGO Bispo esse grande intelectual quilombola que tem tido a produção extremamente importante para os nossos processos de luta no país deixa fazer aquela breve apresentação do Professor Anderson falou que vocês já conhecem mas vamos lá né filósofo professor de Filosofia e direitos humanos na UnB é comunista e integra o conselho tutorial do canal africanamente Ele está
aqui quando ele também ele puxa uma audiência qualificada Olha quem chegou aí a gilbenia Machado o pessoal vai chegando devagar por isso eu vou aqui cumprimentar vocês conversando com vocês Enquanto vocês vão compartilhando enquanto o pessoal vai chegando professora limpa também chegando aí Marta d'oxum seja bem-vinda sua benção e é isso gente vamos compartilhando que o pessoal vai chegando deixa só já adiantar algumas informações para vocês Enquanto vocês vão entrando aí a primeira que esta é a nossa última transmissão Esta semana não transmitiremos amanhã nós tínhamos uma pauta que íamos conversar mais uma vez sobre
o caso do menino Miguel Mas a mãe dele a Mix Renata Hoje teve um pequeno problema e nos pediu para remarcar nós compreendemos perfeitamente sabemos que Recife ontem tava debaixo d'água enchente para todo lado a gente só se via água então óbvio que nós compreendemos e combinamos com ela de adiar no Sábado é aniversário de babá Paulo e fatia a casa vai encher de gente então não dá para fazer transmissão e a próxima semana é a nossa última semana antes do recesso na terça-feira vem a coluna e teatro na quinta-feira estamos aqui com duas ou
três possibilidades decidindo qual E no sábado a gente encerra com mais um tributo a nossa querida Luiza bairros Então nós vamos encerrar as transmissões desse primeiro semestre com força total vão estar conosco Sueli Carneiro Ana Flávia Magalhães a Lindinalva Barbosa podem se preparando aí que sabe do que da semana que vem nós vamos botar para quebrar mais uma vez aquilo pensar a ficar na mente Roberta Frederico pensar a ficar na mente sempre traz muita aprendizado para nossa comunidade animada para acompanhar o encontro de hoje Júlio César de loguna de presente seja bem-vindo sua benção Andréa
Bonfim bom bom pessoal tá entrando aí tá chegando aí eu vou passar para o professor mano ele começa devagarinho fazendo uma introdução enquanto o pessoal vai acabando de chegar aí por favor que bom ter você aqui de novo é com você meu querido por favor Boa noite Silvani Boa noite a cada uma a cada um alegria aqui de volta né nessa última transmissão da semana e que acaba sendo de alguma forma né praticamente a última do mês também né Então essa é uma alegria estar aqui com vocês nessa nesse quadro que a gente propondo para
o canal né de convites comentados de leitura pensando que a ideia não é exatamente fazer resenhas no sentido de que a gente acaba substituindo a leitura dos livros uma coisa que tem acontecido às vezes né que a gente acaba apresentando fazendo essas resenhas comentadas aqui acabam muitas vezes fazendo com que as pessoas se satisfaçam com aquilo que a gente apresenta e não leu os textos porque não tem tempo que às vezes é uma uma estratégia um pouco mais acessível por conta dos valores por exemplo mas enfim a ideia é que é que a gente possa
convidar as pessoas a lerem os textos a partir de um convite comentar dessas desses textos que a gente tem lido né que um convite também de uma partilha de uma de uma admiração por alguns textos Então acho que esse é um ponto bacana queria agradecer também a presença de muitas pessoas queridas que estão aqui nos acompanhando pelo chat né sempre uma alegria rever vocês mesmo que eu faço fotinhas aparecem nos comentários mas uma alegria ver dá para gente querida aqui e a ideia então hoje como a sulana já chamou atenção é conversar com vocês sobre
isso que é o último livro do Antônio Bispo dos Santos nego Bispo que é terra da terra quer Deus que saiu agorinha é pouco tem cerca de um mês publicado e que é uma espécie de tanto de aprofundamento mas também abertura de algumas outras questões desde que talvez seja um dos mais interessantes intelectuais do Brasil como já chamou atenção a Silvani é uma das principais vozes quilombolas seja pela movimentação política seja também pela sua presença numa escrita que fale desde os quilombos não sobre os quilombos isso é muito importante para a gente entender inclusive o
modo como o Bispo tensa E como que ele tem escrito né ele não tá simplesmente tendo o quilombo como um objeto para pensar prestando o quilombo como um lugar a partir do qual se pensa a partir de onde né retiramos as possibilidades das potências as imagens a experiência para pensar o primeiro livro dele que já tem três edições que é foi uma espécie de Manifesto em que muitas dessas ideias que a gente conversa muito hoje por causa do pensamento dele e que tem Aparecido por exemplo aqui no chat na sobredec contra colonizar em vez de
ter colonizar ou a distinção entre o que ele vai chamar de sintético e o que ele vai chamar de orgânico ou pensar exatamente nessa ideia de transferência confluência que já apareceram nesse primeiro livro e é muito interessante pensar como que o Bispo chega nesse último nesse último livro né E que tem uma coisa em particular muito bonita nessa edição [Música] que tá ilustrada lindamente ilustrado por um artista também do Piauí o Bispo mestre que não cola né que vive costume no Piauí e também não é o artista que ilustra não é o o livro não
é que é o santídio Pereira traz uma uma série de ilustrações que antecedem cada um dos Capítulos né só para vocês verem a curiosidade de viver mas que dão ao livro também uma uma maneira de pensar a partir dessas imagens dos pássaros né comecei esse essa figura que tá sempre partindo aqui no caso do livro do Bispo de uma metáfora que é diferente nesse livro do que foi do anterior de trazer a caatinga não esse bioma é onde fica o que o costume e o próprio estado do Piauí e já apresentando uma série de de
conceitos né com essa figura do pássaro que voa ver com curiosidade e sobretudo tende quando não aprisionada texto com a natureza livre de algum modo como identificar gravuras são as peças de impressões quase que chegou gráficas traz uma vida muito bonita nesse texto e que além dessa dessa presença das gratide Pereira o Bispo toma o tema da caatinga [Música] como uma espécie de plataforma de imanência lugar a partir de onde o texto foi fala não vai sumir a caatinga e como esse bioma Fundamental e traz uma série de conceitos muito interessantes para nós não é
para pensar como a partir do Quilombo nós podemos ao mesmo tempo pensar nossa relação com os quilombos né pensamos como um território de resistência mas um território que não necessariamente vai ser definido em função da escravidão o que não é uma terra de fugidos do tipo de fugitivos Mas o problema técnico potência de vida e essa ideia fundamental de pensar o que é uma potência de vida é que vai dar luz ou vai fazer compreensível essa distinção que o faz entre a ideia entre o sintético e orgânico que muitas vezes a gente usa de maneira
muito binária O que é exatamente o que ele não tá tentando fazer as oposições que aparecem aqui elas não são exatamente binárias elas são estratégias seja elas não estão descrevendo uma natureza das coisas ela tá tentando escrever lugares para luta e muito menos uma ideia de como o mundo esteja necessariamente e pensar o que como esse espaço de resistência esse espaço criativo inventivo e de saberes ancestrais traz para gente uma uma imagem muito bonita daquilo que você pode fazer a partir do encontro com os quilômetros este aqui não é um livro que foi escrito para
o quilombo isso é muito importante tá chamando atenção de que esse é o saber que o quilombo já tem e não faz sentido que um saber que o quilombo já tem seja sistematizado na escrita para devolver isso é um texto para conversar com a sociedade Extra Quilombo então fora do quilo em grandes medidas também pensar em que maneira a gente pode conversar com isso que a gente poderia chamar de espaço adaptados pelos colonialistas essa figura [Música] que o Bispo denuncia como afastado de um certo jeito de viver e tenta comprimir violar e tenta estabelecer uma
relação de distância com a própria vida e a partir dessa dessa figura do da Caatinga e do Quilombo você tá falando desse território no qual ele vive e ao mesmo tempo de alugamos certas formas com alguns outros quilombos com os pais eles se encontrou e também a favela e também com os terreiros ele vai nos convidar a pensar numa série de ideias eu acho questão das coisas mais interessantes né Sem ingenuidade e sem concessões Esse é um livro completamente descomprometido em ser Politicamente correto com qualquer coisa que não seja ancestralidade mesmo que isso esbarre em
críticas há alguns setores progressistas que não conseguiram ser líderes de se livrar dessa origem dessa herança seja racista seja um colonialista e o bispo não vai deixar nada de forma mesmo experiências que nessa nessa lógica de uma tentativa de enfrentamento a esse tempo obscuro e fascista que a gente viveu aí nos últimos anos né que a gente não pode simplesmente passar a mão na cabeça da Alternativa começa a alternativa também compromissos com ideias que precisam ser repensadas então a crítica não é uma crítica que vai passar a mão na cabeça de ideias progressistas quando elas
expressam qualquer vinculação ou qualquer compromisso aquilo que ele chama de colonialismo [Música] e também com essa Matriz racista de alguma maneira tenta Esvaziar de vida a experiência das pessoas negras indígenas as suas descendentes no Brasil então é um texto de crítica hiper radical mas ao mesmo tempo poético como é a escrita de hibisco encontrando Bispo dos Santos é um quilombola que está Que Habita os quilombos vivem em São João do Piauí colabora com vários lugares do país em que a luta que não volta colocada desde a fundação da conac pelo menos mas também faz poesia
também gosta de dançar também dança com as palavras Nossa como pensamento e aplicando as coisas que o colonialismo fez foi pobreza de pele lisa a nossa vida por isso a poesia também aparece no pensamento dele não como exemplo não como ilustração mas como potência da palavra irresistir aquilo que tenta diminuir a potência da vida que faz a crítica mas está tentando ainda conservar beleza que o colonialismo racismo a violência moderno tentou tirar de nós [Música] E para isso ele vai junto dessa poesia das pessoas poético é passear por uma série de conceitos muito importantes e
que aí obviamente eu não vou fazer aquele resumo de conceito nenhum A ideia é mais que a gente consiga dialogar e vou chamar mais na frente da pessoa para duas coisas que me parecem muito relevantes e que me tocaram né Eu queria partir para vocês aquilo que mais me chamou atenção porque o livro tem muitas camadas não é o livro simples é um livro que que a gente tem que parar também de achar que as lideranças tradicionais que o pensamento tradicional é um pensamento superficial é um pensamento imagético é o pensamento comparação por metáfora Esse
é um texto de uma sofisticação complexa de um vocabulário que apesar de pensado a partir da experiência dos quilombos e da própria experiência do Bispo de sua memória ancestral e ele sempre tá dizendo essa isso é um texto que é a voz de uma ancestralidade que foi convocado a expressar a trazer para uma textualidade Portanto ele tá articulando essa socialidade com toda a sua complexidade então esses conceitos não são conceitos né não são conceitos que estão tentando simplificar o complexo da experiência do Quilombo para que a nossa sociedade fora externa os quilômetros compreendo mas pelo
contrário para que a gente seja envolvido pela complexidade do pensamento da experiência que a média dos quilombos para produzir potência de vida e para criar ferramentas contra colonialistas que a proposta que ele traz para nós contra colonialista na medida em que é de uma forma fundamental ele vai partir da colonização para corroela e não para fazer um movimento que dependa dessa colonização para qualquer coisa ele quer como eu destruí-la a partir de outras referências que não essas diferenças coloniais como estratégia política muito interessante de manejar as nomeações e vale muito a pena ver no início
do livro Exatamente porque essa é a chave que ele vai fazer atravessar o livro inteiro renomear aquilo que o colonialismo e o racismo nos fizeram dizer de um certo modo e não dizer que nos empobrece não dizer que nos enfraquece e nos dizer que nos coloniza e ele vai trazer para nós né é uma crítica muito importante aos modos como a gente tem feito a discussão política muitas vezes seduzidos por algumas algumas palavras por algumas ideias que são coloniais a gente se quer dessa né uma delas aqui na foi mencionada pela Edna é que dizima
que tá aqui no chat uma relação com a própria noção de desenvolvimento a nossa desenvolvimento que tá muito atrelado não certo tipo de progresso de pensamento Progressista ao certo tipo de pensamento moderno que pensa numa ideia de expansão de abertura tá usando a ideia de desenvolvimento para mesma ideia desenvolvendo sustentável como uma ideia que de uma certa forma suficiente uma agenda que de proteção de direitos sociais direitos coletivos e aqui ele vai ele vai se preocupar e Como que essa palavra nos conduz não é uma armadilha Colonial desenvolver seria na interpretação dele é mantendo uma
certa origem de como as palavras funcionam o inverso de envolver o desenvolvimento provocam desligamento um desenvolvimento o contrário do envolvimento que aquilo que vincula o sujeito as suas comunidades aos seus territórios e sobretudo as suas ancestralidade e ele vai nos convocando a olhar essas palavras a perceber essas palavras a ouvir essas palavras a luz das experiências da ancestralidade dos quilombos que Como já apareceu no livro anterior ele chama de afropindorâmica que ela tem origem ao mesmo tempo africana negro africana de um lado e de outro indígena os povos originários do nosso território e que essa
ancestralidade mostra que o que nos fortalece é o envolvimento está envolvido com território está envolvido com a com unidade está envolvido entre mesmo com tensões encontra suas pistas para fortalecer as experiências políticas de produção de conhecimento e a partir disso por exemplo repensar as relações que é uma das coisas lindíssimas está nesse texto com a territorialidade pensando com o espaço ele vai fazer uma discussão que aparentemente poderia ser vinculada com [Música] levando em consideração o título lá do líder ou do capítulo com a arquitetura mas ele vai dar arquitetura para pensar o urbano para pessoas
experiência da cidade tarde ou não mas é muito importante como ele vai trazendo para nós um conjunto de ideias um conjunto de conceitos que nos levem a pensar no enfeitiçamento um enfeitiçamento que a ideia é atravessada pelas palavras colonialistas pelas palavras coloniais que a gente chama de coloniais tem nos afetados né e muitas vezes a gente pensa que isso é uma excesso de caminho natural do mundo moderno ou de um ganho do mundo moderno e ao mesmo tempo ele tá chamando até armadilhas pelo caminho se a gente adota né a experiência ancestral que habita os
quilombos que habita os povos é originários que habita os terreiros que habita os movimentos dos povos tradicionais dos ribeirinhos Caiçaras pescadores quebradeiras de coco Esses povos que estão aí tentando enfrentar de certa forma real nós encontramos saídas para não cair nesse enfeitiça dentro que a linguagem e o próprio pensamento nos traz e nos de alguma forma acaba por nos infectar nos seduzir e ele vai fazer uma viagem nesse texto trazendo uma série de conceitos que nos ajudam a pensar situações que vão desde a política passando pelas pelas políticas educacionais pelas políticas de moradia de lazer
nas políticas de Proteção Ambiental ele vai nos oferecer ferramentas para compreender armadilhas que tem aí no meio do caminho E talvez quem denuncia melhor essa armadilha seja a própria terra que ele vai definir ao mesmo tempo como território mas também essas figuras que habitam o território junto dele E aí que ele vai trazer duas dimensões que me chamaram bastante atenção muitas dimensões É nesse texto mas as duas que mais me chamaram atenção é exatamente que ser um livro que tem seis Capítulos fez parte dos enfim mas que atravessam de modo bastante importante alguns conceitos que
ele já havia desenvolvido no livro anterior no colonização Quilombo desculpa motos e significação em que ele vai mobilizar uma cena uma série de ideias já para pensarmos a partir do pensamento dos quilombos né uma delas é cosmofobia falou assim dessa distinção entre o sintético orgânicos vai voltar mas eu acho que ele notou também né que algumas dessas ideias simplesmente foram repetidas como mantras e o pessoal não prestou muita atenção nas doenças né e é nessas mudanças que parece que o livro se se Sentra para fazer um debate a uma espécie de ingenuidade em tentar lidar
com o pensamento radical e ao mesmo tempo se seduzir pelo que é Colonial como por exemplo a idade de desenvolvimento e alguns programas em que insistem A partir dessa perspectiva do desenvolvimento e não ouvir as comunidades em seu conhecimento isso é muito importante porque ele vai passar o livro inteiro falando do conhecimento dos quilombos do conhecimento das Comunidades tradicionais dos conhecimentos indígenas e dos conhecimentos nos terreiros e chamar atenção do modo como estado quando tenta se relacionar com essas experiências mas essas experiências simplesmente é optam né ignorar essas falas que conhecem melhor do que ninguém
a sua própria experiência gente eu não sei se tá dando para você sofrer ruído tremendo aqui de uma moto não sei o que que é rapidinho aqui ainda e enlouquecedor eu tô no trabalho bom mas de todo modo ele faz essa denúncia né Desse de fazer política para povos e comunidades tradicionais ou seja ignorando o Saber que os povos por isso que esse não é um livro especificamente para o quilombo é muito mais para gente que tá fazendo pesquisa aqui fora mesmo com boas intenções de proteger os quilômetros ou para quem tá fazendo política para
os povos indígenas tradicionais africana ou para os povos tradicionais ribeirinhos ciganos ribeirinhos e isso é muito importante porque ele vai chamar atenção que cada povo desenvolver uma sabedoria vinculada com uma certa Harmonia entre esse povo e o seu território essa terra né que tá E que quer isso é muito muito e sim e também dialogando com as favelas né que é um como eu já vi atenção antes um desses territórios né que ele vai vincular e inconstionar também ao mesmo tempo né Quando que a gente vai concluir e transfluir a partir dessas experiências Entre esses
territórios para enfrentar o colonialismo e essas ideias vão aparecer essa ideia da confluência já no texto anterior o Bispo tem escrito bastante na estratégia que ele que ele tem de sistematização do pensamento quilombola então ele já foi apresentando essas ideias antes né aquele vai se sentar nessa potência da confluência da translucência na recusa disso que ele chamou de uma cosmofobia que acaba afastando os humanos do seu contato com o território com o mundo terra com a vida com a comunidade e ao mesmo tempo avança em função dessa cosmofobia sobre os povos tradicionais entre os quais
os quilombos e todos os povos que foram de alguma maneira ou colonizados ou tentaram economizados porque ele também vai desconfiar que todos esses povos foram colonizados então aposta aí e em achar que o jogo não tá perdido isso é muito importante é ele vai trazendo uma série de reflexões que para mim pelo menos com muito setores e duas delas eu queria partilhar com vocês e aí e assim vou encerrando esse convite para ler esse texto do bispo esse último texto do bispo a primeira dele delas eu tenho a ver com a leitura que o Bispo
faz da cidade não só nesse capítulo específico né que ele ele vai chamar de cidades e cosmofobia mas é tanto naquilo que aparece no arquitetura e contra o colonialismo que é a terceira parte do capítulo colonialismo de submissão criar solto plantar os nomes desses dessas partes não é do livro primeiro semear palavras cidades e cosmofobia segundo terceiro somos compartilhante vai se opor a noção de troca e aí você vai trazer para que um conceito novo que ele que ele vai tentar mobilizar e fortalecer aqui que a ideia de compartilhamento de compartilhante como sujeitos arquiteto colonialismo
submissão e criar solto para estar Cercado esse debate sobre a cidade sobre a natureza Colonial da cidade vai atravessar o livro inteiro e ao mesmo tempo uma crítica para aquilo que os acadêmicos têm chamado de colonialismo de humanismo para ele é a mesma coisa o fim acaba né o colonialismo e humanismo estão vinculados de maneira interna e a gente aprendeu a ter um espécie de admiração pelo o colonialismo coisa com pelo humanismo coisa que ele vai recusar isso tem a ver com o modo como ele tá entendendo como a cidade colonialismo como humanismo há muito
tempo eu tenho uma certa suspeita não é de que não dá para pensar em projetos radicalmente revolucionários que desconstruam o colonialismo que eles construam racismo e deixam a cidade como tá porque a cidade Talvez seja um dos desses produtos fundamentais dessas práticas racistas Coloniais de um lado mas também é sobrevive e reproduza essas lógicas né e o bispo vai trazer para gente uma discussão né sobre a cidade as relação entre a cidade essa cosmofobia esse afastamento e ele vai fazendo isso por contraste com essa lógica que organiza o fazer o ser no quilombo né que
é comprometido que é enraizado que pensa o território em termos de pertencimento de posse e que acaba a partir potencial do Quilombo entendendo a matriz Colonial da cidade e do desse mundo dessa lógica Urbana e tem uma distinção que é simplesmente maravilhosa que ele vai fazer e que para gente pode parecer uma ideia de metáfora e ele Vai recusar isso como metáfora que a distinção entre jogar no lixo e jogar no mato para aquilo que inclusive reordena eu não vou explicar isso para vocês aí a possibilidade de procurar no no livro Isso é uma ideia
maravilhosa que aparece no livro isso aqui Vale a pena ler de novo não é uma resenha para substituir a leitura mas para convidar a perceber aqui uma distinção fundamental entre as lógicas de consumo do capitalismo e dessas comunidades tradicionais como é o caso do Quilombo e dos terreiros que também se que tem a ver com como a gente lida com consumo com a produção e o que medida esse consumo pode ser vinculado com capitalismo ou dissociado ou desligado dele e aqui que essa distinção entre jogar no lixo ou ter um lixo jogar no mato e
ter um mato é muito importante para compreender isso que acontece na cidade esse afastamento esse consumo de vida e não só de objetos que acaba acontecendo Nesse contexto humano colonizado ele acaba ele tem uma visão um pouco menos pessimista do que a minha né Eu acho que a cidade é um projeto perdido não tem o que fazer mas ele por outro lado numa sabedoria gigante uma sabedoria dessa movimentação estratégica muito sábio dos povos do Quilombo vai tentar por apresentar uma relação com essa Urbe a partir de uma ideia que me parece muito interessante que a
ideia de uma fronteira móvel também não vou explicar a vocês o que que é isso vale a pena olhar no texto mas tem muito interessante porque essa é uma ideia de um pensamento fronteir isso que não é a mesma noção de pensamento fronteiris que aparece no pensamento de Colonial para quem tá lá acostumado com o pensamento fronteir isso do Walter miolo que é uma das ideias mais importantes do pensamento do Colonial a gente vai encontrar aqui não é um outro um outro tipo de movimento com as fronteiras E aí ele Talvez ele seja muito mais
otimista do que eu porque ele eu acho que não tem muito o que fazer ele fala olha a cidade tá aí ela é um fato tem que fazer alguma coisa com ela e desde que ela nos destrua para nós pelo menos que estamos numa tarefa de contra a colonização né trata de estabelecer fronteiras fronteiras que que mais do que impedir o trânsito marque a diferença e marque o respeito que precisa ter em cada um dos lados dessas dessas fronteiras e que é móvel quando os colonialistas recuarem a fronteira quilombola se estica e quando os colonialistas
avançarem a fronteira que é uma bola recua Mas é uma coisa não vai ele não vai fazer concessão ele não quer colonialista dentro do que eu isso é um gesto radical Deixe os colonialistas viverem mas não nos peçam para hospedar o colonialista dentro do Quilombo que nós somos o quilombo não é só o território é o território conosco é um território ancestral e que nos habita portanto não deixar o colonialista entrar no quilombo é não deixar o colonialista entrar em nós isso é muito importante sabe porque muitas vezes a gente se seduz pelo discurso do
colonizador pelas promessas do colonizador pela autocomiseração do colonizador e esse aqui talvez aqui seja essa estratégia que me parece mais sabida né porque a minha própria pessimismo Quem me conhece sabe que eu sou uma das pessoas mas pessimistas que vocês vão conhecer sua batata dessa terra mas em que aquilo tá tentando mostrar a possibilidade de uma convivência que não necessariamente É passivo mas respeito quando ele diz eu não quero colonialista do lado de cada Fronteira tem um recado aí respeitoso mas não necessariamente vai ser Pacífico vai depender do como essa Fronteira sem mofo Então acho
que isso é é muito potente do ponto de vista esse projeto da cidade que é um projeto que nos fascinou né a gente hoje tá seduzido pela ideia da cidade lembra lá atrás de desenvolvimento de desenvolvimento cidade é uma dessas partes da História do Pensamento que diz que parece que a gente se desenvolveu quando a gente saiu do campo do campo e foi para a cidade houve um desenvolvimento e ele quer dizer será será E ele vai trazendo imagens do mundo inteiro e é muito interessante e vale muito muito a pena ele eu nem sei
que ele disse [Música] que aliás rápido aqui né hoje na aula eu tô na universidade demos uma aula sobre o livro genial da eleonice que vai ser um dos próximos que vão entrar aqui na no nosso comentando livros vamos alternando os quase você só agora de comentar isso mas em algum momento o meu objetivo que o próximo porque a gente viu né a partir da aula de hoje uma era muito bonita de pensar essa experiência não sendo metáfora não é metáfora de coisíssima nenhuma o território é corpo e o corpo pensa e não tem que
ter metáfora de nada é muito bonito e ver como que o trabalho de organismo e também já logo eu conheci em algum momento a gente vai trazer ela tá Um beijo grande [Música] mas enfim mas voltando a essa discussão que faz o Bispo pensando em como né a gente vai observar essas ideias que nos reduzem como é o caso né da própria necessidade habitar a cidade habitar o urbano como um sinal de que a gente deixou de ser de algum modo menos civilizados né Essa é a razão pela qual eu tenho pavor da ideia de
valores civilizatórios elas valorizatórios é igualzinha a noção de desenvolvimento não é porque a noção de valores civilizatório são aqueles valores que nos tiram da barbárie ou da seu evangelinos levam para civilização então quando a gente está pensando essas duas ideias em contraposição a gente caiu exatamente na mesma armadilha que a ideia de desenvolvimento nos colocou completamente acordo com essa discussão que isso tá fazendo aqui agora e acho que ela ajuda a gente a entender por exemplo Qual é a armadilha que a gente cai quando a gente se seduz pela ideia de pensar que temos valores
civilizatórios quilombolas valores civilizatórios indígenas valores civilizatórios de terreiro acho que a gente tem que ter cuidado com isso porque nós sempre fomos enxergados como negativo para a civilização E aí o Bispo vai fazendo um histórico disso um dos nomes da missão do processo de colonização foi exatamente missão civilizatório inconsciente olhava para si tendo como um fato como um peso civilizar Os Bárbaros os atrasados esses bárbaros atrasados eram exatamente os africanos os indígenas os orientais todos os outros do acidente eles eram selvagens e a colonização ia para lá para levar o desenvolvimento da civilização a democracia
a urbanidade e ele vai mostrando isso inclusive como isso vai chegando para o quilombo na forma da própria alimentação por exemplo é muito a pena olhar e isso não é metáfora isso não é metáfora e muitas vezes a gente tá usando por exemplo a ideia de valores obrigatórios como se fosse uma metáfora dos valores de organização social isso é um equívoco profundamente perigoso e só mostra que a gente ainda seduz por algumas ideias que o colonialista nos apresentou e que a gente acha que também a gente tem Então esse tipo de estratégia Então essa essa
crítica que ele faz a dinâmica do urbano é o mesmo tempo essa possibilidade de pensar Fronteira me pareceu bastante interessante e esse pensamento e a outra coisa com isso eu queria encerrando né Essa primeira comprova vocês eu vi é exatamente essa ideia que ele vai discutir em torno daquilo que hoje a gente tem chamado né e ele vai criticar essa ideia até de Ecologia ideia e alguns Alguns assentes discutidos em termos de esquecismo e que é no fundo uma das partes mais radicais que ele traz do texto na crítica daquilo que você sente chamou de
humanismo de pensar que os seres humanos Têm algum tipo de diferenciação hierárquica na estrutura da realidade que por isso a gente pode pensar seja antes separado da natureza da comunidade etc e que isso tá aí De algum modo organizando também outros tipos de hierarquia que os humanos podem fazer entre si e humanismo de alguma forma tentar postar isso contra essas hierarquias só que aí parece que o Bispo Bota o dedo numa ferida que para a gente é muito difícil de lidar também que é o fato de que medida também a gente não tá excluindo o
específico para pensar o racismo e que quando essas coisas funcionam é com uma lógica internamente semelhante que funciona nessa derivação do humanismo no vínculo do humanismo com o racismo tem um especismo pelo meio que a gente não está prestando atenção E aí ele vai trazer umas ideias de política maravilhosas né definição de política que ele traz é inacreditávelmente interessante e é constrangedora para gente que tá reivindicando o fazer política né como essa experiência do campo de batalha no enfrentamento do colonialismo e por isso que ele vai se opor a pensar nessa ideia da política a
pensar o enfrentamento colonialismo por uma estratégia a hora da mandinga Hora do Milagre hora do feitiço eu feitiço começa a capacidade de transformar a natureza de novo isso não é metáfora de coisa nenhuma como transformar a natureza em benefício não é da própria comunidade ela não tá fazendo não tá falando nada religioso diga-se de passagem tá aqui como que isso aparece como essa necessidade essa possibilidade de enfrentar essa luta não através dessa curiosíssima impotente definição de política que ele traz e que deixa a gente muito constrangido ali pelo menos deixou muito constrangido a minha vida
inteira trabalhando com pensamento político com filosofia política e agora tem que pensar botar um pouco dos pés de volta no período para ver como é que aquilo vai reverberar sobre o meu próprio vocabulário vocês olharam no meu currículo tem lá que eu sou especialista em filosofia política e tem uma questão ali com com a política talvez no máximo eu quero me interessar agora a partir daquilo com filosofia da crítica da política vamos dizer que se aquela nação de política tem razão e me parece que tem esse aqui é o ponto não nessa radicalidade parece que
a gente tem muita coisa para desconstruir e que vai passar em tentar entender o problema daquilo que a gente chama hoje meio ambiente né E que é um problema para o pensamento que ele tá trazendo porque o orgânico começa a interação que ele chamou no primeiro livro de bio interação é uma interação hospedada na própria vida porque a vida nos hospede também de uma certa forma nos obriga a não estabelecer nenhum tipo de afastamento individualização E aí nós temos uma série de coisas para pensar significa então brigar por esse por esse lugar que a gente
pode pensar como meio ambiente mas veja o meio ambiente parece que é o que tá em torno de falar em ambiente o som ambiente é aquele som que tá em torno de nós e parece que o meio ambiente aquilo que está em torno de nós a gente faça uma coisa que tá ali separada não é assim que funciona [Música] toda vez que a gente separa vai dar ruim e esse convite que ele faz para pensar traz uma série de questões para o debate que a gente está falando sobre crises climáticas sobre grandes exemplos climáticos sobre
o risco de desertificação transformações da paisagem a relação dos seres humanos com tudo isso nós temos ali uma série de elementos conceituais que ele não gosta da palavra conceito porque ele ia concordo com ele é uma palavra colonialista de Marx outra pessoa que vai dizer isso exatamente eu não quero eu me que é uma das alturas que a gente já falou aqui também que são coisas do ocidente achar que tudo tem se resolve uma lógica visual do pensamento né E aí nós temos uma aposta muito bonita em tentar pensar no que que a gente pode
entender de alternativas não pode ser de forma alguma não pode ser de forma alguma pensar os seres humanos longe do seu território e de um território que precisa revisitar ou repensar essa relação destrutiva com essa cidade tem né os colonialistas tem que se acalmar eles continuarem nessa fome voragem devorar o mundo não vai sobrar o mundo para ninguém e esse é um ponto fundamental Porque se os colonialistas estão nessa fome de mundo violentíssimo É bom lembrar né como chama atenção né que a terra dá mas a terra também quer Então minha gente vamos ler o
texto acho que vale muito a pena não tem uma gama muito complexa de [Música] conceitos o texto termina com uma poesia de um amigo queridíssimo que perdemos alguns anos atrás que era o Daniel Brasil que era uma poesia que ele fez inclusive para dialogar não é com esse dinâmica né que é o Bispo que aparece como um pensamento é quilombola e totalmente atravessado e é um texto lindíssimo não poderia ser de outro jeito senão com uma poesia uma potência dessa no livro anterior também era uma poesia é que encerrado o preço de hibisco né tá
aqui aquele displana Mumbuca também que também tem feito um trabalho de enfrentar a violência do pensamento com a poesia e isso nada tem a ver com chegar alguém com a arma e você oferecer flores negócio é muito mais complicado que isso e ao mesmo tempo né gingar com as palavras né pensar que tem um feitiço é que a gente faz com as palavras né E que a poesia é fundamental Esse é o foco originário aqui nossos povos tanto indígenas como africanos queria fazer esse convite dessa forma agradecendo ao querido Bispo pela pela generosidade da do
compartilhamento já compartilhamento é melhor que troca e ele vai explicar porque e também pela possibilidade de fazer essa conversa com vocês aqui em meio pessoas tão queridas que estão aqui você devolva a palavra uau esse seu objetivo era instigar provocar eu estou me sentindo assim quero ler quero ler preciso ler preciso ler até porque tem coisa que assim eu quero saber o que você fala assim bom eu não vou entrar nesse detalhe porque aí vocês vão ler lá e tudo Poxa vida que coisa linda Que trabalho bonito tem muita gente que chegou aí depois que
você começou tem problema nenhum você sabe quando a gente terminar fica gravado e à disposição para vocês assistirem e vale muito a pena assistir então daqui a pouquinho quando a gente encerrar você vai ter esse material toda sua disposição eu quero assistir de novo e obviamente fiquei ansiosa para ler também o livro e uma piedade inclusive tá aí gente quanto tempo que eu não encontrava uma piedade Que bom que você tá aí é Mônica Bonfim nego Bispo É extraordinário ela dizendo E assim vamos Olha só vê uma piedade saudações a todas todos e todos 15
Lins mora ali tem muita gente que chegou depois que nós começamos Então vai ter que assistir e se vocês tiverem alguma pergunta tá na hora tá coloca aí que a gente volta já em alguns minutinhos se não tiver a gente volta para encerrar entendeu Mas se vocês tiverem alguma pergunta aproveitem para colocar aí professora Olívia gratidão queridão é uma inspiração sempre Então ela aí né saudando as mulheres muvuca Professor Carlos Teixeira a gente conhece o canal da Lívia zarute [Música] eu não conheço Então tá bom eu não conheço se você diz vamos deixar para lá
eu não vou tentar conhecer um beijo para Vilma querida também tá aqui com a gente selecionou sim eu vou compartilhar com vocês aqui um link nesses tempos de consulta de orçamento participativo para o próximo plano plurianual do governo eu convoco todo mundo a votar obviamente no programa do Ministério da Igualdade racial mas também convoca com vocês a votarem neste dessa proposta que é o iniciativa da sociedade civil que é o segundo plano de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana votem porque nós queremos sim que haja um conjunto de políticas públicas voltadas
para os nossos para as nossas lideranças nossas autoridades tradicionais para os nossos guerreiros roças e assim por diante porque eu fico muito preocupada quando eu vejo lá proposta lá do governo combater o racismo religioso ok não há outra forma de fazer a não ser fortalecendo além de combater o racismo nos imaginários fortalecendo as lideranças as autoridades e lá na ponta estão enfrentando essa violência cotidianamente e precisam ser fortalecidas né e seus territórios precisam ser fortalecidos então tô convocando vocês a votar aí Nessa proposta da sociedade civil é a proposta elaborada pelo Pedro Neto vai vai
dormir e aí tô compartilhando aí com vocês bom viu uma lembrando né que ela ela participou da elaboração do primeiro plano foi uma construção coletiva com liderança de todo o país e o primeiro Luana Arantes Luana foi a pessoa que organizou todo o processo um especialista em política pública né não tem a menor ela foi fundamental nesse processo de construção desse Plano deixa ver aqui Professor Carlos Teixeira esse conhecimento a parte dele pode não ser última pode não ser útil Na tentativa de entender as ações do colonialismo criticando a recente indicação da advogada preta Edilene
Lobo para o TSE provocação Professor nós estávamos Você viu a indicação a gente fez a conversa aqui no canal não faz muito tempo cobrando né que queremos sim queremos pessoas negras juristas preparados Preparadas preparardes que estão aí pessoas prontas para assumir esse lugar seu vizinho agora realmente resolveu fazer barulho e aí a gente nós vimos a primeira indicação para o Supremo Tribunal Federal Apesar de todas as nossas campanhas para que fosse uma mulher negra de preferência é um homem é terrivelmente Branco né para lembrar o terrivelmente evangélico lá mas e agora se fez tanta campanha
para essas colocasse uma mulher negra agora no TSE primeira pergunta dele esse livro ao menos após da primeira audição da professora me parece ser muito denso estou errado professor é o seguinte gente se tiver mais alguma pergunta é agora é já é já porque eu encerro as perguntas e passo para o professor o Anderson flor já lembrando a vocês eu informei aqui no início que essa é a nossa última programação deste ano não gente deste mês por favor deste mês de junho porque não teremos programação amanhã e nem sábado mas Voltaremos na terça-feira que vai
ser a nossa última semana de programação do semestre então só para já adiantar para vocês envia uma Lembrando que a indicação foi para o STF para a suplência né no STF muito bem Professor o Anderson te devolvendo aí por favor eleitoral e coordenadora substituta Enfim uma velha discussão que a gente tem feito né Eu acho que aí eu acho que o Bispo traz uma saída interessante é para não entrar nenhum tipo de ingenuidade nas relações entre a direita e esquerda é à toa por exemplo a Décadas atrás da Sueli Carneiro aqui nessa próxima homenagem a
Saudosa importantíssimas dizer que a direita esquerda ela continua Negra e é isso assim a esquerda e a direita Nesse contexto são são dependentes de um certo tipo de processo Colonial racista que organiza o mundo a gente tá falando de racismo como uma base de estruturação de articulação então isso não é não era para nos assustar não era para nos assombrar e nem para criar nenhum tipo de Porque que o Lula fez isso então acho que o ponto fundamental é em perceber a partir dessa discussão que eu coloca para nós que talvez seja um dos movimentos
da Fronteira né E aí a gente tem que pensar um pouco no que fazer com isso mas com certeza isso só diz também do moto como esse descompromisso dos pensamentos dos povos tradicionais da comunidade Negra né das mulheres Tá longe etc Quando você pensa num homem branco sulista cristão é que essa seja a nossa alternativa inicial que poderia ser segunda né Isso é uma marcação ele sabia que teria uma outra indicação poderia esperar vamos fazer isso faz parte do jogo tem a ver com articulação tem a ver com ele quem disse é isso que a
gente está falando e esse é um pouco dessa Sedução do mundo Colonial que a gente não tem como não tem como não olhar sem uma perspectiva crítica mas sem simplesmente botar uma bomba nesse sentido não se trata agora de pedir um impeachment Presidente porque fez isso mas se não olhar isso com ingenuidade isso anuncia também certo tipo de lógica que já vem funcionando a algum tempo e Professor Carlos Teixeira Esse é um livro muitíssimo bem isso eu tava fazendo uma contagem foi muito engraçado por isso que eu não entrei nesses conceitos quando eu fui falar
eu tava terminando de relevo para hoje né que eu tinha eu comprei o livro e comprei o áudio que não tinha li o texto impresso e depois já tinha lido o visual e tava marcando fazendo uma contagem no texto a segunda Leitura para hoje para poder preparar a fala daqui né e eu tava contando o texto tem 34 conceitos diferentes é um texto pequenininho então com menos de 100 páginas é por isso que a gente lê numa tarde sabe Mas isso não quer dizer que lê numa tarde significa que a gente vai esgotar essas conceitos
numa tarde não mesmo nós vai botar a gente para voltar a pensar em coisas que eram ouvimos as nossas avós e pensar no tanto de Sabedoria que a gente foi tentando trocar um certo tipo de desenvolvimento que a gente se reduziu acho que isso é uma pessoa bastante intenso e que uma maneira bastante convidativa Generosa mas sem conceções sem passar mal na cabeça de nada que vai desde os ambientalistas até minha casa minha vida tudo vai ter que ser pensado numa maneira crítico Isso não é um problema minha gente que ele não tá querendo que
ele não tá querendo que saia o Lula e volte presidente anterior Não é disso que se trata é pensar em como é que a gente está pensando a possibilidade de fazer essas alianças essa luta esse enfrentamento nessa fronteira que ela vai ela vem acho que vale muito a pena ler que oferece para gente é um livro que para mim pelo menos né deu um choque para a gente parar um pouco sem gelo na nossa na nossa crítica Ultra sofisticadas sabe pelo menos no meu caso que vem trabalhando com teoria política há mais de 25 anos
então isso significa em pensar que mais do que abandonado que botar bomba explodir todo canto a gente tem que olhar as coisas com o olho crítico sem ingenuidade sem Balancear e apostando que o mundo ancestral não ficou para trás ele só vale a pena se a gente puder viver legalmente e sim alguém colocou assim que não a substituta é uma mulher uma mulher negra foi indicada como substituta hoje o STF e se celebrou hoje na mídia a primeira mulher negra mas é substituta não é não é E aí quando você fala aí eu fiquei me
lembrando do discurso de Sueli Carneiro no conselhão na porta do conselhão né colocando aquela multidão de pessoas que estava ali realmente se comprometerem com a radicalidade necessária para a promoção da Equidade desse país Soraia Gonçalves podemos falar em um pensamento que não está coadonando com Marxismo e com as formas de tentativa de superação das formas conhecidas de pensamento é que explicar a nossa sociedade esse olhar do Bispo talvez não acho que ele não tá o problema dele não é o racismo sabe nem com essa perspectiva marxista de superação é uma das coisas que a gente
aprende e tem uma imagem incrível para tentar pensar isso né que é os bichos vivendo dentro de casa [Música] as coisas não são exatamente superadas por esse pensamento em que um dessastral habita para o bem para o mal viu porque os brancos também tem a Sexualidade viu esquecer disso não então para o bem para o mal a sociedade nos constitui Então nada se supera a gente vai no máximo reajamjar a partir de partes acordos negociações O que é preciso fazer então mais do que uma contraposição ele tem outra referencial e o Marxismo para ele é
uma das muitas maneiras possíveis de fazer a crítica inclusive ele vem do movimento sindical né passou pelo movimento trabalhadores a própria a própria Conhaque né de uma maneira também tá ligado os trabalhadores rurais né Então essa ideia que acabou organizando o trabalhismo brasileiro a partir do segundo século 20 que teve a ver com a própria ideia de de pensar a justiça social em termos de superação dessas desigualdades é uma das possibilidades mas não é aquele Vai eleger né como orientadora porque se você tá pensando a partir da perspectiva ancestral você supera nada você reaja isso
significa por isso que eles não queremos que os colonialistas deixam de existir que a gente não pode fazer isso né É porque significa validar a lógica da não existência que é exatamente o que o colonialismo quis é só é só mudar quem morre se trata disso morrer Tá tudo de boa batata tudo bem é só mudar quem morre Essa ela acha que ele tá tentando evitar então isso não tem como superar Pois é arranjar perfeito bom nós estamos caminhando para encerrar eu já vou devolver professor para que ele faça o fechamento ela disse eu disse
que ela é uma mulher negra ela substituta do st Eu não disse porque eu não eu sou uma pessoa que participou das lutas do movimento negro para Constituição da categoria negro negra e eu trabalho ainda com essa categoria né disse que ela é uma mulher negra muito bem tô te devolver para você encerrar por favor agradecer imensamente a possibilidade de ter aqui podido parte compartilhar essas essas impressões que esse livro me provocou e convidá-las e convidá-los e foi uma alegria não é encontrar revernice mesmo que seja pela pelas telinhas de violência e Vilma querida [Música]
mata minha irmã Ana Mombuca que ele disse tá trabalhando juntos orientando aprendiz e de uma série de pessoas queridas que passaram por aqui então é interessante pensar como né que agiu né que já entrou logo lá no início querida é como que a gente pode efetivamente aprender tanto com a nossa socialidade e que a gente muitas vezes deixa de pensar e como ela vive no presente ele tem que pensar que é ansiedade não é algo do passado ela nos habita nos vivem nos potencializa nos fortalecem basta que a gente perceba que ela pode fazer isso
e não recusar ela em nome de nenhum tipo de ideia que vem de fora com os parece mais sedutora é isso minha gente valeu Silvani querida e a todos Valeu demais e muito obrigada muito obrigada Obrigada Professor o Anderson flor tá encosta nambá muito obrigada Luana Arantes muito obrigada vocês astronautas a cada um a cada uma e obviamente você viu né Que armadilhas a gente continua caindo nas armadilhas Olha aí vai as armadilhas do colorismo é vamos lá vamos à luta por que o colonialismo não pode habitar em nós vamos lá eu tô parafraseando aqui
o que o professor Anderson trouxe do conteúdo do livro do livro Bispo muito obrigada gente eu aguardo vocês na terça-feira cuidem-se muito bem Tenha uma boa semana Tenha um bom Dois de Julho Centenário da independência no Brasil e nos encontramos na terça-feira até lá [Música]
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