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Bom dia a todos todas e todos bem-vindos ao nosso segundo encontro no nosso seminário eh hoje com o tema museus e periferias n eh é uma realização eh das duas cátedras eh sustentabilidade kapora e dois programas de pós-graduação arte e um programa eh de pós-graduação em análise ambiental integrada né conta com o fomento da Caps através do programa proext e da articulação com as nossas pró-reitorias de extensão cultura pesquisa e pós--graduação bom hoje teremos o prazer de termos aqui como convidades a SUS Santos do museu comunitário do Jardim vermelhão em Guarulhos daqui a pouco eu
faço apresentação mais detalhada dos convidados antes de cada fala que a gente vai abrir mas só para vocês terem uma ideia do conjunto dos nossos convidados o Cleiton GO do museu dos quilombos e favelas urbanos o muquifo de Belo Horizonte e o Antônio Carlos Firmino do museu San cofa da Rocinha no Rio de Janeiro né então três situações periféricas importantes em São Paulo Minas eh BH né e Rio e temos como debatedora a Camila Cardoso do centro cultural quilombaque em São Paulo também bom queria antes de passar eh a palavra paraa nossa primeira convidada a
Suzi Fala um pouquinho da importância né desse tema que eh nem sempre ganha visibilidade institucional né nos nas universidades eh nas instituições culturais nas políticas públicas que é eh eh a construção de uma rede eh muito potente capaz de atuar na construção eh da memória eh dos das próprias comunidades sobre as suas histórias sobre seus sujeitos identidades territórios né E que faz frente a várias violências que essas comunidades sofrem né eh não só n situações envolvendo genocídio eh de comunidades tradicionais de populações periféricas negras mas também os ataques que acontecem no campo da cultura do
epistemicídio e no campo da história e da memória O memoría eh torna-se uma ação eh de resistência política muito criativa muito imaginadora porque também tá trazendo novas formas de mediação de curadoria de construção de acervos de combinação de história oral de história visual eh documental Então são coleções eh muito importantes para que a história brasileira seja real ente uma história do povo brasileiro em todas as suas diversidades e tradições e sujeitos e lutas né então Eh esse curso que é um curso que estamos com mais de 1000 inscritos que teve um sucesso estrondoso né que
nasce aí a partir de uma iniciativa da Unifesp mas transcende muito porque estamos eh aqui podendo em primeira mão ouvir cerca de 20 experiências eh de eh museus comunitários ecomuseu museus territoriais eh que colocam inclusive em discussão o que que é a noção de Museu né coloca uma perspectiva crítica eh decolonial antirracista eh baseada no direito à voz à participação a atuação das Comunidades no direito de narrar as suas próprias histórias né de organizar a sua experiência vivida e de apresentá-la de uma forma inovadora então Eh o Brasil tem sido um dos países mais importantes
é um movimento Mundial que tem pelo menos aí 20 anos mas o Brasil tem sido realmente muito plural assim as nossas mesas vão dar conta de todas essas diversidades né hoje o nosso foco é a atuação desses museus no diálogo com as grandes periferias urbanas das nossas metrópoles megalópolis e das várias situações que essas comunidades enfrentam né Eh e também né Eh é importante eh considerar que essas experiências introduzem né perspectivas novas para as lutas sociais né Acho que as lutas sociais hoje no Brasil precisam como sempre né se fortalecer e a ideia de que
essas lutas se conectam com um esforço enorme amplo comunitário de reconhecer ancestralidades de reconhecer também as lutas eh plurais e contemporâneas né não apenas por direitos mas para uma sociedade mais justa nas suas múltiplas relações inclusive ambientais né esses museus são eh faróis né que nos mostram a potência de de uma sociedade que possa ser realmente conduzida a partir da ação dos seus sujeitos e em diálogo com as Universidades isso é muito importante eu vou ler aqui os currículos dos nossos convidados como nós tivemos os currículos dos anteriores e teremos dos próximos há muita conexão
com as universidades brasileiras especialmente com as Universidades públicas com o sistema de pesquisa então então é um trabalho que tem articulado uma produção de conhecimento ao mesmo tempo né que vem das experiências populares tradicionais comunitárias Com as experiências universitárias numa perspectiva crítica mas em diálogo acho que é importante também ressaltar que as Universidades são parceiras são interlocutoras às vezes assim as podem acontecer tensões e mediações eh enfim eh que tem um descenso isso é normal é importante que aconteçam mas eh eh é um passo fundamental inclusive agora vou introduzir a Suzi a nossa primeira convidada
que está trabalhando num projeto conosco na Unifesp no curso de história da arte no laboratório de mediação e curadoria nossos Estudantes estão trabalhando com o museu comunitário do Jardim vermelhão em Guarulhos fica próximo do nosso Campus de humanas da Unifesp tem sido uma parceria incrível nós vamos iniciar agora também uma ação de projeto de exão com bolsas para trabalhar com audiovisual junto com o museu comunitário do vermelhão bom a Suzi ela é Educadora historiadora museóloga gestora cultural tem pós-graduação em gestão cultural contemporânea eh pela Escola eú cultural Instituto singularidades em políticas culturais de base Comunitária
pela flaxo a Faculdade latino-americana de Ciências Sociais ela é mestre em museologia pelo programa eh de pós-graduação em museologia da USP e ela é bacharela e licenciada em história também pela la USP pela fef Leste ela atua como arte Educadora professora de história e museologia produtora e gestora cultural e realiza palestras coordena e acessóri execuções em ações formativas relacionadas à memória patrimônio cultural museologia processos técnicos museológicos né e eh sobretudo dedicadas às minorias silenciadas né minorias étnicas raciais sociais de gênero entre outras coordena o projeto cultural pimenteiros e Pimenteiras do vermelhão e o museu comunitário
do Jardim vermelhão ela é membra do Grupo Capoeira Brasil e da associação de amigos do patrimônio e arquivo histórico também um outro coletivo muito importante de Guarulhos a apa que também tem uma perspectiva de patrimônio de Colonial nessa que é a segunda maior cidade do estado de São Paulo ela também participa do Conselho de turismo de Guarulhos e é edido a mon Obá Olo tifon se eu falei errado você corri Suzi onde integra o comitê de tombamento e projetos e atualmente realiza eh assessorias e consultorias técnicas para instituições públicas e privadas nessa área em especial
com foco na museologia Comunitária muito bem-vinda Suzi e passo a palavra agora a você acho que Suzi travou não é isso deu uma travadinha Olá bom dia bom dia travou travou Obrigada pela apresentação vocês me ouvem bem Pedro tá dando umas folhadinhos Tá bom qualquer coisa me avise por favor quero agradecer aqui o convite agradecer essa apresentação foi extensa né mas é difícil de reduzir porque a gente faz muita coisa ao mesmo tempo tá em várias frentes Mas agradeço e é importante contemplar né esses vários processos eh nas nossas apresentações que não somos únicos né
Estamos envolvidos em muitas dinâmicas então agradeço Michel Caroline que estão aí no nos Bastidores e Cleiton Firmino Camila também com certeza vai ser um grande diálogo e o senhor né a você não sei Professor Pedro professor André e a todos da Unifesp que tem nesse último ano principalmente se aproximado né da gente e e realizado muitas parcerias aí né então estamos muito felizes com com esse processo que tá acontecendo eh então eu vou falar um pouquinho hoje do do museu comunitário de Jardim vermelhão da nossa trajetória aqui no no bairro Jardim vermelhão que fica na
na periferia de Guarulhos no distrito dos Pimentas eh a mais populosa de Guarulhos né mas também é que tem muitas carencias aí né muitas muitos déficits aí da da gestão pública então estamos da ponte para cá né onde as políticas cheg de forma meio torta por meio de favores né O que muitas vezes impacta nas comunidades nas dinâmicas internas e colocando lideranças em conflito Inclusive acho que é importante Trazer isso então quanto mais a gente for representado tiver presente eh institucionalmente mesmo nessas políticas públicas sem depender de valores de de favores né Eh acho que
a gente avança muito mais né no processo democrático então quero agradecer essa parceria aí de sempre com quem tá comprometido com essas causas eh então apresento aqui o museu comunitário a gente criou o museu oficialmente em 2021 eh por conta do de um trabalho que a gente já tava fazendo há alguns anos junto a alguns moradores e moradoras do bairro eu mudei para cá em 2012 mas frequento o bairro já desde seus primórdios na década de 90 né segunda metade da década de 90 início da década de 2000 porque meus alguns familiares vieram morar no
bairro então vinha sempre visitá-los com meu pai até que meu pai mudou para cá no início dos anos 2000 2000 2001 2002 por aí E então eu tinha essa relação com o bairro mas eh não nunca imaginei que eu fosse morar aqui né então morei já no na Vila Mariana no Jabaquara Ipiranga vários bairros aí do de São Paulo mas vir para cá foi um um grande Impacto Porque por mais que eu tenha morado né no Jabaquara no bairro periférico a gente tinha uma infra mínima né então Eh tinha escola próximo tinha posto de saúde
Hospital enfim né né as vias né tinham calçamento então algumas questões que a gente enfrentou na mudança pro vermelhão não enfrentava nesses lugares e um dia conversando com alguns moradores moradoras do bairro eh eu perguntei né O que que para eles precisaria melhorar ainda porque no meu ponto de vista vindo desses outros bairros ainda faltava muito pro bairro tá numa situação eh bacana assim né digna e aí foi uma grande surpresa quando eu recebi o retorno né dessas pessoas nesses diálogos de que do orgulho que elas tinham em em ter construído esse bairro em ter
colocado cada bloquete no chão em ter lutado se organizado se né junto com com criado Associação Comunitária para poder estruturar o que a gente tem hoje né então eu me senti muito envergonhado quando eu fiz essa essa pergunta porque para mim só viria assim o que a gente o que falta pra gente mas o que eu tive de volta é o quant que a gente conquistou então foi um grande Impacto queria eh contribuir para contar essa história na época Ainda era estudante de história mas a gente fez um encaminhou um projeto para um para um
edital de fomento para conseguir um um falar né A ideia era falar sobre a cultura local de origem nordestina e a gente imaginou que as pessoas quisessem falar sobre isso mas quando a gente começou a conversar com os moradores moradoras a gente percebeu que eles queriam falar dessa história mesmo da da estruturação do bairro da luta pela moradia e do quanto isso significava para elas então a gente mudou completamente o o foco do projeto para contemplar o que as pessoas queriam de fato falar compartilhar e sug gerou uma cera a gente fez um documentário uma
posição Itinerante E isso gerou um acervo que a gente imaginou na verdade eu como tava ali nesse momento pesquisando vários museus comunitários no Brasil todo na minha pesquisa de Mestrado inclusive muquifo Museu sankofa foram grandes referências para mim então eu queria trazer isso paraa minha comunidade também e a gente jogou lá no projeto Ah quem sabe né esse acervo que a gente vai coletar se torne o acervo inicial do museu comunitário mas não na verdade não tinha uma pretensão real eu imaginei assim Olha vou colocar vou jogar Pro universo né quem sabe dá certo e
aí em 2021 por conta da pandemia eu tava sem trabalho né alguns trabalhos que eu ia realizar foram cancelados então eu me reuni com algumas pessoas do bairro e resolvi encaminhar um projeto para primeira audir blanck e aí a gente foi contemplado nessa nesse edital do pro eh porque eu não queria iniciar esse processo também do museu comunitário sem fomento porque eu já já tinha percebido nessa pesquisa eh que eu fiz junto a outros museus comunitários quanto que era difícil também mobilizar as pessoas Então eu queria que tivesse algum incentivo eh alguma ajuda de custo
né para as pessoas que a gente fosse mobilizar na comunidade entendendo também que é tempo é trabalho é repertório que as pessoas pessoas iriam compartilhar com a gente então esse momento foi bem propício para que isso acontecesse a gente foi contemplado por esse edital do do proac eh proac Express edital em 2020 e demos o pontapé inicial ao projeto do do museu comunitário a partir desse acervo referencial do documentário né do do projeto revelando Guarulhos memórias do Jardim vermelhão esse a gente também tinha sido contemplado por um edital de fomento local né do do município
de Guarulhos do Fundo de ura então aqui eu trouxe até a logo do do lado da logo né um o mapinha né que a gente tem no processo do Jardim vermelhão para vocês terem uma ideia da da próprio formato do bairro que forma um v coincidentemente então nós somos um museu eh comunitário de território eh Nossa gestão é feita pelo projeto cultural pimenteiros e pimenteiros do vermelhão que é um projeto que a gente iniciou em 2012 embora a gente tenha desde que mudamos pro bairro a minha família né Eh participado de ações é junto em
parceria com a Associação Comunitária o ponto de cultura que existia na época a gente percebeu que para dar andamento a alguns projetos seria melhor a gente ter um pouco de autonomia Porque tudo que passava pela associação era muito burocrático demorava muito para resolver então a gente criou o projeto com esse intuito e Mas de lá para cá sempre tivemos parceria com a Associação Comunitária tanto que hoje acho que a equipe do Museu do projeto cultural é metade da da Diretoria da associação a gente foi pouco a pouco também eh sendo convidados a participar né dessa
diretoria E aí o museu ele foi criado para contar essas histórias de de luta de resistência ou como diz Manzana de persistência né que ela deu uma palestra belíssima com a gente né em parceria na há 15 dias atrás e falou Olha eu tô cansada de Resistir eu aboli essa palavra do meu dicionário agora eu digo que eu persisto e também pra gente eh demonstrar o quanto que existem muitos direitos negligenciados né Não só da moradia mas muitos outros e e valorizar também valorizar as memórias os patrimônios locais as pessoas né porque é muito bonita
a forma como as devolutivas que a gente tem né em razão desse Trabalho tanto do orgulho gerado de morar né das pessoas morarem aqui no bairro que foi né É E foi muito mais um bairro bastante estigmatizado aqui em Guarulhos Mas também de valorizar a si mesmo as suas memórias a sua sua família relembrar coisas que para elas já tinha né ido pro baú das memórias da família mas que não consideravam importante mas rever essas essas lembranças e ver que de fato eh são muito relevantes paraa história do nosso país como o professor Pedro trou
e eh a gente tá na na periferia de Guarulhos então Eh sentimos as mazelas todas que nos afetam né Não só a gente aqui mas vários lugares do Brasil e a maior parte dos moradores do do Jardim vermelhão vem do do Nordeste especialmente do Sul da Bahia em várias cidades ali né meu pai era da cidade de bir Taia mas tem vários moradores conforme a gente pesquisou eh fez entrevistas a gente percebeu que era um um lugar porque vem um traz o irmão o primo a avô o tio a tia então quando a gente percebeu
era uma grande família inclusive nesse processo de de pesquisa do museu eu e outros integrantes do bairro descobrimos muitos parentes que a gente não fazia noção primos de segundo terceiro grau então eu trago aqui algumas fotografias que a gente é a primeira é de uma visita que a gente fez junto com a apa né que tinha é uma foto belíssima com com esses dois garotos vendo o um jogo que tava ocorrendo aqui eh embaixo tem uma fotografia que foi publicada numa na imprensa local quando a gente realizou uma das primeiras visitas do museu ainda quando
tava com com o edital de fomento tava com jovens pesquisadores tivemos ao Tod do 16 jovens pesquisadores nesse primeiro momento do museu depois que acabou o fomento ficou mais difícil de manter e aqui um bairro atual né do do Google Maps de como o museu tá com destaque para pro nosso campo que é a nossa nosso ponto de encontro o lugar de de de muitas memórias e Nosso principal patrimônio né foi elencado elegido pelos nossos jovens pesquisadores Como Nosso principal patrimônio e aqui a equipe atual do museu né a gente costuma Trazer isso que eh
geralmente processos de museus comunitários não n pessoas não se iludam e achar que vai chegar no no no bairro e vai est toda a comunidade à disposição dela para recebê-las né que as pessoas vão parar suas vidas para receber os turistas e não né a gente tem uma equipe preparada treinada né a gente passa por vários processos formativos para receber o público para interagir com esses públicos Então nem sempre nas visitas tá todo mundo né a gente faz tem uma rotatividade grande então a equipe de seis meses atrás não era essa e a gente por
isso que a gente também tem cada vez mais nos dedicado a conseguir projetos com fomento porque a gente percebeu que com fomento a gente consegue manter minimamente uma equipe de forma mais permanente né Embora tenha as oscilações pessoas que entram e sabem mas a gente viu que é bem menor Fora as pessoas que sempre vêm nos procurar querendo fazer parte do projeto porque sabem que além de né de ter várias experiências bacana a pessoa tem algum algum tipo de ajuda de custo então aqui Tem Eu Gustavo Ágata Jú Soraia Fabrício Danilo Larissa André e Verônica
André e Verônica A Verônica é a nossa atual presidente da associação e André é o nosso ex-presidente então a gente pouco a pouco também foi aproximando essas pessoas do do projeto então aqui esse esse documentário né O folder que a gente fez pro documentário as pessoas que a gente entrevistou tá no YouTube revelando guarulh memórias do Jardim vermelhão para quem quiser ver aqui a gente mapa de Guarulhos aqui em cinza na cor cinza o distrito dos Pimentas e fizemos uma setinha no local mais ou menos onde fica o nosso bairro Jardim vermelhão a gente tá
próximo a São Miguel Paulista na zona leste de São Paulo e aqui do lado os espaços né que que receberam a exposição ela itiner por oito oito espaços culturais educativos aqui de Guarulhos então foi um projeto muito bacana também a gente entrevistou 14 moradores eh teve também um impacto muito grande aqui no bairro apresentamos já esse documentário em vários lugares aqui é o lançamento do documentário lá no na parte superior do nosso campo de futebol a gente fez ao ar livre Então tinham pessoas do bairro pessoas que vieram de Fora contemplar eh e aqui tava
um vento Danado esse dia então foi bem complicado a gente ficou bem feliz das pessoas terem assistido até o final e aqui do lado foi um time de futebol uns meninos de cerca de de 10 12 anos que a gente recebeu eh em uma dessas itinerâncias e que foi muito interessante a mediação que o Marco fez junto a esses essas crianças né e trazendo como que a organização Comunitária em prol de um objetivo se assemelhava a um time de futebol e em campo né como que cada pessoa do time tem a sua função a sua
importância e se tirar o atacante né não tem quem faça o Gol se tirar o goleiro né então cada pessoa é importante nesse processo de atuação coletiva Comunitária eh aqui eu trouxe algumas ações que a gente fez junto com os jovens pesquisadores aqui foi a o uma oficina de desenhos que a gente fez pedindo para eles trazerem memórias quando eles pensavam no vermelhão que vinha à mente Então a partir dessa dessa oficina a gente reuniu elementos paraa composição da nossa logo né para para essa nossa identidade aqui nossos jovens pesquisadores e Aqui foram as duas
Logos que a gente elaborou a partir dessas oficinas e a segunda foi a mais votada né Essa que a gente usa hoje ela a gente trouxe aqui alguns elementos que apareceram em vários desenhos eh que foi o Pipa eh o campo de futebol então reunindo aqui a gente forma um retângulo esse laranjinha é por conta da cor né do do Camp e a pipa a o balãozinho de festa junina festa junina também aparece bastante o VM né então a gente reuniu aqui e esses elementos porque o VM é o apelido carinhoso que o bairro ficou
conhecido principalmente depois dos bailes fun realizados aqui e a letra cursiva né também para trazer essa construção dessa história dessa memória pelos próprios moradores E aí aqui a gente tem algumas pesquisas que foram feitas junto aos moradores estão jovens pesquisadores saíam pelos bairros perguntando quem tava nosso maior acervo é o fotográfico né embora a gente tenha algumas eh indumentárias camisetas tem alguns acervos que a gente tá reunindo de outr de outras tipologia principalmente bibliográfico mas a gente o maior parte é fotográfico Então os jovens saíam pelo bairro perguntando quem tava nas fotos o que que
tava acontecendo ali qual era a data em qual local aqui é é a dona te dando uma entrevista aqui né ajudando a a Fernandinha a a preencher a ficha aqui com alguns dados eu trago folder né dessa exposição que foi intitulada senhoras e senhores do Jardim vermelhão que a gente elencou 12 temas para trabalhar esse foi o mais votado né que a ideia era que a primeira exposição do museu fosse em homenagem a essas pessoas que que lutaram que lutam para que a gente permaneça aqui nesse território mas que também conqu outros direitos e eu
trago aqui uma ficha catalográfica né que os jovens preencheram foi um processo muito importante assim para todos nós porque trouxe esse trabalho também né dos bastidores do museu né de catalogar identificar pessoas enfim que às vezes as pessoas visitam as exposições e não TM ideia né de que tudo isso acontece nos Bastidores então algumas dessas imagens aqui as Algumas crianças do bairro vendo eh um painel positivo então a gente traz o relato dos moradores sem interferência né que a gente fez o documentário a exposição a partir desses relatos a naara aqui mostrando pro pai dela
algumas das fotografias do do da primeira exposição aqui é o é o bambu que é um ex-presidente também visitando a exposição então muitas pessoas ficam emocionadas o André identificando algumas pessoas nas fotografias eu fazendo a mediação aqui com alguns visitantes de fora eu Verônica então aqui a gente eh já realizou duas Exposições né senhoras e senhores Jardim vermelhão e essa revelando Guarulhos memórias do Jardim vermelhão Então hoje a gente apresenta elas de forma meio mesclada e a gente também recebeu a exposição quem tem medo do escuro tradições culturais negras para além do racismo cotidiano que
foi feita pelo Gustavo que é um membro do do museu mas que também é fotógrafo E aí a gente difunde né os nossos patrimônios dessa forma mas também por meio da participação em alguns eventos algumas atividades então tem o documentário no YouTube Tem a participação no encontro Paulista de museus eh a participação semana de museus no do Museu da Língua Portuguesa museu da cidade de São Paulo a gente participou do programa mistura Paulista na na na TV Globo então isso deu uma grande repercussão pro nosso trabalho inclusive para pessoas aqui do bairro que não tinham
visto o documentário que tem uma hora e30 e nossa participação foi de 7 minutos então esse esse programa ajudou muito para as pessoas entenderem o que a gente faz porque às vezes alguns moradores vem a gente pelo bairro circulando e tem vergonha às vezes de perguntar o que a gente tá fazendo né os mais próximos perguntam vão lá né que tem quem tem acesso às redes sociais Verê mais o que tá acontecendo mas muita gente não não não sabe então acab acabaram descobrindo dessa forma mandaram né pelo WhatsApp para vários parentes de vários lugares do
Brasil aqui algumas visitas que a gente recebeu a nossa ida o Expo Favela Também que foi importante embora tenhamos muitas críticas ao evento mas foi importante porque a gente se conectou com muitas outras comunidades e trouxemos muitas ideias pra gente poder desenvolver aqui no museu então Eh aí a partir daí a gente também né foi elaborando outros projetos então algumas ações que a gente faz visitas mediadas agendadas programações culturais aí são esporádicas porque a gente não tem fomento então é quando é possível né dependendo da agenda da comunidade ou da agenda do Campo museal nessa
interlocução agora a gente tá com o projeto de história oral conte sua história né voltando a entrevistar moradores do bairro oficina de bordado oficina de horta urbana A gente vai começar o ano que vem mas já começamos processos né de diálogo de aprendizados e agora essas parcerias né com a disciplina laboratório de mediação eh e curadoria com com o curso de história da arte Don Unifesp projeto ampliando o mapa das Artes diálogo com coletivos culturais de Guarulhos eh também em parceria com a Unifesp e projeto Art fut com o Havana Futebol Clube é futebol e
Clube Popular eh tô finalizando já tá gente eh aqui só para trazer para vocês como que a gente se mantém hoje né Para Além desses editais de fomento a gente conseguiu esse 2020 que saiu em 2021 conseguimos felizmente Ficamos sabendo na última semana eh um um edital também pra gente poder desenvolver o ano que vem mas para Além disso essas palestras que a gente dá doações de alguns parceiros participação em projetos de de outras pessoas que às vezes a gente não é contemplado em algum edital mas outros parceiros são e nos chamam E aí tem
algum recurso visitas externas também de pessoas físicas geralmente né que a gente tem uma cobrança mínima assim de ingresso pra gente conseguir também incentivar as pessoas a participarem aqui internas e alguns parceiros né a própria Associação Comunitária grupo caper Brasil apa avana coletivo 308 Sesc Guarulhos a gente já fez algumas parcerias mais pontuais os céus né os centros de educação unificada aqui de Guarulhos arquivo histórico estamos até querendo construir um fundo lá né do das periferias de de do vermelhão escola ital cultural estaremos numa formação autof formativa agora virtual deles e né de várias instâncias
aqui da Unifesp e e a gente faz parte da rede SP de memória e museologia social também então Temos vários parceiros por conta dessa rede de estarmos né presente nessa rede então finalizando aqui né com algumas imagens de algumas visitas aqui a Semana Nacional de museus a gente participou esse ano é uma visita que a gente recebeu aqui que até o professor Pedro Arantes aqui à esquerda eh a gente visitou esse terreiro de candomble aqui nesse dia que foi a primeira vez que o Babá abriu pra gente então foi bem importante essa visita a gente
vai entrevistá-la agora em Janeiro e convidamos vocês todas todos todos para visitar o nosso Museu E então estão aqui os nossos contatos e agradeço novamente por essa oportunidade de partilhar Um tantinho da nossa história muito obrigado Suzi Ótimo vamos passar agora pro nosso próximo convidado o Cleiton Gomes da Silva o Cleiton gos ele é pernambucano mora em BH desde 2015 formado eh em letras ele é vice-diretor presidente da associação cultural moquifo que é o museu dos quilombos e favelas em beloriz onte é produtor cultural artista plástico e hipóginas pelo museu além de um projeto de
pesquisa também que é interessante que o mukifo também desenvolve pesquisa chamado negridade o projeto ele é idealizador de um projeto em Pernambuco né Pernambucano projeto arte para toda a vida já ministrou palestras no Museu Histórico de Frankfurt na Alemanha na pontifícia universidade javeriana de Bogotá na universit de nanc na França é integrante do comitê de salvaguarda do Largo do Rosário de Belo Horizonte e já recebeu alguns prêmios um prêmio muito importante prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade no ano passado do Instituto de patrimônio histórico e artístico nacional do ifan dos principais prêmios de patrimônio histórico
do Brasil e ele também recebeu um prêmio eh em homenagem ao Dia da Consciência Negra da Câmara Municipal de Belo Horizonte e a comenda especial como artista e prestador de serviços da cultura Pernambucana pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco muito bem-vindo Cleiton palavra é sua está sem o som Cleiton você ligar o teu microfone Bom dia a todas e todos antes de começar a minha fala eu acho que essa apresentação já resume o coletivo que eu sou eu nunca cheguei nesses lugares sozinho né quero pedir licença também à equipe do muquifo que nós fazemos
em torno de um coletivo cultural quero pedir licença também aos moradores do Morro do Papagaio que me acolheu o Morro do Papagaio me acolheu e é um momento muito importante na minha trajetória de vida profissional e pessoal eu cheguei no muquifo despretenciosamente para passar se meses e vou completar 10 anos em março de 2025 E cheguei com várias expectativas a convite do Padre Mauro tentando entender esse movimento que é um movimento social de luta um movimento estudantil um movimento de algumas lideranças que chegaram antes oif surge a partir de alguns movimentos eh comunitários e eu
fui tentando entender e encaixar o muquifo em algumas perspectivas eh diante da minha trajetória de vida e profissional saindo lá do Recife na na perspectiva de encontrar um museu que me trouxesse respostas e esse convite foi inusitado porque o Padre Mauro eh que é o fundador do kifo criou uma perspectiva museal diferente de tudo que a gente já tinha percebido No Brasil quando a gente fala de museologia social a gente fala de uma de uma pegada muito eh sem tradução ainda quando a gente fala da museologia social Existem várias museologia sociais e ele me convidou
para criar um projeto incrível que é o ar fresco a igreja das santas pretas que fica no anexo do mifo a atual sede do muquifo fica ao lado de uma igreja católica e carinhosamente eu falo que essa igreja católica fica dentro de uma cozinha Comunitária e o Padre Mauro me convidou para pintar as histórias de 14 mulheres líderes né do Morro do Papagaio nessa igreja e eu me surpreendo muito com cada perspectiva do muquifo ao chegar na igreja eu descobri que é uma igreja dentro de uma cozinha e não na perspectiva de uma cozinha dentro
da igreja porque a história do muquifo nesse momento atual tem como referência essa cozinha Comunitária que existe desde a década de 80 com várias atividades para além da culinária é um local de acolhimento um local de existência quando a gente fala de resistência a gente já tá deixando esse espaço né político para falar sobre existência é um local de memória é um local de Cultura um local de arte e é um local de fé e aí Por incrível que pareça a gente vai na Perspectiva e na demanda do Padre Mauro esse projeto Inicial teve como
base as histórias dessas 14 mulheres mas a gente vai entendendo que as histórias dessas 14 mulheres é um espelhamento de tanta tantas outras histórias de milhares de mulheres não só no Morro do Papagaio mas por todas as periferias do Brasil e até pelo mundo e nesse encontro com essas mulheres a gente vai se envolvendo e entendendo que essa cozinha Comunitária esse movimento social era só uma parcela era só um pedaço desse momento eh diante de tantas outras ações a gente percebe que elas não estão isoladas e elas se confluem e se completam e eu fui
entendendo esse espaço e f ficando cada vez mais apaixonado tanto é que quando a gente se apaixona por muquifo a gente cria uma categoria que se chama mifir automaticamente eu me tornei moqu feiro me engajei com algumas ações e nesse processo a gente vai entendendo que a museologia praticada dentro daquele espaço é uma museologia viva mas também pode ser considerada a museologia do afeto uma museologia social uma museologia sem Fronteiras quando a gente fala de museologia né de fronteiras a gente fala sem fronteiras a prova é que chegou esse Pernambucano para recontar para revisitar essas
histórias e o encantamento que me trouxe né em torno das histórias e memórias do muquifo é justamente esse espelhamento de tant tantas outras histórias que eu trago na minha bagagem de vida e aí no momento que eu assumo essa responsabilidade eu assumo também eh eh o respeito para que essa comunidade necessitava quando a gente fala de Museu a gente fala de um espaço ainda inatingível paraas populações mais carentes As populações mais periféricas acessar espaços museais ainda hoje no Brasil é meio complexo e acessar espaço museal tentando encontrar esse protagonismo que geralmente é apagado silenciado e
excluído das suas e que não representam eh com muita autenticidade e respeito às populações originárias brasileiras a gente vai entendendo que o mukifo abre essas portas né derruba essas paredes e traz esse diálogo a prova é quando eu chego e começo a interagir com os visitantes nessa nova sede nos dois primeiros anos o mif funcionava em um outro endereço e por algumas necessidades ele foi transferido para prédio ao lado que antes era um barracão bem simples depois se tornou uma igreja de verdade que era o sonho dessas mulheres que se reuniam nesse Barracão a partir
dos anos 80 e no processo da obra da pintura a gente vai conectando todas essas histórias eu gostaria de deixar essa essa foto aí parada um pouquinho para que a gente Entenda esse processo E aí com a chegada do muquifo nessa nova sede coincide com o processo né do ar fresco que conta as histórias dessas 14 mulheres e aí a gente vai conectando essas histórias ao dia a dia do moquifo eu fui me integrando com os projetos Fui acolhido pelo coletivo que tava se formando fui acolhido pela comunidade morei um ano e meio no Morro
do Papagaio que é uma comunidade que fica na região Centro Sul de Belo Horizonte e descubro que esse espaço um espaço de provocação a gente entende o muquifo como espaço museal Mas esse espaço museal se abre em leque para outras possibilidades tanto é que na Fundação do coletivo a gente se né se reconhece como um coletivo cultural mas também um ponto de cultura e um ponto de memória e aí o que fazer com essas histórias que eu estava acessando eu tentei organizar tudo isso is nas nas pinturas tentei fazer essa adaptação essa contação de histórias
a partir do projeto do Padre Mauro que retrata o dia a dia da comunidade eh dentro de uma parede dentro das paredes de uma igreja católica e aí eu descubro o processo né dificultoso que é conciliar essas protagonistas esse protagonismo em um local que é público mas ao mesmo tempo que é privado e aí a gente começa a entender né Essa museologia a partir da comunidade essa união entre a comunidade os visitantes e a proposta do mukifo vai dando certo na medida em que a gente entende o acero a gente entende as questões sociais o
direito ao pertencimento à cidade questionamento da própria cidade né história da cidade de Belo Horizonte que começa a partir do Arraial do Curral Del Rei que é um Vilarejo extinto foi demolido paraa construção da Nova Capital e entendendo que a comunidade acessa esses espaços dentro do muquifo trazendo as suas referências através das coleções dos objetos e o impactante também é saber que o Padre Mauro não convoca uma coleção não convoca objetos eh essa chegada é muito voluntária os moradores trazem as suas referências e memórias a partir das suas vivências e entendendo também que essa museologia
não é uma museologia que a gente consegue encaixar numa caixinha E aí a gente percebe que o processo do muquifo como são todos os outros processos né da museologia social cada Museu tem uma identidade tem um DNA tem um processo muito semelhante mas também muito distinto né Cada processo é distinto cada processo surge eh de várias perspectivas e o muquifo surge a partir de três movimentos sociais que são bem importantes O primeiro é a caminhada pela paz em 2000 esse grupo de mulheres propõe um protesto uma caminhada uma passeata para substituir a procissão de Nossa
Senhora Aparecida no dia 12 de outubro e através desses movimentos surgiram as necessidades de outras interações de outras eh interlocuções com outras lideranças do Morro dentre essas lideranças estão pessoas voltadas a dois outros movimentos chamados Memorial do Quilombo e quilombo do Papagaio movimentos estudantis movimentos eh que dialogavam com a cidade né para fora da comunidade com o direito à moradia e o pertencimento e o resgate da própria história que foi apagado né que foi esse essa referência foi apagada soterrada e silenciada por quase 150 anos esse movimento começa a partir né da existência da Nova
Capital mas a gente sabe que nesse período de transição muitas outras histórias das populações originárias foram deixadas literalmente soterradas debaixo dos asfaltos da cidade de Belo Horizonte e aí através do Memorial do Quilombo e quilombo do Papagaio o muquifo surge como esse espaço de memória e espaço museal que coleciona essas eh essas histórias vindas da própria comunidade e a gente brinca tambémé dizendo que o muquifo tem em sua reserva técnica a própria comunidade a gente fala que sai um pouco dessa caixinha dessa museologia tradicional e a gente traz também nessa perspectiva falando que a comunidade
é ativa a comunidade forma o dia a dia do moquito nessa foto nós temos a Lurdinha que faz parte do nosso coletivo que tem aco nas coleções moradora do Morro do Papagaio há mais de 30 anos e ela faz parte do nosso educativo também ela recebe uma boa parte né dos grupos que chegam para contar a própria história e eu penso que o muquifo faz essa mediação acontecer a partir dos interlocutores desses protagonistas nós não representamos nem falamos por ninguém Nós criamos essa mediação para que essa comunidade fale por ela mesmo e aí o mukifo
vai trazendo né essa relação de afeto essa relação mais próxima e humanizada Eu acho que o muquifo nos dá essa liberdade né de sair do protocolo de quebrar todos os protocolos e e entender essa museologia a partir da comunidade eu vamos passar paraa próxima pra próxima página por favor E aí os objetos que a gente tem nas coleções são os objetos biográficos que trazem né em suas memórias alguns questionamentos sobre a sociedade que que cria em torno da museologia essa perspectiva né de entender os objetos como importantes e valiosos E aí a gente questiona o
público que chega a gente questiona a própria comunidade né os moradores para dizer que esses objetos em certo momento eles trazem né essa essa essa importância né essa força que representa essa memória viva são três objetos bem importantes né como a gente entende eh nessa nessa provocação a gente fala das relações entre os moradores os objetos e os visitantes o burrinho de carga é muito muito emblemático é um objeto que foi dado para um garoto de 8 anos que trabalhava como carregador de fretes na casa de um família Então temos as bonecas que representam uma
dessas homenageadas que é a dona Generosa ela teve o Ofício de bonequeira durante muito tempo da sua vida e ela deixa de herança esse patrimônio muito circundado de afeto de resistência essa lâmpada mágica tem uma função de acolher e reencontrar quatro irmãos que foram separados pela vida são quatro crianças que agora se tornaram adultos e essa lâmpada mágica é uma história que a gente pretende contar e mostrar para todos os quatro cantos do mundo com a esperança de reunir esses quatro irmãos Então muquifo tem um detalhe muito diferente nele que é ess esse ativismo essa
função de mediador né como como espaço onde todos Podem trazer suas memórias e suas demandas para um espaço museal acreditamos também que um espaço museal assume várias funções para além da museologia então entender o muquifo é um processo lento não é à toa que eu estou há quase 10 anos tentando né decifrar Qual é a museologia que a gente desenvolve e eu espero que a gente não consiga nunca enquadrar o muquifo num num determinado né padrão Ou numa determinada teoria porque a função do muquifo é essa né A provocação em torno dos objetos e entender
tudo na Perspectiva política e aí a gente vem nesse dia a dia recebendo acolhendo outros objetos sem que a gente vá nesse processo né de busca de garimpagem e os os objetos vão chegando vamos pra próxima tela por favor quando a gente fala desse protagonismo a gente fala de uma das coleções eh principais do mifo que é a coleção mundo da dona Januária a dona januara é essa senhora de blusa branca recebendo alguns grupos ela atualmente né deve ter uns 104 105 anos e aos 93 anos a dona januar entrou pela primeira vez em um
museu ela visitou um museu no interior de Minas Gerais e ela descobriu aos 93 anos que museu é um lugar para guardar objetos e histórias importantes e ela trouxe objetos que ela colecionou a vida inteira que estão em sua família H gerações e solicitou que a gente montasse uma exposição para guardar esses objetos e aí o mundo da Januária é um dos primeiros artigos produzidos dentro do mukifo a gente sabe que a dificuldade né de de trazer algumas interpretações para esses espaços esses objetos e essas coleções é muito difícil mas a gente consegue entender também
que o muquifo eh Traz esse movimento né Traz essa perspectiva em torno das suas coleções então o mundo da Januária é um dos primeiros artigos produzidos a partir das coleções no muquifo a Lurdinha ao lado recebendo mais um grupo nessa imagem ela tá vestida de vermelho lá no fundo e a gente entende o espaço do muquifo como esse espaço de mediação n esse espaço de interação e de provocação podemos passar pra próxima e falando sobre educativo né Falando sobre as dificuldades que a gente enfrenta antes era de quebrar né esse esse tabu de superar todo
esse distanciamento entre os visitantes e os espaços museais o o mukifo ainda é visto como um espaço muito exótico muito desconstruído né pela própria palavra ele traz essa essa interpretação de um espaço que foge a todas as regras né tradicionais e aí como um espaço educativo a gente faz algumas interações eh eu vi algumas falas antes da minha né mostrando a dificuldade que é de o museu social acessar né esses financiamentos essas leis né esses essas verbas que a gente n tem dificuldade de acessar Porque elas estão em outros meios né Elas estão em outras
esferas e em vários eh aspectos da nossa cultura e aí o mifo tem algumas parcerias que dão certo principalmente com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte através da secretaria de educação o muquifo abre as portas para um projeto chamado circuito de museus e a gente faz parte desse roteiro E aí quando a gente encontra né as as visitas eh interagindo com acero reconhecendo a própria história Descobrindo a história local a gente vai entendendo que o muquifo também se educa né o se prepara enquanto instituição e aprende a cada dia com visitante eu sempre aposto nas
nas próximas gerações eu falo que as perspectivas do muquifo não é só manter a memória né e contar história que já passou mas é entender também as histórias futuras né que estão sendo formadas a partir do muquifo e de tantos outros museus sociais museus de periferias de territórios eh não só em Belo Horizonte mas em Minas Gerais E aí é gratificante entender que o muquifo assume né essa esse pioneirismo dentro da Capital em Belo Horizonte e que traz né outras representatividades outros grupos para o nosso núcleo para o nosso dia a dia vamos passar mais
uma cena por favor e aí quando a gente fala né desse grupo de mulheres a gente fala dessas referências de territórios a gente fala do espaço da memória do pertencimento da resistência e da existência o muquifo hoje eh traz não só a própria história como referência mas se aprofunda na história né dos moradores das periferias e comunidades em torno da cidade de Belo Horizonte a partir de uma fulão planejada né quando a comissão Construtora chegou para construir a Nova Capital demandou uma lei de expulsão que colocou a população originária Negra e indígena para fora de
uma avenida bem conhecida que dá a volta pela capital que é a Avenida do Contorno Então essa avenida do contorno separa Essa sociedade separa a história separa as referências e o muquifo se ATR adentrar nessas histórias sem pedir licença eh pelo pela coragem do Padre Mauro e de alguns moradores que se envolvem em algumas lutas eh sociais em alguns desafios o muquifo vai escavando vai derrubando né a a a própria história que é contada eh por uma só versão E aí em torno dessa Gameleira em torno dessa desse espaço que hoje é um espaço religioso
em torno dessa cozinha e dessa comunidade a gente vai revelando e vai desenterrando literalmente as histórias deixadas no passado e eu acho que o muquifo a partir dos seus espaços ele assume assume essas ações eh e a dificuldade da gente entender um espaço museal que traga esse diálogo né dentro da perspectiva que a gente encontra no Brasil a gente vai se motivando cada vez mais a preparar o muquifo Né o muquifo do amanhã e aí a gente mostra a comunidade assumindo o espaço a partir daquela cozinha comunitária A partir desse espaço religioso católico mas que
não tem um vinculo com a Arquidiocese de Belo Horizonte enquanto Museu Arquidiocese de Belo Horizonte eh proprietária do do imóvel nós estamos incomodados né então Isso demonstra a dificuldade né dessa relação com a museologia social em Belo Horizonte questões institucionais ainda são fortes eu não sei se a minha fala tá tá bem adequada para a proposta mas a gente encontra esses momentos para mostrar as conquistas e as dificuldades e aí o mif se torna esse espaço de conu v pedir para você ir concluindo por favor e se torna esse espaço de confluência né espaço de
de mediação e outras eh e outros grupos vão chegando para várias atividades a gente pode passar mais uma cena a cena né essa cena é uma cena importante eu gostaria de parar um pouco na próxima cena que é a cena que tem a foto com o Papa Francisco o projeto Negri cdade surge né em torno das ações do muquifo nós temos um momento muito marcante nós temos em Belo Horizonte em Minas Gerais uma rainha que é é Isabel cemira em 2022 a nossa rainha enviou uma carta pro Papa Francisco né contando a trajetória da população
negra em Belo Horizonte a partir do Curral Del Rei falando do apagamento do soterramento da expulsão que aconteceu a partir de 1923 com uma lei criada pelo primeiro arcebispo da cidade de Belo Horizonte expulsando a população negra das igrejas E literalmente da cidade construída E aí a partir dessa carta o projeto negridade né surge como um espaço de pesquisa de memória e uma investigação arqueológica em torno do Largo do Rosário que foi eh uma comunidade né um grupo religioso abandonado esquecido Embaixo de uma das principais ruas avenidas de Belo Horizonte que é avena a Rua
da Bahia então nessas investigações a gente descobre o Largo do Rosário um cemitério soterrado e provavelmente culturas com corpos abandonados embaixo do asfalto o projeto Negre cidade provoca né a sociedade para para esse entendimento né da memória da história local e trazendo mesmo para esse diálogo os protagonistas que foram silenciados e apagados ao longo da história nós podemos passar também para próxima pedindo para você ir encerrando Cleiton por favor e a e a cena né para ir ser a Santíssima senhora louvada representa uma das 14 mulheres que é a Dona Marta que liga a história
do Curral Del Rei a história dessas 14 mulheres e a história do Morro do Papagaio essa cena representa né tantas outras mulheres que são apagadas esquecidas silenciadas dos nossos espaços culturais essa cena faz parte né da da obra a igreja das santas pretas e eu falo um pouco disso pra gente abrir mais né perspectiva Esse é o Padre Mauro trazendo novas perspectivas pro futuro em algumas relações institucionais e aí no próximo dia 12 na próxima quarta-feira a gente completa 12 anos muito obrigado gente pela atenção a gente se alongou um pouco mas as histórias do
muquifo são essas e eu trouxe só um resquício né só um retraço desses Muito obrigado incríveis Anes né sobretudo essa descoberta eh que o Negri cdade fez agora recentemente importantíssimo trabalho bom passamos agora para o Rio de Janeiro com o Firmino e firmino ele é graduado em Geografia pela Federal Fluminense ele é mestre o Mestrando no programa de pós--graduação em memória social da Unirio candomblecista membro da rede de favela sustentável desde 2022 cofundador e atuante da rede de museologia social do Rio também desde 2013 cofundador e coordenador do coletivo Museu San cof memória e história
da favela da Rocinha desde 2008 ele é cofundador e articulador do pon de Cultura centro Lúcio da Rocinho junto ao fórum dos pontos de cultura do Rio de Janeiro ele também é membro da ONG profec desde 14 a profec é um centro ecumênico de formação e educação Comunitária eh em direitos humanos e fundado por jovens das Comunidades eclesiais de base então muito bem-vindo Fermino passamos a palavra a Bom dia licença aos mais novos aos mais velhos Vamos fazer uma rápida descrição sou negro cabelo cortado baixinho tô usando minhas guias dos meus orixa o chó Gum
e gungun com a camisa do museu né estino inteligente tem memória e história eh bom agradecer a presença né nesse momento desse curso importantíssimo parabenizar as falas interessant porque ela comunga no é com que a gente desenvolve no museu são CFA memora história da favela da racinha eh Prim esquecendo também né de iia apresentar que eu também faço parte de outro de outro grupo que é o Instituto águas na manhã que é a primeira cozinha nesse momento de terreiro não é gestora junto ao Ministério Desenvolvimento Social vem trabalhando com a questão da soberania alimentar com
13 cozinhas no estado do Rio de Janeiro então isso também é importante trazer porque a gente tá falando de direitos né eh e aí as falas né que se antecederam a meu ouv né comunga Muito com que a gente do san cofa né que nós somos um coletivo né e eu trago aí um pouquinho essas né declarações de direitos né universais sobre o direito a nós mesmos não é é o direito a uma economia a cultura a saúde a nos manifestarmos eu trago isso porque parece que nós não temos nesses direitos e eu gosto muito
de fazer provocações da seguinte questão Brasil fo um país que lamentavelmente ele foi construído pela política da branquitude para eles mesmos permanecerem no poder e não consideraram aqueles que já estavam aqui quase exterminaram que são os pobres originários e os nossos né antepassados que quase também ex terminaram Mas eles esqueceram né de de de achar que nós iríamos ser exterminados né e nós não somos incluídos nesse processo Então a nossa luta sempre vai ser por direitos que sempre nos foi negados e em direção também aos diversos apagamentos que a história oficial faz conosco então eu
entendo cada vez mais a luta não é e os desafios que nós temos pela frente no momento que nós estamos numa discussão de narrativas e direitos né de fatos nesse sentido e aí o museu sanc memó história ele é fruto não é pode passar por favor né Ele é fruto eh de todo um um um trabalho não é que já vinha acontecendo anteriormente eu gosto de trazer esse trabalho porque eu falo que nós não estamos começando nada de novo não é esse é um livro varal de lembranças não é que ele é do década de
80 final de 70 80 ele foi produzido numa instituição a qual eu trabalhei durante 13 anos aspas ação social pancheta uma das mais antigas aqui da favela da Rocinha noentanto que eu eu quis mostrar um pouco para vocês né uma uma imagem aqui da onde eu estou um pouco da racinha não sei se deu para vocês observarem para entender a dinâmica né E a e adensamento populacional dessa favela essa esse livro que eu chamo de uma coletânea coletiva né que foi um inventário participativo coletivo através da Professora Lídia segala de alfabetização jovens adultos na década
de 80 que gerou esse projeto a partir das pesquisas feito com esses alunos de alfabetização de jovens adultos no período da da ditadura militar tá E é um livro que conta sete tempos Então você tem sete tempos aí você tem um tempo né da chegada na Rocinha você tem um tempo do barracões cobertos de papelões zinco Você tem o tempo dos políticos Você tem o tempo das enchentes Você tem o tempo das remoções tempo dos mutirões e o tempo de hoje em dia não é então a gente sempre fala eu gosto trazer nós não estamos
começando nada de novo porque o nome sankofa já traz justamente isso para quem não sabe é uma palavra de de de de acam não é de origem não é da África e que faz parte do adinkra adinar é um conjunto de escritas né que é muito utilizado na costa no oeste da África né pelo povo de acam e tem dentro desse desses escritas tem um um símbolo que é San coffre que tem a simbologia desse pássaro mítico com a cabeça para trás os pés para frente e uma das traduções né tem algumas outras traduções Mas
a gente sempre usa se nós queremos construir o presente futuro nós temos que olhar o passado mas não como saudosismo com pena mas assim o que que deu certo o que que deu errado onde né ficou as falhas e como é que a gente pode melhorar daqui para frente então eu gosto de trazer isso e falar do varal de lembrança Porque nós não estamos começando nada de novo De alguém que já esteve no no coletivo de um grupo né assim como a professora lí segala que é uma das fundadoras junto ao museu conosco não é
a Tânia Regina e não está mais entre nós não é an de Oliveira que era o presidente na época da associação de moradores pode ir passando por favor e a gente eh né Traz essa questão no museu mas antes de ser o museu nessa instituição que eu falei que eu trabalhei durante 13 anos as nós nos tornamos ponto de cultura centro de cultura e educação lúdica da Rocinha no 2004 no primeiro edital ainda né da gestão do Gil e a nossa intenção ali naquele momento já trabalhávamos com o resgat de brincadeiras e cantigas junto às
instituições educacionais da Rocinha né porque é uma creche né com outras atividades então nós trabalhávamos esse Resgate isso colaborou para esse momento né depois em 2007 quando nós realizamos aí o primeiro fórum cultural da Rocinha né organizado pel Aurélio mesquit um teólogo daqu da racinha é um projeto muito interessante nãoé que é o eh esqueci o nome agora do projeto eh depois daqui a pouco eu lembro né Via Sacra da Rocinha não é que uma atividade cultural acontecendo nas ruas e becos da favela né com mais de 5000 pessoas Ass distino não é trazendo uma
vha saca mais eh provocante uma discussão de uma realidade naquele momento não é e ele organizei esse fórum para com o seguinte objetivo vamos Sanear a cabeça dos moradores da favela da renha com arte com cultura e dentro dessas discussões né Nós temos aí né não sei se dá para vocês verem um pouquinho né temos um dos também infelizmente já fez a passagem conosco que era o arquiteto nosso Mauro dos Guaranis né ao lado tá o Edu gente parceiro eu estou ali em cima do lado também da Maria Helena que é outra fundadora do museu
nós fizemos muita discussões e debates junto com a autoridade naquele momento que era o secretário de cultura do Estado luí Paulo Conde havia sido eh vice-governador do estado na gestão anterior pode passar e essas discussões não é gerou um documento um esse dentro desse documento po isso sair sa essas diretrizes não é algumas diretrizes não é dentro dessas diretrizes falava-se de poesia falava-se do bairro Rocinha que o Rocinha é considerado um bairro desde 19 93 não é decretado porém a nossa discussão é justamente que bairro é esse que necessidades são essas que são muitas e
diversas pode ir passando e aí uma das diretrizes não é que esse tentou tirar do Papel foi justamente esse aí não é a construção de um museu e nós achávamos que o governo do estado iria colaborar mas na verdade não foi isso que aconteceu não é e o coletivo assim ó se nós conseguirmos tirar né Esse museu do Papel né já é um grande avanço não é até porque eh já vios de uma discussão das memórias histórias a partir do livro varor de lembrança a partir de outras iniciativas que não foram bem sucedidas né Por
diversas questões e Nós demos a continuidade não é a partir do fórum não é de como tirarmos do Papel Esse museu e a partir de 2009 pode ir passar por favor 2009 nós né Tem uma foto né da favela da racinha nessa imagem né que eu quis trazer um pouquinho para vocês n nós estamos falando desse aglomerado a né considerado agora né de novo né recebeu o título de maior do Brasil ou da América Latina mas ISO não muda muito as condições socioeconômicas né que nós vivemos né as mazelas desse descaso nossos des governos podemos
dizer assim e o museu ele trata essas questões ele não busca fugir dessa realidade nós queremos falar de direitos nós queremos falar das nossas histórias nossas narrativas nossos fatos né e a gente trabalha nessa perspectiva de fazer com que eh As Memórias histórias elas sejam relatadas E aí eu sempre trago não é que a a Rocinha né tem a suas memórias histórias entre becos e janelas portas e janelas da Verdade que é justamente onde mora Quem as pessoas são as os moradores que têm as suas memórias histórias suas diversas formas nós não trabalhamos com a
verdade nós trabalhamos com as narrativa de cada moradores né porque nós não estamos para dizer se é certo ou se é errado nós queremos é fazer justamente fazer valer as suas memórias suas histórias de uma forma coletiva né então dá para vocês imaginarem né o o o o desafio não é aí vocês podem perguntar mas quantos mil moradores ten rinha nós trabalhamos com mais de 150.000 moradores apesar do ibg ter falado que é 67.000 então nós estamos sempre trabalhando com muito mais em função de um conjunto de dados né alguns dados que nós temos né
que isso traz outros conflitos também em relação a investimento público na área da saúde de educação né saneamento básico também pode passar por favor eh e a Rocinha não é nesse projeto que antes de pensarmos o nome né surgiu vários nomes n Museu pró né da Rocinha e foram discussões e debates muito acalorados não é e eu tinha recebido na época uma coleção do abidia do Nascimento não é que é o tots e eu sugeri aos né membros né do do coletivo a proposta do nome san cofa nãoé que era Justamente a gente debater discutir
a importância de um nome mas que fizesse sentido com a luta dos moradores né Que ocuparam a Favela da Rocinha porque tem mais de 100 anos esse processo de ocupação das diversas formas possíveis não é e é e o mais interessante que as pessoas Ah mas quem é o primeiro morador da FAB R fala que são os pobres originários a pessoa são os povos originários São donos dessas ternas e a gente não pode cometer os mesmos equívocos não é equívoco não né que a política do do do do do esquecimento do apagamento daqueles que já
eram donos dessas terras então eu gosto de fazer essa provocação e trazer pra gente refletir que país é esse que se tornou a partir do processo de apagamento pode ir passando por favor eh bom aqui eh nós temos nossa primeira atividade que foi o nosso primeiro chá de museu em 2010 nós realizamos ele no espaço público né em cima tá equipe não é desse coletivo que foi construindo o museu ao longo desses anos não é aí nós temos infelizmente do Ronaldo né à direita de vocês né que é o nosso grande parceiro não é embaixo
nós temos Zé Martins aí o Ronaldo e essa senhora que eu não tô me lembrando o nome dela também foi o chá de Museu o chá de Museu uma atividade que nós resolvemos realizar para dar essa voz aos moradores antigos Contando um pouco das suas múltiplas vivências e desafio dentro dessa favela e foi um encontro muito rico porque nós reunimos várias atividades culturais e fizemos uma mini exposição do que nós tínhamos em mãos naquele momento né Isso já foi e e o mais interessante que ao mesmo tempo que nós realizamos essa atividade no muf né
museu de favela e periferia né que é no morro do Cantagalo Pavão Pavãozinho eles na parte da manhã realizaram deles e depois eles foram pro nosso Nossa atividade né então ao mesmo tempo que eles realizaram Eles foram participar da nossa atividade então assim já dava para entender o quanto que nós já começávamos no processo de construção de uma rede e de troca pode passar por favor eh aqui já não é tentei fazer uma breve linha do tempo não é das nossas ações 2010 2013 não é eh já é uma conferência né na Cidade do Rio
de Janeiro do Minon né O professor já disse aí né o mestre né Glauco já falou né sobre essa realidade né da museologia social e a gente através do minom a gente veio trazendo essas discussões não é E aí foi no Museu da República não é uma atividade riquíssima importantíssimo e nós tivemos também uma atividade no Cantagalo Pavão Pavãozinho no UF essa foto do lado não é que vocês estão vendo não estou de costa aqui ainda estou usando meus Dred foi em Brasília e nós tivemos no ibran fazendo uma grande discussão de políticas públicas de
valorização das narrativas da nova museologia social a partir dos pontos de memória da importância dos pontos de memória que foi um edital pelo ibran que nós ajudamos a construir não é e que hoje infelizmente parece que vem tendo nenum certo descaso não é então o museu também se proponha a a trazer as memórias história também fazer essa reflexão da construção de políticas públicas de uma maneira que seja pro conjunto da sociedade não é então nós estamos sempre trabalhando em rede nãoé não negarmos a nossa participação ao contrário nós queremos sim estarmos nessa discussão fazer com
que a política museal né política essa que aproxime da realidade do nosso povo que somos nós que fizemos sempre a história desse país pode passar por favor e E aí não é é uma das atividades que nós fizemos em em parceria não é com o Instituto Moreira Sales Não é que é o memória Rocinha é um site esse site né já está no ata dentro do da nossa plataforma também né no museu San CFA que nós pegamos seis imagens do Instituto Moreira Sat que tem um belíssimo acervo sobre a cidade do Rio de Janeiro Acho
que até da América Latina também que tem uma referência a Rocinha nós fizemos uma brincadeira então nós temos imagens né da Rocinha né antes de se tornar um processo de familiarização de 1800 e 95 não é ainda nesse processo né da esc da economia escravocrata né então a gente traz para não cair no esquecimento não é então a gente faz um pouco esse esse recorte né nesse nesse site né que é justamente pra gente não esquecermos parece que as pessoas não mas a facinha é só de 30 não ela é bem anterior a isso não
é no tanto que o nome da localidade era Fazenda Rocinha né que depois foi sendo ocupada foram sendo loteado e foram sendo vendido para quem para quem tinha dinheiro só que esse processo de ocupação da venda dos lotes não é isso aí já em 1920 não é eh 1920 né foi sendo ocupado de uma de outra forma to aqueles que trabalhavam na Gávia né que a Gávia né é um era era um bairro extremamente numa grande população negra assim como no alto Leblon né um bairro de classe média alta mais caro da cidade do Rio
de Janeiro talvez do Brasil era um quilombo Quilombo das Camélias Então tinha uma presença muito grande da população negra nesse bairro nessas localidades que lamentavelmente não é nós temos uma Eh vamos dizer assim um processo de urbanização que nos exclui que nos Nega esse direito de estarmos desses lugares não é pode passar por favor e assim a gente vem trabalhando nessa perspectiva aqui já pós a pandemia né que nós tivemos fez um um pulo aí mas primeira reunião no muf da rede museologia social né do Estado do Rio de Janeiro né que é uma rede
muito potente que hoje nós temos no total aí acho que 35 a 40 iniciativas no estado do Rio né muitas outras para est sendo incluída né brevemente agora no dia 23 nós estaremos no muf fazendo o nosso penúltimo encontro e o último Tá previsto acontecer aqui na favela da Rocinha conosco pode passar por favor bom eh essa atividade aí né só trazendo foi no período da pandemia né Rocinha pela vida e o interessante o que apresentarmos não é nós fos selecionado no edital em parceria com CPE que é né que é o centro de de
criação e imagem não é que nós temos não é grande parceiro nosso não é e nós resolvemos falar de um período a qual a Rocinha não tinha unidade de saúde e era um período militar e era o surgimento do SUS década de 80 e a população se mobilizava através de mutirões para fazer um processo de vacina e aí nós fazíamos trazendo esse comparação no período militar onde existia toda uma preocupação com a ciência com academia de produzir conhecimento e produzir alternativa para as mazelas das doenças que era o sarampo paralisia infantil e outras mais e
trazendo pros Dias naquele momento né que não vale nem a pena falar muito né que era do coiso que negava tudo isso então fazer esse paralelo através da memória história de luta de um momento né de ter aquele direito de ser vacinado e o outro no momento que se negava as pessoas a serem vacinadas não é então nós trabalhamos nesse período do Rocinha pela vida trazendo aquele momento da década de 80 para o momento do 20 né que foi o momento da pandemia pode passando eh e aí nesse né nós tivemos aí nesse processo que
foram vários grupos da Rocinha contemplado nesse edital que foi da focuz não é nós tivemos estamos junto Instituto nós fizemos uma atividade coletiva de colagem de cartazes chamando atenção e aí nós temos a entrada da nossa primeira unidade de saúde em baixo não é que é o Albert sa que é que veio desse período dos mutirões de limpeza das valas todo de um trabalho coletivo não é nós fizemos uma ações né de forma eh a preservar a vida né ao mesmo tempo falando das memórias histórias e o Albert sa ele tem 33 anos né que
foi uma conquista dos moradores então nós estamos falando de memória história nós estamos falando de Direito de conquista que sempre nos foi negados nesse sentido pode passar eh bom aqui já ainda pós no período de pandemia né ah a nós tivemos nossos projetos né em parceria que nós já timos não é com a Unirio né ess meia a professora Camila que é minha atual coordenadora do meu meu mestrado né ao outro lado nós temos o João Aranha não é que é o idealizador de um projeto junto a ferge não é com foco na Rocinha não
é no caso é destino destino inteligente não eh Rocinha é uma cidade inteligente podemos dizer assim né eu traduzindo né porque foi um projeto exclusivamente para favela da racinha E nós como nós tínhamos já uma relação com o Universidade com a Puc com a Unirio e com o CPE nós apresentamos cinco sugestões como nós somos um coletivo que ainda não temos o nosso CNPJ então isso possibilitou conquistarmos cinco projetos desses cinco projetos fo um dentro da p o departamento de comunicação fala pra gente foi no grupo de designer né Eh foco cultural e também com
nós estamos concluindo agora com leos departamento serviço social não é que é uma biblioteca virtual e algumas Exposições que nós já visamos e fizemos um lançamento de um catálogo né Rocinha uma favela em bibliografia que tá disponível nas redes sociais não é principalmente do leus também né falando do quanto que el assim ela é pesquisada mas o meu questionamento do nosso coletivo sempre Tá mas aonde estão essas publicações de que forma a gente pode provocar mais ainda para que tenha mais publicações que possa colaborar com alguma forma de uma política pública local a partir desse
processo Firo concluindo conu tá já pode ir passando então por favor E aí foi n no período da pandemia né aí foram algumas ações que nós fomos realizando né na semana de museus com a Rose Firmino que não é parente né Nós só temos o primeiro o sobrenome pode ir passando não é e para agilizar o processo e a gente né Aí foi também no período da pandemia já aí com o pessoal da Fiocruz fez n algumas entrevistas debate com a gente ao fundo é a Maria Helena que é atual gestora n da unidade de
saúde e também cofundadora no museu junto conosco ess aí o Dr valcler né no Ministério da Saúde que tava na fil Cruz hoje tá no Ministério da Saúde parceiro nosso que a gente também nós estamos nessa rede fazendo uma discussão dessa memória história né da Saúde da população de favelas né pode ir passando concluir Isso aí foi uma atividade que nós fizemos também naé comunidade em cena junto a Fiocruz né já tá lá no blog deles já está no nosso também vocês podem ter acesso não é pode passando tá correndo um pouquinho né E aí
foi a finalização das ações que nós fizemos né do Rocinha pela vida uma exposição né uma exposição que a gente circula uma exposição Itinerante pela favela da racinha apesar de não termos o nosso espaço f no momento mas nós somos um museu de percurso e um museu virtual então isso também faz com que a gente pense De que forma a gente pode levar não é o museu para aquelas pessoas né Vamos imaginar imaginar não vamos ter uma clareza assim nós estamos fando de uma favela adensada dificuldade de locomoção escadas apertados pessoas que TM dificuldade de
se locomover então a gente leva a nossa mini exposição para dentro da favela das diversas formas possível aonde que a gente consegue aproximar né a música do Milton já dizia né o artista tem que ir aonde o povo está então o museu tem que ir onde o povo está né então é é Um Desafio nosso mas a gente se dispõe nãoé a realizar essas ações buscando fazer com que as pessoas se aproximem até porque eh o museu né para grande Moria na nossa população ou só quando você está nas escolas públicas que faz aquela né
aquela Caravana e leva caso contrário isso não faz parte né da nossa cesta básica consumir arte e a cultura n nesse formato pode passar por favor e a gente tem que fazer essa provocação aqui é a rede museologia nós fizemos nosso primeiro festival de museologia no Museu da República em 2022 E aí foi mes de debate Nossa barraquinha exposição não é a qual nós fazemos parte aí nessa grande rede fantástica passando e aí já não é uma atividade em parceria com Cesc que é um audiobook também um e-book né que nós fazemos parte a partir
de um livro do de uma publicação mestrado né de um parceiro nosso Bernardo não é e a visita de o e um professor da universidade da África do Sul né E que ele veio conosco ele participou desse processo todo e fori uma atividade que nós fizemos né durante uma semana pode passar por favor para finalizarmos aí já agora no final de 2023 nós recebemos fomos selecionado não é como um coletivo pelo edital Periferia viva não é obrigado ao Ministério das cidades estivemos em Brasília para receber nesse prêmio junto com esses parceiros aí muitos outros e
finalizando aí nesse momento nossa semana de museus que nós realizamos agora em maio né apesar de ter outras atividades que nós fizemos mas não foi possível colocarmos todo nós fizemos agora lançamento do livro que eu falei né bibliografia e também de uma amiga que fez o lançamento n do livro dela que foi n m Black né meninas negras história de M black e também a história de aá que é do G que é uma série que tá sendo criada da nossa ancestralidade chegada até o Brasil e finalizando por gentileza pode passar eh gosto sempre trazer
que as mulheres só botar aquela última por favor penúltima que as mulheres elas são as responsáveis né de organizar as localidades das diversas formas possíveis não só os homens só são as mulheres né que faz a diferença nessas localidades aí tem Dona Elisa que sempre ligou por educação tem uma outra senhora que nesse período que não tinha água as crianças né nesse processo de anelamento faz multirão né Maria Helena aí processo Michelle né isso produção de livro que nós fizemos de parceria com mor né o papel das mulheres né nessa construção desses territórios né bom
é isso que eu queria né Compartilhar com vocês aí deixar aberto para as perguntas e curiosidades mais uma vez obrigado nossas redes sociais aí muito obrigado femin desculpa ter que ficar nessa posição chata mediador são muitas histórias muitas iniciativas interess anssim que vocês estão realizando realmente 20 minutos é pouco né Eh mas a gente quer ter espaço para o debate né justamente agora fala da nossa debatedora e depois eu vou ler algumas das perguntas que chegaram e aí teremos uma última rodada se minutinhos para cada um porque o nosso teto meio-dia a gente pode passar
no máximo uns 5 minutinhos então eu peço que vocês já anotem né tanto as questões que a Camila vai V vai colocar quanto eu vou colocando no chat aqui também as perguntas que estão surgindo eh do YouTube né Para que vocês já se preparem paraa Nossa rodada final bom queria agradecer muito Camila Cardoso por est aqui conosco na condição de debatedora hoje eh que também atua num numa ação eh Comunitária importantíssima o quilombaque ela é produtora cultural arte Educadora e jongueira ela atua na comunidade cultural quilombaque uma organização localizada no bairro de perus na Zona
Norte de São Paulo onde coordena os projetos Museu territorial de interesse da cultura e da paisagem tecos jopoi e a agência de turismo queixadas que promove um desenvolvimento local sustentável nesse território né do Perus e outros dois bairros ao lado Jaragua e Anguera na produtora de dorim da qual ela faz parte ela desenvolve atividades de produção e execução de projetos na área de cultura popular e Caipira então muito obrigado Camila palavra com você obrigada obrigada pelo convite eu tô aqui muito impressionada Eu sempre fico com coração muito quentinho assim enquando Eu participo desses espaços É
muito bom saber que a gente não tá sozinho na luta que somos redes né que não começamos agora que vem de longe aí nossos passos então eu me sinto sempre muito nutrida em conhecer ações e pessoas que a gente pode dialogar né e conversar e saber que as coisas estão acontecendo em tantos lugares de São Paulo e fora né e bom na no nosso Museu né aqui da agência queixadas a comunidade que caiu a Camila não sei Michel e qual que é o problema técnico enquanto a Camila não volta eu vou lendo então aqui as
perguntas eh que chegaram pelo YouTube a Renata da Silva Cardoso pergunta o que é um museu periférico né achei interessante essa expressão eh o Fernando Tadeu pergunta como visitar o Museu vermelhão eu acho que também serve para todos né como é que é a visita Se basta chegar lá ou tem que agendar como funciona a Bruna não fez exatamente uma pergunta a Bruna Damaso mas achei interessante né durante a fala do Cleiton O que que é uma museologia do afeto ou como o afeto pode ser integrado né na discussão museal Camila quando você caiu eu
comecei aqui a ler as perguntas do público aí eu já te passo de volta a palavra eh a Júlia Mendonça eh também fez um comentário que não é exatamente uma pergunta mas acho que vale a pena essa discussão que é se os museus comunitários dialogam com os cursos de EJA Ela é professora num EJA Pelo que eu entendi que a acha que o EJA é um museu em potencial né a Helen fez uma pergunta sobre eh o processo de coleta dos acervos de vocês em que medida vocês têm eh eh algum Prevenção ou cuidado histórico
para que eh o tempo presente não eh Pelo que eu entendi né acho que foi até uma pergunta que a gente ficou aqui discutindo no chat que o tempo presente não seja tendencioso em relação a realmente o material eh histórico coletado não sei se em termos de anacronismo Enfim vocês que também trabalham com acervo e história eh nesse sentido depois a professora helana fez mais perguntas mas eu eh passo elas depois da fala da Camila agora A Camila tá de volta aqui conosco tá sem som a Camila eu não eh não tá sem som Michel
é você que controla o som ou ela acho que saiu de novo aqui bom então vou ler enquanto a gente não acerta a volta da Camila vou ler as perguntas da professora Ilana ela pergunta depois eu colo aqui no chat para vocês mas já vou lendo em voz alta agrade as belas falas e tal pergunta se existem pessoas nas comunidades de vocês que tem assistência aos museus que não vem sentido que questiona né a ideia desses museus comunitários e uma segunda pergunta se como é que cada Museu consegue se manter acho que su Acho que
todos falaram um pouquinho né mas acho que só recapitulando né da equipe voluntária editais ingressos etc também pra gente compartilhar isso aguardando a Camila retornar acho que ela tá tentando reconectar para ver se volta o som deixa eu ver se chegou mais alguma pergunta aqui que aí a gente já encerra as perguntas do público tá pessoal tem mais alguém quer fazer pergunta várias pessoas dando os parabéns né e pedindo os contatos enfim os contatos acho que já foram passados todos os contatos vocês acham todos esses museus T sites e tem redes sociais muito ativas não
é difícil eh o contato esperar um pouquinho a Camila senão eu vou passar paraa SUS e começar aqui a falar um pouco a partir dessas questões que surgiram bom então acho que é isso Camila voltou voltou saiu voltou tá ingressando aqui vamos testar o se agora agora foi ótimo então as perguntas do YouTube já foram todas feitas eu só vou colar aqui no chat para pessoal recapitular mas então palavra é tua e depois eu imediatamente vou passar a palavra na mesma ordem da apresentação para Suzi Cleiton e firmino Maravilha Nossa que bom que eu esqueci
como é que usa isso na pandemia foi muito muito bom mas vamos lá eu tava dizendo que o nosso Museu aqui né a gente costuma dizer que a gente vai participando e entendendo processos de hackeamento né nós cuidamos né de um museu territorial então é um museu que tem eh que e tem um plano de desenvolvimento territorial para para três regiões né daqui de São Paulo que é peru Zan aguer e Jaraguá E aí a gente participa né participou durante muito tempo fundamos uma uma universidade livre colaborativa essa Universidade foi em parceria com a fal
né da USP O professor euller foi um cara muito importante pra gente eh onde a gente desenvolveu o território de interesse da cultura e da paisagem que hoje é um instrumental urbanístico né né que foi aprovado no plano diretor do município eh paraa revisão agora né no plano diretor então é um processo super importante pra gente eh como a gente viu que era muito técnico e muito difícil inclusive entender o que é um território de interesse da cultura e da paisagem o instrumental urbanístico a gente transforma mostrando a viabilidade disso no museu territorial né então
hoje o nosso Museu territorial tecoa jopoi que é o nome Guarani né tecoa É Aldeia né mas mais que Aldeia esse sentido de comunhão esse sentido de fraternidade de estar junto né Eh e geopo é a economia da reciprocidade indígena que diferente do capitalismo né pros Guaranis quanto mais a gente doa pra nossa comunidade mais a gente tem prestígio na comunidade quanto no capitalismo quanto mais você acumula né mais prestígio você tem na sociedade eh e aí então a gente vem mostrando a viabilidade eh desse plano urbanístico que a gente pensou para nosso território e
aí para ter um acervo museológico e de visitações entendendo que nós temos espaços importantíssimos né a gente consegue visitar o d indígena a gente tem a primeira fábrica de cimento de grande por estará no Brasil que teve uma greve que durou 7 anos eh passa pelo processo da ditadura né a gente tem um um cemitério que foi encontrado mais de 1.59 sacos de ossos enterrados na mesma vala né que Cemitério Dom Bosco eh os espaços ocupados pela comunidade enfim eh a MST né tratando essa questão da reforma agrária de uma alimentação saudável eh o Perus
feria grafite que vai falar desses espaços de galerias urbanas que tem no nosso território Enfim então tudo isso é o nosso Museu eh o nosso acervo museológico e para dar conta de disseminar isso a gente Funda uma agência de turismo de base Comunitária né tô dizendo isso porque a gente fala que a gente é formado na civ virologia e vocês devem entender bem o que é civ virologia né que basicamente arte de se virar se a gente tem a gente faz se a gente não tem a gente se vira e faz do mesmo jeito né
obviamente que todo mundo deve escrever os seus projetos em editais pensando numa forma de financiar de ter parceiros de como desenvolver MTE coisa mas a gente vai se virando né e vai fazendo com ou sem a Suzi falou que alguma alguma pessoa lá alguma mulher falou que tá cansada de de Resistir né que que eu acho que a CV virologia ela tem um pouco de para esse lugar né chegar o momento que a gente cansa de se virar e a gente gostaria de fazer as coisas com mais tranquilidade né Eh e dentro dessa arte da
C virologia A gente vai participando desses processos inventando esses processos de hackeamento fomos hackear arquitetura urbanismo fomos hackear museologia fomos aqui ao turismo eh e aí acho que eu queria dialogar um pouco com você vocês também sobre esses lugares de hackeamento sabe o que é isso de ir pra universidade fazer mestrado estudar como devolve isso pro nosso território como a gente consegue inclusive que a universidade não toma o protagonismo né porque a gente sabe que existem pesquisadores muito sérios outros que deixam um pouco a desejar em relação a muita coisa né Eh e a gente
tem uma um olhar muito sério para isso também né aqui no território então então Eh é muito interessante da gente pensar nessa nessa civ virologia de in na cont Contramão da museologia tradicional né da gente pautar as nossas histórias aqui na cidade de São Paulo museu é uma coisa muito cara quase inacessível dependendo o museu inacessível né uma gratuidade de terça-feira não tem como né que jeito que a gente sai da quebrada para ir terça-feira no museu eh infelizmente a gente não tem essa Cultura né onde a gente onde a gente vive então a gente
vai se virando e vai desenvolvendo o nosso Museu que tem um acervo eh incrível né então eu acho que as minhas provocações vão nesse sentido de como vocês se sentem também hackeando todos esses essas ciências né para transmutar isso e fazer Nossas ações como que a gente entendendo aqui né que os nossos museus todos aqui são museus de defesa de território né e geralmente vai de entento a especulação imobiliária vai enfrentamento ao apagamento de memória e como que a gente pode dialogar nesse sentido aqui enquanto hackers sociais que somos muito bem muito obrigado Camila boa
provocação para o grupo temos agora então essa rodada final de vocês TRS minutinhos cada um se precisar um pouquinho mais tudo bem vamos lá su que desafio hein 3 minutos Pedro C TR a c eu fui anotando aqui ao longo das falas várias coisas mas enfim o tempo é curto mas acho que abre gera oportunidade de novos diálogos né futuramente acho que assim tentando fazer apanhado geral aqui a partir das pergun né O que é o museu periférico eu penso muito assim Depende de qual é a centralidade que a gente tá Considerando o nosso Museu
pra gente não é periférico é Central eh outros museus são periféricos inclusive Participei de uma discussão H alguns dias atrás aqui tinha uma pessoa que é do do Museu das favelas e e ela falou o quanto que o público cobra assim olha eu isso aqui tem que estar no museu isso aqui tá errado isso aqui enfim muita gente cobra do Museu da favelas eh e do Museu das culturas indígenas né porque são museus que nasceram com esse discurso Ah é um museu que é de vocês só que assim a gente todos os outros museus públicos
são nossos também então acho que a gente tem que ter também essa garra de chegar e e cobrar né porque a gente desenvolve os nossos museus no nossos territórios e eu acho que eles são fundamentais eh precisam continuar existindo mas eu acho que é é ter tá nesse lugar de tensionamento também né aí um um ponto do hackeamento a gente tá tem os nossos a gente tem direito a a também conseguir atuar com tranquilidade né Camila pra gente não ficar no cirol ismo a vida inteira embora a gente saiba que isso é uma tecnologia nossa
né de de resistência persistência enfim existência mas é é que a gente tem direito também tanto quanto esses museus de fazer as coisas de forma decente e e de ter o nosso trabalho valorizado Então acho que é uma discussão que que eu trago a gente precisa também estar nesses lugares e a gente também tem que ser contemplado pelas políticas públicas de memória museus enfim culturais diversas né então eu Trago essa provocação assim a gente eh Ginga muito né a gente que é capoeirista trabalha muito com essa linguagem da jinga nesse sentido quando que é estratégico
a gente trazer essa essa discussão sobre Periferia eh e em alg nos momentos eu eu uso mesmo disso eu falo gente Poxa vocês vão fazer tudo isso e a favelada aqui vai ficar de fora sabe eu uso isso no sentido de provocativo mesmo nós periféricos estamos nesses lugares temos o direito mas por outro lado eu não me vejo nesse lugar e a gente no vermelhão também não se vê eh pra gente nós somos a centralidade para visitar gente tem nossas redes sociais nosso Instagram eu eu depois pode voltar lá no vídeo que fic vai ficar
gravado tem o nosso e-mail também só agendar uma visita podem vir visitar o bairro tranquilamente mas não vai ter uma equipe preparada para receber vocês eh museologia do afeto eu trago também né adorei o que o Cleiton trouxe na minha pesquisa eu consegui mapear um monte de de museologia afirmativas que eu chamei eh a museologia LGBT afro afro-brasileira a gente começou a a provocar também os elogios indígena enfim mas a partir daí também surgiram outras né outras pessoas e coletividades que querem se afirmar E aí eu eu Cleiton trouxe um melio da afeta Eu trabalho
com a museologia do afr né que eu gosto de trazer também essa identidade que que tá sendo solapada o tempo inteiro né não é só afro mas pensando também nos negros da terra a gente se se enxerga nesses lugares né duplos triplos enfim eh temos dialogado com posto de saúde escolas munic pais projetos enfim de tem pessoas da equipe que já deram aula em educação de jovens e adultos mas atualmente a gente não tem uma parceria eh nesse momento mas acho que é uma boa possibilidade e o nosso processo de coleta de memórias é assim
o a gente não vai atrás sabe as pessoas nos trazem a comunidade nos traz o que eles acham relevante ser ser preservado no caso como eu tenho esse trânsito por outras comunidades outros museus eu trago provocações também né porque é isso tô nesse lugar de mediação e a partir dessas provocações às vezes surgem coisas muito parecidas com o que eu vejo em outros lugares e às vezes surgem coisas muito distintas Então depende muito de que lugar a gente tá falando eh Pedro me dá o pause aí não pode concluir pode concluir e eh acho que
esse hackeamento acontece Desde Sempre eu Eu particularmente nunca eh eh cheguei à Universidade eh entendendo esse lugar como algo que não me pertencia que não era meu embora saiba que eu tenho direito a ele mas que eu não me vi ali naquele lugar não me via representada como em outros museus decidi fazer pesquisa sobre Museu acervo porque eu tava trabalhando no museu do ipirang também não me via representada nas Exposições deles embora viu tenha visto no acervo que tava na reserva técnica que tinha possibilidade sim de representação né M minha e dos meus das minhas
coletividades então atuei sempre eu tenho muita dificuldade em separar vida pessoal militância tudo porque para mim tá tudo muito muito junto assim então Eh onde eu vou o meu corpo vai a minha história vai a minha comunidade vai então isso é fundamental eu acho que enquanto a gente se vê enquanto sociedade né dessa forma ah eu particularmente individualmente conquistei cheguei não sei o quê eh sem considerar essas coletividades presentes a gente não vai haquear a gente vai só ser mais um ali para para fazer com que o sistema se mantenha e a idade mesmo é
transformar E aí eu transformei esse não lugar num lugar de provocação de potência de de Às vezes a gente faz o né é a pessoa que traz o desconforto também para aquela situação que já tá aí há séculos se reproduzindo então rapidamente acho que é isso né quanto ao consel eu acho que ess esse debate é tão importante porque a gente acho que todas as falas apareceram aqui questões da gente se apropriar dessas técnicas da museologia de preservação e a se apropriar mesmo sem um sem pensar que isso é um modelo mas possibilidades pra gente
manter as nossas memórias e histórias Mas também da gente trazer o quanto de nosso que essas instituições já se apropriaram e o quanto de nosso de de técnicas de preservação que a gente desenvolve há muito tempo né que sem receber o nome de Museu e eu tenho até trazido com base até na minha vivência né no no candomblé nos últimos anos no conhecimento de outras línguas né nossas eh o próprio Museu das culturas indígenas tem um espaço lá né que que eles trazem essa casa de saberes e eu trouxe em algumas discussões o o o
termo né na sigla itia Iran abuli que seria uma casa de Memórias da comunidade da Aldeia enfim e porque nesse sentido é trazer dizer que as nossas experiências vivências não são só materiais não são só objeto de Museu mas envolve muitas dinâmicas materiais e materiais tangíveis intangíveis aí inclusive a nossa fé né de Resistir de persistir Então acho que eh não sei se a gente cabe de verdade nesses museus nesse nessa tipologia aí que a gente se apropriou também né dessa terminologia para fazer conexões eu acho que a gente se apropria para isso para se
conectar mas entendendo que essa esse termo não nos limita Então é isso gente tentei correr aqui mas ótimo muito bem Suzi e ótimas respostas e provocações também né a própria palavra Museu até que ponto a gente tá desconstruindo revisitando ela ou a gente precisa Reinventar uma nova palavra bom eh Cleiton com você tá sem o somon PR legar o seu som Cleiton eu vou tentar resumir em tópicos porque o muquifo É exatamente esse espaço de provocação a minha fala Inicial foi muito longa e agora eu vou dar uma resumida quando a gente fala de museu
de Periferia a gente entende o muquifo como museu da cidade a gente se entende nesse percurso nesse roteiro a gente não quer se diferenciar dos outros a gente quer um espaço que seja né único também nesse roteiro eh e quando a gente fala da museologia do afeto a gente fala de algo muito imaterial ainda né essa esse patrimônio imaterial que é o afeto mas para existir o afeto precisa existir antes a provocação depois vem o afeto e depois vem o diálogo a gente dialogar sobre a sociedade e essas representatividades nos espaços museais e culturais eh
o muquifo eh D né não não dá conta de todas as representatividades no Morro do Papagaio mas o muquifo entende o seu o acero como coletivo então todas as eh referências são bem-vindas ao nosso espaço que é um espaço de memória é um espaço político um espaço de diálogo e aí a gente fala que o mukifo também é um espaço de ouvidoria né o muquifo se dispõe a ouvir as histórias e não só contá-las eh Diferentemente do que a gente encontra na museologia tradicional que conta as histórias congeladas que trazem né aquelas memórias que não
são muito proximais e muito humanizadas eh e nós não fazemos só a museologia do afeto da fronteira do território n da social a gente pratica museologia então a gente precisa entender esse formato daqui para frente até onde nós chegamos a gente não conseguiu n eh eh eh adaptar nenhuma teoria mas daqui para frente a gente pretende né criar novas linguagens o patrimônio né Eu acho que em torno dos objetos eh O que significa patrimônio para nós é o que vem da comunidade com todas as suas referências né infelizmente são memórias felizes e traumáticas então elas
nos servem né como como referência e Essa militância que não não se perde no caminho eu acho que quando a gente se torna muquifo a gente se torna defensor né de de algo coletivo não né personalizado não individualizado não colocado né Nas questões só acadêmicas das relações e relações eh pessoais eh e o protagonismo né que a gente vê ausente ou interpretado de forma diferente dos lugares de cultura dos lugares museais dos lugares tradicionais nessa relação com a sociedade e a gente fala carinhosamente que a gente pratica no muquifo atal muia né esse entendimento sobre
a própria existência né esse sobre a relação com a sociedade então nós pretendemos né expandir essa mologia para outras frentes né E aí nós temos nossas redes sociais como mediadora né então o mone fica sempre disponível no no Instagram e no Facebook e aí vocês acessam os nossos horários de visitas que são geralmente as terças e Quintas de umas das 13 às 17 e outros horários a gente faz por agendamento Em alguns momentos essas visitas são né financiadas por alguns projetos e outros a gente trabalha com voluntariado também E aí eu tentei fazer esse resumo
do mukifo que é quase impossível né durante 10 anos o mukifo tá colecionando essas histórias e preparando as próximas e eu agradeço a a presença de todos muito obrigado Cleiton agradecemos a você estar aqui conosco conosco vamos passar a Firmino passaro bom vou tentar fazer um resumo eh anotando aqui as perguntas Então acho que quando falando museu de Periferia eh eu acho que tem uma questão que é interessante né Nós estamos falando acho que o Cleiton acho não Ele trouxe agora a museologia social independente eh das nomenclaturas que nós temos diversas hoje sobre né a
a os museus comunitários museus ecomuseus nós estamos falando de uma museologia social e aí como já dizia né nosso mestre parceiro Mário Chagas não é uma museologia que não serve para vida não serve para nada então as falas que sedira aqui falou disso de vida de respeito de direito então nós estamos nessa linha não é dessa museologia que ela é inclusiva que ela é participativa que ela é desafiadora o tempo todo é persistente ela é um conjunto de questões daquelas pessoas que estão naquela localidade e que tem o direito de ter as suas memórias histórias
diversas formas possíveis não é então isso eu acho que é fundamental e importante ao contrário não é do que nós temos não é dos museus oficiais que ele é de dos colonizadores que traz né tudo do colonizador E aí quando nós começamos a trazer que não é de hoje essa busca por esses direito issso choca dentro da nossa sociedade como há pouco tempo né um país que não foi pensado para o seu coletivo e sim para alguns vai ter choque com certeza vai ter conflito e a gente não pode fugir desses conflitos nãoé nós temos
que est lamentavelmente ainda nesse processo de disputa e visita eh nós temos o nosso site não é museu são coff memora história da racinha e ali pode estar agendando E aí nós trabalhamos com diversas atendimentos nós diversos alunos pesquisadores nós tem da escola pública Universidade aí tem né aí o que também atrai né de hoje que já vem atraindo a visita na favela da racinha que foi considerada no segundo espaço mais visitado né junto com vidgal muito mais do que o Cristo Redentor as pessoas fazem turismo a gente fala assim a gente não tá falando
de turismo apesar de a gente pode fazer a gente tá querendo de falar de uma memória história de uma maneira diferenciada aonde que a gente busca mostrar o nosso percurso Rocinha histórica gente falar das mazelas do que o estado foi nos colocando mas de uma maneira histórica né ao mesmo tempo também um processo de reivindicação e de denúncia desses descasos na verdade descasos não né é ausência é uma política né então o Estado né ele nos necia o tempo todo ele deixa essa ausência acontecer e ele usa quando há de interesse eleitoreiro nãoé então a
gente faz essa fala também e o nosso acervo eh hoje não é só uma pessoa que é a professora vir ela doou pra gente mais de 19.000 documentos já estão catalogado estão na biblioteca do grag Guatá na uf Onde Ela é professora não é então nós brevemente estaremos disponibilizando eles aos poucos Ainda temos muito mais documentos né para serem catalogados digitalizado então assim nós temos um um um trabalho muito grande pela frente e e trazendo outra questão como que a gente se mantém eh não é fácil né as falas que você antecederam não é fácil
então a gente os mesmos mecanismos é a colaboração daqueles que querem fazer uma visita pode colaborar com x não é é busca sim de captação de recursos através de editais como meio como pessoa física ou se associando como eu falei não é anteriormente ao nossos projetos com instituições parceiras afins que acabam levando as nossas propostas e captando recurso e a gente consegue minimamente né valorizar aqueles que também estão recebendo o algum né prolabore que não é salário é um prolabore nãoé a gente não consegue sobreviver viver né nesse sentido disso então a gente tem que
buscar outras formas além de trabalhar além de fazer o que nós acreditamos que é em função de um coletivo que é em função de uma grande maioria de pessoas que aí entra na pergunta né se eh As pessoas só contrárias né A questão do museu elas ficam Mas onde Esse museu quando nós falamos Que a racinha como um todo é esse espaço de memória e história as pessoas estão acostumadas com os Museu físicos tradicionais No momento ainda não temos esse espaço físico Mas é interessante que você perceba a sua identidade a partir da sua memória
da sua história para você cada vez mais valorizar isso e é isso as pessoas quando nós vamos para as ruas com a nossa disposição né que nós realizamos né né nas possibilidades dos becos e n praças as pessoas falam Nossa eu gostaria de estar doando gostaria de colaborar mais então Acontece uma interatividade uma reciprocidade com os moradores e até mesmo aqueles que já moraram e outros trabalharam há muitos anos atrás então dou material pra gente né então há uma troca há um uma empatia e solidariedade com o que nós estamos falando de memória história até
porque já nasce não vendo as suas memórias histórias já nasce não tendo isso relatado E aí quando nós começamos a chamarmos eles para fazermos isso de maneira coletiva né e com responsabilidade e Respeito aí muda a situação que é muito diferente muit das vezes do caso das visitações turísticas que é feita na favela Não é pessoal acha muito invasiva mas quando você traz isso de uma maneira pedagogicamente pensada organizada ele entende e ele abraça né e ele até faz as visitações junto entendendo que aquilo ali é importante politicamente e culturalmente Tá bom acho que eu
consegui resumir porque is tem a ver com com a questão do hackeamento não é que a Camila falou aí né como é que a gente eh entende que esse hackeamento né é um processo de de de de luta porque é de direito nosso porém nós fomos excluídos Então a gente vai fazer desse jeito e é desse jeito é o que nós temos nas mãos para nós realizarmos que é um conhecido aqui que ele tá escrevendo sobre né a c virologia não é tá fazendo o TCC dele em cima disso é o que a gente sempre
fez né a gente sempre se virou agora quando a gente transforma Isso numa tecnologia social Opa é o que nós estamos fazendo né tecnologia os museus não é a partir da museologia social são tecnologias sociais de grande valor de grande repercussão a nível internacional também chama muita atenção nãoé então nós estamos né ao mesmo tempo no centro de muitas discussões e debates E aí eu quero agradecer né P esse convite poder compartilhar com vocês esse momento que nós estamos aqui na Rocinha construindo e vivendo né com todos intempéries a gente resiste e persiste obrigado muito
obrigado Firmino excelente fechamento Camila quer dar uma palavrinha final também ajudar amarrar aqui o debate Claro só mais uma vez agradecer né dizer que o sou uma pessoa muito sortuda porque agora no fim do mês eu vou para Belo Horizonte dezembro eu vou pro Rio e a Su é pertinho aqui de casa então vou entrar em contato com vocês obviamente pra gente se conhecer pessoalmente eh e dizer que também a gente segue a disposição para esses e outros debates uma provocação pra academia também não sei se acontece com vocês mas geralmente os cursos que procuram
a gente não são os cursos de museologia ou é geografia ou é ura ou é Artes então a gente acaba entrando pra academia por outros espaços e não pela museologia isso é um dado muito importante também né como a museologia Olha esses espaços esses museus embora a gente participe do encontro também já participamos do encontro de de museologia mas em outro lugar né de convidado e não de pessoa que gera tecnologia também para essa ciência então eu sempre faço essa crítica também que acho que é importante a gente entender e as nuances que rolam né
nso tudo eh eu fico super feliz de saber que a gente tá conectado de alguma forma né Não só a gente Mas Outros tantos museus de territórios museus de favela museu de enfim o nome que a gente quiser dar porque a gente que tá né pautando aí essas questões dentro do nosso território isso tem muito a ver com o pertencimento e afetividade dentro do nosso território como a Suzi disse a gente não é só Periferia a gente tá no centro no centro dessas discussões no Centre de pensar outras formas de tecnologia de pensar civr olia
enquanto tecnologia de pensar os tambores enquanto tecnologia ancestral que vão conduzindo a gente nesses caminhos então basicamente eu desejo bons caminhos para nós paraas Nossas ações pras nossas pessoas que é muita responsabilidade falar em nome de um território falar em nome de uma construção coletiva né e é isso eu desejo caminhos abertos para os nossos trabalhos que a gente se encontra nas Encruzilhadas da da vida por muitas e muitas vezes ainda e agradeço Pedro a Andreia também o pessoal aí da da Unifesp pelo convite e pela colaboração nos nossos trabalhos obrigada obrigado Camila bom definitivamente
vocês estão no centro né acho que é um dos cursos de extensão Universitária da Unifesp com o maior número de inscritos pois a gente pode até eh confirmar isso com a proec mas assim a gente superou o mais de 1000 inscritos oficialmente no curso né Então realmente o interesse enorme em conhecer uma experiência que já é consolidada Quer dizer vocês já estão numa experiência e uma rede muito Ampla muito plural muito significativa esse é mais um espaço enfim visibilidade vocês já têm mas é mais um espaço de visibilidade de interlocução com a universidade nosso Público
aqui não é só de universitários mas tem muitos universitários né nosso curso não é de museologia de história da arte mas assim estamos lá muito próximos então um debate sobre museus e instituições é Central no nosso curso Então as provocações que vocês fazem são fundamentais eh e enfim haquear a noção de Museu pra gente é interessante né provocação da Camila Acho que todos vocês vocês colocam o museu em cheque né a palavra museu é é utilizada ao mesmo tempo eh eh em respeito ao que o museu pode ser de acervo io mas também provocando o
museu oficial da história oficial Museu colonialista Museu eurocêntrico ou da branquitude ou das elites locais então é a história dos museus comunitários a história do povo brasileiro contando a sua história construindo a sua memória construindo seus acervos né então vocês realmente estão eh na Vanguarda aí de um processo não só de resistência de tecnologias de imaginações de possibilidades e de reconexões né entre e ancestralidades e os nossos lutas presentes então cumprem um papel fundamental do ponto de vista social cultural político e parabenizo a muito a vocês e a todos que virão aqui como convidados agradeço
muitíssimo o tempo que dedicaram aqui conosco e os nossos estudantes ouvintes e até uma próxima oportunidade para todos encerramos por hoje a O Encontro do dia n
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