Introdução ao grafo do desejo

12.5k views15563 WordsCopy TextShare
Michele Roman Faria
Aula sobre o "grafo do desejo" no curso "O desejo e sua interpretação", coordenado por Fábio Dal Mol...
Video Transcript:
Então bom dia para todos queria começar agradecendo a Fabiana e o Fábio o convite para estar aqui hoje com vocês nesse curso de extensão discutindo um tema que eu gosto muito que é o gráfico do desejo a minha proposta hoje para vocês é fazer uma introdução ao gráfico do desejo o gráfico é um recurso que Lacan deixou para gente que é um recurso bastante complexo o gráfico Exige uma certa dedicação ele exige estudo né e o que eu vou fazer aqui é dar um Panorama geral uma introdução para que esperando que vocês se interessem pelo
tema do gráfico como eu me interesso pelo tema do gráfico porque eu acho ele [Música] um recurso absolutamente fundamental para a gente entender a clínica da neurose pensar química da neurose bom qual que é esse tema tão fundamental que o Lacan transmite no gráfico do desejo justamente o tema do desejo o desejo é um tema central para psicanálise e desde o ele ele se define como inconsciente o desejo para o Freud é o desejo inconsciente ele tá ligado ao recalque e é o funcionamento da neurose inventa psicanálise a partir da escuta das pacientes histéricas e
a psicanálise é em primeiro lugar ela não se estende a isso mas é em primeiro lugar uma descrição o funcionamento da neurose e de uma clínica que esteja de acordo com esse funcionamento o gráfico tem algumas qualidades que eu acho que é importante a gente destacar primeira qualidade do gráfico é que ele é ele responde a pergunta sobre o que é o desejo para psicanálise Então se a gente quiser saber o que é o desejo para psicanálise a resposta do Lacan é o gráfico vantagem dessa resposta da lacaniana para pergunta sobre o desejo a gente
não confunde mais nunca mais depois que a gente conhece o gráfico nunca mais a gente confunde o desejo nem com o querer nem com a vontade desejo para psicanálise não é o desejo de mudar de vida não é o desejo de largar o emprego não é o desejo de me casar de ter um filho de me separar isso não é o que é psicanálise chama de desejo né que a psicanálise chama de desejo é uma outra coisa e o gráfico tem essa qualidade vamos dizer assim a gente não fazer uma confusão entre desejo e vontade
essa confusão ela parece muitas vezes na maneira de entender o desejo que às vezes a gente ouve até de psicanalistas esse tipo de afirmação do tipo bancar o seu desejo se o desejo é por definição inconsciente não existe bancário desejo quando a gente está falando em bancar o desejo a gente está falando da consciência e claro né a gente pode ter a ousadia de bancar os nossos desejos a gente quer mudar de vida a gente toma decisões né Isso seria bancar o desejo mas do ponto de vista da consciência se o desejo por definição é
inconsciente essa expressão não se aplica a noção de desejo que é a nossa ela não se aplica nosso conceito psicanalítico de desejo Então essa é a primeira qualidade do latão a gente não vai confundir desejo com querer porque né o desejo é uma coisa que se escreve segundo a qualidade do Grau tem a ver com a transmissão da psicanálise com a transmissão dos conceitos que interessam a psicanálise o gráfico não se presta a imaginarização é muito muito difícil tratar o gráfico imaginariamente vamos lembrar o que que é o Imaginário tem muitas definições do Imaginário mas
uma das definições recorrentes do Imaginário é que o Imaginário registro da compreensão da ilusão de compreensão Essa ilusão de compreensão a cadeia do seminário 1 adverte nós analistas de que ela é perigosa ela é perigosa na compreensão dos conceitos ela é perigosa na apreensão da Clínica e no manejo da clínica então quando a gente vê o gráfico do desejo é muito difícil a gente bater o olho dizer que eu entendi né tô entendendo aquilo que é o gráfico como uma fórmula matemática ou física bastante complicada e a primeira coisa que a gente pensa quando a
gente olha para o gráfico é não entendi nada e acho que nunca vou entender esse negócio aqui que isso aqui é muito difícil é um bom começo né para que a gente já de cara se ocupe né do ponto de vista da transmissão que lá propõe de entender que o desejo é uma coisa muito mais complexa do que a gente costuma pensar né e exige essa aproximação né como ela faz com uma temas com os esquemas com os da topologia né todos esses recursos são justamente recursos vai utilizar para tentar evitar esses efeitos de do
Imaginário na compreensão dos conceitos então o gráfico ele resiste ao Imaginário digamos assim essa é uma qualidade terceira qualidade do gráfico importante E aí já começando a definir o gráfico o gráfico isola as coordenadas estruturais do desejo é isso que a gente vai encontrar no gráfico então ele mostra para a gente quando a gente vê o gráfico isso já fica claro que o desejo é para psicanálise uma estrutura e que essa estrutura pode ser escrita pode ser articulada em certas coordenadas que são as coordenadas pela cama vai colocar no gráfico todas elas lembrando Uma coisa
básica que o Laka retoma no seminário 4 desejo para psicanálise é falta o desejo não é o desejo de um objeto o desejo não tem objeto seminário 4 ao seminário da relação de objeto seminário 4 inteiro mostrando para nós que o objeto que interessa psicanálise ele tem uma dimensão simbólica e ele se define como falta de objeto existem muitas definições do desejo no Lacan mas uma das definições que eu acho que ela é mais Evidente nessa estrutura do gráfico é que o desejo se o desejo não é um desejo ligado a um objeto que satisfaz
o desejo se define na falta se o próprio objeto se define na falta e se isso tudo tem a ver com simbólico e com a dimensão estrutural uma afirmação que vocês vão encontrar em vários momentos no ensino do lacano seminário 5 no seminário 6 mas em vários momentos dos escritos e dos outros escritos também o desejo não é articulável embora ele seja articulado naquelas frases do Lacan que a gente lê e não entende e leva um tempo para entender o gráfico vai ajudar a gente entender um pouquinho isso né como desejo não tem um objeto
que satisfaz ele não se articula esse objeto isso não quer dizer que ele não seja articulado de alguma forma e essa articulação depende dessas coordenadas estruturais do gráfico a gente vai entender aqui então quando a gente está pensando no desejo do ponto de vista psicanalítico a gente não tá pensando em qual é o desejo a gente está pensando em como se deseja a pergunta sobre o desejo para psicanálise não é uma pergunta sobre o que nós desejamos é uma pergunta sobre como desejamos E aí a gente tem essas coordenadas estruturais aí a gente tem essa
estrutura do gráfico que localiza para nós todas essas coordenadas estruturais a partir das quais o desejo se articula por isso o gráfico é tão difícil porque são muitas coordenadas estruturais ou seja são muitos conceitos e o gráfico não é uma reunião desses conceitos o gráfico é uma estrutura que propõe uma determinada relação desses conceitos entre si então o lugar onde cada conceito aparece no gráfico ele é importante a relação que cada conceito tem no gráfico os outros conceitos no próprio desenho do gráfico é importante vocês vem a complexidade desse recurso a gente entende por que
que o gráfico é tão difícil né Apesar dele ser um recurso tão importante o recurso talvez ainda pouco estudado pela dificuldade que ele que ele traz né pelas exigências que ele traz para de trabalho para nós bom o que que eu vou fazer aqui com vocês hoje eu vou construir o gráfico junto com vocês então a gente não vai botar o tema do gráfico em absoluto é impossível esgotar o tema do gráfico em duas horas de conversa mas eu vou trazer esses elementos eu vou construir o gráfico a gente vai conversar um pouquinho sobre essa
construção Então antes de começar a fazer algumas indicações bibliográficas para vocês né não sei se vocês todos sabem o gráfico é construído pelo wakan entre o seminário 5 e o seminário 6 ele passa todo o seminário 5 e o seminário vocês montando o gráfico do desejo Então a primeira recomendação de leitura para quem se interessa pelo gráfico é ler na integralidade esses dois seminários destacando desse seminários onde os pontos em que se dedica construiu o gráfico e a versão final do gráfico do desejo ela aparece num texto do Lacan que se chama subversão do sujeito
dialética do desejo que é um texto maravilhoso que tá nos escritos que resume né todas essas considerações sobre o gráfico ao longo do seminário 6 então primeira indicação de leitura e a mais importante é a leitura do próprio Lacan Lembrando que o gráfico aparece nesse momento mas o ar que volta a falar do gráfico muitas e muitas vezes ao longo do ensino dele então a gente também vai encontrando referências ao gráfico em vários momentos se vocês tiverem interesse de saber aonde isso aparece tem esse maravilhoso trabalho do fruto sem com index que tem vocês procurar
em gráfico vocês vão ver todos os seminários em que o Lacan menciona o gráfico e qual é a articulação que ele tá fazendo com o gráfico é um trabalho maravilhoso para todo pesquisador recomendo né para quem faz pesquisa instrumento fundamental para a gente se localizar no ensino do Lacta em relação aos conceitos de comentadores eu vou indicar para vocês o Alfredo e Deus tem né que tem um livro inteirinho sobre o gráfico do desejo um livro que se chama o gráfico do desejo publicado pela toro Editora que é um curso que o Alfredo deu sobre
o grave e que é um livro para a gente estudar né um livro que você não lê para ser lido é um livro para ser estudado você senta com ele vai acompanhando o passo a passo da construção do gráfico do Alfredo é muito interessante esse trabalho muito importante O Alfredo tem um outro livro que se chama modelos esquemas e grafos que tem uma parte sobre o gráfico do Desejo Se não me engano é a última parte eu tô sem esse livro aqui porque ele tá esgotado na Editora mas vai sair uma outra edição dele agora
em abril provavelmente E aí vocês vão poder ter acesso ali é o gráfico aparece de uma forma mais condensada mais resumida mas também é interessante vocês procurarem essa essa contribuição aí do Alfredo para o tema do grato e uma outra indicação que eu faço para vocês é um vídeo meu que tá no meu canal do YouTube sobre o gráfico eu fui convidada para fazer uma articulação do gráfico do desejo com a transferência então o gráfico é um recurso que também se presta recortes você pode fazer recortes articulações e articulações muito interessantes E aí essa aula
foi gravada tá no YouTube para quem se interessar por esse recorte também recomendo meu canal Michele bom então que a gente vai fazer aqui é construir juntos o gráfico então para construção do gráfico a gente tem que saber uma coisa básica que é o ponto de partida do lacã para construção desse gráfico que é essa estrutura que é a estrutura do gráfico mas que na teoria psicanalítica é também a estrutura que permite definir a Constituição do sujeito lá que eu chamo a expressão do sujeito ele chama de célula mínima da Constituição do sujeito que que
é o sujeito para psicanálise na definição do lacão sujeito nasce como ser de necessidade o ser humano né O recém-nascido que acaba de vir ao mundo é um ser de necessidade completamente dependente do outro para sobreviver e esse outro segundo Lacan além de satisfazer as necessidades da criança sem as quais ele não usa a criança não sobrevive ele é fundamental no sentido de que ele é o suporte do campo da linguagem até a satisfação das necessidades básicas de uma criança Depende de uma interpretação que o outro faz daquilo que a criança necessita portanto necessariamente passa
pela linguagem é nisso que nós somos seres de linguagem e não seres de instinto É nisso que o instinto se diferencia da pulsão né isso que a gente insiste tanto em especial os lacranianos na tradução de trigo conceito freudiano por pulsão e não por instinto porque quando a linguagem entra ela complica um pouco as coisas o ser humano é completamente dependente desse Campo E é isso que define a maneira como latão vai entender o sujeito né em termos freudianos a relação com a cultura ela é fundamental para entender o funcionamento psique também e nesse nesse
pequeno gráfico aqui nesse esqueminha a linguagem está representada por essa linha horizontal o delta é o ser de necessidade o recém-nascido que acabou de chegar no mundo quando ele se inscreve nesse Campo que é o campo da linguagem a gente tem como efeito dessa inscrição dessa entrada no campo da linguagem do sujeito o jeito é efeito da inscrição do ser de necessidade no campo da linguagem uma das definições possíveis do sujeito Então esse pequeno vai ser a base da construção do gráfico do desejo Então aqui tem tem uma um comentário importante uma observação importante que
é a seguinte quando vocês forem ler o seminário 5 e o seminário 6 Caso vocês vão fazer esse caminho no Lacan é muito importante vocês observarem que o Lacan Toma essa esse gráfico pensando na Constituição do sujeito e começa portanto a construção do gráfico articulando no gráfico a Constituição do sujeito para Depois aos poucos e considerando o gráfico para pensar o sujeito já constituído digamos assim Então se a gente não prestar atenção nisso a gente vai fazer algumas confusões na leitura do arcan né como é que a gente sabe se lá tá se referindo ao
sujeito esse sujeito com qual gente lida na Clínica Sempre tá se referindo a esse momento mítico de Constituição do sujeito basta a gente observar o que que a gente tem aqui do lado direito do esquema né quando ela quer coloca o delta do lado direito do esquema ele tá pensando na Constituição do sujeito para pensar o sujeito já constituído vocês vão ver todas as vezes vocês vão encontrar do lado direito do gráfico logo na entrada do gráfico já o s barrado que é como eu vou começar a montar o gráfico para vocês deixa eu pegar
aqui os seminário 6 então só uma situação do lactando seminário 6 na página 36 do seminário 6 lá em cima lá no comecinho ele já coloca para nós uma coisa importante ele diz Qual a finalidade desse gráfico é mostrar as relações essenciais para nós na medida em que somos analistas do sujeito falante com significante para isso que serve o gráfico como é que a gente articula porque nós somos analistas a relação do sujeito ao significante o gráfico explica isso para nós então quando a gente vai pensar o gráfico como instrumento Clínico a gente vai pensar
o gráfico com o sujeito aqui do lado direito embaixo então a gente não tá pensando a Constituição do sujeito a gente está pensando esse sujeito com o qual a gente liga na então toda vez que vocês verem o sujeito nessa posição aqui no gráfico você já sabem que é versão final do gráfico do Lacan que já considera o gráfico para pensar o seu jeito lacamonta o gráfico do desejo em dois patamares Então essa estrutura básica ela é tá no patamar de baixo e no patamar de cima e aí uma esclarecimento do Lacan em relação a
esses dois patamares também na página 36 ele diz o seguinte no terceiro parágrafo vou direto ao ponto pois isso parece ter escapado alguns Devemos pensar que esses dois andares os dois andares do gráfico estão em funcionamento ambos ao mesmo tempo no menor ato de fala Ou seja quando alguém fala tudo o que tá no gráfico os dois andares no gráfico com todas as coordenadas estruturais que estão presentes nesses dois andares estão em funcionamento ao mesmo certo é importante para a gente entender não tem um dos dois mais importantes menos importante como diz o Lacan não
são funções superiores funções inferiores embora caro os dois patamares tem o características diferentes senão a gente não precisaria dos dois né então vamos começar pelo andar de baixo o que que ele diz do andar de baixo também na página 36 do seminário 6 Aí lá embaixo ele diz o seguinte portanto se há dois andares é porque o sujeito faz algo relacionado com a ação prevalente do significante sua estrutura prevalente serve para responder isso né Qual é a relação do sujeito com o significado com a linguagem o que que o sujeito faz com isso é isso
que o Lacan vai escrever aí ele diz comecemos por detalhar o que ocorre no andar inferior aqui o sujeito recebe suporta essa estrutura Isso é o que define o andar de baixo mandar debaixo do gráfico o sujeito de alguma forma se sente se vê se pensa como suporte da estrutura do significado justamente pelos elementos que a gente vai colocar aqui no andar de baixo bom essa inscrição no campo da linguagem que produz um sujeito tem esse ponto essencial aqui que é fundamental para a gente entender a relação do sujeito com a linguagem que é justamente
o campo do outro o campo da linguagem um grande outro andar de baixo o sujeito se vê como determinado desde este lugar do outro que é o lugar da linguagem que é o que lá que chama de tesouro do significantes no andar de baixo por isso que o sujeito se vê como suportando a estrutura do significante a estrutura da linguagem porque é como se ele fosse suporte para essa estrutura é esse sentido como é que a gente observa isso no andar de baixo com todos os elementos que o acampa é articular no andar de baixo
primeiro dos elementos importantes que vai estar articulado aqui é justamente o eu que ele escreve com m minúsculo de muah do francês né então eu eu me penso com o meu eu a partir de uma como ele dizia no estádio do espelho da minha alienação a linguagem ao campo do outro é o significado eu é definido pelo Lacan começa a ilusão de totalidade né Essa ilusão de que eu sou eu alienada ao significante e que tá no andar de baixo Justamente a partir desse ponto que é o grande outro que se a gente quiser comparar
com o estádio do espelho o esquema ótico quem já estudou esquema óptico quem já trabalhou com ele seria um equivalente do primeiro espelho do esquema ótico o espelho côncavo né O que que o espelho côncavo do esquematipo representa Justamente esse campo da linguagem Aonde esse serzinho de necessidade se vê e se reconhece então ele é aquilo que o significante diz que ele é ele se identifica se aliena ou significante passa a ser aquilo que o significante diz que ele é Então temos o eu aqui e outra coisa que tá colocada lá no esquema ótico com
muita clareza os ideaisinho que é o ideal e o exame de ação que é o ideal do Eu Esses são os elementos que o Lacan vai articular ao andar de baixo do gráfico dizendo que o sujeito é suporte da estrutura significante sujeito é efeito da linguagem ele é efeito daquilo que o campo da linguagem vamos dizer assim traz a respeito do que ele é como eu e a respeito dos seus ideais tudo isso no andar de baixo então sujeito é feito da linguagem tá no andar de baixo o primeiro espelho do esquema ótico ajuda a
gente a entender essa alienação ao campo da linguagem que produz uma imagem de sim inclusive Eu ideal né que tá no primeiro espelho como efeito dessa alienação a questão para o segundo andar do gráfico é a seguinte e que é a mesma questão que a gente encontra quando a gente pensa o esquema ótico pela que trabalha lá no seminário né para descrever o que que é o estádio do espelho se nós fôssemos o puro efeito única exclusivamente o efeito do campo da linguagem nós seríamos o que o outro diz que nós somos e o esquema
ótico seria um esquema com um espelho só um espelho só basta para dizer né dessa alienação ao campo da linguagem que que traz para nós a ilusão do eu se o Lacan já no seminário inclue no esquema ótico um segundo espelho é porque ele já sabe desde sempre que nós ao mesmo tempo somos o que a linguagem diz que nós somos Essa ilusão é absolutamente fundamental na Constituição do sujeito e na formação do eu mas nós ao mesmo tempo somos e não somos aquilo que o significante e a linguagem diz que nós somos então o
segundo espelho do esquema ótico é justamente o espelho que entra para dizer daquilo que nós não somos assim como o segundo patamar do gráfico entra justamente nesse ponto em que o sujeito passa assim interrogasse ele é mesmo aquilo que o outro diz que ele é para quem já estudou complexo de Édipo Esse é o corte entre o primeiro e o segundo tempo do complexo de Édipo né o primeiro tempo do complexo de Édipo a gente tem um mito da relação fucional em que a criança seria aquilo que a mãe disse que ela é né completamente
dependente a sujeitada a mãe é uma função mítica isso nunca existiu mas isso aparece psicamente nessa ilusão de um tempo em que haveria essa esse recobrimento completo do sujeito pela linguagem essa satisfação completa e que o outro sabe que eu quero e não existe falta é um mito isso nunca existiu a câmera existir nisso e é um mito que se constrói a partir do corte da entrada na linguagem que justamente é um corte que mostra que é ao mesmo tempo essa alienação na linguagem é importante é fundamental ela existe mas existe também isso que no
seminário 11 ele vai chamar de separação né sujeito se aliena e ao mesmo tempo se separa esse ao mesmo tempo é muito importante no mesmo corte os três tempos do éticos são fundamentais para entender esse corte mesmo corte em que aliena existe a separação isso para a gente não pensar e por isso que a teoria do ética é tão importante porque ela é uma teoria que pensa o jeito em passos lógicos e não na cronologia então para a gente não confundir o sujeito com a cronologia a evolução a gente nunca vai pensar de que existiria
uma alienação total para depois existir a separação absolutamente Claro para mostrar que alienação e separação são duas operações lógicas e que estão ligadas entre si e se a gente retomar tanto a teoria do espelho quanto a teoria do ético a gente vai ver que isso já tá colocado lá né São dois espelhos no esquema ótico então tem alienação tem a ilusão de que eu sou o meu eu e tem a separação que exige eu perguntar para o segundo espelho se eu sou mesmo aquilo que eu vi no primeiro espelho está no esquema ótimo no complexo
de Édipo nos três tempos a mesma coisa tem o primeiro tempo mítico de dependência Total desse outro que tudo significa para criança tudo representa né tesouro do significantes como lakan nomeia esse outro mítico que interpreta a criança mas tem o corte que separa que é um corte que produz o primeiro tempo como mítico ao mesmo tempo em que ele produz o segundo tempo assunto para a teoria do Édipo mas só para lembrar que isso tá sendo contemplado no gráfico na diferença entre o primeiro e o segundo andar do gráfico então o que que a gente
vai ter no segundo andar do gráfico a gente vai ter justamente essa essa lembrança para pensar o sujeito que embora no andar de baixo o sujeito se sinta e se pense como completamente a sujeitado ao significante então ele se identifica o significante pensa que ele é aquilo que o significante diz que ele é tem uma outra dimensão dessa alienação que aparece na pergunta que é o que joga a gente para o segundo andar tem um ponto que eu esqueci de colocar no primeiro andar do gráfico que absolutamente essencial placa escreve s minúsculo de a maiúsculo
que seria o significado do grande outro de novo esse grande outro sem barra no andar de baixo e o significado do outro é como lacre define os sintomas É bem interessante a gente pensar na definição dos sintomas no primeiro andar essa relação que o sintoma tem como grandioso a gente observa muito isso na clínica né essa relação entre si de a como sintoma e o asam como grande outro nas narrativas dos neuróticos no mito individual dos neuróticos quando eles dizem por exemplo Minha mãe sempre me dizia você é burra você nunca vai conseguir fazer uma
faculdade e eu tô aqui fazendo análise porque eu me sinto burra eu não consigo estudar eu já prestei duas vezes vestibular e não consigo passar percebe a relação que o neurótico estabelece entre o que vem do campo do outro como imperativo entre os sintomas é uma relação né que não é por acaso pela campanha na mesma linha do gráfico e não é por acaso que escreve o sintoma como um significado do E se a gente quiser pensar nesse exemplo Clínico a gente poderia pensar inclusive né o eu essa identificação com burra que sustenta esse eu
a gente pode pensar nos ideais que vendem esses imperativos do outro que evidentemente são os ideais de inteligência são os ideais de precisar passar no vestibular são os ideais de conseguir ser bem sucedida na escola né esses e dessas percebem como tudo tá articulado no primeiro andar do Grato o sintoma os ideais o eu e na fala do neurótico tudo isso depende daquilo que aparece no campo do outro como o imperativo né são os imperativos que o neurótico recorta da sua vida pessoal daquilo que Ele ouviu na sua história biográfica isso é um recorte psíquico
com recorte do sujeito e uma montagem que faz com que o sujeito se sinta a sujeitado isso aparece bastante frequentemente nas queixas nas análises o outro me disse isso né os traumas depois que aconteceu tal coisa na minha vida Espanha trauma tudo se organiza em torno desses elementos então o sujeito é isso ele acredita que ele é isso ele acredita que ele não tá conseguindo passar no vestibular porque ele é burro e ele acredita que ele é burro porque ele ouviu isso da mãe dele e ao mesmo tempo porque nós temos um inconsciente o sujeito
não é isso Então essa divisão que o Laka trabalha no seminário 5 no seminário 6 especialmente entre o g e o muado francês né entre o eu que seria o sujeito do inconsciente um outro eu que seria o jeito da consciência essa divisão ela parece nos dois andares então andar de cima é o andar onde surge a pergunta eu vou até em outra cor aqui aqui no andar de baixo a gente tem um outro que é quase um imperativo que diz para o sujeito aquilo que ele é e o andar de cima é bom o
outro me diz isso mas o que será que ele quer O que será que ele deseja essa abertura para pergunta é o que vai puxar o gráfico para o andar de cima A partir dessa pergunta que a gente tem um andar de cima eu tô pondo em outra cor porque o Laka Em algum momento faz uma brincadeira acho que no seminário 6 que inclusive essa passagem para andar de cima é um ponto de interrogação né ele compara com um ponto de interrogação no seminário 8 que eu queria trazer para vocês mas eu não aguentei deixa
eu pegar no seminário Bom de qualquer maneira na página 43 do seminário 6 então na página 43 do seminário 6 ou lácteas falando já do segundo andar do que no segundo andar do gráfico ele vai dizer que aí tem um apelo do ser ele vai dizer que o sujeito voltando para página 41 no segundo andar do gráfico sujeito é uma coisa diferente do sujeito passando sobre desfilamentos da articulação significante é o sujeito que assume o ato de falar o sujeito como eu e esse anjo né o sujeito do inconsciente E aí na página 43 ele
vai dizer Vocês vem agora em que nível se coloca a pergunta que articulei a última vez sobre a forma do que foi esse que foi é pode-se dizer a resposta do outro ao ato de falar do sujeito essa pergunta responde como sempre diria eu as perguntas respondem essa pergunta anterior a pergunta responde a essa o temível ponto de interrogação cuja própria forma articula no meu esquema ao ato de falar nessa forma de ponto de interrogação o ato de falar do sujeito que tá no segundo andar Ou seja é como se o sujeito no primeiro andar
se pensasse como sendo falado pelo outro e o sujeito no segundo andar é o sujeito que assume o ato de fala lembrando uma coisa importante tá dizendo que os dois andares estão presentes ao mesmo tempo em todo o ato de fala né nosso sutileza da diferença entre o andar de baixo e andar de cima E aí a questão é na página 43 falava algumas coisas e ele disse Será que o sujeito sabe o que faz ao falar e aí ele diz Para Ele responde que não né então ele assume o ato de falar justamente colocando
em uma pergunta colocando uma questão que o Lacan resume nessa expressão nessa pergunta que ele extrai de um ponto italiano de um autor chamado casotti que se chama o diabo Enamorado se a pergunta que é a temível pergunta que boi que queres né que no ponto do Cazotti é uma enorme cabeça de camelo que aparece dentro de uma caverna e coloca essa pergunta e aí o laca vai relacionar essa pergunta ao mesmo tempo isso é importante também para a gente entender o início de trabalho do Lacan com esse ponto do real que tá presente no
gráfico sem que ele esteja muito explícito é uma pergunta de certa forma angustiante né porque no primeiro andar do gráfico eu sei o que eu sou eu sou o que o outro diz que eu sou eu sou o meu eu tenho a ilusão de ser o meu eu e eu graveito no primeiro andar do grave em torno dos meus ideais e do meu sintoma o segundo andar é justamente o andar em que isso que eu sou de alguma maneira se abala existe um certo uma cama é chamado de corte aqui no seminário 6 já trabalhou
com a ideia do corte no seminário 5 existe um corte entre aquilo que supostamente eu sou e aquilo que no segundo andar eu tento articular a partir da pergunta que é uma pergunta sobre o desejo Então o que a gente tem na subida do grato é esse desenho aqui que representa o desejo e aqui uma coisa importante interessante de pensar o desejo é um dos elementos do gráfico uma das coordenadas do gráfico e ao mesmo tempo o desejo é o gráfico inteiro o gráfico inteiro é o gráfico do desejo duas maneiras de pensar de situações
uma das suas coordenadas ou a totalidade o desejo já é uma maneira como diz o arca de tentar articular uma resposta para essa pergunta sobre o que eu sou para o outro no andar de baixo não tinha pergunta no andar de cima tem pergunta uma pergunta é uma pergunta sobre o desejo e é uma pergunta que que aparece a partir justamente da insuficiência do andar de baixo para dizer daquilo que o sujeito é andar de baixo fosse suficiente nós seríamos o nosso eu nós não teríamos inconsciente não haveria angústia é o Real estaria fora de
todas as considerações da psicanálise existe sujeito Porque existe o Real Porque existe um objeto A Porque existe angústia porque a linguagem não recobre completamente aquilo que a gente é né está na base para definição do real do Lacan não vou entrar nisso agora só vou deixar indicado que ajuda muito a gente pensar a passagem do andar de baixo para andar de cima mas Lembrando que no seminário ainda não tem o conceito de objeto a para ajudar ele a fazer essa articulação isso tem algumas consequências na forma como ele muito grave nesse momento então o desejo
é uma forma de tentar responder a essa pergunta o que eu sou para o outro e nessa pergunta que seria formulada em torno de um que foi né Que Queres o que que o outro quer de mim que que o Lacan vai colocar justamente nesse ponto aqui de chegada dessa flecha que joga o gráfico para andar de cima que é um ponto de interrogação nesse ponto lá que vai articular o s de amarrado que é uma das coordenadas mais importantes e difíceis aí é articular no seminário 6 que que é o s de amarrado né
Tem muita atenção para ss de amarrado no seminário 6 e depois o que vai acontecer com ele na transmissão se houvesse resposta para a pergunta o que eu sou no desejo do outro a resposta seria uma resposta significante daí o s daquilo que falta ao outro amarrado Então como é que a gente lê o s de amarrado no seminário 6 o s já barrado é o significante da falta no outro quem trabalha o gráfico a partir do seminário 5 vai ver o Lacan localizando isso com muita clareza nos três tempos do complexo de Édipo na
fórmula da metáfora paterna ele vai dizer que o Édipo é justamente essa pergunta sobre o desejo que é uma pergunta alienada no campo do outro eu não pergunto endereçada para o outro que é a pergunta o que é o sono desejo do outro se houvesse resposta para a pergunta o que eu sou no desejo do outro a resposta seria S de barrado significante na falta do outro o que que eu desejaria ser para o outro desejaria ser aquilo que falta ele terminar os seis página 45 então acredito falando dessa pergunta né falando dessa dessa desse
ponto do S de amarrado ele disse mas vocês vocês já sabem a resposta a resposta verdadeira quer dizer a resposta a pergunta que foi a resposta a pergunta sobre o que eu sou no desejo do outro ela só pode ser uma é aquele significante e nada mais especialmente destinado a designar as relações do sujeito com o significado esse significante é o falo Então se houvesse resposta para perguntas sobre o que eu sou no desejo do outro é isso que ele trabalha nos três tempos do complexo de ético é assim que ele retoma a fórmula da
metáfora paterna no complexo de Édipo se houvesse resposta a resposta seria o significante da falta do outro e qual é o significado da falta do outro significante da falta do outro é o qual Então o que o sujeito deseja ele deseja o desejo do outro temos essa definição né apoiada no reino e que o Laka vai dar desdobramentos que tem a ver com psicanálise do próprio desejo definido como desejo do outro desejo de ser desejado nesse lugar fálico que seria o representante capaz de dizer desse desejo que é um significante e como significante nessa dimensão
simbólica do significante que o Lacan trabalha extensamente no seminário 4 vocês vem comum seminário vai desdobrando as questões do outro né É um lugar vazio é o representante da falta na cama vai dizer que é o significado que articula cadeia isso é de uma complexidade um outro momento a gente discute isso mas é o significante da falta é aquilo que eu Suponho que falta o outro e que se eu for eu vou ser aquilo que o outro desejo essa é a construção então esse de amarrado no seminário 6 é o significante da falta no outro
e é o falo mas vou dar uma um passo a mais juntando que ele tá trazendo do seminário 6 como que ele vai trazer no seminário 8 passa mais é o seguinte no seminário 8 quase como uma um ato falho vamos dizer assim o Lacan tá trabalhando essa ideia do significante da falta no outro e não determinado momento ele faz uma troca e ele fala na falta do significante no outro não é a mesma coisa dizer do significante da falta no outro ler o s de amarrado como significante da falta no outro e ler o
s de amarrado como a falta de significante no outro não é a mesma coisa não quer dizer que o lacracia equivocou quer dizer que o Lacan vai vai fazer tá fazendo uma investigação que justamente ele tá se perguntando sobre este ponto em que por um lado falta ao outro um significante capaz de me dizer quem eu sou porque o campo da linguagem não dá conta né da linguagem ele não é total ele não é completo falta a esse campo significante que poderia definir né E se sobrepor a existência que poderia responder pelo ser e ao
mesmo tempo como falta esse significante o que o neurótico faz é tratar da falta de significante no outro com um significante da falta no outro é só um parênteses a gente não vai dar conta disso que isso é bem difícil mas um parenteses para vocês recorrerem a um texto que eu gosto muito que eu escrevi que se chama justamente do significante da falta no outro a falta de signficante do outro ou o inverso a partir do seminário 8 vocês encontram na internet se vocês não encontrarem me escrevam eu mando para vocês é uma sutileza para
abordar a falta de significante no outro que é um é um ponto ali que fica amarrado no seminário 8 ao S de amarrado ele vai saltar no seminário 9 para topologia para matemática ele vai desenvolver todo um trabalho para definir esse limite que a linguagem tem para significar que evidentemente lá que eu já sabia disso desde o seminário um senão não teriam dois espelho se não é não seria uns três tempos com dois cortes já sabia desde sempre que o real é esse limite da linguagem mas para abordar isso para cuidar disso da forma como
ele vai cuidar ele vai precisar sair da linguística como referência da estrutura para pensar as questões né da estrutura de linguagem do consciente Inclusive a estrutura do desejo e vai saltar para matemática então topologia lógica vão ajudar a definir esse limite da linguagem para representar [Música] uma necessidade teórica do Lacan porque a linguística nos ajuda a entender a estrutura de linguagem do inconsciente a matemática vai nos ajudar a entender qual é o lugar do Real na estrutura de linguagem do inconsciente Inclusive a matemática fala em estruturas também ele vai aproveitar essa noção de estrutura que
está na matemática que é muito interessante que inclui o Real diferente da noção de estrutura da linguística que não se interessa pelo Real porque a linguística se interessa né Por uma descrição da linguagem que é de outra ordem ou seja o Real o objeto a eles não estão presentes ainda no seminário 6 para definir a parte de cima do gráfico Mas eles são uma indicação da necessidade da parte de cima porque nem tudo se explica na parte de baixo vamos dizer assim o Capítulo 22 do seminário 6 inteiro ele é um capítulo muito importante e
interessante Nesse sentido porque ele é um capítulo que traz para nós deixa eu pegar aqui é um capítulo que vou ver se eu acho que no livro mesmo é um capítulo que traz para nós esse esforço que tá fazendo de introduzir o real para pensar o gráfico Mas sem o conceito de objeto a embora o conceito de objeto a esteja a gente vai ver Especialmente nos conceitos que estão em cima e em um dos conceitos que tá embaixo Mas dão ainda né pensado da maneira como vai ser pensado a partir do seminário 9 seminário 10
Então qual é o termo que Ela utiliza bastante para pensar isso no seminário 6 que tá no Capítulo 22 recomendo que vocês Leiam especialmente a parte 2 do Capítulo 22 é o corte do corte esse corte que tem relação inclusive com um conceito que tá aqui no andar de cima que é o conceito de fantasma Vamos colocar o andar de cima não entre o andar de cima e o andar de baixo justamente Então vamos colocar os outros elementos do gráfico aqui nessa então eu fiz em vermelho só para vocês verem essa brincadeirinha que faz de
chamar né a forma do gráfico da forma da pergunta né a pergunta que joga para andar de cima e aí a gente tem outros três pontos do gráfico que estão faltando a gente definir Ah não são só dois o s de amarrado aqui o significante da falta do outro que é o significado que seria capaz de responder a pergunta sobre o desejo do outro sobre o meu lugar no desejo do outro que eu falo mas que também vai ser lido pelo Lacan como a falta de significante do outro que vai funcionar como causa daquilo que
o desejo e aqui a gente tem esse ponto aqui que vai chamar de demanda e vai escrever esse barrado com som de que seria a demanda pulsional então ele articula a demanda no andar de cima ao desejo ele sempre articulou demanda e desejo a melhor maneira de entender a relação entre demanda e desejo que eu já trouxe para nós tá em questionavelmente na figura do Thor do seminário 9 a gente estudar direitinho o que que o lacre tá propondo com a figura do Thor no seminário 9 a gente entende essa relação entre a demanda e
desejo então ele disse que a demanda né é efeito do desejo ela ela é feito não ela tá articulada ao desejo na verdade ele inverte né no seminário nova ele mostra como a partir da não satisfação da demanda se cria um espaço onde o desejo se instala e essa não satisfação é a base também para entender o que é o real para psicanálise né a pulsão não se satisfaz por definição rugoso interditado a quem fala por definição o gozo tá perdido para nós que somos seres de linguagem não existe satisfação plena tudo que a gente
possa considerar satisfação plena vai ser sempre um ideal uma construção psíquica né que o nosso narcisismo requer e que tá ligado de uma certa forma esses ideais aqui a esse Zinho né que justamente traz o ar que mais para frente ele vai trabalhar como objeto a e esse outro elemento aqui fundamental no gráfico é o s barrado função de ar que é o fantasma que tá traduzido na pelas ar como fantasia toda uma questão da tradução por fantasma ou por fantasia na tradução do Index a gente adotou fantasma tô vivendo aí um texto para vocês
sobre essa diferença essa diferença é uma diferença que a gente pode inclusive localizar temporalmente no Lacan eu diria sobre isso que eu quero escrever eu diria que antes que o objeto a seja um conceito para definir o real né O resto da simbolização pelo Lacan esse barrado com som de a pode ser traduzido por fantasia é uma boa tradução Mas a partir do momento eu tenho o conceito de objeto a gente pode reler o mesmo S de barrado com som de a como fantasma um famoso seminário 14 lógica do fantasma em que ele articula né
a relação do sujeito com o objeto a como uma relação lógica né pensando no real pensando na dimensão do real que ele explora lá na Constituição do sujeito na teoria da alienação Então são duas maneiras de ler a fórmula do fantasma uma em que que a gente vai encontrar aqui no seminário 6 em que ela tá mais relacionada com a fantasia no sentido mais freudiano da fantasia da fantasia sexual das Fantasias de devoração de em geral fantasias conscientes ligadas a desejos inconscientes essa dimensão da fantasia que tá bastante presente no Freud é a dimensão da
fantasia que ela trabalha aqui não é barra do poção de ar no seminário 6 ele retoma isso inclusive nas fórmulas da Histeria da neurose obsessiva no sétimo oito tem uma citação aqui para a gente localizar porque tá no seminário 6 na página 424 ele diz assim Logo no início da parte 2 tudo se passa como se o objeto desempenhar-se na fantasia o mesmo papel de miragem que não andaram inferior a imagem do outro especular e Zinho que é o ideal que tá ali do lado direito embaixo do gráfico desempenha com relação ao eu na fantasia
contudo o objeto é o suporte Imaginário dessa relação de corte que nesse nível o sujeito tem para se suportar o que nos induz a uma fenomenologia do corte não vou entrar nisso aí a gente tem a dimensão do real e o laca tentando se virar com a dimensão do Real antes de ter o conceito de objeto a mais de alguma forma já tendo o conceito de objeto a sem se dar conta né porque isso a gente vai ler retroativamente quando ele tem o conceito de objeto a gente vai fazer uma outra leitura dessa forma inclusive
vai aproveitar isso para fazer uma outra leitura do Eu ideal também porque eu o ideal aqui nesse trecho que eu li para vocês tá muito relacionado ao especular na formação desse erros aqui né esse arzinho no começo no esquema ótico é o outro é outro semelhante ao especular assim como esse azinho na forma do fantasma do seminário 6 nesse trecho que eu li para vocês é um objeto Imaginário que dá ilusão de haver um objeto na construção de uma fantasia que portanto é pensada como cena E aí a gente tem uma dimensão mais freudiana do
fantasma dessa fórmula que é o acompanha isso durante muito tempo que está presente nessas fantasias relacionadas com o desejo o Freud também tem uma uma maneira de abordar aquilo que a gente vai chamar de Fantasma em termos lacranianos que também tem relação com a fantasia no texto freudiano que tá presente em dois duas situações a cena da Tortura dos Ratos no caso do homem dos Ratos ela é uma cena que a gente poderia chamar de cena fantasmática em termos lacanianos e aí a gente tem uma aproximação com o conceito de real e com o objeto
que é a aproximação que ela faz no seminário 10 com o tema da angústia Então a gente tem angústia o Fantasma o objeto a o gozo o real todos esses temas articulados aí o gráfico do desejo avança enormemente a gente consegue fazer articulações que que o Lacan não fez no seminário 6 porque ele não tinha o conceito de objeto lá e um outro lugar em que isso aparece no Freud é no bate-se numa criança famoso bate-se numa criança que também articula inclusive Passos lógicos né com os recursos do Freud Freud faz isso de uma outra
maneira né perguntas que o Freud vai fazendo sobre essa cena Onde tá o sujeito Qual é a posição do sujeito que a gente vai ler lacranianamente articular também ao fantasma uma certa posição fantasma que também tá ligado ao gozo a posição de objeto do gozo do outro que seria o objeto a e a relação que isso tem com a angústia então só para encerrar E aí a gente abre as perguntas de vocês o que a gente tem no s barraco com som de é a demanda funcional que eu acho que eu não li para vocês
deixa eu ler tá na página 423 do seminário 6 só para trazer alguma citações para você se localizarem aqui quando ele fala da demanda funcional ele disse que o s/arado como são de diz a demanda seja oral ou anal adquirir aqui uma função metafórica e se torna símbolo da relação com o outro em especial ele diz um pouco antes nesse parágrafo a demanda de amor né então demanda e última instância sempre demanda de amor na demanda de amor eu me coloco como objeto do outro e aí os objetos da pulsão né Ele fala da pulsão
oral e da pulsão anal mas acho que um exemplo mais claro e mais Evidente disso tem a ver com as demandas histéricas né de amor da histeria que é muito clara e uma coisa que acompanha muitos casos de estria não todos evidentemente essa demanda se articula a função certo lugar que a histérica reclama na relação com o outro então a demanda é a demanda pulsional articulada a pulsão que também põe o sujeito na pergunta que voe né O que que eu sou para o outro e o Fantasma no s/arado punção de a que a gente
pode assim como é se de amarrado a gente pode ler como significante da falta ou como a falta de insignificante o s Barra do punção de a gente pode ler como a fantasia no sentido mais freudiano das Fantasias conscientes e da articulação com o desejo da ilusão do objeto na fantasia Mas a gente pode ler também como o fantasma na sua forma lógica definida pelo seminário 14 em que o sujeito está colocado como objeto a que é o objeto do gozo do outro no Fantasma o lugar do sujeito é o lugar de Puro objeto da
satisfação do outro por objeto do gozo do outro a gente entende porque que isso tem a ver com angústia é isso que vai trabalhar no seminário 10 eu acho que é um passo importante aí articular com o real e retomar o gráfico do desejo pensando essas articulações o Laka vai fazer Isso evidentemente conforme ele avança Teoricamente ele vai trazer aí algumas considerações que fazem que propõe retomar tanto o vizinho de azinho na Perspectiva do objeto a Quanto é esse barrado produção de perspectiva do objeto lá eu não tô dizendo que uma leitura supera a outra
uma briga eterna minha a gente vê Ah então ele se enganou essa de amarrado era o significante da falta depois vira a falta de insignificante Não o s de amarrado pode ser lido das duas formas depende da perspectiva que você tá trabalhando simbólica ou real aí o importante articular os três registros aí o s Barra do função de a mesma coisa na Perspectiva real você vai localizar o objeto a o gozo a angústia na dimensão simbólica e imaginária você vai localizar o desejo e a cena nasmática né que tem uma se caráter se monta numa
cena bom esse é um resumo bem resumido né montei com vocês o gráfico para vocês entenderem basicamente que né tudo que tá ali tem sentido tudo se articula de uma determinada maneira e para vocês também entenderem a dificuldade no tô esperando que vocês saiam daqui hoje pensando ah entendi o gráfico né acho que a ideia é apresentar o gráfico para que você se interessem pelo gráfico como um recurso pela que eu deixo como ele diz para pensar Teoricamente funcionamento da neurose que sem dúvida abre muitos e muitos caminhos para o manejo da química né um
dos caminhos tem lá o meu vídeo do YouTube se vocês quiserem procurar depois vocês procurem esse caminho que articula o gráfico por exemplo com a com a transferência que é uma proposta do lacano seminário 6 e que alguém me convidou para falar disso E aí tem uma aula sobre isso mas tem muitas articulações que a gente pode fazer muitas então assim sei que o gráfico é um pouco assustador né mas queria ouvir um pouquinho vocês queria saber quais são as questões as dúvidas Michele na outra no nosso outro encontro pareceu que era cenas do próximo
Capítulo né você ia falar sobre uma vinhetinha acho que rápido assim você ia trazer alguma questão assim para a gente pensar esse gráfico dentro de uma situação Clínica e daí Será que a gente pode voltar porque eu vou te falar viu eu sou muito curiosa e talvez é tudo isso passe a se encaixasse um pouco melhor porque para mim eu tô pegando bem firme né Eu Já faz alguns anos que eu estudo na cama Depois que eu encontrei o Fábio aí a gente sempre tem essa proposta de fazer uma leitura craniana né dentro do lexparte
mas é assim é difícil é bom que seja né porque se eu tivesse compreendido tudo provavelmente não tava compreendendo nada né angústia Mas eu também vejo que as pessoas me perguntam eu vejo grande angústia da maior parte dos participantes daqui desse curso mas de outros oficinas que a gente faz também sobre como que isso vira a clínica né então se você puder pela parte bem bacana Obrigado vou tentar fazer isso brevemente Fabiana a gente pode fazer uma coisa que que num dos meus livros que tá para ser publicado eu fiz que é pegar um caso
e articular o gráfico fiz isso no meu livro que não tá publicado ainda mas que será prometo para vocês e daí semana para gente viu quando chegar aí a gente fala lá com o pessoal observação deixa só fazer uma observação Muito obrigado pela tua apresentação foi maravilhosa encaixa direitinho na nossa no nosso seminário né a gente tá mais ou menos na lição 5 seminário 6 né então agora vai impulsionar eu acho que é muito importante colocar essa aqui acho que tu colocasse de uma maneira muito didática e o ar deu saia é o cara que
defende muito isso eu vi um vídeo dele inclusive ele diz né se a gente não entender essas coisas não adianta estudar porque se a gente não estudar essas coisas então não ela canta Android né então a gente pegar essa formalização da psicanálise que não é nada além na verdade ao contrário né o lacano faz isso para ser difícil ele faz isso para facilitar né ele vai só que claro como a gente tem né a gente tem uma certa deficiência assim né disso Olha vê o que que é cada símbolo Às vezes tem a confusão com
a tradução né então o a mais a gente não entende porque que o a mais significa o outro né ou a questão do mzinho pequenininho e tal né então eu acho fundamental inclusive Michele eu tô numa outra ontem eu estava num curso vocês conhece a Letícia Cesarino ela é uma antropóloga ela tá estudando ela é uma hoje ela eu li o livro dela eu tô resenhando agora que vai ser minha pesquisa de pós-doarque onde ela pega a teoria do sistemas do Gregory badison e ela pega várias teorias Matemáticas e tal e ela tenta explicar o
mundo de hoje principalmente a política e ontem ela e nesse livro dela ontem eu fiz um curso com ela na ubu ela eles têm gráficos tem o gráfico da ferradura e tal então ela explica assim ah quando o bolsonaro posta determinada coisa na internet ele quer que né e ele vai depois de uma tudo isso pode ser expresso matematicamente dentro do mundo dos algoritmos ou seja existem equações para fake News e como as fake News circulam na internet daí como ela quer um cara que estudava cibernética né então ele também Ele defende a formalização da
psicanálise a partir disso seminário 2 que ele vai falar algo até da própria carta roubada né então a gente vê o fundamental disso né porque como é interessante a gente pegar uma lógica que na verdade ela vai reduzir os conceitos né ela vai né e a gente consegue ter uma visão em cima aí no caso da Clínica eu acho que é isso né para falar da Clínica né semana passada a gente só para te dar uma notícia essa semana passada a gente pegou o livro né da o texto da dialética do desejo e debatemos ele
para se preparar para hoje E aí surgiram que engraçado que surgiram vários casos clínicos ali e aí a gente pode conversar sobre isso eu acho que agora tu pode também dar o falar um pouco mais sobre isso que uma fábrica te perguntou quero te agradecer né porque é um tema muito importante também te agradeço agradeço o comentário vou atrás dessa autora é isso você pode a estruturas para pensar uma série de coisas é isso que o laca faz né com os conceitos que não é exatamente reduzir os conceitos mas é limpar os conceitos dessa dessa
dimensão imaginária da transmissão que é o que a matemática faz o que a física faz você reduz os conceitos a letras é o que lá que faz por exemplo com a teoria do Édipo né o Freud traz para nós pai mãe criança medo de perder o pênis inveja do pênis e o Lacan leu Freud diz o que o Freud transmitiu para a gente foi uma estrutura essa narrativa a gente tem que entender ela como um mito e por trás de um mito tem uma estrutura que é possível ser extraída E é isso que nos interessa
e qual é a estrutura metáfora paterna o que que ele faz né ele limpa a dimensão imaginária da teoria que não é descartável ela tá lá foi um mito que inventou que né tava de acordo com a época dele mas que como mito da ultrapassado não como estrutura a gente tem a estrutura da metáfora paterna que é uma substituição significante e que tem como produto a significação fálica é isso se a gente entender que lá que tá fazendo isso né Acho que em outras áreas em outros Campos a gente vê a mesma coisa você reduz
aquilo que está na fala Há certos elementos estruturais e manejo esses elementos foi placa fez com a teoria dos discursos né Tem uma série de recursos o que o alcan faz com o esquema ótico é uma maneira de transmitir o estádio do espelho e por aí vamos Então esse é o esforço e que o contente de saber que vocês estão né nessa leitura pontual ponto a ponto do seminário porque Imagino que tenha dado uma contribuição para os próximos passos dessa leitura né como a Fabiana tava dizendo é bem difícil Teoricamente mas quando a gente articula
com a clínica parece um pouco menos difícil vou tentar fazer algumas articulações para ver se a gente consegue pensar são muitas articulações a clínica cabe inteirinha no grave essa semana a gente num dos meus grupos de discussão Clínica a gente uma das meninas que Justamente a trazer a questão Clínica ontem me pediu para para articular um caso que ela tá atendendo ao gráfico do desejo Então foi bom isso que inclusive contribuiu para eu refazer a minha fala de hoje porque cada vez que a gente volta para os conceitos a gente né trabalha eles e entende
mais alguma coisa que ele não tava entendendo antes e a gente passou uma hora de encontro fazendo essa articulação de um recorte Clínico que ela fez com o gráfico do desejo tentando colocar né o caso dela no gráfico vou dizer uma coisa a gente vale por uma supervisão né quando a gente consegue localizar os elementos de um caso a partir da estrutura do gráfico a gente consegue pensar o que que conversa com o quê a gente consegue inclusive pensar que os elementos que estão faltando no manejo da Clínica Nossa olha que interessante nesse caso não
tem sintoma porque que será que não tem sintoma nesse caso não tem nenhuma cena fantasma que ajude a gente a pensar onde tá angústia ou nesse caso parece que é só o fantasma é só angústia como a gente planeja como é que ela conversa com os outros elementos do gráfico Então tudo isso dá trabalho dá para fazer é importante que a gente faça mas exige um trabalho ontem assim era uma hora de encontro a gente passou do horário foi quase uma hora de e meia de encontro para fazer essa articulação Então ela é trabalhosa mas
ela é rica ela é interessante ela é importante eu recomendo que vocês tentem fazer pequenas articulações né Eu fiz uma para vocês né a relação por exemplo entre o a posição do grande outro no andar de baixo do gráfico e a posição dos sintomas no andar de baixo do gráfico e como o grande outro e o sintoma a escolha por escrever o sintoma como significado do outro não é arbitrária né de fato sintoma de alguma maneira responde aquilo que o próprio sujeito lê como um imperativo que vem do outro né coisas vou trazer pequenas pequenos
recortes da clínica não vou falar sobre um caso vou trazer pequenos recortes para a gente entender isso né uma paciente obesa que tem esse sintoma ela não consegue fazer dieta ela faz dieta e não consegue emagrecer e que tem na sua história por exemplo uma mãe excessivamente preocupada com aparência física dela e com o peso dela entendem como uma coisa conversa com a outra tem uma dimensão do outro que cuidado não é a mãe dela é o outro dela desta paciente é aquilo que ela recorta do discurso das falas inúmeras falas dessa mãe a gente
não tá reduzindo essa mãe é o grande outro e nem tá dizendo que o grande outro é a mãe mas a gente tá dizendo que das inúmeras falas dessa mãe Alguma coisa captura essa paciente o que captura essa paciente é minha mãe se preocupa com a minha imagem ela gostaria que eu fosse magra então viram seja magra como um interativo se a gente quiser articular isso ao andar debaixo do gráfico o visão de ação vocês veem que de novo é o grande outro que tá aqui entre parentes não por acaso aqui a gente tem o
ideal do Eu uma das articulações que faz com o ideal do Eu é chamar o ideal do Eu de superou o ideal do Eu super ego então por exemplo ideais de magreza que ficam insistindo num certo caso eu preciso ser magra preciso fazer dieta tô fazendo dieta não consigo eu me sinto mal eu deprimo por não conseguir emagrecer percebe a gente vai vendo tudo conversar com tudo ali embaixo né o sujeito se sentindo como diz o seminário 6 o suporte dessa estrutura uma indicação Clínica importante do Lacan e ele vai falar isso no seminário 6
vocês acho que ainda não estão não entraram nesse tipo de investigação do Lacan foi bom a gente ter conversado antes nessa passagem para andar de cima tem uma coisa que o lacra diz eu tinha anotado para citar para vocês mas perdi esse ponto da situação mas vocês vão encontrar na leitura que vocês fizerem ele faz uma relação como Toda a relação a gente tem que fazer ela com muito cuidado a gente não pode chapar e dizer é assim né ele mesmo diz isso quando ele faz essa relação mas ele propõe uma relação que é a
seguinte não andar de baixo a gente teria a dimensão da consciência e no andar de cima a gente teria a dimensão do inconsciente de novo cuidado com isso é só uma das articulações o andar de baixo não é só a consciência e o andar de cima não é só inconsciente mas uma das articulações é essa e ele faz essa articulação quando ele tá pensando na clínica porque porque no andar de baixo a gente tem os pacientes que chegam nos nossos consultórios se queixando do seu sintomas que tá no andar de baixo da qual eles têm
consciência né ele se queixam dos seus sintomas e se queixando de um outro que ganha muita consistência na queixa dos nossos pacientes a ponto de Às vezes a gente pensar que o outro é a mãe é o marido é o chefe é a esposa é o companheiro porque o meu marido diz isso porque o meu chefe é muito exigente porque o meu filho no me obedece e aí a gente vai pensando que o filho o chefe são a realidade né E que o nosso analisante padece dos efeitos dessa realidade não né a realidade segundo Lacan
é feita de real simbólica Imaginário para quem se interessar por isso recomendo a leitura do meu livro sobre o rsi o primeiro né tem mais dois livros para publicar sobre isso mas esse é pequenininho é só um resuminho a realidade é feita de real simbólico Imaginário portanto a realidade sobre a qual os nossos analisantes falam ela tem uma dimensão psíquica que é o que nos interessa né então quando alguém diz minha mulher gasta demais no cartão de crédito o nosso papel como analistas É nos lembrar que isso tem a ver com esse andar de baixo
né do gráfico a minha mulher é esse outro que Tá exigindo de mim pagar contas que eu não consigo pagar e eu tô angustiado porque ela gasta muito eu não sei o que eu faço com isso percebem que quando a gente coloca isso no gráfico a gente não vai ajudar esse analisante a pensar se ele quer continuar casado com essa mulher ou não que gasta demais no cartão de crédito porque não é da realidade dessa dessa mulher que a gente tá falando a gente tá falando dessa mulher no discurso do nosso analisante e no discurso
do nosso analisante ela parece como esse imperativo do grande outro de pague mais bem mais né paga todos os meus luxos o que que é o andar de cima né como é que a gente entende a relação entre andar de baixo andar de cima que é uma das relações muito ricas que a gente pode pensar na clínica a partir do gráfico o andar de cima é o andar da pergunta o andar de cima é o andar como diz o lakank o sujeito assume o ato de fala e o sujeito o Laka chama de G né
do sujeito do inconsciente o andar de cima é o andar da pergunta o andar de cima é o andar do que voe né o andar que joga a gente para o segundo jogar a gente para o segundo andar do gráfico é se perguntar sobre o desejo que a pergunta do analista os nossos analisantes estão se queixando do trabalho do emprego da do Brasil da esposa do filho do marido e a nossa pergunta Clínica se nós somos analistas é aonde está o desejo e a pergunta sobre o desejo inconsciente que é o centro da investigação freudiana
o lacão vai vai vamos dizer assim ampliar isso de uma forma muito rica e muito interessante para a ideia de que o desejo como ele se articula e se articula em todos esses elementos que estão no gráfico o desejo se define por uma certa posição do sujeito posição do sujeito é uma expressão muito utilizada pelo Lacan uma expressão muito importante que em geral tá no centro da nossa investigação Clínica quando nós somos lacranianos né Eu sempre brinco quem supervisão alguém vem fazer uma supervisão comigo e basicamente o que eu digo é marca a posição do
sujeito e corta a sessão isso vale para todos os casos de neurose todos os casos a próxima pergunta e tem a ver um pouco com seu comentário né Fabiana a próxima pergunta é mas eu mas aonde tá a posição do sujeito Mas como eu acho a posição do sujeito O que é a posição do sujeito e a posição do sujeito é uma coisa que tá na estrutura do gráfico e a abertura para posição do sujeito tá nessa nesse giro do primeiro andar para o segundo andar por isso que o laca vai dizer que o segundo
andar é o inconsciente percebem porque o giro tem a ver com a nossa intervenção clínica que a gente faz o tempo todo que tem o tempo todo analista lacraniano alguém que pergunta meu filho tá me cobrando você não é um bom pai e a gente diz bom Como você entendeu isso como você lida com isso o que você disse para o seu filho quando ele te disse isso percebem de novo a gente está no primeiro andar do gráfico o filho tá ali como representante do grande outro dizendo seja um bom pai você não é um
bom pai e a gente vai fazer uma investigação que Visa a posição do sujeito Eu acredito na ciência e a verdade um texto que está nos escritos é de nossa posição de sujeito somos responsáveis Essa é a responsabilidade do analista né quando a gente escuta uma analisante a nossa pergunta Clínica é uma pergunta sobre a posição do sujeito então seu filho te disse isso como você lida com isso Qual é a sua posição Aonde está o seu desejo né O que você responde para ele as nossas perguntas não são quaisquer perguntas percebem as nossas perguntas
elas estão sempre visando o desejo a posição do sujeito que tem a ver com segundo andar O que que você deseja o que que você quer como você lida com isso que seu filho diz né Qual é a resposta que tem milhares de respostas que se pode dar para um filho que diz você não é um bom pai concorda tem muitos ideais que circulam em torno da paternidade O que é ser um bom pai quer ser um bom pai do ponto de vista desse desse neurótico quer ser um bom pai do ponto de vista daquilo
que Ele imagina que o filho dele espera que ele seja né como filho e aí todos os dias dobramentos dessa dessa desse imperativo que aparece na fala do filho a gente vai buscar investigando perguntando E aí a gente vai localizar falo né falo por exemplo inventando em cima desse caso né o pai que esse pai gostaria de ser para o filho percebem eu falo é a resposta o desejo do outro desejo que esse filho tem de que eu seja um bom pai qual seria a resposta que eu gostaria eu sou esse bom pai eu sou
esse falo que ele pede eu sou aquilo que ele disse que tá faltando para ele e aí isso conversa também com os ideais que estão no andar de baixo todos os ideais paternidade isso conversa com uma uma se a gente quiser também com a demanda no andar de cima né ser amado como um bom pai então precisaria corresponder as expectativas do meu filho a demanda é numa neurose numa histeria como eu tinha falado seria uma demanda de amor mas numa neurose obsessiva a gente teria demanda de reconhecimento né ser reconhecido como um bom pai eu
acho que eu sou eu faço tudo possível né como ele não me reconhece assim do ponto de vista fantasmático se a gente quiser articular com o Fantasmas angústias né basicamente a angústia humana por excelência que tá no fundo de todas as angústias em todas as estruturas clínicas embora a gente esteja falando da neurose vale para perversão para Psicose também mas reduzindo a neurose a angústia de não ser essa angústia fantasma que tá no fundo de todas as angústias percebem como isso conversa com a estrutura do gráfico a minha angústia angústia de não ser eu me
Cerco de ideais de crenças de maneiras de pensar no mundo a partir daquilo que eu leio das demandas do outro para tentar dar conta dessa angústia fantasmático de fundo e tentar ser o melhor pai que eu possa ser para o meu filho por exemplo no caso Clínico inventado assim de pedaços de casos em que a gente vai compondo aí uma historinha Ou seja a gente toma como ponto de partida da Clínica a narrativa dos nossos analisantes e a gente tem que lembrar que essa narrativa ela tem uma dimensão que a gente pode comparar com o
mito né por isso que eu chamo de Mito individual do neurótico e essa narrativa tem por trás dela todos esses elementos estruturais e o nosso trabalho clínico é não se deixar levar pela narrativa percebem Poxa mas esse filho que difícil Nossa mas essa mãe olha o que ela fez Nossa mas esse chefe realmente é um chefe muito autoritário isso é escorregar para Imaginário e não assumir a responsabilidade que nos cabe para além dessa narrativa Aonde está a posição do sujeito ou seja o que que essa narrativa diz daquilo que nos interessa que é a posição
do sujeito e o corte da sessão só para fazer mais uma articulação Clínica tem a ver com a posição do sujeito né quando a gente corta uma sessão quando a gente localiza a posição do sujeito o corte é uma forma de interpretação é uma forma de marcação na minha leitura do Lacan o corte é a interpretação Clínica tudo que a gente faz na clínica prepara o corte tudo que a gente pergunta prepara um corte bom corte tem efeitos clínicos de esvaziamento desses ideais desse significantes que compõem a neurose de cada um que encaminha uma análise
para o seu final que é o objetivo de toda análise só para juntar aí até com o tema do final de excelente Excelente excelente tua transmissão assim fica babando com tudo isso mas aí eu acho que quando você falou que o corte é a interpretação clínica de corte ela devastação porque olha é devastador quando melhorar a gente faz o corte para mim é terrível aí eu vou dizer uma coisa Cláudia Isso dá um outro encontro só falar do corte dá um encontro uma hora a gente pode proporcionar e não é por acaso que ele fala
tão pouco do corte o corte foi uma das coisas mais polêmicas na época do Lacan de um Lacan que era um analista Ipa um analista de data da Ipa né submetido a toda aquela rigidez do sete ainda vocês podem imaginar na época do lacão que significava propor uma variação do tempo da sessão então tem poucos momentos em que ele se ocupa de falar dessa variação do tempo em geral Cláudia quando ele fala disso recomendo que vocês façam uma pesquisa sobre esse tema ou ele fala indiretamente né falando do tempo lógico por exemplo no texto do
tempo lógico falando de topologia quando ele fala do corte nas figuras topológicas de alguma maneira ele tá dando indicações clínicas para nós de forma mais indireta ou quando ele fala diretamente ele fala do corte em alguns textos dos escritos por exemplo dos outros escritos ele fala do corte como um recurso técnico é um recurso de marcação na fala Nossa analisante diz uma coisa e a gente marca aquilo que foi falado com o corte Por que que a gente faz isso quem trabalha com corte sabe porque quem trabalha com corte sabe quando perde o momento de
um bom corte Até quem não trabalha com corte às vezes sente isso na clínica paciente diz uma coisa para nossa que interessante se você não encerrar ali ele racionaliza vai para outra coisa aquilo que parecia tão interessante naquele momento às vezes se perde Então qual que era a ideia do Lacan extraída dos textos dos poucos textos em que ele aborda isso é a ideia de fazer uma marcação uma pontuação no discurso que não esteja orientada pelo relógio que esteja orientada pela fala Esse foi o trabalho do Lacan do seminário 1 ao seminário 27 nós trabalhamos
com a fala nós nos orientamos pela fala nós precisamos entender o que a fala é o que que é a linguagem ele vai chegar na ideia da estrutura de linguagem do inconsciente e o tempo todo ele vai articular real simbólico Imaginário para entender a estrutura de linguagem do inconsciente e vai propor alguns recursos teóricos para pensar isso e do ponto de vista técnico ele vai começar a trabalhar com o que mais caberia chamar de tempo variável de sessão porque um tempo variável de sessão porque quem atende paciente Sabe tem sessões que em 20 minutos as
questões se esgotam a gente considera que foi falado aquilo que era essencial tem sessões que primeira sessão de análise pacientes muito angustiados tem sessões que duram uma hora e quinze também tem uma coisa para a gente tomar cuidado corte de sessão tempo lógico de sessão não é tempo curto de exceção o tempo curto de sessão foi adotado por alguns analistas como uma um recurso técnico que tem objetivos muito diferentes desses objetivos que eu tô dizendo para vocês né geral é uma clínica mais baseada em conceitos do Milagre uma interpretação militar tempo Lógico é um tempo
variável e ele varia de acordo com aquilo que é falado é uma forma de pontuação é uma forma de expansão no discurso em que tem momentos absolutamente preciosos de uma sessão em que a gente encerra a sessão dizendo você ouviu que você acabou de dizer olha que você disse às vezes a gente encerra numa piada piada são bons pontos de corte de sessão um paciente que faz uma piada a respeito dele mesmo e que o seminário 5 Ele trabalha com as piadas com as formações do inconsciente né diz alguma coisa da posição do sujeito é
reveladora da posição do sujeito é um bom momento de corte os próprios analisantes às vezes e levantam e a gente tem que levantar correndo é mesmo era um bom ponto de corte esse ponto ou seja a ideia a Cláudia do pote de sessão numa leitura lacraniana que é a minha leitura que tá longe de ser a única e tá longe de ser a verdadeira mas que a minha leitura baseada nos textos a ideia do corte de sessão não é angustiar os pacientes isso tem a ver com uma outra clínica que é uma clínica que o
milés chama de clínica do Real em que o corte tem uma outra finalidade absolutamente bem fundamentada na teoria Milena e na teoria dos comedores do Lacan que seguem também o milênio dos comentadores do Milagres vocês procurem texto sobre isso vocês vão encontrar uma vasta bibliografia sobre isso e aí a gente encontra o corte como um recurso técnico mais ligado ao real eles chamam de clínica do Real mas ligado a angústia mais ligada a um tempo curto de sessão seções brevíssima sessões de três minutos cinco minutos que visam justamente produziam certo então não tô dizendo que
tem uma maneira correta e uma maneira errada de entender o corte mas tô lembrando que são maneiras diferentes de entender o corte baseadas em teorias muito bem fundamentadas né talvez admirar seja até mais bem fundamentada do que a do Lacan porque o Lacan falava em porte isso era um problema e né pela polêmica que ele gerava e na teoria Milena a gente vai encontrar mais recursos E aí tem toda uma fundamentação teórica para isso que eu recomendo que vocês busquem para quem se interessar pelo tema numa leitura mais milleriana do Lacan Recomendo um vídeo que
tá em espanhol no YouTube procurem no YouTube um analista comentando um livro que eu ainda não li mas quero de uma psicanalista de uma de uma analisante o livro dela não me lembro o nome dela o livro dela se chama um final feliz então se vocês escreverem no YouTube um final feliz e procurarem esse livro vocês vão ver um comentário de um analista claramente de influência militar comentando os efeitos de um corte numa sessão de três minutos numa sessão que Visa mais a angústia do que a demarcação da fala como eu tô propondo para vocês
alguém tinha levantado a mão mas acho que desculpa vou falar mais rápido possível eu tenho uma pergunta sobre essa demanda profissional de [Música] e eu queria trazer esse tipo Bem brevemente mesmo para Carol poder falar os episódios eu acho que acho que conversam muito com tudo isso que você trouxe né é basicamente né tô atendendo já faz uma semana se há uma paciente de 11 anos que era disléxica e a dislexia na literatura psicanáltica é meio pobre estuda tanto isso né E ela sempre vinha para mim assim ah não é porque eu tenho que ter
um futuro etc não posso ser pobre e tudo mais e que minha mãe me pede isso e tudo mais né E ela assim eu tenho um livro para ela com letras grandes Ela leu tudo errado assim trocou era dizer que você é mista tocava a palavra trocava etc e aí eu conversei com ela evolutiva explique porque isso a mãe parou de cobrar tanto durante uma semana e deu um livro que a menina queria né a menina levando um consultório hoje de manhã e aí ela leu o livro assim muito mais Facil Sim muito mais a
cidade Foi incrível sabe ela tava falando que ele vive de Aventura aquela uma aventura uma aventura Ela contou de Uma Aventura de Uma Aventura dela na roça e tal que ela gosta de bicho aí Ela ouviu o barulho dos passarinhos assim e no consultório e aí ela falou nossa quanto o barulho de Passarinho né eu falei é tenho aqui que é bem colorida era preto o amarelo e branco você quer ver ela levantou assim foi lá ver aí ela virou e falou assim ah eu gostaria de ser um passarinho sabe morar lá no topo de
uma árvore bem grande isolado de todo mundo assim sabe longe de todo mundo da minha família e quando eu precisasse eu desceria só para comer minhoca lá embaixo entendeu Aí Aquilo me chocou assim e eu fiquei eu fiquei olhando um tempinho assim eu cortei exceção eu não sei se esse momento foi tipo um bom momento de corte ou não sabe mas parece que ele né acho que assim foi bem legal porque eu tava muito esperançoso assim psicanálise numa sensação com uma paciente né Tem sintomas vou fazer um comentário mais geral porque eu acho que o
corte Murilo a gente entende melhor a função do corte quando a gente vai tendo boas hipóteses sobre o caso e só nesse pequeno recorte que você fez tentando aproveitar o gráfico Tô fazendo uma lambarismo meio rápido correndo risco de ser um pouco superficial no comentário mas para tentar articular o que você trouxe que eu achei muito bom e tentando destacar o papel da demanda que você disse que é o ponto né que fica mais enigmático para você no gráfico eu acho que fica porque para o Lacan também fica ele não se explica muito com a
demanda no seminário 6 no 5 ele dá algumas explicações Mas eu também fico um pouco acho que falta alguma coisa aí para a gente entender melhor isso mas o que que você fez não sei se calculadamente ou não nesse caso você tirou uma intervenção mais né diretiva aí com essa mãe você tirou uma pressão que essa mãe fazia sobre essa menina que é de uma demanda de que ela tem que ler ela tem que ler ela tem que você tirou na raça você foi lá para mãe e falou para de pressionar né em geral a
gente não faz isso na clínica com crianças e adolescentes Às vezes a gente faz esse manejo com adultos a gente não vai mandar chamar a esposa o chefe dizer para de pressionar se não não vai dar certo o que que o efeito de você ter pedido para mãe parar de pressionar e ela ter atendido o seu pedido porque tem mais que atendem o pedido e tem mais que param A análise né o recomendar para vocês o meu livro introdução a psicanálise de criança o lugar dos Pais Porque tem toda uma discussão aí de do manejo
dos pais mas ela não parou a análise ela ela te ouviu ela achou que a sua recomendação era importante ela tirou a pressão Qual foi o efeito maravilhoso dessa tirada de pressão você viu isso clinicamente nessa menininha ela de repente começa a ler uma coisa que não primeiro momento era absolutamente impossível inclusive na sessão você Você constatou isso ou seja volta para andar de baixo do gráfico um outro dizendo você tem que ler pode ser a mãe pode ser o analista pode ser o professor da escola pode ser quem for vira uma fonte super egóica
de pressão que conversa com outro ponto do gráfico que é um ponto curioso que é o Fantasma aí a gente tem uma contradição interessante para pensar Deixa eu voltar lá para o esquema do gráfico o Fantasma Olha é um paradoxo da neurose no fantasma vamos pegar o fantasma na recepção que considera o lugar de objeto a do gozo fantasma nessa nessa versão mais adiantada do Lacan que conta já com objeto a no fantasma eu me transformo em por objeto do gozo do outro e enquanto objeto do gozo do outro que que isso produz em mim
angústia essa menininha mais ou menos tá te dizendo isso pela fantasia de ser um passarinho não tem ninguém me pressionando não tem ninguém me cobrando nada eu fico lá longe eu vou para onde eu quiser e a hora que eu quiser eu venho eu pego uma minhoca e vou comer tô feliz da minha vida ela tá dizendo de uma fantasia de se livrar de um outro porque o outro para ela é um outro opressor é esse grande outro aqui demandante né opressor que exige todos esses ideais aqui o ideal da boa aluna que ela diz
para você se eu não for boa aluna não vou nunca vou ganhar dinheiro que exige um monte de coisas então tem uma dinâmica entre desejo e idoso que é mais complicada de explicar agora brevemente mas que faz com que os sintomas seja justamente uma solução a suposta dislexia Então ela responde ela responderia O que quer dizer Deixa eu só completar o raciocínio o que que é dislexia ele é o mesmo tempo uma resposta para o outro eu sei o que o outro espera de mim outro espera que eu aprenda e eu tô tomada por essa
demanda eu tô angustiada eu não tô bem eu não consigo aprender eu preciso aprender isso vira uma demanda e ao mesmo tempo eu me livro do outro percebe eu me lembro dessa angústia de ser por objeto desse outro eu não consigo é importante a gente lembrar uma coisa que atrapalha um seminário 4 a relação entre angústia e o sintoma é o sintoma Tem uma função de dar destino para angústia o medo de cavalo do pequeno Hans dá destino para angústia do pequeno Rancho lá que eu trabalho a isso no seminário 4 então o sintoma dela
é uma maneira de não ser engolida por esse outro exigente que é a mãe que a escola que a professora que é todo mundo o que você conseguiu fazer com manejo Clínico muito simples que foi dizer para mãe para de pressionar é Ufa Nossa eu posso ler porque eu quero e eu achei muito bonitinho a mãe dá para ela o livro que ela quer perceber nesse detalhe no caso é ela que quer o livro não é o outro que exige Eu quero ler e eu quero ler o livro que eu quero ler por isso que
uma das maneiras de tirar os nossos pacientes da angústia isso é Clínico mas ela precisaria de outro encontro para explicar isso clinicamente uma maneira de tirar os nossos analisantes da angústia tem a ver com fazer o giro em direção ao desejo porque ela sai do outro exige que eu leia e migra Sutilmente por uma por uma questão gramatical isso não é na fala a gente faz isso a gente pergunta bom sua mãe Tá exigindo isso de você e você o que você quer lembra primeiro horário segundo andar aí a professora Tá exigindo isso de você
e você o que você quer Ah eu quero poder ler o meu próprio livro não quero ficar lendo as coisas da escola Bom se você quer ler o seu próprio livro A sua mãe sabe disso né você foi atrás de poder ler o seu próprio livro não eu não quero porque eu não quero pedir eu quero que o outro queira para mim aí entra o desejo do Desejo do outro todas as complicações então você conseguiu um efeito mágico que é lindo para a gente entender a dinâmica do caso mas que não é um efeito duradouro
e a fantasia dela de ser um passarinho se livrar do outro mostra isso ela ainda acredita que o único jeito de não ter que responder a demanda do outro dessa forma maciça que ela tá se sentindo pressionada a responder seria não ter outro não é uma boa solução né o que ela não sabe que com a sua ajuda ela vai saber porque ela parece uma analisante bem interessante é que você vai ajudar ela se perguntar como ela lê o que que ela faz o que que ela acha dessa mãe pressionando percebe quando ela te diz
eu preciso aprender a ler minha mãe fica me cobrando se não não vou ser ninguém na vida mas como você lida com essa cobrança você precisa mesmo aprender a ler não vai ser ninguém na vida se não souber ler como é isso né Qual é a sua posição aí diante dessa demanda é lindo esse caso Murilo é um caso bonito para você escrever sobre dislexia você falou tem pouca coisa na literatura psicanalítica sobre dislexia escreve sobre dislexia a partir desse caso né Isso pode dar um texto bonito acho que a Carol precisou sair acho que
todos precisamos o Fábio também ele estava com compromisso então Todos nós né finalizar aqui com vocês nossa obrigada muito obrigada mesmo Michele acho que esses recortes clínicos trazem mais clareza mesmo né para essas partes que são teóricas e difíceis mas que também podem ser organizadoras né organizadoras da Nossa Clínica dos outros pensamentos né de como que tá indo esse manejo aí da do caso né Eu acho Fabiana também agradeço muito o convite de vocês e foi uma oportunidade também de rever os conceitos rever o gráfico e retomar e conter essa conversa com vocês que eu
sempre acho muito bom conversar mas a pergunta que você fez a respeito da articulação com a clínica ela é fundamental para nós analistas né Nós não somos filósofos nós não tomamos a psicanálise como um corpo teórico pode fazer isso se nós somos clínicos nós temos que articular esses conceitos com a nossa prática senão esses conceitos não tem valor para nós e uma das coisas mais difíceis de fazer articular esses conceitos com a prática então a gente não fizer isso a psicanálise corre o risco de ser delirante né da gente ficar delirando em torno do gráfico
do desejo então ter essa perspectiva Clínica o tempo todo que vocês me contaram que vocês têm na discussão de vocês é muito bom né Leia um trecho Não tô entendendo como será que isso aqui conversa com a clínica e tentar fazer articulação e trazer pequenos recortes é um caminho para entender melhor o gráfico e para entender a utilidade Clínica do
Related Videos
O objeto a como causa de desejo
2:01:41
O objeto a como causa de desejo
Michele Roman Faria
13,413 views
O complexo de Édipo e suas articulações ao real, simbólico e imaginário
2:02:13
O complexo de Édipo e suas articulações ao...
Michele Roman Faria
23,554 views
LACANIANDO | O desejo Lacaniano é uma pergunta
1:15:48
LACANIANDO | O desejo Lacaniano é uma perg...
LACANIANDO - Felipe Teles
3,173 views
O grafo do desejo e a transferência | Michele Roman Faria
2:43:33
O grafo do desejo e a transferência | Mich...
Michele Roman Faria
26,460 views
Aproximações # 026 - Algumas considerações acerca da Neurose Obsessiva  na Mulher e no Homem"
1:38:53
Aproximações # 026 - Algumas considerações...
Aproximações - Interseções na cultura
1,455 views
Real, simbólico e imaginário e a clínica borromeana
1:52:47
Real, simbólico e imaginário e a clínica b...
Michele Roman Faria
9,665 views
Jornada Psicanalítica: Lições de Freud, Jung e Lacan - Assine até HOJE a Casa do Saber+ com 30% OFF
1:49:31
Jornada Psicanalítica: Lições de Freud, Ju...
Casa do Saber
29,411 views
Depressão e melancolia
1:49:01
Depressão e melancolia
Michele Roman Faria
19,541 views
O lugar dos pais nas análises de crianças
2:04:19
O lugar dos pais nas análises de crianças
Michele Roman Faria
11,923 views
Introdução à Psicanálise a Partir do Pensamento de Lacan | Fernanda Samico
1:47:43
Introdução à Psicanálise a Partir do Pensa...
Instituto ESPE
14,059 views
12  Subversao do Sujeito e Dialetica do Desejo no Inconsciente freudiano
1:36:06
12 Subversao do Sujeito e Dialetica do De...
Corpo Freudiano Escola de Psicanálise - São Paulo
3,163 views
RSI e sua importância clinica | Michele Roman Faria
1:57:39
RSI e sua importância clinica | Michele Ro...
Michele Roman Faria
17,934 views
Psicanálise e Luto: Manejos Clínicos | Christian Dunker
1:36:37
Psicanálise e Luto: Manejos Clínicos | Chr...
Instituto ESPE
24,293 views
Real, simbólico e imaginário nos últimos seminários de Lacan: contextualizando a teoria dos nós.
2:17:01
Real, simbólico e imaginário nos últimos s...
Michele Roman Faria
10,323 views
Lacan e as estruturas clínicas: neurose, psicose e perversão
2:12:13
Lacan e as estruturas clínicas: neurose, p...
Michele Roman Faria
53,099 views
Curso Real, Simbólico e Imaginário no ensino de Jacques Lacan | Michele Roman Faria
1:18:48
Curso Real, Simbólico e Imaginário no ensi...
Michele Roman Faria
36,273 views
21. Inibição  - Conceitos fundamentais da psicanálise
1:04:40
21. Inibição - Conceitos fundamentais da ...
Travessia Psicanalítica
1,689 views
O Sujeito e o Inconsciente para Lacan | Fernanda Samico
1:52:26
O Sujeito e o Inconsciente para Lacan | Fe...
Instituto ESPE
8,297 views
ELIMINE PENSAMENTOS NEGATIVOS E TENHA O CÉREBRO NO CONTROLE │Live Neurociência Com Dr. Pedro Onari
1:30:16
ELIMINE PENSAMENTOS NEGATIVOS E TENHA O CÉ...
Psicanálise Cristã
482,246 views
Inconscientes | Lançamento com Ricardo Goldenberg
2:16:25
Inconscientes | Lançamento com Ricardo Gol...
Instituto ESPE
5,685 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com