o Olá eu sou Marco Aurélio Soares Jorge ficar sou psiquiatra em formação em psicanálise e trabalho aqui na Fiocruz como professor-pesquisador é a primeira experiência relatada da do trabalho com grupos com uma função terapêutica foi percebida por um médico do início do século 20 mais ou menos por volta de 1906 por aí ele chamava-se José Prates ele trabalhava no hospital de tuberculose e reuniu seus pacientes no auditório e pedir para que eles falassem das vida a vida deles então eles fazer uma espécie de uma Catarse emocional ali do sentimento isso era coletivizado ele percebia que
isso melhorava não apenas estado de ânimo dos pacientes vai melhorar é bem às vezes influenciado até na própria melhora do quadro clínico que foi a primeira experiência relatada de trabalho coletivo com paciente porque nós temos uma visão da Medicina individualista onde o adoecimento se localiza no corpo o trabalho com grupo já foge um pouco dessa dessa visão amplia essa visão colocando as questões no dentro de uma relação de uma visão coletiva na visão grupo grupo a lista nós devemos em grupo mas nascemos dentro de um grupo que o grupo familiar e nós nos relacionamos com
glúten os autores que tem inclusive falo que até uma sessão de psicanálise individual é uma sessão de grupo porque a pessoa o paciente fala dos grupos que ele vive do grupo familiar do grupo da família pessoal da família primária da relação de trabalho dos amigos a gente é quase grupos a gente vive em grupo e parece que isso do modelo que a gente tem sociedade e isso parece que não É valorizado antes da segunda guerra mundial na Europa tivemos várias experiências com grupos principalmente do Joseph Levy Moreno e ele que cria o termo psicoterapia de
grupo e ele e ele cria o psicodrama que só experiência grande dele um legado que a gente tem até hoje que é muito importante no trabalho com o grupo aí as técnicas de dramatização são recursos muito importante do trabalho com grupo Kurt Lewin também foi outro que escreve sobre dinâmicas de grupo todos ele depois foram para migraram para os Estados Unidos por 13 em Moreno e outro e depois com a ida de Freud durante a Segunda Guerra Fria Inglaterra Ele formou vários médicos psiquiatras e psicanalistas cor o jornalista na Inglaterra né foi onde ele morreu
dizer os últimos anos e morreu ir lá depois da guerra com o que eles chamavam na época de trauma de guerra os hospitais militares ficavam lotados de paciente da demanda era muito grande pacientes então alguns cá na lista cima do trabalhando do hospital resolveram formar grupos com os pacientes então e usando o recurso à técnica da psicanálise a partir daí o Bill foxy outro é criar um trabalho e fundamentar um trabalho grupal usando a concepção teoria toda psicanalíticas essa basicamente não vou me prolongar muito nisso são secos que a gente tem as técnicas de ontem
no trabalho terapêutico da do grupo mas nem pode falar também é um pouco de quê que é essa polêmica que a gente tem as pessoas vezes fala assim para mim olha eu não sei fazer grupo eu não tive formação na faculdade do missionário isso eu não sei essa visão de que o grupo é uma especialidade que ele e na verdade não é é uma é um recurso que a gente tem dentro de uma visão diferenciada do que se encontra pão modelo biomédico individualizante onde o adoecimento está no corpo a gente sabe que qualquer qualquer patologia
que você tiver qualquer doença que você tiver seja ela qual for ela tem um contexto social para ter um contexto político ela tem cor texto coletivo você pode pensar e qualquer doença e você vai buscar e vai ver que que tem ia falar do Câncer Ele tem muito a ver com a questão do agrotóxico por exemplo da população então qualquer adoecimento ele tem a ver com outras questões também que envolve o coletivo político e social então nós se ver É verdade nas regiões em grupo e essa visão que a gente tem então nessa concepção não
existe essa dicotomia de indivíduo e sociedade nós somos seres sociais na Vivemos em sociedade essa questão que que acho que é importante pensar que o adoecimento ele tem a ver com coletivo que se você for no campo da Saúde Mental por exemplo principalmente das neuroses ela tem a ver eles são pessoa desenvolve determinada patologia que tem a ver com a questões relacionais puramente relacional Por que que a gente não consegue avançar Nesse sentido porque nós fomos que estamos sendo de alguma forma moldados a pensar sempre a questão individual e a questão do organismo a questão
é nas moléculas a questão no funcionamento da fisiopatologia e E aí a gente esquece essa visão coletiva A gente e aqui até até mesmo o a relação com o terapeuta o médico por exemplo se não for uma boa relação o tratamento não avança mesmo que ele seja um médico que vai para sua prescrever medicamentos mas ele mesmo dentro da prescrição ele tem que ter o acolhimento tem que ouvir tem que estar atento porque a pessoa tá trazendo como queijo então a questão da relação da relação das relações uma geral são importantes nesse sentido que elas
têm uma função dela que eu tenho uma potência terapêutica e tem uma potência de transformação a questão do trabalho especificamente do trabalho com grupos sendo colocado muitas vezes como especialidade e o especialismo onde você precisa ter uma formação específica para isso não tô dizendo que a gente não tem que estudar eu tô dizendo que a gente tem que estar de alguma forma atento a isso a questão coletiva é porque senão existem existem práticas que são feitas onde é só atendimentos individuais e em grupo é o que a gente poderia chamar de grupo Grupo sujeitado É
um grupo que fica muito voltado e uma relação de dependência muito forte com o coordenador do grupo Os coordenadores quer dizer legal fazer com dupla é e dependendo muito da resposta dele Isso se chama um grupo sujeitados um grupo Na verdade ele não ele não interage entre si não e o ideal então é um grupo que a gente chamaria de grupo sujeito que que é seria o grupo sujeito o grupo que tem potência o grupo tem potência transformadora o grupo que busca o que a gente chama de autoanálise Ea autogestão ele ele começa a criar
um corpo o cor de se alguém alguém mais facilitador do que alguém que tem a resposta para as perguntas dele mas alguém que Facilite a integração a interação entre as pessoas e que o próprio grupo possa buscar essa resposta e seria o grupo que eu acho que o grupo transformou que a gente tem que buscar o que que a gente busca com a formação de pessoas para trabalharem com o grupo Na verdade a entender essa lógica entender que o que ele a função dele é muito mais promover interação entre os indivíduos do grupo que não
precisa interpretar não precisa ter resposta não ser eles mesmos vão isso vai a interação e o apoio de cada um EA troca vai de uma relação dialética vai crescendo e vai conseguindo buscar rendimento acontecendo a inscrição dele com o coordenador na verdade alguém que faz com que o grupo esteja sempre dentro da tarefa não fugindo da tarefa falando sobre as outras coisas que que Oi gente como mecanismo de que a gente poderia chamar de resistência do trabalho grupal mas sim buscando sempre entendeu funcionar dentro da tarefa do grupo a questão do grupo aqui no Brasil
foi muito forte nos anos 70 e 80 as pessoas trabalhavam com terapia de grupo em hospitais públicos em e também particulares consultórios a experiência que chegou dos anos 70 também da comunidade terapêutica Maxwell Jones né que a opção trabalho também do ouvido na Inglaterra foi importante porque Marcelo Jones ver o que os pacientes deixassem de ser passivos no tratamento internados na enfermaria e tudo e tivesse uma relação de facilidade onde a equipe onde o médico tivesse uma clínica apenas medicamentos o casal biomédica e mudar para um modelo onde o paciente participa da organização participa da
arrumação participar da feitura de comida atividades e todas em grupo ele percebeu que isso deve uma melhor muito grande os pacientes então experiência que se espalhou pelo mundo e veio para o Brasil com a só que numa época de ditadura no Brasil o grupo é subversivo o grupo é uma estratégia agressiva ele ele tenta subverter uma ordem que não tá boa não tá bom para essa pessoa nesse sentido bom da próxima geração não me sentido que era colocado na época mas ele tenta subverter uma ordem que uma hora tem que tá sendo compreensiva para essas
pessoas essa mudar a vida das pessoas que nesse sentido então grupo é subjetivo tá nesse dance aspecto mas e depois de um tempo parece que a ideia do grupo começa a o fluir eu acho que agora com trabalhos da reforma psiquiátrica brasileira a o trabalho no Oscar residências terapêuticas nos serviços substitutivos do modelo manicomial se valorizou e passou a se valorizar de novo trabalho com grupos né e na estratégia de saúde da família também tá é isso criou um campo novo importante para gente explorar essa questão que é o trabalho com o grupo nesse serviços
e de serviço de porta que trabalham juntos como território junto com o coletivo levando as questões sociais trazendo para discussão do processo de adoecimento né É de uma forma coletiva por quê que isso começa a ressurgir porque pensa-se que os grupos eles são importantes então não muitas vezes é uma e digestores de coloca a questão do grupo como a forma de atendimento de número possível de pessoas mas ótimo tudo bem por gestores tá bom isso né e mas a gente aí nessa brecha a gente começa a pensar e trabalhar com grupos onde o grupo pode
ser transformador potente que realmente lidar com as questões do indivíduo não apenas da questão do corpo mas também a questões que envolvem questões psicológicas questões sociais e tal e não não modelos reducionistas como era o modelo medicamentoso não que a medicação não seja importante mas não pode ser única eu acho que essas coisas tem que estar de tentar bem articuladas e nos grupos na estratégia saúde da família o trabalho com grupos são importante porque eles fazem recorte de determinado as doenças e eles e sempre se era como lidar com essas situações como lidar com as
limitações que determinado adoecimento trás como é que a vida das pessoas que estão submetidas a esse tipo de tratamento e isso acho que é importante é bastante saudável a gente vê bastante bons resultados nesse tipo de de trazer não apenas um conhecimento para eles vertical onde o profissional vai ensinar para eles o como agir como como lidar com a doença mas sim que eles possam discutir na vida deles como eles lidam com essas questões então o trabalho O trabalho com grupo basicamente eu acho que profissional para gente não é saber saber o adoecimento da pessoa
e a gente tem resposta como ele vai ficar melhor mas sim proporcionar que eles possam discutir refletir e pensar sobre esse uma forma coletiva tá E aí eu tô falando de mal outro o a estratégia de clínica numa clínica do clinos que é a cama quando o médico se inclina sobre ele ele que o paciente passivo lá deitado no leito e o médico se inclina sobre ele determinando o que como vai ser o percurso ao tratamento da doença mas sim uma clínica onde se lida com a situação do acaso o que acontece dentro grupo uma
clínica do do novo do Caos e Cosmos né a clínica onde o causa e ocorre estão juntos uma clínica onde a trinca do acontecimento né Essa Clínica sim que a clínica potente uma clínica transformadora e e a clínica que o que eu acredito em determinadas situações vividas transformam assim doenças e sintomas né E se você se você não fizer essa pesquisando não tiver essa percepção por exemplo eu que eu desenvolvi um quadro de ansiedade ou depressão e não sei o quê e da depressão ansiedade a resposta vai ser medicamentosa não quer medicação não seja importante
mas se ficar separar ali isso não vai ajudar e vou tratar dos sintomas e não vou buscar o que é que tá o que não goste o quê que da minha vida minha relações no lugar que eu vivo o que é que me tá trazendo essa esse mal-estar e é importante isso pra pessoa realmente se protagonista da sua vida então o trabalho com grupo é de coletivizar esses preciso sofrimento essas angústias e para as pessoas que receberem e tentarem mudar e sempre antagonismo da sua vida E aí E aí