Na casa de praia do “vovô”

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DIA DE PAULA
Video Transcript:
eu fui convidada para ir pra casa de praia do vô da minha prima na verdade tudo aconteceu assim o meu avô materno tinha acabado de falecer e nós éramos muito próximos eu era extremamente apegada com ele ele era como o pai para mim a gente jogava baralho juntos e foi uma fase muito conturbada todo mundo sabia que eu ficaria muito abalada porque acredito que a pessoa mais próxima do meu avô era eu então quando a minha prima materna me convidou para ir pra casa do vô dela na PR a minha mãe minha família materna todo
mundo apoiou para eu esparecer a cabeça para eu esquecer um pouco do que tava acontecendo Aquela fase de luto então eu aceitei Até porque eu tava com 12 anos e a minha prima 28 anos ela era bem mais velha e ela sempre cuidou demais de mim sempre me convidou e me levou para os lugares então a minha mãe sabe que ela era uma prima responsável e que eu estaria em boas mãos e em bons cuidados Então ela me buscou na minha casa e nós fomos dormir na casa do vô dela e no outro dia nós
sairíamos bem cedinho quando eu cheguei lá eu fiquei muito contente porque o vô dela era super alegre ele sabia o que tinha acontecido com o meu avô então ele pediu para que eu chamasse de vovô para que eu não me sentisse mal pela perda do meu vô e como eu tinha só 12 anos eu achei aquilo tudo bonito da parte dele e ele me disse que não iria só eu e a minha prima que iria também a a filha da empregada dele ela era bem humilde bem pobre e ela não conhecia a praia então como
ela tinha a mesma idade que eu ele buscaria ela para que eu tivesse com quem brincar e eu achei muito legal eu ter alguém da minha idade PR gente conversar e poder ficar juntas né esse dia que eu dormi na casa dele a minha prima tava no banheiro o apartamento dele era muito grande e eu tava reclamando com a dor no joelho muito forte enquanto a minha prima tava tomando banho ele chegou com o Gelol para poder passar no meu joelho Eu lembro que Eu estendi a mão para ele me dar o Gelol ele disse
Fica tranquila que eu vou te te ajudar eu lembro dele se ajoelhando ao meu lado esticando a minha perna e passando Gelol no meu joelho acontece que ele foi passando Gelol no meu joelho e ele começou a subir a mão e eu lembro que eu tirei a mão dele porque eu não sabia o que tava acontecendo não sabia entender que aquilo era um tipo de assédio mas eu busquei me defender acontece que ele falou fica calmo V vou tá cuidando de você e ele continuou passando Gelol e chegou no momento em que ele subiu a
mão e pegou na minha parte íntima e no que Ele pegou na minha parte íntima Eu juro que eu eu eu eu eu travei assim eu não conseguia me expressar não tinha voz que saísse da minha garganta porque ninguém nunca tinha pegado na minha parte né e eu sabia que aquilo não era legal então foi foi muito louco porque na hora que ele pegou na minha parte na minha parte íntima o chuveiro desligou da minha prima não que ela fosse sair do banheiro ir direto pra sala porque como eu disse o apartamento era grande então
ela ia ainda talvez ia trocar de roupa ia demorar né chegar na onde nós estávamos mas ele levantou e minha prima chegou na sala e eu não sabia entender o que tinha acontecido eu não conseguia Ah assimilar o que tava acontecendo e bem na hora ele começou a falar você quer comer pizza de quê o vó vai pedir pizza do que você quiser e eu comecei a pensar cara ã o que o que aconteceu aqui eu não tinha coragem de contar aquilo paraa minha prima porque eu também fiquei com medo dela não acreditar em mim
ou ela achar que foi coisa da minha cabeça ou ele era tão legal que duvidar sabe de mim então não falei nada e realmente ele pediu a pizza que eu quis a gente comeu e na na hora de dormir Ele disse que eu e a neta dele dormiríamos no quarto dele que ele dormiria na sala pra gente poder ficar a vontade e assim foi sabe e eu fiquei me questionando Será que o que ele fez realmente foi o que ele fez Tipo ele pegou na minha parte íntima ou será que eu vi coisa e eu
comecei a duvidar de mim mesma até porque ele era tão legal comigo sabe tipo ele era gente boa ele era risonho ele tratava não sou eu como a neta dele com muito carinho e quando ele pediu a pizza do Sabor que eu queria e também saiu do quarto dele para que a gente dormisse à vontade eu comecei a me culpar pensando eu tô pensando mal de uma pessoa que tava só querendo meu bem comecei a me questionar sabe tipo por que que eu tô pensando Isso tá errado ele não fez nada de errado isso virou
uma interrogação dentro da minha cabeça eu lembro que eu mal conseguia dormir direito porque existia um medo dentro de mim mas eu não sabia explicar esse medo porque eu era muito nova para isso mas beleza no outro dia nós acordamos passamos na no mercado e começamos a fazer compra e eu lembro de um determinado momento em que ele pegou um ob e a minha prima perguntou para ele por para quem você tá pegando esse ob e ele respondeu Ué pra netinha E aí ela falou não vou ela não usa ob ela é virgem se fosse
para levar tem que levar absorvente e como eu aa era adolescente eu fiquei muito envergonhada e não tava entendendo por que ele tava falando aquilo hoje eu imagino que era exatamente para pegar essa informação de saber se eu era ou não sabe eu falar desse assunto mas eu lembro que eu fiquei extremamente envergonhada porque 12 anos é uma idade que a gente fica com vergonha de tudo mesmo né enfim ele falou que eu podia pegar o que eu quisesse ele me encheu de doces me encheu de coisas gostosas e eu lembro também da minha prima
falando para ele assim que era exagero que não precisava daquilo tudo e ficou brigando com ele perguntando para ele por que ele estava me enchendo de doces daquele jeito e ele falou você tem que entender Ela acabou de perder o vô dela e eu quero que ela sinta que ela também tem um vô aqui e mais uma vez eu comecei a falar que besteira eu pensando mal dele e ele só querendo meu bem sabe me dando de tudo fazendo tudo para me ver bem me ver feliz é muito besteira da minha parte eu pensar que
ele é fez algo de ruim para mim enfim saímos do mercado passamos na casa da empregada e a menina chegou e realmente ela era muito pobre uma situação bem precária e ela estava muito feliz nós fomos conversando fizemos amizade Chegamos na casa de praia a casa era bem legal bem bonita e nós ficamos num quarto em frente à sala e ele tinha o quarto dele também lá aí a gente foi pra praia eu nunca vou esquecer do momento em que Ele olhou pro corpo que eu nem tinha ainda porque eu ainda era uma criança de
biquíni mas ele ficava com olho assim sabe quando a pessoa fica olhando pro seu peito fic olhando pras suas partes ele ficava com aquele olhar para cima de mim mas como eu nunca tinha passado por isso eu ficava me perguntando se realmente aquilo estava acontecendo Eu não consegui usar palavras para falar com a minha prima me expressar explicar o que eu tava sentindo o que que estava acontecendo a aquilo começou a me sufocar eu realmente não sabia o que tava acontecendo Até que em um determinado momento ele foi pegando minha confiança ele foi me tratando
com carinho ele fazia tudo que eu pedia e aí eu fui esquecendo daquela parte do do Gelol né que ele passou no meu no meu joelho e eu comecei também a me questionar e achar que ele não tava me olhando mal era o jeito dele eu tava vendo coisa na onde não tinha Sabe comecei a me culpar e falar que eu que tava sendo maldosa vendo maldade nele Aé que chegou uma noite em que a minha prima tava muito cansada da praia e a minha amiguinha também e elas deitaram e ele virou para mim e
falou assim você falou que jogava baralho com seu avô olha o que eu comprei baralho e eu falei Caraca que legal e ele me chamou para jogar e eu fui jogar com ele e a gente estava jogando super normal ele de lá e eu de cá ele disse vou ensinar um jogo novo para você e me ensinou a jogar Canastra e a gente começou a jogar hoje eu entendo que ele deixou ganhar de propósito mas na época eu ganhei a Canastra E ele disse Uau você ganhou e ele me disse que se eu ganhasse o
jogo ele me daria um presente E como ele sempre tava dando coisas legais eu achei também que ele me daria uma coisa legal então foi quando ele disse assim vem cá fica aqui na minha frente eu fiquei um pouco assim sem saber o que fazer e fiquei na frente dele e aí ele pôs a mão na minha cintura e eu achei muito estranho ele ter colocado a na minha cintura já trouxe uma expressão já de não tô gostando disso e ele pegou e apalpou os meus peitos na hora que ele apalpou os meus peitos eu
travei assim só que eu peguei a mão dele tirei de mim e saí correndo na verdade eu falei assim para ele se você colocar a mão de em mim de novo eu vou contar pra minha prima eu tirei a mão dele e fui pro quarto e deitei do lado da minha prima e eu lembro que eu deitava e eu não conseguia pregar meu olho eu fiquei com muito medo dele tentar fazer alguma coisa comigo e eu lembro que eu ficava olhando pela fresta da janela tinha um espaço um buraquinho e eu ficava olhando esse buraquinho
para ver se ele não ia entrar se ele não ia invadir e eu comecei a ficar com muito medo eu comecei a chorar e eu comecei a ficar muito chata eu já não queria desgrudar da minha prima eu fiquei cabis baixa eu comecei a chorar por qualquer coisa eh eu morria de medo sabe de qualquer coisa por exemplo minha prima pediu para eu pegar uma coisa no quarto do vô dela e eu fui mas eu tinha tanto medo de na hora que eu entrasse no quarto dele ele entrasse fechasse a porta e tentasse fazer o
alguma coisa comigo sabe então eu não fiquei em paz a partir dali a minha paz acabou eu começava a pensar em coisas que ele poderia fazer comigo porque eu entendi que na verdade eu não tava doida e tudo que eu tava me culpando que ele tava sendo legal comigo na verdade eu tava certa é como se ele tava ele tivesse tentando me comprar sabe mas hoje eu entendo isso na época eu não entendia mas eu fiquei muito mal e foi como se tivesse num filme de terror e na minha cabeça quanto mais eu ficasse ali
mais ele ia tentar fazer alguma coisa comigo então a minha minha missão era tentar ir embora só que era tentar ir embora sem falar o que tinha acontecido porque eu não tinha nem palavras para falar o que tinha acontecido então eu fiquei muito abalada e a minha prima começou a falar que eu tava chata que eu tava enjoada que não tava entendendo o que que tava acontecendo comigo e aí eu pedi para ir embora eu falei eu quero ir embora eu quero ir embora quero embora e aí a gente teve que ir embora e minha
prima me colocou num ônibus para ir embora junto com ela a gente embora de ônibus pra minha casa porque não não tinha dado a data ainda e uma das cenas que ficou muito na minha cabeça que depois eu eu me senti muito culpada foi quando eu entrei dentro do ônibus para ir embora com a minha prima que eu olhei e a minha amiguinha da mesma idade que eu a filha da empregada tava lá do lado dele eu lembro dela cenando para mim me dando tchau e depois eu comecei a pensar caraca será que ele não
vai tentar fazer nada com ela será que ele não vai usar ela de vítima agora que eu não tô meu Deus como eu deixei ela sozinha com ele meu Deus eu não deveria ter deixado ele sozinha e aí eu comecei a chorar mais ainda quando eu cheguei em casa eu eu comecei a tentar esquecer isso que tinha acontecido porque eu comecei a ficar muito mal e e por conta de ficar muito mal eu tentei esquecer e o fato de eu tentar esquecer esses episódios e principalmente a culpa de ter deixado uma menina sozinha com ele
por minha culpa porque eu pensei eu que fui embora e fiz a minha prima embora comigo e eu acabei deixando uma outra criança da minha idade com ele então eu me sentia culpada porque se ele fizesse alguma coisa com ela eu sentia que a culpa era minha por ter deixado ela sozinha lá em vez de ter falado fado para ela ir também ou algo do tipo ou ter ficado lá junto com ela e a minha prima ou ter falado alguma coisa ter denunciado como eu não tive nenhuma reação eu comecei a tentar esquecer aquilo porque
aquilo estava me adoecendo e o fato de eu tentar esquecer aquilo foi tão ruim que eu comecei a esquecer de várias coisas eu comecei a esquecer palavras eu comecei a comer palavras quando eu escrevia eu comecei a esquecer coisas que eu tinha alçado o que eu jantei é o que eu assisti eu É como se eu tivesse começado é como se o meu cérebro começasse a esquecer várias e várias coisas e eu fiquei muito mal o tempo passou e eu não estava nem lembrando mais desse Episódio até que no mês passado eu fui assisti uma
novela e vi uma cena muito parecida com a cena que eu vivi lá e veio tudo à tona e eu comecei a chorar e aí eu lembrei que isso tinha acontecido atualmente eu não consigo ainda contar para as pessoas o que aconteceu eu tenho muito medo de ficar sozinha com outros homens eu tenho a fraqueza quando eu tô num ambiente só com homens Eu não me sinto nada segura com eles e sim eu sinto que preciso fazer um tipo de tratamento psicológico para eu conseguir desbloquear isso dentro de mim ou talvez contar isso para alguém
para tirar isso dentro do meu coração mas atualmente eu ainda luto com Contra isso não contei pra minha prima mas eu gostaria muito muito de ter tido outro tipo de reação eu gostaria de ter falado pra minha prima desde a primeira vez o que tinha acontecido que eu estava com medo que o vô dela era legal e um detalhe que eu não falei para vocês é que quando eu corri pro quarto e eu comecei a ficar chata o vovô carinhoso que tava me dando de tudo começou a ficar ríspido começou a ficar rígido começou a
ficar Rude comigo sabe começou a virar cara para mim ele começou a ser outra pessoa e a ter outro comportamento que piorou a minha situação e ficar lá aí é que eu não quis ficar lá mesmo mas eu conto isso para vocês porque é muito importante a gente ter coragem de falar eu poderia ter falado minha prima era uma amiga para mim mas eu não tive coragem me faltou coragem ai tudo bem com vocês essa história me trouxe um ponto muito importante que é o fato de que mesmo que a gente construa uma relação de
amizade com os nossos filhos ao ponto eh da gente dialogar da gente eh falar o que sente falar o que pensa é muito importante com que os nossos filhos né As crianças que estejam em volta de nós eh não sintam vergonha de usar as palavras e sexualizadas porque a fase do adolescente é uma fase que tudo é ver vergonha né tem vergonha de falar de peito de bunda então às vezes na infância ela sempre se comunicou muito bem mas na adolescência ela vai passar a ter vergonha de falar sobre isso então é muito importante a
gente que é adulto não ter vergonha de usar as palavras verbalizar as palavras como elas são para que o adolescente não tenha vergonha de verbalizar também porque eles já vão ter esse instinto natural o adolescente ele é mais retraído mesmo quanto a isso né e imagina quando você não tem essa com ação aberta Então por mais que você converse com seu filho você dê apoio você dê carinho você dê suporte você acredite que ele vai te contar tudo é muito importante trazer essa pauta sobre corpo usar as palavras como elação para que elas não tenham
vergonha de te contar e mesmo assim Pode acontecer pode acontecer porque eles são assim então todo cuidado é pouco e toda Mudança de Comportamento deve ser analisado se um adolescente uma criança tá tendo um comportamento feliz alegre do nada ela se fecha ela começa a chorar ela começa a ter medo extremo ela começa a mudar Ah um detalhe que eu até esqueci de contar é que como ela mudou totalmente o comportamento dela todo mundo acreditava que era porque era pré-adolescência e Ninguém percebeu se tocou que na verdade ela tinha passado por um trauma né então
é outro ponto que a gente também deve analisar e existem traumas e existem fases da vida né mas o diálogo ele continua sendo a base a confiança continua sendo a base então é muito importante também eh diferenciar esses dois e continuar dialogando e dando credibilidade e validando os sentimentos de uma criança e de uma adolescente então se ele mudou de um comportamento brusco de uma hora para outra se silenciou eh começou a ter outro tipo de comportamento lembre-se que pode ser que ele passou por algum tipo de trauma e é muito importante para nós não
culpar apenas a fase e tentar entender se além da fase existe algo que aconteceu que possa ter ferido o sentimento dessa pessoa para ela realmente mudar esse comportamento dela então usar esse linguajar e trazer a criança adante para próximo de você perguntando se existiu algo se aconteceu algo falando para ela que ela pode confiar em você que ela né que ela vai se sentir acolhida ela pode assim começar um processo de cura Porque infelizmente a maioria das vítimas que não trazem a cura pra vida delas elas acabam e sendo adultos infelizes inferiorizados e machucados e
com a criança interna ferida Isso pode atrapalhar e relacionamento trabalho ou até mesmo uma boa comunicação um bom convívio na sociedade então me manda sua história se você já passou por algo do tipo um histórias canalp robbe.com curta comenta compartilha se inscreva um beijo e até o próximo vídeo
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