24. Passagem ao ato e acting out - Conceitos fundamentais da psicanálise

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Travessia Psicanalítica
Aula 24 - Aula aberta com a psicanalista e profa. Dra. Renata Wirthmann. Nesse encontro sobre Pass...
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bom então tá gravando vamos começar Então hoje a gente vai falar sobre passagem ao ato e acting out e eu não sei se vai dar tempo da gente fazer o percurso todo hoje talvez fique um certo restinho porque quando a gente vai falar de passagem ao at inevitavelmente a gente tem que aproveitar para falar sobre suicídio eh e aí como o tema do suicídio é mais delicado é complicado a gente passar correndo por ele né Eh então a gente vai tentar dar conta mais a questão conceitual de passagem ao ato e acting out hoje eh
e avançar em relação à questão da relação entre passagem ao ato e acting out sobretudo passagem ao ato ao ato em si e a questão do suicídio para essa segunda parte da conversa Inclusive eu vou pedir para vocês vou mandar lá no grupo o texto jaer que chama ja Lacan dois pontos observar sobre seu conceito de passagem ao ato é um texto de 2014 que discorre muito bem sobre a diferença entre acting out e passagem ao ato e discorre muito bem sobre a relação desses conceitos com o suicídio certo eh então de modo geral todas
as vezes que a gente fala de passagem ao ato a gente já aproveita para falar sobre essa temática Então vamos começar primeiro então qual é o percurso que eu pensei aqui da gente conversar sobre esses dois conceitos O que é o acting out O que é a passagem ao ato a diferença entre os dois depois a relação deles com a questão do suicídio e do ato analítico tudo bem eh então a palavra ato Ela é bem Ampla e a gente já conversou sobre ela em outras dos nossos encontros aqui de conceitos fundamentais a gente falou
sobre ato em Atos falhos a gente falou sobre ato quando a gente falou sobre interpretação a gente falou sobre ato quando a gente falou da escuta do analista Ou seja a palavra ato Ela já apareceu em outras das nossas conversas tá E ela vai aparecer bastante porque no final das contas ela é um conceito extremamente importante então a psicanálise ela conceitual diversos tipos de ato alguns vocês só de falar palavra ato vocês já lembram delas a mais famosa delas é o ato falho né Acho que essa é é o mais famoso dos atos né mas
vocês também vão se lembrar Além de A do ato falho do acting Out da passagem ao ato o ato analítico né Durante a semana eu fui postando eu postei na segunda eh sobre o ato analítico hoje sobre acting out amanhã sbre passagem ao at e na sexta a diferença entre os dois não coloquei o acting out passagem ao at e a diferença entre os dois na mesa postagem porque não cabe que são 2200 caracteres eu não tenho esse poder de síntese todo eh e Então realmente eu ia sofrer horrores para conseguir sintetizar em 2200 caracteres
então eu achei mais fácil dividir em três tá eh Então hoje Se vocês olharem lá vocês vão ver que tem sobre acting out e na segunda sobre o ato analítico Então vamos começar aí primeiro sobre eh a origem desse termo e sobre a a própria questão do ato analítico termo eh acting out ou o ato que vai depois vai ser o ato analítico também ele surge primeiro na obra do Freud no caso da Dora Então a primeira vez que esse termo aparece é em 1905 quando o Freud vai tratar a Dora no caso Dora e
a palavra em alemão que ele fala é angen eu tô falando exatamente como escreve em português tá eh nesse primeiro momento então o Freud ele traz pela primeira vez não no sentido da do trabalho do mas da manifestação da Dora ao trazer os seus conteúdos isso que é interessante ele vai dizer assim que a Dora atuou Olha que legal vocês lembram disso quem leu o caso Dora recentemente Vai se lembrar dessa palavra Em vez dele falar que a Dora narrou a Dora contou ele diz que a Dora atuou lembra disso Maria Carolina no caso Dora
é legal esse esse atuou ele diz assim a Dora atuou uma parte essencial das suas lembranças e fantasias Como assim ela atuou ao invés de contou vocês sabem muito bem o que que é a diferença entre atuar e contar contar você segue sentada e conta olha teve uma vez aconteceu isso atuar É como se eu pegasse uma experiência que está no outro tempo passado e a manifestasse agora como se ela fosse deste momento Deu para entender então ela teve uma manifestação uma cena na frente do Freud de algo que depois ele escutando ele foi perceber
que não era algo que tava acontecendo com ela naquele momento na frente dela que ela estava atuando ou seja repetindo no momento presente um acontecimento que tinha acontecido com ela com o senhor em um outro momento ela tava atuando para o Freud algo que aconteceu com o Senor k ao invés de contar ela atuou como se estivesse acontecendo naquele momento com o Freud não mais com o sor K deu para entender a lógica então o acting out vem do do do teatro do teatro grego obviamente do teatro de modo geral e out tem a ver
com subir ao palco com encenar com produzir uma cena então acting out é um pouco diferente de só falar é claro que a ferramenta do acting é a fala só que é uma fala em que eu Ceno no momento presente ao invés de só remeter as minhas lembranças e fantasias eu as Manifesto naquele momento entende que é o que um ator faz já pensou se um ator ele chegasse no palco e falasse assim li ontem Shakespeare vou contar para vocês o que Li não ele vai escolher um dos personagens e ensenar o personagem é óbvio
que ele vai ensinar o personagem que ele leu mas ao invés de contar o texto que ele leu ele encena o personagem do texto que ele leu percebem a diferença então o acting out não é só contar é esse encenar entende é esse atualizar ali na relação transferencial na nem precisa só da transferência for vai falar inclusive de uma transferência selvagem vou brincar sobre o que que é essa transferência selvagem então bom então continuando em vez da Dora reproduzir no tratamento na forma de uma lembrança de uma lembrança verbalizada pro os acontecimentos com o Senor
k ela atua os acontecimentos na frente do Freud dentro do consultório Ok todo mundo já aconteceu isso dentro do consultório de alguém atuar dentro do consultório uma crise que aconteceu fora do consultório tá então isso não é só da Dora não isso acontece na clínica com crianças isso é um clássico né os pais falam a criança da birra vo lá que que vai acontecer dentro consultório ela vai rolar igualzinho os pais escreveram ou seja ela não vai só contar teve um dia que eu dei uma birra não ela vai atuar a birra dentro do seu
consultório então o o sujeito em vários tempos ele não vai só contar que ele tem dor de cabeça quando ele fala de questões sensíveis a ele ele vai ter a dor de cabeça durante a sessão enquanto tá se contando alguma coisa sensível a ele deu para entender a lógica então o acting out não é só contar é toda a manifestação que vem no lugar de Só contar tá então eh ao invés de reproduzir no tratamento uma lembrança verbalizada é o paciente atua uma parte essencial daquilo que teria sido Só lembrado ou de um fantasiar então
trata-se fundamentalmente de uma forma de recordação na qual a memória volta via impulso motor e não pela palavra não só pela palavra entende porque via motor e não palavra Então em vez de falar eu dor de cabeça quando fico triste ele vai ter dor de cabeça enquanto tá chorando em vez de falar eu eu tenho birra quando eh não me dão o que eu quero a criança vai ter a birra quando perde o jogo com você dentro do consultório deu para entender a lógica Ou seja é bem legal isso o paciente ele repete o passado
como se fosse atual sem saber que está repetindo tá inconsciente isso sem saber que tá repetindo a gente que vai contar pela intervenção em algum ponto essa repetição eh bom então dizer que o acting out ocorre na Esfera da neurose de transferência significa que a gente tá situando o acting out como endereçado ao analista então o acting out ele tem um endereçamento Quem que é o destinatário do acting Out o analista certo agora o sozinho não resolve nada porque a mensagem é só dramatizada depois a mensagem tem que ser interpretada Deu para entender então o
acting out é só essa mensagem dramatizada então o acting out e ele é essa mensagem dramatizada para o analista Mas isso não é a análise toda agora o analista vai ter que acusar que recebeu a mensagem reconhecer como é que al Ou seja que eh uma atuação ou seja uma mensagem dramatizada eh uma lembrança na Esfera ah digamos desse passado que se torna atual que o sujeito faz isso de um modo inconsciente e que desvela-se essa estrutura do ato pela interpretação então a interpretação vai desvelar a estrutura do ato então a resposta lacaniana aí é
que o acting out ele tá articulado com a transferência em que sentido ele atua ao analista como destinatário para que o analista interprete o acting out entende então o acting out ele conversa com a transferência à medida que tem um objetivo de ser traduzido agora o Lacan ele vai falar no seminário da angústia que o ac out ele é o começo da transferência ou ainda ele vai falar que é a transferência selvagem entende porque a transferência selvagem porque ele convoca o analista a esta posição de interpretar a transferência precisa que o analista interprete para se
completar porque a transferência é uma relação transferencial de duas vias então a parte do analisando de do acting Out ele fez agora falta a parte do analista acusar o recebimento da mensagem e traduzi-la se ocupar de algum modo de interpretá-la el que no caso do do analista não interpretar corretamente Ou nem interpretar é possível que o analisando deixe a a a análise após perfeitamente e imagine por exemplo a vou a gente pode pegar em qualquer tempo vou pegar o exemplo da criança por causa da birra Imagine que a criança então faz essa cena e ao
invés então de eu interpretar a cena eu chamo a mãe que tá lá fora ó vem buscar seu filho que não dá para atender ele não tá ele tá dando birra aqui no consultório gente já ser o pior analista de crianças da face da terra Tá mas eu não duvido de nada nesse universo eh então é o que imagina o que você tem que fazer se uma criança se joga no chão no seu consultório transformar isso num Enigma sem interpretado certo então eu não vou corrigir eu não vou dar bronca eu não vou colocar ela
no cantinho do pensamento nada disso Ou seja você vai fazer você vai tomar aquela birra como uma formação do inconsciente correto é uma manifestação que está na minha frente para ser interpretada e você senta de frente a birra e pensa e diz pra criança que será que está acontecendo assim com essa Calma a criança vai até parar birra um pouco para falar assim sério eu tô aqui me jogando no chão e você vai aí ou seja eh a transferência ela precisa que o destinatário acuse que a mensagem era para ele se você abre a porta
e fala Vem buscar seu filho que ele não para de dar birra é como se de algum modo você tivesse dizendo essa mensagem não é para mim não Essa mensagem é para você leva que E aí eu queria só apontar uma coisa lembra que a gente falou que a transferência ela não acontece só na análise ela acontece em todas as relações eh é o que você como Educadora queria lembrar inclusive isso que a gente já conversou a a coisa das escolas a escola tem um problema com a criança já a chama os pais a escola
às vezes não tá resolvendo as suas questões dentro do contexto escolar E aí ela perde esse lugar da transferência Deu para entender a lógica sim perfeito é isso eu não eu não não trabalho mais com crianças e não atendo crianças já faz muito tempo mas desde sempre né Renato é isso é isso é desde sempre S porque veja se um coleguinha morde outro na escola eh esse é um acontecimento da escola já pensou você fazer uma caração Inclusive eu conheço uma situação que foi absurda duas crianças morderam uma a outra as crianças tinham 3,5 a
escola chamou os pais os pais trocaram soco na calçada porque duas crianças moreram uma então assim olha que coisa bizarra duas crianças se morderam na escola gente isso acontece tá as crianças T dentes as crianças se mordem normal or os pais darem soco na calçada porque duas crianças de 3 anos e meio se mordem isso não deveria acontecer mas já vi muito hã já vi algumas vezes para não dizer muitas vezes Tá mas é absurdo isso é é absurdo matam viu e nos grupos hoje em dia eu não como eu disse eu não trabalho mais
no grupos de WhatsApp as minhas amigas que ainda tem crianças pequenas ah a guerra feia viu a guerra é feia o os socos da calçada hoje estão virando também xingamentos no grupo de WhatsApp já sabemos né Essa lógica então voltando aqui pro acting out eh olha como o act out é importante na clínica o acting out não é só que o sujeito vem e nos conta uma lembrança ele atua aquela lembrança de um modo inconsciente sem saber que é algo do passado naquele momento diante de você entende e o act tem a ver com sintoma
tem ele atua inclusive um sintoma o acal não é sinônimo de sintoma mas o sintoma pode se manifestar na clínica através do acal Deu para entender a lógica Então veja mas o acting out é só o começo da transferência ou como o Lacan diz é a transferência Selvagem o que significa transferência selvagem é necessário que essa transferência encontre um destinatário para que a transferência se complete tá então o analisando fez a parte dele que é levar o o s como pelo por exemplo pela via do acting Out agora o analista tem que fazer a parte
dele receber a mensagem e se colocar à disposição de interpretar essa mensagem então isso indica que no acting out tem um endereçamento ao lugar da transferência tem uma mensagem que diz a quem é o grande outro daquele Lembrando que o a gente vai colocar no grande out no lugar de grande outro e nos retiraremos de lá certo mas a transferência nos dá uma notícia de um endereçamento a um lugar de grande outro do qual a gente sabe que a gente é colocado e se retira porque se você não se retirar você vira guru né você
é colocado e se retira eh então há uma resposta né porém então não tem uma resposta que possa devolver ao sujeito o sentido inconsciente dessa mensagem não tem um sentido exato mas é necessário que o o analista se ocupe de devolver uma resposta a essa mensagem então a transferência selvagem é a transferência sem a interpretação do analista passa ser transferência efetivamente quando o analista cumpre a cota a parte dele dessa relação e oferece a sua interpretação então o acting out ele não constitui não comporta isso é importante a hora que a gente for diferenciar o
acting out da passag ato o equ out não comporta uma destituição do lugar do grande outro pelo contrário ele convoca o grande outro a se manifestar percebem ele quer que o grande Outro fique na posição de espectador ele quer que a mensagem alcance o grande outro e que o grande outro interprete esta mensagem tá eh então o acting out Ele dirige a sua mensagem ao grande outro no formato de demanda Olha que importante lembra que a gente escutou estudou demanda lá atrás no formato de demanda para que o grande outro mantenha-se em seu campo ou
seja para que o grande outro mantenha-se ali no campo do sujeito para que o sujeito possa se localizar sabendo o sujeito tá aqui o grande outro tá aqui o objeto está aqui ou seja que a a esses elementos todos objeto grande outro sujeito cada um no seu lugar ó que delícia então o acting out ele tem essa ambição manter cada coisa no seu lugar vocês vão ver que a passagem ao ato esses lugares se perdem tá então no acting out os lugares do objeto está separado do lugar do sujeito está separado do lugar do grande
outro esses lugares estão separados o sujeito não se confunde ao objeto e não destitui o grande outro tudo bem CMA eh Renata Aconteceu algo assim bem diferente na clínica né Eu estou com a paciente tem três atendimentos que foram feitos né e a demanda principal é ideação suicida Ela tem 19 anos e aí no primeiro atendimento ela ficou na cadeira mas no segundo e no terceiro ela pediu para deitar no chão e aí você falando sobre isso eh eu fico pensando né Eh que lugar é esse ela falou eu posso deitar no chão eu falei
eu posso ficar no chão deitar no chão eu falei Pode pode sim tá a primeira vez aí na segunda vez foram três atendimentos só né aí na na segunda vez a mesma coisa aí isso ali eu falei assim mas eh Por que este lugar eu não lembro exatamente qual foi a pergunta mas ela falou assim eu não me sinto invadida quando eu fico de frente para o outro eh eu eu me sinto muito invadida eu fi Então você tem que ir pro Divan né porque a gente fica não fica de frente ela não aqui está
ótimo e ela fala olhando para a parede senta deita rola né e eu assim eu achei bem bem curioso esse lugar e agora eu ou a sua aula então e você pegou bem a coisa isso é acting a percebe é inconsciente o porque ela faz isso P eu não sei porque que eu preciso fazer isso mas eu preciso fazer isso eu preciso deitar nesse nesse chão eu preciso olhar pra parede eu preciso rolar de um lado pro outro você até oferece uma ferramenta tradicional exemplo o Divan e ela e ela é como se ela estivesse
dizendo não se trata de uso de Divan o chão não é um Divan Que fique claro isso Divan não é o chão não é um Divan e isso é que tinha alma percebe então há uma uma manifestação inconsciente uma cena consegue entender porque é uma cena e e não de eh Às vezes a gente fala cena e as pessoas elas utilizam no sentido pejorativo não tomem no sentido pejorativo tá é uma cena consciente porque à vez por outra alguém pode pensar no sentido pejorativo tipo assim ah a pessoa tá fingindo a pessoa por favor não
tomem nesse sentido tá é uma cena no sentido inconsciente em que o sujeito atualiza então na na frente do analista eh um acontecimento de uma outra época de um outro momento e a pergunta que fica aí Celma é Que acontecimento é esse que que circunstância é essa que ela se viu invadida que circunstância é essa que ela teve que olhar em outra direção que circunstância ou circunstâncias né são essas das quais ela está falando com o corpo Vocês entenderam a coisa de falar com corpo esse exemplo seu é muito bom Selma que que é esse
falar com corpo perceba no acting out Então a gente tem eh uma manifestação que ocorre veja deixa eu pegar aqui a a frase exata não vou achar a frase exata agora de novo é porque eu tô com o lacz aberto aqui eh mas ocorre mais da via do corpo do que da palavra achei impulso motor tá tentando lembrar a palavra que ele usou aqui impulso motor veja trata-se de uma forma de recordação na qual a memória retorna pela via de impulso motor e não pela via da palavra Então em vez dela te contar um episódio
que ela se sentiu invadida Ela deita no chão para não ser invadida o o deitar no chão é um impulso motor que substitui a palavra daquilo que ela ainda não consegue dizer não consegue dizer porque é da ordem consciente é um ótimo exemplo passagem ao ato pra gente poder ir para passag al diferenciação das duas tranquilo AC out Então se a gente pensar em exemplos de AC out acontece na clínica o tempo todo o ac é muito comum sobretudo na clínica da neurose tá eh na clínica da neurose em todos os tempos vocês vão vê-lo
em crianças adultos adolescentes idosos homens mulheres vocês vão ver na clínica de modo geral o ex al acontecendo é aquela manifestação em Impulso em corpo de uma lembrança que não é ainda narrada pela Via das palavras Tá Renata diga Eh boa noite é isso que eu ia perguntar se você passar pro ato se que você é isso né sobre a as outras estruturas assim ela predominantemente aparece na neurose Mas ela está em todas porque falando de criança né Mais especificamente assim é possível encontrar o ac out independente da estrutura da criança Ela é predominantemente da
neurose predominantemente da neurose não exclusivamente é difícil você achá-la em outras Mas você vai encontrá-la por exemplo na Psicose inf você vai encontrá-la e tem uma eu achei muito engraçado de uma criança Psicose infantil A a criança esse faz bastante out Inclusive a Psicose infantil mas faz bastante out mas Psicose infantil lembrando ela vai caminhando para não Psicose infantil né ela se organiza muito comumente em outra direção eh um belo dia Ele comete um ato falho ele ele me chama de mãe F paisagem porque a gente precisa fazer algo meio se você com todos os
os lisos você marcar fica óbvio que você vai marcá-los então alguns você marca outros você não marca aí ele faz de novo aí na terceira Ele olha para mim e fala assim você viu que eu te chamei de mãe eu falei eu percebi Ah então tá bom a ele não trocou mais mas ele fez três vezes fingir paisagem as três vezes na terceira Ele olhou falou assim mas tipo assim você não vai demarcar esta troca eh outra outro um acting que eu acho bem interessante é por exemplo se ele perde o jogo ele faz um
escândalo só que um escândalo controlado ele faz um escândalo aí o embaralho as cartas e falo eh distribuo e falo se você quer que eu começo você começa ele corta tipo assim sabe corta tac o escândalo e começa a jogar de novo aí se ele perde o jogo ele faz o escândalo você embaralha as cartas distribui de novo Agora posso começar ele corta o drama e não agora é minha vez de começar Eh Ou seja eh eh ele faz a cena interrompe a cena e continua da onde está Então você vai encontrar também eh em
outros em outras estruturas ela é predominante na neurose mas não é exclusiva da neurose de modo algum respondi sua pergunta joselan respondeu respondeu sim Renata é que eu tô eu tô aqui pensando muitas cenas de muitas crianças que predominantemente nas escolas né que tem muito uma questão com corpo tal e aí eu tô pensando aqui e e eu acho que eu vou entender Conforme você avançar porque eh eu acho que nem todas ess manifestações podem ser da ordem de uma transferência e ser um acting out né a criança pode estar ali manifestando outras coisas no
contexto escolar pode pode também agora lembrando o acting out ele é uma manifestação inconsciente Então não é uma cena que a criança faz propositadamente tem uma mensagem inconsciente que tá sendo passada ali que ainda precisa ser trad entende mas por que que ele tem que manifestar daquele modo e não em texto porque talvez o texto ainda não tá acessível a ele Talvez ele ainda não sabe muito bem como construir esse texto passagem ao ato mas lembrando tem o texto tá iso é importante no acting tem um texto tem linguagem tem significantes o simbólico está lá
certo não é mudo agora passagem ao ato agora passagem ao ato muda um pouco as coisas então a gente não en contra eh na passagem ao ato as distinções dos lugares entre sujeito objeto grande outro lembra que eu falei para vocês que no acting out tem a distinção entre eles tanto que o sujeito procura o grande outro para lhe dirigir a mensagem sobre o objeto então no acting out você tem sujeito grande outro objeto o sujeito dirige ao grande outro uma mensagem sobre a sua relação com o objeto a na passagem ao ato a gente
não encontra uma distinção desses lugares entre sujeito objeto e grande outro então a passagem ao ato não situa essa tripartição né que permite então uma estrutura do discurso se não tem essa tripartição que permite uma estrutura do discurso a gente vai perceber na passagem ao ato que o discurso cai então no lugar de um discurso e de palavras a gente tem a queda do texto o desaparecimento do grande outro a queda do sujeito do palco a falta de palavras o silêncio então a passagem ao ato indica que a estrutura de ficção que sustenta o neurótico
não sustenta Mais veja a nossa vida tem uma estrutura de ficção lembram disso a nossa vida tem uma estrutura de ficção tanto que a gente vai para análise contar a nossa história Era uma vez uma pessoa chamada da Renata que nasceu no dia tal na cidade tal a gente conta a nossa história porque a nossa história tem uma estrutura de ficção tem uma narrativa prova que é uma estrutura de ficção eu conto a minha história se minha mãe contar vai ser outra história se a minha irmã contar vai ser outra história a minha história do
jeito que eu conto ela só é a minha se eu contar ela hoje amanhã já é outra história também tá e se eu for contar para uma pessoa é uma história se eu for contar para outra pessoa é uma história vocês acham que vocês contam sempre a mesma história sobre vocês Óbvio que não depende do público depende do público a gente coloca um pouquinho aqui outra AC lá ou seja a vida tem uma estrutura de ficção tanto que tem até um gênero literário para ela biografia as autobiografias e as biografias é um gênero literário que
prova de que a vida tem uma estrutura de ficção tanto que ela pode ser narrada nesse sentido veja na passagem ao ato a estrutura de ficção que costuma sustentar a nossa vida cai parece ter um curto circuito então entre o sujeito e o objeto então para tentar se livrar do objeto o sujeito livra-se de si mesmo então para tentar matar o objeto o sujeito pode matar a si mesmo ao invés de jogar o objeto na linha do trem ele se joga na linha do trem ele mesmo Deu para entender não sabendo não há uma separação
entre o objeto que causa angústia por exemplo eh e o sujeito de tal modo que ele pode para tentar acertar o objeto acertar a si mesmo então há um curto circuito entre o sujeito e o objeto a passagem ao ato então é uma solução para esse curto circuito e é uma solução definitiva aí que é o problema viram Por que aponta pra morte não é uma solução paliativa é uma solução definitiva então uma vez que o sujeito passa a estar não mais no campo distinto do grande outro ele não tem mais que a quem dirigir
a mensagem se ele não tem mais a quem dirigir a mensagem não tem mensagem a ser dirigida não tem palavra tem silêncio silêncio aponta pra morte Deu para entender a lógica eh Selma e l Selma você tem outra pergunta ou você esqueceu de abaixar a mão desculpa esqueci de abaixar a mão nem sei como abaixa a mão vou abaixar para você baixi aqui acho que eu abaixei eu ainda no exemplo anterior quando você deu do menino jogando o baralho e que você ele tem lá eh o acting out e você vamos jogar de novo Vamos
jogar de novo Quando é a hora da intervenção da não é da intervenção já é essa né quando é a hora eh da interpretação do falar eu fico muito em dúvida desse momento do momento que o que trazer o que falar né é interessante que por exemplo lilan na hora que ele tiver indo embora então vamos supor que você faça ali cinco partidas e ele faça essa cena vamos supor que ele perca todas as cinco partidas e ele faça essa cena nas cinco vezes que ele perca certo eh final quando ele tá indo embora você
para um pouquinho ele antes de perto chegar perto da porta e diga algo do algo do tipo todas as vezes que você perde você precisa de todos aqueles gritos ou você precisa melhorar o seu jogo por exemplo qualquer coisa desse tipo eh e e por que que ess coisa e qualquer coisa do tipo que convoque para composição de sujeito né então assim você se queixa de perder como se a responsabilidade de ter perdido é do outro que te fez perder a sua intervenção É no sentido de que eh para poder ganhar é necessário que você
ocupe-se de jogar melhor por exemplo brincadeira eh eh mas a intervenção quando ele tá saindo e aí é muito parecido com a clínica de adultos eh porque veja a intervenção tem uma certa sequência Você joga de novo e joga de novo e joga de novo para demarcar que aquela cena ela começa no momento em que ela ele perde ela interrompe quando o jogo recomeça ela começa no momento em que ele perde ela interrompe E aí você faz essa é como se fosse uma marcação para apontar que trata-se de uma cena e trata--se de uma cena
por causa da repetição o que nos ilustra claramente que é uma cena é a repetição dela percebe é o como ela se repete no mesmo mecanismo no mesmo formato se você não deixa ela repetir É como se ela fosse um acontecimento único e um acontecimento único não parece uma cena lembra-se que num teatro você repete três sessões na noite sexta sábado e domingo durante vários meses a sessão né Eh então a repetição da cena é importante para poder contá-la como cena e o contar como cena tem que ser no momento em que ele não possa
refutar mais então a intervenção já vai ser feita com a porta quase abrindo para ele ter que levar mesmo que a contra goosto que aquilo foi uma cena não um surto não uma crise não é uma cena porque você tá apostando Nisso porque veja essa criança especificamente a escola se queixa que todas as vezes que contrariado ele entra em crise e a saída da escola para as crises dele é retirá-lo da sala e aí o que eu tô tentando apontar ele não precisa ser retirado da sala porque não é crise uhum uhum ele desorganiza não
é é é repetido tem um circuito fechado ele não precisa ser retirado da sala essa criança tem 8 anos Ok é e que eu fiquei pensando numa intervenção que eu faria né que você faria é é muito comum né essa coisa de jogar e eles ficarem bravos e gritarem E aí eu costumo brincar de que tá escrito na regra do jogo que o fulaninho tem que ganhar e só pergunto isso e falo vamos jogar de novo mas eu eu eu jogo algo Eu acho que é a minha ansiedade eu não consigo guardar como você tá
falando eu eu te recomendaria que você guardasse para você pegar a estrutura da repetição entende porque se você intervém já na primeira crise na primeira eu tô chamando de crise mas não é crise porcaria nenhuma Você entendeu a primeira cen primeira cena eh você perde a chance da repetição e para você pegar o modelo de repetição entende a sua intervenção vai ser mais eficaz se você no final das contas desvela a estrutura da fantasia então quando você interpreta o ac out você desvela a estrutura da fantasia quando você aponta já na primeira vez você não
desvela que tem uma estrutura que tem uma repetição que tem um começo um meio e um fim então tenta aguentar um pouquinho Lilian tá eh é o que você tinha baixa você baixou pode falar el eu eu baixei porque basicamente você respondeu a minha pergunta na na sua última fala é que vocês estão falando sobre crianças né E como eu atendo mais adultos tô tentando trazer para um caso meu eh onde eu fiz uma adula a mesma lógica lembre-se o sujeito ele é atemporal a mesma lógica se a gente faz até isso por exemplo o
a toda vez que a pessoa comete um ato falho você aponta pro out fal e você interrompe o discurso vez por outro é necessário deixar o discurso ir e apontar para ele eh há uma certa um acting out que você localiza ali Por exemplo essa coisa da pessoa eh a e às vezes é físico mesmo tá por exemplo tem determinados assuntos que a pessoa fica vermelhinha quando começa a falar começa a suar começa a palpitar começa a ter reações físicas né E aí você percebe que numa sessão na outra sessão na outra sessão todas as
vezes que um determinado signif um determinado tópico um determinado assunto entra em cena entra em cena também aquela manifestação física ora eh para que você possa apontar que há uma certa repetição é necessário que você permita que ela aconteça mais de uma vez se você intervém lá na primeira você perde a chance ele é não isso nunca aconteceu comigo pronto morreu aí não foi uma exceção isso nunca aconteceu e a repetição é coisa importante pra gente entende S quando eu apontei no caso a repetição ela não voltou mais a a paciente você pode acontecer a
repetição ela é coisa importante a ponto às vezes de ser insuportável é eu eu eu creio que foi insuportável sim mas ok tá claro Aurora Aurora bom vou seguir áudio áudio áudio áudio Oi eu esqueço de abrir eh no caso esse exemplo que você tava dando do da pessoa que se expõe por exemplo e fica vermelha eh para para ser um acting ting teria que ser uma cena que se repete você tá falando não é isso uma das características do acting Out é a repetição a gente vai aprofundar um pouco mais repetição eh mas veja
é é sobretudo uma memória que retorna pela via de um impulso motor e não pela palavra eh e que insiste em retornar novamente e novamente em novamente pela via do impulso motor e não da palavra até porque por que que ela retorna Porque ela retorna para poder eh transportar a mensagem então como a primeira vez que ela nos é apresentada você nunca vai ter material suficiente para interpretá-la é de se esperar que ela vai retornar entende Aurora toda mensagem que não chega no seu destino ela repete e é inconsciente né é inconsciente O que faz
a repetição Inclusive é o inconsciente é justamente ela inconsciente que ela repete entende sim eu queria te falar uma outra coisinha eh a gente tá estudando num outro grupo o seminário 11 do Lacan e ele cita num momento subjetivação acéfala e a gente ficou discutindo será que é sem sujeito uma sub um act out também como o Lacan diz da subjetiv a CFA ou não o que que você não tem sujeito aqui inclusive sobretudo sujeito neurótico é na passagem ao ato que o sujeito cai no acting out tem grande outro tem sujeito e tem objeto
lembra tá tripartido E todos os elementos estão aí separados e conservados noting na passagem ao ato é que a gente não encontra essa distinção dos lugares entre sujeito objeto e grande outro na passagem ao ato essa essa tripartição ela cai né a gente não consegue situar o que faz também com que o discurso não consiga operar porque não tem para quem e não tem de onde não tem um sujeito que possa emitir esse discurso não tem o grande outro para receber esse discurso então na passagem ao ato retornando a gente tem um curto circuito entre
o sujeito e o objeto então a passagem ao ato é uma solução para esse circuito esse curto circuito mas não é uma boa solução porque é uma solução definitiva nenhuma solução definitiva é boa tá gente certeza não é bom solução definitiva não é bom radicalismo não é bom né então uma posição falar mais uma coisinha diga eu queria te dizer por exemplo pra gente eu queria marcar um pouco mais essa diferença uma pessoa por exemplo que se comete o suicídio e ela comete o suicídio eh escrevendo uma carta ela escreve uma carta antes ela se
manifestou que não falar eu quero chegar no suicídio Como eu disse para vocês a gente vai fazer a distinção entre AC passar já ao ato não vai dar tempo da gente falar sobre tudo hoje semana que vem a gente vai falar especificamente sobre suicídio eh a partir do texto do jaquel mé que eu vou mandar lá no grupo para você chama ja Lacan observação sobre seu conceito de passagem ao ato que é um texto que utiliza a diferenciação entre AC de passagem ao ato para falar sobre suicídio E aí lá a gente vai falar inclusive
sobre essa questão da carta suicida tudo bem Ah tudo bem Ó então avançando um pouquinho mais indica que essa estrutura de ficção que sustenta a nossa vida caiu tudo bem então o texto que sustenta a nossa vida caiu então na passagem ao ato a gente tem uma dissolução desses lugares que lugares objeto sujeito grande outro esses lugares se dissolvem e quando esses esses lugares se dissolvem é quando o lacam fala no seminário 10 que o sujeito evse da cena cai do palco que que evse da cena ora no acting out o sujeito comparece na cena
correto na passagem ao ato o sujeito evade da cena ou seja cai da cena sai da cena então em uma Pass na passagem ao at a gente também pode falar de uma passagem da cena em que o sujeito ele mantém uma relação né no sujeito mantém uma relação com o grande outro pela via da fantasia a via da fantasia inclusive que faz com que ele possa construir um texto e endereçar ao grande outro no caso da passagem ao ato não tem essa via da com a qual eu levo a mensagem ao grande outro Isso significa
que pela passagem ao ato a gente tem uma experiência de um mundo real da angústia sem vé Olha que sacanagem o mundo real da angústia sem vé gente ó o vé é importante para caramba tá diga de passagem o véu ele é extremamente importante porque o véu ele se coloca entre eu e o mundo para que o mundo não me invada de sola tá claro então o vé a máscara ele é extremamente importante o semblantes né Já pensou se a gente fosse pelado no meio da rua com os nossos sentimentos e com os nossos pensamentos
que inferno que seria Óbvio que não a gente precisa do da máscara do vé do semblante o que que acontece na passagem ao ato eh essa coisa de tentar sobreviver sem véu na passagem ao ato cai o vé cai a máscara cai o semblante você fica no meio da rua deu para entender a lógica sem proteção por isso é terrível E então vamos pra diferença entre acting out e passagem ao ato deixa Ah deixa eu projetar aqui eu ji que eu tinha aberto ele aqui mas não abri deixa eu abrir aqui só algumas citações que
eu acho que vão ficar mais clara sendo projetadas Ah aqui então Eh tá dentro daquelas citações que eu mandei para vocês tá então tendo distinguido eh passagem ao at e acting out lembrando acting out eh a gente já encontra na obra do Freud desde o caso doora passagem ao at já é um conceito que não surge com o Lacan mas o Lacan que vai se apropriar dele El ele surge em outros contextos também não só na na psicanálise lacaniana mas não tem Freud e a diferença entre passagem ao ato e acting out no lacando seminário
10 que é o seminário da angústia então a diferença entre passagem a at e acting out é a diferença entre deixar cair e subir do palco então o acting out é subir no palco sujeito sobe ao palco e pode apresentar as suas cena O que é bom tá gente isso é coisa boa apresentar a sua cena é bom agora cair do palco deixar-se cair deixar-se cair é morrer não tem mais texto não tem mais sujeito não tem mais grande outro houve um curto circuito entre o sujeito e o objeto no lugar da cena que se
dá pela fala nós temos o silêncio então uma das diferenças do ting al passagem é o ar é subir no palco eting out cair do palco passagem ao ato outra diferença a acting out quando há uma cena que é a fala e o sujeito se opõe a agir se põe perdão se põe a agir diante do grande outro nessa cena Ou seja no acting out é preciso haver o grande outro é preciso o espectador Quem que é o espectador o grande outro Qual que é a pergunta que move o sujeito que o grande outro quer
de mim e supondo responder essa pergunta o que o outro quer de mim ele encena ao grande outro aquilo que ele supõe a ver como possibilidade de oferecer ao grande outro que o grande outro quer de mim então o acting out acontece quando há uma cena e essa cena é oferecida pela via da linguagem tem significantes tem linguagem tem fala tem mensagem tem sujeito tem objeto tem grande outo tem fala riquíssimo o out é rico tem todos os elementos Aí tá certo eh continuando na passagem ao ato aí a passagem ao ato já tá esvaziada
não tem espectador E qual é o problema de não haver espectador se não tem espectador o sujeito não precisa se manter vivo não precisa se manter falante não precisa manter o corpo intacto se não há mais espectador o sujeito também pode não estar mais o espectador é muito importante tá gente inclusive Isso é uma das coisas que a gente avalia quando uma pessoa eh ela começa com um discurso depreciativo a gente procura se esse discurso é depreciativo dirigido a algum espectador ou se ele é depreciativo dirigido a lugar nenhum se ele é depreciativo mas tem
um espectador para qual esse discurso depreciativo é articulado ele é p pésimo mas ele ainda se sustenta e mantém esse sujeito vivo mas se ele é depreciativo e não é articulado a lugar nenhum ele fica no No Vazio absoluto me lembro de uma adolescente uma vez ela queria ela tinha tentado se matar Já tinha tentado duas vezes eh e perguntada porque que ela tinha tentado se matar a Resposta dela é eu sou mais útil pro planeta na como fertilizante do que como gente Ou seja é uma língua é uma fala depreciativa sem destinatário tipo assim
ah eu vou me matar Porque eu quero ver minha mãe ficar culpada ó tem um destinatário é péssimo tá gente é horrível mas tem um destinatário Vocês conseguem entender agora quando alguém me diz eu sou mais útil Pro universo como fertilizante do que como gente para quem essa mensagem pro Agro pro agronegócio para quem essa mensagem vocês entendem tá sem destinatário e não tendo destinatário o que barra o que barra ela se transformar em fertilizante tudo bem Deu para entender a lógica Então veja na passagem ao ato não há mais espectador há o desaparecimento dessa
cena se tornar fertilizante é desaparecer da cena e digamos que o sujeito está eventualmente morto É ele morto quem olha os outros e lhe dirige sua questão e lhes faz stir tira os porquês do seu olhar Então veja como e eh é importante o espectador o espectador nos confere vida se eu olho para você Rosana você percebe que eu estou te olhando e ao se sentir olhada você se percebe viva percebe que legal as trocas pulsionais nos oferec a a a a noção de existência eu me descubro viva porque eu sou olhada Eu sou tocada
eu sou falada eu escuto eu falo agora eh quando eu não tenho para quem falar Eh eu não tenho para quem olhar e não tem quem me olha ou quem me fala não há nenhuma troca pulsional a gente pode dizer que o sujeito está eventualmente morto e é ele morto então que olha ele não se sente mais olhado percebe e l e lhes dirige sua questão lhes faz sentir o porquê do seu olhar continuando então Eh já te passo Selma só vou avançar um pouquinho por causa do tempo a avançando um pouquinho mais a diferença
entre acting out passagem ao at o acting out sempre aponta para um impasse isso é muito importante e por que o impasse o acting out tem a ver com pensamento o pensamento ele sempre por causa do recalque aponta para o impasse então acting out recalque impasse lembra que esse esses três andam juntos então o acting out sempre aponta para um impasse se manifesta no sintoma lembra que a gente falou que o acting out o sintoma não são sinônimos mas um se manifesta no outro se manifesta no sintoma eh tem uma citação no seminário o 10
o Lacan Lacan é muito engraçadinho ele fala assim o acting out é o sintoma aí passa três páginas ele fala assim o ac out é tudo menos o sintoma aí passa três páginas a gente já tem uma raiva quando ele faz isso ele fala o acting out pode ser o sintoma ou não ser o sintoma dá uma raiva quando ele faz isso já viram que ele faz isso demais ele ele coloca e retira coloca e retira é pra gente poder pensar nessa lógica da relação entre o acting out e o sintoma então o acting out
sempre aponta para o impasse se manifesta no sintoma fundamental da dúvida que nos permite Inter intervir através da interpretação e do corte é justamente porque o acting out tem um impasse que eu posso intervir ou isto ou aqui Será que sim Será que não se não tivesse em pass não poderia intervir a passagem ao ato não permite interpretação porque não tem impasse eh a passagem ao ato não permite interpretação Pois é uma tentativa desesperada vocês lembram uma solução definitiva diante de um curto circuito é uma tentativa desesperada de sair do impasse então se a passagem
ao ato quer desesperadamente sair do impasse colocar o sujeito em impasse pela interpretação é fria porque é como se você tivesse provocando o sujeito a sair do impasse Ou seja a tomar uma decisão definitiva adivinha qual é a decisão definitiva se matar então na passagem ao ato a gente não coloca o sujeito impasse porque a passagem ao ato é justamente uma solução definitiva para sair do impasse pela via da ação e não do pensamento então não há construções filosóficas na passagem ao ato há a ação o acting out está direcionada ao grande outro né movido
pela pergunta o que o outro quer de mim ele tá localizado no simbólico logo tem texto tem palavra pode ser interpretado tem impasse tem recalque ele é interpretável e ao interpretá-lo a gente desvela a estrutura da fantasia então o que que sustenta o acting out a fantasia então quando interpreto o acting out eu localizo a fantasia O que significa esta cena fantasia então ao interpretar o acting out localiza-se a fantasia a passagem ao ato aponta para a morte porque o sujeito extrai da angústia uma certeza um ato uma decisão rompendo com a possibilidade de elaboração
eh eu não vou até o final não só vou que esse daqui depois a gente vai voltar no gráfico no grafo da angusa no esquema da angusa perdão grafo não esquema então para fechar na passagem ao ato Então se abandona os equívocos do pensamento da fala e da linguagem no ato o sujeito se subtrai lembra Por que o sujeito subtrai aquela separação objeto sujeito grande outro na passagem ao ato cai então sujeito subtrai porque não há mais grande outro se não há mais grande outro não há sujeito o sujeito não se constitui da relação com
o grande outro se o grande outro cai o o sujeito cai o objeto cai tudo cai do palco tudo cai da cena incluindo a linguagem então digamos aos equívocos da fala com toda a sua dialética por isso o ato não é cifr que que significa não é cifr Vel não é interpretável não tem um enigma no ato então não adianta ficar procurando enigma no ato a passagem é ato então é sempre um auto um ato de autopunição a passagem a ato não é de dirigir a ninguém o sujeito ele não quer cometer um ato para
punir ninguém a não ser a si mesmo é sempre autopunição então o acting out é uma busca segura para não se deixar cair o acting out o sujeito se esforça para não sair da da cena então o ac tem tratamento está no tratamento sustenta o sujeito traz o discurso tudo de bom o acting out então é é em Essência uma mostração uma mostragem do desejo então eu Manifesto o meu desejo a estrutura da fantasia pela cena que se sustenta pela via do acting Out na eu vou passar PR as duas perguntas agora da da Celma
e do Sérgio na semana que vem só pra gente já deixar combinado eu vou pedir para vocês e aí a gente não vai passar pro restante do esquema porque eu acho que é importante a gente não passar rápido demais por essa questão do suicídio para ficar mais simples eu vou pedir para vocês lerem esse texto só projetá-lo aqui rapidinho eh observações sobre o conceito de passagem ao ato do Lacan e a gente separei alguns pedaços dele para explicar de novo a diferença de passagem ao at e acting out mas relacionando com a questão do suicídio
propriamente dito então aqui já tá até marcado porque eu pensei ilusoriamente que em uma hora eu ia conseguir dar a diferença dos dois e ainda terminar esse texto Olha como eu sou a pessoa iludida eh mas eu vou pedir para vocês lerem esse texto pra semana que vem pra gente falar sobre suicídio tá bom Celma e depois Sérgio Renata voltando essa paciente né que deita no chão foram três atendimentos só então assim a minha dúvida é ela tem o desejo de se cortar de cortar os pulsos né E E tentou uma vez se jogar da
da janela enfim eh e aí eu fiquei pensando quando eu eu perguntei ela falou né ela falou eu quero morrer porque eu quero acabar com essa dor e aí eu fico nessa dúvida existe o grande outro ou não mas mesmo assim ela fez essa cena de de né ficar no chão de olhar pra parede bem eu tô assim bem eh eh sem saber se essa mensagem que ela falou eu só quero acabar com essa dor quer dizer não teve uma mensagem para ninguém né então Eh acabar com a dor já é algo para ficar mais
preocupada na dúvida sempre na dúvida Acredite na possibilidade da morte porque no final das contas a a a questão da autodestruição a gente vai acentuar isso bastante na quarta-feira que vem a questão da autodestruição é no final das contas a o percurso fundamental do ato o ato aponta para a destruição e para a destruição nessa frase que você tá apontando acabar com a dor acabar com a dor também não tem uma mensagem dirigida ao grande outro eh acabar com a dor se tornar eh eh fertilizante percebe é uma coisa em si mesma então sim isso
já te Coloca aquele freio de segurar para até ver enfim não fazer interpretações não fazer cortes e todas as cautelas necessárias em relação ao risco de suicídio que a gente vai falar mais claramente na quarta tá bom tá bom tá bom obrigado rapidinho você mostrou assim que o o W eh tem tem a ver com o simbólico né eu eu poderia dizer que o passag lato é o Real isso perfeito Sérgio exatamente e eh inclusive por isso ele é silencioso por isso que ele não tem um texto é o real é inimigo do significante o
real é o inimigo do significante é uma boa o o o a passagem ao ato é da Ordem do real do atravessamento do real que é o atravessamento imprevisível insuportável que não com tto quer conf eu só queria confirmar isso muito obrigado viu isso mesmo Vera eu mandei o texto aí para vocês no grupo tá Vera acho que a Vera caiu bom Então vamos encerrar eu vou pedir para vocês então Leiam o texto tá Leia o texto eh do JA lacão observações sobre o seu conceito de passagem ao ato já tá lá no grupo tá
eh Leiam o texto e a gente vai conversar sobre ele então na quarta-feira que vem tudo bem beijo para todo mundo um abraço gente tchau pessoal Obrigada obgada boa Obrigada próxima a próxima T tchau
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