Noções de Psico-Oncologia Parte III

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Estudo Dirigido Psi
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e entramos agora na terceira e última parte da nossa aula sobre noções e psico-oncologia e para entrar na aula iniciar eu vou fazer uma revisão rapidinho das estratégias implicados na atuação do psicólogo na oncologia lembrando que essas estratégias visam principalmente desenvolver formas mais eficientes de enfrentamento da doença promover a expressão de emoções como possibilidade de comunicação em um trem interpessoal mais autêntica excluída entrar em contato com o sistema de crenças e possibilitar mudanças nos estigmas relacionados ao câncer facilitando assim a revisão de valores e princípios de vida aprimorar a qualidade de vida dos pacientes com
câncer buscar significados para os acontecimentos da vida e por último estabeleceu uma rede social eficiente o e significativa tais foi colocado por esses dois autores no capítulo que eles escrevem no livro livro temas em psico-oncologia que é um livro muito importante eu considero um livro essencial de leitura para vocês e bem completo que abarca acho que estão os mais importantes dentro desse contexto da psico-oncologia entramos agora na questão da dori câncer na é importante a gente poder conceito a definir o que que é dor ai asp que é associação internacional para o estudo da dor
ela definidor como uma experiência sensorial e emocional desagradável que é descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais a dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo a partir de suas experiências traumáticas tão e essa caracterização como valorizando o aspecto subjetivo da dor é importante que nós nos atentemos para o relato da dor feito pelo próprio paciente o paciente que vai relatar que vai quantificar e qualificar sua queixa ao dica vai dizer de onde essa dor vem como ela vem se ela arde se ela caminha se ela pinica se ele
espeta enfim o paciente vai qualificar essa dor e vai dizer qual é a intensidade dela e a partir disso dessas definições que vão ser planejadas as condutas terapêuticas sejam elas farmacológicas com o uso dos analgésicos né dos opioides fracos opioides fortes de outras medicações que são associadas aos analgésicos por um efetivo controle da dor mas também para outras medidas e farmacológicas medidas são tomadas pelo restante da equipe multidisciplinar algumas medidas são feitas pela fisioterapia por exemplo e outras pelo próprio psicólogo na algumas estratégias que a gente vai ver mais adiante de intervenção para um manejo
para um controle da dor então a dor em relação ao câncer sem sombra de dúvidas ela é considerada um dos sintomas mais terríveis mais temidos pelos pacientes e também pelas famílias ela é considerada um dos sintomas mais frequentes no câncer no imaginário coletivo adorno câncer é vista né como algo terrível em controlável e isso tá dentro daquilo que a gente já viu dos estigmas relacionados ao câncer na sua sampaio fala sobre isso outros autores também pontuou que nada de e os pacientes um dos maiores temores às vezes não é nem a morte em si por
câncer mais o sofrimento provocado pela doença e um sofrimento muito vinculado a queixa de dor né então muitos pacientes temem sentir dor no seu trajeto da doença e tratamento e nas fases mais avançadas da doença cerca de 60 a 90 porcento os estudos mostram dos pacientes referem dor de intensidade bastante expressiva e se em algum momento desta trajetória do tratamento da doença esse é um fenômeno que não é simples então o seu manejo consequentemente também não é simples pelo seu caráter multidimensional né a multideterminação da dor é um fenômeno complexo determinado não apenas pela lesão
tecidual né pela área lesada mas por experiências dolorosas preze os por estados emocionais a história familiar o contexto cultural tudo isso vai influenciar a experiência dolorosa então ela é mediada por vários componentes componentes sensoriais e afetivos cognitivos sociais e comportamentais o portão que ela tem um caráter né claro que o coletivo a cultura o contexto tem influência mas ela tem um caráter individual caráter subjetivo muito importante esse sintoma ele deve ser bem controlado é um sintoma que é apontado pela organização mundial de saúde como sendo o quinto sinal vital na adoram avaliação da dor é
um que um sinal vital porque ele a dor traz muita incapacidade nela traz um prejuízo enorme na em termos de funcionalidade da pessoa para suas atividades cotidianas ela desorganizou as relações ela prejudica o sono noturno ela traz um prejuízo global não prejuízo em várias áreas da vida do viver da vida de relações é um sintoma muito desumanizante na é muito sofrimento não só o paciente mas a todas as pessoas que estão ao redor dos pacientes avaliação da dor naquela dor ser um sintoma multidimensional avaliação da dor também é de grande complexidade e para isso é
importante que se tem uma equipe interdisciplinar a dor deve ser avaliada e uma coisa que eu quero aqui deixar bem sedimentado com vocês ela deve ser avaliada a partir do relato de quem a sente aí tá importância da valorização da subjetividade embora subjetiva no então o a dor não é abstrata ela existe na e o que acontece se o paciente diz eu tenho dor é a dor nota dez numa escala de dor que a gente solicita aquele diga esse adorar 10 ausência de dor 10 é uma dor excruciante uma dor de grande intensidade se ele
diz pra equipe com a dor dele é dez a dor dele é 10 né se ela é mais é um e se o fator mais presente é um fator físico fisiológico e emocional outro qualquer isso é uma avaliação mais detalhada da queixa de dor mas adora 10 a dor tem essa intensidade para esse paciente e deve ser avaliada dessa maneira e é importante né no manejo da dor é isso a entrada do psicólogo nesse contexto é importante que o psicólogo avalie quais são as queixas do as crianças do paciente relativas a doença o tratamento ea
dor já que a dor ela tá inscrita nesse contexto sócio-cultural e nos nosso sistema de crenças identificar essas crenças vão permitir uma melhor ou pior adaptação nós vamos ter desculpa que permitem uma melhor ou pior adaptação vão permitir a elaboração de estratégias terapêuticas mais eficientes então a avaliação dessas crianças daí avaliar o que contribui para a piora ou melhora da queixa de dor é algo super importante no manejo do psicólogo e os métodos para avaliação da dor não é isso não só do ponto de vista da psicologia os métodos um geral utilizados pelas equipes de
saúde eles são inferenciais basicamente diferenciais e eles estão baseados no alto relato do paciente tão um instrumento conhecido que tem essa essa metodologia é a escala visual analógica que a gente chama de esa onde o paciente nos diz nos quantificam a sua dor dando uma nota para essa dor como eu falei a pouco a gente pede que o paciente deu uma nota de 0 a 10 e ele faz essa pontuação na consulta seguinte se solicita que ele novamente é a time qual é a nota atribuída a dor ou mesmo às vezes depois do administração de
uma medicação se retorna o leito e solicita ao paciente é que agora deu uma nova pontuação adolfo é assim que a gente vai conseguindo delimitar o efeito também da terapêutica o sucesso ou insucesso da terapêutica no bom controle da dor é é é claro que existem relações entre a dor entre a queixa de dor e transtornos psiquiátricos a gente vai falar brevemente sobre isso aqui porque nem a proposta desse dessa aula não é uma aula de noções de psicologia não é uma aula de dor para trazer todas as nuances desse sintoma para o paciente oncológico
mas de fato é importante a gente saber que a dor incontrolável é a principal causa de depressão em pacientes com câncer sendo então indispensável o efetivo controle para posterior diagnóstico do transtorno psicopatológico né adorei e inclusive aumenta o risco de suicídio não se eu tenho um paciente no consultório que chega com uma dor eva nove dez oito nove dez eu preciso em primeiro lugar e adotar medidas de controle a forna eu digo eu a equipe nós saúde para em seguida poder fazer outros tipos de avaliação uma variação por exemplo de se existe um transtorno psicopatológico
também presente uma coisa não exclui a outra mas às vezes a dor torna mais difícil esse processo de diagnóstico do transtorno psicopatológico a gente precisa primeiro controlador para em seguida da continuidade essa avaliação que vai definir uma hipótese diagnóstica de um transtorno mental ou não às vezes tem reações de ajustamento e reações depressivas linkados ao mau controle de um sintoma bom então os pacientes com dor crônica sobretudo eles apresentam mais sintomas eles tendem a apresentar mais sintomas depressivos é sobre a intervenção psicológica na dor né o di leone aponta alguns objetivos específicos da sua intervenção
que seriam identificar e favorecer o desenvolvimento de recursos de enfrentamento para lidar com a nova realidade como um todo né com adoecer no caso identificar e favorecer o desenvolvimento de recursos de enfrentamento específicos para lidar com a dor favorecer a capacidade do paciente de identificar fatores causadores da dor e os elementos que favoreçam a tolerância ela não podem existir fatores e o paciente vai ajudar nessa identificação de quais são eles que intensificam ou minimizam a dor e por exemplo na caso de paciente ficam seguem identificar que quando recebem a visita de um determinado membro da
família é o foco da atenção deslocador para outras questões o que contribui para uma diminuição da percepção da dor claro que o paciente também está em uso de medicamentos mas ele percebe que algum fator ali ambiental algum fator externo por exemplo pode contribuir para a minimização da dor assim como em outros casos podem ser identificado alguns fatores que contribuem para maximização ou seja para intensificação dessa queixa de dor o outro objetivo da intervenção psicológica necessitado pelo de leoni seria buscar a elaboração e aceitação da atual realidade é um processo mesmo é pelo qual todos os
pacientes inclusive os familiares passam por diferentes estágios né ao lidar com adoecimento acúmulo é rosa é uma autora que vai falar desses estágios nas de laboração de lutos e o estágio que se pretende alcançar seria a aceitação tá então no caso aqui de leoni também coloca que a intervenção psicológica avisaria também por fim uma sensação do quadro e eu não vou trabalhar aqui com vocês hoje é em relação aos métodos farmacológicos de controle da dor porque isso diz respeito mais a questão médica não que o psicólogo não preciso saber o que que existe no mercado
em termos de intervenção farmacológica e que auxilia no efetivo controle da dor mas eu acho que o que é mais importante nesse momento para ser destacado aqui são os métodos não farmacológicos de controle da dor é um deles são os grupos que a gente chama de grupos educativos então a proposta desses grupos é ensinar mecanismos de funcionamento da dor despertando então no paciente uma atitude ativa de auto cuidado procurando descobrir o que melhora e o que piora esse quadro de dor é para a maioria dos pacientes receber informações sobre a origem o tratamento da dor
é fundamental para desenvolver formas adequadas de lidar com elas é tão resultados obtidos com os grupos né com esses grupos educativos e que mostram a utilidade desses grupos os grupos promovem acabam por promover uma postura mais ativa de cuidado um aumento da tolerância à dor uma maior adesão ao tratamento farmacológico porque quando o paciente compreende o porquê do uso de uma determinada medicação o porquê daquela forma de usar medicação qual é a ação da droga isso facilita também uma melhor adesão ao tratamento e farmacológica e também um tratamento não farmacológico e o saber o estar
bem informado sobre esse aspecto todo da dor também facilita uma sensação de controle sobre ela né então esse sentimento de controle da dor também vai ser importante né para o paciente não é para o paciente lidar melhor com que tá se passando com com ele mesmo comprar outro corpo e além dos grupos educativos existe uma outra estratégia né ou melhor existem outras estratégias não farmacológicas de intervenção visando a minimização da dor a literatura científica destaca né então vários autores vão destacar essas mesmas técnicas como sendo de grande importância no controle da dor que são as
técnicas uso de técnicas de relaxamento de distração imaginação dirigida na questão da visualização e a hipnose essas técnicas elas têm se mostrado de grande utilidade no tratamento de pacientes com dor crônica tá então o relaxamento a distração a imaginação dirigida elas vão proporcionar momentos de alívio da dor e distanciamento um pouco da realidade o que que em geral as é com grande pesar então todas essas técnicas que são técnicas mais cognitivas-comportamentais se mostram eficientes tem vários estudos é que envolvem na a testagem dessas técnicas e o resultado obtido com a aplicação delas num bom e
mostra um realmente a contribuição para um bom controle da dor associada as medidas farmacológicas e existentes em voga até então a e o relaxamento ele vai auxiliar na questão da consciência corporal e vai levar acabar resultando em um cuidado mais efetivo do paciente com próprio corpo oi tá com a técnica da distração os benefícios observados são não é uma ao 61 caído nível de tolerância à dor essa sensação de controle sobre o sintoma a hipnose vai promover uma analgesia e dissociação e também aumenta a resposta de relaxamento pode facilitar a utilização de habilidades que o
paciente já possuia previamente mas não estava utilizando né eu tava usando pouco então o que se pretende com essas técnicas usadas na verdade a instrumentalizar o paciente e essa é uma essa vantagem dessas técnicas porque o próprio paciente pode fazer o uso delas quando estiver sozinho em casa ou pode fazer uso delas em momentos de maior crise são técnicas que são ensinadas ao paciente pelo profissional pelo psicólogo e pó é revisada joe revisitados nos assim em outro momento quando necessário e a gente tá acha aqui então é essa aula sobre dor né com as referências
bibliográficas utilizadas na nessa aula toda na primeira parte segunda parte terceira parte e eu destaco novamente para vocês que as duas referências mais importantes para que vocês tenham uma boa noção do campo da psicologia são na é essa da maria margarida de carvalho e titular da introdução à psicologia e o livro temas em psico-oncologia que é de um conjunto de organizadores nas também trata de todos os aspectos mais importantes desse campo tá muito obrigada pela participação de vocês na aula bom estudo
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