bom então bom dia a todos e a todas estamos a iniciando mais um encontro da disciplina seminários avançados de pesquisa cinco da pós-graduação em psicologia da Universidade Federal de Sergipe meu nome tá embaixo não preciso mais dizer que agora descobri que ele aparece aí né e um fim na aula passada eu comecei a comentar o capítulo 3 com vocês e nós paramos na crítica do gênero no capítulo 3 do livro da Morel tá a ambiguidade sexuais sexuação e Psicose e terminamos na na crítica do gênero que ela faz não ao gênero de forma né geral
e tal Porque ela não tá de alugando com os teóricos do gênero de modo geral mas sim específico com estola Robert stoller tá que foi quem disseminou a cidade identidade de gênero e então ela ela dialoga com histórico a a ideia de identidade de gênero que ela diz que não dá conta de abarcar A sexuação tá hoje eu me proponho a partir da página 78 que foi onde a gente parou e ir até a página 92 do terceiro capítulo do livro da Morel da edição em espanhol e lá na página 80 do terceiro capítulo sexuação
o pensamento classificador não esgota a questão genevieve moram partindo da tese da diferença sexual estabelece três questões para psicanálises a cola partido de um diálogo com uma antropólogo a chamada hum Soares e Ritchie e que tem um texto né um livro chamado masculino feminino e e e ela parte daí então para colocar essas três questões vocês perceberam que ela não concorda com essa pelo menos não de tudo né com essa tese da ficar suave e aqui e e e e ela coloca então três questões na nesse diálogo com essa topologia é prática análise A primeira
é e que é a questão mais importante que ela vai tentar responder até a página 92 e a linguagem binária das oposições significantes traduz a diferença sexual é porque essa é uma das maiores críticas que se faz a Lacan né como se a diferença sexual e psicanálise fosse irredutível as oposições significantes Ah e por isso que a gente começou e discutindo aqui o Real o real para psicanálise e o Real paciência ano nas aulas anteriores porque o que Lula quer entende por sexuação está atrelada ao real e não ao simbólico oposição significante está no registro
do simbólico bom então a canta falando de satisfação para além do simbólico hum está falando de um registro que é o do real e que só psicanálise e deu conta porque é um saber clínico o Real ele aparece na clínica desde Freud né o que nós não certa de não se inscrever são as repetições sintomáticos né mas é o Freud ele tentava responder à pergunta do por quê que os sujeitos escolhem o pior ah ah é porque com tanta possibilidade de escolha em tese pelo menos por quê que a gente escolhe o pior é né
E aí ele vai falar de toda a fixação libid não quer um termo que o Freud é tinha para falar sobre o real o Real fradiani ele tem outros nomes né libido fixação né fixa circunda o termo que ele usava pulsão de morte super eu né na segunda toca são todos termos para falar sobre o real e é que ela segunda top que aquela que traz o real né pelo menos de forma mais é é evidente tá então a uma das perguntas é essa né A Linguagem binária das oposições seguinte cadastrados a diferença sexual já
antecipei para vocês que não e ela vai dizer porque né ao longo destas páginas as quais eu já me referi a segunda questão que ela se se coloca Quais são as causas da misoginia né o Lacan dizia no ele diz no cenário 20 e se a gente pode ver na tá na aula passada quer dizer no semestre passado quando a gente chegou a comentar o seminário 20 ele dizia que a história a da mulher no pensamento ocidental é uma história de difama Ou seja é o dito mulher né Bifano de ET-fmm Ou seja é uma
história de ele faz um trocadilho né ele adorava fazer as palavras equivocar em uma história de difamação essa é a história do pensamento ocidental sobre as mulheres é uma história de difamação peguem o o enfim de schopenhauer pega em qualquer autor mito inclusive que é endeusado mas pega o que ele falava sobre as mulheres para vocês vem né então todo né isso lá pensamento ocidental de forma geral pelo menos a filosofia clássica né eu tô me referindo a filosofia clássica é uma história é difamação das mulheres e uma cama vai dizer O porquê disso cenário
20 justamente porque a referência é aquele que não existem quando o significante né dizendo a inscrição do que seja o feminino no inconsciente e assim como a inscrição do que a morte no inconsciente ninguém consegue representar a própria morte por quê que ninguém consegue representar a própria morte isso Santo Agostinho já falava lá nas confissões né mas foi Freud que trouxe isso mais à tona no século 19 por quê que ninguém consegue representar a morte hora porque você só consegue imaginar própria morte como um espectador dela E aí você imagina enterro se imagina né quem
não se imaginou quem imaginou o próprio enterro aqui né que atire a primeira pedra todo mundo há quem é que vai estar no meu enterro que que vão fazer quem é que vai chorar que aqui no parque você só consegue representar a própria morte como um espectador e isso é sinal de que não há representação dela no inconsciente né assim como a representação da mulher então a mulher é o outro absoluto né isso aqui vaca vai falar nas fórmulas da sexuação você já é um raio é o da Zon ramilich aquele que o frete chamava
de dados um time like ou seja o estranho sinistro a inquietante estranheza né então é um outro para além do é do falo para além do falo para além do da Norma fálica né e dá um outro gozo para além do gozo fálico a isso que marcar vai mostrar no ele escreve seminário 20 para falar disso então lacão vai colocar não é a mulher como como outro absoluto como das Honrar english né como para além do Falco e até a Maria Rita kehl naquele livro deslocamentos do feminino ela vai falar que isso em vez de
implicar uma negatividade implica uma positividade a mulher no sentido de uma Audácia que quem tá restrita Norma fábrica no tem Ah tá então assim demorou muito muito foi preciso Lacan para falar algo sobre a mulher que não seja né igualdade né que desigualdade já se falava desde os anos 20 ou seja precisou Lacan para falar algo do feminino fora do simbólico né e do Imaginário Lacan precisou então pensar isso nos anos 70 é por isso que quando eu digo para vocês que latam ele é importante é para o pensamento ocidental Não é só para psicanálise
não e essa visão dele no feminino é importante para o pensamento ocidental Ah e por fim há a genevieve Morel vai botar uma terceira questão né Que efeito produz no sujeito observação corporal da diferença dos Sexos já se é uma questão muito importante porque o frango tem um texto né que eu até fiz uso dele aqui nessa aula que se chama algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos e que o Lacan vai fazer uma releitura desse texto no seminário 3 ah tá ah em breve mas ele faz uma releitura no cenário três também
voltamos a isso eu vou vou falar aqui durante a aula tá então isso tá dando certo né o certo trabalho assim para elaboração Mas é para gente voltar esses conceitos que são fundamentais que a gente não pode deixar né Não dá para quem tem filho pequeno né sobretudo eu e outros não dá para gente achar que a diferença que a percepção da diferença anatômica entre os sexos não deixa uma marca psíquica né tá não tem como né negar isso é como negar o holocausto é como negar o a pandemia né achar que é uma gripezinha
Ou seja é você achar que é uma diferença sozinha e essa negacionismo não não dá para negar isso não dá tá então é bom a gente voltar a Freud porque foi Freud quem percebeu isso não dá para negar isso a não ser dia fantasia aí aqui o interessante só introduz a noção de teorias sexuais infantis e fala justamente da fantasia né Mas é claro que dá para negar via fantasia Tá mas é mais a fantasia justamente é um modo que indivíduo tem de lidar com traumático dessa marca psíquica que tá lá e a linguagem binária
das oposições significantes traduz a diferença sexual absolutamente não essa genevieve Morel é categórico assim absolutamente não pois o quê Lacan designa como feminino com sua suas conhecidas evocações ao desconhecido ao Enigma a inacessibilidade setra não encontra na estrutura significante seu ponto de apoio o feminino como outro sexo não é essa é uma ideia do acam remete-se à alteridade real e o que é absolutamente outro e se subtrai fundamentalmente a fixação identificatória a classificação Então essa é uma citação da Morel tá na página 83 E agora me permitam fazer uma uma citação maior da página 83
84 que eu achei Fantástico assim o que o que ela traz né Então tudo isso é citação tá vamos lá "né o não há relação sexual de Lacan significa isso por um lado pode se falar do homem como Universal identificando-se identificando-o com um o falo O porém por outro há uma ausência uma alteridade que não é identificável coletivamente com significante o que expressa o aforismo lacaniano a mulher não existe e essa ausência não pode assinar lá se com o segundo significante como se disséssemos o significante um está para o homem assim como significante dois está
para mulher portanto não se pode dizer que o segundo sexo exista a fim de entrar em relação com o primeiro e a relação sexual não pode escrever-se entre um e um outro caracterizado pelo fato de que nenhum significante identifica e por consequência por uma ausência e um vazio no plano dos sujeitos os homens e as mulheres como seres sexuados não podemos nos conformar com identificações e classificações Como faz o antropólogo aí é uma referência dela François Ritchie e nessa obra que eu falei né mas pula terminando a paz e de lá de Ferraz masculino feminino
pensamento da diferença e devemos levar em conta uma dimensão que não é redutível as oposições significantes 6 lógica do atributo senão que exige uma construção singular em cada um dos momentos a do gozo e suas modalidades na relação com o outro sexo Então essa é uma crítica Simone povoar vocês podem perceber né no sentido de que o segundo sexo não existe e não existe o significante que possa ser um S2 né então a gente tem o S1 que o homem o S2 que a mulher agora basta o S2 bem vindo de carro no plano simbólico
imaginaram igualdade conhece usa e quando isso acontecer a gente vai ter uma fusão entre a si uma es2 em termos de direito né de dano de reparação a hora a essa é a cultura Americana e essa é a cultura americana né nos Estados Unidos você reivindica direito como diz o Caetano na música americanos barganharam se conquistam-se direitos né a mais no plano do gozo é isso que Lacan tá trazendo no plano da relação com o próprio corpo e no plano da relação com o outro sexo não é igualdade E é isso que significa a diferença
sexual para psicanálise i Ah tá então a diferença sexual para psicanálise Ela não tá falando de Imaginário e nem de simbólico que ela tá falando de real e no plano do real no plano do gozo no plano da satisfação libidinal no plano do prazer e do desprazer com seu próprio corpo e na Parceria assintomática com outro sexo não há igualdade eu nunca a igualdade nunca vai haver igualdade sempre que se buscar complemento você vai se deparar com o Rochedo da diferença intransponível Ah tá é isso que é psicanálise mostra E então é só para gente
poder fechar assim essa ideia de diferença sexual para a psicanálise EA chamada diferença sexual é um operador lógico e não um dado empírico tá porque no plano do direito no plano do dano e da reparação no plano da justiça social a igualdade bom e deve haver Óbvio é óbvio que uma mulher deve ganhar a mesma coisa que o homem ter o mesmo salário os mesmos direitos as mesmas conquistas Mas isso é o mínimo para gente viver numa sociedade democrática a se canais vai além desse mínimo tá então o que é psicanálise trás é que essa
diferença sexual é o operador lógico e não dado empírico que impossibilita completude entre os sexos de marcando antes uma alteridade inexorável entre eles desse modo não a parceria entre os seres sexuados senão por seu viés sintomático Oi e aí tem toda a teoria do parceiro sintoma né O que que é a teoria do parceiro sintomas hora você só estabelece parcerias E aí eu parceiro pode ser inclusive uma outra pessoa mas pode ser um trabalho pode ser o filho tá as pessoas estabelecem parceria assintomática daí o quê que é uma parceria assintomática é que frente a
incompletude a diferença sexual EA impossibilidade de de você se completar no outro você faz um laço via fantasia e daí o laço sempre via fantasia no sentido de possibilitar uma completude que é obviamente ilusória é porque essa completude Só existe na fantasia mas a fantasia o que vem da enfim máscara a esse furo né que é a Sexualidade esse foram saber que a Sexualidade que a diferença sexual e que a incompletude entre os sexos que praticais é o único trauma que existe bom então traumático é isso que cada um vai tamponar de uma forma diferente
de acordo com a fantasia né então é por isso aqui no a fórmula que Estabeleça aprioristicamente O que determina o bom encontro entre duas pessoas porque vai depender da fantasia de cada uma bom então depende sempre da relação do sujeito ou sem objeto ar E aí é isso de atuar que falta né você vai sempre buscar no outro e aí é aquilo que o jacá LAMB Lash chama de Divino os detalhes ele pega de uma altura e eu não me lembro agora qual é a dali acho que é de lademir Nabokov mas ele pega Nabokov
nos dizer os detalhes né Nabokov era um escritor fascinado pelos divinos os detalhes o olhar uma voz né um determinado atributo do que você não sabe muito bem delimitaram mas que aquilo te encanta né no outro isso faz com que você se sinta atraída e atraída né É bom então a diferença para psicanálise é isso a impossibilidade da relação sexual da completude entre os sexos e cada um vai ter que lidar com isso de acordo com a sua fantasia Talha não é pelo viés da identificação tá Imaginário simbólica é e nem pela lógica aristotélica da
derivação do ser pelos seus atributos que vocês vão entender o que é o sexo Ah tá é o que é o sexo tem a ver com o Real com o gozo né com isso que é da ordem de uma satisfação pulsional com isso que não certa de não se inscrever com isso que é um furão saber então a gente só pode tá tirando você não tem como falar é isso porque quando você fala é isso já não é mais já tá em outro lugar é isso aqui é o real né você só consegue comer pelas
beiradas imagina uma sopa muito quente se meter na boca Ali você vai ter sérios problemas você tem que comendo pelas beiradas né e o real é isso é você e tem uma borda até porque você só tem abordo as coisas também não dadas como numa burro meu simbólico Imaginário irreal da isso a gente já discutiu aqui então real não existe separado do simbólico e do Imaginário que existe tensão e mandamentos e formas possíveis de apreensão do Real então não existe separado tá nós Mas a questão é você entender que não é por intervenções por exemplo
no plano do direito nem no plano da política que você vai mudar o gozo do sujeito é isso você só muda o gozo do sujeito ouvir a processo analítico E aí não tem jeito não tem jeito tá tanto que quando você quando você se prepara tem muita gente hoje em dia trabalhando né com a população vulnerável né Mulheres vítimas de violência por exemplo muitos psicólogos eu acho Box psicólogos tem que se disseminar por essas instituições mesmo porque modestiaparte mas a gente faz diferença né eu me escuta sobretudo quem tem um escuta psicanalítica assim e E
aí eu já contei até essa historinha para vocês não é uma delegada super engajada então o que que ela ela fazia ela tentava tirar as mulheres dessa situação de precariedade e vulnerabilidade a sede de uma pessoa que vai ter que existe isso é fato Ok empiricamente e se existe aí o que que ela fazia aí entrava com todo o processo legal né é Lei Maria da Penha e não sei o quê não sei o quê abrigo e etc ou seja todo o aparelhamento estatal para é separar e para desfazer essa parceria Ok então segundo a
visão dessa delegada ela tava desfazendo a parceria fazendo um bem essa mulher né OK e o que aconteceu não desses casos isso tem gravado vocês podem procurar na internet uma dessas mulheres voltou com o parceiro antigo bom né E tava lá na delegacia de novo dando queixa porque tinha sido agredida Oi e aí qual foi a reação dela a roxa da delegada Poxa mas a gente te deu tudo e você faz isso com a gente é isso até psicanálise e tenta entender quer dizer o que que ela de acordo com a fantasia via nesse parceiro
né porque alguma coisa ela via algo algum Encanto tinha para que essa relação persiste se né então assim é isso que tem que ser é isso que tem que ser em cima disso né é que é um trabalho de anos não é de uma hora para outra né mas é isso que possibilita uma mudança de modo de boas e que vem com anos e anos e anos né o salão cê né a não ser mas isso é raríssimo né é a sublimação é uma possibilidade mas a sublimação é raríssima aí cima é raríssima eu trabalhava
com Psicótico e tinha sim uns [Música] enfim e eu quando comecei a estagiar em 97 Ah está Achei dois anos no Hospital Psiquiátrico 97 99 depois eu passei no concurso trabalhei né Com saúde mental numa prefeitura E então eu sempre tive ligado à saúde mental assim enquanto profissional né fora da universidade Oi e eu é acompanha o movimento da reforma psiquiátrica quem 97 a lei da reforma além da Saúde Mental não havia sido aprovada ela é de 2001 tá então a gente discutia muito reforma reforma e tal só que tinha alguns reformistas românticos assim que
tinha uma crença de que todo psicótica artista que este oficial tu expressar essa ideia é meio Nise da Silveira Eu Acho até interessante mas sabe a Nice receberá pacientes ali que eram selecionados está não é qualquer um que ela tava ali então já tinha uma certa propensão e tal mas achar acreditar que todo mundo vai ter essa capacidade Ned se tornar artista e etc e tal e tratar a singularidade como a generalidade né bom então eu trouxe seu Zé porque o caso a casa quer dizer no caso dela ela não sublimou né para você causar
um desvio da pulsão no uma fixação funcional que já está estabelecida me dá isso é um trabalho de anos bom Então nesse sentido é a gente tem que lidar sem com caso a caso lamento Eu lamento tá sendo assim mesmo e conoplasta mas a minha visão já é que ninguém muda ninguém muda uma fixação funcional assim de uma hora para outra como a Magna A Magna trouxe uma questão que eu acho muito importante que a seguinte ela falou aí implicitamente sobre a questão do grupo né da Psicologia das massas e análise do eu você acreditar
é que um sujeito é igual ao outro né que é um significante é igual ao teu sujeito do latam São significantes você acreditar que um significante é igual ao outro aí a gente tá na paranoia e na porque a paranoia justamente isso uma igual a 1 é um igual a luta é igual a um que é igual a 1 e então o que você tem é uma repetição de uma cadeia de sentido e que é fixo né então assim paranoico sentido é pleno o paranoia que ele tem um sentido pleno sim é porque para ele
é não a ambiguidade né as palavras não é que vocam então as palavras são coisas né É E toma muito pela auto-referencialidade né então assim é não dá para achar que num grupo 1 é igual a um essa aqui é a questão principal eu acho e é EA psicanálise sempre sempre sempre vai bater nessa nessa tecla da singularidade é né não tem como agora o analista é cidadão tá Ju o analista é cidadão então eu enquanto cidadão Eu tenho um pensamento de esquerda tá nem todo psicanalista tem um pensamento esquerdo mas eu tenho eu acredito
em injustiça social Justiça né distributiva e bem-estar social e etc então eu ainda é isso somente de modelo assim não assistiu de acreditar nisso tudo acredito e luto por isso tá agora não na clínica E aí falar mas separar clínica da política sem Claro óbvio é porque a política da psicanálise é a política do sintoma Essa é a política da singularidade de cada sujeito que tem um sintoma que é diferente do outro bom né então política para se calhar só pode ser a política do sintoma ela nunca é a política do para todos o resultado
todo fálico então a política da psicanálise e adu não todo fálico ou seja não há significante que identifique né aprioristicamente um determinado sujeito do ponto de vista político e traz essa questão da neutralidade como se a psicanálise fosse neutra gente consegue se canais lacaniana fosse neutra e como se fosse de neutralidade que eu estivesse falando Sara não eu mas enfim a psicanálise lacaniana de um modo geral quando não é de neutralidade que a gente tá falando né A gente só tá falando que não dá para ser político no sentido da política para todos durante uma
sessão de análise porque a política da psicanálise EA política da singularidade dos sintomas de cada um O que é diferente de cada outro né então você não tem você não tem como trazer questões e colocar significantes na boca do seu analisando você não tem como fazer isso você não tem como o preço por que todo mundo que foi abusado né vai necessariamente né padecer de um certo jeito né de sintoma específico não existe transtorno pós-traumático classificar análise e isso vai marcar cada sujeito de um modo diferente isso vai produzir sintomas diferentes em cada sujeito fantasias
são diferentes você não tem como preço por qual é a marca que vai ficar no sujeitos da do racismo você não tem você não tem como fazer isso aprioristicamente E por quê porque cada um vai lidar de um modo diferente a cada um vai lidar com esse trauma que algo da Ordem do traumático né algo da Ordem do horror né Óbvio ninguém tá ligando isso ninguém Tá negando que o Brasil o Brasil o país que não não lidou com a escravidão a gente não resolveu o problema da escravidão são problemas assim estruturais né que a
gente teria ter resolvido e não resolvemos é óbvio que isso traumatiza ninguém aqui tá tá questionando isso Hum aí eu volto aquele. Questionar isso seria ser negacionismo aí seria negar o holocausto seria legal o racismo seria negar pandemia nas seria ser de extrema direita e na Ai quem nega isso de fato é de extrema-direita o fato é não tem como negar nós somos uma sociedade desigual perversa aí a gente pode rever até o filme que eu já passei aqui desmundo né desde mundo é vocês revejam esse filme tá tudo lá na que é baseado no
romance de Ana Miranda que é uma escritora cearense Então tá tudo lá o Brasil tá ali ele tá ali as nossas origens óbvio né como diz o filme o poço que isso é traumatiza a questão é é a forma como cada um vai lidar com esse trauma vai variar e vai variar tá você não tem como preço por né que uma pessoa que sofreu uma perseguição por conta de orientação sexual vai reagir da mesma forma que uma outra que sofreu a mesma perseguição a trabalhar assim gente é impostura do ponto de vista da psicanálise Oi
querida justamente com a singularidade do sujeito e com a política né do sintoma que a justamente o modo como cada um vai lidar com esses traumatismos estruturais pelos pais é só por ser brasileiro a gente passa né o e sobretudo ó a população negra a população é pobre que eu tô falando pobre de verdade tá população da Periferia que diz possuída completamente né E nascer mulher no Brasil é um dos lugares mais perigosos para ser mulher né e sobretudo alguns estados mas assim é muito perigoso ser mulher é muito perigoso você população LGBT no Brasil
o Brasil o lugar que mais mata a população LGBT né Agora é a questão é a seguinte é é a gente militar né como cidadão para que isto é se reinventa para que essa realidade abre Jetta que a gente vive em termos de Brasil se reinventa né mas na clínica você lida com singularidade se você não tem como lidar com essas com essas questões assim do para todos né do porque a forma como Cada um foi afetado é diferente vai variar quando eu falava para vocês que lá que eram estruturalista sui generis não é peculiar
e muito particular é porque a noção de estrutura dele não é a mesma de leves trouxe né não é a mesma do estruturalismo antropologia estrutural né nem da semiologia estrutural e nem de nenhum outro campo né nem da linguística estrutural de sociais né nem de barcos nem the nerves trouxe é o estruturalismo que tem um furo e não é esse furo é justamente isso que ele veio de marcando primeiro com o nome de um objeto A né O resto inassimilável que ele vinha falando desde seminário cinco então não seminário 10 ele delimita isso a partir
do 11 ele começa a tentar descrever depois no 20 tem uma virada né quando ele percebe que é não dá para matematizar né no Via álgebra o objeto a aí ele parte para a lógica é flash para tentar falar do dia atuar e tal e depois para topologia né mas são sempre tentativas de limitar o real eu tô relendo e eu tô relendo Freud né para para escrever essas aulas e tal via Lacan né aí porque o Lacan teve um momento aí nos primeiros seminários que relevo froid e é impressionante a leitura que Lacan sagem
do Freud assim ele e ele vai contra a corrente né então presento ele fez uma leitura aí nos anos 50 sem dar três é o seminário 3 o Lacan ele faz uma leitura desses de três textos três ou quatro desses textos que estão aqui são os textos tardios do Freud escreveu depois que elaborou a segunda tópica tá que é o momento tarde Du depois de 1920 que já é considerado o momento tarde vida da obra de Freud e e Toda Toda vez que tem gente por exemplo inglesa né da da psicanálise de língua inglesa enfatizavam
um certo Fred pianismo não é uma relação de amor primitiva do bebê com a mãe que tava de certa forma aí nos tern é a questão da sexualidade e que isso seria a inclusive passível de ser tomado como modelo para a direção do tratamento tanto que as escolas inglesas elas tomam o modelo da maternagem né o único com a mãe suficientemente boa a Melaine Klein quando ela fala do seu bom do seu mal olhar até a Anna Freud né com aquela psicopedagogia que ela fazia né De certa forma toda todas estão aí nesse núcleo né
do prédio de piano do perde pico de um certo polimorfismo e etc e tal aí o que que o aquela faz nos anos 50 e não gente é o que importa é o pai né É o que importa é o pai que importa é a lei o que importa é o AD o que importa é a castração e ele vai fazer a leitura dos textos do Freud eu voltei esses textos e de fato o Freud G1 e os historiadores da psicanálise falam que naquele momento Os anos 20 né ele já tava tendo muito Muitas dissidências
dentro do movimento psicanalítico e ele sempre foi alguém que prezava pelo né pelo Édipo pela castração pela Neca e tinha todo o movimento aí contrário né inclusive um deles encabeçado pela própria filha dele né que ele analisou que era Anna Freud que ele nunca conta disso obviamente publicamente que era assim minha querida lógico mas o Lacan ele vai resgatar por isso que é retorno à Freud Lacan para resgatar o que o Freud defendia naquele momento isso é fantástico gente isso é fantástico então usando 50 quando a gente tem lá em todo o movimento da psicanálise
inglesa que comandava psicanálise no mundo né então encontra essa psicanálise para lavar lá que eu falava B olha olha o que que eu lá quero falar na página 207 do seminário 4 tá sobre a relação de objeto o Édipo é essencialmente androcêntrico ou 400 Kiko o replay tá falando o é tipo é androcentric 400 ele tinha plena consciência né de que ele tava fazendo um movimento ali né quero um movimento de digamos assim deslizamento do Imaginário para o simbólico porque para você sair do Imaginário do polimorfismo pré-edipiano da relação mãe-bebê hoje ou você tá no
plano Imaginário ou no plano do simbólico então Lacan receber ou você faz interpretações orientadas pelo Imaginário interpretações orientadas pelo simbólico né Não dá para você juntar a falar mas é vamos fazer uma bricolagem não não dá não dá tá então é o Lacan percebeu que para sair desse Imaginário materno né para ir de piano etc eu teria que haver um deslocamento para o simbólico via pai via isso via lei paterna havia totem Tabu via E aí ele foi resgatando tudo no Freud que tinha sido esquecido pela psicanálise inglesa Mas ele foi resgatado todo Freud aqui
falava né do pai mítico da internalização da lei né do Édipo da castração e ele foi ler o Édipo EA castração é no menino e na menina né E aí relendo os textos do Freud eu pude constatar que isso não ela crê Freud Freud tá é Freud que enfatiza e a angústia de castração né inveja do pênis é ele que dá importância ao falo né é ele que dá importância a lei a lei de Piana que é internalizada né eu to marcando a chamada de metáfora paterna que vem substituir o desejo da mãe toda essa
leitura do início do acam é uma tentativa de destacar aquilo que havia de simbólico em Freud para além do imaginário bom então por isso que eu a leitura tão fascinante assim é óbvio que hoje é datada né porque assim a nossa era que a do mais-de-gozar Então já não era do simbólico né a gente já vivi um declínio aí que o frango já percebia lá nos anos 20 né dizer desde o início do final do século 19 a gente já tem um declínio aí do simbólico né enfim e que hoje em dia a gente a
gente se depara com o real que é sem lei né que enfim é mais Olá cama fazer uma leitura muito fina do Freud ali se deslocando a psicanálise do Imaginário para