Sociologia do Crime - Coringa (2019)

embalados pelo filme do coringa lançado recentemente elaboramos esse vídeo você sabia que existem vários ramos da sociologia e um deles é a chamada sociologia do crime desde o início dessa ciência o crime foi um dos focos de reflexão daqueles que se intitulavam sociólogos então a tentativa de oferecer subsídios teóricos pra vocês compreenderão o filme coringa a partir da sociologia iremos apresentar brevemente algumas correntes teóricas que tentam explicar o crime por isso talvez esse vídeo fica um pouco mais longo que os outros mas eu garanto que vai valer a pena bora lá o fundamento de todas

as teorias que iremos apresentar aqui é que o crime não é uma condição natural do indivíduo portanto ninguém nasce criminoso tem tendências biológicas para o crime eo crime não é explicado pela realidade individual assim com a psicologia ea psiquiatria podem afirmar lembra que explicamos isso no vídeo sobre o surgimento da sociologia para se estabelecer como uma nova área do conhecimento esta ciência precisava explicar os fenômenos de uma maneira inédita e que maneira essa através das relações sociais o crime pra todas as correntes que vocês verão já é considerado fruto de um conjunto de relações sociais

entende desse ponto vamos autores para ficar mais fácil separamos as concepções de séculos 19 20 e 21 do século 19 o início da sociologia temos as contribuições de karl marx mgk em gabriel tarde contudo ambos tratam da questão do crime de maneira periférica em suas obras ou seja eles não dão enfoque profundo e detalhado como veremos os autores dos próximos séculos entretanto as pontuações que eles fazem são de grande valia afinal são elas que dão o tom de como a sociologia deveria pensar o crime karl marx assim como você já sabe vendo os vídeos do

canal considera que o crime é também resultado da famosa luta de classes para ele o processo de acumulação primitiva do capitalismo ocorrido na inglaterra pegando isso como exemplo é um crime a expulsão dos camponeses suas terras e o êxodo para a cidades morando em condições precárias de trabalho insalubres sem comida pra marx essa população é vítima de um crime cometido pela burguesia ascendente do período o roubo da propriedade privada sem essa essa massa de trabalhadores somente o seu corpo para trocar por dinheiro se submete a condições desumanas para sobreviver segundo marx aí está uma violência

direta e indireta ocasionada pelo capitalismo indireta pela condição de vida direta na forma como o judiciário a polícia o estado lidavam com essa nova condição de vida existiam leis que impediam a mendicância as prisões começaram a ganhar as feições modernas nesse período enfim pra marx o crime a expressão de uma luta de classes por fim max considerava que o crime também ajudava a desenvolver as forças produtivas essa pergunta é ótima teriam as fechaduras atingido a excelente qualidade atual se não houvesse ladrões ou seja a no crime um impulso para o desenvolvimento capitalista segundo max já

emergiu quem chegava a outras conclusões crime pra ele é uma ofensa feita a consciência coletiva de um certo grupo portanto não há uma ação que é crime em sua essência o ato criminoso depende da sociedade na qual foi realizado do nível de afeto a consciência coletiva e quando ela ficou perturbada com tal ato não há segundo jucá em um núcleo duro de crimes ser inabalável igual para todas as sociedades pelo contrário o crime varia de acordo com a sociedade em que o ato ocorre observando e estudando diversas sociedades de quem observa que o crime é

uma realidade presente em todas as sociedades assim ele considera que o crime é algo normal que faz parte quase que fundamental da vida em sociedade o problema estaria em um aumento desproporcional da taxa de criminalidade poderá alterar o estado normal da sociedade por um estado patológico por fim o criminoso ingerir carne não é um parasita uma doença é um agente social como todos os outros e que deve ser observado enquanto tal para fechar o século 19 temos idéia de gabriel tarde a sua atualização sobre o clima uma resposta direta às idéias racistas e determinismo biológico

que existia neste século a de que o crime era algo natural e que o criminoso possui características físicas e biológicas específicas e comuns tarde parte da idéia de que a vida em sociedade é um processo de imitação uma idéia é imitada por uma pessoa que é limitada por outra e por mais 100 pessoas até que se torne padrão naquela sociedade este caminho é realizado pelo crime segundo ele nada mais é do que uma ideia que foi copiada por um conjunto de pessoas a partir desse ponto tarde chega na formulação do conceito de crime coletivo e

precisamos ler uma citação dele as multidões não são apenas crédulas são lucas várias das características que observamos nela são as mesmas dos pacientes dos nossos hospícios hipertrofia do orgulho intolerância e moderação em tudo elas vão sempre como os loucos aos pólos extremos da excitação e da depressão o público quando é criminoso ué mais por interesse de partido do que por vingança mas por covardia do que por crueldade ele é terrorista por medo não por acesso de cólera regra geral ou quase por trás das multidões criminosas a públicos mais criminosos ainda e à frente destes publicistas

que o são ainda mais vamos agora o século 20 a primeira contribuição é da escola de chicago aqui representada por rio e mickey e clifford shopping ambos são conhecidos pela ideia de desorganização social a partir desse conceito mec xó observavam que em áreas pobres e degradados mesmo com o intenso processo de renovação da população seja virtude de mortes obrigações as taxas de criminalidade continuam instáveis assim chegaram à conclusão de que a desordem normativa que acompanha essas áreas tecendo laços sociais pouco consolidados impedir uma supervisão dos jovens pelos adultos criando uma socialização com poucas regras fazendo

com que exista uma grande janela para a criminalidade outra perspectiva do século 20 é aquela orientada pelo culturalismo representada por e do ins atlante também conhecida como teoria da associação diferencial este autor considerava que o crime era um comportamento aprendido portanto é na socialização do indivíduo que podemos encontrar os motivos e origens do crime para demonstrar esse processo de aprendizado do crime center lente elabora nove proposições sobre o crime estaremos só as três primeiras para demonstrar a essência da idéia do autor um o comportamento criminal é apreendido 2 o comportamento criminal é aprendido em interação

com outras pessoas em um processo de comunicação 3 a parte principal da aprendizagem do comportamento criminoso ocorre dentro de grupos pessoais íntimos robert merton é outro autor do estado neste século ele resgata as idéias de juros caem as aprimora segundo mary tom o desequilíbrio entre as metas de sucesso impostas pela sociedade e as condições para alcançá las seria um estimulante para que as pessoas buscassem estes objetivos de formas ilícitas este desequilíbrio pode levar ao rompimento das normas e meios legítimos de vida social gerando um comportamento pautado na anomia assim o abismo entre a expectativa ea

realidade social levaria um comportamento criminoso outra corrente teórica é o interacionismo simbólico o fundamento dessa teoria de que a vida social acontece na interação entre os atores envolvidos na ação portanto não há uma essência imutável um padrão estável uma realidade estática o que existe são interações o que advêm delas um dos autores que discutem o fenômeno social do crime a partir deste ponto é hardebeck de início becker modifica a idéia não é crime mas sim desvio o desvio é um rótulo que alguém recebe o ator desviante que é rotulado como tal o é por um

grupo que o considera assim portanto pra compreender o desvio é necessário observar quem são os atores que rotulam desviante o desviante o que foi considerado como desvio neste cenário becker afirma que nem sempre desviante é considerado criminoso o rótulo de desvio vai ser atribuído de maneira multivariada a depender do grupo a uma citação do artigo referência que ajudar a esclarecer as coisas porque as pessoas consideradas normais não se deixam levar pelo impulso desviante que tem o autor afirma que a pessoa considerada normal ao notarem se um lado desviante o controla pensando nas conseqüências que determinado

ato poderia causar já aqueles que continuam se desenvolvendo uma carreira desviante podem ao longo de sua vida ter se envolvido em situações nas quais não lhe seja cobrado os padrões convencionais da sociedade ficando de certa forma livre de dar essas explicações para a sociedade ou ainda buscam técnicas de neutralização que justifiquem suas ações e reprime seus ímpetos não desviantes vamos lá mais uma teoria agora chamada teoria do conflito que resgata a teoria marxista ana e afirma que é uma grande pitada de classe nas definições e resoluções frente aos crimes essa teoria foi predominante nos anos

de 1970 e vários são os nomes associados a ela richard cni tony plath jockey ong dentre outros segundo essa teoria alguns comportamentos não são tipificados como crimes principalmente aqueles que são realizados pelos chamados colarinhos brancos fixação monopolista de preço poluição no meio ambiente corrupção dentre outros nesse caminho muitos crimes que são cometidos sempre são associados à classe dominada ou seja os proletários estes autores portanto apresenta um conceito proletário de crime que compreenda as dificuldades passadas por esses indivíduos daí que crime é tudo aquilo que fere os direitos humanos temos também a chamada teoria do controle

ou autocontrole representada por travis fish e mark okoth fredson localizados em 1990 para eles a delinquência juvenil era fruto da desestruturação familiar causando uma socialização assim autocontrole se não há uma boa socialização o indivíduo não saberá quais papéis desempenhados por fim chegamos ao século 21 e as idéias de garland são interessantes segundo ele há uma modernidade tardia que desenvolve riscos e inseguranças e em virtude disso geramos respostas menos tolerantes e mais hostis aos crimes a a instauração de uma cultura do medo presente em toda parte do cotidiano nas ações policiais na participação da sociedade civil

esta modernidade tardia aparece na transição entre o estado de bem estar social que começa a ser visto como uma burocracia para sustentar vagabundos na expressão do senso comum e o estado neoliberal que pressupõe soluções que afetam o sistema penal como um todo ufa é isso todo esse caminho todos esses séculos todos esses autores estão à nossa disposição para nos levar a uma compreensão mais profunda deste fenômeno social que interessa a todos eu vou deixar na descrição vários artigos livros e referências que vocês poderão consultar para se aprofundar mais sobre esses temas que eu coloquei aqui

pra vocês nada que uma pesquisa no google acadêmico não sirva também como orientação e se lá o nome dos autores que foram citados nesse vídeo para ter acesso a artigos livros e obras que trazem essas temáticas bom depois de toda essa trajetória qual a teoria você utilizaria para explicar o comportamento do coringa deixe nos comentários a sua reflexão sempre sendo empático não se esqueça de curtir compartilhar e se inscrever no canal a gente fica por aqui pra até o próximo vídeo e tchau