O vai e vem dos trens compromete as casas de quem vive às margens da Estrada de Ferro Carajás

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Repórter Record Investigação
No último episódio do especial Dossiê Carajás: corrupção e descaso, Adriana Araújo e a equipe do Rep...
Video Transcript:
O olá boa noite para você o vai e vem de trem mudou a história de quem vive às margens dos Trilhos de Carajás eu e o jornalista Gustavo Costa Laura ferla e Mariana Ferrari conversamos com dezenas de famílias afetadas e analisamos documentos que comprovam esquemas de corrupção envolvendo cidades ao longo da ferrovia hoje você vai conhecer quem é o homem acusado de fraudar 63 milhões de reais em situações de fachada e no trajeto da locomotiva moradores em situação de abandono com a vida ameaçada doce e Carajás corrupção e descaso episódio final a máquina que é
símbolo de progresso 1 a cada frente parte da Serra de Carajás a leva mais de 31 milhões de reais em minério de ferro são milhares de vagões milhares de viagem a riqueza que sai do interior do Brasil para ganhar o mundo mas o que fica pelo caminho Nem sempre é motivo de orgulho é o cantinho do céu aqui que a gente olhar muito bom e depois depois ele o inferno a médica me falou que eu tinha que sair daqui se eu quiser fique meu filho tivesse mais longa vida histórias de Sofrimento descaso perigo O trem
está passando e cantar todos os links passou eu que durante a viagem conhecemos a realidade desses brasileiros os vizinhos dos Trilhos de Carajás e demos de festa que os problemas gerados pela ferrovia são muito bom nós estamos em Alto Alegre do Pindaré no Maranhão na última semana nós mostramos que essa cidade cortada pela estrada de ferro tem muitas vítimas de atropelamentos O que é agarrada com ele até os vão passar agora vamos para uma comunidade na área rural do município o povoado de auzilândia fica bem isolado mas é maior do que muita cidade são 12
mil moradores que levariam uma vida bem pacata se não fosse a passagem dos trens e a gente vai conhecer agora a casa do Seu Pedro Se eu mora nessa casinha quatro anos né e é uma das casas mais atingidas com rachaduras maiores mostra para gente onde a situação está pior Seu Pedro é inquilino paga r$ 120 de aluguel para viver numa casinha que pode cair a qualquer momento e esse é o cômodo que tá mais danificado é aonde ali no cantinho aqui olha a rachadura vai do chão até o teto e tá bem bem profunda
já olha só que já colocou reboco lá do lado de fora para tentar fechar sair meter foi uma uns pano as coisas se empatar Papá não veio de lá para cá já parei de Dividida com outra família Então são duas casas fachadas quando a gente tá vendo essa rachadura tem duas casas achar e o aposentado conta que as trincas na parede era um pequena é mas em 2017 quando a ferrovia foi duplicada o vai e vem de trem também dobrou e as rachaduras se espalharam por toda a moradia essa rachadura aí tá da soleira da
porta ali ó tá até lá em cima né e vai abrindo tudo Abrir né Há três anos um engenheiro fez uma perícia na casa onde o seu Pedro mora a pedido da organização Justiça nos trilhos que defende a população impactada pela ferrovia o laudo destacou o risco das rachaduras em alto grau ao longo das paredes e apontou que as constantes trepidações do trem agravam a situação é daí que vem o medo né se eu perdi uma hora ela pede trabalho né Dani não aguentar e cair em auzilândia São pelo menos 64 famílias com cada cacheadas
elas Entraram na justiça mais de dois anos cobrando uma solução da Vale a mineradora alega que os imóveis São mal construídos só que todos os moradores já estavam aqui antes das obras nos trilhos muitas casas têm que ser reconstruídas pelo laudo que nós já possuímos sim casas tão perto da ferrovia que sustenta em um impacto desse precisam ser construídas numa estrutura que de ponta de sem Impacto para a justiça nos trilhos a responsabilidade pé da vaga nós entendemos que tem um trem começou a passar carregada de minério e o seu Pedro me chamou aqui para
sentir na parede Oi e a gente sente a trepidação na parede quando ele passa vazio não mas carregado carregado lá na paga para ele tem esse tremor isso é importante é toda tempo dura a corda toda madrugada quatro horas da madrugada para cortar aqui nós vamos viver essa experiência por uma noite é mas antes visitamos outra moradora Dona Maria Alice tem 70 anos e ver a casinha caindo aos poucos o quarto do neto mais próximo dos Trilhos tem rachaduras Profundas aparece profunda toda rachada praticamente toda rachada tá todinha debaixo da janela tá bastante né Dona
Maria da Glória aí tá só o buraco mesmo por isso ele prefere dormir nessa rede no meio da sala é o quarto da Dona Maria Alice também esconde perigos daí rachadura todinho eu tenho medo de uma hora de Despertar de uma vez com medo de ser soterrada pelas paredes ela não consegue dormir na própria cama e acredita que o risco diminui se deitar na rede ser acho que na rede é mais seguro é mais tem 6 que cai mas não pega numa perna minha no braço né dia todo dormindo né que eu me enrolo para
lá a aposentada não tem dinheiro para a reforma nem mesmo para o botijão de gás é Oi Dona Maria Alice prepara o jantar nessa cozinha simples com rachaduras perto do fogão a avó dividir o mesmo prato com Neto e à noite os dois seguem na companhia dos vagões do trem o tempo problema mesmo é o tempo todinho eles terminam o jantar em silêncio tá sonhando com o dia em que a Vale vai indenizar as famílias o e todos vão voltar a dormir em paz eu me preocupo Mais afastada do trem que ele tem vez que
a pessoa não consegue nem dormir fica triste ver agora nessa situação é demais que que você sente eu gostaria de dar uma casa para ela um conforto melhor conforto e em sete horas da noite vovó está praticamente às escuras e o vai e vem de trem vai seguir madrugada adentro nós vamos passar essa noite na casa de uma moradora a dona Deusimar que vai nos dar abrigo ela mora aqui bem frente a ferrovia e a gente vai entender como é viver de frente dos Trilhos como eles dizem enfrentando a zuada do trem em um grande
Deusimar Oba Estamos chegando tava esperando vamos aceitar o convite nós somos citri anos recebe com a gentileza de um jantar festinha é esse Dona Deusimar Então vai aqui carinho da senhora com a gente hein Tá ótimo Dona Deusimar olhado e enquanto comemos Deusimar nos conta que construiu a casa há 11 anos E como tinha algumas economias investiu em uma cinta de concreto bem reforçada na base do imóvel Por isso as paredes não rachão mas o barulho do trem em auzilândia ninguém escapa e na rua ocluídas típicos da roça e e desaparecem com a passagem de
mais uma locomotiva ho é perto da meia-noite ela descansar boa noite tchau tchau tchau nossa hora de descansar também vamos ver quanto tempo dura o silêncio Nem deu tempo de deitar e já passa mais um trem olha o barulho é Esse é o nono veja às sete da noite desde quando chegamos aqui ó e eu tento dormir mas fico com o celular ao lado e o trem invade o meu sono muitas vezes é e é esse barulho que a gente se fosse a uma hora da manhã o trem passo novamente e a gente acorda muito
sobre salgado resultado porque literalmente o trem aparecendo o sono porque intervalos entre as locomotivas são curtos parece um pesadelo que se repete e são 2:52 é um bar bem forte e não tem jeito você acorda né O meu corpo está exausto já não consigo nem raciocinar direito às quatro da manhã Desisto de ficar na cama pouco depois Deusimar também já está de pé e sente os efeitos do Sono interrompido Bom dia a senhora tem sempre dor de cabeça dor de cabeça pesada constante e o sono é desse jeito que a gente viu aqui essa noite
dorme um pouco a corda é um e enquanto prepara o café Dona Deusimar pensa nas tarefas do dia E lá fora o trem seguem no mesmo ritmo do dia amanhece e nós contamos no intervalo de 11 horas eles sete horas da noite que seis da manhã 18 trens passaram na porta da dona Deusimar e é uma rotina desgastante para um povoado que não sabe o que é o silêncio é só tem vontade de sair daqui Dona Deusimar eu tenho e elas cansativa tem muita vontade de sair daqui ó
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