Caminhos da Reportagem | Agricultura familiar

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TV Brasil
O Caminhos da Reportagem desta semana traça um perfil dos homens e mulheres que colocam grande parte...
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quem são os homens e mulheres que produzem a maior parte do alimento que vai para a mesa do brasileiro nossa equipe colocou o pé na estrada de terra e foi até o interior do país para mostrar a vida dos agricultores familiares o feijão cultivado às margens do rio purus ea extração da borracha no amazonas as castanhas e frutas de mato grosso que não renda para as famílias e no sul do país a experiência coletiva do faxinal e também um assentamento o caminhos da reportagem de hoje vai mostrar a vida desses brasileiros que vivem no campo
e lutam por melhores condições de vida para continuar trabalhando na terra as mãos sujas e calejadas o suor no rosto os longos dias na lida o homem da terra quem é o campo não quer sair daqui gente que tem orgulho de criar plantar e colher que tira da natureza o que ela oferece o estilo de vida que sobrevive graças àqueles que amam a terra são homens e mulheres pequenos produtores que unem suas famílias em torno do trabalho no campo e o que a agricultura familiar produz é o que chega até as nossas mesas estatísticas mostram
que 70% do que o brasileiro come vem da agricultura familiar de pequenas hortas e plantações e criações alimentos como mandioca o feijão carne de porco e aves e o leite vem da produção dessas famílias ela emprega ainda 77 por cento da mão de obra no campo em algumas regiões do país a agricultura familiar ainda supera o agronegócio na produção de commodities como café arroz e milho mas as propriedades familiares ocupam 24% da terra produtiva apenas um quarto das terras do país o restante está nas mãos do agronegócio com grandes produções muitas vezes para exportação mas
o peso nem sempre reconhecido que a agricultura familiar tem na vida do brasileiro pressionou o surgimento de ações do governo voltadas especificamente para esses produtores e hoje nós temos linhas e políticas públicas não só no proac mas outras que procuram atender esses diferentes segmentos assim ampliando o conceito a noção de hector familiar porque também são de alguma forma uma produção família algumas mais comunitárias outras utilizando mais o extrativismo portanto mais relacionado com o meio ambiente no sentido de extrair mas tem mas temos essa característica de ser bastante trabalho familiar de estar espalhados nas grandes regiões
e isso também é importante nossa equipe viajou milhares de quilômetros por todo o país para contar as histórias de vida nesses produtores brasileiros para chegar até lábrea no amazonas um jeito mais fácil foi fretar um avião a cidade que fica no sul do estado em meio à floresta amazônica o município é o maior produtor de feijão de corda no estado com cerca de 1.200 pequenos agricultores a maior parte deles são ribeirinhos que plantam feijão nas praias que o rio purus deixa na estação mais seca do ano a gente conseguir chegar até as comunidades onde o
feijão é produzido não dá pra ir de qualquer jeito a gente tem que de barco subindo o rio aqui por pelo menos seis horas e é pra onde a gente está indo agora as águas douradas do rio purus nos levam por curvas até a primeira comunidade produtora que visitamos a cassi anã há cerca de três horas de viagem joão líder da comunidade nos mostra como é feito o cultivo nas areias finas e férteis que o purus deixa quando baixa estão pequenas plantações feitas pelas famílias ao longo da praia aqui o produtor trabalha debaixo de um
calor de mais de 40 graus que castigou ser humano mas faz com que o feijão 7 mais rápido tudo é manual a colheita a limpeza o ensacamento na sombra a comunidade toda se reúne para nos contar como vive joão diz que todo mundo depende quase que exclusivamente do feijão que nem sempre têm boa colheita o produto é vendido para a associação de produtores agro extrativismo da colônia de sardinha em lavre que passa recolhendo a produção se não fosse isso eles ficariam nas mãos dos atravessadores hoje eles são em menor número porque foram proibidos de comercializar
o principal peixe da região o pirarucu que está ameaçado acha que esses e junto com o pilar do governo era interessado foi interessado pirarucu que eles traziam junto que dá muito mais dinheiro pra eles e nós é quem ficar lá atrás nem aí como não pode compartilhar conheça o feijão também nunca joão ainda reclama do preço que é pago pelo feijão segundo ele as comunidades ribeirinhas sofrem discriminação e ainda a chance não que mora no interior da praça dinheiro expressem o peixe ea 40 macaé assinam a empresa deverá também precisa investir para se comprar uma
cota de mercado cair 9 que nem bicho burro né as famílias de caxiuanã dependem de recursos do governo muitos não chegam até as comunidades no fim de 2012 quando estivemos ali muitos ainda não tinham recebido os recursos da enchente que devastou a região no início daquele ano se não fosse as associações trabalhando em prol da sua comunidade a gente não sabe que a situação estaria a população situação é precária em todas as comunidades do rio purus passar 19 dias visitando essas comunidade encontramos escola com 33 dias sem aula porque não tem merenda escolar e nem
tem fla mapa transportar os alunos eo município está recebendo esse recurso mensalmente do fundeb nesse solo que nem tanque tem comunidade é que nesse horário as crianças estão carregando algo lá do porto a escola porque a escola não tem nenhum tipo de estrutura as famílias de caxiuanã se despediram de nossa equipe confiante de que sua voz fosse levada para além das margens do rio purus mas as águas ainda nos levariam a outras comunidades onde a situação também não é das melhores laranjeiras foi nossa parada seguinte a família de dona cacilda tinha acabado de almoçar e
ela nos mostrou que teve para comer no dia do pequeno fogareiro só uma panela e vários pratos depois fiquei famoso boi fechou o peixe é o principal produto da alimentação dessas famílias os ribeirinhos o comem no café da manhã almoço e jantar trás da casa ea mulher cuida coloca no forro aí até quando não chegou nada a ver no caso editada e não consegui o peixe aí avisa o filho é paulo 100 comigo poder ir para escola né essa é a merenda da escola e uma pequena horta que dona cacilda tem nos fundos da casa
evita que a alimentação seja apenas isso a vida aqui parece ter parado no tempo não há energia elétrica a única opção um motor que é ligado apenas quando a gasolina a falta de estrutura no dia a dia desses pequenos agricultores já levou muitos deles para a cidade onde chegam atraídos por melhores condições de vida seu antônio nos leva até a escola da comunidade aqui as crianças estudam de dia os adultos à noite com a luz de outro motor que muitas vezes não ajuda em nada além de fazer barulho na escola também estou dando a ele
é é uma luz é muito pouco ele tem pouca força e ele tem aquela luzinha alugar de ajudar está atrapalhando a dar muita dor de cabeça vez passa a noite todinha com dor de cabeça à comunidade os sonhos não são tão usados não espera muito mimada que é que todo mundo aprenda a fazer ou não seguimos nossa viagem pelo rio purus até chegar à comunidade de josé gonçalves aqui também o feijão é a principal atividade mas a borracha é uma alternativa para os produtores principalmente na entressafra betão dos seringueiros nos conduz por dentro da floresta
amazônica para mostrar onde estão as seringueiras as árvores nativas chegam a alcançar até 30 metros de altura os troncos guardam as marcas de muitos cortes feitos ao longo das décadas o cheiro da borracha depois que ela está seca é bem forte mas aqui na seringueira ela ainda não tem cheiro nem o pessoal disse que pode até provar que é doce né só não pode engolir a seiva branca e se as latas que são recolhidas após algumas horas beto corta em média 200 seringueiros por dia na época das chuvas o trabalho não é feito porque por
aqui só dá para passar de canoa pergunta a beto se ele usa algo que veio do que extraiu eu acho que sim né o efeito vizinha feito pneus de carro feito um bocado de coisa o trabalho aqui também não é fácil o calor ea umidade da floresta atrair mosquitos a borracha depois de prensada pesa e para aberto todo serviço não é recompensado a par com seu bicho de tudo é é r$5 5 e evento parece que acho é pouco eu acho que posso dar para dar voz à data mais de r$7 tarragô fala se em
um novo ciclo da borracha na amazônia incentivado pelo poder público parte do dinheiro que o seringueiro ganha vem subvenção dos governos federal complementa o preço de mercado o estadual paga mais um real para cada quilo do produto eo municipal de 50 centavos mesmo assim para aberto não é o suficiente e ele pensa em desistir a página ou acho que este outono não fosse assim eu não vou não porque num quarto sem conseguirem o reinado de vontade quer fazer o que é isso aí dá cor ao trabalho mas para quem quer continuar nas comunidades do rio
purus não há são o feijão é certeza anal a borracha ou alguma outra pequena produção como milho e hortaliças mas nada que seja uma grande mudança na realidade aqui de volta à cidade encontramos com o então gerente interino do idam o instituto de desenvolvimento agropecuário e florestal sustentável do estado do amazonas segundo ele em 2012 faltarão sementes de feijão para plantar a inundação prejudicou a safra eo recurso que chega para tentar minimizar os efeitos é pouco que vai ser mais prejudicado é o pessoal que mora no alto por una e não vai ter tanta oportunidade
de alcançar esse é um valor maior pela área pelo que eles plantam né é é pouco os recursos do pronasci o programa nacional de fortalecimento da agricultura familiar que disponibiliza crédito a juros mais baixos para os pequenos produtores também não chega às comunidades mais distantes porque são duas linhas de crédito quem está operando é um que vai até 2.500 e 8 que vai até 12 mil em então que vai até 12 mil tem uma burocracia muito grande do banco é que precisa de várias vários documentos e quem está lá em cima fica difícil até pra
mim aqui assina porque o banco não vai lá quando feijão sai das comunidades e chega até labre geralmente por meio da associação dos produtores os grãos passam por um processo de secagem novamente mas agora em máquinas são os sacados e levados até o barco que transporta para manaus o problema é que a distância de mais de 800 quilômetros da capital do estado é percorrida duas vezes por isso feijão antes de ser distribuído para as escolas de lado e ele vai para manaus e depois volta esse percurso todo é explicado porque a secretaria de educação do
estado compra parte da produção de pequenos produtores mas faz o controle de qualidade dos alimentos apenas em manaus como estejam ele vai pra todos os municípios do estado então a central vai lá quem faz a distribuição e faz a checagem eles têm a parte sanitária deles e vistoria ele tem uns conselho de da merenda escolar do próprio estado lá para vistoriar então eu acho que é por causa dessa logística com isso grande parte do que as crianças comem na escola são produtos industrializados agora o que eles gostam do de lata o que vem na garrafa
ou natural acho que o mais natural porque tem um elenco assim que a cachaça cachaça daquele mas não é locar da embalagem uma lei de 2009 prevê que 30% dos recursos que as escolas recebem do programa nacional de alimentação escolar pnae devem ser usados para comprar produtos direto da agricultura familiar uma garantia de renda para o produtor e de alimento fresco para as escolas mas a cooperativa dos produtores diz que não consegue vender produtos para as escolas do município através do pnae mercado local ainda nós estamos à mercê dessa dessa é de interesse do poder
público pra que isso funcione pelo gosto das crianças elas poderiam estar comendo muito mais produtos da região e ter uma alimentação mais próxima da que tem em casa arroz farofa o outro programa do governo federal de aquisição de alimentos paa compra parte da produção de agricultores familiares esses alimentos são levados pelos próprios produtores em forma de doação pelo governo a entidades de assistência social como creches asilos e orfanatos restaurantes populares e cozinhas comunitárias além de cestas de alimentos mas na região norte os produtores querem uma política diferenciada do piauí trabalha com preço mínimo nem eo
nosso produto aqui nenhum deles tem peso mínimo só tem um preço mínimo quando não existe mesmo mercado que o produtor se obriga a vender pois de certeza mas ele vende perdendo 50% do custo de produção dele esse é um dos problemas que dificultam a vida do agricultor familiar que sobrevive com poucos recursos enquanto isso o tempo vai e vem com as cheias e vazantes do rio purus e sempre traz a esperança de que a vida vai melhorar por aqui no próximo bloco vamos ver a experiência de uma cooperativa no pantanal mato grossense em comunidades rurais
de poconé o aproveitamento de um fruto típico o combar um se transformou em fonte de renda para a comunidade seguimos nossa viagem brasil adentro para conhecer a realidade dos agricultores familiares e chegamos ao sul do estado de mato groso da entrada do pantanal mato grossense está o município de poconé com mais de 30 mil habitantes aqui os pequenos agricultores conseguiram se unir e criar a cooperativa mista dos produtores rurais de poconé que estimula uma produção diversificada e com produtos que nem sempre eram valorizados um deles é essa a castanha do cerrado o fundo barulho também
conhecido como barulho é bastante saudável rica em cálcio potássio ferro vitamina é que ajuda no anti envelhecimento é tão estimulante que tem até o apelido de viagra do cerrado fomos até a comunidade de laranjal onde o combate é colhido ana pedrosa que cresceu no cerrado nunca imaginaria que a árvore do com barulho pudesse ser aproveitada na alimentação e com isso vender dinheiro para os mais antigos é até estranho como a castanha eu levo gostou muito do que ouviu do que falar leva o fumador essa biblioteconomia ele a falta de oportunidades no campo com barulho tem
sido um meio de sobrevivência da família os frutos são colhidos entre julho e outubro são estocados para retirada da castanha o ano inteiro dona rosa também é catadora de cumbaru em laranjal ela nos mostra como é feita a colheita pegando apenas os frutos que caem no chão a casca dura e cinza pode ser confundida com pedra e para abrir é preciso força a cooperativa paga 12 reais no quilo da castanha mas dona rosa diz que dá muito trabalho conseguir uma quantidade grande de um barulho é tão valioso porque ele é um saco de 60 quilos
das outras só transpiro da droga sangue quando a época da colheita passa dona rosa conta que é preciso correr atrás de trabalho mesmo guardando o fruto para quebrar ao longo do ano que não tem ninguém empregada se por mês sempre roçada bico pra cá e pra lá não tem assim um serviço fixa enquanto estávamos na comunidade um ônibus escolar passou trazendo para casa os alunos que foram para a cidade estudar aplicar do filho de dona rosa foi uma dessas crianças hoje faz pedagogia e já é professor em uma escola rural e por que você escolheu
ser professor é o que estava mais no meu alcance né é um carro mais próximo de mim era isso que tenha mais oportunidade de serviço e eu consegui está mantendo o mesmo mas o que luís ricardo queria mesmo era agronomia a falta de opções é vista em grande parte das cidades do interior do país onde nem sempre há cursos voltados para a atividade produtiva local legal bacana mexer com um terno ambiente todo som de orta tudo mais é coisa boa também que eu gosto sempre está mexendo assim como a comunidade rural não é coisa assim
num da terra eu estou gostando de sua parte não se tem filho estudado coisa melhor acontecendo dos galhos de um barulho a castanha chega até a cooperativa na cidade onde apostada salgada e ensacar daqui vai para o país inteiro mas o cumbaru não é o único produto típico da região aproveitado pelo sagres e ativistas a bocaiúva conhecido em outras regiões como macaúba também é usada pelas famílias a bocaiúva é um pouquinho e sua palmeira cresce por toda a região de poconé a parte utilizada é a polpa que serve para fazer picolés massas doces e outros
alimentos ricos em nutrientes a bocaiúva tem uma alta concentração de vitamina á cobre e potássio isim é muito consumida na região e tem sido apontada como suplemento alimentar por causa da bocaiúva dona ruth largar o emprego de doméstica para se dedicar ao agro extrativista trabalhador doméstico doméstica poderia quinta feira nem 2010 poderia feira 15 ea valor bem acima do que consegue com a venda da polpa congelada e da farinha que também é feita da polpa com que 90 95 reais quando fazia carinho para 50 ela ea filha andressa trabalham horas a fio quebrando a casca
do coco e retirando a polpa é gostoso que se distrai se preocupar as está em casa né está fazendo a polpa da boca e uva é bem carlo de cheia de fibra tanto que aqui na região ela tem um apelido nobreza ea chiclete poconeano chiclete pouco lento porque quero chiclete é o caso da prova ela aí como é que tem um jeito certo de comer também né tem sim é só você colocar na boca só quem pode morder nem colocar na boca e ficar chupando é isso para assim fica com essa bola aqui dentro da
boca ea gostosa em a diversidade de produção incentivada pela cooperativa tanto que não é preciso ir muito longe para encontrar uma outra comunidade que vive a partir de um produto muito implantado na região a cana de açúcar os engenheiros tradicionais ainda são encontrados em várias fazendas da região geralmente produzem rapadura produto muito consumido no estado em uma das comunidades de poconé um pequeno produtor seu milton resolveu aproveitar o potencial explorado apenas artesanalmente e montou uma pequena indústria de rapadura e derivados da cana de açúcar na indústria maioria dos funcionários é jovem a ideia do seu
milton era justamente dar emprego para os filhos e netos que acabavam indo para a cidade em busca de oportunidade de saída e dois jogos nós aqui foi a virar um marginal morrer aí eu fiquei preocupado porque minha realidade eu nem preciso dizer aqui mas olhei em passagem vini independência minha família estava recendo tinha que fazer tudo embora a gente foi o que o meu pai né que só tem uma saída é uma associação são cerca de 15 famílias envolvidas no projeto 40 pessoas a produção deu certo e só no ano passado foram vendidas 800 mil
rapadurinha que são usados na merenda escolar do estado mas mesmo já conseguindo vender para o governo a indústria enfrenta dificuldades segundo seu milton é preciso diversificar as vendas para não depender só disso ele tem um problema é o nosso temor é a venda da produção não é problema produzir não está no governo tem que ver se consegue uma conversa com um carro fechado e parede professor só para vender para que os jovens da comunidade não dependam apenas da indústria da rapadura já está sendo montado uma horta comunitária para que as famílias possam trabalhar e vender
os produtos as hortaliças são um dos carros-chefes da cooperativa a cada 15 dias os agricultores levam à produção à sede da associação de onde os alimentos são distribuídos à população por programas do governo federal lead aquisição de alimentos houve apenas na merenda escolar carroceria das caminhonetes tá mais parecendo uma verdadeira feira tem melancia laranja banana repolho mas tudo isso daqui tá indo para a merenda das escolas aqui da região e é uma dessas escolas que a gente vai conhecer agora é o próprio produtor que leva o alimento na escola tudo chega fresquinho e tem a
ver com que os adolescentes já estão acostumados a comer bem diferente do que era uma década atrás lembro que nos anos 90 receber muito é produto é notado soja no leite de soja almôndega nessa linha produto que praticamente pra nós aqui não é hábito alimentar e isso prejudica os alunos movimentava escola acabou tendo que ter um alimento todo dia colocado à disposição desses alunos é só acompanhar a turma na hora do intervalo para ver que realmente os alunos preferem que já estão habituados a comer uma refeição é melhor até mais nutritivo agora tô sem falar
que para muitos desses alunos a falta do café da manhã em casa faz com que a merenda seja a primeira refeição do dia quando é assim né as cenas melhor é dar mais substância no estômago em tom de bolacha assim até que a gente gosta né mas não mexe muito né é só naquela hora do jogo a gente reforça ele na lanchonete e depois passar cinco horas de hoje na escola por qualquer um né aí tem que reforçar um pouquinho o diretor conta que o valor pago pelo governo por aluno é baixo mas a merenda
tem um peso muito grande para os estudantes merenda ela veio mesmo com balú hoje está um pouco abaixo já que tentar por aluno né mas é sem essa merenda praticamente já teria um prejuízo muito maior lá na questão da permanência desses alunos estava né os mesmos tipos de alimentos são distribuídos para as creches públicas do município desde cedo os alunos costumam gostar de uma alimentação saudável com frutas e verduras da região qual fruta que você mais gosta é assim eu lancei de comer salada noite e meia de volta à cooperativa uma fila de gente esperava
para ser atendido no programa de doação de alimentos a comunidade cerca de 800 famílias cadastradas recebem a cada 15 dias uma cesta de hortaliças de 10 quilos gente que carregava como podia a doação dona francisca veio de carro e aproveitou para pegar a cesta de vizinhos e parentes só ela tem sete filhos e os alimentos doados já ajudam a alimentar tantas bocas as doações ajudam várias famílias e estimulam a produção da agricultura familiar seu carlos fez da horta a principal forma de garantir o sustento de nove pessoas em casa passa o dia na plantação cole
que já está na época planta para que o ciclo se repita a venda do seu carro 100 garantida pela cooperativa mas para começar a produção pegou um empréstimo por falta de informação não soube que tinha direito às linhas de crédito do pronaf que empresta dinheiro com prazos melhores para pagar 6 5 mil e vai ter vai ter que pagar a partir de quando haja pagamos a a já temos três meses antes de começar a vender propaganda já foi entregue muito específico para agricultor familiar não não foi direto do banco do brasil se eu não quisesse
pegar nenhum em uma linha de crédito não que eu não sei como é que faz para pegar não sabia ninguém dá informação pra mim né para o especialista em agricultura familiar sérgio sauer este é um problema comum nas linhas de crédito do pronaf ele reconhece que o dinheiro ajuda muito mas nem sempre o produtor tenha acesso associado a alocar mais recursos seria fundamental melhorar as condições uma delas é essa capacitação inclusive muitas famílias não conhecem a maior parte dos programas não sabe o que fazer para acessar alguns desses programas acabam endividados até os familiares não
pega um ano para o outro ano mas as condições que são pensados muito do ponto de vista bancário então você tem que oferecer condições é garantia 70 acabam limitando o acesso a pesquisadora da embrapa maria teresa pedroso concorda que é preciso tornar o crédito uma forma não só de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas mas também de fomentar a economia do país tudo que você pega o dinheiro público e aplica em políticas públicas que vão desenvolver a economia da de uma forma da forma mais adaptada à realidade e às necessidades só pode melhorar a
condição de vida dessas pessoas e também o aquecer a economia local e quem sabe até alguns participarem mais dessa desse da comercialização de produtos que possam reverter pro para o pib para ter mais fontes de renda seu carlos também está criando galinhas caipira alimentação vem das hortaliças que não servem para venda e iriam normalmente para o lixo seu pedro um dos fundadores da cooperativa conta que o plano é justamente esse diversificar e ter produtos que dêem retorno rápido para o produtor nosso trabalho é só coisa que dá lucro rápido porque quem é de baixo a
graça não tem ele não aguenta esperar muito dia para o dinheiro no bolso né tentei arrumar dinheiro por chamada no bolso não por fim desejo mais de 400 produtores estão cadastrados cerca de 150 entregam com freqüência o que cultiva seu pedro considera alto o número ainda mais quando lembra quando tudo começou eram apenas 20 associados aqui em poconé na nossa região houve algum tempo cooperativa e não funcionou agora com nove na cooperativa nossa todas é igual o projeto vem pra dividir igual o preço que nós quadra para 10 produtor possa por 150 postos por 300
e passa os 400 e poucos euros paga r$1 quilos de mandioca para uma tudo recebe um real para a cooperativa de poconé um grande problema na região têm sido as lavouras de soja antes quando era jogado a produção dos pequenos produtores não era prejudicada a soja ainda carregam um tanto de praga e um tanto de ser tecida um tanto de veneno for 'pista que acaba contudo a região né a cooperativa planeja lutar para que as grandes lavouras não afetam apenas suas produções mas também o pantanal seu pedro acredita que a força dos pequenos agricultores têm
feito a diferença ajudado a desenvolver o município e levado mais qualidade de vida para o homem do campo o que só foi possível pela união de quem ama trabalhar com a terra é só um - pequena e e todo mundo ea luta individual ninguém chega em canto nenhum santa unido já é fraco imagino cada um por conta por cada um para um lado do outro lado não vai chegar realidade que o brasil por que o município se desenvolver e veja no próximo bloco no sul do país uma forma de produzir diferente faxinal onde agricultores produzem
ervas frutas e verduras em meio à mata onde também criam coletivamente animais e ainda experiência bem sucedida de agricultores familiares em um assentamento da reforma agrária é nossa equipe segue viagem pelo país em busca de mais histórias sobre a vida ea realidade de quem produz o que vai para a nossa mesa fomos até o paraná no município de turvo no centro do estado por ali há várias comunidades de agricultores familiares com um sistema de produção tradicional bem diferente do que o resto do país está acostumado a ver o faxinal saudade santanita é um desses faxinais
fomos recebidos pelas famílias com a mística uma reunião que elas fazem para agradecer a produção à união entre eles e os novos amigos depois uma volta pelo faxinal que é uma área de uso comum das famílias em meio à floresta no meio da caminhada uma pausa para o descanso em um bate papo para entender melhor como funciona esse sistema depois da gente andar um pouquinho aqui dentro da mata a gente percebeu que tem várias espécies de árvores com frutas muitas vezes a gente viu alguns porcos também andam soltos por aí é bem isso que o
faxinal daria a gente esse território que conseguiu assegurar ainda 380 ao que não exista o faxinal aqui nós estamos numa parte do faxinal mas existe a ser quem roda do faxinal então nós as famílias que moram lá em torno de 70 famílias moram dentro dessa sistema do faxinal cada pessoa tem a sua área depende da quantidade que cada um possui mas o uso em comum dentro de si e se usa em comum eles têm um acordo não pode fugir do que está sendo no acordo efeitos e quantidade de diário que pode ser fechado para plantio
de sementes sinais uma hortaliça o prato é uma vaca de leite como funciona essa área como por exemplo os portos é exceção de todo mundo o cada família tem os seus e e cria tudo solto junto como é que funciona a agência na verdade a questão dos portos ele se tem quase todo mundo se tem um sinal por exemplo em cada orelha dando a criação né daí toda de manhã que tanto de manhã como à tarde tem um hábito por exemplo o jogo milho algum outro trato da unção e à tarde eles eles volta da
área do festival volta pra casa dos seus donos então é separado por esse sinal e cada um tipo cada um que tem um então a porta ali ele conhece apesar de ser um sistema que preserva boa convivência entre os vizinhos promove ajuda mútua e mantém uma forma de produção sustentável os faxinais estão aos poucos desaparecendo infelizmente a gente tem política só pra monoculturas né pinus eucalipto para a soja e daí acaba substituindo aqui eva mata a mata opinião acaba substituindo a araucária em monocultura né a gente está vendo muito isso né derrubada aí vai se
transformando em monoculturas como aconteceu em muitos profissionais aí no estado paraná o leão peres professor de meio ambiente economia e sociedade da universidade federal fronteira sul confirma que o faxinal sofre com a pressão da monocultura é um sistema frágil na verdade né bastante frágil net está em permanente conflito porque vai contra a lógica que a agricultura vem tem se desenvolvido que a lógica da monocultura da expansão de grandes áreas de grãos no caso aqui da região né e mesmo aqui no caminho quando a gente veio pra cá tem pelo menos dois ou três finais que
se desagregar fomos até a casa do seu nenê para entender como é o dia a dia de uma família no faxinal alegre na área individual da família ele a mulher dona cristina plantas e ervas medicinais filme é sobre a qual é essa keka é o capim limão conhecido como erva-cidreira da que ele serve pra cá ao manter meu pai de cosméticos também um xarope as ervas são secas e depois enviadas para uma cooperativa em turvo onde são embaladas e distribuídas para venda em várias partes do país seu nenê nos levem outra parte da propriedade onde
ele produz a erva mate o sistema ele explica é a água floresta ali também tem fé de limão é tanto um limão tem laranja e tangerina e as árvores nativas da mata tem que ser assombrada na prova da qualidade ele conta que quando chegou aqui conseguia tirar 30 roupas da erva mate mais ou menos 440 quilos hoje com 1.300 pés da planta já chega a cerca de três toneladas uma produção que tem rendido mais do que quando plantava só na monocultura produzir lá na lavoura que plantava milho feijão odeio nos últimos anos plantando soja você
fazia financiamento no banco tinha que vender uma marca poder completar o que faltava pra pagar o banco e hoje não sei é que não é real madrid tem gasto nenhum vai te dar só é só lucro no fim da tarde ainda deu para ver o seu mérito chamando os portos que soltos no final vieram correndo com o chamado do dono e é só chegar em outra família para perceber que os porcos sabem mesmo quando é o dono está chamando cada um de um jeito diferente de avisar que hora da refeição a criação de suínos da
um bom rendimento mas principalmente faz parte da alimentação das famílias fomos até a casa do seu joel para ver uma tradição que o faxinal tenta preservar seu jorge está com a mão no tacho preparando a carne na lapa ela é chamada assim porque depois de fita é armazenada na banha do próprio por dentro de grandes latas ou sejá esse jeito aqui que está fazendo a carne era o jeito que o pai do senhor fazia a idéia é isso aí vem desabou né porque é toda a vida eu por exemplo na china agricultura né e daí
já aprendi cor parda do sabor foi por aí né e era feito da vida desse tipo né desse jeito nem porque daí ele é verdade eu sei lá ele põe uma banho por cima daí você pra choveram não tem perigo de ruína nada né agora depois que vê nair ladeira e por isso as coisas ainda não demos alegria manifestar porque eu estiver núcleo né convoquei mamão acho que ela não tá ok center vai pegar pra mim também a quente vai ter que sobrar é muito gostosa alimentação dentro do faxinal em quase todo do que eles
produzem além dos porcos lhes criar vacas na sua parte individual a ordenhadeira mecânica para tornar leite outra fonte de renda é um dos últimos investimentos a questão da renda né quando rose não tinha vaga de leite se torna mais difícil ainda né a vaga de alexandre inteiro é tipo cd é certa há oito meses né logo ao lado para aproveitar o esterco do gado fica horta de onde luís vende parte do que colhe para escolas da região a horta também né lidamos com as verduras também é que entregado bom design todas as segunda-feiras passa né
carregando um produto e da empregada nas escolas e por aqui também as famílias sentem a falta de oportunidades no campo acaba levando muita gente para a cidade mas que teria que ter mais incentivo né porque muita gente ainda nem com o tempo acaba desencorajando né já vi muita gente vendo elas têm aqui um dá sinais bastante a nossa comunidade que é a comunidade é grande né e hoje e vai até em torno de 170 família só vai lá um sócio para curitiba guarapuava inep pode ser estranha tudo nos despedimos do faxinal e seguimos nossa viagem
até o oeste do estado chegamos à laranjeiras do sul o que nos atraiu até aqui foi o assentamento 8 de junho conhecido pela organização e pelos projetos desenvolvidos com os assentados todos os agricultores familiares já são 15 anos de reforma agrária no local o que começou com um acampamento de apenas 17 famílias pois conta com quase 100 um exemplo de que não basta apenas ter acesso à terra a luta continua depois que a gente conquista terra pra gente conseguir desenvolver os assentamentos keno 8 de junho esse diferencial foi importante desde antes de conquistar a terra
vamos pensar o que nós vamos fazer aqui dentro depois da terra conquistada mas até chegar aqui não foi fácil num bate papo com as principais lideranças do assentamento eles relembram como foi difícil começo as famílias ficarão acampados por anos na beira da estrada cada uma por um motivo mas isso serviu para unir ainda mais o grupo minha família por exemplo nós tinha um terreninho e foi bem no no plano collor é que a gente tinha acabado de vender como dado lugar e acabou acabem perdendo tudo o dinheiro investido então o que sobrou pra nós foi
debaixo da lona mas são coisas coisas da vida né que que algumas coisas que é feito lá em brasília que parece muito jeito a muita gente na trágica muita gente dentro o começo do acampamento quando a gente iniciou as mulheres já começar a se reunir uma vez por semana era sagrada era certa aí eu começo a gente discutia as preocupações que tinha né era falta de saúde falta de educação é falta desde os alunos repente têm onde estudar a falta de alimentação né ao recordar o momento em que finalmente receberão a terra tem a certeza
do quanto tudo melhorou um que queira um terreno praticamente abandonado né a plantação de pinus que o pessoal tinha cortado estava só em capoeira não tinha mais melhorou bastante né aquela relação assim o pessoal quando tá campanah beira da br para quem está de fora tudo o bandido vagabundo ninguém trabalha estão ali é pra sambar para fazer algumas coisas erradas ninguém pensa assim que é um grupo que vai vir a produzir né mas o grupo mudou a idéia de muita gente dos planos que as mulheres colocar em prática foi uma indústria de panificação aquelas produzem
pães bolachinhas e outros quitutes para serem vendidos na cidade e também para a merenda escolar através do pnae a cozinha industrial também serve para preparar o almoço para a comunidade em dia de festa quando a gente vê a preparação do almoço e percebe que quase tudo vem aqui do assentamento dá pra saber que aqui dentro tem fartura né até diferente daquela época que estavam ali nos acampamentos têm diferente na época da campanha meta gente passava a a todo mundo mas sim a gente passava muita falta dele e comida né gente também não tinha como você
não ser solidário com o vizinho quero voltar para perto de um outro né então tipo você comer vendo que ele tinha criança genético e no quinto a gente sempre viu tudo mas graças à nossa comunidade se ela é graças à partilha existiu o espírito de solidariedade continua mesmo depois que todos receberam até a gente faz muita doação de sangue entre 8 a linha de qualificação ela pra sociedade em geral é próximo do papai até pra mostrar pra sociedade o que se produz aqui dentro né a panificação não é o único projeto coletivo do assentamento logo
ao lado seu site mostrou pra gente as obras da agro indústria do leite para incentivar os produtores da região principalmente uma produção de orgânicos a gente assim foge da concorrência é porque daí a gente ter um produto diferenciado no começo ela vai funcionar as duas né convencional em orgânico né e depois a ideia seria assim no segundo ano a gente produzir soja orgânica outra produção que o assentamento incentivar a de hortaliças assim como em vários outros locais do país é a agricultura familiar de pequenas propriedades como evandro que leva para a mesa do brasileiro os
principais alimentos ea cada dia a produção nesses locais evolui para ter mais qualidade essa parte aqui da horta que a gente está vendo ela parece mil suja e abandonada mas é proposital evandro ela está exatamente desse jeito sim na verdade a gente aprendeu antigamente que teria que deixar tudo limpinho tirar tudo né mas na verdade a questão da ecologia questão urgente que tem que fazer é aproveitar tudo que tem na propriedade né ou seja se tocou a planta já deixa aquela liga vai virar adubo também para as próximas canto e colocar lulinha então é respeitando
mesmo a própria natureza na verdade a gente não trabalha contra trabalho a favor dela então tem que entender ela e segui ela né diferente do convencional que querem impor o que o homem quer fazer e na biologia não a gente tenta fazer de acordo com o que ela quer e mesmo no campo evandro têm computador e internet em casa ele é um dos alunos da universidade federal fronteira sul que inovou decidir montar um campo dentro do próprio assentamento que a gente tem que mudar um pouco a consciência de que eles têm que estudar pra ir
pra cidade né não eu tenho que estudar mais para ficar no campo junto com dona denise dona marly fomos até lá os prédios estavam quase prontos a área foi doada pelos próprios assentados a idéia de abrir um campus com faculdades voltadas para as ciências da terra mil dos próprios movimentos sociais havia uma uma disposição dos movimentos sociais e de todas as organizações da sociedade civil organizada no sentido de trazer uma universidade pública presta região que é a região que tem o segundo pior idh do estado paraná nós temos um município extremamente pobres em uma região
de grande pobreza e além disso nós temos também uma das maiores áreas reformadas a reforma agrária no brasil e na américa latina outro sonho que parece brotar da terra para quem chegou aqui sem nenhum teto para morar nunca imaginei e é na verdade a gente vê hoje esse sonho né depois a gente tinha um sonho da terra né depois da conquista da terra que é um dos dos maior sonho também poder dizer que nossos filhos vão ter essa oportunidade que de outra maneira não teria nem é tão isso aqui quando venta olhar sim é nossa
é emocionante e t ajudar a aprimorar diversificar para oferecer ao consumidor melhores alimentos à produção do assentamento é vendida para programas do governo mas também em mercados e feiras você pega os produtos frescos a gente sabe a procedência também fazer um tempo acompanhando o trabalho deles e também a gente sabe que hoje tem o apoio da universidade então isso soma bastante eu tenho em química não lembro tóquio olha é o flamengo que eu gosto o reconhecimento das pessoas da cidade veio com o tempo um exemplo de famílias que lutaram pela terra para trabalhar e viver
ali pra mim é até é é a mãe é aquela que você tem pra pra vocês sobre veios neto 20 sobre meus filhos todos na área não tem como ser velocidade com uma opção para quem se criou no campo acho que tudo bem diz respeito a opinião das pessoas é mesmo campo como quem se criou aqui ele não tem muita muita afinidade com a cidade ainda então acho que até era pra nós é uma questão de sobrevivência de viver bem aqui também terminamos aqui nossa viagem cheia de histórias de homens e mulheres que lutam para
viver e trabalhar na terra usando os recursos naturais mas respeitando o meio ambiente o estilo de vida que não só os agricultores do amazonas de mato grosso e do paraná mas de todo o brasil sonho que seja cada vez mais valorizada
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