As pessoas estão numa rede social basicamente para duas coisas. A primeira delas é para se entreter, e a segunda dela, é para se relacionar. Pode ver que eu não cito uma que é informar.
Meu nome é Marcelo Vitorino, eu sou professor e consultor de comunicação e marketing político. Raramente uma pessoa procura uma informação em uma rede social. Geralmente, alguém pega o seu Instagram, o seu Facebook, olha e o quê que ele passa a ver?
Ele passa a se entreter. Eu quero ver um vídeo divertido, eu quero ver um passo a passo de alguma coisa, eu quero ver uma dancinha, eu quero ver a foto que meu colega publicou, eu quero ver um vídeo de uma viagem que uma amiga fez. Ou seja, eu estou usando uma rede social para me entreter.
Não é para me informar, quando as pessoas querem informação, não é na rede social que elas vão. Elas vão para um lugar chamado Google. Elas vão lá e digitam.
"Como fazer um bolo de fubá? " "Quanto custa tal coisa? " "Como eu faço para tirar meu RG?
" As pessoas não perguntam isso no Instagram, nem no Facebook. Ou seja, você tem uma diferença aí. A rede social, propriamente dita, é um ambiente de troca, um ambiente de relacionamento e de entretenimento.
"Ah, mas o quê que isso tem a ver, Vitorino? " Tem tudo a ver. Bom, se você entende que a rede social é um ambiente de entretenimento, você não vai publicar aquela foto posada, você do lado do outro, de braço cruzado às vezes, assim quietinho e assim: "Olha.
. . " do lado do seu colega, "Estive hoje com o Fulano de Tal, no bairro de Ceilândia e discutimos assuntos importantes para os moradores da região.
" O quê que isso quer dizer? Nada, nada. Estive aqui, estive ali, parece que o candidato é o candidato americano, é o Steve.
Não, você não esteve em lugar nenhum falando essas coisas, porque é uma foto ruim, sabe? E isso interessa a quem? Existe aquela, a gente sempre fala em relevância, né?
E isso é relevante para quem? Ver você numa foto posada com alguém, vai estimular quem a curtir, a compartilhar e a comentar? Quiçá salvar, quem dirá, já pensou alguém que vai salvar essa tua foto.
Porque assim, que interesse tem isso? Zero. Então, a gente tem que olhar para uma rede social como um canal para a gente publicar histórias de vida.
Questionamentos, transformações, informações que sejam úteis para as pessoas, mas que estejam dentro de um contexto, que tem a ver com a construção da tua reputação. Vamos dizer o seguinte, vamos supor que eu, sei lá, resolvi me candidatar a deputado federal. Eu sou professor, ou seja, qual é a minha bandeira?
Qual provavelmente seria a minha bandeira principal? A educação. Então, eu posso compartilhar um vídeo bacana de uma história de uma criança que foi alfabetizada num cenário terrível.
Eu posso publicar um quiz sobre Enem, eu posso falar sobre uma experiência de educação para idosos em outro país. Eu posso contar uma história de qual professor mais me influenciou na vida e me fez escolher a profissão. Você pode muito bem pegar um livro que tem a ver com a tua história de vida e que tem a ver com as pessoas que você quer impactar.
Pegar um capítulo desse livro e publicar na tua rede social. Poxa, eu tô lendo aqui um livro muito bacana chamado, sei lá, no meu caso, que eu sou do Marketing Político, seria "O Príncipe", né? Estou lendo aqui "O Príncipe", e tem um capítulo muito bom, um capítulo que ele fala assim: "Se é melhor ser amado ou ser temido?
" E aí, eu vou falar sobre como isso é importante para as pessoas que me seguem. Para elas, vai ser um negócio legal, porque eu estou trazendo uma informação, mas dentro de uma lógica de entretenimento e isso vai ser bom, mas tem mais. Eu posso pegar, por exemplo, falar de um marco na minha vida, mas eu tenho que falar isso de uma forma com que as pessoas interpretem que isso é bom para elas.
Eu posso falar do meu primeiro dia de aula: "Olha, a primeira vez que eu entrei numa sala para dar aula, eu estava completamente perdido, eu não sabia qual que era o tom, qual que era a velocidade, para onde eu devia olhar, o quê que eu devia fazer com as minhas mãos e foi um problema. Então, para você que está começando essa carreira de lecionar, eu vou te dar algumas dicas. 1: Olha, assim, assim, assim, assado.
2: Evite andar e falar ao mesmo tempo. 3: Cuidado com a mão no bolso. " Então assim, tá vendo?
Eu trouxe um marco da minha vida para falar de quando eu comecei a dar aula, e dei dicas para quem está nesse momento. É bacana, entendeu? Você trouxe um entretenimento e uma informação, misturadinha com um juízo de valor.
A pessoa fala: "Poxa, o Vitorino, realmente ele começou a dar aula". Aí eu vou falar da onde eu dei aula, qual que era a importância. Você vê que tem formas, eu falo de um marco trazendo um pouquinho de conteúdo útil.
Dá para falar também de uma coisa que você aprendeu que parecia difícil, mas que hoje para você é fácil. Então, por quê? Isso mostra para a pessoa que está vendo, a transformação.
Isso é uma questão de storytelling. A gente tem a jornada do herói, que olha, para fazer campanha política, você tem que entender muito de storytelling, de narrativa. Então, o quê que é importante?
O quê que as pessoas gostam de ver nas histórias? Elas não gostam de ver o Superman que não tem problema, você pode ver que até filme de Superman, ele tem ali os seus percalços. Ele apanha, ele bate, ele sofre, tem filme que ele morre, até, um negócio de doido.
Então, as pessoas, mesmo que você seja um super herói, elas não estão interessadas que você só se dê bem na vida, porque isso não cria empatia com ela. Quem, quem só se dá bem na vida? É muito difícil ter alguém assim.
As pessoas não, as pessoas são batalhadoras, elas têm as dificuldades, as vezes, para pagar uma conta de luz, cara. Elas tem dificuldade para dar o melhor para os seus filhos. E quando você conta uma coisa que você aprendeu, que parecia difícil e hoje para você, é fácil, você mostra que você se transforma, que você vence o desafio, mas que você tem desafio.
O mais importante nisso, são as pessoas perceberem que você enfrentou uma dificuldade e você persistiu, até superá-la. E hoje, você vem falar com elas, para facilitar a vida delas. Bacana, não é?
Uma outra coisa que você pode fazer, é publicar uma foto do seu ambiente de trabalho, como isso aqui atrás de mim. Então assim, se eu publicar uma foto aqui dos bastidores da gravação desse vídeo aqui, é uma coisa legal e principalmente se eu colocar ali: "Olha, hoje . .
. “ Publico lá, a minha foto do bastidor, claro. "Eu aqui de calção, né.
Porque eu estou de blazer, mas embaixo por causa do calor, é calção e chinelo. " Já pensou? Não é o meu caso, mas poderia ser.
Eu sempre pensei assim, que o pessoal do Jornal Nacional da bancada para cima tudo arrumadinho, da bancada para baixo não. Antigamente, a bancada inclusive, ela era fechada. Eu acho que é por causa desse calor mesmo.
Mas se eu publicar uma foto, no meu ambiente de trabalho, o quê que interessa isso para as pessoas? Pouco, mas se eu falar qual é o equipamento que eu estou utilizando, qual que é a luz que eu estou utilizando. "Olha, para dar esse efeito aqui nas minhas costas, eu peguei aqui um bastão de luz e esse bastão de luz, ele tem uma cor quente, asssim, assim, assado.
Por isso que você está vendo aqui, ó. Percebe, se eu vir com a, eu cubro e você vê que sai essa luz aqui, que é o que a gente chama de luz de recorte. " Ou seja, eu estou trazendo o meu ambiente de trabalho, estou mostrando o que eu faço, mas eu estou dando um conteúdo que pode ser útil para alguém.
Viu só como dá? E por fim, você pode indicar um filme, uma série, alguma coisa que tenha a ver com o que os seus fãs gostam. Então, os meus fãs, são de Marketing Político.
Obviamente, se você for do meu Instagram, que é MVitorino_ , ou se você estiver vendo esse vídeo aqui no YouTube, mesmo, que é youtube/MarceloVitorino, youtube. com/MarceloVitorino. O quê que você está atrás?
Você está atrás de conteúdo de Marketing Político. Logo, eu posso citar filmes, séries, eu posso colocar no meu Instagram, por exemplo, Game of Thrones. "Olha, por que você deveria de Game of Thrones?
Porque ele ensina muito sobre marketing político. " "Por que você deveria assistir "Mera coincidência"? Porque é um filme que fala sobre contrainformação.
” Ou seja, eu posso trazer para as pessoas que me seguem, coisas que dão, que são do interesse delas. Porque eu construí uma rede social focada num conteúdo. Agora, se eu também ficar parecendo, sei lá, que estou disputando o concurso de Miss Brasil.
Aí eu vou falar da saúde, da educação, eu vou falar de tudo quanto que é coisa, e minha rede social não vai ter foco. Se não tiver foco, como é que eu vou saber qual é o melhor conteúdo para publicar para as pessoas que me seguem? E aí, gostou do meu conteúdo?
Eu preciso te falar então, que eu tenho muito mais. Você pode se inscrever aqui no meu canal e ativar as notificações clicando no Sininho. Você pode clicar no link que está aparecendo aqui do lado, ou então assistir um outro vídeo que tenha relação com o assunto que eu tratei aqui.