[Música] Boa noite Boa noite meus amores boa noite para todo mundo que está chegando aqui eu tô muito animada porque a gente começa hoje um momento muito especial aqui na nossa semana da pbe especial 5 anos que eu sei que é o momento preferido de vocês de vocês que já me acompanham aqui de vocês que já participaram de várias semanas minhas que é justamente a nossa fase da prática a nossa fase dos Role Plays e a gente vai ter três dias de Role Plays começando hoje e eu vou abordar o que eu considero Talvez as
três maiores dificuldades que eu percebi por parte de muitos psicólogos de muitos alunos eu fui professora de graduação fui professora de pós--graduação pelo Brasil todo de quase todas as grandes instituições de pós-graduação eh de TCC que a gente tem aqui no Brasil e eu conseguia perceber e hoje também dos meus alunos consigo perceber ah Quais são as dificuldades que os profissionais têm e E por que que muitos psicólogos ainda não conseguiram atingir a excelência profissional e isso impacta obviamente de maneira consistente nos resultados que esses profissionais têm na clínica hoje a gente vai falar de
um assunto muito muito muito importante eu diria fundamental para quem quer trabalhar com TCC o tema de hoje é conceitualização de casa amanhã a gente vai falar de psicoeducação e sábado sobre o plano de tratamento tudo isso na prática com demonstrações Então reserve por favor esses dias na sua agenda esse conteúdo vai ser imperdível Hoje a gente vai ter muito conteúdo aqui e eu preciso lembrar para você que esse evento acontece apenas uma vez por ano Então o próximo só em 2025 antes da gente entrar no conteúdo três recadinhos rápidos que eu preciso dar primeiro
se organizem para assistir as aulas ao vivo por dois motivos motivo número um quem assistir todas as aulas ao vivo desta semana vai ter a chance de ganhar uma bolsa de estudos do meu curso de formação ou de pós--graduação bem tranquilo na moleza como é que vai funcionar isso durante cada aula a qualquer momento da aula eu vou liberar um chequin aqui no chat do YouTube e vocês devem preencher esse chequin assim que eu liberar o chequin ele vai ficar disponível por poucos minutos então só quem realmente estiver ao vivo consegue preencher Vocês precisam preencher
o chequim durante toda essa semana inclusive também no encontro de encerramento de domingo entre todas as pessoas que preencherem o chequim todos os dias a gente vai fazer um sorteio da bolsa de estudos quem pode concorrer estudantes e profissionais de psicologia e medicina o resultado eu vou divulgar no encontro de encerramento da nossa semana no domingo mesmo segundo motivo para você assistir ao vivo no encerramento de cada aula vocês teram a chance de ganhar o nosso kit especial 5 anos que inclui cinco livros Escolhidos por mim que são livros que eu acho indispensáveis na formação
de todo psicólogo e também alguns presentes do nosso grupo pbe Caneca caderno caneta e se o ganhador for um aluno de qualquer curso meu o kit também vai com um presente super especial que é uma joia que é Esse pingente aqui que eu tô usando ao longo da semana com o símbolo da psicologia do grupo pbe então todo mundo ao vivo comigo em todas as aulas Ok aguarda que hoje a gente vai ter competição de novo vamos ter fortes emoções segundo recado Nós criamos um grupo de WhatsApp da semana é fundamental que vocês estejam nesse
grupo nesse grupo a gente está divulgando a nossa ação exclusiva cinco presentes que vocês ainda podem participar e nesse grupo também Vocês recebem todos os dias o mapa mental com o resumo de todas as aulas então sempre no dia seguinte até 19 horas esse mapa mental é entregue para você você e nesse grupo também você recebe um emoji que vai ser o código para você me enviar sua pergunta no Instagram sua dúvida da aula e ter prioridade na resposta então estejam no grupo do WhatsApp o link para quem ainda não entrou está na descrição deste
vídeo como acredito que todos vocês já saibam eu não leio os comentários no chat quem me acompanha já H algum tempo sabe que eu tenho déficit de atenção então eu não fico conversando no chat porque eu acho chato acho que a gente tá aqui para assistir a aula e não para conversar no chat e também não fico acompanhando o chat porque não consigo dar aula e prestar atenção mas eu quero te avisar que amanhã eu vou tirar suas dúvidas lá no Instagram então foque em assistir a aula anote sua dúvida me envie amanhã lá no
Instagram com o código que vai ser enviado no grupo do WhatsApp minha equipe tá acompanhando o chat então se tiver qualquer problema na transmissão Fiquem tranquilos Eles me avisam tudo bem todo mundo pronto então maravilha vamos ao conteúdo da nossa aula de hoje a gente tem bastante coisa aqui para falar eu vou fazer primeiro uma introdução para nivelar todo mundo sei que tem pessoas aí que eh tão iniciando agora tão conhecendo agora TCC então eu vou dar uma organizada mas nessa introdução Eu também já vou trazer alguns conteúdos mais avançados que mesmo que você Ah
já tenha aí um uma certa inserção ou uma prática na TCC talvez você não sai pois muito bem vamos começar o que é a conceitualização de caso na TCC bom a conceitualização de caso ela é definida como um processo em que o terapeuta e o paciente trabalham em colaboração para primeiro descrever e depois explicar os problemas que o cliente o paciente apresenta na então a conceitualização dito de uma maneira mais simples é um conjunto de hipóteses eu quero muito muito que você guarde essa ideia essa palavra hipóteses porque eu acho que é ausência desta palavra
na cabeça de vocês que atrapalha tanto vocês a construir a conceitualização dos pacientes de vocês então a conceitualização é um conjunto de hipóteses que a gente vai construir essas hipóteses esse esse diagrama Essa conceitualização vai ser um fio condutor da organização de todo o seu trabalho ao longo de todo o tratamento do seu paciente então a formulação de caso ela é fundamental para você que trabalha com prática baseada em evidências a própria apa que eu falei aqui na primeira aula que criou a Força Tarefa da prática baseada em evidências expliquei tudo isso na na primeira
aula eh eles trazem que a conceitualização é essencial para qualquer Clínico que trabalhe baseado em evidências ou seja se você não faz formulação de caso do seu paciente Possivelmente você não está trabalhando com uma prática baseada em evidências então a conceitualização é um mapa é um guia é um GPS Imagine que você está andando numa estrada que você está dirigindo numa estrada que você não conhece como que você vai se localizar nessa estrada atual ente através de um GPS né antigamente as pessoas usavam mapas para se localizar hoje a gente usa GPS para se localizar
né então a gente vai lá no Google Maps a gente vai lá no no mapas da do iPhone e a gente coloca lá onde a gente tá para onde a gente quer ir e ele vai guiando a gente pois muito bem a conceitualização é exatamente isso então a gente precisa que que a gente precisa numa conceitualização primeiro listar Ou seja a gente vai identificar os problemas de forma simples de forma concreta orientada para o presente usando a técnica Smart falei dessa técnica aqui já em aulas anteriores Mas fique tranquilo que eu vou retomar isso quando
eu estiver fazendo a demonstração prática aqui número dois o que que a gente precisa fazer numa conceitualização classificar a gente precisa considerar o impacto dos comportamentos das emoções dos pensamentos e das crenças que provocam disfuncionalidade ou sofrimento no nosso nosso paciente número três a gente precisa priorizar a gente vai definir junto com o paciente de forma colaborativa o que é que vai ser trabalhado primeiro o que é que vai ser trabalhado depois e quais são os passos subsequentes então eh tem uma frase do conto de Alice do País das Maravilhas que o coelho diz pra
Alice né Eh para onde você quer ir e ela responde Ah eu quero ir para qualquer lugar eu só quero sair daqui e aí ele diz para ela Então tome qualquer caminho porque se você não sabe para onde você tá indo qualquer caminho serve então sem conceitualização você é igual Alice no País das Maravilhas Olha um pensamento automático que legal vou trabalhar olha Achei um uma crença nem sei o que é vou trabalhar né então você fica tipo Alice eh correndo atrás de coelho branco vendo flo dança achando tudo muito bonito mas completamente perdida então
uma conceitualização ela oferece pra gente ela fornece pra gente a estrutura pra gente entender ali Ah o nosso paciente Ok e a gente vai novamente eu vou chamar sua atenção aqui a gente vai levantar hipóteses hipóteses eu quero que você anote essa palavra em caixa alta tá em letras maiúsculas a gente vai levantar hipóteses sobre como o paciente desenvolve esse problema que ele tem essa demanda que ele traz para você e aí a gente começa então a construir esse esse mapa esse GPS desde o primeiro contato com o nosso paciente essa é uma pergunta muito
comum muitos alunos muitos supervisionados perguntam Fernanda a partir de que momento eu começo a conceitualização do meu paciente e eu te respondo tem um momento exato preciso específico que você vai começar a conceitualização do seu paciente sabe que momento é esse anota aí por favor quando o seu paciente entra no seu consultório ou a desce na tela e te dá bom dia neste momento você já está conceitualizando ok então desde o momento um desde o momento zero você está conceitualizando e aí a gente tem três princípios que orientam a conceitualização Ok só esclarecendo essa foi
uma pergunta até que me fizeram acho que hoje lá no Instagram e qual é a diferença de formulação de caso conceituação conceitualização basicamente é tudo a mesma coisa Ok conceitualização e conceituação cognitiva É a mesmíssima coisa essa diferença se deve apenas a algumas traduções então algumas traduções você vai encontrar conceitualização que eu acho mais sonoro eu acho mais bonito eu acho conceituação uma palavra muito feia então eu não uso mas é a mesma coisa você obviamente pode discordar de mim e usar a palavra conceituação a gente continua amigo tá tudo bem e é a mesma
coisa formulação de caso é algo mais genérico o que que eu quero dizer com genérico todas as abordagens baseadas em evidência fazem formulação de caso então A análise do comportamento tem a sua formulação de caso a dbt tem a sua formulação de caso a act tem a sua formulação de caso a conceitualização é a formulação de caso da TCC Ok então é a mesma coisa é a mesma coisa mas quando a gente fala normalmente se alguém chega para você e fala eu fiz a conceitualização do meu paciente daí você já sabe que essa pessoa provavelmente
tá trabalhando com TCC clássica Ok você a pessoa fala eu fiz a formulação de caso do meu paciente Aí talvez você não saiba você vai ter que perguntar para ela você fez essa formulação a partir de qual abordagem de qual perspectiva né E aí ela pode te dizer existem milhares de possibilidades de formulações de caso eh você pode escolher aquela que você se identifica mais enfim tem eu vou mostrar duas aqui mas tem muitas possibilidades pois muito bem quais são os três princípios que orientam a conceitualização Primeiro ela é descritiva e ela deve ser feita
tanto de maneira transversal quanto de maneira longitudinal o que que isso significa vou te explicar quando a gente fala de algo longitudinal a gente tá falando de algo que é da história do paciente que vem do passado até o di os dias atuais Ok então quando a gente fala de conceitualização longitudinal estamos falando de fatores predisponentes que aconteceram na vida da pessoa e predispuseram essa pessoa pessoa a o problema que ela tem hoje e também fatores protetores ao longo da vida dela ou seja coisas que aconteceram na vida dela que ajudaram ela que protegeram ela
de ter algo sei lá pior digamos assim OK então quando a gente fala de uma conceitualização longitudinal a gente está olhando para a história de vida do sujeito quando estamos falando de uma conceitualização transversal estamos falando de fatores desencadeantes e fatores mantenedores Ou seja no presente o que é que hoje desencadeia o problema do meu paciente o famoso gatilho do senso comum e o que é que mantém o problema do meu paciente ativo situações do dia a dia dele que mantém este problema ativo e a conceitualização também ela deve ser descritiva ou seja ela deve
descrever de maneira clara objetiva os problemas que são apresentados pelo paciente além disso a conceitualização prevê aquilo que a gente chama na TCC de empirismo colaborativo o que que isso significa significa dizer que você e o seu paciente vão estar trabalhando juntos numa hierarquia igual né você não tá acima do seu paciente nem ele tá acima de você vocês estão hierarquicamente ali no mesmo ponto e vocês vão se ajudar neste trabalho de maneira colaborativa e por fim a conceitualização ela incorpora os pontos ces e os valores do paciente Essa foi a última contribuição do aon
Beck antes dele morrer e ele reformulou um pouco o o diagrama de conceitualização que já existia há muitos anos e ele incluiu aí essa questão dos pontos fortes e dos valores do paciente Ok Existem algumas perguntas importantes que podem te ajudar no processo de conceitualização de formulação de caso do seu paciente primeiro esse paciente tem algum diagnóstico Você já fez essa avaliação que diagnóstico é esse segundo Quais são os problemas atuais do seu paciente e como esses problemas se desenvolveram ao longo do tempo e como eles são mantidos hoje ou seja os fatores que desencadeiam
e os fatores que mantém depois Quais são os pensamentos e crenças disfuncionais que estão Associados a este problema que o seu paciente te traz e quais são as reações emocionais fisiológicas comportamentais que o seu paciente apresenta que estão Associados a esse pensamento a essas crenças Quais são as aprendizagens e as experiências antigas e talvez também predisposições genéticas desse paciente sei lá a mãe bipolar o pai esquizofrênico que contribuem pros problemas que ele tem hoje Quais são as crenças desse paciente incluindo atitude attitudes expectativas regras que é o que a gente chama de crenças intermediárias e
também seus pensamentos ele busca enfrentar essas crenças disfuncionais ele foge dessas crenças disfuncionais ele faz mecanismo de evitação o que que acontece quais são os mecanismos cognitivos afetivos comportamentais positivos né funcionais ou negativos disfuncionais que ele desenvolveu ao longo da vida para enfrentar suas crenças como o paciente via Ou vê atualmente ele mesmo os outros o seu mundo pessoal o seu futuro né aquilo que a gente chama de Tríade cognitiva Quais são os estressores que contribuíram para os problemas psicológicos do seu paciente ou interferiram na habilidade desse paciente para resolver os seus problemas Essas são
perguntas que não são perguntas eh assim não é um oráculo mas são per que eu acredito que podem ajudar um clínico a formular um caso ok a gente poderia pensar em mais perguntas também e dependendo do caso essas perguntas podem se desdobrar então conceitualizar é formular o caso é elaborar um modelo este modelo pode ser em forma de representação esquemática ou seja em forma de diagrama e aquilo ali Vai representar o problema do paciente e vai te ajudar a ter ali visual mente um Norte para conduzir o tratamento e alcançar os objetivos que o paciente
deseja então a terapia cognitiva comportamental ela é baseada neste modelo cognitivo na conceitualização de caso que levanta a hipótese de que as emoções comportamentos emoções das pessoas são são influenciadas pela percepção que as pessoas tem desses eventos a interpretação que extraem dos eventos né para utilizar aí a a forma como Aaron Beck eh chamou que é o quê que é a cognição que são os nossos pensamentos Então não é a situação em si que determina como a gente se sente como a gente se comporta mas sim como a gente interpreta aquela situação isso aí Aron
Beck falou em 1964 lá nos primórdios da TCC então Eh dentro desse modelo cognitivo dentro dessa conceitualização de caso é a mesma coisa a gente divide as cognições em três níveis ok a gente tem o primeiro nível que eu vou mostrar tudo isso aqui para vocês na prática eu só tô trazendo aqui conceitualmente para nivelar todo mundo e todo mundo entender a gente tem um primeiro nível que é o nível dos Pensamentos automáticos que se apresentam por frases por imagens mentais por lembranças eh até por sonhos e esses pensamentos automáticos eles surgem sem que a
gente possa controlar lá então você está assistindo essa aula e você está pensando outras coisas ai meu Deus isso é difícil eu não vou conseguir aprender ou então ai essa professora é chata ou então ai que legal eu tô adorando isso ou então coisas que não tem nem nada a ver com isso aqui amanhã eu tenho que no supermercado para comprar leite por exemplo Esses são pensamentos automáticos dentro desse primeiro nível de pensamentos automáticos a gente tem aquilo que a gente chama de distorções cognitivas que é o quê são pensamentos automáticos negativos disfuncionais que se
encaixam ali em um determinado padrão né então a gente tem eh tipos de distorções cognitivas e a gente pensa de uma determinada forma e vou te dar um exemplo aqui eu tô aqui dando aula e me passa um pensamento pela cabeça ninguém tá gostando dessa minha aula minha aula está horrível todo mundo está odiando diante disso a minha emoção é ansiedade é medo e o meu comportamento é dizer olha gente eu não tô me sentindo bem é infelizmente eu não vou poder continuar a aula Realmente eu não tô passando bem e aí eu fecho a
câmera aqui e vou me embora ok este pensamento automático que eu di que eu tive que ninguém está gostando da minha aula que todo mundo está achando horrível é aquilo que a gente chama de catastrofização generalização ou seja ninguém tá gostando provavelmente eu tô generalizando talvez tem algumas pessoas que não estão gostando sim sempre terão mas talvez ten outras que estejam gostando que estejam se interessando por aquilo que eu tô falando ok então neste primeiro nível A gente tem os pensamentos automáticos aí dos Pensamentos automáticos a gente vai ter também as emoções e os comportamentos
tudo interligado ok inicialmente num primeiro momento Aron Beck ele postulou que um pensamento gera uma emoção que gera um comportamento depois ele reviu isso e ele falou olha isso não é assim de maneira causal Pode ser que um comportamento também Gere um pensamento e pode ser que uma emoção também Gere um pensamento ou um comportamento Enfim então pode ser que primeiro uma pessoa se comporte depois ela tenha um pensamento sobre aquele comportamento ou pode ser o contrário Então a a gente tem setas aí indo e vindo e não de uma maneira única assim unidirecional aí
a gente tem o segundo nível que é o nível das crenças intermediárias pressupostos ou regras tudo a mesma coisa que ah são postuladas como se então então as crenças intermediárias elas são formas rígidas São Regras mesmo que fazem o paciente se comportar de acordo com essas regras o papel das crenças intermediárias é mediar os pensamentos automáticos e as crenças nucleares já vou te dar exemplo disso tá então fique tranquilo aí que você vai entender os comportamentos de segurança eles acabam eh eh fazendo com que o paciente Reforce a crença nuclear e são formas ali que
o paciente tem de se comportar para perpetuar esta regra para perpetuar esta crença intermediária que ele acredita então o comportamento de segurança segue a crença intermediária então Eh digamos né que eu vou continuar aqui no exemplo da aula que eu pensasse o seguinte se eu continuar esta aula então todo mundo vai descobrir que eu não sei nada de TCC por exemplo Ok então esse seria a minha crença intermediária segundo nível E aí a gente tem o terceiro nível que é o nível das crenças nucleares que elas são formadas desde a nossa infância elas vão se
solidificando se fortalecendo com experiências que a gente vai tendo e é digamos assim o nível eh cognitivo mais profundo que a gente tem as crenças nucleares ou crenças eh centrais né algumas traduções também trazem crenças nucleares como crenças centrais Eu prefiro a tradução de crenças nucleares porque o Aron Beck no original ele escreveu core beliefs core é núcleo Então eu acho que a tradução nucleares é melhor eh do que a tradução crenças centrais mas enfim é a mesma coisa eu tenho algumas questões assim com algumas traduções mais você pode usar o que você quiser Ok
então as crenças nucleares elas se apresentam na forma de sou alguma coisa e essas crenças nucleares elas consistem em ideias globais absolutas rígidas sobre si mesmo sobre os outros e sobre o mundo então por exemplo eu sou incompetente porque eu não sei da aula porque eu sou uma péssima professora eu não sei nada do assunto e todo mundo odeia a minha aula então a minha crença nuclear é sou incompetente eu vou te explicar agora como esses três níveis se integram e como que a gente pode explicar isso pro nosso paciente de uma maneira bem didática
e e bem interessante Então primeiro nível pensamentos automáticos segundo nível crença intermediária terceiro nível crença nuclear veja que incrível isso meu pensamento foi ninguém está gostando da aula Correto isso está embasado na minha crença nuclear de sou incompetência Ninguém está gostando da minha aula porque eu não sei da aula porque eu sou incompetente ok porém quem faz a mediação dessa crença nuclear que eu não fico me dando conta da minha incompetência o tempo todo os meus pensamentos automáticos eles refletem esta minha crença nuclear mas eu não fico o tempo todo pensando eu sou incompetente eu
sou incompetente a gente não conseguiria viver com isso meus pensamentos refletem isso mas tem algo que faz essa intermediação quem faz essa intermediação de pensamentos com crença nuclear é justamente a crença intermediária que também é chamada de pressupostos ou regras Então o a minha regra a minha crença intermediária é se eu continuar com essa aula então todos vão perceber que eu não sei nada repare que esta condicional se Então quem coloca é a gente tá o paciente vai te dizer assim olha eu eu só queria parar aquela aula porque se eu continuasse dando aula todo
mundo ia perceber que eu eu não sei nada então desse desse modo que o paciente vai dizer então a gente organiza isso nessa formulação de frase se eu continuar a aula então todos vão perceber que eu não sei nada ok aí veja que interessante preste atenção agora a crença intermediária ela é o mecanismo que Teoricamente impediria que a gente sofresse entrando em contato com a nossa crença Nuclear no meu caso aqui específico do exemplo hipotético que eu estou dando a crença nuclear incompetente Mas por que que eu disse que Teoricamente ela impediria a gente de
sofrer porque esse mecanismo falha esse mecanismo de cranças nucleares de regras É um mecanismo falho Por que ele é um mecanismo falho por quando eu sigo essa regra que na verdade é uma regra rígida que eu me imponho que é a minha crença intermediária se eu continuar a aula então todos vão perceber que eu não sei nada então a regra é tenho que parar a aula que é o meu comportamento segurança eu saio aqui do do do do vídeo ok e quando eu sigo essa regra e eu paro a aula eu Alivio a minha ansiedade
momentaneamente Ok esse objetivo ela alcança Mas se eu não concluo essa aula como eu me sinto como que eu vou me sentir amanhã de manhã por exemplo eu me sinto mais incompetente ou menos incompetente ter interrompido a aula no meio aumenta o meu senso de ou aumenta o meu senso de incompetência eu não sei vocês mas eu pessoalmente me sentiria péssima e no longo prazo eu não adquiro a capacidade de me expor as situações de inclusive melhorar as minhas aulas e me desenvolver no começo da minha carreira acadêmica eu não era a professora que eu
sou Hoje eu fui melhorando eu fui aprimorando com a prática e é assim com qualquer coisa qualquer coisa que a gente queira fazer a gente vai começar mal e a gente vai melhorando ao longo do tempo da prática da exposição então o mecanismo das crenças intermediárias ele é falo porque ao invés de me proteger de fato da crença nuclear que supostamente seria o objetivo ele me joga de cara nela ele esfrega na minha cara a minha incompetência cada vez mais cada vez pior a ponto de chegar um momento que eu vou seguir tanto essa regra
eu vou seguir tanto essa crença intermediária de ah não dar aulas fugir de aulas que vai chegar um momento que eu nem vou aceitar mais nenhum convite para dar aula sobre nada você consegue entender isso você consegue entender como isso é fantástico que baita autoconhecimento você entender esse mecanismo sobre você mesmo você conseguir explicar isso pro seu paciente como esse mecanismo funciona para ele na cabeça dele e você mostrar para ele como que a gente vai modificar isso que eu já vou te mostrar rapidamente já já isso é muito incrível eu sou muito apaixonada por
isso assim isso é é uma explicação fantástica tipo Fecha todas as pontinhas da dos nossos pensamentos dos nossos comportamentos de como a gente se sente eu desconheço algo que seja mais Fantástico do que essa explicação eu vou te dar outro exemplo Imagine que você tem um paciente que tá desempregado Ok esse paciente procura emprego espalha currículo pela pelo link pelas redes sociais manda por e-mail enfim faz todo tipo de tentativas aí para espalhar o currículo dele e quando ele é chamado para alguma entrevista eh que ele é selecionado para ir ele não vai na entrevista
e por que que ele não vai na entrevista porque a crença intermediária dele é se eu for na entrevista Então as pessoas vão descobrir que eu não sei nada que eu não não sei fazer aquilo que eu me propus a fazer e a crença nuclear dele é sou incapaz por exemplo então a cada entrevista de emprego que ele não vai na tentativa de evitar se sentir incapaz ele aumenta o senso de incapacidade dele porque quando ele não vai na entrevista de emprego Existe alguma chance dele conseguir um emprego Claro que não se eu marco uma
entrevista de emprego com alguém para contratar por exemplo para minha clínica para ser psicólogo da minha clínica e essa pessoa ela nem aparece no dia e na hora da entrevista eu digo pro pessoal derg olha essa pessoa aí nem chama mais tá gente a pessoa marcou comigo aqui eu fiquei aqui esperando esperei por ela 40 minutos a pessoa não apareceu não avisou tipo assim né A não ser que ela tenha uma justificativa muito extraordinária para nos dar não não tem nem mais sentido chamá-la então é o que acontece com esse paciente por exemplo ele não
vai paraa entrevista ele não dá uma satisfação o currículo dele é jogado no lixo e quando ele não vai paraa entrevista Portanto ele continua desempregado e continuando desempregado ele se sente mais ou menos eh capaz ele o senso de incapacidade dele aumenta muito concorda comigo muito bem ainda vou te dar um terceiro exemplo imagina um paciente com fobia de elevador a regra desse paciente é se eu entrar no elevador Então eu vou passar mal eu não vou aguentar e a crença nuclear dele é sou incapaz de lidar com isso ok muito bem cada vez que
ele segue essa regra Ou seja que ele não entra no elevador ele se sente mais capaz ou mais incapaz obviamente ele se sente mais incapaz porque cada vez mais e mais difícil para esse paciente lidar com essa situação do elevador com consegue entender como isso funciona pois muito bem você pode explicar isso dessa forma pro seu paciente isso aí já é um incrível autoconhecimento já muda a vida dele mas o mais importante é o que eu vou te dizer agora e o que eu vou te dizer agora não tem nos livros Ok então preste muita
atenção por favor e Anote o que eu vou te falar quando a gente faz um trabalho com as crenças intermediárias do nosso paciente é aí que mora a verdadeira individualização do tratamento do seu paciente é claro que você individualiza pensamentos automáticos crenças nucleares óbvio que sim mas aquela parte única do tratamento realmente personalizada que nenhum paciente tem igual ao outro está aqui na crença nuclear na crença intermediária e por eu vou te explicar em que que consiste o trabalho com crenças intermediárias consiste basicamente em você confrontar a regra do seu paciente a regra é se
eu eh terminar essa aula se eu continuar aqui dando aula então todo mundo vai saber que eu não sei nada será Vamos pensar num hipótese aqui juntos Será que o mínimo de conhecimento que você tenha pode ser pouco tudo bem Vamos partir do princípio que é pouco será que esse pouco conhecimento que você tem não pode acrescentar nada para alguém que talvez não saiba absolutamente nada daquele assunto aí o paciente vai dizer é talvez realmente para quem não sabe nada né eu eu sei alguma coisa OK então a gente pode testar a gente pode testar
da próxima vez você continuar a sua aula até o final pra gente saber se ajudou alguém se não ajudou ninguém se todo mundo odiou realmente E aí o que que a gente vai fazendo a gente vai fazendo experimentos comportamentais com o paciente de maneira gradual então no meu exemplo aqui Os experimentos comportamentais seriam dar aulas de maneira gradativa começando com aulas para poucas pessoas pode ser até a primeira aula pode ser até pro terapeuta só o paciente e o terapeuta e o paciente vai dar uma aula pro terapeuta depois dar aulas para pessoas mais íntimas
eu posso dar uma aula aqui pro meu noivo aqui em casa e aí a gente vai expandindo isso expondo o paciente gradualmente aquela situação aí pro paciente com resistência aí nas entrevistas de emprego o experimento comportamental seria justamente ir nas entrevistas de emprego gradualmente aquela que ele considera mais fácil até aquela que ele considera mais difícil paciente com fobia de elevador a mesma coisa a gente vai dessensibilizar esse paciente ah pro elevador Então a gente vai começar com foto de elevador vídeo de elevador só apertar o botão do elevador mas não entrar eh só ficar
vendo a porta do elevador abrir e fechar mas não entrar até finalmente cons entrar no elevador acompanhado depois sozinho e por aí vai então para cada um desses pacientes eu vou criar uma hierarquia absolutamente individualizada que só serve para ele com base na classificação que a gente vai fazer juntos de cada item dessa hierarquia começando pelo item que causa menos ansiedade que é mais tranquilo até o item mais ansiogênico para aquele paciente a gente chama isso de sudes que é uma sigla em inglês significa eh hierarquia subjetiva de desconforto isso é totalmente individualizado totalmente personalizado
mesmo que dois pacientes seus ten a mesma fobia por exemplo fobia de barata cada hierarquia de cada paciente é única porque um paciente ele vai sentir mais ansiedade ao ver uma barata de plástico o outro vai sentir mais ansiedade ao ver uma asa de uma barata de verdade então isso vai mudar de parao paciente para paciente ainda que eles tenham o mesmo diagnóstico o mesmo transtorno então é a completa individualização do tratamento incrível isso né vocês sabiam disso pois muito bem a gente pode apresentar tudo isso ao paciente na forma de diagrama tá para isso
a gente tem algumas opções de conceitualizações dentro da TCC E se a gente expandir o leque para formulações de caso aí a gente tem bem mais mas a gente a gente tem basicamente dentro da TCC o diagrama da judit be que é o mais conhecido eu vou mostrar eles aqui ele aqui para vocês mais pra frente da aula existem outros modelos também tem o diagrama da pades que eu não gosto assim eu pessoal quem sou eu né para não gostar mas assim eu acho o diagrama da judit mais simples para a gente ensinar pro paciente
pra gente compartilhar é mais fácil a pades que fez uns negóci de um caldeirão e enfim na minha prática clínica na minha experiência eu considero que o diagrama da judit eh funcionou melhor sempre para os meus pacientes mas Obviamente você pode como eu falei eh escolher Aquele modelo que você se identifica mais existem outros modelos ainda eh existe um livro que tem vários modelos de formulação de caso eu até mostrei no Instagram esses dias eh quem quiser amanhã me pede lá que eu mostro de novo é um livro do Trace Hills tá é um livro
de capa azul que tem diversos modelos diversas as formulações de caso para várias abordagens diferentes para várias possibilidades todas baseadas em evidências obviamente então o que que a gente tem que que a gente tem em comum com todos esses modelos de formulação de caso basicamente todos eles tem Passos semelhantes que Passos são esses compreensão do problema do paciente hipóteses um possível diagnóstico mecanismos que causam o problema aqueles fatores precipitantes mecanismos que mantém o problema fatores mantenedores um plano de tratamento um monitoramento daquilo ali né Ou seja você vai estar sempre revisitando aquela formulação de caso
aquela conceitualização Para que Ah você possa ir também a partir daí monitorando o progresso do seu paciente sim a formulação de caso a conceitualização ela também serve como um monitoramento de progresso eu vou falar um pouco melhor sobre monitoramento de progresso no sábado tá eu sei que vocês estão curiosos aí para saber a minha opinião mas sábado eu vou falar sobre isso ok a conceitualização ela tem algumas funções Então existe um consenso de que a conceitualização de caso na TCC ela ajuda a alcançar os objetivos quando ela preenche algumas funções que eu vou te explicar
agora primeira função da conceitualização é sintetizar a experiência do paciente do cliente essa é uma função primária básica da conceitualização a primeira função que a gente precisa atingir com a conceitualização é explicar ali sintetizar a experiência do paciente Ok eh com a conceitualização de caso a gente vai integrar de forma significativa as experiências do paciente aquilo que aconteceu com ele as vivências dele e colocar isso dentro da teoria da TCC Ok a segunda função da conceitualização é normalizar os problemas apresentados e isso é muito validante porque muitos pacientes têm muito medo de que seus problemas
de que seus pensamentos eles são muito ruins eles são coisas de maluco eles são coisas eh estigmatizantes apavorantes a gente vê muito isso paciente com tag paciente com toque então quando a gente coloca isso num diagrama e quando a gente explica isso pro paciente o paciente muitas vezes diz pra gente de feedback Nossa é você consegue entender isso né Eu achei que ninguém nunca ia conseguir entender essas loucuras da minha cabeça eu achei que eu tivesse louco eu eu tenho tanta vergonha disso desses meus pensamentos desse meu problema Enfim então a conceitualização de caso ela
vai descrever o problema ali do paciente numa linguagem que é construtiva que não é uma linguagem pejorativa julgadora e vai ajudar o paciente a entender os seus próprios problemas os seus pensamentos etc eh de uma maneira simples Então essa normalização das dificuldades que eh os pacientes apresentam eh quando a gente mostra isso pros pacientes isso claro vai despertar a esperança nos pacientes vai ajudar os pacientes a verem ali né Eh que esse modelo cognitivo Ele oferece inclusive uma oportunidade de mudança e a gente vai mostrar essa mudança pro paciente então quando a gente apresenta normalmente
a conceitualização de caso pro paciente o modelo cognitivo é a mesma coisa o paciente diz Nossa meu Deus você me descreveu aí agora que incrível eu achei que ninguém entendia Isso então isso obviamente também além de validar o seu paciente reforça muito o seu vínculo com o seu paciente porque ele pensa Meu Deus a primeira pessoa que conseguiu entender minha cabeça Isso é muito bom terceira função se o paciente eh normaliza entende e se vincula a você isso obviamente vai promover o engajamento dele com a terapia então na TCC o engajamento do paciente é um
pré-requisito paraa mudança se a gente não tem um paciente engajado que por exemplo faz os planos de ação a gente tem um grande problema então a conceitualização de caso ela gera uma curiosidade no paciente gera um interesse e isso conduz a um engajamento maior do paciente a maioria dos pacientes gosta muito da conceitualização porque a conceitualização ela dá pro paciente uma sensação de domínio das próprias dificuldades Nossa você me entendeu você me você me explicou a minha cabeça e agora eu consigo entender muito melhor as coisas que acontecem comigo né então Além disso tudo a
conceitualização ainda sugere caminhos pra gente alcançar os objetivos que o paciente deseja então mesmo quando existem dificuldades os pacientes eles eles gostam gostam muito eh de de saber disso né de entender como é que as coisas estão funcionando então muitas vezes eh o paciente ele vai dar feedbacks para você do tipo assim ah nossa semana passada a gente discutiu aquele diagrama que você me mostrou né E aí quando você eh me explicou tudo eh na semana passada digamos eu tive um problema com a minha filha minha filha começou a reclamar e aí eu percebi meu
peito apertando mas Mas como você tinha me explicado como é que isso funciona e pela primeira vez eu consegui entender um pouco então eu não me senti assim tão louco né Eu não eu não não achei que eu ia morrer diante daquela situação Então me ajudou me fez bem né então a gente começa receber esse tipo de feedback do paciente quando ele vai entendendo ali a conceitualização quarta função eh torna vários problemas muitas vezes até complexos do paciente mais manejáveis mais compreensíveis Então os pacientes principalmente aqueles que apresentam dificuldades complexas muitas vezes de longa data
né problemas que já vem aí se arrastando ao longo de muitos anos esses pacientes muitas vezes eles se sentem sobrecarregados por esse número total de problemas que eles têm que enfrentar e aí a gente enquanto terapeuta eh muitas vezes também a gente até pode se sentir também sobrecarregado quando a gente enfrenta problemas muito complexos os nossos pacientes então quando a gente realiza a conceitualização de uma maneira hábil de uma maneira correta isso vai ajudar a tanto a gente visualizar ali os problemas doente entender que pouco a pouco a gente vai consegindo manejar como também o
próprio paciente vai se entendendo melhor e vai conseguindo compreender quinta função a conceitualização ela orienta a escolha o foco e a sequência das intervenções então na TCC a gente tem um número de intervenções relativamente grande e a gente precisa fazer uma escolha ali do que que a gente vai tratar do que que a gente vai usar que intervenções a gente vai usar e Existem algumas questões que eu falei inclusive até na aula de ontem eh de pacientes por exemplo que T várias comorbidades E aí não tem um protocolo específico que a gente vai utilizar naquele
paciente então como é que eu vou selecionar em meio a um vasto leque de opções de técnicas de intervenções como é que eu vou escolher aquilo que eu vou aplicar no meu paciente a gente vai fazer já já aqui o rle Play e vocês vão ver que a a a psicóloga que vai fazer aqui o rle play comigo eh ela vai trazer que tipo ela não sabe o que fazer com aquele paciente né paciente como é que eu vou escolher né então assim pra gente escolher dentro desse leque de opções primeiro a gente precisa entender
o que que tá com acontecendo ali Ah por que o paciente tá fazendo o que ele tá fazendo porque ele está se comportando daquela maneira porque ele está pensando daquela maneira E aí sim a gente vai organizar e para ter um foco mais claro paraas intervenções da terapia então a conceitualização ela oferece Justamente esse Norte e essas justificativas para que a gente escolha uma determinada intervenção ao invés de outra E aí a a conceitualização ela precisa ser sempre validada pelo paciente ok e quando o paciente concorda com a sua conceitualização isso é muito importante seu
paciente ele precisa concordar eh com a sua conceitualização por isso você vai sempre compartilhar isso com ele Ah se ele não concordar você vai reformular Então a partir dessa conceitualização validada pelo paciente a gente tem uma justificativa ali um Norte um GPS para para que a gente tome determinadas decisões quanto a intervenções terapêuticas e a conceitualização também que vai ser sempre compartilhada com o paciente permite que o paciente também participe de uma maneira colaborativa na tomada de decisão na priorização das dificuldades né então a gente vai trabalhar o que aqui primeiro o que que te
incomoda mais o que que faz mais você sofrer então esse processo de intervenção das escolhas que a gente faz pode e deve ser compartilhado H com o paciente Ok sexto sexta função da conceitualização ela identifica os pontos fortes do paciente e sugere formas da gente auxiliar o paciente a desenvolver a resiliência então uma conceitualização que atenta pros pontos fortes do paciente que usa essa lente da resiliência daquilo que o paciente tem de bom digamos assim para entender como o paciente responde adapta ativamente aos desafios também tem uma série de vantagens essa questão dos pontos fortes
ela foi incluída mais recentemente na conceitualização da TCC eh isso não tinha na conceitualização eh da judit Beck né que ela apresenta no no livro dela e foi incluído nesta última atualização do livro dela e isso é muito importante porque antes a conceitualização ela só focava no que era disfuncional e a partir do momento em que a gente coloca também ali não só os pontos que precisam melhorar os pontos disfuncionais mas a gente coloca também os pontos fortes primeiro isso dá um alívio um certo alívio pro paciente Poxa que bom não tem só problemas né
Tem algo aí que eu tô fazendo certo isso fortalece a autoeficácia do paciente e faz ele caminhar nesse sentido da resiliência desenvolvendo e fortalecendo cada vez mais esses pontos fortes Então essa discussão dos pontos fortes junto com o seu paciente fortalece também uma aliança terapêutica positiva e conduz a incorporação dos valores positivos do paciente aos objetivos da terapia Então você começa a construir a conceitualização no primeiro momento como eu falei no momento que o seu paciente dá bom dia e você nunca para de construir essa conceitualização você vai estar sempre refazendo incluindo e fazendo novas
conceitualizações ali ao longo do tratamento é importante você entender que essa conceitualização de caso para o Diagnósticos do seu paciente paraas cognições paraas estratégias comportamentais pros fatores de manutenção né Então tudo isso você vai ver se essa conceitualização se ajusta ali ao seu cliente ao seu paciente então você coleta dados você resume o que você ouviu você levanta hipóteses novamente Olhe quantas vezes eu tô falando aqui de hipóteses você levanta hipóteses você checa essa essas hipóteses com o seu paciente e você modifica quando necessário quantas vezes forem necessário necessárias você modifica essa conceitualização e a
conceitualização é algo que vai sendo modificado e construído ao longo de todo o tratamento sétima função a conceitualização ela antecipa e aborda os problemas que a gente vai enfrentar na terapia é óbvio que a gente vai ter impasses que a gente vai ter dificuldades não existe tratamento sem dificuldades e uma boa conceitualiza ela já oferece ali para você a compreensão dessas dificuldades e possíveis intervenções que você pode utilizar para resolver esses problemas então idealmente toda a conceitualização possibilita que o terapeuta formule hipóteses que provavelmente de problemas que provavelmente vão surgir na terapia por exemplo a
gente pode esperar que um paciente eh avaliado ali que só de depressão por exemplo com comorbidade com fobia social eh que tá fazendo um tratamento de TCC em grupo por exemplo que tenha crenças que tenha medos que venham interferir na sua participação na terapia em grupo a gente já pode prever que talvez esse paciente seja um paciente que vai ser mais calado que é um paciente que vai pensar que eu não vou falar no grupo porque se eu falar então as pessoas vão achar que eu sou inadequado e a gente vai ter que ah pensar
em estratégias para lidar com isso no processo de eh terapia em grupo desse paciente como a gente vai estimulá-lo e trabalhar isso para que ele possa eh falar ali na nas sessões oitava função a conceitualização ela possibilita uma supervisão de alta qualidade então durante a conceitualização de caso a gente começa a entender o que desencadeia o que mantém o que predispõe os problemas apresentados pelo paciente e a gente também entende os fatores que protegem e os fatores que estimulam a resiliência desse paciente ao mesmo tempo em que a gente consegue entender ali eh como este
profissional que está atendendo o paciente está compreendendo todo esse processo na supervisão de caso que é inclusive o que a gente vai ver hoje aqui o nosso role play hoje é uma demonstração de uma supervisão onde a psicóloga vai trazer um caso então a conceitualização de caso ela estrutura o pensamento e a discussão da pessoa que está fazendo supervisão ou seja do aluno do supervisionando e do supervisor da pessoa que é mais experiente que está conduzindo ali ajudando aquele profissional a conduzir o caso Então nesse processo colaborativo também entre o supervisor e o supervisionando a
gente vai criando uma experiência de aprendizagem ali e o fio condutor desse processo é o A conceitualização de caso Ok então a gente tem aí Essas funções ah da conceitualização e acredito que até aqui já ficou bem claro que a conceitualização é fundamental eh eu falei bastante aqui enfatizei bastante aqui a questão das hipóteses né Então sempre que você tiver fazendo a conceitualização você vai estar levantando hipótese e no início da aula Inclusive eu disse que eu acho que essa é uma das coisas que mais atrapalha os terapeutas cognitivo-comportamentais de fazerem uma conceitualização a conceitualização
de caso gente é algo muito muito muito simples muito simples eh eu não consigo nem entender como que é psicólogos terapeutas T tanta dificuldade de fazer a conceitualização mas ao longo de todos esses anos de prática de docência de super visão eu entendi qual que é o problema as pessoas têm medo de levantar hipóteses Então as pessoas ficam assim ai mas eu eu não sei qual é a a a a crença intermediária do meu paciente eu digo tá mas levante uma hipótese que você a ai mas eu não sei é um medo extremo de levantar
uma hipótese isso atrapalha muito vocês coloque na sua cabeça a conceitualização de caso é uma hipótese Não tenha medo de arriscar não tenha medo de dizer Olha eu acho baseado nesse pensamento automático aqui que meu paciente me trouxe eu acho que a crença intermediária dele é essa daqui e se não for e se não for não tem problema você vai ter outras sessões com ele Você vai ter tempo de repensar aquilo ali você vai inclusive mostrar aquilo pro paciente e vai dizer olha se não for isso se isso aqui não explicar bem o que você
pensa o que você sente não tem problema a gente vai tentar refazer isso aqui juntos é colaborativo gente é colaborativo então assim o que eu acho que atrapalha muito vocês é não ter muito claro a ideia de que conceitualização são hipóteses então não tenha medo de arriscar não tenha medo de dizer olha eu acho baseado nesse pensamento automática do meu do meu paciente eu acho que a crença intermediária dele vai ser por esse caminho aqui pode não ser com essas palavras mas aí a gente vai adequar junto com o paciente e eu acho que a
crença intermediária a crença nuclear do meu paciente é sei lá sou incapaz sou incompetente sou inútil E por aí vai ok então não tenho medo conceitualização de caso é igual a hipóteses ok muito bem agora a gente vai ver tudo isso que eu expliquei aqui na teoria a gente vai ver na prática a gente vai simular aqui uma supervisão de caso e a gente vai construir juntos aqui eu como supervisora e a psicóloga que vai participar aqui como supervisionando a gente vai construir a conceitualização de caso é da paciente dela para isso eu vou chamar
aqui a Juliana que vai nos ajudar na tarefa de hoje mas antes da Juliana entrar eu vou pedir pra minha equipe liberar aqui o checkin aqui no chat então agora é o momento de você eh ler esse QR Code aí que tá na tela ou clicar no link que está no chat e fazer o seu checkin para que você você possa concorrer às bolsas de estudos que a gente vai eh sortear aqui no final da semana tá então faça aí o seu chequin e a gente vai começar então o nosso role Play agora sim Juliana
pode entrar Boa noite Ju tudo bem Boa noite Fernanda Tudo ótimo tudo certo para quem não conhece essa é a Juliana é psicóloga da nossa equipe a meu braço direito meu braço esquerdo se duvidar minhas pernas também é uma pessoa que tá comigo acho que todos os dias da equipe eu acho que é a pessoa com quem eu mais falo né Ju e hoje a Juliana hoje a Ju vai est aqui eh para nos ajudar neste nesta tarefa de entender aí a a conceitualização de caso entender aí então primeiro a Juliana vai compartilhar aqui o
caso de uma paciente antes da Juliana compartilhar eu queria deixar claro aqui né porque eh acontece que muitas vezes a gente vai ter problemas aqui na internet então antes da Juliana começar eu queria só deixar claro aqui uma coisa este caso ele foi completamente e totalmente inventado Ok esta este caso que a Juliana vai apresentar aqui não é um caso de uma paciente dela não é um caso de uma paciente minha não é um caso de uma paciente de ninguém é um caso fictício que a gente inventou tudo bem a gente inventou tá claro então
a gente não está expondo nenhum paciente a gente e esse caso que a Juliana vai contar agora aqui como psicóloga a paciente vai chegar amanhã tá bom eu vou atender essa paciente aqui amanhã e sábado então amanhã vocês vão conhecer a paciente que a Juliana vai mostrar hoje aqui então esse caso foi completamente inventado e a gente vai seguir nesse caso ao longo dos três dias Então Ju é com você vá lá apresente aí o caso da sua paciente fictícia vamos deixar claro perfeito exatamente então Fernanda eu te eu te procurei porque eu realmente estou
precisando de de supervisão né Clínica mesmo como eu te falei na nas mensagens eu eu sou psicóloga há algum tempo mas eu estou migrando para TCC agora então tem muita coisa que ainda é novidade né que talvez para quem já está um tempo seja simples seja fácil mas que eu fico quebrando cabeça e aí eu vim atrás da melhor para me ajudar nisso aqui porque realmente não é que é um caso meu Deus impossível mas é um caso que tá me deixando confusa eu não sei por onde começar eu não sei como entender Enfim então
só para te contextualizar eu vou trazer alguns dados é é da minha paciente aí se você precisar perguntar alguma coisa que eu esqueci de trazer enfim aí você pode perguntar bom só antes de você começar Juliana eu queria te dizer que aqui é um espaço de não julgamentos Tá bom então assim você pode trazer suas dúvidas eh com tranquilidade Ah porque eu tô começando não não importa se você tá começando se você já é experiente eh eu sempre digo pros meus alunos e pros meus supervisionados não existe dúvida boba aliás existe a dúvida boba é
aquela que você não faz é aquela que você não pergunta que você continua com ela tá bom então é fique bem tranquila e mostre Fale aqui do caso do suu paciente e depois traga todas as suas dúvidas ah mas tem uma que é muito boba é é essa aí que eu quero que você traga tá bom tá tá bom tá bom combinado então e a minha paciente é a Ana né o nome fake história fake só reforçando ela é Ela é uma mulher de 34 anos e ela se divorciou ali em torno dos dos 30
anos de idade ela se casou bem jovem digamos Então ela tá aí 4 anos divorciada ela tem um filho de 13 anos de idade é o único é o único filho e ela me procurou não faz tanto tempo inclusive não tive tantas sessões com ela ainda e ela me procurou eh relatando uma baixa autoestima né que inclusive tem tem atrapalhado ela de se aproximar de outros homens de em busca de outros né relacionamentos que ela já sai quatro anos digamos divorciada e E além disso desde desse divórcio ou seja há 4 anos el Ela traz
assim e é uma percepção minha também né É como se ela estivesse num num ciclo de perfeccionismo e procrastinação E aí esse ciclo de perfecionismo e procrastinação vai afetando tanto as as tarefas profissionais dela quantas de casa enfim corriqueiras mesmo eu sou a primeira psicóloga dela ela nunca fez nenhum tratamento psicológico nem psiquiátrico nunca né utilizou n nenhum tipo de medicação mesmo que ela tenha passado por algumas situa eu vou te trazer agora na infância né dela ela teve ali um histórico Digamos um pouco conturbado envolvendo a separação dos pais então quando ela tinha 7
anos de idade eh ela ela vivenciou digamos assim né a a separação ali dos pais e ela traz assim com muita com muita clareza as brigas que ela né que que ela viu do Pai então ela recorda ali dessa dessas brigas entre os pais eh eh e inclusive Ela traz também muito sentimento de de culpa porque nesse período ali de divórcio dos Pais ela se sentia nesse meio assim eu tenho que apoiar meu pai eu tenho que apoiar minha mãe eu tenho que amar meu pai amar minha mãe eu tenho que escolher com quem eu
vou ficar Enfim então também ela a traz um pouco essa questão da culpa com a ah o divórcio dos Pais é o divórcio dela agora né que faz 4 anos e aí ela Tem muito receio e eh Fernanda que a a a vivência que o filho dela está tendo né com esse divórcio dela e do do ex-marido seja semelhante ao que ela vivenciou lá atrás com 7 anos de idade quando ela enfrentou ali né vivenciou o divórcio dos dos pais então por isso que ela sempre assim desde quando o casamento tava em crise ela não
discutia com o marido na frente né do filho e aí ela ela tem tentado tem conseguido também junto com esse ex-marido eh eh ter assim um bom uma boa harmonia em relação à criação do filho eles tem guarda eh eh compartilhada enfim as coisas fluem bem assim sabe eh em relação a isso só que ela ainda tem ela tem muita dificuldade de de sair de casa de aproveitar os finais de semana que o filho não tá com ela né que ela Tecnicamente estaria sozinha poderia fazer né alguma coisa por ela ela já baixou alguns aplicativos
de de relacionamento conversou ali eh com alguns né com alguns pretendentes só que todas as vezes que ela ela conseguia marcar digamos assim o encontro ela desistia né ela desistia e aí quando eu eu a questionei né Por que que ela desistia o que que el fazia né desistia assim eh ela trazia que ela tinha muito medo de que se ela se encontrasse pessoalmente com esses pretendentes que eles não se interess não né não se Inter não se interessa não teria interesse por elas não sei mas não isso perfeito por ela e aí eh eh
uma coisa também importante que eu não posso falar Tem uma coisa que contribui também para para essa baixa autoestima dela por achar que as pessoas né não vão ter interesse nela é que ela tá acima do peso digamos assim ela ela engordou 8 kg né enfim está 8 kg acima do do Peso digamos assim normal dela e essa insegurança falo isso tem gente que além de não ajudar ainda atrapalha né Eh e essa insegurança dela ainda é reforçada porque as amigas ficam falando que ela tá acima do peso que ela tem que emagrecer que se
ela quer encontrar alguém né tipo assim para namorar para casar que ela precisa né est em forma que ela precisa se cuidar enfim e daí ela vai sentindo mais inadequada e ela vai sentindo pior ainda e e e pensando trazendo mais um ponto um um detalhe para você sobre o perfeccionismo que eu falei que eu vejo esse ciclo né de perfecionismo de procrastinação ela ataz Fernanda para mim que ela chega a gastar assim horas fazendo tarefas e buscando efeitos e refazendo e refazendo e refazendo isso faz com que ela traz as entregas né pro chefe
dela isso faz com que ela procrastine as atividades ali as tarefas de casa é mesmo e aí ela começou Inclusive a deixar as coisas paraa última hora e aí ela tá trabalhando no final de semana porque em invés dela descansar no final de semana ela tem que passar o final de semana tentando fazer as coisas porque ela não conseguiu fazer durante a semana e ela passa finais de semana é é em torno disso E aí obviamente isso faz com que ela fique estressada eh atrapalha na no tempo de qualidade dela com o filho ela fica
muito ansiosa eh ela tem uma dificuldade muito grande de relaxar né nos momentos ali Livres digamos assim e até quando eu fui entender questionar entender essa questão da ansiedade dela ela me trouxe que o que eu entendo pela descrição dela que ela teve alguns ataques de pânico assim esporádicos na vida um quando os pais se divorciaram depois quando ela tava no processo de divórcio e teve uma mais recentemente é por conta de muitas tarefas terem se acumulado e daí ela ficou meu Deus eu não vou conseguir eu não vou dar conta e a ansiedade né
Aumentou e daí el sentiu aqueles sintomas físicos de ansiedade que a gente parce que são característicos ali de de de um ataque de pânico então além de tudo isso ela teve assim só esses três ataques esporádicos assim uma coisa frequente Tipo toda semana ela tem todo mês ela tem não não não isso daí eu até eu até questionei investiguei do que ela me trouxe foram esses três momentos assim bem pontuais sabe e eh na na vida dela E além disso ela também tem às vezes assim um sentimento de tristeza né de desmotivação ela é muito
autocrítica né Muito Auto exigente ali com consigo mesmo e ela buscou te trouxe tudo isso mas ela buscou realmente a terapia Porque ela disse que queria emagrecer Então tudo isso que eu te falei só que o objetivo dela Olha eu vi aqui porque eu preciso emagrecer e aí depois enfim investigando conversando com ela que eu fui né coletando essas essas demais informações Então ela quer emagrecer porque ela quer conseguir se relacionar com outras pessoas e além disso ela diz ela fala assim eu quero conseguir viver a vida mais leve eu quero conseguir realizar as minhas
atividades ali do do dia a dia mais leve para aproveitar mais tempo com com o meu filho né então tenho também essa essa demanda digamos de trabalhar essa essa ansiedade né Essa essa insegurança digamos assim então assim eu acho que a grosso modo é isso E aí ela tem tudo mas não tem nada porque daí ela tem várias coisas só que é quando eu vou investigar não fecha critério diagnóstico para nenhum transtorno e daí tem protocolo para isso e para aquilo outro mas aí eu já não sei o que que eu faço eu faço tudo
se eu não faço nada eh então assim esse essa seria digamos a minha primeira angústia em relação ao caso do que fazer com tudo isso que ao mesmo tempo Quando você vai espremendo não é nada digamos e não sei se eu trago as minhas outras dúvidas agora se que você fazer algum comentário enfim tá eu vou vou fazer alguns comentários aqui tá Ju e aí você também pode me interrompendo e trazendo mais dúvidas aí conforme eu for falando também tá a gente tem algumas queixas digamos assim né alguns sintomas entre aspas que essa paciente eh
traz para você a gente tem perfeccionismo procrastinação tristeza desmotivação né então a gente tem alguns pontos aí pra gente começar a entender o caso dessa paciente eh a gente precisa colocar isso de uma forma mais estruturada e a forma que a gente faz isso é através da conceitualização de caso Então a gente vai fazer juntas aqui tá para poder eh enfim isso ficar mais claro para você e também a gente conseguir até para mim mesmo né pra gente conseguir ter um um Panorama geral aqui dessa paciente tá então eu vou pedir para compartilhar a tela
aqui ah com a com a conceitualização de caso essa conceitualização que está aparecendo na tela aí para você para para o pessoal que tá assistindo também essa supervisão é a conceitualização de caso da Judite que eu falei aqui mais cedo nessa aula tá então é a conceitualização de caso eh que a gente tem aí eh proposta pela judit Beck que é uma conceitualização eh bem clássica dentro da TCC Tá bom então a a primeira e que eu tenho muita dúvida também sim sim a gente a gente vai ver isso aí direitinho tá então eh o
primeiro ponto que a gente tem que que pensar né o primeiro ponto que a gente tem que eh trazer aqui em relação a essa conceitualização aqui no primeiro quadrado digamos assim da conceitualização a gente tem a história de vida dessa paciente né Quais são os dados relevantes aí da história eh de vida dela e o que que a gente pode a partir da história que a Juliana trouxe aqui pra gente que a Juliana coletou O que que a gente pode eh notar aqui dessa história de vida dela de relevante tá primeiro ponto que chama atenção
é o que a própria paciente trouxe a questão do divórcio dos pais então quando ela tinha 7 anos né ela teve esse Essa questão aí do divórcio eh do os pais dela e eu não tô conseguindo clicar aqui para escrever aqui na conceitualização Mas você vai escrevendo aí na sua tá Ju não não tá não tá clicável aqui para mim esse esse diagrama ele tá no no Word em tese deveria estar clicável Mas tudo bem eh vocês vão anotando aí no de vocês e Juliana vai anotando no dela tá então de dados relevantes da história
de vida a gente tem essa questão aí H sobre o divórcio dos pais dela eh e teria alguma outra coisa Ju que você acha assim que essa paciente trouxe assim de de algum alguma situação que ela vivenciou na infância na adolescência que seria digna de nota boa e ruim tá preca ser só bo não precisa ser só ruim não tá tá tá bom então tem essa questão do divorcio dos pais que ela ela sempre traz né como um como se diz como sendo sei lá um momento muito né estressante ruim e dramático da vida dela
ela também trás que enquanto ela era eh eh menor assim da fase da da pré-adolescência ela também teve uma fase de lutar ali em relação à balança né lutar contra a balança questão do peso então de ouvir ali né da da família ah mas você não é gorda você é forte você é fofinha Enfim então quando ela Traz essa demanda eu preciso emagrecer porque né Eu eu quero emagrecer eu tenho que emagrecer porque eu preciso encontrar alguém Enfim então ela ela também Traz essa né esse esses momentos aí que fazem parte da história dela envolvendo
também o peso né o corpo como ela era vista como as pessoas hav vi também depois você vai pegar com essa paciente eh situações positivas e adaptativas também na vida dela pra gente colocar aqui tá e depois você você preenche eh Quais foram as coisas boas que aconteceram como foi que ela lidou até com essas situações difíceis mesmo que mecanismos elas ela desenvolveu ali ao longo da vida dela para lidar com isso ok E aí agora Eu quero propor que a gente comece lá pelo final e a gente vai subindo tá então eu queria começar
aqui pela pela parte de baixo do diagrama digamos assim que é a parte dos Pensamentos automáticos E aí enquanto você tava falando Eh eu percebi né algumas alguns pontos aí da sua paciente que eu queria trazer aqui como sugestão eh eu já falei sobre isso muitas vezes mas assim eu quero reforçar aqui a o diagrama de conceitualização ele é uma hipótese tá Ju Então você vai ver que algumas coisas que eu pensei aqui enquanto você tava falando eh algumas coisas sua paciente nem falou são hipóteses minhas Ok e não tem problema não tem problema a
gente pensar em hipóteses claro que baseado em algo que ela falou mas a gente vai criando hipóteses em cima disso e depois a gente vai validando essas hipóteses tá não tem problema então por exemplo um um pensamento automático eh que eu eu tirei ali da do que você trouxe da sua paciente poderia ser eu não consigo me relacionar com as pessoas Sim esse poderia ser um pensamento automático dela E aí a gente tem o quê A gente tem a situação um digamos a situação um é ah um cara que ela tava conversando no aplicativo de
relacionamento convidou ela para sair ok Essa é a situação o cara mandou a mensagem e falou E hoje cestou vamos fazer o quê vamos sair vamos tomar um café tomar uma cervejinha sei lá beleza aí o pensamento automático dela foi eu não vou porque ele não vai gostar de mim né que foi uma coisa que você trouxe ela evita ir nos nos nos encontros Porque ela acha que a pessoa não vai gostar dela eu ele não vai gostar de mim Eh eu não não consigo me relacionar com as pessoas eu já tô 4 anos solteira
sei lá esse tipo de pensamento aí qual é a emoção que ela sente quando ela pensa isso talvez tristeza Talvez um pouco de ansiedade aí você também valida com ela as emoções que ela sente mas baseado aí no que você trouxe eu diria que provavelmente tristeza ansiedade né que que você acha isso exatamente normalmente o primeiro assim quando ela me traz ela fica primeiro ansiosa né o que essa essa ansiedade inclusive vai trazer nesse pensamento mas ele não vai gostar de mim e daí se ele não gostar de mim né Vai ser desagradável me sentir
muito mal tudo mais e aí depois vem a tristeza por isso poxa vida ninguém vai gostar de mim ninguém gosta de mim eu vou continuar sozinha Enfim então é um misto normalmente começa com essa ansiedade e termina nessa tristeza normalmente funciona assim perfeito e aí o que que essa paciente faz diante desse pensamento ela não vai ela desmarca o encontro não é isso exatamente ela simplesment ela ela se esquiva daquela situação que é ansiogênico então isso alivia a ansiedade momentaneamente imediatamente ente mas com o passar do tempo faz com que ela Acredite ainda mais que
ela não consegue se relacionar com as pessoas e aumenta a tristeza porque ela continua sozinha porque sem ir pro encontro não tem chance dela começar a namorar correto Exatamente exatamente perfeito então aqui a gente tem mapeado aí os pensamentos as emoções e o comportamento da sua paciente aí vamos subir um pouquinho mais aqui tá vamos para as eh crenças intermediárias dessa paciente ok aqui esse esse diagrama de conceituação ele tá com as crenças adaptativas e crenças nucleares eh adaptativas você pode botar no mesmo diagrama as adaptativas e desadaptativas ou você pode fazer dois diagramas tá
a Judite normalmente Ela traz em dois diagramas Então esse aqui é o o das adaptativas eu acabei eh na hora de vir fazer a supervisão aqui eu acabei selecionando o o das adaptativas mas tá tudo bem também a gente pode anotar aqui adaptativas e desadaptativas ou você pode fazer dois separados tá Ju fica seu critério Ok nas crenças intermediárias baseado nesse pensamento automático da sua paciente que é eh ele não vai gostar de mim né Eu não sou interessante eu não consigo me relacionar com as pessoas qual poderia ser a crença intermediária dessa paciente poderia
ser se eu me encontrar pessoalmente com os homens que eu conheço no no aplicativo eles não vão se interessar por mim e isso como você falou é reforçado pelo fato dela estar acima do peso né ou seja da baixa autoestima que ela tem em relação à insatisfação com o próprio corpo dela e também dos comentários das amigas que ficam dizendo que ela eh precisa perder peso etc né então a crença intermediária dela seria se eu me encontrar pessoalmente com os homens então eles não vão gostar de mim não vão se interessar por mim vão me
achar feia sei lá gorda sei lá o quê OK repare aqui Juliana eu quero chamar sua atenção para isso e quero chamar atenção também para quem tá assistindo essa supervisão repare que a paciente não disse isso ok provavelmente ela não eu ia te falar isso agora pronto perfeito ela não proferiu essa frase com essas palavras deste jeito que eu estou colocando aqui então por isso que eu estou chamando a atenção de vocês desde o início dessa aula e é isso que eu quero que vocês entendam porque eu tenho 99,999% de certeza que a dificuldade das
pessoas de fazer a conceitualização é o medo vamos conceitualizar o medo de vocês de fazer a conceitualização a gente precisa fazer isso para tratar esse medo em vocês porque vocês têm medo de conceitualizar vocês têm medo de criar hipóteses e a conceitualização meus amores é justamente isso a criação de hipóteses então se você fica com medo de criar hipóteses você nunca vai conseguir fazer uma conceitualização o seu paciente ele nunca vai te dizer se tal coisa então tal coisa isso não existe isso não existe o paciente ele não sabe o que é crença intermediária ele
não sabe que ele tem que falar se então ele nunca vai dizer isso então você vai fazer o quê o que eu estou fazendo aqui qual é o pensamento da paciente eu não vou nos encontros Porque as pessoas não vão gostar de mim tá então eu vou transformar Isso numa crença na na na na proposição da crença intermediária se eu for me encontrar com os caras pessoalmente eles não vão então eles não vão se interessar por mim tá claro isso eu estou inventando Não eu estou me baseando no relato da nos pensamentos automáticos da paciente
na nas Emoções da paciente no comportamento da paciente para levantar uma hipótese que é a crença intermediária eu estaria inventando se Juliana me relatou todo esse caso aqui eu dissesse Olhe eu acho que a crença intermediária da paciente é se eu der uma aula então ninguém vai gostar da minha aula mas a paciente nem dá aula paciente não nem professor então aí eu estaria inventando é uma coisa completamente desconectada com a história da paciente com os pensamentos da paciente com a profissão da paciente com a vida da paciente isso é inventar uma coisa que não
tem nada a ver criar hipóteses é eu tenho dados aqui baseado nesses dados eu vou pensar em coisas que estão relacionadas a esses dados vocês entendem isso em relação a isso até Aproveitando né fou de criar hipótes mente né Eu admito assim e eu sou muito resistente quando fala da da conceitualização porque aí pensando numa crença intermediária talvez talvez seja né se eu sei lá se eu fizer isso daqui errado então o tratamento vai dar errado ou se eu fizer isso daqui errado então eu sou uma pea psicóloga né digamos assim isso ou a paciente
não disse isso então eu não se a paciente não disse isso com todas as letras então eu não posso dizer que essa é a crença intermediária dela entende então eu tenho assim eu ti esse insite inclusive até mais recentemente porque eu fiquei pensando né Eu falei gente Por que que as pessoas elas têm tanta dificuldade com a conceitualização que é uma coisa tão simples né não é uma coisa difícil não é uma coisa complicada não é uma coisa assim que digamos eh é uma fórmula lacaniana né é um matema não é uma coisa muito simples
não não não tem dificuldade nisso aqui mas por que que as pessoas elas têm tanta dificuldade e aí assim fui juntando peças né ao longo desses eh 20 anos de prática Clínica sei lá 12 13 14 anos nem sei mais quantos anos eu sou professora fui juntando essas peças e falei já sei a dificuldade das pessoas é o medo de formular a hipótese né as pessoas elas acham que elas não elas Ah mas aí eu tô inventando uma coisa não que você tá inventando uma coisa você tá levantando hipótese em cima dos dados que você
tem e levantar hipóteses é justamente isso levantar hipótese não é inventar uma coisa totalmente desconectada levantar hipóteses é tenho dados aqui quais são os dados que eu tenho a história de vida dessa paciente os pensamentos as emoções os comportamentos eh os fatores desencadeantes os fatores eu tenho tudo aqui bado nisso tudo que eu tenho eu vou criar hipóteses e aí se você quiser chamar isso de inventar Tudo bem pode chamar de inventar não tem problema tá mas a sua paciente ela não disse isso com essas palavras mas você vai colocar a História Dela as coisas
que ela te disse nestas palavras Ok então você vai adequar o discurso da sua paciente a o nosso diagrama aqui e você vai validar isso com ela e na hora que você apresentar e explicar essa crença intermediária paraa sua paciente se ela te disser ah não não é não é exatamente assim eu não penso muito isso esse é o meu receio tem problema nenhum não tem problema nenhum você não está dentro da cabeça da paciente né então você vai dizer para ela tudo bem então você conseguiria explicar para mim como é que você se sente
nessa situação e aí vocês juntas vão reformulando isso até chegar em algo que a paciente diga Ah sim agora aí agora foi agora agora é isso aí é isso aí e tá tudo certo você não é uma pior terapeuta porque você está formulando ali o diagrama junto com o seu paciente não tem problema nenhum tá bom tem problema nenhum a gente cria hipóteses antes e traz pro paciente validar porque Isso facilita no processo ali da terapia Mas você pode inclusive fazer junto com ele ali na h explicando para ele e fazendo OK entendo eu achava
que isso era muito grave Fernanda de apresentar pra paciente Olha eu acho que é isso a paciente falar não tem nada a ver não não não Claro que não É claro que não é pode fazer tá E aí com relação à crença nuclear dessa paciente O que que a gente pode pensar bom aí a gente pode pensar eh algumas coisas né a gente pode pensar por exemplo baseado nesses pensamentos automáticos que ela trouxe aliás antes de eu dizer o que a gente pode pensar você você chegou a pensar em alguma crença ou ela chegou a
te falar alguma coisa a respeito da da crença de qual crença ela ela ela pode ter então isso daí é um ponto que eu ia até te anotei aqui para PR te perguntar que é o seguinte eu sei que ali né na parte do do modelo cognitivo né enfim tem tem um jeito da gente sair dali do pensamento se lá do significado do pensamento para levar a gente pr pra crença né né não sei se é exatamente assim a gente pode ter segurança em relação a isso eh Mas tem uma coisa que eu até notei
no meu rascunho que seria mais ou menos uma crença de eu não sou boa o suficiente foi o que eu consegui pegar dela assim sabe não me aprofundei nisso mas foi o máximo que eu consegui chegar ó perfeito é uma boa hipótese como é que a gente faz isso né a gente faz o seguinte Digamos que o pensamento automático da sua paciente que a gente levantou como hipótese aqui seja eu não consigo me relacionar com as pessoas tá Digamos que vamos partir do de um princípio que seja isso e aí você vai chegar pra sua
paciente e você vai dizer para ela ok fulana entendi você não consegue se relacionar com as pessoas Tá bom vamos partir do princípio que isso seja verdadeiro 100% verdadeiro tá Depois a gente vai questionar esse pensamento mas por hora vamos partir do princípio que isso é verdade real você não consegue se relacionar com as pessoas o que que isso diz a seu respeito fulana E aí você pode responder hipoteticamente como se fosse ela vamos começar a exercitar essa questão das hipóteses né O que que isso diz a seu respeito Juliana o fato de você não
conseguir se relacionar com as pessoas pode invitar Tá bom você não sabe o que ela responderia Então você agora você vai inventar baseado em tudo o que ela te disse você vai inventar o que você você acha que ela diria nessa situação e depois você vai confirmar isso vai perguntar isso para ela tá aham que sei lá eu tenho algum defeito que eu não sou tão bonita que eu não sou tão interessante que eu não sou tão atraente que eu não sou tão boa perfeito então Juliana se você não é atraente Se você não é
interessante se você não é boa resuma tudo isso para mim em uma frase você é o quê que que você é se você tivesse que resumir assim tudo isso eu não consigo me relacionar com as pessoas não me acho interessante não me acho boa não me acho sei lá uma pessoa legal tudo isso que você falou para mim resuma para mim você é o qu ou você não é o qu Se você pudesse resumir Eu acho que eu não sou sei lá que eu não sou boa que eu não sou competente que eu não sou
sei lá eu devo ter algum defeito sou defeituoso alguma coisa OK então a gente tem aqui algumas possíveis crenças que a Juliana levantou hipóteses aqui baseado no que ela ouviu da paciente tá sou defeituosa não sou boa o suficiente e qual foi a outra que você falou Ju desculpa sou incompetente sou incompetente tá pode ser que a paciente fale essa Pode ser que a paciente fale outras não tem problema nenhum mas é mais ou menos assim a gente chama isso de setad descendente ou flecha descendente também vai depender eh da tradução que você pegar aí
no livro tá então a a seta descendente é justamente isso é você partir de um pensamento e questionando o paciente de maneira socrática para chegar na crença nuclear do paciente tá então vamos deixar aqui como uma possível crença nuclear não sou Interessante não sou boa o suficiente eh não sou competente enfim tem algumas eh possibilidades aí eh de crenças nucleares para essa paciente que você vai confirmar com ela não tem problema nenhum e você pode fazer exatamente o que eu fiz aqui ok E aí o que que tá acontecendo na vida dessa paciente pra gente
entender e para você explicar para ela essa paciente ela quer se relacionar com uma pessoa né ela quer Pelo que eu entendi ela quer ter um relacionamento amoroso ela quer ter um namorado ela quer ter né um uma pessoa ao lado dela ela já tá divorciada há 4 anos e ela quer ter alguém com ela ok daí ela tem essa crença de que ela não é boa de que ela não é interessante de que ela enfim né não é competente para se relacionar com as pessoas e ela tem regras ela tem crenças intermediárias que fazem
a mediação dessas crenças nucleares com os pensamentos dela então a crença intermediária dela que a gente levantou aqui foi se eu me encontrar pessoalmente com os homens então eles não vão se interessar por mim E aí ela faz um comportamento que é não ir aos encontros por quê Porque Teoricamente como eu expliquei aqui mais cedo na aula se ela não for aos encontros ela não se dará conta da crença nuclear dela de não ser boa o suficiente de não ser interessante por aí vai Ok só que como eu expliquei mais cedo esse mecanismo falha Por
que esse mecanismo falha Porque se ela não vai aos encontros amorosos ela tem chance de arranjar um namorado nenhuma né ela marcou com uma pessoa ou ela marcou e depois desmarcou entendeu que ela não tem interesse então Possivelmente essa pessoa até vai tentar uma segunda vez uma terceira vez se for muito resiliente mas talvez na terceira na quarta tentativa a pessoa diga Olha eu vou parar de insistir né porque eu acho que essa mulher não tá interessada em mim então eu também não vou ficar aqui né vamos sair vamos sair ó por favor por favor
tem necessidade disso vamos vamos seguir a vida e provavelmente esse cara até vai deixar de falar com ela correto e aí quando isso acontecer né quando isso acontecer o que que acontece com essa crença dela de não ser interessante de não ser boa isso reforça ou diminui a intensidade dessa crença aumentando cada vez mais cada vez mais aí isso acontece uma vez aí ela desmarca o encontro aí o cara some aí de novo o cara marca um encontro ela desmarca aí o cara tenta de novo ela desmarca de novo aí o cara some aí acontece
três vezes quatro vezes cinco vezes cada vez mais que isso acontece mas ela vai acreditando que ela não é boa o suficiente que ela não é interessante e vai chegar um momento até se é que já não chegou ou tá perto de chegar que ela nem vai mais entrar por exemplo no aplicativo de paquera no aplicativo de relacionamento porque ela vai entender olha relacionamentos não são para mim então eu vou né esquecer isso aqui vou seguir a minha vida tá então aqui a gente tem né o diagrama de conceitualização dessa paciente depois você busca aí
crenças adaptativas também que essa paciente tenha eu baseado no que você falou aqui eu identifiquei alguns pontos fortes dessa paciente que você Talvez possa seguir investigando eh pelo seu relato ela me pareceu uma Mãe preocupada com o filho né ela quer foi inclusive foi uma das demandas que ela trouxe né na na na terapia com você eu quero ter mais tempo pro meu filho eu quero is isso MM um ponto forte eu acho que a gente poderia colocar aqui também como hipótes que ela é uma boa mãe né que ela é uma Mãe preocupada que
ela é uma mãe atenciosa né a esse filho e você também trouxe na sua fala a a preocupação dela com o trabalho né inclusive que ela trabalha no final de semana para dar conta de tudo etc então também a gente fazer tudo perfeito Uhum Então a gente pode trazer aqui também que ela é uma boa profissional né uma profissional responsável uma profissional cuidadosa então eh eu acho que esses aí são pontos positivos da paciente né até a própria questão do perfeccionismo dela que eu vou te explicar um pouco aqui que eu acho que é muito
importante a gente entender essa questão do perfeccionismo porque o perfeccionismo é algo que é muito mal compreendido inclusive por profissionais né o perfeccionismo Ele parece um defeito Chique né tipo assim ai é que eu sou muito perfeccionista Não perfeccionismo não é um defeito simples é um é um um defeito chique é um grande problema atrapalha né muito então eu vou te explicar um pouco aqui sobre isso mas assim até isso mostra o cuidado dela com o trabalho dela né o quanto ela quer fazer bemfeito o quanto ela quer né então a gente só precisa ajustar
isso que tá um pouco desajustado tá um pouco excessivo mas a gente trazendo isso para um padrão funcional isso aí sim é um ponto positivo dessa paciente tá então uhum eh esse seria o dia de conceitualização da sua paciente tudo bem Ju ótimo OK agora pode tirar o diagrama aqui da tela que a gente tem outras coisas aqui para para pensar sobre o caso dessa paciente a primeira coisa que a gente tem para pensar depois do diagrama da conceitualização dela é qual é o objetivo da terapia dessa paciente para onde a gente vai caminhar com
essa paciente em termos de tratamento ela te trouxe algumas demandas ela disse para você que ela quer emagrecer que ela quer encontrar maneiras de se relacionar com outras pessoas e ela quer realizar suas atividades de maneira mais leve para Que ela possa aproveitar melhor o tempo com o filho dela tá então anotei aqui as as demandas que ela te trouxe Essas são esses são objetivos bastante vagos e a a eu falei aqui se eu não me engano foi na aula um ou na aula dois eu falei que toda vez que o paciente traz pra gente
Uma demanda de terapia a gente precisa transformar isso em objetivos específicos mensuráveis atingíveis relevantes dentro de um tempo que é a estratégia Smart Smart do inglês inteligente né então o objetivo ele precisa ser específico mensurável atingível relevante e temporal ou seja precisa ter um tempo ali para ser cumprido Ok então vamos pegar os objetivos que essa paciente te trouxe pra gente entender primeira coisa que ela te trouxe Juliana eu vim procurar a terapia porque eu quero emagrecer Ok entendi is é um objetivo vago primeiro o que é emagrecer quantos quilos em quanto tempo como é
que você vai mudar a sua alimentação O que que você come hoje perfeito o que é que você pretende comer para perder peso você vai fazer isso com o nutricionista ou você vai ajustar a sua alimentação do jeito que você acha que deve essa meta de perda de peso que você tem sei lá você falou 8 kg né que ela diz que tá acima do peso é ela tá acima do peso is Ok essa meta de 8 kg é atingível é a gente só tem que ver em quanto tempo é possível perder 8 kg ou
digamos o paciente queria perder 30 kg 50 kg é possível é irreal em quanto tempo a gente vai conseguir isso então a gente precisa ajustar esse objetivo da paciente que é Quero emagrecer para objetivos específicos mensuráveis atingíveis vou te dar um exemplo Ju e aí Claro você vai fazer todas essas perguntas paraa sua paciente e aí ela vai te dar respostas mu coisa é depois eu posso te passar um Dock com tudo isso eh direitinho assim para te ajudar tá então vamos lá por exemplo a paciente vai dizer para você eu quero emagrecer e aí
você vai fazer essas perguntas paraa paciente e você vai chegar no seguinte objetivo eu quero perder 2 kg por mês para isso eu vou fazer quatro refeições por dia totalizando no máximo 1300 calorias por dia trocando alimentos industrializados e carboidratos refinados por frutas e verduras e aumentando a ingesta de proteínas e fibras para auxiliar na saciedade vou aumentar também o o volume de água diário que eu bebo muito pouca água hoje eu vou aumentar para 2,5 por dia você entende como tudo está definido aí de maneira muito clara objetiva o que ela tem que fazer
quanto tempo né então no caso 2 kg por mês ela quer perder 8 kg então seriam 2 4 6 4 meses tá eh então você tem aí tudo definido o que ela vai fazer como ela vai fazer quantas calorias ela vai consumir Quanto de água ela vai beber Então tá tudo mensurável Claro bem estabelecido de maneira objetiva né a o comportamento dela que ela tem que fazer para atingir está descrito aí dessa forma que eu eh estabeleci o objetivo Ok já direciona até direciona até as intervenções né que eu vou ter com ela porque né
as coisas especificadas ótimas examente Exatamente é para isso que serve a gente especificar os objetivos dessa maneira porque Dire examente mem pensado isso direciona as nossas intervenções segundo ponto que ela te trouxe eu quero encontrar maneiras de me relacionar com as pessoas e realizar atividades de maneira mais leve aqui Inclusive a gente poderia até a gente poderia não o ideal seria dividir em dois objetivos diferentes mas vamos lá o que que significa para essa paciente se relacionar melhor com as pessoas ela está se referindo a um relacionamento afetivo amoroso de amizade O que é possível
fazer do ponto de vista comportamental de forma mensurável pra gente atingir esse objetivo Então vou te dar novamente outro exemplo de como a gente poderia transformar essa esse objetivo vago da paciente num objetivo mais específico eu preciso sair mais para conhecer mais pessoas para arranjar um namorado por exemplo uhum para isso eu vou todo sábado à noite deixar meu filho na casa da minha mãe por exemplo não sei se essa é a realidade da seu paciente tá eu tô agora eu tô inventando mesmo e eu vou todo sábado deixar o meu filho na casa da
minha mãe ou dois sábados por mês eu vou deixar o meu filho na casa da minha mãe ou três enfim aí ela vai ajustar pra realidade dela vou deixar meu filho na casa da minha mãe e vou sair para um barzinho para uma balada é balada ainda que fala não sei mais como é que fala tantos anos que eu não vou uma balada paquer não sei mas enfim eu vou para algum ambiente que tenha paquera que eu não se mais qual é o ambiente que tem paquera Além disso eu vou também retomar o contato com
meus antigos amigos que eu perdi o contato e vou conhecer os novos amigos deles que eu não conheço ainda ampliando assim o meu leque de possibilidades de conhecer pessoas interessantes e eu também vou pedir para as minhas amigas me apresentarem amigos solteiros delas que elas tenham que elas conheçam Ok então a gente tem aí sensacional um objetivo de uma maneira clara específica mensurável no e atingível né Eu não tô dizendo eu vou para a Sibéria conhecer um cara lá isso não é atingível isso né não tá dentro dos valores dela não tem nada a ver
com nada então a gente vai sempre eh buscar objetivos ali que tenham Óbvio a ver com os valores do paciente com o que ela quer com que ela quer atingir mas trazendo isso h para algo específico mensurável algo que a gente consiga fazer com que a paciente tenha um passo a passo e esse isso que eu tô trazendo aqui é só o geral a gente ainda vai pode e vai destrinchar isso em vários Passos menores com a paciente para auxiliar ela a p isso em prática tá isso é só um Panorama geral Men da mesma
forma o que é que significa realizar atividades de maneira mais leve é fazer sem procrastinar por exemplo que ela procrastina muito é fazer sem se preocupar tanto né com com a perfeição ali é organizar melhor a agenda para não se sentir tão sobrecarregada Então você vai entender o que que isso significa pra sua paciente tá Outro ponto que ela traz aproveitar melhor o tempo com o filho o que que isso significa é ter mais tempo de qualidade ou é aumentar o tempo mesmo que ela disponibiliza hoje para estar com ele o que é possível fazer
para atingir isso então por exemplo eu preciso organizar a agenda de segunda a sexta para cumprir todas as minhas atividades de trabalho e não precisar trabalhar no fim de semana para que no fim de semana eu consiga estar integralmente com meu filho por exemplo tá E aí como é que a gente vai organizar essa agenda de trabalho segunda eu vou fazer atividade x y z terça eu vou fazer e aí a gente vai auxiliando essa paciente a organizar tudo isso tá bom tudo bem até aqui Ju Nossa excelente E aí vi até uma coisa na
minha cabeça que é o seguinte eu fico tão às vezes e eh tensa e preocupada né em ter todas ali as as respostas e soluções né pro paciente quando só de te ouvir aqui nos últimos minutos eu fui me dando conta que na verdade o segredo está em saber fazer as perguntas corretas eu tenho que saber mais perguntar exatamente que solucionar né excelente nossa muito bom você tem que fazer você tem que fazer mais perguntas Aliás na TCC a gente faz muitas perguntas né na TCC a gente trabalha a gente trabalha com questionamento socrático então
assim a gente não traz respostas a gente faz perguntas para o paciente encontrar as próprias respostas desse jeito é muito o aprendizado é muito mais efetivo Tá sim e aí Ju na sequência eu queria trazer para você eh um pouco sobre o perfeccionismo que é uma das queixas da sua paciente né uma das questões que você identificou aí que essa cente tem E como eu falei o perfeccionismo ele é muito mal compreendido Então eu queria trazer um pouco aqui sobre o perfeccionismo para você entender e para te ajudar no trabalho com essa paciente Tá e
isso vai inclusive se você for anotando aí alguns pontos vai inclusive te ajudar muito na psicoeducação dessa paciente também tá bom para explicar para ela né isso isso então o perfeccionismo é um termo que vem do latim perf que significa uma vontade de atingir a perfeição ou uma tendência para exigir a perfeição tanto de si mesmo e muitas vezes dos outros também né e no dicionário perfeccionismo é definido como a disposição para considerar qualquer coisa a quem da da perfeição como aceitável ou seja só a perfeição é aceitável tá e a a o perfeccionismo ele
também pode ser definido como ausência de falha ou um de precisão e excelência que no final das contas é inatingível e o perfeccionismo ele também pode ser definido de uma maneira mais técnica como um traço e a gente vai ver aqui que é um traço de personalidade caracterizado por essa busca da perfeição de maneira excessiva eh não por acaso o perfeccionismo ele tá bastante ligado por exemplo em termos de transtorno ao toque não é o caso da sua paciente específic tá ligado a outros transtornos também mas o perfeccionismo ele tem aí uma uma relação com
o transtorno obsessivo compulsivo e o perfeccionismo também é uma tendência a se obstinar a fazer as coisas com perfeição e muitas vezes nem conseguir fazer coisa nenhuma porque eu quero fazer tão bem tão perfeito que eu nem faço ex e essa obsessão pela perfeição por essa fazer tudo de maneira Impecável de uma forma exagerada por esse excessivo atualmente a gente tem muitas pesquisas sobre o tema e essas pesquisas elas evoluíram para uma visão de perfeccionismo que hoje a gente considera o perfeccionismo aquilo que a gente chama uma característica de personalidade multidimensional ou seja tem muitas
dimensões aí que a gente pode eh avaliar dentro do perfeccionismo inicialmente historicamente dentro da TCC eh o perfeccionismo era considerado uma distorção cognitiva então lembra que eu falei no início da aula que a gente tem os pensamentos automáticos esses pensamentos automáticos eles podem ser negativos disfuncionais e certos tipos de pensamentos automáticos eles acabam se enquadrando ali naquilo que a gente chama de distorções cognitivas que são padrões de pensamentos então inicialmente o perfeccionismo ele era definido como uma distorção cognitiva esse padrão de pensamento né que é a necessidade de alcançar padrões in atingíveis de perfeição eh
e uma constante luta para viver de acordo com alguma representação interna ou externa de perfeição sem examinar evidências de razoabilidade dessas normas Então o que é que se fazia antigamente lá historicamente na década de 80 90 na TCC a gente tentava reestruturar esse pensamento perfeccionista digamos assim a gente tentava pegar isso e dizer tá vamos avaliar aqui as evidências que a gente tem que confirma o seu pensamento as evidências que a gente tem que não confirmam o seu pensamento e agora vamos tentar chegar num pensamento mais adaptativo mas aí com o tempo foi-se fazendo estudos
e foi-se vendo que isso não não não trazia resultados o paciente ele até entendia ali mas eh ele não não conseguia assimilar aquilo então o o conceito de perfeccionismo ele foi evoluindo aí ao longo dos anos e dos estudos e hoje é visto como eu falei como característica de personalidade multidimensional e não apenas como uma distorção cognitiva um tipo de pensamento é algo muito mais complexo quando a gente vai pro contexto Clínico Ah o perfeccionismo ele ele normalmente traz um prejuízo muito grande pra vida do paciente eh normalmente o perfeccionismo ele está associado a afetos
negativos né a emoções como ansiedade tristeza raiva culpa aint s depressivos a sintomas de ansiedade a baixa autoestima tudo aí que a sua paciente tem né tá identificando aí né sim exatamente quando a gente vê isso né na clínica a gente chama isso de perfeccionismo Clínico Por que que a gente chama isso de perfeccionismo Clínico porque perfeccionismo não é uma psicopatologia não é um transtorno Ok mas quando o perfeccionismo ele atinge níveis que começam a trazer prejuízo pra vida do paciente então ele se torna aquilo que o dsm inclusive chama né de algo que merece
atenção Clínica Ok é algo que a gente precisa eh prestar atenção quando o nosso paciente apresenta isso então Eh Existem várias coisas lá que estão descritas inclusive no dsm como as situações que merecem atenção Clínica tá inclusive o bullying né o bullying é uma coisa que não é transtorno obviamente mas é algo que merece atenção Clínica tá lá listado no dsm e o perfeccionismo Clínico também não é um transtorno mas é algo que merece essa atenção Clínica Ok então a gente chama isso de perfeccionismo Clínico quando um perfeccionismo atinge níveis que começam a causar sofrimento
então o perfeccionismo Clínico ele envolve componentes como alta expectativa acerca de si mesmo uma autocrítica muito elevada Independente de ter cometido erros ou não o paciente pode não ter errado nada mas ele tá ali se criticando normalmente o perfeccionismo Clínico tá muito associado a sintomas depressivos a sintomas de ansiedade e aí a gente já vai vendo aí o caso da sua paciente eh se delimitando Ok então essa forma que merece atenção Clínica né patológica bastante entre aspas aí mas no sentido de eh causa sofrimento pro meu paciente então eu preciso sim eh avaliar isso eh
o perfeccionismo Clínico ele está associado a uma probabilidade maior de o paciente desenvolver vários transtornos Ok sua paciente ainda não desenvolveu não né não fecha critérios ali para nenhum transtorno mas do ponto de vista estatístico a gente tem uma probabilidade aumentada então um paciente que tem perfeccionismo Clínico ele tem mais probabilidade de desenvolver quais transtornos já citei o toque o transtorno obsessivo compulsivo ah ansiedade social transtornos de ansiedade de maneira geral né ansiedade generalizada transtorno de pânico então assim sua paciente apresenta alguns sintomas né de ansiedade generalizada já teve alguns ataques de pânico bem esporádicos
ao longo da vida mas já teve né então são transtornos aí também transtornos alimentares estão bastante Associados eh com o perfeccionismo Clínico E aí algo que eu quero chamar a sua atenção Juliana que você falou que sua paciente tá um pouco acima do peso né 8 kg eh investigar como é essa alimentação dela tá se de repente não tem aí episódios de compulsão alimentar como é a alimentação pedir para essa paciente preencher um diário alimentar que é basicamente ela anotar tudo que ela come durante uma semana pra gente ter esse Panorama eh geral aí da
alimentação dela tá bom tá esse diar alimentar eh eu peço para ela anotar e ela manda ela compartilha na próxima sessão Como como que vocês podem decidir isso de maneira colaborativa eh tem paciente que prefere mandar ali na conversa do WhatsApp sabendo que você não precisa responder né Ele só tá mandando ali para ficar registrado você entrega para ela uma uma tabela também onde ela pode anotar na própria tabela eh eu já tive até paciente que assim tinha muita dificuldade de anotar então a gente combinou que ele ia tirar foto de tudo que ele comesse
então tudo que ele comesse ele ia tirar uma foto e mandar para mim a gente fez um grupo só nós dois só para isso então ele comia tirava foto antes de comer e mandava para esse grupo foto grupo foto grupo E aí na próxima sessão você pega ou tudo que ela anotou ou tudo que ela te mandou no WhatsApp ou todas as fotos que paciente mandou E aí você vai analisar junto com esse paciente tá dizer Ah aqui o que que aconteceu aqui qual foi a situação e tal enfim aí você vai vendo com ela
certo então eu deixo aí a sugestão para você investigar essa questão eh da alimentação da sua paciente porque o perfeccionismo ele tem uma correlação com transtornos alimentares também ok uhum e aí a gente chega em outro problema da sua paciente que também está ligado ao perfeccionismo Clínico que é o quê A gente tem vários estudos demonstrando que pacientes que TM perfeccionismo Clínico apresentam sintomas depressivos que sua paciente apresenta e também maior dificuldade de interação social maior grau de ansiedade comparado a pessoas que não tê perfeccionismo Clínico ou seja né talvez E aí novamente é uma
hipótese essa dificuldade da sua paciente de irem encontros amorosos também esteja relacionado a esse perfeccionismo dela no sentido de faz sentido Não sou boa como você falou mas até mais além não sou perfeita eu deveria ser perfeita e eu só vou no encontro quando eu estiver perfeita e esse momento nunca vai chegar né porque ela nunca vai se achar perfeita o suficiente ela sempre vai achar que ou precisa emagrecer ou o cabelo não tá bom ou ela não tem uma roupa adequada ou ela entende o que eu quero dizer então assim é uma outra hipótese
aqui que eu tô levantando também eh para você investigar porque isso tá muito associado ao perfeccionismo se eu tenho problemas comigo mesma com a minha imagem eu não acho que tá nunca tá bom o suficiente e eu sempre espero este momento perfeito onde eu vou est perfeita o momento vai est perfeito e tudo vai est perfeito então eu não vou nos eventos sociais seja de amigos seja de porque ela não tem saído né pelo que você falou assim ela não mesmo quando ela tá sem o filho em casa nos finais de semana que o filho
tá com com o ex-marido ela não sai tipo não sai herol não é dizer que ela só não sai com os paqueras né com os os os rapazes lá do aplicativo ela não sai não ela não tem saído Por isso a minha hipótese entende perfeito perfeito faz todo sentido e até quando ela veio com essa demanda de emagrecimento enfim e tudo mais ela falou porque aí quando eu perder todos esses kilos quando eu emagrecer aí eu vou me sentir melhor E aí eu vou conseguir sair e aí eu vou conseguir me relacionar mas aí a
gente por experiência Clínica e por pesquisas a gente já sabe o que vai acontecer caso ela perca esses 8 kg ela vai dizer ah mas agora eu não tenho roupa aí agora eu vou ter que comprar roupa para poder sair aí quando eu comprar roupa aí eu vou poder sair aí ela vai comprar roupa ela vai di Ah mas agora meu cabelo tá horrível tá um bagaço tá bizarro eu não posso sair assim agora eu vou ter que ajeitar o cabelo aí ela vai procrastinar as idas no cabeleleiro aí quando ela ajeitar o cabelo ela
vai dizer minha pele tá o caos eu preciso na dermato Agora tenho que botar um botox porque eu não tenho condição de me apresentar assim na rua eu emagreci caiu tudo tá horrível E aí quando ela ajeitar a pele ela vai dizer Juliana sabe qual o problema agora eu não vou sair porque como eu perdi peso o meu peito tá horrível eu como é que eu vou no encontro vai que o encontro evolui E aí eu eu tenho que botar silicone primeiro então assim a gente sabe o caminho né Então na verdade não é resolver
entre aspas esse problema é resolver a base do problema que é o perf CL e entenda resolver a base do problema não impede que ela também emagreça que ela também rume o cabelo que ela também compre não impede agora é é o que eu sempre digo pros pacientes né a gente vai fazendo apesar de hum perfeito ap apesar de então assim Apesar de eu não estar no meu peso ideal eu vou sair com os meus amigos apesar de eu não me sentir bem com as minhas roupas eu vou sair apesar de meu cabelo estar horrível
eu vou sair então a gente vai fazendo apesar de né a gente nunca vai ter a situação perfeita ideal Então a gente vai fazendo o que dá Nas condições que a gente tem enquanto a gente não tem condições melhores para fazer melhor ainda melhor perfeito então um outro ponto que o perfeccionismo traz Ju que também tá muito relacionado às questões da sua paciente é quanto às questões de trabalho de tarefas né de eh eh eh enfim tarefas mesmo que a pessoa tem para para entregar então a pessoas com perfeccionismo Clínico elas executam essas tarefas que
elas assumem que elas são responsáveis não Apenas tentando fazer o melhor possível porque isso todos nós fazemos mas ela quer fazer melhor do que ela própria já fez antes e que do que todo mundo já fez então exatamente para essas pessoas o o esforço que essa pessoa faz eh no final das contas nunca é suficiente pelo menos não para ela mesma né outras pessoas até podem olhar o trabalho e podem dizer Nossa tá incrível tá perfeito mas para ela nunca tá perfeito então parece sempre que para essas pessoas pela autoavaliação delas elas deveriam fazer melhor
e elas sempre encontram erro então essa procura que a sua paciente tem por um nível mais alto de desempenho por sempre fazer melhor isso reduz muito a possibilidade desses pacientes se sentirem bem com eles mesmos Sabe aquele tapinha nas costas que a gente dá quando a gente faz um bom trabalho a gente diz Poxa agora foi pô foi muito bom isso aqui que eu fiz não existe isso para essas pessoas E aí muitas vezes o que acontece é que o paciente ele tem uma dificuldade de concluir as tarefas porque ele fica procrastinando porque ele ele
se impõe regras ali que do mesmo jeito que ele não sai porque ele ainda não tem as condições perfeitas para sair é peso é roupa é cabelo é pele é é tudo do mesmo jeito também não eu eu vou fazer o relatório mas para fazer o relatório primeiro eu preciso ler esse texto aqui que vai embasar o meu relatório Ok Termina de ler o texto não agora eu preciso ler outro texto porque eu achei que esse texto não me deu embasamento suficiente aí mas agora na verdade o que eu acho que eu preciso mesmo é
de fazer um curso eu vou procurar aqui na internet um curso online que me dê esse embasamento que eu procuro E aí a pessoa ela vai procrastinando essa tarefa muitas vezes até o último minuto ou em alguns casos até tem pacientes mesmo que acho que não é o caso da sua paciente mas em alguns casos O paciente até ele não consegue cumprir a tarefa Então os pacientes eh com perfeccionismo Clínico eles têm um medo muito grande do fracasso e o medo leva a esse comportamento de evitação de ficar cinando de ficar fazendo outras coisas que
muitas vezes está relacion coisas que estão relacionadas à tarefa não é dizer que a pessoa ela não faz o relatório e ela vai sentar na frente da televisão para assistir série não é isso é não é isso as pessoas pensam que é isso né não é isso ela faz muitas coisas relacionadas aquilo ali mas para ela nunca tá bom o suficiente para ela iniciar a tarefa por quê Porque no fundo no fundo o que acontece é o seguinte ela acredita que se ela começar a tarefa olha olha a regra aí olha a crença intermediária se
ela começar a tarefa então ela vai ela vai falhar ela vai fracassar e o medo do fracasso para esses pacientes fracassar para esses pacientes é a pior das situações que pode existir na face da terraa descreveu a paciente inteira É isso que eu ia dizer eu acho que isso muito respeito à sua paciente né porque ela tem muito medo do fracasso até Em relacionamentos e daí ela procrastino as coisas né ela estabelece esses padrões rígidos muito altos e se ela vai fazer alguma coisa então ela acha que ela vai fracassar e daí ela não faz
aquela coisa OK então pessoas com perfeccionismo Clínico elas definem seus próprios padrões de maneira irrealista muito alto são padrões muito rígidos e interpreta os acontecimentos da vida de uma maneira distorcida e a gente vai ajudar o paciente Claro a melhorar tudo isso tá eh existe também consenso na literatura nas pesquisas científicas de que pessoas com perfeccionismo eles tem um como se fosse assim um um um olhar mais direcionado PR as falhas então mais do que outras pessoas do que eu e você por exemplo dar um exemplo bom aqui eu gaguejo 200 vezes durante uma aula
eu tô aqui já 2 horas 1 Minuto né dando aula e Se alguém quiser fazer bullying comigo vai poder contar quantas vezes eu gaguejo quantas vezes eu troco sílabas falo palavras erradas sei lá erro no plural coisas do tipo mas eu sigo a aula porque enfim tô aqui há Du horas falando não errar nenhuma palavra não gaguejar nenhuma vez não engolir um s ou errar um plural eu diria que é quase impossível né porque meu padrão não é tão alto assim eu até sou exigente mas eu né sou condescendente comigo mesma mas talvez um paciente
perfeccionista ele tivesse até dificuldade de continuar a aula porque ele ia ficar pensando Nossa mas eu falei errado aquela palavra como que eu errei aquela palavra né então assim ele tem uma atenção muito voltada para essas falhas e ele t a Minimizar os seus sucessos as suas conquistas então é um paciente que vai ter esse desequilíbrio aí que a gente também vai precisar ajudar a equilibrar né a gente e e o pior né Eh os pacientes que TM esse perfeccionismo elevado eles pensam o seguinte tá você tá me dizendo que eu preciso olhar mais pras
coisas que eu faço bem e olhar menos para os meus erros tudo bem mas se eu fizer isso eu vou errar mais é igual o paciente com tag sabe o paciente com tag o paciente muito ansioso com ansiedade generalizada ele diz assim mas como que eu não vou me preocupar né o Ponto Central do tag é a preocupação generalizada E aí você diz pro paciente não vamos equilibrar isso né diminuir as preocupações ter preocupações produtivas etc ele disz como que eu não vou me preocupar eu vou ser um vagabundo eu vou ser uma pessoa que
faz nada da vida pessoa que fica lá deitada na praia tomando água de coco sem fazer nada como assim me preocupar menos mas se eu não me preocupar menos catástrofes vão acontecer porque eu me preocupando hoje as coisas já dão errad Imagine se eu não me preocupar né então no tag o paciente ele acredita que as preocupações dele são necessárias para evitar problemas futuros no perfeccionismo o paciente acredita que olhar o tempo todo para os erros e para as falhas é a forma de errar menos e de corrigir esses erros e essas falhas Então isso
é uma distorção cognitiva que a gente também vai precisar ajustar nessas nesses pacientes e na sua paciente também você consegue identificar aí vários pontos né jud da fala da sua paciente fica claro para você Nossa T você descreveu ela Inclusive eu notei várias várias coisa aqui porque acho que apresentar isso para ela também vai ser muito esclarecedor né dela entender de fato Olha tem razão de ser isso daqui olha só o que tá por trás Olha só né os processos enfim excelente então fe todo sentido todo sentido Clareou muito já eu eu gosto demais desse
tema assim é um tema Fantástico inclusive perfeccionismo clínico é o tema da Minha tese de doutorado né então assim é é um tema que realmente eu eu gosto muito me dediquei eh muitos anos a estudar então que bom que que te ajudou aí né Inclusive tem uma definição acho que de to existem muitas definições de perfeccionismo na literatura né mas tem uma que eu acho fantástica assim que diz que perfeccionismo é aend ência a acreditar que há uma solução perfeita para todos os problemas e que fazendo algo perfeitamente isso não só é possível como também
é necessário né e que até mesmo pequenos erros vão ter consequências muito graves portanto eu não posso errar de maneira nenhuma n então eh eu acho que é isso aí que a gente precisa dar foco com a sua paciente e ah reestruturar com ela tudo bem perfeito não ótimo excelente CL muito já muito Pronto agora a gente vai falar sobre o tratamento da sua paciente vou te dar algumas algum Norte aqui algumas considerações eu te mostrei primeiro a conceitualização de caso clássica né que a gente usa bastante na TCC que é a conceitualização da judit
beack Acredito até que você já conhecia esse esse modelo já já uhum ótimo mas agora eu quero te mostrar um outro modelo de conceitualização que talvez você não conheça mas eu acho que é ideal para sua sua paciente e talvez você possa compartilhar com a sua paciente o da judit porque é mais fácil né é mais simples para para paciente entender mas para você para você você pode ter esse outro modelo aqui porque o tratamento que eu vou sugerir paraa sua paciente Ju é um tratamento de um modelo transdiagnóstico Por que eu acho que esse
tratamento vai ser bom pra sua paciente porque esse é um tratamento que serve para vários casos Mas enfim ele é bastante útil tanto para aqu pacientes que tem vários diagnósticos E aí a gente não vai ficar aplicando cada um dos protocolos vai aplicar cinco protocolos seis protocolos como também serve para pacientes como é o caso da sua que não tem nenhum diagnóstico fechado mas tem aquilo que a gente chama de processos desadaptativos eu expliquei isso com detalhes na aula de ontem tá mas por exemplo perfeccionismo é um processo desadaptativo O que que significa processos desadaptativos
Resumindo aqui mas se você perdeu por favor assista a aula de ontem processo desadaptativo é aquilo que tá por trás dos sintomas Então qual é o sintoma que a sua paciente apresenta sintomas depressivos e sintomas ansiosos correto mas tem algo por trás disso O que está por trás disso são os processos desadaptativos no caso dela especificamente o perfeccionismo Então esse tratamento que eu vou sugerir aqui paraa sua paciente é justamente um tratamento que vai eh tratar digamos assim um tratamento que vai tratar é péssimo né mas assim um tratamento que vai abordar Mas é isso
um tratamento que vai abordar esses processos desadaptativos Tá bom então eh eu acho que vai ser um tratamento eh muito muito bom pra sua paciente eu vou pedir de novo pra gente compartilhar aqui a tela para trazer este outro modelo h de conceitualização tá então vou novamente aqui são hipóteses também tá bom então isso não significa que tudo que eu vou trazer aqui como hipóteses necessariamente é o que a sua paciente apresenta ou ela vai eh eh confirmar ou não essas coisas com você tá bom então Quais são os problemas que a sua paciente apresenta
aí né Ela traz a questão da tristeza da desmotivação eh dos sintomas de ansiedade procrastinação perfeccionismo que a gente Já identificou aqui procrastinação e perfeccionismo são eh eh eh eh como é que fala depois de Du horas de aula as coisas vão fugindo processos desadaptativos né procrastinação e perfeccionismo ela também traz a questão do excesso de peso a questão da dificuldade dos relacionamentos amorosos e a baixa autoestima que tá permeando tudo isso aí tá então eh Além disso s o paciente tem vários problemas assim né que a gente Pode listar Além disso também como problemas
apresentados eu ainda traria a questão da dificuldade que ela tem de finalizar os trabalhos né E por exemplo precisar usar os finais de semana para terminar trabalhos que ela não conseguiu fazer durante a semana isso Óbvio está intimamente ligado ao perfeccionismo dela e a questão da procrastinação Ok faz sentido essa primeira parte de problemas apresentados sim são exat ente esses que ela trouxe pelo menos até hoje maravilha aí emoções fortes e desconfortáveis o que que a gente tem ansiedade medo tristeza mas alguma que você acha aí que ela não ela passa a maior parte do
tempo ansioso E aí o Né o medo tá relacionado alimenta essa né essa ansiedade e a tristeza vem como consequência assim mas não não consigo pensar outra emoção n uhum tá ok aí a gente tem no outro quadradinho reações aversivas né O que que eu levantaria aí como hipóteses eh para essas reações aversivas eh da sua paciente por exemplo não consigo terminar nenhuma tarefa Quando estou estressada no trabalho né E aí ela vai lá e não faz a tarefa deixa para outro dia procrastina etc outra reação que a sua paciente tem eh eu não deveria
me sentir mal porque na verdade é culpa minha por exemplo eu não ter um namorado né é culpa minha eu não ser perfeita eu não ser interessante pras pessoas eu não ser boa o suficiente isso é culpa minha então eu não deveria ficar triste por eu estar sozinha em casa sábado à noite porque é culpa minha no final das contas e aí são questões que você vai validar com sua paciente tá sim claro e aí o que é que a sua paciente faz como estratégias de evitação ela não sai de casa né ela evita sair
de casa evita e eh sábado à noite que ela tá sem o filho sair encontrar pessoas evita comparecer aos Encontros com os homens do aplicativo Essas são evitações mais comportamentais que ela faz a gente tem também evitações cognitivas então por exemplo ela busca distrações e não faz o trabalho deixa tudo para fazer no final de semana na última hora ela fica ali ruminando pensamentos né talvez pensamentos de culpa pensamentos de que ela deveria fazer melhor deveria fazer mais bem feito né ela procrastina portanto as tarefas no trabalho né ela acaba de certa maneira assim na
minha visão E aí você me corrija se eu tiver errado acaba gerando um certo isolamento nessa paciente né que ela ela não sai não encontra pessoas eh não se relaciona isso acaba piorando a a a autoestima dela o senso uh de como ela ela se percebe faz com que ela se sinta pior ainda consigo mesma né E isso claro é aquele mecanismo que eu mostrei nas crenças intermediárias né Se ela desmarca o encontro aparentemente é bom porque a ansiedade diminui mas no Médio prazo ela não se expõe a nenhuma situação que pudesse indicar o contrário
que ela é desejável que ela é boa que ela é interessante ex então cada cada vez mais ela vai confirmando essa ideia de que ela não é boa de que ela não é desejada de que ela não é interessante e isso vai essas estratégias de evitação São disfuncionais Porque vão cada vez mais confirmando a crença disfuncional dela eh de que ela não é boa tá E aí como foco né do tratamento como como plano de tratamento aí eu vou sugerir então que você aplique nessa paciente os módulos do protocolo Unificado de tratamento eu expliquei detalhadamente
esse protocolo de tratamento na aula de ontem então também se você perdeu Ah você volte lá e refaça tá perfeito Ju a minha sugestão para você com essa paciente esse esse tratamento como eu expliquei ontem ele tem oito módulos e você não é obrigada a aplicar todos os módulos Tá bom você pode pular alguns caso eh você vai adequando ali para o caso da sua paciente mas eu sugeriria para você que nesta paciente especificamente você aplicasse os oito módulos tá começar se estabelecendo os objetivos da forma que eu te ensinei aqui pela técnica Smart e
aumentando a motivação dela paraa terapia depois eh fazendo psicoeducação ali com ela né para ela entender as emoções dela entender os pensamentos eu vou te explicar isso na aula de amanhã amanhã a paciente da Juliana vai est aqui né a paciente fique da vai est aqui fazendo R Play comigo e eu vou justamente te ensinar aqui na prática como é que a gente faz isso com o paciente como é que a gente ensina pro paciente sobre pensamento sobre emoções sobre comportamentos explicando pro paciente ali como é que esse mecanismo funciona na cabeça dele tá então
eu sugiro para você também Ju que assista a aula de amanhã para você e ver a demonstração de como é que eu t vou fazer e replicar isso na sua paciente tá aí depois a gente vai aumentar a consciência né dessa paciente para as emoções voltadas para o presente então eu acho que esse módulo é importantíssimo para sua paciente porque pacientes perfeccionistas eles ficam muito focados nos erros do passado naquilo que Eles erraram naquilo que não deu certo sim com isso aument cominando isso aumenta a culpa então assim focar no presente no que eu posso
fazer agora isso vai ajudar muito sua paciente o Próximo módulo é flexibilidade cognitiva nem preciso dizer que sua paciente precisa demais disso né sua paciente ela tem uma rigidez ali ela ela tem regras rígidas né ela tem e é uma forma de pensar ali que a gente precisa flexibilizar tá então a gente vai fazer isso através eh de reestruturação dos pensamentos e das crenças dela Eh aí depois a gente tem um outro módulo que é o enfrentamento de comportamentos emocionais né então a gente vai entender ali como é que é essa paciente eh se comporta
e de maneira disfuncional por exemplo em relação a evitar ir para os encontros eh evitar sei lá uma festa no trabalho e a gente vai né mapear isso e fazer com que gradativamente ela vá enfrentando isso o Próximo módulo ela precisa demais porque ela já teve alguns ataques de pânico e a gente precisa prevenir que esses ataques de pânico piorem que é a compreensão e confrontação de sensações físicas então eu expliquei ontem como é que faz a gente vai expor o paciente ali a a a as Sensações da ansiedade né então coração acelerado ah sudores
tremor nas mãos suor nas mãos eh Enfim tudo isso aí que a gente vai e fazendo exposição interoceptiva com o paciente para que ele e consiga se dessensibilizar dessas Sensações físicas e e não entre em Pânico não tem ataques de pânico tá eh depois a gente vai expor fazer uma exposição às emoções que no caso a gente vai expor a sua paciente à situações que ela evita então por exemplo Talvez para essa paciente é seja mais fácil por exemplo você vai criar uma hierarquia com ela mas talvez seja mais fácil para ela primeiro sair com
amigos do que sair com um paquera por exemplo sair com um cara que ela conheceu no aplicativo por exemplo Então a gente vai dessensibilizando ela aos poucos né Primeiro vai vai com uma amiga tomar um café uma coisa bem tranquila Depois marca com amiga sei lá para ir pro cinema Depois marca com amiga para ir pro barzinho aí pra balada vai se aproximando mais e da da do objetivo final dela que é conhecer pessoas ali para namorar né e num café num cinema dificilmente quer dizer não sei como é que as coisas estão hoje né
mas é talvez não seja o lugar ideal para conhecer pessoas o melhor lugar né é e o último módulo que é o fechamento do tratamento é o reconhecimento das conquistas e prevenção de Recaídas Quando você vai esp passando as consultas com a paciente de semanal para quinzenal de quinzenal para mensal vai esp passando até dar alta para ela tudo bem aí com esse plano de tratamento Ju se você tiver qualquer dúvida assiste a aula de ontem que eu expliquei tudo mas também ex num num outro momento que a gente se encontrar também você pode pode
tirar dúvidas em relação a isso pode tirar compartilhamento da tela não excelente porque como eu te falei no começo eu tava perdida Tem várias coisas mas não é nenhum transtorno aí não tem protocolo para aplicar o que que eu eu não conhecia esse que você trouxe enfim e eh mas os que eu conhecia não tinha Nossa mas ajudou demais demais demais eu fico muito feliz você ainda tem alguma dúvida Ju alguma coisa que você queira me perguntar pra gente finalizar então tem tem umas coisinhas assim a linda pensando na própria e eh conceitualização lá da
da Judite que acaba sendo a mais né a mais comum talvez pelo menos até onde eu conheço que é o seguinte eh eu tenho que fazer eh uma conceitualização para cada objetivo de de tratamento ali do paciente pensando ali nas metas por exemplo ten que fazer uma conceitualização para cada meta assim isso fica a seu critério tá você pode fazer uma conceitualização para cada objetivo e fazer várias conceitualizações ou você pode fazer uma só como eu falei a conceitualização ela não é algo que você vai fazer uma vez você vai colocar na gaveta e você
vai esquecer que aquilo existe não é algo que você vai est o tempo todo ali eh trabalhando né e e e eh discutindo com o seu paciente então é algo que vai sendo construído então você pode começar com um diagrama de conceituação de conceitualização é do que aquela paciente tá trazendo naquele momento e depois à medida em que vocês forem avançando no tratamento também esse modelo essa essa conceitualização ela vai se adequando ali ao momento do tratamento as situações que o paciente tá vivendo Então não é algo que tipo assim ah eu vou fazer hoje
eu vou botar na gaveta e acabou tá feito pronto dei cheque nessa tarefa enfim a judit Beck inclusive nas aulas dela né que eu fui aluna dela e nas aulas dela ela enfatiza muito isso uma sessão que você não faz conceitualização que você não mostra essa conceitualização pro paciente que você não utiliza a conceitualização de nenhum modo naquela sessão é uma sessão perdida é uma sessão que tipo assim você não fazz nada né a Judite ela tem uma uma uma ideia né bastante assim e po dizer rígida não mas ela tem uma ideia bastante forte
eu diria né sobre o uso da conceitualização na PR clínica então ela diz que se você não utiliza a conceitualização todo dia de algum modo na sua sessão seja para falar sobre pensamentos para falar sobre regras para falar sobre crianças nucleares aquela sessão no final das contas não serviu para nada ok que mais de dúvidas que você tem eh eu eu posso apresentar eu acho que sim né pelo que você já falou mas só para confirmar e logo ali no começo do do tratamento eu ainda não tenho todas as informações do do paciente mas mesmo
assim mesmo que ainda esteja em construção eu posso compartilhar com esse paciente não precisa esperar completar o quadro enfim inclusive você vai ver na aula de amanhã que eu só vou eu só vou compartilhar uma parte com essa paciente né eu eu eu começo explicando pra paciente o primeiro nível pensamentos emoções comportamentos não adianta eu entupir a paciente de e e e e informações informação ela não vai pegar ela não vai entender ela vai esquecer ela vai ficar confusa vai ser muita coisa então é muito melhor até eu já identifiquei O que que a gente
identifica primeiro pensamentos automáticos é o mais fácil da gente identificar é aquilo que o paciente Ele tá te trazendo o tempo todo o tempo todo o paciente tá trazendo pensamentos automáticos Então isso é o mais fácil de identificar eu já consegui identificar os pensamentos automáticos da Minha paciente ótimo eu já vou explicar para ela aquela parte ali do modelo E aí se ela me disser tá mas essas outras coisas que tem que não fica tranquila a gente vai chegar lá né mais paraa frente a gente vai a gente vai voltar muitas vezes aqui nesse nesse
modelo então fica tranquila que a gente a gente vai chegar nessas outras partes mas por enquanto vamos focar só nessa parte de baixo aqui tá então você pode fazer isso não há nenhum problema na medida em que o tratamento for avançando aí você vai integrando as outras partes do modelo até chegar num momento em que todo do modelo vai est explicado vai est psicoeducar para aquela paciente e o ideal ideal ideal né assim o o o o o cenário final o cenário ideal é quando a paciente ela começa a falar dela própria dentro da conceitualização
por exemplo eh Fernanda essa semana Aconteceu uma situação que eu lembrei daquele diagrama que a gente sempre vê aqui porque foi o seguinte a a situação que aconteceu foi x y z aí eu tive um pensamento assim e esse pensamento é ativou minha crença nuclear de incapacidade E aí na hora eu ia fazer um comportamento de segurança eu ia seguir eu ia seguir a minha crença intermediária né que se eu fizesse tal coisa então tal coisa aconteceria mas aí eu me lembrei né do que você já me explicou aqui que quando eu sigo esse comportamento
ao invés de eu me proteger de o que eu tenho medo que é a minha crença nuclear eu acabo caindo nessa crença nuclear então aí o que foi que eu fiz essa semana Fernanda lembrei de você e fiz sabe o quê fui lá e fiz fui lá e encarei Então esse é o cenário ideal é é é isso que a gente quer atingir por quê Porque o objetivo principal da TCC é transformar o paciente no seu próprio terapeuta se eu que sou terapeuta Qual é a coisa mais importante que eu falei aqui hoje que nenhum
terapeuta que trabalha é com abordagens baseadas em evidências não pode deixar de saber não pode não fazer formulação de caso conceitualização cognitiva então se eu que sou terapeuta isso é muito importante para mim se o meu paciente vai se tornar o próprio terapeuta dele isso também é muito importante para ele então ele precisa usar a linguagem da conceitualização deste modo aqui que eu dei de exemplo é algo muito natural para ele falar que a crença interm di área dele a regra dele né era tal coisa Aí o comportamento dele ia ser esse mas ele entendeu
que isso era um comportamento de segurança né E aí isso ia ativar mais ainda a crença nuclear dele essa linguagem tem que ser natural para o seu paciente é isso que você tem que buscar no seu paciente tá bom perfeito excelente Nossa muito obrigada muito muito T saindo cheia de anotações com cabeça fervendo e mas cí com direcionamento para né para ajudar melhor essa Minha paciente Muitíssimo obrigada foi muito bom muito bom mesmo obrig ah Maravilha Ju eu fico muito feliz tá de ter te ajudado eu fico muito contente aí de ter clareado as informações
e dessa paciente na sua cabeça e espero que você consiga colocar tudo em prática aí mas se tiver mais qualquer dúvida também eu tô aqui à disposição Tá bom obrigada muito obrigada Fernando Obrigada Ju Palmas pra Juliana Obrigada Ju beijo boa noite bom descanso e nós seguimos aqui né meus amores eu espero muito de coração que vocês tenham gostado do nosso primeiro role Play Lembrando que esse foi só o primeiro tá são 10:30 da noite estamos aqui 2:30 de aula de novo Eh o Esse foi o nosso primeiro role Play que foi sobre psicoeducação ah
amanhã não desculpa hoje a gente teve o role Play sobre eu já tô atrapalhando as ideias aqui hoje a gente teve o role Play Sobre conceitualização amanhã a gente vai ter o o role Play sobre psicoeducação e sábado a gente vai ter o nosso terceiro role Play sobre plano de tratamento tá então hoje foi sobre conceitualização amanhã sobre psicoeducação e sábado sobre plano de tratamento tá amanhã e sábado a gente vai ter uma psicóloga aqui fazendo o papel de paciente Ok então ela vai est aqui como uma atriz fazendo o papel da paciente desse caso
que a gente viu aqui hoje a gente vai seguir nesse caso porque eu acho que fica mais didático assim do que cada dia a gente fazer com um caso diferente eu acho que assim a gente constrói todo um raciocínio Clínico eu penso que dessa forma eu consigo ajudar mais vocês ok eu sei que a gente já teve bastante conteúdo na nossa semana até agora né a gente já teve três aulas teóricas aí bem densas a gente teve hoje essa aula que também teve uma parte teórica mas também H uma parte prática então eu quero quero
lembrar a vocês que vocês podem e devem reassistir todas as aulas eu tô sempre aqui lembrando o que eu já falei em outras aulas né remetendo vocês a aulas anteriores é importante que vocês revejam para fixar todo este conteúdo Lembrando que no encerramento do nosso evento todas as aulas vão sair do ar e meu próximo evento gratuito de PBS só daqui um ano adicionalmente Quem ficou com qualquer dúvida sobre a aula de hoje sobre o role Play de hoje lembrem que amanhã eu vou responder as perguntas de vocês lá nas caixinhas do meu Instagram então
não deixe de entrar no grupo do WhatsApp O link tá aqui na descrição deste vídeo você vai receber um código um Emoji para ter prioridade nas respostas amanhã no meu Instagram ok e agora vamos pra nossa competição vamos descobrir quem são os ganhadores de hoje do nosso kit especial 5 anos primeiro a gente vai ter uma competição e depois eu vou falar do sorteio então se você quer participar Se você quer ter a chance aí de ganhar cinco livros e mais alguns presentes a hora é agora primeiro eu vou falar né dessa competição que nesse
especial nosso aqui 5 anos tá sendo um quiz em tempo real Então a gente vai acompanhar juntos aqui até o resultado final esse Quiz ele vai ser feito pela plataforma Caru e nesta plataforma ela só permite 2000 participantes ao mesmo tempo então a a gente vai colocar aqui um QR Code na tela e como é que fala gente o pensamento já tá assim ó embaralhando coise negócio sei lá faça aí o que não sei o que é não coisa QR Code aí que aí você vai participar certo se já tô mais pensando não gente porque
entenda e uma coisa você dá aula outra coisa é você dá aula pensando no caso de um paciente então assim realmente o pensamento ele já começa a a falhar né porque é uma coisa que exige muito mais do nosso pensamento enfim se você estiver me assistindo pelo celular eh quando você entrar no Caru o seu aplicativo do YouTube vai ser minimizado não saia do Caru Ok se você sair do Caru você vai ser eliminado como é que vai funcionar os passos estão aí na tela primeiro scanear o que é ah escanear e a palavra que
me fugiu tá vendo scanear o QR Code com o seu celular acessar o link do Caru que vai ser enviado também aqui no chat do YouTube na segunda etapa você vai inserir o seu e-mail cadastrado que você eh cadastrou aqui na nossa semana da pbe E aí você vai colocar os cinco primeiros dígitos do seu CPF e oos seu apelido o apelido que você quiser depois é só aguardar o nosso Quiz começar vocês vão ter aproximadamente 30 segundos para responder cada pergunta e quanto mais rápido você responder e acertar mais pontos você vai ganhar temos
cinco perguntas no total as perguntas vão aparecer na sua tela e só tem uma alternativa correta para cada pergunta tudo pronto vamos lá qu code na tela todo mundo escaneando o QR Code pra gente começar a competição Então vamos lá E aí todo mundo entrando aí escaneando o QR Code a gente vai começar hein vamos lá vamos iniciar Então vamos começar nosso quiz de hoje e a primeira pergunta em relação à conceitualização de caso podemos afirmar que gente Dessa vez eu nem tô lendo as as respostas porque eu tenho TDH eu fico tão nervosa com
essas coisas que eu leio as respostas leio tudo errado eu acho que eu atrapalho mais vocês do que ajudo então eu tô lendo só a pergunta mesmo que eu fico muito nervosa em relação à conceitualização de caso podemos afirmar que todo mundo respondendo e vamos lá ver quem é que ficou aí no ranking olha temos um menino hoje na frente João Será que teremos aqui hoje um primeiro ganhador leia as alternativas abaixo sobre o modelo cognitivo e marque a opção incorreta atenção hein é a opção incorreta só tá fácil Essa aí é para todo mundo
acertar hein Tá muito fácil ó muita gente acertou Parabéns E aí vamos ver quem é que tá na frente agora quem tá na frente agora é a dessa então vamos lá pra terceira pergunta Qual das alternativas abaixo não contempla uma das funções da conceitualização de caso não contempla Ok não contempla tá fácil essa também olha muita gente Acer vamos ver quem é que vai pra frente agora a Gabi a Gabi tá na frente vamos pra penúltima pergunta assinale a alternativa que contempla alguns dos Passos da conceitualização de caso Qual é a alternativa que contempla alguns
dos Passos da conceitualização e vamos ver quem é que tá na frente agora que a gente já vai pra última pergunta a Bruna passou na frente vamos lá então pra última Qual das alternativas abaixo não contempla um dos princípios que orientam a conceitual de caso Qual das alternativas não contempla tá fácil essa hein E aí vamos ver como é que ficou o nosso pódium de hoje em terceiro lugar temos a ingra em segundo lugar temos Lau e em primeiríssimo lugar vamos ver quem ganhou o nosso kit a Bruna Parabéns Bruna minha equipe vai entrar em
contato com você amanhã por e-mail para combinar o envio do kit tá bom e agora eu vou explicar como é que vai funcionar o próximo ganhador do nosso kit do especial 5 anos o próximo ganhador vai ser por sorteio e vai funcionar assim no feed do meu Instagram tem uma foto lá minha é a primeira foto eu deixei fixada com uma caixa branca de presente com o nosso kit especial 5 anos você tem de agora quando a gente finalizar essa aula até amanhã 14 horas no horário de Brasília para comentar nessa foto o seguinte não
vale qualquer comentário só vale este comentário aqui o comentário tem que ser hash conceitualização de caso conceitualização de caso tudo junto tudo minúsculo sem sidha sem acento sem nada # jogod velha conceitualização de cas tudo junto tudo minúsculo sem assento sem nada 14:5 o pessoal da minha equipe faz o sorteio e depois eu posto o vídeo no Instagram ok só vale nessa foto que é a primeira foto do meu feed que tá fixada com a caixa de presente o comentário tem que ser # conceitualização de caso tudo minúsculo tudo junto sem assento então a gente
conheceu agora o sétimo ganhador do nosso kit que foi a Bruna e amanhã 1400 a gente vai conhecer o oitavo ganhador Lembrando que essa semana toda a gente tá tendo essa dinâmica aqui durante todas as aulas Então fique tranquilo que você ainda tem a aula de amanhã e de sábado para concorrer meus amores era isso mais um dia aí com 2:30 de aula amanhã mais uma aula imperdível às 20 horas a gente vai ter o nosso segundo role Play que é psicoeducação a base de tudo e amanhã a gente vai ter aqui uma paciente obviamente
né fictícia Ah e a gente vai fazer o role Play aqui eu vou demonstrar para você Como você pode fazer a psicoeducação dos seus pacientes tem nem como perder né Eu espero todos vocês amanhã sexta-feira sexou não me deixem aqui sozinha pode vir com vinho pode vir com cerveja pode vir com água pode vir com Crush pode vir com com a paquera pode vir com o que vocês quiserem mas venham Tá bom beijo enorme para vocês até amanhã tchau