Biotecnologia: construção do pomar ideal para a citricultura e plantas repelentes

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Fundecitrus
É na biotecnologia que grande parte dos esforços e investimentos da citricultura estão voltados para...
Video Transcript:
[Música] Olá amigo citricultor e profissional do setor Este é o nosso fund de Citrus podcast podcast da citricultura brasileira é muito bom ter você aqui conosco seja muito bem-vindo muito bem-vinda o nosso fundecitrus podcast é fundamental pra gente ampliar o conhecimento sobre a nossa citricultura reforçando as orientações e o manejo de pragas e doent e falando também sobre o futuro do nosso setor diante dos Desafios em que o Green a gente sabe é sem dúvida O maior deles o nosso tema hoje é justamente o futuro e é na biotecnologia que grande parte dos esforços e
investimentos nas triculturando voltados para a mitigação da incidência do greening nos Pomares do cinturão tría de São Paulo e Minas Gerais se por um lado ainda não há uma resposta quanto à cura das plantas doentes por outro pesquisadores do fundecitrus tem se dedicado a encontrar formas de modificar as Laranjeiras e o ambiente ao redor dos Pomares dificultando a presença do psilídeo Esse é o Pomar do futuro e para essa conversa nós temos o prazer de receber nos nossos estúdios o pesquisador do fundecitrus Nelson Wolf Então vem com a gente por aqui você sabe a prosa
sempre rende Nelson T Estou ansioso para essa nossa conversa é um tema de desafio um tema de futuro primeiramente queria agradecer pela sua presença para por você tá aqui para compartilhar conhecimento com a gente Brandão Eu que agradeço a oportunidade é uma satisfação participar do podcast fund citros e principalmente falar um tema tão empolgante quanto a biotecnologia e a biotecnologia aplicada a citricultura nós vamos falar aqui do do Pomar do futuro e ele passa também pela biotecnologia essa ferramenta científica tão importante eu queria que você falasse Nelson que avanços que a biotecnologia já trouxe se
ela trouxe para PR pra humanidade que que podemos dizer bom a biotecnologia tá conosco Há muitos séculos desde que nós passamos a comer pão Ah é por exemplo né Mas recentemente a gente tem eh aplicações muito práticas da biotecnologia na vida cotidiana uso da insulina uso de vacinas Opa terapia gênica isso para falar dos aspectos que influenciam o ser humano Tá além disso está constantemente presente nas culturas agrícolas nos grãos né que foram inicialmente selecionados pelo pelos homens as melhores sementes depois melhoramento e mais recentemente as características que a biotecnologia coloca nesses cultivares nós podemos
citar aqui que que culturas milho soja algodão feijão interessante cana de açúcar isso não só no Brasil isso não só no Brasil tá tá no mundo todos os continentes que TM a adequação climática pro cultivo dessas plantas se elas são adequadas para cultivo e tem influência da biotecnologia e e muitas dessas desses cultivares TM influências positivas da da biotecnologia Resistindo a insetos Resistindo a pragas melhorando a produção tá e uma nova característica que tá sendo perseguida hoje por exemplo é a resistência às alterações áticas então a falta de água aos extremos de temperatura condições adversas
muito interessante e Nelson no nosso setor nós estamos falando aí de 20 anos da Identificação do greening e dá para dizer que nós temos um ag gdg né um antes e depois eh do Green o o o fundecitrus vem se dedicando Acho que até desde antes da chegada do Green quando se sabia da possibilidade da identificação da doença eh a a a conscientizar né buscando várias formas de de de mitigar os impactos eh eu queria que você falasse e a biotecnologia vem vem somar é mais um esforço da instituição Qual que é o tamanho da
responsabilidade Rodrigo a gente vem falando recentemente em biotecnologia no citos Mas isso foi uma decisão tomada há alguns anos já tá como você bem falou 20 anos de Green então a descoberta do Green em 2004 2008 tinha muito pouco Green em termos comparativos com hoje mas naquele momento já o nosso mestre Professor bovet Uhum ele falou assim olha existe a citricultura antes do Green e a depois do Green tá citricultura com Green é uma realidade distinta de lidar sem o Green diferente das outras doenças tá e nos alertou que era momento de iniciar estratégias pensando
no futuro onde que as condições de manejo não fossem mais tão eficientes ou tão eh práticas de se usar no dia a dia tá para desenvolver já naquele momento ter as ferramentas de biotecnologia com um passo mais avançado porque a cultura dos SOS por ser uma cultura perene tem seu tempo de gerar as informações gerar as novas plantas tá e a biotecnologia também precisa um tempo de amadurecimento para você desenvolver e aplicar essa tecnologia na SUS cultura claro eu eu eu tô ouvindo o o Boldrin num filme institucional aqui da do fund Círios dizer que
a ciência tem seu tempo não é isso ciência tem seu tempo tá ô Nelson eh na última edição até vou pegar aqui na última edição da citricultor da revista citricultor falou-se sobre o o o o Pomar do Futuro sobre a construção de um novo modelo eh de Pomar e isso já tem largada na escolha do local qual que é o peso da escolha do local porque por que que isso é importante começar por isso vamos lá então a gente tá embora a gente esteja falando sobre biotecnologia aham os conceitos que a gente vai aplicar dessa
estratégia biotecnologia elas vem de observações primeiro da natureza ali do Pomar e das informações geradas pro manejo do citros então é uma conjunção de estratégias de manejo com estratégi de biotecnologia tá aí que a escolha do lugar é fundamental que hoje já se sabe que é muito difícil implantar um Pomar novo numa área vizinha a um Pomar infestado em microrregiões onde é que a densidade de plantas doentes é muito alta n ex uma pressão né Porque existe uma pressão de psilídeos que que carregam a bactéria que vão se alimentar nessas plantas invariavelmente em maior e
menor intensidade você não consegue restringir a chegada de todos os psilídeos então a escolha do local da microrregião com menores incidências ou que você possa eliminar as plantas doentes no entorno da propriedade ela continua sendo válida continua sendo essencial perfeito aí pensando eh nesse pmar agora então vamos pensar de fora para dentro o primeiro passo é Escolher uma região eh em que esse nível de pressão de incidência da doença seja menor fica mais fácil o controle fica mais fácil o o o manejo que que que a doença exige aí eh pensando já no plantil tem
a ideia de ter plantas iscas que que são essas plantas e como elas funcionam exatamente então uma vez a escolha do local feita onde que provavelmente você já fez esse vazio fitossanitário espacialmente em volta da propriedade Aí você coloca a tecnologia dentro da área que você coordena dentro da área que você controla dentro do Pomar Então essa característica de barreira de planta isca que nós chamamos ela vem dos estudos feitos pelo fundecitrus com seus parceiros que mostram que o uso de plantas no entorno do talhão no entorno da propriedade ela tem a característica de evitar
a entrada do psilídeo existem dois tipos de Barreiras aí que podem ser colocados vamos lá uma delas é a própria Laranjeira uma Laranjeira colocada ou uma muda produzida em cima de um porta enxerto vigoroso que vai conferir uma copa vigorosa que tem brotações abundantes ou mais abundantes que crescem que eh geram brotos uma frequência maior e vão atrair e vão atrair quem vão atrair os psilídeos tá porque ele gosta do broto ele vai no broto só que elas estão no entorno então elas estariam elas estão no entorno e elas vão servir de atração pro psilídeo
Só que você tem que fazer o quê tem que fazer o controle desse psilídeo nessa área tem que fazer a pulverização nesse entorno nessa barreira Então você restringindo você priorizando no entorno da propriedade essa planta vigorosa com bastante brotação e fazendo o controle você vai deixar ou impedir que muitos desses psilídeos entrem Então essa seria uma das Barreiras tá a outra é a chamada planta isca nesse conceito de planta isca funciona tanto essa Laranjeira que Brota bastante como outras plantas da família do citros como a bergera tá tá que é uma planta exótica tá A
Murta tá então o Fundec já fez trabalho com essas duas plantas a bergera é a mais promissora a bergera é uma é uma planta ornamental é a bergera é uma planta ornamental tá tá ela é hospedeiro do psilídeo psilídeo gosta dela gosta do cheiro dela mais que da Laranjeira tá então se você tiver as duas plantas a laranjeira e a bergera o filídio tem preferência pela brotação da bergera então uma possibilidade seria no entorno dos Pomares né nessas bordaduras aí você vai colocar a bergera nisso o psilídeo vai ser atraído para lado você teria uma
maior probabilidade de concentração do psilídeo nessas áreas tando numa área Só que não é o Pomar você sabe onde tá o inimigo Exatamente porque o psilídeo vem de fora você que estalou um Pomar no tá fazendo todo o controle do vetor dentro da dentro do da sua fazenda dentro do seu Pomar correto O psilídeo vem da área externa então ele vai encontrar o quê essa planta isca de bergera ou essa planta isca o Citrus com maior brotação e você fazendo então a pulverização nesse entorno você evita que ele entre mas a planta ía funcionou muito
bem nesses nessa nesses conceitos validados já a nível de Campo a nível de fazenda Ah então já são resultado já são resultados consistentes de anos de estudo tá a a forma mais eficiente é você colocar incida sistêmico nessa planta isca também tá tá principalmente na B mesmo que se usa em em em planta jovem o mesmo que você usa um Pomar jovem de Citrus tá você pode fazer isso com uma frequência maior porque não é uma planta que vai entrar em produção é uma planta ornamental e dessa maneira quando o psilídeo chega e se alimenta
ou vai se reproduzir ele vai morrer ou não vai ter uma geração porque os ovos que são postos nessa bergera e as ninfas as ninfas vão se alimentar da seiva da bergera com inseticida e vão morrer perit então esses experimentos do fundecitrus feitos a ah já em campo mostra que se você reduz a incidência de grini dentro do pmar porque você reduz a quantidade de psilídeos que vão para dentro do pmar com uma fileira de bergera al de murto perito ou seja né Eh eh é uma estratégia eficiente e e e até mais sustentável né
é uma estratégia sustentável eficiente e que tem a sua aplicação em condição Agrícola de Campo tá tá uma vez que não haja o descuido de não evitar a de não fazer a aplicação do in sistêmico nesse senão é ao contrário né ele vai se reproduzir senão você tá criando um local pro P se multiplicar aí é ter um refúgio ali uma concentração deles justamente você saber onde ele tá é você usou uma palavra interessante o refúgio né é uma área de refúgio e até certo ponto é uma área de sacrifício porque na bergera você não
vai produzir citros perfeito e nessa planta que Brota no entorno muitas vezes ela vai pegar o grini tá tá porque a laranjeira é suscetível ao grini ela vai pegar o Green Mas ela tá lá para isso mas ela tá lá para isso para evitar que a doença entre cada vez mais dentro da sua propriedade dentro do seu talhão B muito bem agora ô Nelson existe a possibilidade de no futuro e aí a gente já tá adentrando eh biotecnologia de Essa bergera ela ser letal a psilídeo como é que seria esse processo como é que se
dá isso aí exatamente aí que vem a abordagem da biotecnologia para esse processo de manejo que foi descrito para Campo tá né a grande vantagem de usar bergera para fazer uma planta isca e letal de uma maneira que você não precisa nem no futuro colocar o inseticida sistêmico é usar bergera porque ela não multiplica a bactéria do Green Ah ela não é Hospedeira da bactéria do Green diferente do Citrus então pera aí por isso que ela é um componente relevante desse novo conjunto chamado Pomar ideal do Futuro mas ela atrai o psilídeo ele tem preferência
por ela pelo cheiro odor exato pelo odor pelo Aroma do se reproduz nela porém ela não dissemina essa bactéria ela não dissemina essa bactéria Tá bom então vamos lá o pío injeta bactéria na bergera mas a bactéria vai morrer Tá bom tá então ela não é considerada Hospedeira da bactéria do Green somente Hospedeira do gren Então ninguém um outro psilídeo vai se alimentar lá e adquirir a bactéria não vai Não Então tá A bergera Hospedeira do inseto do psilídeo mas não é Hospedeira da bactéria do Grin perfeito muito Claro tá tá então o que que
nós precisamos o que que nós almejamos com a essa estratégia de biotecnologia para desenvolver uma planta letal ao psilídeo tá o nosso interesse a nosso objetivo é colocar um gene que Produza uma característica letal a psilídeo dentro da bergera tá bom tá para isso nós temos duas etapas que são ah os nossos objetivos O primeiro é fazer a transformação genética da bergera tá então pegar esse gene de interesse ou qualquer gene de interesse e colocar dentro da bergera de forma que a partir do momento que ela cresça e se multiplique todas os Ramos da bergera
todas as novas plantas que vem a partir dessa semente produzam o produto desse jeit produzam essa substância Então esse processo ele já está em andamento a gente já consegue fazer essa transformação genética da bergera em laboratório tá então esse processo embora ele possa ser aprimorado possa ser Tornado mais eficiente ele já existe no laboratório perfeito tá e a outra a outra etapa é encontrar um gene com a característica letal A psilídeo tá existem estratégias naquelas outras culturas que nós estávamos falando no milho no algodão para combater insetos perito mas em geral são insetos que comem
a folha que mastigam que comem grandes quantidades da folha é diferente do psilídeo é diferente do psilídeo que coloca o seu o seu a seu aparelho elementar estilete dentro da folha e suga seiva ele suga quantidades pequenas da seiva perfeito Então isso é uma dificuldade técnica mas nós temos como abordar isso daí nós tivemos eh resultados muito promissores também junto com a área de entomologia e colaboradores do exterior da Universidade de durhan onde que proteínas inseticidas tiveram alta letalidade o psilídeo proteínas proteínas inseticidas tá tá tá isso feito em laboratório não feito em plantas ainda
então perfeito perfeito mas se tem uma proteína eu posso ter o gene que codifica essa proteína tá uma vez tendo esse Gene então nós já sabemos Qual que é o gên cabe a nós colocarmos ele dentro da bergera e fazer com que a própria bergera produzza essa prot antida tá É um mecanismo Teoricamente simples mas que tem obviamente algumas ah dificuldades técnicas que nós estamos trabalhando para a atingir esse objetivo normal tá então existe hoje uma uma abordagem para nós gerarmos uma bergera que seja constitutivamente naturalmente letal psilídeo nós já sabemos fazer a transformação genética
dela existe uma proteína inseticida que mata o psilídeo tá e a bergera nessa configuração de planta isca ela funciona para reduzir a entrada do psilídeo dentro do Pomar Nelson então só só confirma o o raciocínio aqui se a gente conseguir se vocês conseguirem essa essa bergera que consegue ter uma proteína inseticida aí e é existe muita sustentabilidade aí porque aí você não precisa fazer aplicação nessa concentração de psilídeo Exatamente isso vai nos permitir que uma vez plantada essa planta no Pomar você não precisa de colocar inseticida na no sistema no solo pra planta adquirir esse
entida e se tornar letal psilídeo ela naturalmente ela naturalmente funcionará será uma planta atraente uma planta isca aham mas que ela vai combater o psilídeo diretamente ela é isca a vida inteira dela e El letal a ela é isca e ela let tal a opsil muito bem ô Nelson eh todo esse esse entendimento que se começou lá atrás em biotecnologia tá fazendo aí 15 anos foi 2009 o Fundec começou a se dedicar eh biotecnologia eu queria que você fizesse aí brevemente em linhas Gerais um histórico como que isso começou e como que avançou até em
que pé estamos hoje então até agora nós falamos da estratégia de manejo tá da bergera que não não existe ainda ela da maneira que nós queremos tá correto mas esse conceito Ele nasceu lá em 2008 tá quando houve relato de por produtores de citos lá no Vietnã tá de que plantil de tangerina Porque lá é muito comum a tangerina a agricultura lá em pequena escala de subsistência onde que eles plantam principalmente tangerines gosto muito mais tangerin do que as Laranjeiras né E por ser uma agricultura de pequena escala e a a a tangerineira produz sazonalmente
eles fazem é muito comum o cultivo intercalado tá então a tangerineira com bananeira tangerineira com Goiabeira e o próprio citricultor vietnamita observou que em muitas situações que tinha a tangerina com a Goiabeira tinha muito menos greening hum is chamou atenção deles tá tá e chamou primeira atenção de alguns pesquisadores inclusive os japoneses fizeram trabalho junto com os pesquisadores do Vietnã que foi posteriormente eh publicado e mostrado com elementos estatísticos que realmente um plantil intercalado de tangerineira com a Goiabeira tinha menos psilídeo e menos greening tá então isso chamou a atenção da comunidade científica que estava
estudando o Green tá Isso foi lá em 2006 2007 em 2008 fundit fez uma missão tá junto com lideranças do setor junto com o professor bov Leandro Penha e foram visitar esses Pomares lá no Vietnã e constataram realmente que existia situações não era em todas as condições que funcionava quando tinham vizinhos com muito greening a situação ficava ruim muito cedo mas em alguns situações elas funcionavam tá dependia de ter áreas um pouco maiores Então pelo menos meio hectar para funcionar Tá isso chamou atenção bom tem um efeito lá no campo um efeito natural tá como
que nós podemos nos beneficiar desse desse dessa informação tá então a ideia Inicial não foi estabelecer aqui um Pomar em grande escala de plantios de goiaba com citros isso eh mesmo lá depois de alguns anos eh era observado que isso perdia-se o efeito perfeito tá E também não é viável como ess cultura de larga escala fazer um plantil intercalado Claro tá a abordagem foi vamos entender o que está acontecendo lá e pegar essa informação e trazer pra nossa citricultura tá então a primeira informação que foi buscada é o que que tá acontecendo com essa plantil
essa mistura de citros com goiaba tá o psilídeo ele escolhe a planta Hospedeira dele diversas características tá o olfato a visão bom então desde que as duas plantas são verdes se escolheu trabalhar nalmente com ol fato e se comparou o que que eram os voláteis emitidos pela folha da Goiabeira não o fruto o fruto tem um cheiro muito característico né mas a folha da Goiabeira praticamente não não você e eu nós não sentimos quase nenhum cheiro mas ela tem um composto principal que responde por praticamente 80% desse desse desse desse desses voláteis que a folha
de Goiabeira emite tá e a laranja tem esse composto mas tem pequeníssima quantidade proporcionalmente a Goiabeira tem muito mais tá bom tá aí nossos parceiros aqui mostraram que a folha da Goiabeira o ramo da Goiabeira tem característica de repelir o psilídeo tá bom E aquele composto principal que a Goiabeira produz como um volátil ele também repele o psilídeo tá então isso explicava o que que tá acontecendo na natureza perfeito tá o plantil da Goiabeira com cit da Goiabeira emite esse volátil esse composto que se transforma como um repelente para o psilídeo então o psilídeo chega
ele sente o cheiro do composto que ele não gosta e vai embora tá tá então essa foi a base do que nós chamamos projeto de repelência psilídeo que se iniciou em 2009 tá então nós não desenvolvíamos até aquele momento pesquisas nesta área de biotecnologia Mais especificamente com transformação genética de citros porque aí você precisava fazer a laranjeira eh emitir mais esse composto exatamente a laranjeira produz esse composto quantidades pequenas mas tá nela está nela você não tá pegando de outro lugar e colocando nela não esse mesmo composto você tem nela na Laranjeira tem na goiabeira
tem diversas plantas no Cravo você tem esse composto tá bom tá E aí plantas aromática você tem esse composto é um composto natural ali que nasce Então dessa maneira que nasce exatamente e como evolui de lá para cá a partir daquele momento então nós passamos a fazer o projeto aqui no fund decí com os parceiros conhecidos que a gente trabalha né nós trabalhamos naquele momento muito com a Espanha muito com a esal tá né então nós precisamos desenvolver uma equipe a partir de 2009 que consegui conseguisse trabalhar com essa estrutura de transformação genética Montamos estrutura
de casa de vegetação tá e criamos a o conhecimento para fazer essa característica ser incrementada na na Laranjeira Então como fazer a laranjeira que produz uma quantidade pequena produzir muito mais desse composto aí passamos por diversos anos de pesquisa que aqui no laboratório incrementamos também o laboratório paraa área de não só transformação genética paraa área de entomologia uma área que chama comportamento eh comportamento do psilídeo tá E também pra parte química que nós tínhamos que identificar se tinha esses compostos sendo produzidos nas folhas ou não geramos centenas de materiais novos focados em P em laranja
perna e laranja Valência tá o processo de desenvolvimento processo de pesquisa junto com desenvol movento perfeito tá até que nós começamos a a ver resultados extremamente promissores quanto à quantidade desse volátil sendo produzido especificamente na Laranjeira perfeito pel aí nós fomos para uma outra etapa que é a etapa de Campo tá então o laboratório ele nos dá a base das informações porque eu consigo medir consigo identificar os fatores que estão funcionando eu isolo os fatores Tá mas a gente precisa fazer isso funcionar no campo tá Então você tinha em laboratório a laranjeira emitindo quantidade suficiente
de de de dessa substância para afastar o psilídeo para afastar o psilídeo aí precisava ir pro campo aí precisava ir pro campo no próprio laboratório Os experimentos de comportamento do psilídeo mostravam que essa nova Laranjeira tá que ao nosso eh sentido ela é Ela é exatamente Idêntica não mudava nada mas ela repelia o psilídeo em em experimentos de ometria tá bom tá então eram resultados muito assim animadores tá isso nos motivou a estar lá experimentos de Campo primeiro para ver o comportamento dessa Laranjeira ela cresceu floresceu frutificou exatamente igual a prevalência convencional perfeito então em
2018 nós obtivemos uma licença porque para trabalhar com esse tipo de modificação genética Ah é necessário uma certificação certificação de laboratório certificação de Campo tá então nós trabalhamos em todos esses aspectos dentro da legislação brasileira que é bastante Clara e estimulante para trabalhar com com essa característica de de biotecnologia tá tá então em 2009 nós implantamos um campo experimental para avaliar a repelência tá nó fizemos um desenho experimental 2019 10 anos depois 10 anos depois de iniciar o projeto na prática tá tá então como você falou precisa ter é seu tempo a ciência tem seu
tempo a ciência tem seu tempo tá tá e como é que estão esses resultados como é que tá o andamento então Eh 2024 5 anos depois de instalar esse esse experimento para avaliar então a incidência do greening tá entender se havia repelência ou não usando todo esse conceito já também de Refúgio de planta atraente tá limpando o entorno do Pomar permitindo que a planta então nos primeiros anos cresça para ter um volume de folhas e que Produza toda o seu potencial genético de produzir o repelente nós observamos efetivamente no campo a característica de repelência funcionar
que interessante Então nós estamos estamos tendo resultado de repelência no campo no campo em condição equivalente a uma condição agrícola tá tá isso significa o que significa a repelência funcionar no campo tá nós avaliamos dois principais fatores entre outros um a incidência de psilídeos nas armadilhas amarelas Uhum que é o método de monitoramento do do Produtor tá só que distintamente do Produtor nós colocamos dentro do Pomar porque nós temos parcelas que nós chamamos os os nossas unidades experimentais então nós queremos ver os psilídeos dentro das parcelas coletados nas armadilhas amarelas e mais importante nós nós
avaliamos a incidência de Green Tá então quantas plantas de Green tem com as incidências com a com as inspeções regulares que são feitas ao longo do ano tá e nós observamos índices de até 50% menos crme nessas parcelas ah são bem bem são números muito altos né consistentes são números extremamente consistentes promissores promissores tá tá tá promissores motivam a continuar esse trabalho e levar ele a um a um a uma outra escala escala como Rodrigo tá nós fizemos dois tamanhos de parcelas lá no campo nós temos o que a gente chama de parcelas pequenas com
35 plantas tá e parcelas maiores com 340 plantas tá bom e o tamanho da parcela influenciou a parcela pequena funcionou uhum só que daí lá nós não conseguimos reduzir em 50% a incidência de Grin reduzimos 20% e na parcela maior de 340 plantas nós reduzimos até 50% a incidência de grini nessas parcelas dde conclui-se previamente que quanto maior a área aonde há uma lógica que já é aplicada no dia a dia do C já faz parte da da da epidemiologia da né faz parte da epidemiologia da doença o efeito de borda uhum né Pomares isolados
Pomares maiores uma um desenho apropriado que tenham menos pontos de entrada pro psilídeo tem incidências menores de greening então se eu tive uma incidência numa parcela de 35 plantas tá quando nós fomos para uma parciel de 340 plantas nós tivemos menos GM Provavelmente quando nós multiplicarmos isso por 10 3500 plantas tendência 35.000 plantas que é uma fazenda considerada até não muito grande provavelmente esse efeito será muito maior ainda interessante Então assim eh dá para notar que não a pesquisa tá indo para vários caminhos várias frentes e tem mais um componente que vai ser adicionado nesse
Pomar nesse Pomar ideal então nós falamos o quê as bordas tá tá a planta isca e dentro Qual que é o conceito que nós colocaríamos uma planta repelente perfeito então nós Combinaremos a repelência dentro do Pomar exp perfeito evitando que ele entre E caso ele entre ainda vai ser repelido caso ele entre ele seja repelido e para onde que ele vai pra área de refúgio sacrifício ah perfeito e tem um fator adicional então que pode ser feito nesse conjunto que é o qu dentro do Pomar fazer uma planta que Brota menos um Pomar com porta
enxerto sem nanic tá se o broto é o local de inoculação do da bactéria pelo psilídeo e esse Pomar além de repelente tiver menor brota o psilídeo tende a ficar no entorno do Pomar todas essas estratégias Elas já foram validadas a níveis de Campo tá tá então nós teríamos uma área de refúgio uma planta isca tá uma área de refúgio atraente uma planta isca atraente uma planta repelente que Brota menos e você ainda pode aplicar uma outra estratégia que é o culin tá então nós estamos falando de estratégia que a área da entomologia já validou
com TR psilídeo planta isca uhum né culin que forma aquela película branca que evita a chegada do psilídeo vai causar uma confusão assim no caus uma confusão pro psilídeo Ele não gosta daquela planta que tem extremamente sustentável extremamente sustentável não é tóxica perfeito mais aplicada no Pomar jovem né então você usa ele no pmar jov exatamente aplicado nos Pomares jovens Vai somando volta aí então você toma uma duas três estratégias e você tende a ter cada vez menor incidência de grein é claro que e eh o citricultor que tá nos acompanhando aí não é a
pergunta de 1 Milhão é a pergunta de 1 bilhão de dólares para para para acalmar o coração desse citricultor nós vamos dizer o seguinte a ciência tem seu tempo e está mostrando isso numa linha do tempo quando a gente pega 20 anos ão 20 a a a a a identificação da doença 15 os o início dos trabalhos com biotecnologia dentro desses 15 nós já estamos falando de um desenho aí do do do do Pomar do futuro com várias estratégias já validadas validadas ex Então mas a pergunta que eu lhe faço é eh eh não não
objetiva Não Nelson a ciência tem seu tempo quero frisar isso Mas quais as expectativas Quais as perspectivas as perspectivas são boas que a gente continue com com esse com esse projeto tá Ah em duas frentes principais tá uma delas é validar em áreas maiores áreas eh que tenham por exemplo se falou ah eu tenho um Pomar uma parcela com 340 plantas se eu fizer então 100 vezes maior 35.000 35.000 plantas como que será o comportamento disso tá por outro lado nesse mesmo nesse mesmo tempo nós temos fazer o processo de ah tornar essa variedade tornar
essa cultivar disponível pro produtor tá então é um processo de desregulamentação é um processo que nós temos que fazer uma avaliação que existe já um um protocolo básico de como ah coletar essas informações para dentro de 2 3 4 anos temos os elementos para fazer a desregulamentação desse material tá então existe todo uma uma etapa burocrática existe toda uma etapa burocrática clo que é extremamente válida são ela é importante para quê é importante para mostrar a validade da tecnologia o efeito dela no ambiente tá a a segurança do consumo desse material então nós temos aqui
no no Brasil nos países que aceitam a biotecnologia Estados Unidos Canadá Austrália Japão e e e e muita gente muitas áreas revendo e atualizando modernizando suas legislações sobre biotecnologia né exatamente que é o que é o caso da União Europeia está fazendo toda uma revisão da sua da sua legislação de de biotecnologia de plantas geneticamente modificadas de edição gênica que seria uma outra abordagem né Então por quê porque existem muitas dificuldades de se cultivar hoje as plantas de se se aumentar a produtividade Então você tem que lançar mão das novas tecnologias para combater aqueles males
que não existe outra solução perfeito perfeito Então as as as perspectivas são são são as melhores e é seguir estudando trabalhando as perspectivas são animadoras nós precisamos ainda de trabalho de de coleta de informações coleta de dados para avançar mais um passo chegar num outro momento aqui e falar assim ah isso está se tornando realidade Enquanto Isso muda sadias oriundas de viveiros certificados telados né eliminação de plantas doentes e controle do inseto vetor principalmente fazendo a rotação dos produtos para que se evite resistência e a gente tenha eh eh a qualidade a eficiência desse desse
processo Porque nós vamos vão precisar dessas Áreas Aí com índices eh a gente tá falando a gente começou falando da escola do local com índices baixos de incidência da doença exatamente quando se observou a repelência no Vietnã já se constatou que ela não era absoluta tá então quando a gente fala em redução de incidência de Grim - 30% - 40 - 50% de incidência é um fator a mais para ajudar mas ela não é absoluta não é total Claro só a planta repelente não resolve o problema ela requer todas essas estratégias Ou pelo menos uma
uma área onde que a pressão da doença não seja tão grande muito bem ô Nelson obrigado pela pela participação por compartilhar tanto tantos conhecimentos com a gente de maneira muito apaixonada que você você fala e principalmente muito clara eh tá tudo entendido Obrigado Nelson Eu que agradeço a a oportunidade eu espero que em breve nós tenhamos notícias melhores ainda tá eh para você vir aqui de novo e a gente notí é isso aí e e e dividi-las com o se tricut muito bem recado dado eu mais uma vez agradeço a presença a participação do pesquisador
do fund citros o Nelson Wolf Obrigado por essa conversa Nelson bem hoje a gente fica por aqui a gente lembra que você que acompanha o nosso podcast também pode fazê-lo pelas plataformas de áudio é só buscar por fundecitrus podcast curta e compartilhe sempre aqui pelo YouTube você pode se inscrever no canal e clicar no Sininho para receber uma notificação sempre que o novo vídeo for postado aqui no canal e o mesmo vale para as plataformas de áudio que eu Men acompanhe também as nossas redes sociais para ficar sempre muito bem informado a gente se vê
até a próxima [Música]
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