Como parar de procrastinar e desenvolver novos hábitos alimentares - Com Bruna Dimantas

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Instituto Consciência Alimentar
Boas vindas ao quarto episódio do Podcast da Consciência Alimentar! Hoje, o nutricionista João Motar...
Video Transcript:
Olá pessoal meu nome é João montarelli eu sou nutricionista especialista em Mind fing e é com muito prazer que a gente começa mais um episódio do nosso podcast da consciência alimentar o podcast que desperta você para uma alimentação e uma vida mais consciente Hoje eu tive o enorme prazer de receber uma pessoa muito querida que dividiu grandes insights e inspirações de como a gente lida com a comida da forma que a gente lida sobre como nosso cérebro funciona que é a Bruna de mantas Bruna de mantas é mestre em neurociência comportamental pela University College of
London onde ela se formou em 2021 e por onde teve a sua tese publicada em 2024 Além disso Bruna é mentora palestrante professora produtora de conteúdo e colunista semanal do quadro neurociência na prática da Rádio CBN atualmente a Bruna se dedica a compartilhar seu conhecimento e disponibilizar ferramentas para as pessoas que desejam mudar efetivamente o seu comportamento e no episódio de hoje a gente pode entender aind ainda mais entenda melhor por que a gente usa a comida da forma com que a gente usa para lidar com as nossas emoções com tédio com estess com ansiedade
como a ansiedade impacta o nosso cérebro e nossas escolhas alimentares e como ajudar o nosso cérebro desmotivado a mudar e o papel que a culpa autocrítica tem impacta negativamente a nossa vida a gente também pode conversar como o Mind fiting a consciência alimentar nos ajuda a mudar hábitos alimentar e a não descontar as emoções na comida e o papel do mindfulness e da compaixão em ajudar o nosso cérebro nesse processo de mudança a diminuir estress e ansiedade já que você tá aqui aproveita e curte o nosso Episódio e ajuda essa conversa a alcançar ainda mais
pessoas Deixe os seus comentários as suas dúvidas e as suas reflexões eu vou ler todos seus comentários para mim é muito importante saber como que você recebe esse conteúdo também ler as suas sugestões e você pode compartilhar aqui quem que você gostaria que estivesse aqui conversando comigo no nosso podcast bom Episódio pra gente então Bruna boas vindas ao nosso podcast da consciência alimentar eu acho que a sua presença aqui vai ajudar a gente a explicar pras pessoas entenderem o que que elas fazem como elas fazem e o por que elas fazem e quando a gente
pensa em hábitos eh na minha rotina de trabalho atual atendendo pacientes como professor com uns alunos formando os alunos ali em nutrição eem psicologia e uma coisa que existe em comum é perceber que mudar hábito é uma coisa difícil e que existe uma coisa também muito comum que acontece é quando a gente pensa em hábitos disfuncionais em comportamentos problemáticos que é a dificuldade que existe da gente lidar com o o que dói com o sofrimento e apesar de eu já ter te apresentado academicamente eh eu queria que você Contasse um pouquinho da sua história de
como você chegou até aqui Mas isso passa por uma frase que eu ouvi na na você já falando em uma das suas aulas e eu queria que você começasse falando sobre essa essa frase né pra gente contextualizar essa questão de como que a gente lida com o sofrimento e porque que a gente acaba lidando dessa forma é obrigada jo é um prazer enorme est aqui então eu falo que eu aprendi a duras Penas que uma vida rica de verdade não é uma vida com dinheiro é uma vida da qual a gente não quer fugir e
eu falo isso porque hoje em dia entendendo como o cérebro funciona isso ganha até muito mais sentido porque querendo ou não a gente começa a se distrair da nossa vida a querer eh compensar quando a vida tá ruim quando tá infeliz e eu falo que quanto mais equilíbrio emocional a gente vai ganhando menos a gente precisa de subterfúgios para sair da nossa vida tal como a alimentação eu tive um um caminhar né de muito aprendizado Durante a minha vida eu tive o privilégio que eu falo que é É uma honra da vida com v maiúsculo
que eu tive de poder mudar totalmente de vida depois de muitos anos né eu fui eh por muitos por muito tempo na vida me signifiquei com cargo de executiva eu trabalhei numa das maiores multinacionais do mundo eu fui expatriada para muitos países e com 37 anos eu já era diretora global de marketing morando em Amsterdã depois de muitas muitos países diferentes e é muito engraçado porque nesse lugar eu me vi com aquele checkliste que as pessoas falam que deveria ser o lugar de felicidade de todo mundo que é dinheiro sucesso eh um trabalho Super Interessante
que todo mundo acha incrível carreira carreira morando fora eh casada com dois cachorros né aquele negócio você pega que a familha margarina aquele negócio incrível e eu tava profundamente infeliz eu tinha conseguido chegar porque eu sempre Vivi naquele lugar que todo mundo vive da cenourinha né do ah ali tá felicidade não pera aí quando eu chegar ali eu vou ser feliz quando eu chegar ali eu vou ser feliz quando eu chegar ali eu vou ser feliz e aí eu cheguei no todos os Alis e Tava infeliz aí eu falei por que isso gente e ao
contrário do que algumas pessoas TM eu acho que assim a manifestação da distração de como você vai lidar com essa infelicidade ela é pessoal a cada um dos cérebros a minha maneira de lidar com isso foi o desenvolvimento da anorexia quanto mais infeliz eu era mais anoréxico eu me tornava porque no meu caso a a dopamina né pelo tipo de personalidade que eu tenho que vem com essas distrações com essa vontade de você sair da sua vida ela vinha pelo controle Então a maneira de eu satisfazer essa essa inquietude que eu tinha com a infelicidade
absurda que eu estava ela vinha com esse controle absoluto e não tem nada que tenha mais controle do que você controlar sua fome uhum corpo o corpo que é uma coisa Primal né então uma coisa antinatural também né completamente antinatural Então você falar para esse organismo que tem um princípio que é se alimentar você não vai comer porque eu não quero é de uma de uma crueldade com com com o ser com o organismo como um todo que vem dessa necessidade de controle de já que a vida tá tão incontrolável tudo saiu tão diferente do
que eu planejava que ela quisesse em algum lugar eu tenho que ter controle é uma metáfora né quando eu não consigo controlar as coisas que eu gostaria na vida Eu sinto que eu tenho controle e um domínio da minha vida que é alimentação e o corpo isso infelizmente E aí eu falo que a neurociência me salvou a neurociência ela foi o que me tirou de todo esse lugar de infelicidade porque ao entender como meu cérebro funcionava E porque eu fazia o que eu fazia do jeito que eu fazia eu falei agora eu posso mudar agora
eu posso ser uma outra pessoa para mim porque agora eu entendo por que que eu fiz tudo isso e eu acho que eu cheguei no limite né A minha infelicidade ela culminou num Burnout muito sério que é uma pça né o Burnout ela é um excesso de um cérebro exposto a tanto cortisol tanto cortisol por tanto tempo que isso começa a desfigurar a maneira como esse cérebro opera eu cheguei num Burnout que eu perdi a coordenação motora eu tive realmente assim um impacto sobre a minha coordenação motora E à medida que eu fui entendendo por
que isso chegou nesse lugar e fi tomando as decisões necessárias inclusive e principalmente alimentares n voltei a me alimentar com saúde tive que tomar muitos suplementos tomo suplementação até hoje né pelo tipo de dano que eu que eu fiz pelo pro meu organismo por tantos anos foi realmente o divisor de águas da minha vida O Grande portal de passagem e por isso que eu faço tanta questão de levar a neurociência de maneira didática para todo mundo porque eu acho realmente eu acredito baseado na minha experiência que quando você entende como você funciona Aí sim você
tem a possibilidade de mudar e não dá para quebrar aquilo que a gente não dá para consertar aquilo que a gente não sabe sabe como funciona que tamb meu outro mode né eu gosto muito dessa frase eu falo não dá pra gente consertar o que a gente não sabe como funciona então se você quer consertar um comportamento você precisa entender como funciona um comportamento uhum perfeito e é é muito eh pra gente muito importante ouvir sua história de saber que você tem uma trajetória acadêmica que valida seu currículo que é um lugar muito importante mas
a vivência ela é muito importante pra gente né a gente fala muito isso dentro da prática do mindfulness do mindful eating da compaixão o quanto não dá pra gente aprender natação lendo livro né da mesma forma que não dá pra gente aprender meditação sem meditar e e esse lugar de vivência traz a gente para um outro um outro patamar né uma outra percepção eh e e aí na Sua percepção Bruna eh como que você vê essa questão do esgotamento do do stress eh no nosso contexto social eh a gente já sabe que a a sociedade
tá cada vez mais adoecida eh tem até um filósofo coreano que ele traz esse contexto pra gente da sociedade do cansaço né de que a gente tá cada vez mais se auto explorando de cada vez mais a gente se tornou eh esse indivíduo que se torna responsável ou pelo seu próprio sucesso ou pelo seu próprio fracasso e às vezes não olha pro contexto eh e essa Sociedade do cansaço tá com cada vez mais dificuldade de mudar os seus próprios hábitos seus próprios comportamentos explica um pouquinho pra gente assim como que é esse cérebro sobre estress
Por que o estess dificulta tanto o cérebro a mudar o comportamento é eu tava até comentando que eu escutei recentemente uma neurocientista falando nos Estados Unidos que o novo cigarro é estress né de de malefícios pro nosso organismo por alguns pontos muito importantes né o primeiro deles é que nós somos seres da natureza somos natureza certo seres humanos são parte da mãe natureza que que eu quero dizer com isso quando você olha seres da nza como eles passam grande parte do dia deles descansando não produzindo nós fomos constituídos com o mesmo pensamento então para quem
entende um pouco mais tem uma diferença no sistema simpático e parassimpático o sistema simpático é o sistema da ação é o sistema do da reação né de você ir fazer alguma coisa é um sistema coordenado pelo cortisol então é aquele sistema que vai fazer você ter o sangue que sai da do do meio do seu corpo e vai pros músculos para você poder Correr lutar interagir com o contexto de maneira ativa Só que nesse lugar de simpático o seu organismo Ele não cresce e se desenvolve né não é um lugar de prosperidade é um lugar
de luta lugar de sobrevivência né então como Como foi organizada a a natureza vamos passar grande parte do nosso dia no sistema oposto parassimpático que desliga o simpático Então os dois não convivem ao mesmo tempo você tem um ou outro então ou você tá em modo sobrevivência ou você tá em modo descanso e crescimento Então o a natureza foi organizada do tipo Então vamos ficar grande parte do tempo em descanso e crescimento para esse organismo ele poder se desenvolver os hormônios poderem ser produzidos a digestão poder funcionar as enzimas poderem serem o sistema imunol estar
na sua no seu lugar mais Próspero e de vez em quando a gente ativa o sistema simpático Quando a gente tiver sobre uma ameaça da nossa sobrevivência ou quando a gente precisar buscar alguma coisa que precisa dessa intenção mais forte né E como a gente qual a lógica que a gente segue hoje na nossa na nossa vida contrária a gente tá 80% do nosso tempo nessa nesse esquema produtivo eh de alerta né como se tivesse constantemente um leão correndo atrás da gente e 20% do nosso tempo no descanso e daí quando chega no descanso a
gente nem descansa direito né porque imagina aqui um organismo que foi projetado para fazer liberações cortisol pontuais durante o dia é exposto a um cortisol constante crônico nesse organismo de liberação crônica e afeta tudo né porque como é que funciona sistema ele tem o cortisol de manhã aí esse cortisol ele vai baixando tem um outro pico no meio da tarde mas aí é para você começar a produzir melatonina é para você começar a produzir gaba que são os neurotransmissores do aquetar né do da inibição da calma do do de você abaixar mas se você 8
da noite ainda tá produzindo cortisol Porque você continua no trabalho porque você continua se pont telas porque você Continua pensando em todos os problemas que você você tem realmente quando você chega para dormir na hora do seu descanso Você não tem uma ativação parassimpática tão eficiente Então os cérebros que ficam constantemente se sentindo ameaçados tem uma série de problemas o primeiro deles por exemplo é que no momento que você tá ali enfrentando uma ameaça um estress esse cérebro ele Desliga desliga literalmente a decisão racional Por quê você tá ali aí você encontra uma cobra você
não pode ficar Nossa pera aí eu consigo correr a 13 km/h se eu for pra direita tem um rio E aí eu consigo chegar nesse Rio em 5 minutos uma cobra tem a velocidade você não pode ficar nisso é meu primeira árvore que eu vejo sobe né ou ou sei lá sai correndo corre ataca pula acha um pau para matar não é não não você não pode parar e pensar racionalmente tem que ser instintivo então esse cérebro ele entende de que toda vez que a gente tá com uma ameaça a gente precisa agir muito mais
por impulso e instinto do que por racionalidade atenção e foco isso é importante pra gente sobreviver É um mecanismo de sobrevivência Claro um mecanismo de sobrevivência se não fosse assim a gente não sobreviveria só que quando a gente aplica isso na modernidade o que que isso traz pra gente seres humanos vivendo desatentos seres humanos vivendo sem a capacidade de não de de de ter espaço entre o pensamento e a ação né seres humanos que ficam o tempo inteiro reagindo ao contexto ao invés de conseguir parar e falar assim não pera aí que que tá me
sendo pedido aqui eu brinco por exemplo com os meus pacientes que é como se a gente tivesse constantemente num jogo de tênis o stress faz com que a gente cha seja aquele jogador que fica na rede então bolinha vem rebate bolinha vem rebate bolinha vem rebate reativo n não dá aquele tempo da bolinha pingar e você fazer no fundo de quadra pingou deixa eu ver para onde eu vou jogar não você fica ali o tempo inteiro rebatendo para onde dá e isso é é muito ruim pro ser humano porque aí a gente a gente não
consegue aprender a gente não consegue ter foco e atenção a gente não consegue engajar com as coisas e aí a gente confunde muitas vezes com TDH Mas às vezes não é TDH é um cérebro que tá tanto tempo vivendo sobre tanto cortisol que ele esqueceu como é que funciona essas Essas funções de fundo de quadra ele não consegue agir de uma forma consciente ou de uma outra forma que não seja reativa é é muito tem muitas camadas no que você traz BR e é muito interessante porque a gente vê que dentro dessa sociedade que vive
cansada a gente até pergunta pras pessoas e aí tá tudo bem né tá tudo corrido e quando a gente vai descansar a gente sente culpa por isso ou no nosso período de descanso a gente acaba sendo muito dominado por telas e as telas a gente sabe que tem um potencial estressor grande eh um desses potenciais estressores pode ser por exemplo a comparação social ela estressa muito o nosso cérebro eh já é muito discutido na literatura científica de que eh pessoas que convivem com problemas alimentares né Eh quando se comparam com outras pessoas eles podem usar
a comida como uma forma de aliviar as próprias emoções ou que essa exposição a outros corpos pode trazer mais insatisfação à própria aparência né Então essa comparação ela realmente é estressora pro nosso cérebro né e uma outra camada que eu acho que são dois pontos para para discutir na verdade eh Bru eh essa questão da comparação né que acontece eh é inevitável eh e a segunda é do multitasking essa lenda né você fala bastante sobre essa a lenda do multitasking que a gente faz várias coisas ao mesmo tempo mas iso tem um custo e isso
alimenta muito esse estado estressor é eu acho que no mundo moderno a gente adotou muitas lendas que são muito desfavoráveis a nossa prosperidade saúde eh a multitasking é uma a hiperprodutividade' vamos falar um pouquinho dessa parte da cooperação tem um grande pesquisador que chama Robert sapol que ele é um dos maiores neurocientistas da atualidade ele escreveu um livro maravilhoso chama porque as zebras não TM úlcera e atualmente ele tem um livro também que chama comporte-se que é que é uma Bíblia da neurociência mas que é muito interessante e ele fala que uma das principais fontes
de stress no ser humano é a comparação e ele usa de exemplo um estudo que foi feito entre países muito pobres e muito ricos e os países no meio mostrando que quanto maior a diferença entre as pessoas em termos financeiros quanto maior a discrepância financeira entre as pessoas mais estressado é o país e isso nas pontas então por exemplo quando você pega os países muito pobres onde todo mundo é pobre então eu sou pobre Meu chefe é pobre Meu primo é pobre Meu pai é pobre meus vizinhos são todos pobres o stress é baixo porque
tá todo mundo vivendo numa mesma realidade comparativa eu o o que estressa esse lugar de existe um lugar mais feliz do que eu tô vivendo hoje que aquela pessoa tá vivendo e eu não esse lugar ele é muito estressante e enquanto a gente não entender que as as os nossos comportamentos eles são referên eles são autor referenciados né então o que a gente vai usar para conseguir reagir a esse contexto ameaçador ele é o que a gente ensinou pro nosso cérebro durante a nossa vida a usar toda vez que a gente se expõe voluntariamente algo
que nos estressa e assim Claro vou colocar entre aspas esse voluntariamente porque as mídias sociais não são tão voluntárias assim mas isso que eu falo escolha bem o que você tá expondo o seu cérebro porque se você tá expondo o seu cérebro a coisas que vão te trazer uma comparação desfavorável que para você é ruim não faz isso não faz se você pode não seguir as blogueirinhas isso que são mais magras que você que fazem atividade física muito melhor do que você blá blá BL blá não siga se ppe não é se expondo a comparação
negativa que você vai influenciar esse seu cérebro a mudar um comportamento pelo contrário quanto mais estressado for o seu cérebro à medida que ele olha para aquilo e fala eu não consigo fazer isso tem pessoas que conseguem mas eu não consigo pior é para você mudar um comportamento cérebros estressados não mudam o comportamento Mudança de Comportamento é aprendizado aprendizado tem três partes fundamentais foco e atenção engajamento e descanso sem esses três não existe aprendizado não existe neuroplasticidade E à medida que você que acabei de explicar que stress acaba com o nosso foco e com a
nossa atenção e com o nosso engajamento Começa por aí a dificuldade que as pessoas têm de mudança de comportamento e também vamos falar de multitasking de novo FOA atenção grande problema da humanidade hoje em dia você sabe que eu coloquei voluntariamente no meu Instagram num dos posts uma automatização em que eu peço pras pessoas contarem para mim qual o principal qual qual principal dificuldade mudança que elas têm hoje e a esmagadora maioria fala que a dificuldade de foco e atenção não é emagrecimento não é atividade física não é estudar é eu tenho dificuldade de foco
e atenção e procrastinação E por que isso porque você imagina aqui para um cérebro querer dar fque atenção que é caro é um recurso caro para um cérebro para ele colocar isso ele não pode estar competindo com stress que é o recurso mais caro ainda quando você tem todo um organismo biológico tentando fazer você sobreviver esses recursos que ele coloca nisso são muito caros e aí foco e atenção fica sem isso e principalmente assim então vamos lá que que é foco e atenção foco e atenção é dizer não para todo o resto que tá acontecendo
que é muita coisa e fala assim só para que você quer que o seu cérebro preste atenção e esse muita coisa é o celular é o ruído é o barulho é o pensamento interno tudo tudo inclusive Assim eh a gente não percebe mas o nosso cérebro percebe a a energia que tá no ambiente o a o que a planta tá tá mexendo nosso cérebro Ele tá captando tudo e ele tem que dizer não para tudo mas principalmente assim se você coloca para competir com algo que você quer ter foco e atenção que é chato Ah
eu tenho que fazer uma planilha de excel pro trabalho eu acho isso chato e eu coloco isso para competir com celular comidinhas bab açucaradas café distrações no geral Gente pelo amor de Deus a gente tá entrando no ambiente aqui né é o óbvio que o seu cérebro vai preferir qualquer coisa do que aquela tarefa que você aa chata e outra coisa também falando de multitasking é cérebros eles precisam de uma coordenação do seu humano né o humano precisa falar pro cérebro dele cérebro agora a gente vai fazer isso aqui preciso que você me ajude a
prestar atenção nisso aqui se o humano dele tá pega no celular Levanta para pegar uma comidinha vai até o café conversa com Fulano não sei o quê quando tem que fazer ele acha que aquilo não é importante porque se isso aqui fosse importante meu humano tava sentado aqui fazendo isso então quando você senta para fazer ele fala não vamos fazer aquelas outras coisas que são muito mais legais né então se você quer propor pro seu cérebro que ele preste atenção em alguma coisa você precisa intencionalmente colocar ele PR dar para entender que aquilo é importante
senão ele não vai e dizer o que não é importante e dizer o que não é importante pensa pensa você senta ali para fazer uma tarefa e você põe seu celular do lado e aí toda vez que o celular apita você vai olhar o celular você tá dizendo presse srebro que o que é importante que que é mais importante a planilha ou o celular Se toda vez que o celular apita você tira sua atenção da planilha e coloca no celular cérebro entende importante é onde eu coloco a minha atenção principalmente em primatas visual então nos
primatas o cunho visual da atenção é muito importante então para onde eu olho eu estou direcionando a minha atenção Se toda vez eu tô aqui fazendo a planilha e bipa meu celular eu olho bipa meu celular onde tá minha atenção aqui ou aqui aqui e é uma competição desleal porque isso aqui preenche muitas das subterfúgios que o cérebro adora né que é eh pertencimento então você tá ali vendo o que o seu grupo social está fazendo e eh tem essa questão da novidade que cérebro adora a novidade Então você fica o tempo inteiro estimulando ele
com isso versus a planilha chata que te evoca emoções ruins isso aqui que te evoca emoções boas não tem como competir então a gente acha que a gente tá com dificuldade de estudar de sentar e trabalhar de ler um livro não gente você tá colocando essas atividades com uma competição desleal pro seu cérebro e aí realmente vai ficar muito difícil a sociedade não é só do cansaço né a sociedade é da desatenção da distração também então Eh muitas pessoas de fato comentam né Bru cada vez mais será que eu tenho um tor de Déficit de
Atenção e hiperatividade pode ser que sim né mas a gente vê que Mas pode ser que não Mas pode ser que não mas na nossa conversa a gente consegue entender que muito do porqu todo mundo tá se sentindo muito cansado desatento distraído é por conta de um cérebro estressado de um mau uso do nosso C de um mau uso do nosso cérebro e de um contexto social que a gente vive hoje também e você sabe uma coisa João também que é muito interessante eu tava vendo um pesquisador Agora não vou lembrar o nome dele que
ele tava falando que o Brasil é um dos países com maior quantidade de Burnout o país mais ansioso né o país mais ansioso do mundo e ele trouxe uma hipótese que eu achei muito encaixada que ele fala assim que países onde a cultura pede por Integração Social pede por cooperação pede por interdependência como o Brasil né que valoriza demais esse convívio social essa troca a competição e a desagregação social que traz um ambiente de trabalho tóxico é muito mais judicial do que em países onde a cultura é mais isolada mais egoísta mais independente por quê
porque nosso cérebro e isso é uma coisa que a gente precisa entender assim muita profundidade toda a parte cortical nessa parte mais nova do nosso cérebro que nos diferencia dos outros animais dos animais não humanos ela foi desenvolvida pela natureza para deixar com que a gente possa ser mais eficiente no convívio social então por exemplo o que que a parte pré-frontal faz ela faz autorregulação então o o instinto fala eh vou roubar a comida do do meu amiguinho porque o meu amiguinho não está comendo o seu cérebro PR Cortex pré fontar falar não vamos fazer
isso porque a se a gente vai se indispor com o amiguinho a gente pode precisar do amiguinho para caçar amanhã então essa parte foi desenvolvida no ser humano exatamente para a gente não responder aos nossos instintos diretamente não só reagir instintivamente a gente ter alguém dentro do nosso organismo da nossa estrutura cerebral falando Opa isso aqui pode atrapalhar a gente amanhã em termos de convivência social Por quê a o nosso cérebro ainda vive com os princípios do tempo que a gente era caçador e coletor E se a gente fosse enfrentar um Predador sozinho a nossa
chance vers um pred out a nossa chance contra qualquer animal da natureza é quase minúscula mas nós em grupo Somos Imbatíveis não só pelo uso de ferramenta Mas pela capacidade de dar atividades específicas para cada um pra gente conseguir coordenar alguma coisa um ataque em conjunto Então essa interdependência humana essa necessidade de confiança nos outros seres humanos que estão ao nosso redor E essa esse entendimento de que eu posso contar com esses seres humanos pra gente juntos sobreviver é da natureza humana Uhum E quanto mais a gente ao invés de fazer isso a gente tá
competindo a gente tá eh desconfiando a gente tá inseguro com outros seres humanos isso é muito prejudicial para esse cérebro muito prejudicial então a gente adiciona o stress do cortisol mais um stress que é esse stress da Separação social da não capacidade de confiar e interdependent E aí realmente é é é um um lugar que você olha assim onde tudo tá ruim e aí não tem como ter saúde porque em última instância quando a gente não confia no outro ou a gente tá se comparando com o outro a gente tá colocando a nossa sobrevivência em
risco eh eu gosto muito da perspectiva que a eh terapia focada na compaixão traz pra gente eh e o que você tá trazendo pra gente é é uma base extremamente valiosa porque nosso cérebro ele evoluiu de um lugar comum ele tem uma base evolucionista importante que explica o porque que a gente age como a gente age né Eh e dentro dessa perspectiva eh o professor Paul Gilbert isso eu acho que é muito valioso para quem é nutricionista para quem é psicólogo que acompanha a gente que tem interesse né Eh sobre essa temática eh ele traz
essa perspectiva pra gente de que como ser humano a gente nasce não nasce pronto pra vida a gente precisa de um outro ser humano que vai precisar ter empatia para reconhecer quando a gente tá com fome com frio né que a gente precisa de abrigo e quando o outro tem essa sensibilidade pro nosso sofrimento ele vai tomar uma atitude de de ajuda que é o que a gente tem como a base ali do da da compaixão né então compaixão sendo definida com essa essa sensibilidade pro sofrimento do outro com essa atitude de querer aliviar esse
sofrimento então a compaixão ela na verdade é é uma necessidade básica humana pra sobrevivência e quando a gente é sensível a a à comparação social o que o outro pensa sobre mim ao que o outro acha sobre mim em última instância Eu sinto que eu tô sendo ameaçado minha vida tá sendo ameaçada E aí a a a essa essa base eu acho que ela é muito valiosa paraa gente entender que nós somos seres sociais que a forma como que a gente se relaciona com o outro importa muito e que esse stress que a gente é
exposto de uma forma mais ou menos consciente pode tá impedindo a gente de chegar em lugares que a gente quer chegar por exemplo mudar os nossos comportamentos mudar nossa alimentação mudar às vezes hábitos de trabalho fazer uma planilha que a gente precisa fazer eh E conforme você foi falando acho que um ponto que eu queria aproveitar sua expertise Bruna é muito na Perspectiva a gente até começou a falar sobre esse assunto sobre o sofrimento como a gente Evita o sofrimento e uma coisa que acontece no dia a dia do de muito dos meus pacientes eu
vejo que as pessoas estão com muita dificuldade é de lidar com a disponibilidade de comida em casa e às vezes tem uma perda de controle porque desconta as emoções na comida eh e aí estava falando do exemplo da planilha Eu Fiquei imaginando essa pessoa com uma planilha só que em vez de olhar o celular ela tá comendo né E a comida é muito recompensadora pra gente e acho que seria muito legal se você pudesse trazer pra gente essa perspectiva desse sinalizador químico que as pessoas falam tanto hoje que é a dopamina Qual que é o
papel da dopamina nesses comportamentos de perda de controle Fala um pouquinho pra gente a dopamina não é vilã viu gente dopamina é uma é um neurotransmissor incrível neuromodulador eu gosto muito mais de usar o nome neuromodulador do que neurotransmissor porque que que a dopamina faz a a dopamina ela modula comportamentos E literalmente assim é é muito legal existe uma uma parte no nosso cérebro que chama filtro do comportamento hiper simplificando tá gente não vamos usar nomes complexos porque não é o ponto aqui e que que é o filtro do comportamento filtro do comportamento é o
lugar onde vão todas as possibilidades de comportamento que referem-se aquele contexto então assim o contexto se apresentou aí seu cérebro vai buscar no repertório dele que que eu costumo fazer quando esse contexto se apresenta para mim E aí essas possibilidades de comportamento vão passar pelo filtro do comportamento e a dopamina ela vai ser a moduladora ela vai falar esse comportamento aqui é mais valioso que esse Então vamos privilegiar esse comportamento aqui só que quando a gente não tem autoconhecimento ou quando a gente tá estressado ou quando a gente dorme pouco ou quando a gente tá
em um ambiente tóxico de competição ou quando a gente tá se comparando nosso cérebro tende a dar valor a dar dopamina a comportamentos que são diretamente ligados à nossa sobrevivência e não a desenvolvimentos intelectuais e não a mudança de comport e quais comportamentos que estão diretamente ligados à nossa sobrevivência comer descansar que aí a gente pode entrar na questão porque às vezes a pessoa não tá dormindo Fala assim ah mas como ele PR eu não consigo dormir direito não gente procrastinar e ficar de preguiça é descanso é poupar energia né então arrecadar energia poupar energia
pertencer e evitar dor e ameaça são os princípios primordiais do seu cérebro então toda vez que a gente tá sem a capacidade de acessar o nosso autoconhecimento nosso autocontrole nosso pensamento Nossa autocompaixão não é rigidez é autocompaixão a gente confunde muito eu vou falar um pouco sobre isso eh a gente fica preso nesses comportamentos básicos então a dopamina acaba indo muito para esses comportamentos básicos no filtro de comportamento então de novo é infelizmente na nossa sociedade hoje os alimentos hiperpalatáveis eles sequestram o nosso o nosso filtro de comportamento porque você imagina que um cérebro normal
ele tem um certo nível de dopamina que ele dá para cada comportamento que ele produz uma quantidade de dopamina durante o dia e aí ele vai dando dopamina pros comportamentos que ele elege como os mais valorosos pra gente ter como resposta àquele contexto quando você come um alimento hiper palatável você tá trazendo do mina extrínseca artificialmente para esse filtro de comportamento só que esse cérebro que não consegue entender que existem alimentos que podem trazer uma dopamina artificial para esse sistema acredito que puxa esse comportamento é incrível porque ele encheu de dopamina meu cérebro Vamos repetir
É então ele sequestra o filtro de comportamento Então quando você come um alimento hiperpalatáveis entar E aí você fica e esse é o princípio do vício por exemplo Então você fica trazendo e esse comportamento como comportamento mais válido para esse contexto todas as vezes então se você tá ali né você precisa sentar para ler um livro para estudar aí você senta para estudar e aí você oferece para seu cérebro a opção de comer uma bolachinha aí ele come a bolachinha ele fala nossa isso aqui dá muito mais dopamina que isso aqui do que alface ou
seja não do que estudar Por exemplo essa bolachinha em comparação a esse estudar que esse humano tá propondo a bolachinha dá muito mais dopamina do que estudar então o que que ele vai falar como ele não entende a diferença entre bolachinha e estudar para ele comportamento é comportamento né o seu cérebro tá ali comportamento que que você falou para ele esse comportamento tem mais valor que esse porque esse comportamento libera mais dopamina que esse então Qual o comportamento que eu vou repetir o que tem mais valor para ele então além de ter uma dopamina extrínseca
ainda me traz energia esse comportamento é incrível ele é maravilhoso vamos fazer ele sempre e aí o que acontece quando você entregou essa opção pro seu pro seu cérebro Mas você como humano Gostaria de continuar estudando e não ficar comendo bolachinha o dia inteiro porque por ele agora ele come bolachinha o dia inteiro você vai ter que o quê usar a autorregulação o autocontrole a força de vontade para não ficar o dia inteiro comendo bolachinha e voltar pro estudo e isso é muito difícil fazer esse processo tempo inteiro principalmente para um cérebro estressado com pouco
sono é um super por isso que as pessoas não consegu mudar comportamento porque assim você consegue no dia um no dia dois no dia TR depois de quatro dias aumentou seu nível de estress um pouquinho acabou sua chance a gente repete comportamentos aprendidos né acho que isso é um ponto bastante important importante E aí quando você foi falando sobre né Qual que é o contexto a gente pode pegar uma pessoa que tá trabalhando e tá trabalhando em casa no Home Office ou no escritório né E ali ela tem alimento na gaveta ou ela tem alimento
acessível quando ele ela tá fazendo aquela planilha chata ou ela sente tédio por qualquer motivo a chance dela buscar um comportamento que vai trazer essa dopamina essa distração porque assim imediata é é grande né Ach eu eu vamos vamos trabalhar dois contextos do dois conceitos aqui o primeiro é que assim comportamentos são veículo do nosso cérebro para sair do ruim e ir pro bom que que eu quero dizer com sair do ruim e ir pro bom sobrevivência ameaçada sobrevivência garantida como é que a comunicação do seu cérebro com o humano dele para dizer humano estamos
no ruim queremos ir pro bom emoções então cérebro faz você experienciar emoções ruins quando para ele não tá legal e experienciar Emoções boas quando para ele tá legal qual o problema o problema é que assim normalmente as emoções boas deveriam vir de ocitocina e serotonina que são neuromoduladores que trazem calma pertencimento segurança segurança né carinho eh tranquilidade alegria que é o foco Central das práticas de m e compaixão isso isso por isso que a gente vai entrar nisso e por isso que eu trouxe ess essa questão o que acontece esses neuromoduladores e assim não na
totalidade tá gente não vamos falar não existe nada no nosso cérebro que é sem ou zero Tá mas são neuromoduladores que estão muito mais presentes no parassimpático né naquele naquilo que a gente conversou no começo do descanso do qu no simpático que é o estess O Simpático que é o estess que é governado pelo cortisol é um estado em que não faz muito sentido para esse cérebro Porque pensa assim pensa na lógica do cérebro se eu estou sobre ameaça em Alerta eu não posso tá calma e tranquilo não faz sentido por que que eu vou
estar produzindo neuromodulador que tranquiliza o sistema inteiro se eu tô em Alerta e ameaça então Normalmente quando a gente tá com altos níveis de cortisol a gente tem níveis mais baixos de seratonina e o que acontece é que precisa o cérebro se comportam para sair do ruim e pro bom se não tem seratonina não tem oxitocina porque eu tô num ambiente competitivo tóxico e oxitocina é o neurotransmissor do do pertencimento do gostosinho do acolhimento né que pode ser só você com você mesmo também né não precisa vir do externo isso isso é é uma lenda
né que ocitocina só vem do abraço ou do contato com outros seres humanos você pode produzir ocitocina se você se ama na autoestima nosso toque na autocompaixão noss aut toque libera o cocin Com certeza né a gente a gente gostar da gente mesmo libera o cin Mas vamos voltar a gente tá aqui no nesse organismo cheio de cortisol que por tá na ameaça não vai tá na calma então ele não tá produzindo seratonina mas ele quer sair do ruim e ir pro bom Qual é o neuromodulador disponível então para sair do ruim e pro bom
a dopamina então quando a gente tá em situações de stress crônico nosso cérebro fica recorrendo a recursos dopaminérgicos para tirar a gente do ruim e ir pro bom qual o recurso dopaminérgico o que você ensinou para ele para algumas pessoas vai ser cigarro para outras pessoas vai ser comida para outras pessoas vai ser álcool para outras pessoas vai ser jogo né que agora tá essa loucura desse Tigrinho para cada pessoa vai ser algumas pessoas vão ter alguma coisa mais leve tipo sei lá maratona Netflix Uhum mas pouquíssimas pessoas vão ter essa liberação dopaminérgica por exemplo
na atividade física porque é uma coisa que exige esforço você precisa ir contra os princípios básicos do seu cé para implementar então assim você fica vivendo nesse mundo cortisolo trazendo migalhas de dopamina para sair do ruim e ir pro bom dopamina para ir sair do ruim e ir pro bom isso é muito instável porque você vai precisar o tempo inteiro ficar recorrendo porque a dopamina ela é fásica né a dopamina que traz esse alívio ela é fásica então subiu me senti um pouquinho melhor caiu de novo e na questão alimentar é ainda pior porque quando
a gente pensa que a gente tá num organismo cheio de estresse aí a nossa dopamina vem da alimentação de alimentos hiperpalatáveis hipercalóricos então eu vou lá tô no estresse ai preciso preciso de um alívio como o bolinho não ou o chocolate comi o chocolate sinto culpa e arrependimento porque eu não deveria ter comido chocolate porque eu tô gorda eu tô me comparando que que você acabou de fazer mais stress mais estess seu organismo vai pedir o quê compensa e você fica nesse ciclo eterno de stress dopamina culpa arrependimento estress dopamina culpa ciclo exato E aí
assim se você não entende que a única maneira de você sair é você parar de responder ao stress com dopamina e passar a responder o stress com seratonina e oxitocina que vem da onde práticas que te propcia e entrar nesse estado de calma uma coisa que eu acho muito linda da meditação e por isso que funciona tanto principalmente o mindful nessa presença o estado de atenção é que se você pensa que você tá se está no estado cortisolo o cérebro não vai produzir seratonina porque ele não tá calmo ele tá estressado Mas você pode contar
para esse cérebro que o contexto não é ameaçador que ele não precisa est nesse estado co tiolico que ele pode entrar na serotonina como é que você faz isso respirando e a a culpa também né Acho que Ah sim Claro menos rigidez né você olhar para você eu acho que você trouxe esse conceito de O que é autocompaixão eu eu tenho também um olhar da da Cris nef né que eu acho lindo que ela fala que S A A A compaixão é a humanidade compartilhada Uhum é você olhar pro ser humano e falar somos todos
imperfeitos cada um com a sua imperfeição Quem Sou Eu para julgar a sua imperfeição como mais imperfeita que a minha uhum né somos todos imperfeitos Então vamos todos nos harmonizar na possibilidade de que existem muitas maneiras de fazer as coisas e que tudo é válido pra gente conseguir eh conviver e reconhecer que esse sofrimento é uma condição humana né É É muito curioso como a autocompaixão pode instrumentalizar a gente a a se relacionar diferente com a gente mesmo com esses comportamentos e e como tudo isso tem a ver com a neurociência como a neurociência explica
o porque que essa forma de lidar com as com o próprio comportamento com o corpo com os pensamentos contribui tanto pro processo de mudança acho que dentro do que você já trouxe aqui pra gente é uma regulação também química e hormonal que favorece a mudança comportamental reduzir estress aumentar ocitocina aumentar a serotonina por outras vias que não seja dos comportamentos já aprendidos como né descontar na comida usar a comida como um veículo e uma coisa muito eh curiosa no que você tava trazendo Bruna é de que eh nosso cérebro ele vai identificando na comida eh
esse processo de liberação de dopamina eh os alimentos que são mais e menos recompensadores de acordo com o consumo de energia então Eh se a gente for olhar para como a gente forma as nossas preferências alimentares nosso cérebro ele prefere de fato alimentos que são mais densos em energia né Eh é isso é muito eu gosto lei do mínimo esforço nosso cérebro ser a lei do mínimo esforço se eu gasto menos energia e consumo mais energia para consumir mais energia eu garanto mais minha sobrevivência perfeito e e é e é interessante eu gosto dessa explicação
para que as pessoas entendam que se quimicamente né o nosso cérebro funciona assim a culpa não vai ser uma forma de lidar com isso porque isso é só uma resposta comum esperada de todos os seres humanos frente à comida né não tem nada errado não com você não é porque você não tem disciplina Ou você não quer o suficiente não você tá lutando contra uma biologia uma lógica biológica Não faça isso com você não lute contra lógicas biológicas Um dos problemas que a gente tem de dificuldade de implementar mudanças de comportamento é que a gente
não entende a lógica do nosso cérebro e a gente fica querendo imprimir a nossa nele Mas quem se comporta é ele ele sempre vai ganhar de você não e colocar o nosso próprio tempo né o desafio de 21 dias já dá um outro podcast só para falar disso né é eu acho que tá interessante assim que as pessoas estão tão rasas é tanta informação mas ninguém se aprofunda em nada que alguém vira e fala assim olha se muda um hábito em 21 dias ninguém para e fala assim Nossa como é que é assim um organismo
biológico que não tem um calendário segue dias para fazer uma mudança assim no 20 não mudei no 21 mudei gente tem um interruptor né não é porque você entrou num grupo de WhatsApp que o seu cérebro entendeu 21 Ah tá bom se eu repetir 21 vezes um comportamento ele vai eu sempre brinco que é assim é muito interessante que a gente tem uma percepção assim n não é muito difícil se disciplinar aí eu sempre dou um exemplo que eu falo assim quer ver como não é chocolatinho às 4 da tarde começa a dar pro seu
cérebro um chocolatinho às 4 da tarde para ver Quanto tempo você demora pra se não tiver chocolate na sua gaveta às 4 da tarde você ligar no iFood descer na loja de conveniência uma disciplina para achar esse chocolate né porque que que é disciplina motivação e esforço para fazer um comportamento o ponto é que a gente quer se disciplinar pras coisas que o nosso cérebro não é autodisciplinado a gente quer se disciplinar para coisas e que a gente gostaria que ele colocasse motivação e esforço mas enquanto a gente tá colocando essas coisas para competir com
alimentos com alto teor energético ou com descanso procrastinação ele nunca vai atender você né enquanto essas coisas alternativas não tiverem um valor intrínseco percebido pelo seu cérebro como alto né a gente não tem como competir com essas questões e sabe uma coisa que eu acho muito importante a gente entender Até para tirar a culpa essa ainda mais tira mais culpa dessa questão do comportamento alimentar pensa comigo nosso cérebro de novo vive dentro de uma caixa fechada escura e ele mora ainda no tempo que a gente era caçador e coletor eu ter eu falo em termos
de estruturas biológicas De respostas biológicas tá gente não em termos de inteligência e de desafios etc então na natureza não existe nenhuma combinação que seja muito calórica e nada nutritiva não existe isso então o nosso cérebro ende falsamente que tudo que é muito calórico muito energético é muito nutritivo Então por que que ele não iria querer comer se tudo que é muito energético é muito nutritivo Poxa por você não tá me dando aquele negócio humano você coloca você coloca um chocolate para competir com uma salada ele fala não vamos comer o que é muito energético
não não isso aqui porque isso aqui isso aqui é pouco energético mesmo que você tenha decidido que vai fazer o desafio de 21 dias salada o seu cérebro ele não vai entender dessa forma porque ele evoluiu ao longo de muitos e muitos anos para não entender dessa forma é claro você pensa que a gente viveu grande parte da nossa existência como seres humanos passando fome não com superávit alimentar então o nosso cérebro o que que são 70 anos versus 200.000 de evolução né então os mecanismos nossos cérebro são voltados pra escassez alimentar e não para
super Avit alimentar para comer quando a comida tá disponível quanto for possível não parar de comer é isso que a gente tem que entender os mecanismos automáticos do nosso cérebro são coma muito muito calórico o máximo que você puder Quantas vezes você puder com o mínimo de esforço possível com o mínimo de esforço possível e tente não gastar deita aí e não gasta exato e E aí isso traz muito para teorias que explicam teorias até que envolvem a própria dopamina sobre o ambiente alimentar e como as mudanças do ambiente alimentar que é essa mudança da
densidade energética dos alimentos pode explicar o ganho de peso da população e essa questão cza e uma coisa importante é a gente entendeu Já que o nosso cérebro ele quer comer quando a comida tá disponível Isso é uma característica evolutiva mas a gente tem essa parte racional igual você comentou primitivamente come quando a comida tá disponível que isso garante sua sobrevivência racionalmente a gente vai eh pelo contexto por vários outros motivos até por funções do nosso cérebro tendo esse controle inibitório essa capacidade de inibir esses impulsos alimentares quando a gente vê comida sente o cheiro
de comida porque a dopamina é liberada em duas fases né a gente pode até se aprofundar nisso se você quiser eh mas a dopamina é liberada em duas fases na fase de antecipação quando a gente sente o cheiro de comida vê comida pensa em comida Isso já faz com que a gente tenha motivação para comer e quando a gente come a gente tem essa recompensa que vai ser equivalente ao consumo de energia essa equivalência faz com que a gente queira repetir se é mais energético mais recompensador a gente já vai gravando como a gente aprendeu
esse comportamento onde a gente encontra você comentou né I food e a a conveniência a gente já vai entendendo onde encontrar esses alimentos e vai repetindo né É É a primeira vez que você se comporta vamos dizer a primeira vez que o você expõe o seu o o seu cérebro é um comportamento novo a um alimento novo vamos dizer primeira vez que eu fui comer um chocolate uma novidade novidade nunca comi chocolate vou comer chocolate pela primeira vez aí a dopamina é liberada só depois né então como é que funciona tô indo lá fazer um
comportamento esse comportamento é neutro ele não tem uma hiper mooa então ela não tem uma dopamina direcionada antecipatória eu vou lá eu me comporto como chocolate seu cérebro faz assim nossa isso é incrível é maravilhoso mano muita dopamina para você muita dopamina que que é dopamina nesse sentido é o neurotransmissor neuromodulador do aprendizado vamos fazer isso de novo porque isso é muito valoroso pra nossa sobrevivência que é o que você comentou anteriormente sobre ISO E aí o que acontece Beleza quanto mais valoroso pra nossa sobrevivência é aquele comportamento mas o seu cérebro vai priorizar esse
comportamento versus todos os outros porque o que seu cérebro tem a única coisa que seu cérebro faz dentro de um ser é ajudar ele a sobreviver né então se você mostrou para ele que existe um comportamento que tem alto valor pra sua sobrevivência entrega muita energia cérebro fazer esse comportamento é incrível Gostei muito desse comportamento humano vamos repetir ele sempre sempre E aí como é que ele o cérebro fala para você vamos repetir sempre a próxima vez que você tiver qualquer e que como é que fala eh qualquer dica uhum PR fale sobre estímulo que
fale sobre chocolate ver chocolate pensar qualquer cheiro ou que você sabe que tem chocolate perto seu cérebro vai fazer o quê traz a dopamina para antes do comportamento para falar vai lá humano faz aquele comportamento gera motivação é vai lá vai lá motivação e esforço que é engajamento então eu me motivo e eu me mantenho motivado até realizar o comportamento aí quando eu realiza o comportamento seu cérebro faz o quê muito bem humana gostei me obedeceu mais dopamina mais dopamina para você pouquinho mais de dopamina para você mas que que eu queria falar para vocês
que pode ser um grande mudança de chave na cabeça de vocês quando a gente fala desse comportamento do pam nético principalmente voltado à alimentação Vocês entenderam que o cérebro faz isso Por quê ele quer sair do ruim que é estou com fome no começo sei lá vamos dizer estou com fome a primeira vez que você come um chocolatinho e depois pode ser qualquer emoção ruim tô triste tô angustiado tô ansioso Então vamos dizer tô ansioso tô ansioso na minha mesa comi um chocolatinho melhorou Minha ansiedade porque querendo ou não a dopamina traz o bom tava
no ruim trouxe o bom E aí você deu um recurso ótimo pro seu cérebro para lidar com ansiedade então toda vez que a gente tiver ansioso a gente come esse negocinho aqui e fica menos ansioso por alguns segundos M PR pro Sea c não tem problema que é por alguns segundos e depois você vai entrar em culpa e arrependimento porque depois é só fazer de novo é só fazer de novo é só fazer de novo não é porque não mas muito bem vamos pensar assim por que que eu tive que comer chocolate porque eu tava
ansioso Então quer dizer que se eu tiver menos ansioso eu vou recorrer menos ao chocolate claro Claro porque o mecanismo dopaminérgico precisa do gatilho uhum não existe mecanismo dopaminérgico de motivação e esforço sem gatilho por isso que funciona também você alterar o seu contexto Então quando você exclui o chocolate da sua vida de todos os lugares onde você convive não tem mais chocolate precisa de tanta motivação e tanto esforço para conseguir aquele chocolate que seu cérebro faz assim ai não vai tudo bem Vamos tentar outra coisa hum Então você tem duas opções vamos dizer quando
você tá por exemplo usando a alimentação como uma maneira de você apaziguar Uma emoção ruim você pode modificar o contexto para aquele comportamento hiper moo e perdendo a sua hipermidia o que você não quer e facil o que você quer seu cérebro vai tirando a dopamina daquele comportamento que tá de difícil porque começa a gastar energia demais e Cérebro são otimizadores de energia começa a não compensar ou você melhora o seu lugar de Emoções ruins tem mais habilidades também para lidar com esse estado emocional exato exato quando você se sentir ansioso tenha esse lugar de
aut compaixão de falar é isso gente todo mundo fica ansioso estou ansioso mesmo tá ruim tá ruim mas tá tudo bem eu posso me acolher aqui Na ansiedade sem precisar recorrer a uma distração dopaminérgica e quanto mais você fica nesse lugar menos assustador ele é porque você vai perceber que aos poucos essa ansiedade para de te dominar quando você para de responder a ela com hiper damiza que depois vai te gerar culpa e arrependimento e vai estressar de novo esse organismo então assim se você só Senta Na ansiedade e você respira você faz uma prática
de mindfulness você faz uma prática de autto acolhimento e você fala tá bom vou tô ansioso mesmo tá ruim e eu vou ficar aqui um pouquinho e você não recorre vai diminuindo a necessidade ele vai conseguindo te trazer seratonina calma tranquilidade E aí ele já entende que tudo bem meu humano entendeu que agora que quando ele tiver ansioso a gente tiver inseguro dá pra gente só ficar eu não preciso fazer nada Exato eu não preciso reagir eu posso ir pro fundo de quadra esperar a bolinha bater e pensar onde eu vou mandar essa bolinha agir
de uma forma mais planejada mais organizada e e é muito curioso isso porque o maior desafio que a gente enfrenta talvez não seja o maior mas um dos maiores ou um dos grandes desafios eh na mudança da alimentação hoje que o profissional tem e que as pessoas sentem trazem pra gente é que quando ela decide mudar um comportamento por exemplo eu quero reduzir o consumo de chocolate ou eu sinto que eu estou exagerando muito no consumo eh de chocolate ou estou perdendo o controle as pessoas tão restringir né a a a mensagem que se passa
muito hoje na nossa sociedade é que restringindo eh ou fazendo dieta a gente vai conseguir de fato ser uma pessoa controlada e quando a gente pega a perspectiva da neurociência a gente vê que isso não existe de que a gente para mudar comportamento precisa de reconhecimento de como a gente funciona eu também defendo muito essa ideia e reconhecer como a gente pode construir habilidades diferentes para lidar com criar repertório para lidar com esse comportamento né Eh dentro dessa perspectiva acho que já já dá pra gente começar a trazer cada vez mais o papel do mindfulness
da autocompaixão nesse cenário e existem vários processos e mecanismos que já são elucidados eh que facilitam o processo de mudança do comportamento né então você tava já trazendo aqui pra gente a gente até iniciou o nosso podcast falando o quanto eh quando a gente tá no estado de sofrimento a gente busca eh a felicidade tem uma frase do al lama que ele fala muito isso nós evitamos o sofrimento o tempo todo em tudo que a gente faz na forma que a gente age é o nosso funcionamento a gente tá o tempo todo evitando o sofrimento
e buscando a felicidade tem uma outra frase que você fala Bruna que você pode até trazer pra gente sobre os infernos né conhecidos do que os paraísos não não não conhecidos eh então assim pensando em mindfulness e como ele pode beneficiar a mudança do comportamento alimentar tem essa questão de como a gente pode tolerar o desconforto tem essa capacidade de olhar pros pensamentos de uma outra forma de se tratar com gentileza eh existem estudos de mindfulness mostrando aumento dessa capacidade de controle dos impulsos né você comentou muito sobre como eh em determinados contextos a nossa
atenção pelo estess se regula no stress ela se retroalimenta de repente a gente pensa na planilha que a gente não consegue fazer se a gente come chocolate a gente fica focado na culpa no quanto a gente não é capaz a gente vai retroalimentando esse diálogo interno deixando a gente cada vez mais frustrado e impedindo a gente de mudar então assim existe existe uma uma assim série de fatores de como mindfulness poderia nos beneficiar e eu queria que você começasse a trazer aprofundar essa essa discussão pra gente na sua perspectiva como neurocientista estudando sobre comportamento Como
que você vê né em mais detalhes o mindfulness para ajudar as pessoas que estão ouvindo a gente que T dificuldade de mudar o comportamento a mudar olha se tem um mecanismo que tem muita consistência de estudos científicos e de prática clnica né mostrando que funciona é uma quando a gente tá pensando em mudar comportamento por gente alguns P primeiro céreos se compam para sair do ruim e pro bom sair do sofrio e para algo melhor então quando você quer interferir nesse comportamento muito mais fácil você interferir nesse comportamento se o ruim não tá tão ruim
né se a gente consegue diminuir a importância desse ruim né a a incidência desse ruim a profundidade desse ruim se ele tá menos ruim a gente precisa a gente tem mais tempo para entender qual comportamento a gente quer quando a gente tá no estess profundo ou no sofrimento profundo o nosso cérebro sempre vai escolher pela gente o nosso comportamento a gente tem pouco espaço de Sabedoria para influenciar nisso então usar rigidez a disciplina a força de vontade para sair do ruim pro bom só faz a gente ficar rodando do ruim Sai do ruim ex piorar
o que já tá ruim a gente vai do ruim para muito ruim do muito ruim pro ruim do ruim muito ruim e por quê Porque você concorda comigo que quando eu tô tentando implementar uma mudança de comportamento é um movimento difícil não existe com mudança de comportamento fácil porque você tá pedindo para um cérebro que já casou com mecanismo neural então ele tá com os neurônios ali todos sinap ligados juntinhos para ele separar essa sinapse e fazer novos caminhos neurais isso precisa de muito esforço desse cérebro neuroplasticidade que é esse movimento de flexibilizar um comportamento
ensinar pro seu cérebro uma maneira nova de fazer alguma coisa é altamente complexo e energético para um cérebro Então quando você tá aqui gastando sua energia toda no estess seu cérebro se torna sim menos neuroplástica porque ele tá menos disponível para você para desfazer os caminhos que ele tá usando e fazer novos ele costuma fazer o quê Mais do Mesmo Então o que eu falo cérebros preferem infernos conhecidos a paraísos desconhecidos por quê no inferno conhecido eu já tenho meus hábitos já tenho minha maneira de liar eu não preciso extravazar energia quando eu não tenho
energia para fazer muito curioso isso desculpa te interromper porque e os pacientes falam muito né sobre eu já entendi que eu não tenho que fazer isso eu já entendi que não tenho que usar comida para lidar com as minhas emoções eu já entendi isso mas eu não consigo fazer diferente e acho que a sua frase a sua explicação eh traz muito essa perspectiva né o por que que isso tá então de fato acontecendo você sabe que assim eu falo muito que comportamentos eles são sintomas eles não são causas Então quando você por exemplo vamos dizer
quero parar de tomar refrigerante todo dia eu tô lá em casa tô trabalhando faço Home Office e vira e mexe me eu me pego eu tô indo na geladeira tomar refrigerante eu quero parar de tomar refrigerante para vocês entenderem como comportamento é um sintoma não uma causa que que eu falo eu tenho uma técnica que eu falo que eu chamo de técnica do desencaixe Então você pega um dia na sua vida normal sem mudar nada tira o refrigerante da geladeira ou Coloca ele num lugar diferente do que você sempre coloca na geladeira por Eu quero
que você se perceba no espaço de chegar na geladeira no automático que é um hábito do seu cérebro abrir a geladeira e falar u Cadê o refrigerante E aí você ganha cognição de volta para falar assim ah eu tirei o refrigerante do lugar porque eu quero entender por que eu tô vindo na geladeira tomar refrigerante quando eu quero parar de tomar refrigerante E aí você vai perceber que antes de você levantar para vir na geladeira você estava numa tarefa tediosa E aí você vai começar a perceber aí daqui a dois dias você faz de novo
não pode ser em dias seguidos porque senão seu cérebro é espertinho ele já vai saber né daqui a dois dias você faz assim de novo aí você se percebe fala pua de novo eu tava numa atividade tediosa E aí que que você tem que entender que o ir à geladeira tomar refrigerante é o que eu ensinei pro meu cérebro que eu faço quando eu estou no Ted então ao invés de querer parar tomar refrigerante por por parar de tomar refrigerante que é só um sintoma do como ess cérebro tá usando o comportamento para sair do
ruim e pro bom você tem que entender puxa ou eu tenho que ficar menos entediado ou eu tenho que aprender a lidar com o tédio ao invés de querer parar S referente que você vai ter que usar força de vontade a disciplina e a rigidez para fazer porque você não tá lidando com a causa do comportamento de onde tá vindo a dopamina a dopamina que vem para você levantar para tomar refrigente para você se esforçar vem do tédio não dá vontade de tomar refrigerante é o que a gente vai chamar de gatilho isso vem do
gatilho então enquanto você não entendeu o seus gatilhos e souber L dar melhor com eles é muito difícil mudar um comportamento mudar o comportamento pelo comportamento é um erro é um erro lógico do de como a gente entende quem fazer eu só quero chega no nutricionista eu quero para de tomar refrigerante me dá a fórmula mágica isso E aí fica não e aí eu é um problema da humanidade né porque aí se vem alguém na internet e fala assim eu descobri como pessoas param de tomar refrigerante você precisa fazer isso isso isso isso isso as
pessoas caem o método dos 21 dias é o a pírula Mágica o atalho não sei o quê Eu brinco que assim usar atalhos quando você não entende a lógica do seu cérebro É como se você tivesse um cachorro que faz xixi na casa inteira aí você fala ai não aguento mais meu cachorro fazer xixi na casa inteira eu preciso que ele faça xixi nesse cantinho aqui uhum ao invés de ensinar seu cachorro a fazer xixi no lugar certo você amarra o cachorro no lugar de fazer xixi ele vai fazer chti no lugar certo vai mas
porque você amarrou a hora que você soltar ele vai fazer o quê voltar a fazer gestinho no lugar errado é assim que é com comportamento se você tá usando um recurso artificial que não é o entendimento de qual é a sua lógica Por que que você faz aquilo que você faz do jeito que você faz você tá amarrando o seu cachorro no lugar do xixi você não tá ensinando ele a não fazer xixi no lugar errado e vou até trazer um exemplo para contextualizar isso né Por exemplo sobre o chocolate quando existe uma situação Isso
é uma conduta minha na prática Clínica né às vezes eh chega ali aquela questão de um consumo muito elevado de um alimento particular vamos usar o chocolate de exemplo eh diminuir a disponibilidade em casa pode ser uma forma de reduzir o consumo porque você tá mexendo no ambiente no gatilho só que a pessoa não não vai conseguir viver no mundo sem chocolate ela consegue as vezes controlar o ambiente eh então o o mindfulness aqui a gente pode utizar por exemplo para ir reintroduzindo esse alimento de uma forma onde ela vá aprender a lidar com a
disponibilidade né então a gente vai usar muito da consciência alimentar que é essa estratégia que a gente usa para conduzir mindfulness para perceber os sentidos enquanto come para desacelerar para modificar o ritmo que come para desautomatizar né ou seja eh pensa que você mudou ali o refrigerante de lugar né Pensa que é o chocolate mudei o chocolate de lugar coloquei num lugar mais alto coloquei num outro lugar desautomatizar não mas eu decidi comer chocolate mas vamos comer de uma outra forma talvez não consumi o refrigerante enquanto tá trabalhando né fazendo a família é quando você
faz isso você não come o chocolate para compensar Mas você come o chocolate porque é gostoso você tá desarticulando esse esse modelo de comportamento que você ensinou pro seu cérebro porque ele tava usando chocolate até agora para aliviar a ansiedade uhum se você senta respira pega o chocolate e Come o chocolate Você concorda comigo que você não tá mais usando o chocolate para sair da ansiedade você tá usando chocolate para sentir um prazer de comer chocolate e eu vejo muitas vezes assim tem estudos interessantíssimos nesse sentido com pessoas com com hábito de fumar né em
que as pessoas usam mindfulness para ajudar as pessoas a parar gente fumar fala assim ao invés de você só tô ansioso acende o cigarro Vamos fazer assim pode fumar Quando você quiser mas se você vai vir sentar e você vai saborear o cigarro e aí quando a pessoa para para saborear o cigarro em que ela desvinculou de uma resposta imediata reativa a uma ansiedade ela fala nossa que é horrível o gosto é ruim e isso ajuda ela a parar com o comportamento do vício porque você tira um pouco da dopamina da motivação para isso porque
da próxima vez que você for fumar você vai lembrar Nossa mas aquilo é horrível você você pensar assim pensa nas pessoas que TM esse comportamento compulsivo com chocolate muitas vezes são comento chocolate de baixa qualidade chocolate que às vezes tem gosto de plástico só que elas nem param para perceber porque aquele mecanismo é tão compensatório da emoção ruim que nós estão querendo tão automatizado automatizado tambm que e quando você se você para e começa a comer você fala assim Nossa isso nem é gostoso é tem até um estudo publicado por um pesquisador que é o
Dr Judson que ele fez e no na pesquisa dele tem um relato de um participante falando é horrível o gosto de cigarro né E ele fala e que é e essa fala é muito comum dentro do do da de quem pratica muitas vezes o Mind fiting a consciência alimentar de não ter percebido o gosto de choc uma forma L Eu acho que eu vi numa aula sua né em que você fala da questão da quantidade que quando as pessoas estão na presença ali fazem uma mini prática de mindfulness antes de comer o chocolate pessoas que
antes conseguiam comer uma caixa inteira de chocolate agora no terceiro chocolate já começa Nossa é muito porque você tá presente você não tá fazendo aquilo para se engabelar você tá fazendo aquilo porque você quer comer aquele alimento e eu vou fazer uma conexão muito com o que você trouxe pra gente que é sobre a desatenção a gente né desatento a lenda do multitasking a gente tá sempre nessa nesse lugar de Hi produtividade de Hiper produtividade a gente muitas vezes Traz essa mentalidade pr pra comida e a gente quer ser produtivo na forma de de fazer
alimentação eu vou seguir dieta agora eu vou paraa academia todos os dias agora essa desatenção é ela afeta muito a quantidade que a gente come tem muitos estudos mostrando eh sobre o quanto essa desatenção ao comer impacta não só no consumo imediato mas às vezes você tem algumas pessoas por exemplo que comem desatentas fala assim eu como a mesma quantidade Mas isso pode afetar no consumo de outras refeições porque a gente tem o papel da memória de curo Claro você me informou o seu cérebro que você comeu ex então se eu não se eu não
lembra eu não fiz né aquela lógica você não lembro eu não fiz né fiz então é muito curioso porque a a a nossa atenção é um filtro da nossa consciência Claro e nós temos e do aprendizado nós temos a capacidade consciente de regular a nossa atenção e aí eu acho que entra um outro mecanismo só não estamos praticando perfeito né eu falo muito sobre esse despertar para uma vida consciente que é entender que nós temos essa capacidade de questionar a nossa atenção momento a momento e mindfulness basicamente é um treino que regula a nossa atenção
aonde a gente gostaria que ela estivesse principalmente no momento presente eu falo sempre eu falo assim quer queer uma quer ver uma coisa incrível do seu cérebro falo para você agora sente seu pé esquerdo até agora você não estava sentindo seu pé esquerdo igual a roupa em contato com o corpo muito curioso do nada você começou a sentir seu pé esquerdo por você comandou o seu cérebro a gente é capaz de fazer isso gente perfeito e é é muito curioso treino treino é treino e aí quando a gente estava falando do Chocolate um Insight que
me veio que achei muito interessante de compartilhar que não é sobre o chocolate é sobre a forma com que a gente se relaciona então a gente pode comer um chocolate estressado sentir culpa e ficar mais estressado por isso mas a gente pode comer o chocolate de outra forma e se oferecer esse chocolate de uma outra forma vai ativar um mecanismo de calma de serotonina de ocitocina toal chocolate são ótimos fornecedores de de serotonina de triptofano né então eu acho que assim nenhum alimento é ruim ou bom gente quem é ruim ou bom somos nós com
nós mesmos sinceramente assim hoje eu por exemplo eu como de tudo de tudo porque quando você entende que não existe nada que faz mal quem se faz mal É você mesmo para você coisas externas a você não não podem te fazer mal se você não quiser uhum se você tiver atento interagindo com o contexto presente interagindo com contexto nada vai ser excessivo porque você vai conseguir perceber onde tá sua saciedade Onde tá a sua vontade de comer por prazer uhum né que também tem um papel importante na nossa alimentação a gente come somente pelo prazer
e isso não é necessariamente um problema até mesmo tem coisa mais deliciosa que sentar num numa alimentação são gostos e comer comprar não tem compartilhar uma comida tá junto usar isso para ter pertencimento só que não pode ser um subterfúgio de você não conseguir lidar com você mesmo uhum né de você de não tá É de você não tá disponível para estar presente em você perfeito porque é uma desconexão né quando a gente perde o controle em qualquer sentido da vida seja vício seja é alimentação é uma desconexão que a gente tem de nós mesmos
né É eh aqui Bruna eu acho que vale a pena a gente também pensar eh que muito do que você trouxe pra gente que é uma discussão muito forte dentro do comportamento dentro do comportamento alimentar é entender que bom não é o alimento mas existem fatores que desencadeiam esse comportamento que são os gatilhos você comentou bastante do tédio da ansiedade né hoje a gente tem muitos estudos mostrando que mindfulness pode ser um potencial é o recurso pra depressão pra ansiedade pra insônia pra compulsão tem muitos estudos mostrando esses benefícios né E aí acho que vale
a pena também a gente discutir um pouquinho disso na Sua percepção como mindfulness como a compaixão pode ser esse recurso para ajudar a gente a lidar com o stress com a ansiedade com o tédio com esses gatilhos que levam a gente a perda de controlle eu acho que para conseguir falar sobre isso eu preciso dar uma explicação super r rápida sobre um conceito que chama de redes neurais né então o nosso cérebro é dividido vamos dizer que duas grandes redes a rede do devaneio que é a rede da interocepção da rede da autorreferência do olhar
para dentro e a rede executiva que é a rede dos Sentidos que é o do olhar para fora que é a rede da do foque da atenção lembra que eu falei no começo que nos primatas muito da nossa atenção tá vinculada ao nosso córtex visual então o que acontece a rede do devaneio que é chamada em inglês de default network rede padrão ela é rede que quando funcional quando saudável é a rede da criatividade é a rede da Inspiração é a rede da intuição os insights dos insights de você conseguir usar os seus pensamentos e
a Su seu entendimento do seu ser pro positivo mas quando a gente tá com essa rede disfuncional ah e uma coisa importante essas redes elas ficam o tempo inteiro como ondas do mar vai para foque atenção vem pro devaneio vai pro foque atenção vai pro devaneio então a gente nunca tá prestando atenção em alguma coisa pelo tempo todo e nem devaneando o tempo todo a gente tá o tempo inteiro entrando em uma e saindo da outra e quando essa rede padrão ela tá disfuncional como ela é a rede da autorreferência que que ela acaba fazendo
sendo a rede da ruminação da ansiedade da depressão então que acontece olha Olha que coisa interessante quando essa rede fica disfuncional o nosso cérebro tende a passar mais tempo nela do que na rede do fque na tensão E lembra que eu falei que quando uma tá funcionando a outra tá em standby aí Quando uma tá em standby A outra tá funcionando então que que quer dizer olha que coisa interessante se você tá na rede disfuncional do devaneio negativo da ruminação da ansiedade por muito tempo Como você poderia desligar essa rede por algum por entrando em
fque e atenção então se você intencionalmente coloca o seu cérebro em foco e atenção e tira do devaneio da ansiedade da depressão da ruminação você está melhorando a qualidade desse fluxo neural entre redes porque por ele nessa somatização ele começa a ficar muito mais tempo nessa rede devaneando do que na rede do foco na Atenção se você intencionalmente lembra esse cérebro que era para ele est indo e voltando e não ficando parado prestando atenção porque pensa quando a gente tá nessa rede autorreferência de ansiedade medo insegurança ruminação seu cérebro tá pensando o quê Opa ameaça
ameaça deixa prestar atenção nisso então ele fica prestando atenção no dentro para para de prestar atenção no fora e essa ameaça são pensamentos comparação S problemas né tudo o que a gente já falou estress e a ruminação é um pensamento repetitivo que a gente tem como se a gente tivesse mastigando literalmente o o ruminativos ali né que vai e volta vai e volta e a gente fica preso naquele pensamento e se a gente pensar no que você trouxe até aqui E esse ciclo da culpa perda de controle é muito esse processo eu como chocolate eu
me culpo eu me culpo por me culpar eu me culpo né porque eu tento fazer diferente arrependo por me culpar é eu eu como para lidar com a culpa a gente fica ruminando muitas vezes internamente o quanto a gente é incapaz e essa autorreferência é o discurso do eu que eu digo né o que eu deveria estar fazendo o que eu deixei de fazer o que eu deveria fazer é de novo é o tenista na na rede ali rebatendo as bolinhas né sem espaço sem espaço Então o que eu falo é que assim como é
que você faz para tirar esse cérebro que tá de dis funcionalmente acionando uma rede mais do que a outra leva pra outra como é que a gente leva pra outra João mess a gente treina né e e eu acho que você essa essa explicação para mim foi um divisor de águas porque quando eu entendi como o nosso cérebro funciona dessa forma isso me fez ajudar a explicar pras pessoas que quando a gente vai meditar por exemplo nosso cérebro não desliga não para de não existe parar de pensar gentee Ai isso é isso isso para mim
eu ten algumas pessoas que eu gostaria muito de pegar pelo pescoço que desenganar a pessoa que começou a falar que é possível parar de pensar comita esvaziam De onde veio isso gente não existe isso a gente tá sempre pensando a gente tá sempre pensando mas a questão é que quando você tá com foco atencional no sentidos no Fora esse pensamento ele está sendo intencionalmente direcionado ao que você está prestando atenção você tá direcionando você não tá deixando seu cérebro ir para onde ele quiser você tá direcionando esse cérebro pra sua respiração para contar de trás
pra frente para fazer tricô perceber a comida enquanto você tá comendo é uma regulação é um treino de regular a atenção Néo perfeito é uma autorregulação feita sem rigidez perfeito que é a que funciona só que para isso a gente precisa entender que a gente se distrai sim porque quando a gente vai meditar fecha o os olhos Ah me distrair Ah esse negócio não é para mim não é eu sou muito agitado para meditar eu sempre falo que assim a pessoa que fala meditação não é para mim é para você tem a história é para
você que é ai não não consigo parar quieto eu sou muito ansioso para meditar então meditação é para você tem uma história clássica do Dalai Lama que ele vem dar uma palestra para grandes empresários empresários e de renome mundial e ele tava difundindo a importância da meditação do budismo né somente pro ocidente e e ele falando sobre os benefícios da meditação ele fala olha 20 minutos por dia é o suficiente para trazer esses benefícios aí um empresário né levantou a mão e perguntou Nossa mas eu tenho uma vida muito corrida quanto que você recomenda para
mim Ah no seu caso 40 minutos Isso é para justificar né que a gente não se acalma para meditar a gente medita para se acalmar a gente tem um cérebro mais mais ansioso a gente vai precisar de mais recursos para trazer essa calma essa tranquilidade Mas você pode começar com 5 minutinhos eu entendo a piada Ach maravilhos um ser inspirado né mas o que eu ia falar PR vocês que eu acho importante assim ó gente que que é meditar então que o que é praticar mindfulness na minha versão neurocientista sem querer nenuma arrogância você você
tá ali você escolhe a sua Âncora né que é esse lugar onde no que você vai prestar atenção vou prestar atenção na minha respiração então tô lá respira inspira insira inspira insira aí vem um pensamento Nossa será que eu deixei comida pro meu cachorro ao invés de você começar não eu deixei não mas onde estava o potinho não pera a ração ela tava dentro acho que eu não peguei a ração Nossa Fulano precisa comprar ração né Toda vez sou eu que compro ração ele nunca contribui com com com comprar ração Ai acho que o meu
cachorro ele tá menoso ele tá L cas Dev você casou com pensamento você casou era só Será que eu pus a ração não pus a ração já virou uma briga com o seu parceiro né mental dentro de você e você esqueceu que você tava ali respirando que você se propôs a ficar cinco minutinhos respirando você desconectou do momento prso então o que que você tem que fazer quando vem esse pensamento que vai vir não tem como não vir você vai falar assim Obrigada pensamento vou vou daqui a CCO minutinhos eu paro de respirar e eu
volta em você né só que a gente fica nessa ansiedade de eu vou esquecer não vai gente tá tudo bem e se esquecer não era tão importante assim perfeito é então a gente tem esse mecanismo que é regular a nossa atenção no momento presente nas âncoras atencionais a respiração pode ser uma comer com atenção pode ser outra e é bem prazerosa né Avil gente juro prus comer um espinafre comendo um espinafre é Outra experiência é outra é outro alimento é outro alimento e a gente tem esse outro mecanismo que é também conhecido como decentr ou
descentramento ou até desfusão cognitiva a desfusão cognitiva é quando a gente vê um pensamento com o pensamento quando a gente observa que nós somos aqueles que que pensam e ao invés de engajar no pensamento da corda para ele ficar retroalimentando aí essa rede do devaneio a gente só é só um pensamento e vê o pensamento assim como sentimentos emoções como fenômenos mentais transitores as pessoas às vezes não conseguem entender isso né que que a gente é nós somos quem pensa não o pensamento aí eu falo pras eu falo pras pessoas assim agora fala Oi dentro
de você você não falou oi quem falou Oi alguém mandou você falar oi ou seja né você é aquele que pensa você é aquele que manda fal Exatamente exatamente e e é eu gosto muito dessa dessa lógica porque é desse exercício que você traz porque nós temos as nossas vozes internas né o nosso self Talk essa autof fala e na maior parte do tempo ela costuma ser muito autocrítica muito dura ela costuma ser muito rígida então ah vem um pensamento a ração do cachorro eu já tá vendo eu não consigo meditar eu não sirvo para
isso eu sou muito agitado tenho muita coisa para fazer porque nessa lógica social que a gente tá conversando né a meditação parece que é uma perda de tempo eu ten que estar sempre produzindo e o óseo e o descanso é sempre muito carregado de culpa então as pessoas não vêm a meditação como algo produtivo muitas vezes né Eh só que aí a gente percebe que a gente precisa desse contraponto de aprender a lidar com os pensamentos de ensinar a nossa mente nosso cérebro a onde prestar atenção e de que forma prestar atenção porque mindfulness é
prestar atenção no que tá acontecendo emquanto tá acontecendo mas de uma maneira em particular com aceitação com gentileza com curiosidade isso faz toda a diferença eh e quando a gente pensa nessa nesse tom de voz muito crítico a gente já conversou quanto essa dureza Essa criticidade ela prejudica a mudança do comportamento e aí a gente tem várias perspectivas para para explorar né aqui trouxe um pouquinho da perspectiva de como a compaixão olha para para isso e a gente tem a autocompaixão você trouxe essa característica da humanidade compartilhada da da que a christin nef coloca pra
gente né a humanidade compartilhada é um dos elementos da autocompaixão que fala olha a a a o motivo pelo qual a gente sofre é diferente mas o sofrimento em si é uma condição humana todos nós sentimos ansiedade medo tristeza raiva e experimentar isso é o que nos torna humanos isso é o oposto do que a gente sente quando a gente eh sente culpa quando a gente se critica porque quando a gente eh tem um um uma uma divisão entre culpa e vergonha que eu acho muito importante adoro que é culp é sobre algo que a
gente fez né então não deveria ter comido chocolate e vergonha é sobre a gente eu sou a pior pessoa do mundo por ter comido o chocolate e quando a gente sente vergonha a gente sente que tem algo quebrado internamente a nós a gente se sente menos capaz de de mudar a gente se sente menos motivado a mudança eh então reconhecer que não tem nada quebrado em você que é uma condição humana que o nosso cérebro ele nos condiciona esse comportamento por exemplo é uma forma de acolhimento na minha perspectiva Então a gente tem dentro da
humanidade dentro da autocompaixão a humanidade compartilhada mindness é um outro elemento que a gente já discutiu e o terceiro elemento seria a bondade amorosa a bondade amorosa é oferecer gentileza pra gente porque a gente sofre porque a gente é imperfeito a na nossa lógica a gente costuma ter uma relação muito forte com a nossa autoestima que seria se congratular se parabenizar quando eu faço tudo que eu julgo como correto então se eu fui produtivo Se Eu segui direitinho a dieta né então eu mereço esse reconhecimento mas se eu errei Nossa chicote trala e a gente
fica como se fosse uma montanha russa de altos e baixos então a bondade amorosa ela surge pra gente entender que Nós Somos imperfeitos que nós vamos errar e que nós vamos oferecer gentileza pra gente por conta da imperfeição a gente é gentil porque a gente é imperfeito e não o contrário a gente tem que fazer tudo direitinho para a gente ser gentil uh e nessa perspectiva a gente vai percebendo que substituir essa autocrítica pela gentileza é muito favorável porque Um dos fatores é mudar quimicamente hormonalmente como o nosso organismo tá funcionando aí eu queria que
você mais uma vez eu sei que você já tocou nesses pontos da oxitocina da serotonina mas fala sobre a autocompaixão pra gente da Perspectiva da neurociência Olha eu acho que se tem um lugar interessante pra gente partir quando a gente tá pensando em mudança é a gente aprender a usar a mudança no começo para dar pra gente pequenas pílulas de autocompaixão então se você quer um jeito interessante de mostrar para um cérebro que mudança é seguro que mudar os padrões que ele tem hoje habituais é uma coisa factível para você como ser humano porque assim
quando a gente fica propondo pro nosso cérebro mudança e a gente fracassa então começa a dieta para começa a dieta para começa a dieta para seu cérebro começa a criar uma resistência que nem brinco que é que nem rece insulínica né porque você tá oferecendo algo que ele já falou para você que não tá dando certo como no caso dos carboidratos PR resistência insulina e você continua oferecendo do mesmo jeito com a mesma rigidez com a mesma tentativa de disciplina com mesma alternativa da da força de vontade Se chicoteando toda vez que você não consegue
Então dessa maneira você já contou para ele que não funciona E aí toda vez que você tenta propor de novo pro seu cérebro ele vai falar hum humana não vou cair nessa de novo não não vou te dar o esforço que você precisa não vou te dar a dopamina que você precisa para se esforçar para fazer isso então uma maneira interessante de você burlar esse monte de fracasso que você gerou ao longo da sua vida para esse cérebro é gerar pequenos sucessos e como é que a gente gera pequenos sucessos fazendo pequenas mudanças que a
gente consegue implementar com eficiência com gentileza generosidade pelo processo curtindo o o movimento que você tá fazendo porque olha que coisa incrível você tá se propondo a reducar o seu cérebro Pensa nessa maneira quando você tá mudando o comportamento e autocompaixão por uma mudança você olhar para aquela falar assim hoje eu estou reeducando o meu cérebro a ser um cérebro mais Próspero no sentido que eu quero então toda vez que eu me proponho a fazer isso com generosidade e gentileza lembra cérebros querem sair do ruim e ir pro bom se eu começo no bom ele
já tá o quê felizão muito mais a a te escutar porque se você já começa a sua proposta de mudança dando para ele o princípio básico do que ele quer quer sair do ruim e pro bom ele vai falar Opa humana Esse lugar aqui tá ótimo o que que você quer fazer daqui e é interessante porque essa forma com que você tá trazendo pra gente ela parece uma forma muito mais flexível você falou da rigidez né a gente estraga tudo acha que estragou tudo se culpa isso é muito rígido só tem uma forma de fazer
só tem uma forma de lidar eu quero voltar pra dieta queir que par de comer eu sou isso sou aquilo quando a gente vai trazendo esse contexto a gente vai percebendo Quanto é uma forma mais flexível da gente entender que existe um contexto e a gente ajudar o nosso cérebro nesse processo de mudança eu falo pras pessoas que se o objetivo é chegar na felicidade né se você tá querendo emagrecer Porque no final das contas nós como ser humanos estamos o quê Por que que você trabalha para ganhar dinheiro para poder ter uma casa poder
ser feliz por que que você quer emagrecer para poder ter um corpo para poder ser feliz tudo a gente tá indo em direção de querer ser feliz não dá para construir a felicidade com base numa série de infelicidades não dá para você querer chegar num cérebro que entende o que é estar feliz e pleno entregando para ele sonho e felicidade não dá para fazer tudo na força do ódio se você fica fazendo as coisas na força do ódio você tá integrando o cortisol cortisol cortisol cortisol corol cortisol cortisol você não consegue chegar na paz e
na tranquilidade com cortisol então que eu falo para você é ao invés de fazer na força do ódio encontre alguma coisa dentro desses comportamentos que você quer adotar que você consegue colocar com suavidade com serenidade na sua Rotina começa por esse não começa pelo difícil começa pelo fácil a gente a gente tem esse conceito desculpa a palavra estúpido de que tem que fazer o difícil o o o o disciplina o rigidez não faz o fácil começa pelo fácil porque você tá indo contra o mecanismo biológico de Hábito então para você ensinar para esse cérebro que
você é um ser humano que sabe mudar com eficiência começa com algo que você consegue realmente mudar com eficiência porque se você for de novo começar por algo que é difícil para você ir gerar fracasso você tá começando a estaca zero perfeito isso gera sucesso como a gente gera sucesso com aut compaixão com carinho com serenidade fazendo algo que seja viável para você integrar na sua rotina perfeito e a gente vai ter que quebrar algumas Barreiras nesse processo as pessoas às vezes acham que se elas deixarem de se culpar elas vão passar a mão na
cabeça elas vão deixar de se motivar pro processo de mudança elas vão ter discernimento e essa é uma falsa ideia que é construída dentro da lógica que a gente discutiu e é por isso que é tão importante a gente falar com cada vez mais de que de fato essa forma Gentil de lidar consigo próprio e e não só Gentil tá é quando a gente fala de compaixão Isso é uma definição bem importante que o professor Paul Gilbert traz eh de que a compaixão Nem sempre é gentil a gente Às vezes precisa fazer o que precisa
ser feito E para isso vai envolver principalmente coragem e na nessa discussão ele ele traz muito pra gente que às vezes a a que às vezes não que a compaixão ela pode talvez ser mais definida como a coragem mais perto da coragem do que é a própria gentileza pessoas gentis nem sempre agem como precisam agir em determinadas situações e existem determinadas situações que a gente vai precisar agir independente né da gentileza é por exemplo é só a gente pensar numa eh uma mamãe ursa né a a chistin usa muito esse exemplo e a gente tem
ali ela com os filhotes e os filhotes estão sendo atacados eh se o objetivo da compaixão é prevenir de sofrer aliviar o sofrimento ela precisa tomar uma atitude de ajuda e isso precisa ser colocar limites então nós podemos ser essa pessoa que coloca limites nos nossos próprios comportamentos limite em nós limite na nossa própria culpa é que gentileza não é complacência é exatamente nem compaixão né compaixão também não é complacência autocompaixão não é passar a mão na cabeça né é deixar a gente fazer o que Que hora que quer isso É permissividade né a permissão
eu falo que ela sempre vem muito acompanhada de responsabilidade porque não é porque a gente pode fazer que a gente vai fazer a gente precisa saber o por como e de que forma a gente quer fazer né e uma outra questão assim que eu acho legal assim pra gente eh colocar nessa nessa discussão é de que existe se sentir seguro existe buscar por segurança se sentir seguro é a gente de de fato tá ativando esses mecanismos de serotonina ocitocina que a autocompaixão traz pra gente a gente sentir eh de fato ã essa ausência muitas vezes
né de Emoções negativas ou estar com elas de uma forma gentil e muitas vezes a gente tá buscando por segurança e isso não é se sentir seguro a busca por segurança muitas vezes está em querer repetir fazer dieta repetir comportamentos que são negativos que é a busca por controle então a gente entende que hoje a gente tem muito essa ativação desse mecanismo de busca de ameaça e pouco essa ativação desse mecanismo de segurança né de se sentir de fato eh bem ou seguro em relação ao seu comportamento o processo de mudança e de que de
fato é possível mudar hum é de novo eu vou voltar naquela frase de que cérebros preferem infernos conhecidos aparece Os desconhecidos se você tá oferecendo uma mudança é um desconhecido o desconhecido pro seu cérebro ele é ruim porque ele é inseguro nesse lug eu não sei se sei fazer você aqui a gente tá que é familiar eu sei ali onde você táo eu não sei se você t ao invés de interamente most esse esse organismo que pode ali você tenta o contexto você gera mais sensação de insegurança porque à medida que você tá urgindo por
controle ISO quer dizer o qu é inseguro não é que é seguro porque se fosse seguro não precisava controlar perfeito n Então você precisa fomentar essa capacidade de se sentir seguro dentro de si independente do que o contexto tá oferecendo para você e aí você vai ter um cérebro muito mais apto para se colocar no desconforto do que para permanecer em zonas de conforto que muitas vezes já estão desconfortáveis então para tirar seu cérebro da zona de conforto e oferecer o Desc conforto para ele como uma alternativa é importantíssimo que isso venha de um lugar
de de autoestima de segurança coragem também coragem você sabe que tem uma um poema que faz um cruzamento né fala que toda a coragem contém amor se você fizer um sim ou das palavras perfeito perfeito e é isso Bruna quero agradecer a sua participação hoje a nossa conversa foi muito produtiva e Eh toda vez que a gente vai falando sobre Mind neurociência eu fico pensando em vários assuntos que a gente poderia explorar mas acho que hoje a gente fez um excelente trabalho a gente espera que você tenha aproveitado muito a nossa conversa de hoje então
eu vou dar esse espaço para você finalizar né a sua participação trazer esse convite pras suas pras suas redes dividir o seu seu trabalho gente um prazer imenso é sempre delicioso poder falar de assuntos que são tão importantes como a prática do um iPhone da gente se tratar com menos rigidez menos dureza né menos autocrítica eh pra gente poder ser uma humanidade mais Próspera a gente precisa entender como a gente Funciona porque à medida que a gente imagina que coisa muito mais linda pessoas que conseguem estar presentes e conectadas com si convivendo porque enquanto a
gente tá todo mundo desconectado de si e nesse lugar ruminativos dessa rede padrão disfuncional a gente tá tão aut centrado os nossos problemas que a gente não consegue coabitar a terra de uma maneira Próspera então obrigada por esse convite Eu sempre fico muito feliz de poder contribuir com o conhecimento de qualidade acho que a gente precisa conhecer o nosso cérebro entender como a gente funciona eu tenho um trabalho que eu faço uma eu faço nas redes sociais o meu Instagram @bruna pantas onde eu tento trazer conteúdos de neur escencia de uma forma didática para toda
e qualquer pessoa Lea conseguir entender como a gente funciona convido vocês a me seguirem e fico à disposição onde vocês quiserem me encontrar para falar mais a respeito sempre Obrigada acho que todo mundo já percebeu que você cumpriu ou cumpre muito bem esse seu objetivo de falar né de uma forma bastante didática pras pessoas eu só vou pedir mais um favor para você Bru que é pede pra galera curtir esse vídeo pra gente gente vamos curtir porque informação de qualidade precisa ser disseminada curtam compartilhem para que isso chegue a mais maior número de pessoas possíveis
porque a gente também tem que lutar não só contra o nosso cérebro mas também contra o algoritmo Eu adorei Bru muito obrigado por ter feito esse convite então quero agradecer a tua atenção aqui hoje de fato deixe o seu like deixa a sua curtida o seu comentário vou estar sempre acompanhando os comentários de vocês H esse essa curtida ajuda o algoritmo a entender que esse assunto é relevante ajuda a levar o nosso trabalho a mais pessoas Bruna mais uma vez muito obrigado pela sua presença aqui hoje a gente vai se encontrando Então no próximo episódio
do nosso podcast da consciência alimentar podcast que desperta você para uma alimentação e uma vida mais consciente até lá
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