AULA 1: HISTÓRIA DA LOUCURA E REFORMA PSIQUIÁTRICA/PROFª NADJA CAVALCANTI

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Nadja Cavalcanti
Video Transcript:
o olá sejam bem-vindos a mais uma aula online da escola técnica são vicente de paula e a sua professora nádia cavalcante sou psicóloga mestre em psicologia da saúde especialista em saúde mental e dependência química especialista em saúde da família e pessoal fazendo parte aqui com quando a equipe da escola técnica são vicente de campina grande e o ministro a disciplina de psicologia aplicada à saúde e também de neuropsiquiatria e hoje nós vamos dar continuidade né a esse nosso segundo módulo iniciando essa disciplina de neuropsiquiatria é nessa nossa disciplina é nós vamos conversar um pouco sobre
todos né não tô não vou dizer todos que são muito mais a grande maioria dos transtornos mentais né tantos mentais quanto os neurológicos nós vamos utilizar como base nessa disciplina o cid 10 a passo internacional das doenças que está na sua décima versão né nós vamos ter como base esse manual que eu vou explicar em outra aula né esperamos nos ver em breve mente presencialmente e hoje nossa primeira aula eu vou conversar com vocês sobre um pouco sobre a história da loucura e sobre um ale muito importante que vem sempre presente nas provas de concursos
que a lei paulo delgado a lei da reforma psiquiátrica então não podemos né deixar passar né o tratamento falar um pouquinho sobre essa lei é um resgate histórico sobre a loucura e nós vamos nos aprofundar no estudo da dos sintomas psicóticos nesta disciplina então é importante que a gente compreender como se deu é o procedimento de histórico da loucura aí ao longo da história esse é o utilizamos como base para para essa aula né que fizemos como referência fucou né e seu livro história da loucura também utilizei como referência bibliográfica amarante amarante que tem uma
trajetória muito marcante aí na literatura sobre esse diálogo sobre a loucura a exclusão dos sujeitos que sofrem galoucura e também a história da reforma psiquiátrica bom então pessoal vamos conversar um pouquinho quando é que a loucura ela passa a ser vista como doença não é de onde tudo começa a gente precisa se tratar um pouquinho da origem bem pessoal é a loucura nem sempre ela foi vista como doença isso é um fato inclusive né nós não podemos deixar de dialogar di trazer essa discussão de que embora tantos avanços da medicina tanto na medicina psiquiátrica quanto
na própria psicologia né infelizmente ainda tem muitas pessoas né a sociedade em geral inclusive alguns religiosos que não conseguem né a loucura como doença né sempre ligando a loucura a questão espiritual é na pré-história você vê a gente tem que fazer esse levantamento histórico para entender esse processo de marginalização né de exclusão da loucura porque aqui é a pessoa em si ah tá hoje né o ministério da saúde a gente tem é trocada se nomenclatura é apesar de estar falando pessoa que sofre da loucura utilizando o termo louco porque para que a gente faça esse
resgate histórico é importante que a gente usa essa nomenclatura mais atualmente é o ministério da saúde ele tem substituído o termo loucura por pessoa em sofrimento mental pessoa em sofrimento psíquico né para que a gente possa um pouco desamarra gen essa esse ideia essa paralisia ea doença mental ela traz para alguns sujeitos paralisia não no sentido de capacidade o sentido subjetivo mas na questão da exclusão então hoje a gente sabe que uma pessoa é que sofre um transtorno mental grave né que sofre da loucura ela não é bem vista pela sociedade né ela é uma
pessoa que é de fato a vida né de um modo que não temos nem palavras né são pessoas que infelizmente são consideradas incapazes né são vistas dessa forma para a sociedade e é o nosso papel enquanto profissional da saúde eu digo nosso que eu me incluo e também vocês como futuros profissionais da enfermagem a gente quebrar essas correntes a gente desamarrar essa visão tão reducionista sobre as pessoas que sofrem de transtorno mental então voltando a caixa do resgate histórico na pré-história pessoal a doença mental ela já existia porém claro que não se tinha né essa
visão essa ideia de de um sofrimento mental né de uma doença mental mas você entende que esse processo de exclusão ele já vem do próprio homem na pré-história porque é os os homens na pré-história quando percebiam um comportamento que era o dia e o lucro é sempre diferente é eles normalmente se deixavam para morrer né isso é um atacados por férias e ficar você se alimentar e vi uma morte porque eram é homens né de mulheres a pré-história que não tinham a capacidade né de lutar pelo alimento então você observa que já na pré-história a
gente já consegue entrelaçar um pouco da loucura e essa relação com trabalho né o fato da exclusão do louco na sociedade ela se dá também muitas vezes pela incapacidade de trabalho aí onde o capitalismo apesar de não ter surgido mas ele já vai criando raízes e a gente vai ver um pouquinho na frente que o surgimento do capitalismo ele está diretamente relacionado essa marginalização essa criminalização do louco na sociedade é e já na grécia antiga né a loucura ela já muda divisão né as pessoas que eram os diferentes né as pessoas que não eram consideradas
normais na verdade elas não eram pessoas mal vistas ao contrário os gregos acreditavam que aqueles que eram os diferentes eram pessoas que tinham sido agraciados pelos deuses né eram pessoas que tinham indiferente ao mundo porque tenho recebido um poder você ver que ainda uma visão também ligada à questão mística né eram pessoas que eram vistas como alguém que um deus tinha dado um poder por isso ela tem um comportamento diferenciado então no lugar dessa visão é negativa na verdade na grécia antiga que se tem uma visão positiva da doença mental oi e aí viemos para
a idade média esse gente é o ponto alto para a gente entender né essa mais navegação do louco é a idade média ela é crucial para que a gente compreender essa visão atual e o que acontece nós sabemos né hoje vocês aí que estudar a história no ensino médio ea idade média é chamada também de dados e das trevas né é a idade onde é onde aliás é o tempo onde se coloca muita questão do espiritualismo né da religião não é do domínio da igreja diante aí da sociedade e com a loucura não é diferente
na idade média é as pessoas que sofriam de doença mental elas eram é igualmente as bruxas relacionadas a pessoas que tenham sido possuídas por demônios né eram pessoas que tinham recebido os espíritos bom né ali dar a sociedade que tinham sido dominadas por espíritos sujos imundos e eram pessoas que precisavam de ser associadas né é os precisavam ser exorcizado cê colocadas para fora da sociedade assim como também a visão né das mulheres das bruxas na loucura se assemelhava a questão da visão que se dava também as bruxas e aí pessoal é na idade média onde
se cria as primeiras instituições para tratamento e exclusão de tratamento mas para exclusão da loucura então é na idade média foram criados os primeiros e as primeiras instituições né que chamava-se dos asilos e é normalmente tem algumas pessoas quando essa mental alguns loucos que eles eram considerados inofensivos esses viviam soltos na como mendigos e esses considerados perigosos né eles eram lançados nessas prisões e nessas prisões normalmente era um calabouços que eram isolados né da sociedade isolados da cidade e essas pessoas quando elas passavam pela questão do exorcismo é os padres da igreja católica que ela
detém esse domínio da idade média né nós sabemos bastante estudamos e sem histórico e aí essas pessoas quando elas não conseguiram êxito no exorcismo né quando é só vocês não dava certo nave a cura ea claro que não haveria tem de vista que era uma doença mental e não é um caso espiritual é essas pessoas elas iam ser trancafiados nessas prisões nesses calabouços onde elas eram a cor e tratados como animais e deixados na até a morte nem as pessoas morriam por inanição e ficavam lá para sempre então a idade média focou ele trata como
um momento crucial para a segregação da loucura justamente porque é o primeiro momento onde vai se criar a primeira instituição para isolamento do lobo que é o que a gente chama de asilo né o asilo instituição asilar hoje a gente chama esse modelo onde a doença mental onde o doente mental ele as pessoas querem isolar a gente chama do modelo asilar é esse modelo de trancar isolar então os vazios foram as primeiras instituições é para o isolamento do local onde de tratamento e sim isolamento pois lá como não era considerado doença eles não receberam nenhum
tratamento apenas o isolares nesses calabouço nessas prisões até a vinda de sua morte infelizmente logo depois os asilos eles são conhecidos também como leprosários justamente porque na idade média uma outra classe também marginalizada era a classe dos leprosos então é nós sabemos né que a lepra hoje conhecida como hanseníase hoje né considerada doença a a época também era uma doença que era considerada de cunho espiritual então o leproso era aquela pessoa aquele ser que foi deus enviou a espíritos impuros para que ele pagasse né o pecado né no pecado cometido é como se um castigo
né a pessoa receber se e aí ah é né sofia aí da lepra e aí ninguém as pessoas elas não se aproximavam do leproso assim como nós dois loucos com aquela ideia da contaminação da contaminação espiritual então não era contaminação de doença e sim a contaminação espiritual se eu me misturo a uma pessoa que que é doente as louco se misturar o leproso eu vou ser contaminado por esse espírito sujo por esse espírito impuro então daí os leprosos também serem necessários o isolamento dessas pessoas e aí eu aviso também ele passa a ser chamado de
leprosario né tantos loucos como os leprosos eram consideradas pessoas pecadores onde deus teriam dado castigo castigo da daquele comportamento devido à imposição de espíritos impuros né seria castigos divinos hoje oi e aí né onde se inicia é a grande desagregação social da loucura né é quando é existir com um momento aí que ficou chama da grande internação né foi quando é né é quando o capitalismo ele começa a surgir né o capitalismo ele começa a dar alguns passos começa a dar alguns passos e aí é não só os leprosos não só os loucos eles passam
a ser internado mas também uma outra camada segregado da sociedade que eram os mendigos os 200 é como eu posso dizer os paralíticos nessas pessoas com deficiência física e as prostitutas os homossexuais então toda aquela parcela da sociedade que era considerada suja e principal oi gente aí onde a gente vê essa clara ligação é que até atual da doença mental com capitalismo nessa segregação ela se dá pela via do capitalismo então tantos mendigos tantos loucos quantos leprosos quantos os deficientes os homossexuais e as prostitutas eram considerados pessoas que inúteis pessoas que não eram capacitados para
o trabalho estão sendo elas incapacitados para o trabalho então essas pessoas elas não servem para a sociedade e daí a necessidade de isolar essas pessoas né daí a necessidade da existência do azul e oi e aí né no século 17 e 18 na época do iluminismo surge um cara né e faz uma grande revolução até hoje né para a doença mental que é o philippe pinel né a palavra pneu que a gente se fulano está pinel surge daí é pneu ele é o pai da psiquiatria e a responsabilidade de pneu gente é a questão de
dar status de doença na loucura tão que é que pinel ele faz pneu ele vai até os asilos e visita os asilos e ele liberta os loucos dos asilos não só os loucos como essas outras pessoas essa outra camada isolada da sociedade e eu mencionei anteriormente pneu ele consegue a partir dos seus estudos entender que a loucura é doença e sendo doença né um lugar para tratamento seria o que o os é tão pneu ele é o pai da psiquiatria ele faz uma grande revolução para a doença mental porque o pneu ele é o responsável
por esse cenário tanto da questão dos primeiros tratamentos medicamentosos da loucura quanto pela libertação do louco dessa primeira instituição chamada asilo né o asilo era um lugar do tratamento moral né já que o louco era considerado o sujo pecador e pneu ele vem e diz que não pneu disse que o doente mental né o louco é um doente e não uma pessoa impura é pneus até uma nomenclatura que você já devem ter visto em alguns livros é um filmes o pneu ele chama passa chamar o louco de alienado né os alienados e aqueles que tratam
do louco é chama-se os alienígenas então tem até alguns temas era até interessante que fala da perversão e um pouquinho dessa questão da exclusão aí na idade média chamada o alienista é uma série que tá disponível no netflix inclusive recomendo é para vocês e aí pinel ele liberta o louco do asilo e ele dá um passo em relação à questão do tratamento da loucura ele é muito importante é né para a evolução da doença mental volta aqui no no slide anterior pneu como eu disse ele é da o status de doença à loucura apesar né
de ter uma frase famosa de pneu que final fala assim isolar para tratar então eles e para o louco ele continua com a ideia da exclusão do lucro da e agora um objetivo do estudo né estudar isolar e tratar oi e aí pinel ele é é o responsável o marco histórico de pneu é a criação dos manicômios né manicômios esses que duraram mais de 100 anos né não só no nosso país como mundo né a história dos manicômios ela um pouco extenso né que nós vamos tentar abarcar aqui nessa aula porém o pneu ele também
é o responsável pela questão da medicalização do louco né ele traz meus tratamentos medicamentosos não esse é um avanço muito importante na questão da doença mental e com o surgimento do manicômio que tem uma diferença do asilo apesar de ser um lugar também de isolamento mas os mani comisssão lugares onde é o doente mental ele vai receber algum tipo de tratamento diferente do que acontecia no asilo e aí é inicia-se a questão dos medicamentos e algumas outras formas de tra e eu vou explicar agora para vocês a exemplo da lobotomia a lobotomia que no nosso
país ela ela é teve seu uso até na década de 70 ainda se utilizava da lobotomia a lobotomia é uma cirurgia no cérebro você já deve ter visto muito em filmes de terror bem leve tão assustadora que a gente vê muito em filme de terror a lobotomia ela consiste em uma cirurgia onde você vai tirar uma parte dos lóbulos neurológicos aí da pessoa ela consistia numa cirurgia antes se fazia uma perfuração do crânio normalmente essa cirurgia era feita sem anestesia e se retirava uma parte do crânio é essencial salvingando é o lóbulo frontal se retira
essa parte do crânio do doente mental acreditando que ali ele vai haver uma melhor ou até cura é hoje porque tinha médico psiquiatra que acreditava na no tratamento da lobotomia porque como se retira uma esta parte uma parte do cérebro gente obviamente que a pessoa vai ficar em estado vegetativo né porque você vai ficar lenta a pessoa vai perder algumas partes do seu desenvolvimento e aí serve tava o comportamento agressivo né dele da vacinação só que obviamente se eu peço uma parte ela é sério eu vou afetar alguma outra parte da meu desenvolvimento como a
visão é a locomoção ou qualquer outra parte então claro que ficavam sequelas muito grave e a pessoa muitas vezes deixava de desenvolver a moça se ela ficava apática quando ela não morria né que eu mais comum era acontecer a morte é a lobotomia tanta é feita assim com instrumento que ficou muito famoso que é o picador de gelo acho que você já deve ter visto o picador de gelo é uma espécie de uma arma tem um prego enorme onde se bate assim oi linda que eu fazendo gesto se batia aqui fazer um buraco aqui no
cérebro depois eu vou tentar achar umas fotos para mostrar para vocês fazer um buraco no cérebro onde perfurava esse creme e retirava essa massa encefálica isso tudo sem anestesia né quando ela não era feito dessa forma era feita de uma segunda forma que você já deve ter visto muito em filmes que era pelo pelo olho né pelo globo ocular então a pessoa vai tirar meu óculos aqui a pessoa é eles abrirem o olho da pessoa e aqui pelo olho eles retiravam aqui essa parte do cérebro é isso a gente vem alguns filmes aí tem a
vários filmes de terror onde acontece a prática da lobotomia uma prática totalmente agressiva e que não curava ninguém e só trazia danos inclusive a morte né como eu falei né se a pessoa tirava massa encefálica a pessoa ia perder uma parte do seu desenvolvimento e principalmente as ações elas muitas esse carrapato e aí os psiquiatras davam essa falsa ideia de cura porém não era cura e sim a pessoa ficava sem responder a nenhum sentimento a eletroconvulsoterapia né que é um outro método bastante famoso aí nos manicômios lembrando que esses métodos gente eles não existem mais
né são métodos que foram eita perdão gente são métodos que foram extintos né eu vou dar uma pausa aqui é porque vocês viram aqui deu um probleminha aqui no meu computador e a gente já vai continuar no próximo vídeo
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