Olá hoje tu vais aprender um pouquinho mais sobre a segunda geração do Romantismo a segunda geração da poesia romântica que a gente chama de mal do século ou ultra-romântica Caso tu não lembres muito bem o que é romantismo temos vídeo aqui no nosso canal é só ir lá e dar aquela revisadinha Bora entender aqui então primeiro o mal do século ele é um pensamento que vem lá da Europa essa geração ela também às vezes é chamada de geração baironiana Lord Byron era um poeta inglês que tinha muita relação com o que é obscuro com o
pessimismo até elementos fortes do demonismo e o uso de algum escapismo pelo álcool Pelo vinho então era uma figura bastante excêntrica né dessa burguesia inglesa e ele fala muito do mal do século no sentido de ser uma coisa que o século 19 traria o incômodo um certo incômodo em que um homem vira a máquina né com as largas Produções fabris que o homem misturado as multidões perde um pouco da sua identidade que existe uma falta de ócio um incômodo com o que está acontecendo nesse desenvolvimento urbano Industrial do século 19 Então esse mal do século
é esse incômodo que vai levar busca por um subjetivismo muito forte que esses caras aqui vão apresentar na sua poesia e a gente também pode chamar ela de ultra romântica não porque é muito amor lembra sempre que o romantismo não tá ligado diretamente ao amor pode ter ou não amor o romantismo tá ligado a característica de subjetividade de exagero generalização tá E aqui o ultra-romantismo tá ligado a exatamente essa preciso de ser muito subjetivo de ser muito egocêntrico de tudo ser exagerado então é por isso que é ultra-romântico porque as principais palavras-chaves do Romantismo São
essas a hipérbole é subjetividade o egocentrismo então para a gente entender que isso aqui tem mais a ver com o exageros sobre esses elementos do que um exagero amoroso não que não tem amor tem amor também vamos pensar assim os Escritores eles são bastante pessimistas tem uma ideia de que a vida não é boa de que eles estão em constante sofrimento Então tá sendo uma busca pela morte uma coisa de não se sentir confortável e até olhando assim ah eu vou morrer Então escreva no meu túmulo que eu fiz tal coisa ai não aguenta essa
vida eu vou buscar uma saída com o demonismo como álcool com coisas que vou mostrando que não existe uma saída plausível ou boa na vida que se vive E aí isso é muito pessimista que leva o escapismo o que que é escapismo exatamente isso escape uma maneira de sair então a gente vai ter eles falando de Ai quero voltar para infância lá quando eu era pequeno eu era feliz esse cara que o Casemiro de Abreu ele ficou famoso com poema chama meus oito anos que começa dizendo assim ai que saudade que eu tenho da aurora
da minha vida da minha infância querida que os anos não trazem mais então isso é bem dessa coisa de ser o escapismo ser pela infância vai ter o escapismo pela morte que é muito comum ao Álvares de Azevedo que é o principal escritor desse momento da poesia romântica ele vai falar muito sobre meu túmulo quero morrer quando eu morrer e isso aparece não só dentro da poesia mas também nos contos de um livro que chama a Noite na Taverna que é um livro bastante obscurantista o livro que envolve álcool violência e temas muito delicados e
ele vai ter esse livro como destaque então ele vai falar muito dessas coisas mais obscuras e da morte para além dos capismos pela morte pela infância tem o escapismo Pelo vinho né pelo álcool escapismo pela mutilação pela dor né buscar a dor para viver a vida intensamente então isso aqui é bastante forte nesse movimento Claro para falar de tudo isso usa-se muita hipérbole não só em palavras no sentido de usar muito adjetivos por exemplo ou palavras que tenham grande Impacto pomposas mas também no sentido do que ele quer dizer né ah meu Deus tem um
poema do Álvaro de Azevedo que ele vai descrever uma mulher e ele começa falando pálida a luz da lâmpada sombria sobre um leito de flores reclinada ela dormia então é uma descrição de uma mulher muito parecido com uma descrição de uma pessoa morta e é um exagero nessa descrição né pálida braço pendente isso é impactante Vai ter o saudosismo que eu falei ah melancolia o grande parte dos textos dessa galera o Junqueira Freire e eu Fagundes varelas são bastante melancólicos mostram muito sofrimento e a gente vai ter o egocentrismo né porque é tudo sobre eles
eu não aguento eu vou morrer minha mãe vai chorar por mim eu vou ser um grande poeta esquecido ninguém me compreende hoje mas no futuro vai compreender então bastante voltado para o eu meu desejo e é claro né tem amor mas esse amor é de uma é por musa inalcançável por uma musa que quase não é possível tocá-la por isso muitas vezes ela se parece a própria morte uma coisa que quer Quer alcançar mas que parece que não chega lá e se chega é como se tivesse morrido porque eu cansou aquilo que queria de fato
Então essa esse amor é sempre um amor impossível um amor dolorido um amor que é inatingível Claro Existem algumas exceções a gente vai ver que tem algumas poesias dessa galera aqui que vai falar de um ter passado a noite com uma mulher ou até de ironizar alguma relação ou outra Mas no geral o que se vê é esse tipo de relação amorosa sendo colocada nos poemas nos contos e até mesmo em algumas coisas narrativas como é o caso de um livro que chama Macário que é um teatro do Álvaro de Azevedo que vai linkar com
o demonismo que vem lá da Europa certo até mais