Talvez, e só talvez, o problema não esteja nas coisas que você precisa fazer, mas nas coisas que você precisa parar de fazer. Eu sempre falo aqui sobre hábitos e comportamentos que eu adotei e que me tornaram uma pessoa melhor pessoalmente, profissionalmente, nos meus relacionamentos. E hoje eu vou fazer diferente.
Hoje eu vou falar de coisas que eu parei de fazer, coisas que eu tirei da minha vida e deixaram ela melhor, mais leve, mais direta. É sobre isso que eu quero falar no vídeo de hoje. Eu separei seis coisas que eu parei de fazer na minha vida, me trouxeram muito mais resultado.
Talvez se você fizer o mesmo, a sua também melhore. Número um, eu parei de acumular tarefas na minha cabeça. Durante anos, eu achei que eu era uma pessoa organizada.
Eu guardava tudo na cabeça, compromissos, tarefas, ideias, prazos, lembretes. Era como se minha mente fosse um quadro branco gigante, onde eu tentava anotar tudo. Só que com o tempo, com acúmulo de obrigações, com mais e mais tarefas, com mais e mais demandas, com mais e mais pessoas, esse quadro começa a ficar algo caótico.
Eu mal acordava e já sentia que minha mente estava cheia, já estava cansada, muitas vezes sem ter feito quase nada ainda, só porque eu estava cheio de obrigações na minha cabeça e eu ficava gastando energia para garantir que eu não ia esquecer de nada. Foi quando eu percebi que a minha mente e a minha memória de trabalho não precisava ser usada só para guardar tarefas. Ela foi feita muito mais para resolver problemas, para pensar com clareza, criar conexões e tentar guardar tudo na cabeça é sobrecarregar a mente.
É como abrir 150 abas no seu navegador e esperar que o computador continue rápido. Que que eu fiz? Eu comecei a externalizar tudo, comecei a anotar no papel, usar aplicativos de bloco de nota para organizar a minha rotina.
Tudo que antes ocupava, espaço mental virou lista. E isso por si só reduziu muito minha ansiedade. Quando você tira da sua cabeça o que tá pendente, você libera energia, libera espaço na sua memória de trabalho para focar no que realmente importa.
E isso impacta diretamente a tua produtividade, impacta o teu humor, impacta a tua ansiedade, qualidade de sono. Parece um detalhe, mas você tirar as tarefas da tua cabeça e colocar no papel, colocar num bloco de notas, colocar em um outro local físico te ajuda demais. Número dois, eu parei de querer ter controle sobre tudo e esse ponto me pegou de jeito.
Eu sempre me considerei uma pessoa responsável do tipo que queria fazer tudo certo, dar conta de tudo, prever todas as possibilidades. Só que junto com esse senso de responsabilidade vio uma necessidade sufocante de controle. Eu queria saber o que ia acontecer, como as pessoas iam reagir, como garantir que tudo saísse do meu jeito.
E é óbvio que isso é impossível. A vida não se submete ao nosso controle. Se você parar para pensar, são pouquíssimas coisas que estão efetivamente no nosso controle.
Você pode dar o seu melhor e ainda assim as coisas podem sair diferentes do planejado. Quando eu entendi isso, veio um leve desconforto, porque você abrir mão do controle é você abrir mão de uma sensação ilusória de insegurança, mas ao mesmo tempo é libertador. Quando você começa a focar no que depende de você, quando você para de colocar energia, dar atenção para coisas que estão fora do seu controle, você começa a ter muito mais energia, ter muito mais disposição para atacar as coisas que estão no seu controle.
Rotina, seu esforço, suas decisões, suas metas, sua alimentação, seus treinos. Isso também reduz demais a tua ansiedade. Se algo não tá no seu controle, se você não pode fazer nada a respeito daquilo, não tem motivo para se preocupar, para ficar ansioso em relação à aquilo.
Quando eu comecei a adotar essa postura mais estoica, inclusive tem um vídeo aqui recente no canal que eu falo 15 lições estoicas que eu levo pra minha vida. Eu vou deixar no card fixado aqui em cima para você assistir depois. Mas fato é que quando eu comecei a adotar essa postura, eu parei de sofrer pelo que foge do meu alcance.
Como você tá num barco, você pode controlar ali o leme, mas você não controla o vento. Lutar contra isso só te desgasta. Às vezes você soltar o controle de coisas que inevitavelmente você não vai conseguir controlar, vai te trazer muita paz.
Ironicamente, na maioria das vezes, te traz mais resultado, porque você para de desperdiçar energia com que você não pode mudar e começa a alocar essa energia em coisas que você pode de fato controlar. Número três, eu parei de tentar agradar todo mundo. E essa foi uma das mais importantes, porque quando você tenta agradar todo mundo, parece algo bom, parece algo nobre, mas quando isso aí vira o padrão, quando você diz sim para tudo, quando você evita os conflitos o tempo todo, você começa a se anular, você vira um mero reflexo do que esperam de você e com o tempo acaba esquecendo de quem você é.
E eu vivi isso por um bom tempo. Meus dias eram cheios de compromisso que eu não queria. mensagens que eu respondia por obrigação, favores que eu aceitava só para não parecer grosso.
No final do dia, eu tava esgotado, frustrado e, pior ainda, desconectado de mim mesmo. Foi aí que eu comecei a adotar ideia de um livro chamado Essencialismo, um dos melhores livros que eu já li sobre desenvolvimento pessoal. Inclusive, tem um vídeo aqui no canal só sobre esse livro, eu vou deixar no card fixado aqui em cima também para você assistir depois.
A ideia central desse livro é, se não for um sim, com certeza, então a resposta é não. Para você aprender a priorizar as coisas que realmente fazem a diferença na tua vida. Quando não é um sim muito claro, com muita certeza, muito provavelmente a melhor resposta é não.
Essa frase, depois que eu internalizei ela, mudou muita coisa na minha vida. Eu comecei a praticar isso nas minhas decisões. Eu aprendi a dizer não de forma firme, mas respeitosa.
E aos poucos eu comecei a perceber que as pessoas não se afastaram. Na verdade, elas passaram a me respeitar mais ainda, porque quem tem clareza do que quer impõe limites com naturalidade. Isso transforma não só a tua agenda, mas transforma a tua identidade.
Número quatro, eu parei de consumir conteúdo o tempo todo. A era da informação virou a era da distração. A gente vive com fã de ouvido, tela na frente, podcast rolando no fundo.
Parece que a gente tá sempre aprendendo, sempre evoluindo, mas será que a gente tá mesmo? Eu já me disse isso. Ah, eu tô sempre escutando podcast, assistindo vídeo, eh, lendo alguma coisa, porque faz parte do meu trabalho produzir conteúdo.
Então, preciso consumir conteúdo. Mas eu percebi que eu tava num ciclo vicioso. Eu consumia conteúdo o tempo todo, mas sobrava muito pouco tempo para eu pensar sobre eles, para eu produzir, para eu aplicar na minha vida.
Eu aplicava muito pouco daquilo que eu consumia. Informação sem ação é só um peso morto. E pior, começa a te dar a falsa sensação de progresso.
Você sente que você é mais produtivo porque você tá ouvindo um podcast ali sobre produtividade e foco. Mas enquanto você tá ouvindo isso, você responde uma mensagem, lava louça, confere o seu feed no Instagram, ou seja, a atenção tá completamente fragmentada e o resultado, você sabe muito, mas não aplica quase nada. Quando eu percebi isso, eu comecei a reduzir os momentos em que eu consumo conteúdo.
Passei a ser mais intencional no meu consumo de conteúdo, nas horas que eu passo no YouTube, nas redes sociais e passei a trocar a quantidade pela qualidade. Eu passei a selecionar muito mais aquilo que eu consumia. E eu criei uma regra simples.
Se eu consumir algum conteúdo de valor, eu preciso aplicar alguma coisa concreta daquilo, nem que seja uma leve mudança de pensamento, um hábito, uma reflexão. E eu passei a colocar momentos no meu dia em que eu simplesmente não consumo conteúdo nenhum. Vou fazer uma caminhada sem podcast, sem fone de ouvido.
Vou fazer uma refeição sem nenhum outro estímulo. Isso te dá tempo para raciocinar, para refletir. Hoje eu posso dizer que eu consumo menos conteúdo, eu aprendo menos.
Mas eu aplico muito mais, porque o que importa não é o quanto você sabe, é o quanto você vive o que sabe. Número cinco, eu parei de me comparar com os outros. A comparação é a métrica pra infelicidade.
Você já ouviu essa frase? Ela entra em silêncio e vai te corroendo por dentro. Muitas vezes você nem percebe, mas você começa a olhar pro lado o tempo todo.
Fulano conseguiu aquilo, ciclano já tá lá, não sei quem é mais jovem e já chegou onde você queria. E aí você começa a se sentir pequeno, se sentir atrasado, se sentir insuficiente. E cai nisso várias e várias vezes, principalmente nas redes sociais.
É fácil esquecer que ali você só vê o palco, você nunca vê os bastidores. E quando você se compara com o palco do outro, automaticamente você se diminui, você diminui o valor da sua jornada. Foi aí que eu parei tudo e me fiz uma pergunta: quem eu estou competindo?
E a resposta sincera foi: uma ilusão. Foi aí então que eu troquei o alvo. Eu passei a me comparar apenas com quem eu fui ontem.
E isso mudou tudo, porque agora o progresso é pessoal e isso é muito mais sustentável. A vitória não é querer ser melhor do que os outros, é querer ser melhor do que ontem. Isso te dá uma percepção muito mais realista de progresso.
Isso melhora muito mais tua autoestima, tua clareza, o teu foco. Porque enquanto você olha pro lado, você perde o que tá bem na tua frente, o seu próprio caminho. Número seis.
Eu parei de reclamar das coisas pequenas. Reclamar para muitas pessoas e para mim também era praticamente automático. Era como respirar.
Se fazia calor, eu reclamava. Se chovia eu reclamava. Se alguém atrasava, eu reclamava.
Pequenas coisas todo dia. E essas pequenas coisas foram criando um padrão mental. Tava sempre ali no modo mais negativo.
E isso acaba contaminando a mente. Isso drena energia. Isso aumenta a irritabilidade, isso afeta as relações.
Até que um dia eu percebi que eu tava me tornando alguém que eu não queria ser, alguém mais reativo, mais amargo, mais ranzinza. E eu comecei a estudar o impacto da reclamação contínua no cérebro. E eu descobri que esse padrão de reclamações constantes fortalece alguns circuitos no teu cérebro que te deixam uma pessoa muito mais negativa e a cada reclamação você reforça esse padrão.
Então eu decidi reverter isso. Eu comecei a praticar algo que eu aprendi na neurociência, o uso consciente do córtex pré-frontal. Toda vez que algo me irrita, eu parava e me perguntava: "Isso realmente merece minha energia?
Se eu tivesse vendo essa situação de fora como um observador, essa situação teria esse peso todo? Na maioria das vezes não. Isso me ajudou a construir uma mente muito mais racional, muito menos emocional, muito mais presente.
Isso não só melhorou os meus dias, meus relacionamentos, mas melhorou quem eu sou. Essas seis decisões, elas não vieram de um dia pro outro. Elas vieram de tropeços, reflexões, ajustes, mas cada uma delas me desenvolveu em algo.
Me deu mais tempo, me trouxe mais foco, mais leveza, reforçou a minha identidade. Às vezes a mudança que você busca não tá no que você precisa adicionar na tua vida. Muitas vezes tá no que você precisa parar de fazer, parar de querer agradar todo mundo, parar de se intoxicar o tempo todo com conteúdos que você nem aplica, parar de viver na mente dos outros se comparando o tempo todo, parar de reclamar o tempo todo, começar a observar com mais lucidez.
Se alguma dessas coisas fizer sentido na tua vida, escolha nem que seja uma só para você parar de fazer na tua semana. você vai surpreender com a diferença que isso faz, porque no final das contas você se desenvolver pessoalmente, profissionalmente, não é sobre fazer mais, é sobre fazer melhor as coisas certas. Se você gostou desse conteúdo, não esquece de deixar aquele like aqui embaixo.
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