Saúde Mental e Trabalho - Sala de Convidados

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Canal Saúde Oficial
Sala de Convidados - Saúde Mental e Trabalho: esta edição do Sala de Convidados trata de um assunto ...
Video Transcript:
[Música] transtornos mentais como depressão e ansiedade obrigam milhares de pessoas a se afastarem dos seus postos de trabalho todos os anos no mundo em outros casos é o próprio ambiente de trabalho que contribui para o adoecimento psíquico dos trabalhadores em saúde mental e trabalho é o assunto do sala de convidados de hoje [Música] para conversar com a gente estão no estúdio rogério jeanine psicólogo e presidente do conselho federal de psicologia tatiana magalhães assistente social da universidade federal fluminense e especialista em saúde mental pela universidade federal do rio de janeiro e julho bandeira de mello este
analista do centro de estudos da saúde do trabalhador e ecologia humana da escola nacional de saúde pública sérgio arouca da fiocruz e você também é nosso convidado participe fazendo perguntas e comentários utiliza o nosso site canal saúde ponto fiocruz.br ou telefone 0 800 701 8122 a ligação é gratuita o impacto dos transtornos mentais sobre a nossa produtividade é muito mais freqüente do que se imagina de acordo com a organização mundial da saúde a depressão é a principal causa de afastamento do trabalho no mundo luto separação brigas são alguns dos acontecimentos que fazem parte da vida
de muita gente mas que muitas vezes contribuem para o adoecimento mental com ele surgem à depressão ansiedade síndrome que estão hoje entre os principais motivos de afastamento do trabalho no país hoje no brasil as principais doenças né é o diagnóstico psiquiátrico eu acho que é mais interessante a gente pensar sim é relacionadas ao trabalho só uma depressão e ansiedade principalmente embora seja um diagnóstico que estão mesclados então umas vezes é difícil até a gente separado é tão simples de fazer o diagnóstico mas esses são os mais comuns no brasil a organização mundial da saúde fez
um alerta sobre a depressão de acordo com a oms a doença será o maior motivo de afastamento do trabalho no mundo até 2020 no brasil cerca de 5,8 por cento da população têm a doença o que faz do país o campeão de casos na américa latina pessoas têm se afastado muito do trabalho tirar licenças médicas etc e tal por conta das mudanças no mundo do trabalho de fato não que isso seja uma coisa muito recente não é é a mais a gente vem percebendo a gente tem notado cada vez mais transformações muito preocupantes nas relações
de trabalho nas formas de gestão não é só depressão que atinge os trabalhadores outros transtornos psiquiátricos e doenças mentais no ambiente de trabalho crescem vertiginosamente incluindo também estresse ansiedade e transtornos bipolares esquizofrenia entre outros dados do inss apontam que em 2017 mais de 178 mil brasileiros se afastaram do mercado de trabalho e receberam benefícios relacionados a essas doenças é o que a gente chama de somatização nessa mobilização importante é outras coisas é assim a dificuldade às vezes até de levantar da cama a dificuldade de sair a dificuldade de de poder realmente trabalhar muitas vezes e
na maioria das vezes o méxico a concentração essa coisa da concentração isso fica completamente comprometido o brasil é o país mais ansioso da américa latina dados da organização mundial da saúde divulgados este ano apontam que 9,3 por cento dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade as principais causas são os fatores socioeconômicos como pobreza e desemprego e ambientais como estilo de vida em grandes cidades é essa coisa de dizer entre o trabalho de seus programas na rua não existe né nós somos um ser inteiro né então assim o desafio que está colocado para todos nós que
somos profissionais é como no jogo nos relacionar com as dificuldades que a gente tem joga particular e como é que a gente vai com essa relação o tocar a vida para frente de forma que ela não fique improdutiva ou inviável e comprometida com certeza vai ficar [Música] rogério tatiana doutor júlio muito obrigada pela presença de vocês aqui na sala de convidados é um prazer recebê los e tem muitos ali elementos pra gente comentar essa reportagem eu quero começar abrindo com esse dado sobre a depressão seu principal motivo de afastamento do trabalho não só no brasil
mas no mundo inteiro o que esse dado revela rogério 300 milhões de pessoas de acordo com a oms sofrem de depressão é muita gente né sofrendo com esse problema e isso tem um impacto direto sobre a produtividade que você comentasse um pouquinho sobre o que esse dado revela é um é um sinal do nosso tempo é um sinal da nossa sociedade contemporânea certamente é um sinal dos tempos e acho que no novo vídeo que nós assistimos foi levantado uma questão que acho importante para o nosso debate é que é as mudanças do que na própria
organização do trabalho o tipo de exigências que se faz ao trabalhador ea trabalhadora que é digamos assim um certo comprometimento total né é um modo de um modelo fordista que você o trabalhador via de regra estava nessa sendo uma linha de montagem né trabalhando cooperativamente alguma maneira mas também segmentadamente para um modelo de trabalho modelo de gestão que digamos assim pede um ultra comprometimento desse trabalhador e trabalhadora e ao mesmo tempo nega o reconhecimento disso tempo todo o que a gente percebe nos modelos de gestão é que o trabalhador está a ser trabalhador estão sempre
devendo estão sempre estão sempre em falta com o trabalho então a uma hiper exigência é do do trabalho e uma competitividade local nem todo mundo compete contra todo mundo então o o oferecimento de novos assim das dos laços de trabalho os laços de solidariedade entre os trabalhadores é contribuir certamente em muito com esse de uma espécie de desespero em relação ao trabalho de uma desesperança em relação ao trabalho por mais que eu faça sempre será é é atendida sempre dívida e sempre risco né como por exemplo a situação de desemprego você está trabalhando mas você
está trabalhando no sentido de fazer uma carreira mais sentido e quando é que eu ficarei desempregado então isso também é um fator geral eu acho que uma outra coisa que são diagnósticos psiquiátricos né na psicologia e psicanálise e outras abordagens a gente vai perceber as vezes o diagnóstico de uma forma um pouco diferente né seja a pessoa está ansiosa e está deprimida né é a gente imaginar que essa pessoa está respondendo também o ambiente respondendo a esse sofrimento gerado pelo ambiente e muitas vezes como o próprio na própria o clipe nephu apontou as pessoas carregam
na sua vida as suas vicissitudes da vida em abandonos perdas lutos que com que coloca as pessoas em sofrimento muitas vezes tristes né então essa tristeza muitas vezes ganha um certo o diagnóstico ganha uma certa característica ea gente sempre levanta esta bola é assim cuidado com o diagnóstico não é porque o diagnóstico também tem um efeito ea transgênico seja ele acaba também com formando um certo comportamento eu fico doente de um certo jeito também essa informação também é social ela não é só individual eu estou triste mas em relação a quando ganhou o diagnóstico depende
deprimido eu também começam a me comportar como um deprimirem buscando um certo tipo de medicação por buscando certo deixa mais controvérsias em relação à doença que são importantes é de de ser salientadas mas evidentemente não negar o fato é que é as pessoas que sofrem e as pessoas em sofrimento inclusive na relação com o trabalho como na relação da com a vida é passado em um determinado 17ª determinada pressão em relação a isso a gente ainda vai falar sobre o diagnóstico a gente ainda vai falar sobre o desemprego que especialmente no brasil especialmente importante neste
momento mas antes eu queria saber tatiana você que fez um trabalho de dissertação sobre saúde mental essa relação de saúde mental e trabalho você tem a sensação de que é um tema que está sendo cada vez mais estudado e mais comentado é ou ainda é um pouco negligenciado em relação ao a a dimensão que esse problema tem no mundo inteiro mas que ainda pode ser mais estudado principalmente naquilo que se refere ao serviço público que foi o que eu estudei na dissertação acho que é importante que cada vez mais se discuta sobre isso acho que
como a gente viu no vídeo é o trabalho ele sempre vai impactar a saúde mental então por mais que não a gente não vai diretamente para um diagnóstico pensar numa questão da depressão mas o trabalho que a gente faz tem impacto sobre a nossa saúde e principalmente à saúde mental então tudo aqui a gente passa a maior parte do tempo no trabalho a gente se relaciona com as pessoas do nosso trabalho a gente tem metas tem coisas que a gente precisa alcançar então tudo isso vai impactar na nossa saúde mental então cada vez mais é
um tema que precisa ser estudado e muitas vezes a gente até pensa na questão da depressão mas tem coisas de sofrimento que aconteceram antes então às vezes a gente vai pensar no diagnóstico mas tem as questões do desgaste mental que você muitas vezes se sentir triste não conseguir chegar no seu local de trabalho têm dificuldade para dormir então são essas manifestações desse sofrimento que também vão aparecendo então com quanto cada vez mais vezes falar sobre isso melhor para as pessoas reconhecerem poder enfrentar todas essas questões e institucionalmente a gente pensar em soluções pra isso e
melhor também para tentar diminuir um pouco o estigma é doutor júlio eu tenho a sensação de que ainda é um assunto carregado de estigma as pessoas que por um acaso precisam se afastar por conta de problemas de saúde mental muitas vezes precisam lidar com preconceitos das pessoas associarem esse problema uma certa frescura ou então desculpa pra se ausentar inclusive do próprio trabalho isso ainda acontece muito né em sua cidade é na minha clínica e isso aparece direto às pessoas que chegam com essa demanda néné e elas dizem claramente que elas são utilizadas pela equipe de
trabalho à qual pertencem às vezes até pelos seus superiores entendendo que aquilo é uma maneira de driblar a possibilidade de contribuir no processo sim né ou então o pessoal é muito problemática e aí começa tudo que as pessoas entendem como uma pessoa problemática a depender do repertório que cada um tem na sua relação com o mundo na sua relação com a vida né agora eu particularmente quando o paciente chega pra mim com o diagnóstico tal néel comunicação tal eu não fico muito preocupado está discutindo com ele disse estar deprimido você não está deprimida eu fico
mais preocupado em discutir com ele o que ele está sentindo o que ele imagina porque ele acha que ele está sentindo aquilo o como é que ele entende aquilo que ele está sentindo e que em relação à estabelecendo com aquilo é um sujeito é um só quer dizer a vida privada a vida do trabalho que faz parte da vida privada vai estar sempre em pauta essa discussão ea discussão que a gente vai tocar pra frente e geralmente é um diagnóstico já tardio rogério as pessoas já chegam a para buscar ajuda já com um certo nível
elevado de sofrimento mental elas demoram para se perceberem deprimidas nesse caso ou não já estão mais conscientes do problema e já buscam ajuda hoje em dia um pouco mais brevemente em relação ao trabalho depende muito do ambiente de trabalho né num ambiente extremamente competitivo por exemplo não só as questões de saúde mental mas como qualquer outra comunidade não é qualquer doença qualquer problema também são mitigados também são escondidas né se eu tenho de treinar das dores eu só tenho um problema de circulação e também não vou lá e dizer olha vou indo lá para fazer
uma cirurgia é por causa da circulação das pernas é também isso vai ser entendido eu não só é é não necessariamente com uma coisa e que tem aquela emergência então as pessoas que de alguma forma se protegem no ambiente de trabalho mais hostil mais competitivo é mitigando os seus próprios problemas e isso evidentemente no caso do digamos assim dos da sua saúde mental no caso o seu sofrimento mental tem um plus a mais nessa ou menos como a gente pode dependendo de como você estiver olhando que essa idéia de que as questões das objetivas são
questões menores não são questões que podem exercer serem deixadas para depois isso aumenta o sofrimento que aumenta inclusive essa atenção nem eu preciso me cuidar mas o mas eu também é porque é esse preconceito digamos assim esse conceito é sobre saúde mental não está só na sociedade está também na pessoa é que é alvo então ela também demora pra perceber é e e só percebe quando está muito sintomático usado então esse acho que o o o problema é criar ambientes em que essas coisas podem aparecer sim é criar ambientes profiláticos né em que é que
é essas questões possam aparecer sem o sujeito ser taxado não sei que não quero trabalhar por sim pois é tem muito preconceito ainda tatiana é se você fizer uma entrada no site da organização mundial da saúde e buscar sobre saúde mental e trabalho eles não só a lista uma série de de medidas pra você prevenir problemas de saúde mental associados ao seu trabalho mas a primeira coisa que você encontra que saúde mental é que o trabalho faz bem para a saúde mental é não só estar empregado é especificamente em alguma empresa mas estar trabalhando é
algo que faz bem pra gente para o ser humano você percebe isso é nas queixas que você ouve o fato de desemprego ser um fator muito muito considerável para a gente está falando de saúde mental eles também citam ali como um dos principais fatores de risco para o problema dos problemas de saúde mental o desemprego eu queria saber se você tem muito isso no seu relato se você ouve muito isso na minha pesquisa na dissertação apareceu muito a questão da escolha pelo serviço público por conta da estabilidade então o fato de ser está no site
com que as pessoas busquem concurso público que você tem você tem uma segurança maior sobre os seus planos para tudo e aí da mesma forma que o trabalho ele pode potencializar saúde mental ele também pode causar sofrimento mas as questões que mais envolvem que fazem esse trabalho ser saudável é a questão do prazer no trabalho que você gostar e se reconhecer aquilo que você faz questão da autonomia também pareceu bastante você poder decidir sobre as coisas do seu trabalho sobre quais ações você vai tomar então o fator da equipe é um fator de proteção então
todos esses aspectos favorecem a saúde mental e trabalho e está relacionado justamente com esse trabalho saudável então você pode se reconhecer ter autonomia para fazer e tem essa gestão solidária equipe de trabalho que apareça como um suporte para você durante as situações mais complexas então tudo isso apareceu na pesquisa então acho que investir em um ambiente que você possa ter onde as pessoas conversas em que você possa ter uma relação uma relação de equipe que não seja tão competitiva que os trabalhadores possam ter autonomia para realizar o seu trabalho tudo isso vai favorecer a saúde
mental agora de fato doutor júlio existem profissões que são mais expostas estão mais vulneráveis e suscetíveis a problemas desse tipo olha existe ele relatos de pesquisas que indicam que sim né é existe até aquela expressão que o pessoal usa que na verdade é uma forma de entender esse tipo de dificuldade que o planalto não é assim é que tem os professores como alvo importante médicos e outras categorias né agora eu queria se ressaltar o seguinte é é uma observação muito particular e e ela fica confirmada na minha clínica nem assim pegando um pouco carona naquela
colega estava contando é trabalho o investimento de vida né é a princípio é um investimento para trazer pra sentir produtivo para ter uma realização não quer dizer faz parte do projeto é uma coisa é maior né o que precisa entender é quando o trabalho tá sendo um problema e por que está sendo um problema sim pra pessoa para o posto de trabalho e processo do trabalho né porque na vida nós somos autores e atores sempre então é sempre em mão dupla e esse tipo de avaliação é importante porque são gente corre o risco de ficar
culpabilizando essa ou aquela parte na minha clínica não tem quem é culpado tem sim quem está implicado enquanto está implicado e o que podemos fazer com essas implicações diversas que estão atravessando esse cotidiano que muitas vezes é desagradável mas quando a gente considera que a gente está num país com cerca de 12 milhões de desempregados e às vezes as pessoas vão trabalhar no que aparece não no que ele escolheu imagino que surgiu de oportunidade com o que a gente pode pelo menos melhorar um pouco e tudo bem eu não eu não escolhi não é mais
foi que surgiu neses existe também essa esse quadro é claro que imagino que as pessoas que chegam até você até por conta é da fiocruz ser uma instituição pública são servidores que de alguma forma tem uma estabilidade mas para aqueles que não têm qualquer estabilidade existem maneiras de a gente tentar evitar um pouco me tirar um pouquinho problemas interessantes e destacar isso porque eu não atendo os servidores da fiocruz também eu atendo também é zanetti chegou a gente tem até um setor na fiocruz que é mais específico para esse tipo de demanda eu atendo pessoas
que chegou da indústria que segundo o comércio o segundo os sindicatos que chegam dos bancos enfim de diferentes processos de trabalho né agora em relação à escolha como você destacou eu posso não estar trabalhando naquilo que eu sou e que seria a minha principal escolha mas justamente por esse cenário que você colocou do país o fato de eu já ter conseguido estar trabalhando na época o atleta já é protetor e já faz parte de algum tipo de escolha em curso né e isso tem um efeito importante na minha relação com a vida da minha relação
com o mundo e na relação comigo mesmo né o que eu vou fazer daí pra frente só as minhas pegadas que eu vou construir é que vão poder contar com um agora hoje os pacientes que sofrem com depressão a organização mundial da saúde destaca isso muito bem que além de depressão eles às vezes acumulam sintomas de ansiedade também que também são super prejudiciais produtividade queria que você comentasse um pouquinho isso como que esses sintomas aparecem no dia-a-dia rogério como que a gente pode perceber que a coisa não vai bem normalmente quando você fala de deprimido
depois você vai falar da cidadã de uma síndrome de pânico as pessoas não consegue sair enfim evidentemente que as pessoas já passaram por alguma coisa assim na vida quase todo mundo e com o conhece alguma situação em que isso passa é é porque na verdade quando uma coisa não é cuidado ela vai tencionar o outro aspecto da vida é muito difícil a pessoa tá se sentindo triste deprimida é em relação ao trabalho que a gente não tá falando ainda do desempenho da banda pessoa que o ambiente de trabalho de alguma forma tem influência nisso é
então desenvolver outros sintomas né é que inclusive tem a ver com o fato de não chegar ao trabalho é acaba sendo digamos não há cá não chega a ser uma surpresa do ponto de vista do funcionamento psíquico mas eu queria trazer 11 elementos enquanto a organização fala olha eu trabalhar é bom né eu acho assim é e ser produtivo e o trabalho é trabalho constitui o ser humano né assim as pessoas inclusive se constituem assim historicamente é é através do trabalho através de fazer coisas que transforma o mundo transforma a sociedade não só uma realidade
seja seja de escolher onde eu vou fazer a coleta de frutos ou seja escolher onde voará e e e fazer minha lavoura então sem trabalhar é muito próprio do humano e de uma forma muito é forte constitui o humano só que a apropriação deste trabalho por organizações é que vai criar o grande problema é como é que quem faz a gestão do trabalho em como é que o trabalho é dirigido e eu acho que o trabalho hoje tem uma característica muito a do ec doura que é o sujeito além de não talvez não esteja fazendo
exatamente o que gosta é exatamente o quê que machucou e ele vai ele vai enfrentar um ambiente que muitas vezes é um ambiente hostil ambiente competitivo entre paris e é um ambiente é que tem muitas vezes uma gestão e então muitos exemplos né é eu queria citar rapidamente dois exemplos na minha experiência é profissional como psicólogo lidando com educação para o trabalho e lidando com educação para a saúde é o um relato de uma de um trabalho de uma trabalhadora que é interna e marketing e usava fraudam pra não precisar ir ao banheiro e bater
as metas cinzenta sem necessitar é uma fralda geriátrica que as pessoas entendem claro claro e outra uma outra experiência no ponto oposto é que é um lugar onde tinha uma comissão de fábrica na mercedes dance eu fiz e se essa visita alguns anos já quase mais de uma década é e ver onde os trabalhadores têm um grau de organização onde os trabalhadores discutem inclusive a meta de produção com a gestão da empresa é o tipo de altivez do tipo de tranquilidade que a gente via visita e veja é eu acho que dificilmente eu não fiz
essa pergunta dificilmente alguém acha é a sharia que está numa linha de produção e às vezes está só acompanhando o que um robô que está fazendo só seja realmente o que é um trabalho que lhe dá prazer enfim né mas já há a conservação da sua dignidade como trabalhador e do seu poder enquanto trabalhador na expressão do seu poder nessa eu faço coisas porque tem que fazer mas eu me pediu eu negocio eu eu eu só voz ativa nesse processo cria é desse sujeito então veja nesse primeiro caso é uma é uma a pessoa acaba
aceitando mais pessoas inclusive me perguntam muitas vezes isso é verdade mesmo né é dar uma advogada que vocês vão ver que é verdade mesmo mais uma pessoa ela submete a isso assim ela se submete a isso submete uma indignidade pessoal é por causa da organização do trabalho e do outro lado não não acho que ficar talvez nem era o que esses operários do abc estava esperando na vida que ele ficasse trabalhando em uma linha de produção mas com o resgate da sua dignidade então o trabalho também um lugar de um lugar da política é o
lugar das relações sociais é um lugar e isso tem impacto evidentemente não que as pessoas não sofreram né e aí o encerro é contando mais uma história muito curtinha e ano em relação a uma outra empresa que tinha comissão de fábrica que tinha metas de produção e aí eles perceberam é que tinha um trabalhador muito estranho muito triste muito a cabeça baixa e isso era o que aconteceu ele tinha perdido a a mãe que morava no interior de uma cidade do nordeste da paraíba muito longe e ele falou assim só que a gente tá aqui
na rua trabalhando ela morreu faz uma semana e fiquei sabendo depois eu não consegui me despedir da minha mãe e os trabalhadores será sim então você se você pode ir porque os é essa célula de trabalho tinha autonomia inclusive chegaram aos recursos humanos assim nós estamos tão estamos dando licença esse trabalhador e nós vamos nos trabalhos nós vamos nos ocupar é de que a ausência dele não afete a produção nós vamos fazer um esforço extra em solidariedade a ele então são duas situações que esse sujeito de triste evoluiria por um deprimido e talvez até um
sujeito tivesse uma síndrome de pânico alguma coisa assim mas é poderia bem ser bem possível que isso então a idéia de que o trabalho em si é ruim ou em si é bom também são duas idéias que se fica no campo da ingenuidade né acho que até é poder intervir inclusive se opondo à forma como esse trabalho resistindo como essa vamos trabalhar organizado ele pode ele pode ter ser feito de criar um laço solidariedade entre aqueles que são os trabalhadores que estão naquele lugar né estão vivendo vivenciando aquilo de um lado da história do lado
do trabalhador claro isso é muito interessante e é o assunto do nosso segundo bloco quando a gente vai tratar sobre quando o ambiente de trabalho pode nos adoecer ou como você bem relatou agora nos acolher o sala de convidados vai fazer um breve intervalo não sai daí a gente volta já [Música] o sala de convidados está de volta conversando sobre saúde mental e trabalho nossos convidados são rogério jeanine psicólogo e presidente do conselho federal de psicologia tatiana magalhães a assistente social da universidade federal fluminense e especialista em saúde mental pela universidade federal do rio de
janeiro e por fim julio bandeira de melo analista do centro de estudos da saúde do trabalhador e ecologia humana da escola nacional de saúde pública sérgio arouca da fiocruz e você também é nosso convidado participa e fazendo perguntas e comentários utiliza o nosso site canal saúde ponto fiocruz.br ou telefone 0 800 701 8122 a ligação é gratuita estresse assédio bullying um ambiente de trabalho pouco saudável pode provocar sérias consequências para a saúde mental roberta enfermeira e tem 15 anos de profissão em 2010 com apenas 27 anos se tornou gerente da unidade de emergência pediátrica do
hospital em que trabalha com a responsabilidade do cargo ea pressão por resultados começou a apresentar sinais de desgaste emocional você tem crises de insônia enxaqueca é o telefone quando tocava sente angústia já fui assaltada fica bastante sobre essa terra acordava de manhã sem vontade de trabalho assim era sofrido com o trabalho eu não tinha pouca vontade não tinha prazer não tinha desejo é e fui agravando com o tempo fui tantas crises mais recorrente nos porões de saúde depois eu ia saber que foram somatizações por conta do estresse no ambiente de trabalho porque fora dali eu
não tinha problemas eu ficava bem em outros lugares em festas e convivência meu problema era ir ao trabalho executado que executava pra mim era bastante sofrido durante um plantão teve uma crise de choro e resolveu buscar ajuda profissional foi 88 apartamentos de recursos humanos que encaminhou à saúde do trabalhador quando cheguei lá e comecei a chorar copiosamente e dizer pra ele estava sentindo enfiei poder encaminhou para o psiquiatra eu precisaria de ajuda que estava no quadro depressivo o professor jorge luiz lima dá aulas de saúde coletiva da universidade federal fluminense realizou uma pesquisa com profissionais
de diversas áreas para identificar sinais da síndrome de burnout o estudo mostrou que as áreas de educação e saúde são as que mais apresentam trabalhadores com indícios do problema entre os enfermeiros de centro de terapia intensiva 55 por cento tiveram sintomas quando a gente fala de de trabalhadores de da escola pública aí praticamente todos 98% isso já mostra aí ô ô ô ô perigo é o risco que isso trás mas tem que deixar claro que o a síndrome de burnout isso tudo que eu tô falando é o estudo baseado em suspeição então para ser diagnosticado
barrault realmente tem que passar por um clínico nem ter acompanhamento colo e tratamento muitas vezes medicamentoso e demorar bastante tempo porque os estudos científicos fazem apontar que ali existe o risco e que essas pessoas elas têm a oportunidade de buscar ajuda enquanto ainda não percebem que estão com algum problema o ambiente de trabalho pode se tornar em salubre em função das relações com colegas e chefes no brasil e no mundo crescem a cada ano os casos já sedes que comprometem a saúde mental do trabalhador e provocam sofrimento o assédio moral o assédio sexual ou qualquer
outro tipo de assédio tem uma relação direta com uma má gestão ou com o equívoco do que é uma gestão entendeu certamente outros fatores estão envolvidos de ordem pessoal dos atores que estão envolvidos naquela situação mas eu acho que o pano de fundo é esse a gente está de volta rogério nesse segundo bloco eu queria começar falando sobre a dificuldade de diagnosticar a é por exemplo a gente quando fala de assédio moral assédio sexual bullying às vezes é muito difícil para o trabalhador é identificar um que está sofrendo isso e outro das pessoas acreditarem é
primeiro deve ter também um espaço para falar sobre isso né e as pessoas também acreditarem que às vezes duvidam acham que está exagerando acham que é né existe uma dificuldade esse é um dos dos dificultadores do diagnóstico desse tipo de problema certamente é eu queria falar da minha experiência do meu trabalho é como nuno inclusive com formação para o trabalho no movimento sindical que é fundamental em qualquer ambiente de trabalho também esse reequilíbrio de forças quando o trabalhador ele fica exposto ao trabalho né como um lugar em que muitas vezes nem a legislação brasileira entra
né por exemplo é quando você entra no portão de uma grande empresa de uma média empresa é muitas vezes é até as regras de civilidade e as regras legais que existem na sociedade não valem lá sim você passa a ter um tipo de controle que não seria admitido fora de lá né então essa é a gente tivesse vendo duas civilizações diferente a utilização do mundo social que muitas vezes você tem liberdade de expressão você conversa se exigisse até na família nem que seja na família e design então aqui uma família democrática todo mundo tem opinião
aí você vai pro trabalho você não tem opinião não tem nenhuma democracia não tem isso desequilibra as forças isso não dá conta de todos os problemas de todo sofrimento individualizado de cada um tempo e cada um tem sua história e enfim mas cria um ambiente propício é a esse tipo é inclusive de dominação é por exemplo um assédio no assédio moral você tem um grupo tem uma legislação sobre isso mas quando você vai olhar a legislação ela acaba individualizando entre o sujeito assediado e um sujeito concreto que assedia e que ele é e isso não
responsabiliza a organização do trabalho não organiza a gestão que muitas vezes utilizam digamos esses chefes capatazes é como instrumento de gestão mas não assume isso né então eu trago um aspecto é que é digão sociológico político é também pra gente também não fica sempre é nem culpabilizando um sujeito que o mauzinho que oprime e contabilizando m o que é pior ainda contabilizando a vítima porque por exemplo no caso do assédio moral a exigência pois você entra com uma legislação brasileira uma reclamação é você que tem que provar você tem que ter as testemunhas e você
vai no máximo provar a culpa de um agente é o caso do bailout também no caso da barbot ligado à educação nas escolas é mais incrível ainda é porque tem toda a dificuldade do diagnóstico toda a dificuldade da pessoa inclusive assumir até 300 e é e no fim das contas a pessoa vai para o atendimento e não volta mais para a sala de aula a tal da reabilitação pé e ir para um outro lugar que não é a sala de aula não desloca se desentende então isso isso é importante discutir porque veja não estou eu
não tô nem subestimando nem esquecendo que digamos dessa possibilidade de que cada sujeito a chuva só pra potência mas eu tô sendo assim isto é uma coisa num ambiente interessante ambiente mais saudável ambiente todo falando ambiente no lugar do trabalho no campo do trabalho no local de trabalho na própria sociedade na compreensão desses fenômenos né e outra num ambiente hostil sem que você faz digamos assim você vai exigir demais desse sujeito é para que ele crie todas as defesas a gente tá quase exigindo um certo egoísmo por isso renan no bloco anterior eu falei de
duas situações né é em que não não é fácil tem metas tem tem pressão etc mais uma que está equilibrado com o coletivizado democratizado e discutido nem você tem um contrapeso uma contra a balança de poder e outro onde você tá individualizado e e absolutamente fragilizado e aí o que você tem que fazer é se doar mais e mais e mais inclusive chegando nessa iniqüidade de você fazer coisas que inclusive que você reprovaria moralmente se você se você faz coisas que você não quer fazer não gostaria de fazer em nome de preservar o emprego de
presença do imposto e compromete a saúde mesmo e compromete a saúde mental no seu estudo a tatiana é porque além das consequências para a saúde mental esse tipo de problema também acaba repercutindo na nossa saúde física a gente acabou de ouvir a entrevista dizendo que começou a ter dificuldade para dormir nem coração batendo mais acelerado isso veio pra você muito de relato também as consequências e repercussões para a saúde física apareceram até pegando esquema 0 estava falando uma das servidores que eu entrevistei a relatou que no momento de inscrição disciplina que é o momento mais
conturbado tem muito mais tem um aumento é do trabalho e aí ela precisa montar o carro o quadro de disciplinas sozinho ea partir disso vieram repercussões né alguns professores reclamaram e ela conta que nesse momento que uma determinada pessoa vai falar com ela ela se sentiu tão nervosa que ela achou que estava enfartando então eu falava isso que ela sentiu como se o coração dela fosse sair pela boca ela teve sensação de desmaio e ela falava que ela começou a chorar e aí uma das pessoas de lá que trabalhava com a voz calma e e
aí veio o tal do isso sempre foi assim não fica assim é vai pra casa porque na verdade ela passou por aquela situação mas tem muito mais além da organização desse trabalho é porque as pessoas não sentaram para conversar como é que se organiza esse quadro de horários porque isso não foi decidido numa reunião então ela passou por essa situação de se sentir mal de ter sintomas físicos tanto que ela é ela mesmo falava na entrevista não calma não tem fartando é o trabalho que ela falar isso ela se sentiu mal de nervoso e uma
outra entrevistada que falou a questão do bullying é que ela tem ela começou a ter insônia porque ela começou a se sentir expulsa do local de trabalho as pessoas perguntando quando ela ia embora e ela fala que ela começou a não conseguir dormir pensando no trabalho então começou a ter dificuldades em casa têm dificuldades em outros lugares então ela relata a escola falou nós é realmente ele esses problemas são do trabalho mas não tem separação então é começar esse manifesto julho a última fala da reportagem é justamente uma fala sua chamando a atenção pra prospecto
da gestão como é que a gente pode fazer como é que quem está à frente desse processo de trabalho pode pensar em ações que promovam um ambiente de salvar um ambiente de trabalho mais saudável olha eu entendo o seguinte da seguinte forma acho que uma equipe ela precisa se sentir pertencente ao processo trabalho né eu não tô ali por um acaso eu tô aí para desenvolver um projeto que está colocado hoje eu topei participar e hoje eu tenho uma importância em parte dele né e essa parte dele não significa fragmentação essa parte deles significa o
um pedaço do processo né agora poder melhorar condições o otimizar condições eu arriscaria dizer que era primeiro cara consegui entender o tudo né entender o que é esse todo entender qual é a parte dele nesse todo como ele interage nesse todo o segundo ponto é ter um mínimo de possibilidade para criar né fora o que já está estabelecido pelo próprio protocolo do processo mas pode criar ele colocar lá as características dele colocar as idéias dele as inovações desde que pode ser muito bem vinda para os resultados que estão a propósito né então acho que uma
gestão participativa onde se considera um coletivo eu acho que é talvez uma gestão bacana e caiu mais saudável com certeza pra o que a gente possa falar sobre a gestão nesse caso daquela teve essa dificuldade por conta do quadro de horários ela levou os gestores e aí nada foi feito então ela relata isso naquela a eu levei falei o que tinha acontecido mas não há nada foi feito e aí ela vai sair daquela situação de sofrimento ela mudou de horário ela mudou de local de trabalho então muitas vezes é não se conversa nem sobre as
situações o que poderia ser mudar e aí cada um vai buscando individualmente um para sair dessa situação de sofrimento assim se você me permite ainda uma colocação não favorece só sublinhando mesmo é a fragmentação do trabalho é uma coisa horrível né as pessoas muitas vezes elas se sentem fragmentar dos mesmos em não só do processo como na sua própria participação um é isso começa a criar um um angu sua ansiedade pronto eu tô indo pra onde que eu não tô indo e porque estou fazendo isso porque eu vou ter que fazer mais um porque eu
tenho que fazer - por que eu tenho que aceitar isso porque eu não tenho que aceitar enfim essa que você falou essa falta de diálogo é assunto de de cruzamento isso é terrível sem a organização mundial da saúde inclusive lynch ter como um dos fatores de risco para problemas de saúde mental associados ao trabalho pouco espaço é pouco espaço de escuta quando a sua fala não é levado em consideração é quando você a sua opinião não tem muita importância e também chama atenção para quando você tem é pouca flexibilidade tanto em relação aos seus quadros
e horário neco ponto em relação a aspectos de gestão né você está insistindo ou sugerir uma coisa que eu nem ouvido não é nem considerado tudo isso é chamado também bastante atenção além disso a oms também destaca que um ambiente de trabalho pouco saudável pode contribuir para abuso de drogas como álcool por exemplo é altos níveis de falta no trabalho né começa os trabalhadores começam a se ausentar mais e além disso perda de produtividade e poderia estar dando muito mais e acaba neoville sendo pouco e aí pra trazer um dado é o de acordo com
a oms por ano existe uma perda estimada de 1 trilhão de dólares por ano em relação à perda de de produtividade ou seja o rogério além das repercussões para a saúde mental para a saúde física existe um impacto inclusive da economia veja é talvez isso ajude a gente pensar no mito de que o capitalismo em sua forma de organização tem uma racionalidade a gente às vezes assinamos o patrão sabendo que aquilo vai causar prejuízo vai fazer tudo bonitinho não é verdade e tem outros e outros componentes inclusive ideológicos é é que que se sobrepõe a
simples ideia por exemplo no caso da saúde com modo geral de modo geral a gente assim prevenir e promover saúde se tornaria muito mais barato e só cuidar das doenças então se isso é fácil de dizer é fácil de compreender mas não é fácil de fazer e porque existem outras nacionalidades que se interponha isso uma das nacionalidades interpõe isso é idéia de poder sem a idéia de estabelecer quem manda e quem obedece exata então talvez esse gestor que não quer ouvir talvez não queira ouvir porque ele tem aquele componente de eu que mando eu que
sei se eu tô aqui se eu sou merecedor desse lugar de gestor de dono em mim eu vou fazer o que eu acho que tem que fazer eu só queria voltar rapidinho a questão do banana bowl favor primeiro que é banal de se você errou de novo no google se colocar bar náutico google vai aparecer aqueles campeonatos e que o carro giro pneu sem sair do lugar que o campeonato é quem fica mais tempo gerando o pneu fazendo fumaça e sem sair do lugar é no trabalho docente do professor o que qualquer idéia do ba
não tinha aquele trabalho que o sujeito faz faz e nada acontece por exemplo porque a escola tem o fracasso escolar as crianças não aprendi então o professor fica sentindo culpado disso porque a idéia do professor de colocada é que a idéia é o professor quem dá aula o professor e que recebem ensina o aluno só que não é isso é toda a escola todo o sistema aumenta a metodologia é a herança que cultural que esse aluno trouxe a herança daquele daquela comunidade então fica na fica individualizar por isso que às vezes os diagnósticos ea gente
tem que desligar um pouco os diagnósticos é porque no caso do governante o diagnóstico fica no sujeito que digamos assim do trabalhador que está fracassando é e às vezes isso reforça intercederá ele vai para o tratamento vai vai para um processo inclusive com o uso de medicamentos e não volta e esse é o bell é o caso mais mais grave nessa gente esclarecer para o telespectador é o sintoma de barnaul dessa síndrome na verdade a gente ouvir muito falar sobre depressão e ansiedade e agora de uns tempos pra cá é que a gente tem ouvido
falar mais sobre relatos de bournout principalmente relacionados a trabalho na escola já é um pouco mas é um exemplo de enfermeiro já quem vem já há a sensação que eu tenho que vem aumentando os relatos diz um pouquinho pra gente rogério sobre os principais sintomas até pra que se tiver alguém sentindo esse tipo de sintoma possa procurar ajuda enfim no caso da escola que eu conheço mas é muito mais uma relação com o fracasso do processo sujeito começa a sentir absolutamente impotente em relação ao não ter fundo a aaa como se fosse um trabalho que
é só quem manda nessa que é só o trabalho patinando acho que a ideia muito essa de patinar no trabalho e é e aí a idéia da culpabilização daquele sujeito que adoece gerland naquele grupo alguém vai adoecer mais rápido né sempre alguém acaba sem alguém acaba ficando com sintoma nas relações grupais sempre alguém é e quando a gente fala no psicodrama hoje aquele primeiro que agoniza o protagonista é aquele sujeito que agoniza primeiro que são sintomáticos o primeiro mas todo o esforço é para a isso é a de compor isso não surge no sentido de
você introduzir quais são os todos os atores envolvidos no processo ensino aprendizagem que evidentemente não é só o professor evidentemente não é só aquele aluno que também sentem o adoecimento do aluno né então esse aluno que não aprende também vai ser classificado muitas vezes com uma doença contém nega um com 15 com outra com outro diagnóstico quer então é muito o risco desses diagnósticos esse diagnóstico na verdade conformar o que está acontecendo quando na verdade é digamos assim nosso trabalho como psicólogos assistentes sociais o trabalho quem está lidando com saúde do trabalhador de modo geral
da equipe multidisciplinar é promover modificações no ambiente de trabalho que sejam capazes de de desconstruir em esses papéis estratificados nesses papéis estigmatizar em aquidabã no fracassado aquela professora que não deu certo ela professora nervosa e ou seja você vai você tem que desmontar isso isso sempre uma ação coletiva nunca nunca é uma ação só do sujeito sujeito doente você vai acolher porque ele estava sofrendo fim mas o objetivo não é só acolher os sofrimento mas modificar aquele ambiente de trabalho e querer colocar não era pensando como deu o exemplo da enfermagem tem alguns estudos sobre
as questões do desgaste do jornal 'the na equipe de enfermagem é importante relacionais como trabalho porque são equipes são profissionais que geralmente sofrem uma pressão muito grande sem a questão do tempo para realizar você lidar com a vida com a morte às vezes a equipe ela está diminuída então tem uma equipe muito menor a quantidade de demanda então esse grupo amigo aquilo é então se você olhar só de repente para aquele profissional que que foi que teve a resina início no bar naltis e não vai você tem que olhar o processo como um todo nem
pensar nisso relacionado justamente ao trabalho eu queria trazer que a pergunta da audiência também né o rogério do rio grande do sul doutor júlio está falando o seguinte um colega uma colega de trabalho está afastada pela síndrome de banal de como nós colegas podemos ajudar quando ela voltar ao trabalho acolhendo é porque na verdade se a gente prestar bastante atenção os sintomas que a pessoa produz quando diagnosticado por náutico é um sintoma muito similar ao que a gente vai diagnostica como depressão né o indivíduo começa a sentir uma certa impotência se sentir com uma desvalorização
muito grande se sente com uma impossibilidade para continuar né é esse sentimento que esvaziado sim então isso precisa cuidar voltar o trabalho é acolher esse indivíduo para que esses sintomas que se apresentaram e produzir esse afastamento eles no resumo né porque sem dúvida no ambiente de trabalho pode estar favorecendo isso mas certamente você tem algum cruzamento com alguma característica pessoal que o indivíduo tem no seu repertório de vida e isso precisa ser visto também pois é o diagnóstico é desse tipo de problema eu queria falar um pouquinho agora só a gente já tá indo pro
fundo do programa eu queria falar um pouquinho sobre tratamento justamente nec tipo de tratamento que tipo de encaminhamento é feito com um paciente principalmente na rede pública quando ele relata esse tipo de problema esse tipo de sintoma olha aqui na fiocruz a gente recebe é lá no nosso departamento que tem o nosso ambulatório então o que a gente faz é um trabalho de fisioterapia né é eu sou psicanalista né reuso recursos da psicanálise pra tá trabalhando então o que eu vou fazer primeiro é escutar escutar escutar escutar e começar a pensar junto com o indivíduo
aquilo que ele está falando e sugeria ele sempre que ele fale mais porque uma coisa é a gente pensar sobre alguma coisa outra coisa é a gente escutar sobre a nossa voz própria voz sim o que a gente pensou se assimila que vai até você vai é a gente vai de alguma forma ressignificando aquilo também sim então é o trabalho vai na base da escultura na base da troca do pensar junto né pra tentar buscar algum tipo de carro mim que o próprio indivíduo vai escolher um é a gente já tá indo também para o
final do programa tatiana a gente está em um momento de discussão sobre direitos sociais perda de direitos já conquistados reforma previdenciária é leis trabalhistas de alguma forma essa ameaça de perda de direitos também tem um impacto você percebe isso nos relatos das pessoas muito medo do futuro e de que forma vocês procuram orientar nesse sentido a isso com certeza pode acontecer todo mundo resolveu se aposentar e se aposentar sem estar preparados em está querendo de fato e isso trazia angústia para o trabalho porque você está aqui você não sabe em que condições você vai continuar
então tudo isso se reflete em east sol caminhos que de estar junto com a equipe de estar discutindo de buscar formas coletivas para enfrentar isso pra fechar rogério uma mensagem final o que você diria para alguém que está ouvindo agora gente e tá sentindo realmente deprimido pouco ansioso com relação à situação atual dele ou no trabalho que ele já está ou então justamente pela falta do trabalho que mensagem você diria para a gente encerrar esse programa horas que fundamentalmente é como já foi colocado aqui quando a pessoa está assente tatá é preciso buscar ajuda né
acho que não num fundamental superar essa essa barreira buscar ajuda o centro de referência do trabalhador cerest selecção são estruturas da anda a saúde pública para o atendimento são fundamentais mas com ele mas também eu acho que é importante as pessoas compreenderem que há muitas vezes nos orgia da doença de onde veio a doença do trabalho ela também é gerada no trabalho não é senão a gente fica só cuidando dos sintomas da dengue no cuida do vetor né então um dos vetores do adoecimento no trabalho é o próprio trabalho então é fundamental discutir o trabalho
discutir a idéia do de um trabalho digno de um trabalho é que é legislado nem porque não existe proteção social trabalho e evidentemente nós não estamos vivendo nesses tempos nós estamos vendo nos tempos de desregulamentação e desregulação o trabalho é que não está colocando a talvez em períodos anteriores a clt não estão regredindo não 10 ou 20 alteração é regredindo ao a década de 30 né então isso é realmente causa na sociedade é também um clima muito ruim mas também causa o seu contrário é causa talvez a consciência de que a gente tem que se
cuidar o sujeito que só tem que buscar ajuda àqueles próximos tem que acolher mas a gente precisa discutir o mundo do trabalho mais criticamente com certeza quero deixar uma mensagem final da tarde olho eu acho que eu vou fazer das palavras dele as linhas também e só sobrando mesmo é não cabem procura ajuda não é problema nenhum pedir ajuda pedi ajuda não é sinônimo de fraqueza pelo contrário de ajudas land força né todos nós precisamos nos amparar nos acompanhar nos solidarizar entendeu e tocar a vida pra frente e vamos ver o que a gente consegue
assim coletivamente sempre tá dado o recado muitíssimo obrigado pela presença de vocês foi ótimo o debate muito obrigada mesmo agradeço muitíssimo obrigada se você quiser baixar ou compartilhar este programa entra no nosso site canal saúde ponto fiocruz.br você também pode acompanhar o canal saúde no facebook e no twitter o sala de convidados contou com a colaboração da nbr a gente se vê na próxima semana até lá [Música] [Música]
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