O que a McKinsey me ensinou sobre vender High Ticket

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Bruno Faggion
00:00 O Que a McKinsey Me Ensinou Sobre Vender High Ticket 01:53 Confiança = Reputação 06:09 O Princ...
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Então, muito se fala sobre vender high ticket aqui na internet, que esse é o caminho mais rápido para você ganhar muito dinheiro, vender produtos de conhecimento, mentoria, serviços de 20, 30, 50, R$ 100. 000. E como antes de eu criar meu negócio, eu trabalhava numa empresa que faz isso há 100 anos chamada Maquince, eu vim trazer para você tudo que eu aprendi sobre vender high ticket enquanto eu trabalhava na Minssei.
Para quem não sabe, a Minssei é a empresa de consultoria de alta gestão. Então, consultoria para CEOs, CFOs, pro se level das empresas, né, presidentes, diretores, vices-presidentes, ela é a consultoria mais conceituada no mundo para isso. É uma empresa que ajuda esses profissionais, essas empresas a criarem estratégia.
Basicamente tem vários tipos de projeto, mas projetos de estratégia empresarial são os mais conhecidos ali. E enquanto eu tava lá, a gente fazia projetos de 3 milhões, de 5 milhões. Eu cheguei a fazer um projeto que custou 20 milhões de reais pra empresa, né?
Acho que era um projeto de 6 meses a um ano. E eles fazem isso há 100 anos. Então, se tem alguém que manja de venda High Ticket, é a Min.
E eu vim aqui compartilhar o que eu aprendi lá, porque eu, na minha opinião, eu acho que a galera da internet tá viajando completamente nesse modelo. Que que a gente vai falar hoje? A gente vai falar sobre cinco princípios que eu aprendi sobre vender high ticket, tá?
Então, confiança e reputação, o princípio dos quick wins, a regra dos 10x, venda para quem manda, a questão do trabalho emocional no high ticket, que eu nunca vi ninguém falando sobre, mas extremamente importante, o que que o seu cliente tá comprando e cobre caro, trabalhe de graça. Sem mais delongas, o primeiro confiança igual a reputação. Que que eu quero dizer aqui?
Se você quer vender high ticket, confiança e reputação são as coisas mais importantes do seu mundo. Deveriam ser as coisas mais importantes para você, porque não tem muitos clientes que conseguem pagar um valor tão alto e eles se conversam. E aí entra algumas questões aqui.
A primeira é: o cliente só paga muito caro para você, mesmo que ele seja rico, tá? Ele só vai pagar o valor do de um carro numa consultoria com você ou de uma casa, no caso da Maquins, né? uma casa legal, inclusive ele só vai pagar esse valor, mesmo que ele seja rico, tá?
Mesmo que seja uma empresa que fatura milhões e tal, ele só vai pagar esse tipo de dinheiro se ele confiar muito em você num problema complicado, num problema complexo, num problema que ele não vê solução fácil. O que que é reputação? Reputação é a forma com que você vai conseguir vender esses projetos, porque a pessoa, mesmo que ela confie em você, ela quer ver se outras pessoas confiam em você.
reputação e confiança em escala. Você vai desenvolvendo confiança com uma pessoa, duas pessoas, três pessoas e em algum momento você cria confiança com boa parte do seu mercado, boa parte dos seus clientes que t essa condição de pagar por um serviço tão caro, seja um serviço de consultoria, seja um serviço de branding, um serviço de qualquer serviço, né? Então você vai ganhando a confiança dessas pessoas, desse mercado aos poucos e eventualmente você vai ter uma reputação.
E o problema de confiança e reputação é que você destrói ela assim. Você deu uma mancada ali com uma pessoa e as as palavras se espalham no mercado e você perde só a confiança daquela pessoa, como a reputação que você levou anos, décadas ou no caso da Maquin sem um século para construir. Eu trouxe esse tema como primeiro porque geralmente os mentores high ticket aí da internet eles falam muito sobre vendas, sobre como fazer para pras pessoas comprarem e tal e causar um frenesia de compra.
E não tem nada sobre a entrega. Não tem quase nada sobre a entrega. E beleza, talvez até funcione no curto prazo.
Talvez você queira ganhar uma grana rápida vendendo consultorias aí, mentorias de R$ 30. 000, R$ 50. 000 por no máximo um ano, porque aí a sua reputação vai pro saco e aí você nunca mais faz isso.
Só que aí a sua reputação vai pro saco, cara. E se você tem a condição de fazer um negócio high ticket, um negócio em que você cobra muito caro por cliente, que é um negócio que vai te enriquecer, por que que você jogaria sua reputação no lixo depois de um ano? É a coisa mais burra que eu já vi na vida.
Só que a maioria das pessoas que faz high ticket hoje aí, que usa esse termo pelo menos, né? Porque quem faz high ticket de verdade não chama de high ticket. Mas eu fiz o título aí do vídeo e chamei essa palavra-chave de forma mais provocativa mesmo.
Não faz sentido, entendeu? Você precisa de uma coisa de confiança e reputação e aí você destrói para ganhar uma grana rápido. Só que isso aqui é super valioso, entendeu?
Se você tem a intenção de vender serviços high ticket, seja consultoria, seja serviços que você faz mesmo, eu recomendo você ler um livro chamado The Trusted Advisor, tá? É um livro que todos os sócios da Maquin sei lem e muitos dos não sócios também. Tradução livre seria o conselheiro de confiança, tá?
E é um livro que te ensina como construir essa confiança e manter ela ao longo do tempo. livro, tá? Então, se você for vender high ticket, você tem que ler esse livro, leitura obrigatória.
E, por favor, também não seja burro. Não destrua sua confiança, sua reputação. Venda o que você consegue entregar, tá?
ou até entregue mais do que você vendeu, porque isso vai te dar frutos a longo prazo. As pessoas que têm essa grana, seja delas, seja da empresa delas, elas não são burras também. Elas sabem como é um serviço bem feito, como é um serviço de de um profissional excelente e elas querem ver isso quando quando elas pagam caro para você, né?
Talvez tenha um trouxo ou outro no mercado aí, mas eu não acho que é assim que você quer fazer seu dinheiro, né? E vamos para o segundo, porque o primeiro foi quase um puxão de orelha, que é o princípio dos quick wins. Esse aqui é muito legal, cara.
Quick wins seria o ganho rápido, tá? É o mato alto, é a coisa fácil de resolver e que dá um resultado legal rapidamente. Agora, para você entender esse princípio, eu preciso que você entenda uma coisa que é meio óbvia, mas às vezes você nunca pensou nisso.
Quando um cliente paga muito dinheiro para um projeto, para um serviço, para uma consultoria, mesmo que seja o dinheiro da empresa, tá? Ele fica ansioso. Ele fica ansioso porque ele quer ver resultado.
Ele fica com medo que não vai ser uma coisa, né? que você vai dar mancada, que não vai dar certo. Ele tem vários motivos para ficar ansioso, mesmo que seja o dinheiro da empresa, porque mesmo sendo o dinheiro da empresa, ele tem um problema grande para resolver e ele não pode ficar contratando pessoas caras o tempo inteiro.
Existem orçamentos em empresas também, só que projetos caros, eles geralmente são complexos, são difíceis, ou seja, não se resolve esses problemas rápido. Se fossem problemas rápidos de resolver, você não precisaria pagar caríssimo para alguém. Tem uma complexidade, alguma complexidade sempre tem.
Pode ser uma complexidade técnica, pode ser uma complexidade de pessoas organizacional, pode ser um diagnóstico difícil de qual que tá sendo a causa raiz do problema. Então aqui você tem um contraste, né? Você tem um cliente ansioso e querendo ver um resultado rápido e você tem um problema complexo e difícil e que não vai ter um resultado rápido.
Geralmente esse é o dilema. do high ticket. E aí tinha uma coisa que a gente fazia lá na Maquin que era sensacional, que era no começo de todo o projeto procurar esses quick wins, procurar esses matos altos, algum lugar que tem alguma solução rápida que você pode dar pro cliente que vai dar um resultado imediato, que talvez ele consiga ver na hora ou em uma semana ou em um mês, mas um uma coisa fácil de fazer e que vai dar um resultado rápido e que talvez não resolva o problema inteiro do seu cliente.
Afinal, não existe uma solução rápida pro problema dele, que é um problema complexo e precisou de um projeto caro desse. Mas resolve o seu problema, porque assim que o cliente vê que você mal chegou e já resolveu um problema, já trouxe um resultado financeiro ou um resultado tangível de alguma forma, ele vai passar a confiar em você, ele vai ficar menos ansioso e isso vai tornar a sua vida com aquele cliente muito mais fácil. Tá?
Então eu gosto disso. Sempre que eu vou fazer um projeto com alguém, tentar achar um ganho rápido, mesmo que não tenha a ver com o escopo do projeto. Às vezes o escopo do projeto é, sei lá, aumentar a venda e você acha alguma coisa em custo que resolve rápido aquele problema, mas dá um resultado pro cliente que às vezes quase paga o preço do projeto, tá?
Então esse princípio é essencial. O que eu quero dizer com isso? Talvez não seja a forma mais racional de fazer o projeto, mas é a melhor forma de ganhar confiança rápido e baixar a ansiedade do cliente rápido.
Isso te ajuda ao longo de todo o projeto ou caso seja uma mentoria, não seja um projeto, te ajuda com o relacionamento futuro com aquele cliente. E aí isso nos leva ao terceiro princípio, que é a regra dos 10 x ou a regra do ROI 10X, você pode chamar assim. Que que é ROY?
é o retorno sobre o investimento. Qual que é o investimento? É o preço do seu serviço high ticket.
É o preço do seu projeto de consultoria, da sua mentoria, das do seu projeto de rebranding, qualquer que seja o serviço high ticket que você tá vendendo. E essa regra aqui, ela vale principalmente para projetos ou coisas que a pessoa que tá comprando espera um resultado financeiro, tá? Nem tudo que é serviço high ticket tem um resultado financeiro e a gente já vai falar disso.
Mas pras coisas que tem, o princípio que a gente usava na Maquin era o preço do projeto, ele tem que ser 10 vezes menor do que o resultado que o cliente vai ver a curto prazo, tá? Então, por exemplo, eu fiz um projeto uma vez de corte de custos que era de R$ 10 milhões deais custava esse projeto. Só que a meta desse projeto era em um ano.
O projeto durava menos que um ano, né? Mas no primeiro ano, depois de executadas as ações do projeto, que eram coisas executadas imediatamente, o cliente ia economizar R$ 100 milhõesais, ou seja, o cliente baixava o custo dele em R$ 100 milhões sem demitir pessoas, tá? Para vocês que gostam de falar que consultoria é só demitir pessoas, o cliente ia baixar o custo dele em R$ 100 milhões deais e ia pagar 10 milhões pra consultoria.
No outro ano, o cliente ainda ia ficar com 100 milhões a menos de custo, só que pra [Música] Mineco, tá? Não é uma conta complexa que o cliente aí tem que pôr na planilha e tal. Tinha que ser um negócio óbvio, cara.
Você vai me fazer economizar 100, então eu te dou 10. E é 100 rápido. É esse ano ainda.
Fica muito óbvio pro cliente comprar aquele projeto. Não tem muita, ele nem vai discutir preço direito, entendeu? Talvez ele dá uma negociadinha aqui, ali, normal, mas não vai discutir preço, não vai achar caro.
Ah, é 10 milhões, mas pô, você vai me entregar esse 100, vou. Então, tá bom. E aí tem duas coisas.
A primeira, ele tem que confiar que você vai entregar o 100, né? Ou você põe isso em contrato e aí caso você não entregue, ele não precisa te pagar. Essa é uma forma de fazer também.
E a segunda coisa é que se você quer vender high ticket, você tem que dar resultado pros seus clientes, a não ser que você trabalhe com coisas não numéricas, que a gente vai falar daqui a pouco, mas boa parte dos projetos High Ticket tem números, né? Então se você quer cobrar 50. 000 1000 na sua consultoria, na sua mentoria, você tem que garantir que você vai dar pelo menos 500.
000 de lucro a mais pro seu cliente. Tem gente que vende faturamento, tá? Tem gente que fala: "Ah, você vai faturar tanto".
Eu acho que você deveria dar isso de lucro a mais. E isso tem uma consequência também, que é você tem que trabalhar com clientes maiores. É difícil vender high ticket para clientes menores.
E talvez você esteja se perguntando, pô Bruno, mas por que essa regra da das 10 vezes não poderia ser duas vezes mais? E aí você tem que entender que o seu cliente quando ele contrata um negócio desse, primeiro que é caro, segundo que ele tem um monte de riscos ali. Talvez o conselho que você vai dar para ele demore para implementar, talvez seja caro de implementar, talvez não dê certo.
Talvez ele perca o emprego dele ou a empresa dele caso dê errado. Então você tem que deixar essa decisão que é cara para ele o mais simples, o mais óbvia possível. E quando você dá 10 vezes de retorno, além de se tornar óbvio, você tá dando um motivo para ele correr esses riscos que às vezes são reais, às vezes são imaginários, mas independentemente são riscos percebidos pelo seu cliente e que na cabeça dele existem.
E por causa disso, por que você tem que dar tanto retorno pro seu cliente? Vem o quarto princípio que é venda para quem manda. No caso da Minsey, a Mincey só vendia projetos para CEOs, CFO, CMO, né, os o se level das empresas, que é o altíssimo escalão, e para vice-presidentes, em um caso ou outro vendia para diretor também, mas só quando eram clientes antigos de empresas muito grandes.
Então, o diretor tinha total controle sobre a área dele ali e a empresa já conhecia esses clientes e tal. E por quê? Porque um serviço caro, ele junta duas coisas que são complicadas: expectativas altas do seu cliente e um serviço complexo.
Tem muita gente aí na internet dizendo que, ah, quando você vende caro pro seu cliente, ele não reclama, ele é um amor com você, ele não manda e-mails questionando, é tudo uma maravilha. É pura mentira isso, tá? Se o cliente tá pagando caro, talvez ele não seja uma pessoa que reclame à toa.
Talvez ele seja uma pessoa mais sofisticada em termos de conhecer o trabalho dele, conhecer o ramo de negócio dele e ele entenda que existem impecílios e obstáculos ali no caminho e que certas coisas são normais. Ele também vai ser extremamente chato e chato no bom sentido, tá? com qualquer falta de profissionalismo ou competência sua.
Então assim, se você vende coisas caras, as expectativas são altas, sim. Muitas vezes o empresário tá pondo a empresa dele em jogo, ou se você tá vendendo para um diretor de uma empresa, uma coisa mais B2B assim, né? Ele tá colocando a carreira dele em jogo com aquele projeto.
E paraa galera que vende high ticket, para pessoas físicas aí, essas mentorias, às vezes a pessoa tá colocando todo o dinheiro que ela tem na conta, no seu, na sua mentoria aí. E aí, se isso é é legal ou não de fazer, é outra história, né? Depende do que você tá vendendo, mas as pessoas estão colocando muito em jogo, então a expectativa delas é alta, não tem como não ser.
Só que o problema é complexo, concorda? senão ela não estaria pagando tanto dinheiro naquilo. E um problema complexo, ele tem uma implicação também, que é às vezes o que você achava que era o escopo inicial do trabalho, às vezes o que você achava, você e o cliente achavam que tinha que ser resolvido para resolver o problema dele, acaba que não era bem aquilo.
E você tem que mudar o escopo do que você vai fazer ao longo do caminho. Se você não tá confortável em com mudar o escopo do trabalho ao longo do caminho, não venda High Ticket, porque acontece. É por isso que as pessoas estão pagando tão caro.
Se se elas soubessem exatamente o que tinha que ser feito, elas contratariam alguém mais barato, porque sempre tem uma opção mais barata no mercado. Mas as pessoas não sabem o que tem que ser feito. Elas talvez nem saibam qual é o real problema delas.
Então elas vão e compram o serviço de alguém que elas confiam. Só que o escopo pode mudar ao longo do projeto. E quando você não vende para quem manda, no caso de uma empresa, pro CEO, pro presidente, né, ou alguém muito alto escalão que tem o poder de falar, cara, beleza, precisa mudar o projeto disso para alguma coisa completamente diferente, tá OK?
Precisa envolver a outra área da empresa, precisa envolver alguma, sei lá, precisa contratar um advogado também, beleza? tem que ser uma pessoa que consegue dar essas cartadas. Se você vende para um gerente, por exemplo, de uma empresa um projeto que no meio do caminho tem que mudar o escopo e às vezes envolver outra área, às vezes o gerente não tem essa cartada dentro da empresa e aí você não deveria ter vendido high ticket para ele, porque o seu projeto vai ficar travado ou não vai resolver o problema do cliente.
O que quer dizer que o cliente vai ficar frustrado, o que quer dizer que a sua reputação, que é o seu maior bem quando você vende high ticket, né? vai pro saco, tá? Então, se você for vender high ticket, venda para quem realmente toma decisão, venda para quem manda.
Quinto princípio do high ticket, trabalho emocional. Quanto mais high ticket, quanto mais caro você vende, mais o seu trabalho é emocional e menos prático ele é, tá? Lembra que eu falei que tem isso?
vale principalmente para projetos que não são só de resultado. Se você tem um projeto que é só de resultado, eu vou implementar um sistema que vai fazer a sua taxa de conversão aumentar, talvez você nem precise falar com o cliente, tá? pode ser o caso.
Você tem uma um sistema, um processo, uma tecnologia diferente aí que faz aumentar, você cobra caro, lava suas mãos, dá o seu seus 10x de retorno lá e tchau. A maioria dos trabalhos high ticket, sejam eles com resultado numérico ou não, eles envolvem uma boa parte de trabalho emocional, tá? Que que eu quero dizer com isso?
Quero dizer profissionalismo. Quero dizer profissionalismo é tipo prometer as coisas e fazer as coisas que foram prometidas. É chegar na hora certa.
Às vezes é tá com a roupa certa, é falar de uma forma bonita, é ter slides, apresentações bem alinhadas que passaram por um designer. Tem uma série de coisas no profissionalismo. Você tem ouvir o seu cliente, talvez sair jantar com ele, talvez fazer uma viagem com ele, sei lá, talvez só ouvir o as frustrações dele quase como se fosse um terapeuta.
Envolve resolução de conflito, tá, entre membros ali do time do seu cliente. Você tem que saber fazer isso. envolve eh a capacidade de influenciar, de persuadir, de fazer o seu cliente ter coragem para tomar uma decisão.
Então, tá vendo que parece uma coisa meio de psicólogo? E, no entanto, é extremamente importante isso, porque é isso que ele tá pagando quando ele paga caro, você entende? Essas vendas high ticket, muitas vezes elas lidam com problemas emocionais do seu cliente, pessoa física ou do seu cliente pessoa jurídica.
Boa parte dos problemas das empresas são emocionais. Às vezes é falta de coragem, às vezes é falta de alinhamento, às vezes é a cultura da empresa que não está bem ajeitada. E eu fiz, entre aspas aqui, não é irônico, tá?
É porque a galera gosta de usar essa palavra, eu acho engraçado, mas essa é a natureza desses tipos de problema. Geralmente eles são complexos e difíceis de resolver e não foram resolvidos ainda porque tem alguma origem emocional por trás. E quando você vende right ticket, você tem que estar acostumado a lidar com esse tipo de coisa.
O seu trabalho não é só o seu trabalho. O seu trabalho também é lidar com com a a topografia emocional das pessoas envolvidas ali mesmo. E tem gente que não gosta disso.
E aí eu recomendo que você não venda High Ticket. ou faça trabalhos estritamente práticos que dão um retorno absurdo. Funciona também, mas existe um nível a partir do qual de dinheiro, né, de tamanho de projeto, que basicamente se você souber falar melhor com as pessoas, você vai poder cobrar mais caro.
E ainda nessa parte emocional, a gente vai pro nosso sexto princípio, que é saber o que que o seu cliente realmente está comprando. Boa parte das pessoas acham que o cliente ele só com ele tá comprando resultado, né? Inclusive, é o que o pessoal fala aí por aí: "Ah, não, ele pagou 50.
000, você tem que dar 500. 000 de retorno para ele. É isso.
Muitas vezes não é, geralmente tem algum resultado envolvido, mas muitas vezes ele tá comprando outra coisa que é tão importante ou mais importante que o resultado. Por exemplo, se ele é um vice-presidente de uma empresa, ele tá comprando junto com o resultado, ele tá tentando comprar ali, né, a carreira dele, ter uma trajetória meteórica dali paraa frente. Ele tá comprando um grande sucesso profissional dele, que com a sua ajuda vai conseguir talvez virar CEO de outra empresa depois ou virar CEO daquela empresa ali mesmo dali alguns anos.
Talvez essa pessoa tá comprando paz mental, ela tá comprando o fato de saber que, pô, entreguei o problema na sua mão, agora eu não preciso mais pensar nele, né? Geralmente quando as pessoas pagam advogados caros, é é muito por causa disso, né? Talvez essa pessoa tá comprando status, ela tá comprando o fato dela poder falar pro amigo empresário dela que ela te contratou.
E talvez o fato dela falar isso dá uma uma aura para ele de, pô, estou investindo na minha empresa, dá um certo status no círculo de empresários daquela pessoa. Por isso que tanta gente que tem os nomes famosos na internet aí consegue vender a hora por um preço muito caro. Geralmente essa questão do status, não é que a pessoa vai te dar um retorno absurdo em tão pouco tempo, né?
Muito difícil isso acontecer. Talvez a pessoa tá comprando redução de risco, ela tá comprando um pouquinho menos de chance daquilo dar errado. Geralmente quando a pessoa paga um cirurgião muito caro para resolver um problema de saúde da família dela, ela tá comprando isso.
Ah, talvez a cirurgia tenha só 1% de chance de dar errado, mas se eu pagar 10 vezes mais para esse outro cirurgião, talvez é% de chance de dar errado. E talvez ela tá comprando aquele sentimento de se der errado, eu fiz tudo que eu podia. E se você quer vender high tickets, você tem que entender o que que a sua pessoa, o seu cliente realmente tá comprando.
Porque muitas vezes não é só o resultado, são sentimentos desse tipo. E são sentimentos às vezes difíceis de você entender, mas que quando você entende muda completamente a forma de como você aborda seus clientes e até a forma de como você vende o seu serviço high ticket aí. E aí a gente vai pro sétimo princípio, que para mim é extremamente interessante, que é cobre caro, mas trabalhe de graça.
Geralmente quando a gente vê as pessoas sugerindo para outros, pô, trabalha de graça, é para aquele profissional no início de carreira que tá tentando conseguir um cliente ou tá tentando conseguir alguma coisa no portfólio ali. Inclusive, tem gente que odeia trabalhar de graça e critica lá no Twitter que ninguém deveria trabalhar de graça e não sei o quê. Mas o que eu aprendi na Maquin é que os melhores do mundo às vezes trabalham de graça.
Então, quando eu tava lá, eu já participei de um projeto que foi vendido de graça, porque era um cliente muito grande que a Maquin queria conquistar esse cliente, queria ganhar a confiança desse cliente. Então, a gente fez um projeto de diagnóstico, não vou falar do que, mas enfim, era um diagnóstico de operações lá, não falei o cliente, né? Tá tranquilo.
Inclusive, essa é uma coisa, cara, era confidencialidade extrema lá. Eu mantenho isso até hoje porque é uma das formas de profissionalismo, mas a gente fez um projeto de tipo dois meses de graça para esse cliente e tudo bem, era um projeto de diagnóstico que mostraria várias oportunidades de melhoria e que poderiam virar outros projetos. Ninguém é bobo, mas a gente ficou dois meses trabalhando de graça lá e não tinha expectativa nenhuma de, ah, se você fizer esse projeto de graça, vai ter que pegar o outro.
Era: "Cara, quer que eu faça de graça? " Obviamente isso surgiu de uma relação de confiança entre o sócio e o executivo que contratou e ao longo daqueles dois meses a gente conseguiu construir mais confiança com aquele cliente, mostrar resultado. Mas cara, é muito louco se você pensar que a melhor consultoria do mundo e ela é reconhecida assim, apesar de os concorrentes falarem que, ah, não, as outras são boas iguais, enfim, é muito louco pensar que a consultoria mais reconhecida do mundo faz projetos de graça às vezes.
E tudo bem, a maioria dos projetos não são de graça, até porque a consultoria é um negócio, ela tinha que pagar suas contas ali, mas mesmo dentro dos projetos normais que eram pagos, em 100% dos que eu participei e foram mais de 15 projetos, a gente fazia um monte de coisa que tava fora do escopo. Ou seja, o serviço contratado era X, Y, Z. A gente, além disso fazia A, B, C, D e E.
Por quê? Porque você tava dentro do cliente, você via oportunidades de melhoria e você fazia. Não quer dizer que a gente fazia tudo que o cliente pedia, tá bom?
Entenda isso. Quando você, quando eu falo trabalhar de graça, não é fazer o que o cliente quer. Raramente a gente fazia alguma coisa que o cliente queria de graça, apesar que às vezes acontecia, mas eram coisas que a gente via lá dentro e achava necessário, tá?
E para mim essa é a grande distinção. Quando o cliente vê você achando necessário fazer outra coisa e em vez de você ir lá e falar: "Ah, eu acho que além disso você precisa fazer mais isso". E vai lá e dá um orçamento para ele ele vê você vendo que achou necessário fazer uma coisa, ele vê você indo lá e fazendo a coisa e nunca cobrando aquilo.
Ele ganha uma confiança absurda em você. E como eu falei antes, confiança é igual a reputação no mercado. E confiança, junto com reputação, gera recompra dos seus clientes atuais e gera marketing boca a boca, porque as pessoas que compram high ticket são um círculo muito pequeno e todo mundo se conversa.
Então, para você que vende high ticket, o melhor tipo de marketing é boca a boca, é você ter bons clientes que conhecem pessoas com grana, pessoas importantes, pessoas com problemas grandes a serem resolvidos e elas se falam entre si e então tudo se encaixa, entendeu? Tudo se encaixa naquela questão da confiança da reputação. E é por isso que eu fico tão puto com essa galera que fala de vender high ticket na internet, os caras fica usando método de venda de programação neurolinguística.
Cara, não é isso, velho. É ser muito bom no que faz, gerar confiança, gerar reputação, fazer a mais do que talvez você precise, trabalhar de graça e você vai ser muito bem pago por isso. Se você tem interesse em high ticket, esse tipo de coisa, provavelmente você presta serviços ou você quer montar um negócio de serviços.
Caso esse seja seu caso, eu queria que você fosse nesse vídeo aqui, que é sobre os três erros que você que presta serviços não pode cometer. Eu tenho certeza que você tá cometendo um deles. Então eu te vejo nesse vídeo.
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