Unknown

[Música] Boa noite a todos escutam-me bem tá tudo tranquilo você recebeu algum recadinho aqui no chat se vocês estão me escutando bem meu nome é Ferdinando zaparolli sou psicanalista e pesquisador né E vamos trabalhar hoje um pouco sobre a topologia lacraniana né essa esse trabalho particular do Lacan numa tentativa de formalização da psicanálise que já vinha de Freud e Agora continua por Lacan E aí por diante como alguém As pessoas que já porventura passaram por alguma Live minha sabe que eu uso o quadro Então hoje inclusive voltei a raiz tô no quadro Verde aqui um

quadro que eu adoro trabalhar um quadro negro quadro de giz com a pagadora etc né um lugar onde eu me sinto mais à vontade Muito obrigado pela presença de vocês eu espero que vocês aproveite nós vamos passar mais ou menos uma hora uma hora e pouquinho falando sobre a topologia de Lacan e o que ele tinha como intenção com essa topologia e depois vou abrir para perguntas para vocês então nós devemos encerrar aí em torno das 8:30 8:40 para que vocês possam se programar também tá ok muito mais uma vez muito obrigado para que por

vocês estarem aqui depois desse do jogo do Brasil hoje Brasil ganhou de 2 a 0 gol em encantador do Richarlyson Vamos né temos muitas coisas a comemorar Mas também muitas coisas a estudar Vamos trabalhar então e eu gostaria que vocês ficassem à vontade para ir colocando as perguntas no chat né então vamos colocando aí as perguntas no chat no final das contas no final dessa Live a Caroline que tá nos Bastidores vai passar essas perguntas para mim se for necessário Tá ok bem vindos então a mais essa atividade e eu gostaria muito de compartilhar com

vocês uma coisa que é fundamental nós estamos aí também com diversos cursos diversos atividades abertas lá no institutoesp quem tiver vontade quem tiver curioso acesse lá nosso site e veja tudo que tem disponível para que vocês possam se aprimorar e se encantar com a psicanálise que é uma coisa que nós gostamos bastante tá bom bom só o segundo dia vou sumir um pouquinho da frente de vocês só para pegar um negócio aqui e vamos lá então às vezes a câmera talvez dê uma desfocalizadinha tá aí eu tenho que me aproximar me afastar mas Fiquem tranquilos

que vocês que eu consigo perceber aqui o tempo inteiro e nós vamos trabalhar hoje então a formalização aquilo que lactante é como intenção de transformar a psicanálise que já vinha desde a época de Freud como uma tentativa da psicanálise científica tá trabalhando com isso e ele continua trabalhando com isso com três elementos que eram fundamentais os grafos os mathemas e a linguagem né então uma das primeiras coisas que vocês escutam Lacan trabalhando Quando ele fala da formalização é que o inconsciente é estruturado como uma linguagem mas para fazer uma comparação e uma metáfora sobre o

que era inconsciente né e eu imagino que o que acabava acontecendo com o Lacan era uma coisa interessante né ele tava lá falando explicando etc e de repente ele falou eu não entendi o que você tá querendo dizer professor e ele vai falar não entendeu pera aí que eu vou desenhar e nesses desenhos ele ia aprimorando o conhecimento ele ia trazendo novas estruturas novos pensamentos e com uma coisa que era mais interessante ainda além de tudo isso ele tem a possibilidade de representar simbolicamente o que ele tava querendo dizer então uma das primeiras coisas que

Lacan faz referência e nesse curso em particular eu vou trazendo alguns exemplos só para que vocês forem compreendendo ele faz referência a um instrumento chamado garrafa de lien para explicar justamente o que vai sendo colocado no inconsciente é difícil desenhar uma garrafa de line e eu também não quero ficar aqui por localizar isso para vocês mas uma garrafa de slime tem basicamente essa estrutura aqui ó ela é um objeto Então como se fosse um objeto fechado aqui tem um espaço Por onde você consegue colocar um líquido dentro dessa garrafa tá pensando por essa possibilidade Então

quando você joga um líquido dentro dessa garrafa O que que você vai perceber esse líquido vai caindo dentro dessa garrafa e vai enchendo ela bom uma coisa que é interessante como ela tem é se formato tipo como se fosse um funil certo o que que vai acontecer a água vai caindo ali dentro e vai ficar na armazenada uma vez que você para de colocar água para você tentar esvaziar você vai ficar virando essa garrafa para um lado e para o outro para um lado e para o outro né como se fosse uma coisa assim você

pega a garrafa vira volta o tanto de água sai outro tanto de água não sai justamente pelo formato dela então como ela tem esse impeditivo aqui quando você virar a garrafa o tanto de água vai lá para cima né como se a gente tivesse isso daqui então quando a gente Vira essa garrafa de ponta cabeça o que que vai acontecer vai acontecer esse elemento aqui ó tem que ficar aqui e a água agora se armazena aqui então até um pouco de água pode sair da garrafa Mas nem tudo sai isso foi o jeito que Lacan

apresentou para nós o conceito de inconsciente o inconsciente é aquilo que nós recalcamos lembranças traumas palavras histórias mas é de coisas que vão ser recalcadas e que volta e meia volta vem a consciência e quando vem a consciência é quando ela consegue romper essa barreira escapando Mas sempre fica alguma coisa no inconsciente sempre fica alguma coisa armazenada no inconsciente o inconsciente eu sempre levo como uma metáfora o inconsciente é como repositório o que que é um repositório um repositório essa palavra aqui o repositório é um arquivo que tem algumas instituições onde você vai colocando todos

os documentos que são produzidos por essa instituição um belo dia por exemplo eu Ferdinando lembro que eu comprei um objeto no computador e eu quero lembrar como é que foi esse computador porque eu tenho que prestar contas dele eu quero saber onde que ele tá alguma coisa nesse sentido eu vou ter esse repositório digital compra Ferdinando vai aparecer uma série de compras aí eu coloco compra feijão no computador vai diminuindo o fluxo do que tinha ali aparecendo até que vai chegar o momento que vai aparecer esse computador isso é um trabalho que eu fui fazendo

para que eu achasse esse endereço computador quando você vai conforme tem essa Lacan conforme pensa afroid Quando você vai para uma análise O que você tá fazendo É exatamente esse trabalho de ficar remexendo com essa garrafa e consequentemente ali remexendo com seu inconsciente e esse inconsciente virá à tona a partir de quatro elementos do ato falho dos sintomas ou do sonho então qualquer um desses quatro elementos por Freud e também por acaso vão trazer esse inconsciente à tona e muitas vezes isso tem que voltar a toda porque porque de alguma forma você tá sofrendo por

alguma coisa que você tá repetindo demais de alguma forma o que tá recalcado aqui tá te incomodando e isso é o que nos leva a pensar Então nesse elemento tão fundamental para psicanálise que é o inconsciente O que é interessante é que quando Lacan faz essa metáfora aqui usando a garrafa de lyden ele já nos mostram um detalhe que é importantíssimo ele já nos mostra como a característica desse inconsciente acaba fazendo com que a gente possa compreender certo que algumas coisas acontecem que a gente não tem explicação Como é o ato falho por exemplo confundi

o nome de uma pessoa bom pensando por esse lado e partindo desse princípio nós temos uma outra coisa que ela canta bem no chama atenção que era o seguinte quando você tem um caminho um touro uma circunferência e você faz nessa circunferência um furo você também pode pensar na metáfora da repetição Ou seja no trabalho de análise você está né você está caminhando por aqui então você vem vai passando por esse touro até que de repente você encontra esse furo E você vai para o lado de dentro faz o mesmo caminho enquanto o furo e

vai para o lado de fora ou seja você continua ali tendo uma repetição uma repetição de ações e essa repetição de ações que ora parecem tamponadas ora não parecem temporários ora estão bem evidentes que você vai percebendo que você tá insistindo em fazer alguma coisa que não deveria estar fazendo ou que pelo menos está te levando a um questionamento horas você está repetindo alguma coisa você não tem consciência e só percebe na análise foi através Desse exemplo aqui que Lacan vai mostrando o conceito também da repetição e é lógico que tem mais coisas envolvidas que

depois inclusive ele até aprimora isso torcendo essa esse elemento e transformando ele no símbolo do infinito que é o símbolo que tem lá no seminário 10 na angústia que é uma formiguinha que fica andando então você pode fazer esse caminho aqui hora você tá do lado de dentro Olha você vai para o lado de fora e esses trajetos eles vão nos trazendo a noção de repetição e é basicamente essas ideias que vão fazendo com que a gente vá compreendendo que a análise basicamente é o que a análise é esse trabalho que você vai fazer levando

e pensando no inconsciente e quando você leva em consideração e pensa no inconsciente algumas coisas passam a ser fundamentais primeiro isso que nós temos diversos informações que estão recalcadas e que nós não nos lembramos segundo acessar o inconsciente não é uma coisa trivial não é como vou fechar os olhos vou começar a pensar a pensar a pensar e o meu inconsciente vai vir à tona por inconsciente vira à tona muitas vezes é necessário um processo de repetição né de uma ação onde a gente insiste em ficar com essa ação e através de uma falta que

a gente insiste em tentar descobrir o que essa falta e insiste em ficar trabalhando para fechar essa falta de tal forma que o inconsciente começa a nos dizer que ele tem algo nos falar assim como a informação foi recalcada vai existir um processo que é o da repressão que tá lá no pré consciente que é assim não deixa essa informação vir à tona como se fosse esse elemento aqui que dificulta a vazão não deixa essa informação Verônica porque você vai acabar sofrendo por essa informação então A melhor coisa a fazer é tentar deixar ela quieta

lá no inconsciente O problema é que depois de um tempo por mais que você Tente manter essa informação escondida no inconsciente ela vai vir à tona e quando ela vira à tona automaticamente você vai Talvez perceber que você falou alguma coisa que não deveria ter falado que você tem um sintoma como uma dor de cabeça alguma alergia no corpo que você tem uma coisa que a angústia que é aquilo que você não sabe definir mas que te traz o mal estar tudo isso são elementos estão tentando mostrar que o inconsciente está falando conosco né e

a partir desses elementos que vão surgir no ato falho no xist na no sintoma ou no sonho o inconsciente vai trazer essa palavra vai falar contigo pensando a partir desses elementos aqui lá então começa a formalizar a psicanálise ele começa a formalizar a escuta ele começa a formalizar o trabalho Clínico por quê Porque Nós já tínhamos consciência de que existem elementos que precisam ser estudados e sistematizados para que a gente possa continuar trabalhando no caso a caso sempre porém nunca sem a teoria e é isso que nós vamos trabalhar no dia de hoje tudo bem

Aqui só foi para vocês terem uma ideia como é que lá ganha trabalhando a primeira coisa Fundamental e ó Estava com saudade trouxe ele de volta para quem não sabe esse é meu apagador eu adoro um dos primeiros elementos que se tornam essenciais para poder trabalhar né um conceito que Lacan estava formalizando e que ele estava realmente preocupa deixa eu só ver um negócio parece que a câmera também embaçada não não tá ótimo bom um dos elementos que começa a formalizar ele vai se inspirar na linguística para poder trabalhar sobre isso então na linguística ele

vai começar a pensar num dos primeiros elementos fundamentais para psicanálises arcaniana né inspirado num autor Ferdinando sussir ele cria o contexto do significado porque você já devem ter escutado duas frases que são fundamentais para lá a primeira frase que é fundamental o inconsciente o inconsciente é estruturado como uma linguagem e a outra coisa que lá canta também no chama atenção é o seguinte ele dá primazia ao significado Ou seja a partir do momento que nós começamos a perceber que Lacan tinha um outro princípio de se pensar a escuta nós precisamos compreender o significado para poder

falar sobre a formalização e para compreender o significado eu vou fazer o resuminho aqui para vocês para assistir como é que as coisas aconteciam isso daqui isso aqui não tinha o nome tá isso aqui era um objeto qualquer então em primeiro momento para assistir um objeto qualquer de signo ninguém sabia o que que era o objeto ele estava ali não tinha princípio mas ele tinha essa fundamentação quando alguém formulava um nome para esse objeto ele já não era tão em segundo momento este objeto passa a ter uma forma conhecida e ele passa a ter agora

um significado o significado agora é o nome que esse objeto tem por exemplo celular então toda vez que se falar celular automaticamente te remete a uma imagem de um aparelho pelo qual você faz ligação pelo qual você recebe mensagem pelo qual você vê as redes sociais aí por diante porém a palavra celular como significado ela já tinha um sentido bem amplo o que Lacan percebe é que Ferdinando sussir ele aprimora o conceito de significado falando sobre o significado então por exemplo uma pessoa tem um celular e ela chama esse celular fazendo uma propaganda aqui de

Samsung e o Samsung é o celular de trabalho dela então toda vez que ela está com Samsung o aparelho Samsung na mão ela está trabalhando então quando uma pessoa que a conhece vê ela com esse aparelho sabe que ela tá realizando alguma atividade isso daqui Ferdinando de significante ou seja para além do significado da palavra existia uma explicação que dava sentido a essa palavra essa explicação que dá sentido essa palavra o celular Samsung para essa pessoa em particular que tá falando era um instrumento de trabalho dela e como era o instrumento de trabalho dela acabava

tendo uma explicação muito mais Ampla toda vez que ela estivesse o que ela fala assim Ah pega lá para mim o Samsung sabia que era algum problema de trabalho que ela tinha que resolver o significante complementava a informação do significado e por isso Lacan da primazia ao significante vamos entender isso melhor agora a partir da do pensamento lacraniano e não só do pensamento da linguística de Sossego vou apagar tá gente lembrando Lembrando que vocês podem colocar as perguntas no chat aí se vocês tiverem Tá bom então para o que que nós temos o signo o

significado e o significado essas informações associadas traziam um sentido aquele elemento que era o signo Lacan subverte isso e faz o seguinte Lacan fala não existe uma primazia do significado que Freud já pensava inclusive o charuto não é só um charuto né então o que que você tem agora o que você tem para análise o mais importante é o seguinte quando a pessoa fala celular Tá mas qual a explicação que ela dá para aquilo que ela falou do celular o que quando ela cometeu um ato falho por exemplo de falar a palavra celular o que

que isso tava querendo dizer a análise continua então o significado passa a ter primazia na escuta o significado que a explicação do significado ele vem como primazia e é ele que agora dá sentido ao significado o significado ele é muito mais importante a ser escutado para dar sentido ao signo do que a própria palavra Vamos pensar no exemplo bem claro vamos dizer assim eu estou falando sobre a instituição que eu trabalho aqui agora nesse lugar que vocês estão que a Universidade Estadual de Londrina então eu tô aqui falando da Universidade Estadual de Londrina não sei

o quê e de repente eu falo assim então hoje que nós estamos aqui nesse laboratório da Universidade perdão não pera aí não não é não é quando eu falo USP que a Universidade de São Paulo o que que eu quis dizer afinal de contas porque eu poderia dizer assim numa conclusão lógica Ah o ferdina tem vontade de trabalhar na USP pode ser ba o Ferdinando na realidade não tem vontade de trabalhar na luz ele fez o doutorado dele na USP e ele lembra toda vez que ele tá dando aula desse doutorado também pode ser agora

se você continua escutando de repente eu tô ali na análise falando falei USP né num ato falho e depois lá no meio da análise eu soltar e eu tô com um artigo que foi reprovado por uma revista e um dos professores é da USP e isso tá me incomodando demais porque era uma pessoa que eu considerava que talvez fosse meu amigo ou seja a palavra USP podia estar se remetendo a esse artigo que está sendo reprovado e que não tem nada a ver com a instituição Mas é uma coisa que está me incomodando é uma

coisa que está se repetindo é uma coisa que eu tô tentando inibir para não sentir raiva por exemplo dessa desse colega que reprovou o artigo ou qualquer coisa nesse sentido Então veja bem que é por isso que numa análise a gente escuta o significado e a gente não dá conclusão se a pessoa confundiu o nome nós não saímos fazendo uma cadeia de relações sobre isso para dar uma conclusão para ele sobre o que que ele tá falando se ele fala por exemplo que ele sentiu ódio do Pai Em algum momento não significa que esse ódio

seja uma vontade de matar o pai Então temos que tomar muito cuidado com as conclusões que nós vamos dando por isso que o analista ele escuta e ele escuta esse inconsciente ele escuta tudo aquilo que vai ser no dito e por isso é fundamental a atenção flutuante porque é a partir disso que tá sendo dito que vai se constituindo o sujeito e aqui entra o primeiro princípio que latão falava sobre o gráfico né porque grato por que se estudava o gráfico Porque a partir do momento que o significado passa a ser fundamental na escuta é

necessário se compreender o que que acontece quando vem um ato falho quando vem o xixi quando se fala num sonho se eu chegasse para uma pessoa da idade por exemplo da minha avó que jogava muito do bicho Nossa Vó hoje eu sonhei que eu tava nadando né no Rio e a gente eu percebi que veio um bicho para o meu lado né e parecia que eu tinha um monte de dentes na boca e a minha avó ia falar assim ah vai joga no jacaré vai joga do jacaré porque esse homem tá falando do jacaré se

eu falasse de que eu vi uma marca no chão minha vó poderia mandar jogar na cobra perdão né jogar na cobra porque era isso que a vó falava que ele interpretava o sonho a partir daquilo que ela concluía para o jogo de bicho agora tanto Freud que inaugura a psicanálise com livro a Interpretação dos Sonhos inclusive certo quando lakan diz que é muito mais importante do que a palavra o que tá sendo dito além dessa palavra Quais são as coisas que estão associadas a essa palavra que foi colocada Não é porque eu falei o nome

da minha cunhada que eu estou apaixonado pela minha cunhada que eu quero terminar um relacionamento por exemplo tem muito mais coisas ser escutadas esse significante ele vai dando a linguagem do sujeito e aqui entra um gráfico que foi Fundamental e importante para Lacan que foi o gráfico da linguagem partindo do princípio então que o significado é uma palavra que dá sente aquilo que está sendo dito Vamos pensar no seguinte o que que lá que começa a pensar para formalização da psicanálise ele pensa numa sequência de Pontes que existia na matemática né E isso era o

seguinte então você tinha um ponto a 1.6 e um ponto d o objetivo do seu trajeto era fazer o seguinte sair de a i até C então você poderia fazer o quê vem de A até ser você poderia fazer o quê e de a para B de ver para ser você poderia fazer o quê e de a para d e de D para C ou seja existem diversos caminhos a serem trilhados agora uma coisa que é interessante esses caminhos tinham uma direção e o sentido eu poderia fazer o seguinte sai o dia volto para a

e depois vou para C poderia Sem problema nenhum agora esse segundo trajeto aqui ou esse trajeto aqui ele ficava um pouco inútil né ou seja por que quer ficar inútil porque eu saí de um lugar e voltei ao mesmo lugar Lacan começa então pensar a formalização da psicanálise a partir disso até por isso que nós falamos que você pode trocar de analista você estava com psicanalista passa a fazer análise com outro psicanalista mas você não trocou de análise você continuou fazendo a sua análise que você fez foi trocar de profissional trocar a pessoa que tá

te escutando isso é fundamental Ou seja a partir da formalização da psicanálise nós vamos compreendendo que conforme vai se formando as informações sobre ele vão se acumulando e ele nunca mais volta aquele lugar o que é muito interessante a ser pensado quando por exemplo Nós pensamos nas definições das coisas né quando eu mostrar isso aqui para você e falar isso é um mouse a partir do momento que você ver esse objeto você vai lembrar que ele é um mouse talvez você fale o mouse do Ferdinando o mouse que o Ferdinando usou na Live etc mas

nunca mais você vai usar esse objeto e vai olhar ele com o mesmo olhar que você tinha quando você não sabia o que ele era isso por exemplo pode ser um perigo para quem usa drogas você Experimenta pela primeira vez qualquer substância psicotrófica ou qualquer substância ilícita pela primeira vez a cerveja aí você toma cerveja sente um prazer naquele prazer é bom você gosta daquela sensação aí na segunda vez que você for tomar a cerveja de novo você não vai ter mais aquela mesma sensação da primeira vez porque a primeira vez ela desconhecida a segunda

vez já é conhecida e o que que pode acabar acontecendo através do processo de repetição né você vai fazendo o quê você vai cada vez mais aumentando a quantidade de cerveja que você toma na ansiedade ou na vontade de sentir aquela primeira sensação que você teve quando você tomou a primeira vez a cerveja só que isso nunca mais vai se repetir porque agora aquela primeira sensação já passa a ser conhecida por isso que lá Perdiz que uma vez que a gente sai de um lugar a gente pode chegar a outro lugar mas não adianta voltar

aquele lugar de novo porque aquele lugar já nos é conhecido e ele já não tem mais nenhum mistério por isso que tem que ter em mente isso também você pode trocar 50 vezes de analista mas você nunca deixa de fazer a sua análise porque essa análise é o caminho que você vai seguindo durante todo o seu trajeto pensando dessa forma Lacan A partir dessa flechinha aqui que nós chamamos de Vetor um elemento da Matemática ele elabora o que nós chamamos de gráfico da linguagem e o que que era o gráfico da linguagem o gráfico da

linguagem foi a primeira sistematização que lá atrás né Então vamos pensar assim bom primeira coisa que chama atenção é o seguinte é tá não é gráfico não é um elemento que tem começo meio e fim ou não é um elemento que dá um resultado é um elemento que mostra um caminho tá mostra um caminho Então vamos pensar eu vou falar do ponto de vista da análise do ponto de vista da Constituição do sujeito os dois ao mesmo tempo quando um sujeito nasce ele nasce como um Delta que que é esse Delta é uma criança mítica

uma criança que chegou ao mundo que já é falada que já é assanhada que já é pensada que já é idealizada na cabeça dos pais que vai ter a cara do pai que vai ter a cara da mãe que vai estudar que vai ser inteligente que vai ser uma criança feliz ou qualquer coisa nesse sentido a mesma coisa quando um paciente chega na clínica um paciente chega na clínica e ele chega na clínica como alguém que não sabe muito bem o que está fazendo lá né que não sabe muito bem o que tá fazendo lá

mas ele chega lá porque ele acredita de alguma forma que eu psicanalista talvez tenha a solução para aqueles problemas que estão deixando ele em sofrimento angustiado preocupado ou porque alguém falou que ele precisava de uma análise sei lá a partir de uma de um trabalho esse gráfico faz o seguinte ele sai dessa criança mítica e coloca essa criança no lugar de um sujeito mas um sujeito barrado pela linguagem E por que dizer pela linguagem de um sujeito que não sabe muito bem tudo que ele consegue falar a linguagem traz alguns impeditivos para ele falar uma

coisa que seria interessante a partir desse gráfico aqui é que nós poderemos criar como pensamento que uma vez que uma criança é colocada ao mundo ela passa para essa posição Mas isso não acontece naturalmente Se você pegar uma criança e colocar ela por exemplo lá de uma mamadeira um recém-nascido um bebê ele não vai pegar essa mamadeira e começar a Sugar essa mamadeira ele precisa de alguém que o Oriente a compreender que aquilo ali é uma mamadeira e que consequentemente a partir dessa mamadeira ele vai conseguir saciar a sua fome então ele precisa de um

elemento que é colocado aqui e que é fundamental esse a que é chamado o tesouro dos significantes quem muitos momentos será chamado de mãe mas com um detalhe importante não é bem a mãe é a função materna essa função materna gente já nos coloca conta no ponto interessante o Lacan já nos mostra que essa função materna pode ser exercida por qualquer pessoa que esteja interagindo com essa criança e nessa interação com essa criança essa pessoa vai colocando essa criança na linguagem e essa criança Vai levando essa pessoa a escutar um outro ponto fundamental os seus

significantes ou seja Olha que detalhe interessante o significado vão encontrar vós nessa pessoa o significantes encontram vós do Tesouro significantes e o tesouro significantes que coloca agora essa criança como um sujeito barrado pela linguagem ou seja o sujeito que foi alienado pela linguagem e o que significa ser alienado a essa criança aqui atendia todos os desígnios dessa mãe então a mãe determinava tudo que essa criança queria se essa criança estava com fome se você estava com frio se essa criança queria dormir e etc com o tempo essa criança vai tendo os seus pensamentos e esses

pensamentos vão fazendo com que ela vá dando significantes o choro um resmungar o olhar uma série de elementos que vão colocando essa criança na linguagem inclusive percebendo que horas a mãe tá por perto ou a mãe não tá gente lembrando quando eu falo mãe é mãe pai a família tá então essa criança vai percebendo que isso às vezes ela tem que lidar com a falta então quando a mãe não tá por perto ela chora daí de repente a mãe aparece e Esse princípio da função materna então que é a função do Amor coloca esse sujeito

que era uma criança Mística agora não sujeito que tem seus desejos e consequentemente que começa a interagir com essa mãe para que as suas vontades sejam realizadas então chora quando a mãe tá longe chora quando tá com fome resmunga quando a mãe pega no colo e está brincando ele tá olhando a mãe de vez em quando ele tenta repetir um gesto que a mãe tá fazendo porque para ele ele a mãe e mãe essa que tá cuidando são a mesma pessoa quando a gente diz que a aliena pela linguagem é exatamente isso ou seja ele

para de ser aquela criança que atendia ou que era totalmente ligado à mãe e que fazia tudo que a mãe mandava e passa a ter as suas vontades próprias mas nem sempre ele consegue explicar o que essas vontades e quando ele chega na linguagem algumas coisas terão que ficarem segundo plano Como diz a música Medo da Chuva de Raul Seixas né Em alguns momentos eu vou ficar com uma pedra imóvel na praia né sem saber dos amores que a vida me trouxe Ou seja eu aliena algumas coisas para ter algumas coisas importantes na minha vida

entre eles a presença da mãe por exemplo Então nesse momento aqui é muito interessante que a criança e a mãe é um pacote só ele não consegue se ver separado dessa mãe mas ele consegue compreender que ele tem que interagir com é aqui inclusive que nasce um conceito que Lacan formulou e é o único conceito que Lacan coloca na teoria freudiana que é o objeto a coisa das dind certo que que é esse objeto a esse objeto a é uma primeira interação que essa criança teve com o mundo e que ela recalcou porque ela nunca

mais quer esquecer não sabemos o que que é pode ser o olhar Primeiro Olhar da mãe pode ser a primeira vez que ela foi tirada do colo da mãe pode ser a primeira vez que ela se viu vendo luz pode ser o primeiro susto que ela tomou a gente não sabe o que que é mas isso vai ser recalcado e a partir desse primeiro recalque começa a se formar o inconsciente Então esse objeto a inclusive é uma coisa que vai nos perseguir a vida inteira e ele é conhecido inclusive como objeto causa de desejo é

ele que vai fazer com que a gente Deseje a vida inteira e Nós não sabemos o que estamos desejando gente a gente pode querer comprar um carro querer construir uma casa querer casar querer estudar querer viajar para fora do país a gente pode querer um monte de coisa esses quereres apontam para o desejo mas não são o desejo que o desejo é inominável e desejar é o motor que mantém a vida Funcionando aqui inclusive nós temos uma informação que eu não quero entrar muito no mérito mas a criança que a criança mítica é o autista

Severo aquele que só responde às demandas que são a ele imputadas ele não deseja ou seja ele não foi barrado pela linguagem ele permanece aqui o que para alguns psicanalistas por exemplo é a parte estrutura o autismo uma criança que não deseja no sentido literal um pedacinho de carne não deseja não interage com o mundo então qualquer criança que esteja nesse patamar onde não tem desejo onde não interage com o mundo onde não tem linguagem seria conhecida como autista certo no princípio básico que seria esse autista Severo o que que é então importante é importante

perceber que a função materna tem como principal objetivo colocar essa criança na linguagem se a gente pensar na clínica a função materna seria o psicanalista é o psicanalista que vai receber o significantes do paciente e que vai fazer com que ele vai refletindo naquilo que ele tá falando nesse primeiro momento o psicanalista ainda está assumindo aquele semblante de sujeito suposto saber aquele semblante de sujeito que sabe do sofrimento do outro que Sabe aquilo que tá acontecendo com o outro mas que nesse primeiro momento não vai falar nada que conclua o que faz com que o

outro faça é percepções daquilo que os canais está querendo dizer ele vai escutar e através das suas intervenções devolveram algumas coisas ao paciente que ele mesmo falou ou um silêncio que ele mesmo fez ele tava falando então essa noite eu estava lá pensando numa coisa acabei Relembrando de um sonho e [Música] vem a voz do psicanalista aí o que que você ia falar e ele continua falando daí eu a partir dessa intervenção ele continua dizendo aquilo que ele tentou reprimir para não ser falado porque talvez ia trazer um sofrimento Lembrando que isso é um mecanismo

do Pré consciente o mecanismo de defesa certo bom pensando nesse princípio do grafo né desse primeiro gráfico nós Já percebemos o seguinte é então é importantíssimo colocar uma criança na linguagem assim como é importantíssimo dar voz a um paciente que chega na clínica isso era formalização que lactante é que tinha como princípio a formalização que latente é com princípio era protagonismo a esse sujeito aqui a criança mítica e ao sujeito da linguagem ou seja o protagonismo de uma clínica é do paciente tanto que gente preste atenção nisso quando você diz por exemplo tem lá o

paciente que chegou na clínica porque estava em sofrimento estava com uma angústia e nesse caminho ele vai fazendo sua análise vai se comprometendo com a chorar e chega o momento que ele diz olha aquilo que me fazia sofrer já tá resolvido eu acho que agora até posso parar um pouco de fazer análise etc ou próprio psicanalista diz olha Então o que tinha para ser resolvido a princípio parece que está tudo bem quem se curou foi o paciente através do seu trabalho pessoal o psicanalista é psicanálise foram instrumentos para que isso pudesse acontecer mas o trabalho

de uma análise é do sujeito que deve estar é o paciente que se compromete com uma análise não é o psicanalista que cura não é a psicanálise que cura quem cura é o paciente a partir do seu trabalho agora é necessário ter a quem direcionar a palavra e essa é a função do psicanalista é aquele que recebe o significantes através das intervenções elevando e sujeito ao sujeito que está falando sobre si e que a partir dessa fala está compreendendo algumas coisas que estava ali na inibição no sintoma na angústia por exemplo certo então é importante

se perceber que uma análise é feita por um analista e por um analisante mas o protagonista e quem fala é o analisante é o paciente que fala e o psicanalista através da intenção flutuante faz intervenções é isso que lacanjo a mostra só nesse gráfico então para vocês verem como foi importante a formalização de Lacan esse gráfico aqui ele dá origem Inclusive a um outro gráfico que é o gráfico da linguagem que é uma coisa que eu adoro né A maioria de alguns de vocês sabem disso né que é um elemento que é fundante e fundamental

para se compreender o manejo e tem uma coisa que é interessante até o próprio Lacan percebe que o gráfico da linguagem ele precisava ter alguns ajustes e ele chega lá no rsi que a real se importa Imaginário é isso que nós vamos fazer nesse momento aqui eu vou fazer o seguinte eu vou parar por dois minutinhos só para dar uma olhadinha nas perguntas que tem aqui e já volto a explicar só vou ver aqui que tem né tem algumas intervenções da Caroline muito legal fiz aqui tinha uma pergunta aqui sentido significado significante perfeito fiz análise

por um tempo no consultório particular e uma psicamente agora estou fazendo como a psicóloga no posto de saúde penso na possibilidade de estar continuando a análise André se você estiver falando em Associação livre se você estiver sem nenhuma forma de resistência se você estiver falando sobre a sua vida Talvez seja uma análise né só tem que ver quais são as intervenções que estão sendo que estão sendo feitas ali tudo bem a linguagem Castro sujeito a Tatiana pergunta Tatiana é no sentido de que a linguagem você não consegue dizer tudo né tudo que é simbolizado tudo

que é transformado em linguagem passa por uma castração e essa castração é o que a linguagem faz tudo bem O André pergunta e daí eu volto aqui para o meu trabalho a função materna leva a criança para linguagem e a função paterna para a cultura a função paterna coloca a criança na linguagem a função paterna Talvez o que você está chamando de Cultura nós tenhamos complementar como coloca criança de frente com o mundo de frente com as leis de frente com as regras simbólicas que devem ser obedecidas e que a partir dali É o que

nós chamamos de castração onde a criança deseja mas em alguns momentos ela tem que compreender que esse desejo não vai poder ser atendido tudo bem vamos continuar aqui eu acho que já tinha a últimas a última pergunta já foi dada aqui só tinha mais uma o analista no momento pode ser uma espécie de tesouro significantes para analisando a Tatiana pergunta sim ele é o tesouro significante por algum momento porque o analisante chega ao analisando chega na nossa Clínica acreditando que nós temos a solução para os problemas dele e nós vamos assumir em primeiro momento esse

lugar e depois vamos passar isso a ele que é basicamente o que a gente faz aqui em primeiro momento nós Assumimos o lugar do saber e depois transferimos esse lugar para o paciente é ele que fala sobre si tudo bem É ele que fala sobre si bom Depois eu continuo com as perguntas vamos aprimorar então agora fazendo o seguinte [Música] o que que é então agora um outro elemento que Lacan melhor então ainda mais ele começou com gráfico da linguagem mas daí ele vai para um elemento que era chamado gráfico eu vou desenhando e vou

explicando para vocês que quer não vou ficar escrevendo os nomes tá aqui agora nesse primeiro momento mas em outros momentos a gente pode trabalhar um pouquinho mais com ele então aquilo que a gente falou nasce a criança mítica essa criança mítica chega ao mundo e assim que ela chega ao mundo ela se vê obrigada a interagir com uma pessoa para poder se compreender no mundo e essa interação é feita com tesouro do significantes ou uma mãe que é o que acontece na clínica aqui é quando o sujeito que era um pedaço de carne interagindo com

a mãe começa a compreender que ele existe no mundo como alguém que tem que ter interação ou seja ele se compreende na posição de sujeito porém é importantíssimo se lembrar que nesse primeiro momento esse mesmo sujeito também está na posição de Eu ideal ele tenta ser a melhor coisa possível para a mãe para que a mãe nunca vá para longe e gente mãe função materna mãe pai vô tio tia todo mundo que estiver cuidando muitas vezes a mãe porque a mãe é que tá mais próxima da criança né No princípio do início da vida bom

nesse momento então nessa interação que tá ali acontecendo ela é um pacote ela e a mãe são um só ela não consegue nunca é se desprender dessa mãe mas ela começa a entender que para essa mãe compreender o que ela tá querendo dizer ela tem que emitir significantes a essa mãe e esse significantes que ela vai emitida essa mãe vão tendo voz com essa Mãe essa mãe vai dando voz aquilo a criança chora ela fala está com fome a criança se encolhe ela começa a passar a mão na barriguinha você tá com dor de barriga

a criança tá com dificuldade tá tá reclamando a mãe vai lá e troca fralda ou seja ela vai entendendo que ela tem que ter uma relação de sincronia com essa mãe só que ao mesmo tempo que ela vai compreendendo isso ela também vai compreendendo que às vezes essa mãe vai embora e quando essa mãe vai embora na Alucinação dela pode achar que essa mãe nunca mais vai voltar essa vai desapareceu e ela vai tendo que se compreender então agora não só como o ideal dessa mãe mas como alguém que existe no mundo Ou seja eu

né nessa relação aqui é o que nós chamamos o lakan chamou de estádio do espelho então a mãe tá com a criança no colo de frente com espelho é uma metáfora de frente com espelho mas tá lá com a criança no colo de repente a mãe pega criança e passa para alguém que tá do lado para vó por exemplo E olha que a criança vai para vó ela fala assim que que aconteceu eu tava no colo da minha mãe e agora eu tô no colo da minha vó que houve que que aconteceu afinal de contas

como é que eu saí do quarto da minha mãe uma vez que eu era só um pacote Eu e minha mãe era uma coisa só e ela percebe que agora ela não é só a mãe ela percebe que ela existe ela percebe que ela tem para cinco ela tem mãozinha que ela tem cabecinha ela percebe que é alguém que existe fora da mãe nesse momento aqui no primeiro momento ela foi alienada nesse momento ela é castrada ela deixa de se entender como um pacote da mãe aqui nós estamos na psicose então é importantíssimo que essa

criança seja castrada para que ela começa a compreender que ela tem que interagir com outras pessoas e que não pode ser só com aquelas pessoas que ela está acostumado que cuidem dela para Que ela possa começar a viver então ela vai escolher outras pessoas que vão fazer aquele mesmo cuidado que ela tinha e essas pessoas vão assumindo na vida dela um lugar desse grande outro que era a mãe até agora o tesouro significantes vão assumir um lugar fundamental de continuar fazendo com que ela possa interagir com o mundo então ela possa escolher os seus ou

o seu ideal do Eu agora não mais o Eu ideal o ideal do Eu aquele outro que está interagindo com essa criança aquele que é outro que não é a mãe que não é aquelas pessoas por exemplo a professora da escola então a mãe pega e passa para o colo da professora da Escola a professora da Escola tá entrando no corredor a criança vai gritando chorando Olha que a professora vira para o lado da sala de aula a criança para de chorar e começa a brincar com a professora por quê Porque ela compreende que essa

mãe agora por enquanto não vai voltar mas depois pode voltar só lembrando que ela ainda está no estágio de alucinar então muitas vezes ela pensa que talvez amanhã ainda não volte ou que a mãe vai desapareceu que ela deixa que a mãe que ela foi abandonada etc porque nesse caminho aqui por enquanto as coisas têm muito status da Verdade né então se falar para a criança tem que a Vaca Tussa ela vai ficar esperando ela né ali de uma determinada idade quando a criança é castrada também a compreender o seguinte posso desejar as coisas que

minha mãe quer mas eu também posso ter os meus desejos Então veja bem que Lacan começa a trabalhar nesse gráfico aqui mostrando como é que um sujeito se constitui e além de um sujeito se constitui né Tem uma coisa que é muito interessante além desse trabalho todo que tá acontecendo aqui nos do trabalho da análise aqui seria um momento por exemplo para as entrevistas preliminares quando você tá conversando com paciente quando ele ainda não tem um dilema de análise Mas de repente ele percebe ou eu me comprometo com a análise e começo a falar sobre

isso ou esse lugar não vai ou isso aqui não vai chegar a lugar nenhum porque para psicanalista poder trabalhar eu preciso falar é aí que a gente começa a transformar sair do lugar de sujeito suposto saber e passar esse lugar ao paciente e o que que vai nesse momento vai acontecer vão surgir um novo caminho onde você vai se haver com o desejo e se havendo com o desejo que você não consegue nominar você também vai automaticamente se haver com outro caminho que é a fantasia gente a fantasia aqui até vou colocar com outra cor

só para destacar a fantasia agora já é um outro caminho é um caminho que saiu da Psicose e nós estamos trabalhando agora no caminho da neurose aqui nós estávamos no estado imaginário onde tudo é a imaginação da Criança e tudo tem um status de verdade aqui nós estamos no campo do simbólico Qual que é o campo do simbólico o campo do simbólico é o campo da onde você tira as coisas do campo Imaginário e começa a simbolizar por exemplo isso aqui é um simbólico é um controle remoto quando eu mostro aqui para vocês vocês imaginam

que na minha sala na minha sala tem ar condicionado porque porque tem um controle remoto de ar condicionado né Ou seja é uma coisa que representa a outra e nesse representar eu vou conseguindo trabalhar no campo da fantasia com o quê Eu gostaria de nesse exato momento estar em algum lugar qualquer outro lugar me divertindo passeando fazendo qualquer coisa mas não dá como não dá para estar em qualquer outro lugar eu compreendo que agora esse lugar que eu tô ocupando vai me possibilitar fazer o quê em algum outro momento está num lugar podendo me divertir

por quê Porque aqui eu dou uma aula Receba um salário por isso e depois eu vou poder me desfrutar desse lugar ou seja a minha fantasia cria um exercício de eu saber esperar que algumas coisas possam acontecer era brincadeira que eu tinha do Fred tinha com né o carretelzinho numa linha amarradinho ele jogava os cartãozinho hoje fora a mãe embora tá ele puxava o cartãozinho voltava a mãe voltava era uma fantasia simbólica para que Ele pudesse lidar com a falta da mãe ou seja é uma fantasia que te coloca numa posição onde você compreende que

num determinado momento você vai estar naquilo que a gente chama de gozo mas Lembrando que esse gozo gente é o gozo lacraniano é a espera que alguma coisa vai acontecer porque naquele momento não deu para acontecer E isso acontece porque porque tem um sujeito aqui e aqui aparece a figura paterna ou a função paterna né E essa função paterna é a função do que é a função da castração é a função da castração ou seja é o elemento que vai fazer com que esse sujeito compreenda que horas ele pode fazer alguma coisa horas ele não

pode fazer que nem sempre ele vai conseguir ter aquilo que ele quer que às vezes ele vai ter que esperar para ter aquilo que ele quer que às vezes ele vai ter que fantasiar e muitas vezes que acaba acontecendo na clínica se a gente sair de um sujeito né quando sair de um sujeito o que que nós vamos ter nós vamos ter um elemento que aqui é fundamental é importante ter a fantasia sendo castrada para que o paciente não fique falando só amenidade na clínica imaginando que aquilo é uma análise Às vezes o psicanalistas através

da ética da psicanálise vai ter que convocar esse paciente a falar sobre si só ficar falando de coisas do tipo ah hoje o dia foi complicado meu trabalho é continuar sendo desgastante Mas tudo bem já tá Talvez melhore tá ruim mas tá bom e não sei o quê e não vai falando sobre si não vai falando a partir da associação livre falando sobre o que o levou a clínica é pelo menos do que ele conscientemente pensa sobre as suas demandas sobre tudo aquilo isso vai ficando tamponado e a análise fica nesse joguinho entre fantasiar que

tá se fazendo uma análise porque o sujeito vai ficando nessa posição de repetição né ele vai repetindo aquilo que ele faz na vida o sofrimento que ele tem numa análise o sofrimento que ele ainda passa para análise porque ele não se compromete a falar sobre si e veja bem gente que o gozo é um lugar da repetição que nos cai bem a repetição é uma coisa agradável Porque mesmo que você esteja no relacionamento que seja ruim a repetição te traz conforto porque te coloca numa posição que você conhece isso é extremamente às vezes prejudicial assim

como quando você faz uma análise Pode ser que você perceba que aquilo que você achava que era ruim não era tava muito bom né e tudo bem você está naquela posição de repetição tudo bem se realizar o mesmo trabalho faz 35 anos fazendo exatamente a mesma coisa você vai para uma análise achando que aquilo tá ruim e não aquilo tá bom tá confortável você gosta daquele tipo de trabalho e não quer se aventurar e achou ali uma estabilidade uma coisa boa apesar de muitas vezes o salário não ter se elevado patamar que você queria mas

o salário que você tem se aprendeu a conviver com ele ou seja nós não vamos para uma análise só para mudar de vida nós vamos para uma análise também para mudar de vida pode ser mas também para entender o porquê que nós repetimos algumas coisas que nos parecem estranhas mas que são razoavelmente tranquilas para nós no nosso ponto de vista e também compreender que somos únicos somos sujeitos singulares no mundo plural que o que serve para um talvez não sirva para a gente e aí por diante outra coisa que é importante de se perceber aqui

é que aqui nós temos o grande outro tesouro significantes Aqui nós temos a função paterna a função da castração e aqui em cima gente nós temos o campo do Real e é aqui o lugar de morada do grandioso e aqui entra aquilo que foi falado depois do tempo foi perguntar logo no início né Depois de um tempo a função matéria a função paterna devem sair de cena para que entre esse grande outro e esse grande outro é quem é a lei é a cultura é as regras da sociedade são os desejos pessoais são um complemento

um conjunto de coisas que nos faz viver em sociedade né E esse conjunto de coisas que nos faz viver em sociedade é o que nos ajuda a compreender o mundo como tal e nos ajuda a compreender que tem algumas coisas que a gente pode fazer outras coisas a gente não pode fazer mas também que nos ajuda a compreender que nós não podemos ter tudo mas podemos querer tudo nós podemos querer tudo se vamos ter tudo ou não é uma outra história mas é fundamental compreender que a gente pode querer e que muitas vezes a partir

da nossa luta podemos chegar lá ou talvez não consigamos chegar mais também vamos compreender Porque que a gente não chegou muitas vezes até por uma coisa que a gente mesmo escolheu é essa também a função da análise e aqui vocês percebem a função também passando voltando ao sujeito a função primordial da família que vai fazendo com que esse sujeito que está a informação vá compreendendo que para viver em sociedade ele tem que obedecer algumas regras E essas Regras São é interessantes a serem trabalhadas certo essas Regras São interessantes a serem mostradas para que esse sujeito

vá compreendendo o que quer interagir com o mundo porém é lógico que essa aula aqui não vai dar para expandir muito gráfico do desejo eu só queria mostrar uma coisa interessante para vocês que quando lakanha Elabore esse gráfico ele entra numa preocupação muito grande isso aí vai até o seminário 11 mais ou menos de repente o dinheiro se dá conta que as pessoas estavam começando a pensar que isso era uma coisa em Cadeia que acontecia isso depois acontecer aquilo depois aconteceu aquele outro então Psicose neurose perversão né o lugar aqui do grande da perversão eu

não vou entrar no mérito das estruturas clínicas hoje mas né onde o sujeito se vê como o grande outro onipotente a lei a ordem todo mundo tem que estar em sua função né E isso tudo dava uma ideia de encadeamento e lá que começou a ficar preocupado porque ele falou não é essa a ideia a ideia é que isso acontece tudo junto e é quando ele muda esse contexto do gráfico ele pega essa figura e torce e quando ele torce essa figura ele cria um outro caminho interessante que é isso aqui real simbólico e Imaginário

tudo associado e aqui tem um detalhe interessante aqui no meio originando todos esses elementos o objeto a que opera nas três instâncias ao mesmo tempo que faz com que as três instâncias operem ao mesmo tempo e que faz com que a gente compreenda que a partir do momento que a criança entra no mundo ela já se vê com a necessidade de compreender as leis da cultura compreender as regras familiares compreender as distâncias por exemplo da escola que faz com que ela compreenda a função primordial da mãe do pai da família na sua vida e que

ela compreenda que ela também tem que fantasiar algumas coisas ou seja essas coisas vão acontecendo todas ao mesmo tempo que são lá os seminários finais de Lacan né do cenário 17 em diante inclusive então será se embora que Imaginário esse real se embora que imaginar então ele nada mais é que um complemento esse trabalho para aquele ali né ou seja ao invés das coisas parecer que está acontecendo de tempos em tempos elas acontecem todas ao mesmo tempo tudo bem eu vou parar aqui um pouquinho para responder algumas perguntas e já já a gente continua certo

vamos ver aqui aula muito esclarecedora muito obrigado didática excelente muito obrigado Professor nunca mais voltamos aquele lugar porque a repetição permanece porque a gente fica louco para voltar a gente fica louco para ter a mesma sensação a gente fica louco para tentar viver aquela mesma coisa que nos trouxe algum conforto naquele momento e isso faz com que a gente repita e muitas vezes a repetição ela não é tão Clara assim tá não é uma coisa do tipo ah eu sempre arruma as mesmas pessoas etc não às vezes a repetição é na insistência de fazer algumas

atitudes que parecem diferentes mas que vão para o mesmo lugar por isso é a importância da análise tudo bem rosiene no filme Olha que está falando é uma ótima compressão sobre esse tema ozé Inclusive tem uma cena muito interessante nesse filme que num determinado momento o bebê tá no colo do John Travolta né E eles estão de frente com o colo né os seios de uma mulher que estão num decote né bem avantajados E o John Travolta olha para o bebê o bebê tá olhando fixamente para aqueles seios E o John Travolta fala ah você

tá pensando a mesma coisa que eu né o bebê responde É tô sim o almoço Então veja bem que o significado tá representado aí muito boa lembrança obrigado viu Alcione sobre a castração a diferença entre os conceitos das teorias de Freud Lacan não Alcione a diferença entre a castração para Freud para Lacan não tem muita diferença né mesmo porque Freud também colocava na função paterna a castração A diferença é que houve uma evolução temporal Então o que lacância só traz de aprimoramento na teoria de Freud que eu acho que Freud não teve tempo para falar

que lembre-se que pode falar falava em 1900 é que ela quer Coloca na conta da família de todo mundo que é responsável por essa criança a castração a educação a alienação pela linguagem e aí por diante mas os conceitos são iguais tudo bem Ricardo gostaria de fazer Elabore suas aulas apostiladas com referenciais aos textos para que possamos pesquisar vamos lá obrigado certo aqui volta Obrigado pelo aqui aqui fica Ah daí a Rosana respondeu o professor Ferdinando explica lá Campo sei lá de uma forma de Dark Muito obrigado qualquer objeto é um signo com significado e

significante elenaldo a partir do momento que você dá um nome ao objeto o signo deixa né o signo continua existindo porque era um objeto que não tinha nome e agora passa o teu nome por exemplo Vamos pensar notebook não existia antes né Dele existir até a partir do momento que existe o notebook agora o objeto passa ter um significado notebook significante Ah eu uso para trabalho eu uso para me divertir eu comprei porque eu acho legal tem um macdoche aí por diante tudo bem E aí vamos aqui o objeto a é o próprio sujeito não

o objeto a é um acontecimento na vida desse jeito aí vai passar a vida inteira procurando o objeto a é isso que nos movimenta a buscar a vida inteira quando ele chega lá naquilo que a gente chama de final de análise né lá no final da análise a gente percebe o que que não existem diversos objetos a o meu objeto a não é a minha vontade de ter comprado um carro que eu não consegui o meu objeto a não é aquilo que eu não consegui realizar o meu objeto eu não sei o que objeto a

existe um objeto A que eu fico orbitando em torno dele mas porém contudo eu não vou saber o que que ele é mas isso é o que me faz desejar isso é o que motiva Isso é o que dá motor para minha vida para que eu continue e é tão interessante que se a gente chegar no final da análise e compreender que esse objeto é único mas que ele movimenta eu poderia ter a intenção de não continuar mais desejando Mas que que o aparelho faz ele tem um arranjo aqui um terceiro elemento que faz aqui

mais ou menos que é o sintoma ou sintoma que o th que é uma reorganização do aparelho psíquico para que você continue querendo desejar veja bem que lacã então ele pensa até naquilo que você poderia dizer ah quando chega no objeto a eu vou saber então o que que aconteceu quando chega no final da análise eu vou descobrir objeto Ah não você nunca vai saber o que é o objeto lá o objeto é o significante mestre o recalque primário você nunca vai chegar até ele acho que até já respondi aquela Alcione e eu até queria

aproveitar o André tentar com o curso público até a passagem seria uma repetição André não tentar concurso público até passar não seria uma repetição tentar com o curso público sem estudar apostando na sorte seria uma repetição Lógico que aí tem que ter a responsabilização Ou seja você fica sem procurar emprego tentando com o curso público mas você não estuda Você vai lá se escreve isso não estuda para nada e faz concurso afinal de contas O que que você tá querendo com essa repetição que você sabe que não vai te levar a lugar nenhum tá bom

gente eu só queria aprimorar mais uma coisinha aqui só para vocês perceberem como Lacan foi é inteligente nesse trabalho aqui saindo do gráfico do desejo então e pensando nesse elemento do Real simbólico Imaginário nós temos o imaginário a bolinha não ficou uma bolinha mas acredita que a bolinha o real e o simbólico Então como nós já falamos aqui central a esse elemento todo tá o objeto a e veja bem que é interessante o caminho que sai aqui aqui nesse caminho aqui ó saindo do Imaginário chegando até o real nós temos o sintoma esse outro caminho

que faz isso aqui que sai do real e chega até o simbólico Aqui nós temos a inibição que são os mecanismos de Defesa do inconsciente né E aqui saindo do simbólico e indo para o imaginário nós temos a angústia aqui nós não temos muito tempo para poder falar sobre isso mas vocês percebem que Lacan conforme formalizando toda a sua teoria ele também foi colocando aqui Coisas que eram fundamentais para a gente e compreendendo que ele não deixou Freud de lado então mesmo no real se importa imaginado ele colocou a inibição os sintomas e a angústia

e ainda colocou aqui né por exemplo nessa posição aqui o sentido aqui nesse lugarzinho aqui o gozo fálico que alguns em relação ao outro e aqui esses dias não é muito bom o gozo o outro certo não é muito fácil de explicar isso agora eu não quero muito entrar nesse mérito Mas o que eu queria mostrar para vocês a partir desse desenho tá aqui no quadro agora do Real simbólico Imaginário é que Lacan não deixa a froid de lado ele coloca ainda a satisfação que você tem quando você tem que se relacionar com outro tem

que pensar no outro a satisfação que você tem em relação à lei a esse grande outro que agora deve ser uma lei e ao sentido que você dá para isso e por isso que muitas vezes você chega na clínica fazendo o quê na tentativa de inibir aquilo que deve ser dito se você tenta inibir vai acabar passando pode passar para os sintomas vai para o corpo aquilo que não é falado e quando você ainda tambor de sintoma vai para angústia por exemplo nós temos adolescentes que se cortam de tamanha essa angústia que ele tem dentro

de si de não saber o que tá acontecendo certo e outra coisa que é interessante aqui para encerrar e deixar você cheio de curiosidades o corpo a morte e a vida o Imaginário é o corpo fase oral anal fálica Sugar né o adulto Parece que ainda não saiu da fase oral vai para Clínica Sempre mastigante chiclete chiclete chiclete chiclete com pirulito qualquer coisa na boca sempre ali naquela fase satisfação Lógico que tem mais coisas ser escutado mas só para fazer uma metáfora que chamando atenção de vocês isso é importante a ser pensado então é no

corpo que eu tento resolver as situações o real é a vida por quê Porque essa bosta eu tenho que apostar em algum momento da vida eu tenho que apostar que por exemplo agora vocês estão realmente gostando da aula eu tenho que apostar que vocês estão aqui estão comemorando outra coisa E aí por diante eu tenho que apostar que isso daqui tá servindo para alguém e que lógico que se vira alguma crítica vai ser para me acrescentar mais informações interessantes o real é esse desconhecido a vida ela é esse elemento conhecido que a gente só tem

certeza que amanhã talvez vai amanhecer se não acontecer de ficar meteoro da terra Tá bom pode emprestar dinheiro e por que a morte não simbora porque a única coisa que a gente tem certeza e gente aí veja bem como Lacan foi sábio quando a gente fala na pulsão de morte ou quando a gente fala na depressão o que nós estamos falando nós estamos falando de umas pessoas que saiu de uma posição e vai voltando voltando voltando com o desejo de se tornar aquela criança mítica certa aquela pessoa que não deseja que quer que o outro

desejo por ela a porção de morte não é o desejo de morrer simplesmente a poção de morte é o desejo de não precisar desejar mais porque desejar traz sofrimento desejar e traz dor desejar traz angústia né O que que nós temos que tem em mente com tudo isso que eu falei nessa aula de hoje da formalização de Lacan teríamos ainda aqui mais algumas coisas importantes por exemplo os mathemas que são os discursos né quando o Lacan fala nos mathemas nesses discursos que a gente tem que trabalhar eu só quero lembrar vocês de algum só um

segundo dia só deixa eu mudar uma tela aqui quando a gente fala nos discursos vocês devem se terem em mente que não que Lacan ele ia trabalhando o discurso e qual que é a intenção dele que nesses temas nós tenhamos por exemplo só para vou mostrar para vocês aqui deixa eu apagar isso aqui [Música] isso daqui gente é uma tema né E esse matema aqui que era uma outra tentativa da formalização de Lacan ele tinha quase princípios e tinha o princípio de explicar o que que tava acontecendo a clínica então quem que é o agente

que acontece numa análise o objeto a né esse que nos faz desejar certo quem que é o outro que chega na análise esse sujeito certo esse sujeito produz sobre si um conhecimento e esse conhecimento vai produzir sobre ele algo que ele vai saber o que ele vai considerar sobre Verdade Aquilo que ele sabe sobre si Ou seja é importantíssimo se perceber o que é importantíssimo se perceber que o objeto a é o significante mestre numa análise e onde é o lugar do objeto a o inconsciente o inconsciente é o trabalho de uma análise esse inconsciente

tem como outro o sujeito que chegou até a análise esse sujeito chega até análise falando sobre si para conseguir compreender Qual que é a sua verdade mas que verdade é essa a verdade que ele está buscando era isso que ela canta também tentava com os matemas então vocês percebem O que que lacando a formalização ele está nos dando dicas de como se trabalhar numa análise porém devemos lembrar uma coisa muito interessante que essas dicas não escapam da singularidade do sujeito cada sujeito tem seu inconsciente cada sujeito tem sua história cada sujeito tem a sua vida

e é isso que nos diferencia por isso que na análise psicanálise nós sempre dizemos do caso acaso porém nunca sem a teoria E mais uma vez Relembrando que eu falei lá no início da aula Quem opera o inconsciente o inconsciente é de quem do sujeito consequentemente quem trabalha numa análise o paciente quem tem lugar de fala numa análise ou paciente e é por isso que lacando a primazia o significante porque a palavra só pela palavra não diz muita coisa o que diz muita coisa é aquele caminho que vai se dizendo sobre a palavra que é

isso aqui significante grandioso há uma interação aqui e essa interação vai produzir um negócio aqui muito interessante vai produzir significantes que vão se unindo entre si até que virem uma rede que vai fazer todo sentido na análise por isso que uma análise tem que ser com psicanalista porque porque a gente não vai falar mal da gente mesmo a gente não é besta a gente precisa direcionar a palavra alguém e essa pessoa no primeiro princípio vai fazer o lugar de sujeito por saber e depois vai escutar o paciente e tudo aquilo que ele tem para falar

Lembrando que é fundamental muito a sua análise pessoal o estudo da teoria as sua supervisão certo porque é nesse caminho da sua própria análise por isso que o analista se forma onde se forma do Divã só conhece a análise quem passou pela experiência de um divã quem passou por uma análise quem num determinado momento cometeu um ato falho quem não quis dizer alguma coisa e acabou dizendo certo é fundamental isso é fundamental compreender esse caminho e para responder uma última pergunta aqui Elinaldo como Lacan vê o complexo de Édipo e a fase fálica é aquele

ideal do Eu né o complexo de ética é a entrada no ideal do Real entrada da castração é a entrada dessa necessidade de se direcionar a vida a um outro que Freud chamava né do pai que é quando a criança começa a se acopiar os passos do pai a fazer os atos do pai para conseguir né de alguma forma suprir aquela falta que a mãe está fazendo ou para proteger até a mãe né ele começa a imitar os atos do pai para que a mãe se apaixone por ele não pelo pai para que a mãe

deixa o pai de lado e fique com ele nessa fantasia simbólica que ele cria na sua cabeça o melancólico tem um prazer em falar mal de si certo mas claro que tem o prazer de falar mal de si tudo bem E é isso certo tem prazer de falar mal de você porque eu preciso me desmerecer né eu preciso que muitas vezes não é para ser o Coitadinho Ai Olha o depressivo ele ele não tá querendo saber com a vida não gente ele não sabe o que tá acontecendo ele tá sofrendo ele não queria tá naquela

posição aquilo tá trazendo uma angústia para ele extremamente preocupante e muitas vezes temos que tomar cuidado por isso que não uma análise diferencia de uma conversa uma conversa de Boteco ou uma terapia humanista cognitivo comportamental um pastor alguma coisa também pode resolver os problemas do ser humano Lógico que pode a análise não é a santidade os canais não é a santidade da ciências onde se fala psicanálise como se fosse um milagre não é isso agora muitas vezes o sujeito precisa saber eu consigo e vai para psicanálise Lembrando que a gente não tem esses pré-requisitos se

o sujeito está depressivo a gente com muito cuidado se a gente fala para ir lá você tá depilosa você tem uma família boa você tem um emprego bom você tem um carro bom você tem tanta coisa boa e você tá depressiva ainda agora além do sujeito já tá angustiado porque não consegue ser depressão ele ainda vai ficar mais angustiado porque ele é um ingrato temos que tomar muito cuidado com isso um sujeito que comete o ato do suicídio por exemplo Às vezes pode ser por não conseguir mais saber com a vida mas às vezes pode

ser por não conseguir mais ver a família inteira sofrendo por conta dele e acha que a morte seja o melhor caminho por isso simbólico a solução dos problemas temos que tomar muito cuidado com os nossos julgamentos e temos que tomar muito cuidado com uma coisa fundamental o protagonista de uma análise é o sujeito que fala e quem fala o paciente quando psicanalista muito fala ele precisa ir para análise para saber o que está acontecendo certo gente é depois eu eu posso passar assim para vocês mas o que eu falei hoje é o seminário 4 é

o seminário 5 né só que é complicado só é só terminar mas tem alguns textos que eu vou tentar passar por e-mail para vocês tá eu sei que vocês têm e-mail lá eu vou tentar passar para vocês tudo bem É bom gente eu acho que por hoje eu vou parar por aqui porque uma hora e meia de like você já deve estar cansados né A Patrícia diz eu tenho vontade de chorar ouvindo isso não sei porque eu acho muito incrível Patrícia Que bom né mostra que você é humana e que bom né o Rafael diz

você começou a falar das entrevistas finais poderia acrescentar mais ao tema Rafael a entrevista preliminar é esse momento em que você recebe o sujeito como o sujeito suposto saber e tenta e vai conversando sobre a vida vai conversando sobre as situações isso vai conversando que levou ele é para análise vai sabendo um pouco mais da vida dele para que se Estabeleça ali o laço da transferência mas o que que é a transferência gente a transferência é você estar na posição de sujeito suposto saber e depois ir passando essa posição de sujeito por saber para o

paciente o paciente que sabe sobre a sua vida então é isso que é o caminho da transferência mas em primeiro momento ele tem que perceber que ali é o lugar de fala por isso é importante entreminar que é lugar de fala que ele vai compreender que ele não tá sendo julgado que ele não tá sendo é explorado que tem uma ética na psicanálise que tem uma ética na importância da escuta dele que tem uma ética principalmente em validar o sofrimento que levou ele para Clínica quando tanta gente fala porque que você tá sofrendo na clínica

a gente não pergunta porque que tá sofrendo Escuta esse sofrimento quem chega na clínica é o sujeito em sofrimento e a função primordial de uma clínica é sem invalidar o sofrimento Porque tudo que você pensar já tentou ir para uma igreja fazer Esporte ler um bom livro fazer autoajuda ou qualquer coisa mas já deve ter tentado quando ele chega numa análise ele já chega na análise como talvez a salvação a última tentativa de alguma coisa que até então não se tava tendo Lembrando que a angústia por exemplo é uma dor que não tem endereço por

isso que é uma dor difícil a dor da alma é uma dor que não tem endereço e é importantíssimo que nós estejamos preparados para escutar por isso análise pessoal supervisão estudo da teoria e sempre sempre ter muita vontade de trabalhar com a psicanálise mas levando em consideração a ética boa noite gente muito obrigado pela atenção de vocês Muito obrigado acabou aí Saímos de um dia exaustivo com tantas coisas boas e logo logo nós esperamos estaremos juntos as especializações do és que estão aí com as matrículas abertas o endereço tá aqui quem tiver interesse por favor

procure lá certo Agradeço a todos os elogios que estão vindo aqui eu estou muito feliz de receber esses elogios eu estou assim satisfeitíssimo que vocês compreenderam Infelizmente é uma aula que fica com muitas informações soltas mas logo logo nós teremos cursos sobre isso eu pretendo agora no mês fazer um curso só dedicado ao rsi real simbólica Imaginário que já a clínica do Real ali o finalzinho da clínica de lacância eles receberam as informações tem aqui Um e-mail que foi passado pela Caroline que tá aqui nos Bastidores Muito obrigado Caroline para que vocês possam colocar aí

as perguntas e pedir material se vocês quiserem certo Sempre estarei disponível para responder vocês obrigado boa noite bom descanso a todos e logo logo nos encontramos beijos [Música]