Aqui, nessa segunda tentação de Jesus, sobre a qual eu falei já uma hora e meia no nosso último encontro, há duas semanas passadas. E eu retorno para o mesmo ponto porque eu disse que eu não tinha concluído e o tempo tinha se adiantado demais. O diz aqui o verso 5 do capítulo 4 de Mateus: então o diabo levou Jesus à cidade santa, a Jerusalém, ao templo, e colocou-o sobre o pináculo, o lugar mais alto do templo, que ainda se abisma diante de uma muralha enorme. Então, além da altura dele, ainda havia o desnível da
esplanada do templo, até embaixo, no lugar onde o alicerce estava posto, bem do lado de fora, de modo que a altura era muito expressiva. Quem quer que se jogasse de lá, inevitavelmente, morreria. Levou, portanto, o diabo ao pináculo do templo. Ele disse: "Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito no Salmo 91." Jesus tinha citado um texto da Escritura quando disse: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Aí, o diabo disse: "Ah, o teu negócio é palavra! Fazer um duelo de Bíblia? Eu
vou partir para um duelo de Bíblia!" Jesus tinha citado Deuteronômio 8:3: "Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Então, na segunda tentação, ele já vem sacando a Bíblia. Sacando a Bíblia, a Bíblia é utilíssima para se construir qualquer tipo de heresia. A Bíblia, nas mãos de uma pessoa bem-intencionada, vai ser profundamente edificante e cheia de elementos que alimentam a fé, mas, nas mãos de um manipulador, sem compromisso com a centralidade de tudo que é Jesus, que é o evangelho, ela pode se transformar, como já
se tem dito há muitos anos, na mãe de todas as heresias. Não existem heresias mais bem arrumadas, sistematizadas, formuladas, perigosas, endemoniadas. Não existem lugar nenhum, nenhuma delas é pior do que aquelas que são desenvolvidas a partir de uma sistematização bíblica. Pega um verso aqui, pega outro lá, vai juntando, vai formando uma determinada lógica, um patchwork, que com uma coisa não tem nada a ver com seu contexto antecedente nem com o contexto imediato consequente. Mas aquele versículozinho, daquela caixinha de promessas, tirada dali, juntando com outros versículos que sejam parecidos, se pode montar algo cuja conclusão seja
toda ela, quanto seja estribada em textos bíblicos, mas a conclusão pode ser uma negação total do que a palavra, do que o evangelho, do que Jesus ensina. E é bom você aprender isso, guardar isso, porque assim que as coisas acontecem. E a gente vê a gente agarrada à Bíblia, anda com ela no peito, lê mesmo, não lê, lê o evangelho, sabe de Jesus o que Ele diz, o que Ele pensa, o que Ele ensina, como Ele viveu, como Ele tratou as pessoas, como Ele é. Não sabem de nada. O que eles têm de mais próximo
de Jesus é a pregação de um pregador que, na maioria das vezes, é algo que se ferra, se vincula ao Velho Testamento, à lei, aos apedrejamentos, às vinganças, às punições, às meticulosidades. Aquilo que Paulo chamou, escrevendo aos Colossenses, no capítulo 2, de escritos de dívida que havia contra nós, e que gostava de mandamentos de ordenanças impossíveis. Jesus rasgou na cruz e despojou os principados e as potestades. Mas, mesmo isso sendo dito, e mesmo Jesus tendo dito que "Está Consumado", a maioria dos cristãos vive com as angústias da lei de Moisés. Eles nem são obedientes à
lei de Moisés e nem são obedientes ao evangelho, só ao evangelho e só aquilo que passa no crivo de Jesus como nosso filtro de interpretação de todas as coisas. Não são seres que existem no limbo; a maioria deles coloca mais fé nas ameaças de Moisés do que nas promessas de Jesus. E é assim que o cristão existe, como um ser atormentado. Ele diz que Jesus salvou na cruz, mas o tirou de algum inferno, eu não sei qual seja, e o colocou em outro que eu conheço muito bem, que é o inferno das culpas religiosas, das
neuroses da Bíblia mal interpretada, dos versículos da Bíblia usados pelo indivíduo contra si mesmo. É uma Bíblia destrutiva, é uma Bíblia culposa, é uma Bíblia inimiga, é uma Bíblia diabólica, que tudo quando se lê nela é contra nós, é para nos agarrar, é para nos arapucar, é para nos prender, é para nos deixar cair numa vala. É uma Bíblia que não tem misericórdia, onde se enxerga mais juízo, juízo, juízo, punição, e punição. E tem gente que se alegra em dizer: "Aqui neste livro há mais de 700 mandamentos de Deus para serem obedecidos e 7 mil
promessas." Meu Deus, aqui Jesus disse que é só um mandamento a ser obedecido: um só mandamento: "Amo o Senhor teu Deus acima de todas as coisas, com todo o teu coração, com toda força da tua alma, com todo o intelecto, com todo o teu entendimento, com toda força da tua fisicalidade; e ama ao teu próximo como tu amas a ti mesmo." Esse é o mandamento, e ele disse que, em relação a isso, são resumidos todas as leis e todos os profetas. Cessam diante desse mandamento, de modo que o mandamento de Jesus é um só: "Faze
ao teu próximo o que tu saudavelmente gostaria que o teu próximo fizesse a ti." O mandamento de Jesus, os apóstolos dizem, é um só; ele mesmo diz: "Novo Mandamento Eu vos dou." E, quando ele diz que mandamento é esse, é um só: "Amai uns aos outros, assim como eu vos amei." Mas este mandamento, na alma do crente, na mente do crente, parece bobagem, poesia de criança, infantil. Porque, na realidade, eles levam muito mais a sério as punições, os rigores, os pânicos, as ameaças da lei de Moisés. Que Jesus acerca dela disse que ele veio cumprir.
Ele disse: "Eu não vim revogar; ninguém nunca a cumpriu. Nem Moisés cumpriu, nenhum juiz de Israel cumpriu, nenhum rei de Israel, nenhum profeta de Israel a cumpriu completamente. Nenhum ser humano sob a lei; todos estão debaixo de igual condenação, porque é sobre a lei que se deve dizer que todos pecaram; de todos igualmente carecem da glória de Deus. Mas ele diz: 'Está pago! Eu vim para cumprir e cumprir.' E a prova de que ele cumpriu aqui na cruz: ele disse: 'Está Consumado! Está pago! Está liquidado! Não há mais débito nenhum; está tudo cancelado! Rasga o
espírito de dívida; tuas culpas foram apagadas; dos teus pecados eu já nem me lembro mais.' No entanto, repetindo pela terceira vez, os crentes se agarram aos medos, às angústias da lei de Moisés, ao aterramento aterrador, horroroso, dos mandamentos que o povo de Israel não pôde suportar. Como diz o livro de Hebreus, diante do pânico da descida daquela santidade insuportável Divina, eles disseram: 'Moisés, ouve tu o que Deus tem a dizer e passa a nós, porque senão nós vamos morrer ouvindo essa palavra. Ela não lhe será para a vida; ela vai nos matar. Nós não suportamos
essa palavra!' E o único que suportou a palavra por inteiro foi Jesus, que já cumpriu e disse: 'Está pago! Está consumado!' Agora, a escritura de dívida pode ser rasgada, mas, infelizmente, a maioria daqueles que andam com a Bíblia na mão não crê naquilo que é a segurança, a garantia, a promessa, a sabedoria, o bom senso, a luz de compreensão e interpretação para nossa vivência saudável do mandamento de Deus, que em Cristo Jesus é amor. É o único mandamento: 'Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.' Aí vem aqui o diabo, nesse encontro com Jesus, e
como Jesus tinha citado Deuteronômio, no capítulo 4, verso 8, ele disse: "Palavra Bíblia, com gostosinho bíblico! Olha, estamos aqui no alto do pináculo do templo, no lugar mais alto da cidade, onde se vê toda a circunferência do Monte das Oliveiras, muitas colinas, todas as montanhas em volta de Jerusalém, das quais entram as montanhas e as planícies, na direção do litoral, que vão numa baixada até ela. Dali de cima se vê tudo, e eu te digo o seguinte: lá embaixo está o átrio lotado de gente, de crentes! Essa é a tentação do templo, é a tentação
do crente, é a tentação da igreja, é a tentação dos que querem ser percebidos pelas multidões do templo, os que querem ganhar fama religiosa. É a tentação dos que querem a ostentação de terem uma relação diferente com Deus, expressa, validada e manifestada à vista de todos os observadores, de toda a audiência presente. Que dali em diante projete sobre nós um olhar diferente: de divindade, de profeta, de homem de Deus, de mulher santa, de qualquer coisa. No caso de Jesus, ele está dizendo: 'Olha, tu não lembra do Salmo 91? Por que que tu não encurta esse
caminho? Por que que tu não cria um atalho para a glória? Um atalho para a glória? Por que que tu não desliza o teu caminho? A necessidade de ficar isso para lá e para cá? Ó, vai para Galileia, volta da Galileia, entre Samaria, sai da Samaria, antes do Norte da Galileia; descansa numa terra pagã, volta outra vez, vai para outras terras pagãs na região de Gadara. Meu Deus, para que você vai andar com essa multidão de gente burra, te fazendo perguntas e outros te perseguindo, te enchendo a paciência, não te dando paz, sem ter como
reclinar a cabeça? Resolve isso de um pulo só, é um salto só e você resolve isso para sempre! Já aqui, agora pula, porque esse pessoal vai fazer uau quando eles virem o cumprimento do Salmo 91 tirado do contexto! Porque quando o diabo cita a Bíblia é sempre fora do contexto. É um texto por pretexto, sem contexto, só para enganar com pretextos da mentira e do engano. Isso é só o que se faz: a Bíblia citada por quem não tem o coração em Deus e no mandamento do amor de Jesus. Segundo o Evangelho, sempre escute o
que eu tô dizendo: sempre, sem o amor de Cristo em mim, sem o mandamento do amor, resumindo tudo em mim, Senhor absoluto do Evangelho de Jesus, sendo praticado por mim como o único caminho, verdade e vida. Sem isso, toda leitura bíblica se torna pervertida e perversa, toda, toda o perversifica como mandamento acusatório para quem ouve, ou neurotiza e deixa em estado paranoico aquele que lê aquilo tudo contra si próprio! De modo que tudo o que não se estabelece na leitura da escritura, sem ter Jesus como filtro, como chave, como lente de observação única para compreensão
da nitidez do que está dito e pela filtragem de tudo que ficou obsoleto para trás, passando só o que tem relevância, o que tem a realidade e o que tem a validação feita, afirmada, vivida, encarnada e praticada por Jesus. Se não for só isso, que para nós, se a gente resolver absorver a totalidade, deixando Jesus apagado do processo, sem que ele seja o supremo absoluto, e tudo mais se torna obsoleto. A menos que se de coerentes com o ensino de Jesus, se não for assim, toda leitura bíblica adoece. E o diabo é o maior especialista
no uso adoecedor da Bíblia! Vá, disse para você: o diabo é o maior utilizador do uso adoecedor da Bíblia! Ninguém sabe usar a Bíblia tão bem, com tanta aparente coerência, com aplicações aparentemente tão apropriadas. Jesus no pináculo, e ele diz: 'Olha, tem um texto para ti! Salmo 91 está dito: porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito.' O texto do Salmo 91 diz 'em todos os teus caminhos', mas aqui o diabo para antes em 'todos os teus caminhos'. Do Senhor te guardaram. Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e bota aqui: tem
uma parada e não em todos os teus caminhos. Só é a teu respeito, não importa o que tu faças, mas os anjos estão aí para bancar você no que você precisar. O Salmo 91 diz: "Ele dará ordens a teu respeito para que tu vós, como passarinho, para que tu planis como numa asa delta, para que tu te arremesses como num paraquedas." Não é no caminho da vida, no caminho do homem, que não é voando sem aparatos. O caminho de um ser humano que não tenha aparatos de voo é descendo e andando no chão da terra,
é tropeçando, levantando, caindo, cansando, suando, tendo sede, tendo fome, andando no chão da Terra. Em todos os teus caminhos naturais, normais, caminhos saudáveis de um ser humano, o Senhor acampará o Anjo dEle ao teu redor e dará a ordem aos principados, às potestades, a esses seres de outra natureza, de outros dias, de outras civilizações ou de outras dimensões, que estão a serviço de Deus para o bem, e não aqueles que se colocaram na grande dissensão universal e multiverso contra o sentido do amor e da vida, que são entes igualmente reais de outras dimensões que não
estão ao nosso alcance dos olhos e nem da vista, porém são realidades à nossa volta e sobre nós, e que militam contra nossa existência. Semelhantemente a esses, há aqueles a quem o pai da Ordem dá ordens a nosso respeito, para que nos guardem em nossos caminhos sinceros, honestos, verdadeiros, lúcidos, cheios de sabedoria e bom senso. E aí, andando no chão da razoabilidade, eu posso ter certeza de que Ele deu ordens aos seus anjos a meu respeito. Mas quando eu brinco de querer fazer os anjos de Deus trabalharem contra as leis de Deus, contra as leis
instituídas da física, da gravidade, da genética, da biologia, dos vegetais, do universo em todo o seu esplendor, conectividade e sensibilidade natural, entremeada — como a gente hoje sabe que tudo se entrelaça, que tudo se completa —, quando a gente resolve violar isso em nome de uma palavra de Deus fora do contexto, mas que alguém cita para você, e nos púlpitos onde você vai ouvir a Bíblia, em geral, noventa e tantos por cento das vezes você ouve palavras com hermenêuticas de Satanás e homiléticas do diabo. A homilética organiza o que se fala, e a hermenêutica a
interpretação tortuosa, aplicando o que se tira da Bíblia onde se queira colocar para fazer uma pessoa incauta, ingênua, à toa do lado do templo e se arrebentar, como eu tenho ouvido durante dezenas, centenas, quem sabe milhares de vezes, no curso da minha vida. De modo que eu não leio livros para te dizer o que eu te digo. Eu sei tudo que eu te digo, eu provo tudo que eu te digo, eu conheço tudo que eu te digo. Faz parte do repertório da minha existência tudo que eu te digo. Embora eu tenha lido muito, demais, na
minha vida, mais do que existe aqui, eu não sou um ser de livros; eu sou um ser de vida, de experiência, do que eu sei, do que eu provo, como Paulo dizia: "Porque sabemos." Eu também lhe falo o que eu sei, o que sabemos, o que eu provo, o que eu conheço. Não é teoria; é o que eu sei mesmo. Eu sei que o diabo é especialista na utilização da Bíblia para destruir pessoas que têm mais fé na Bíblia do que entendimento da Palavra de Deus. Pobre das pessoas que têm mais fé na Bíblia do
que no entendimento da Palavra de Deus, como aqueles de Israel acerca de quem o próprio Deus fala pelos profetas mais de uma vez. Era a gente que Elias, as escrituras, que ao templo que não deixava as portas do templo fecharem, que acendiam as luzes de outurnamente, que faziam sacrifício sem parar, que cantavam Salmos, que viviam lá, mas, no entanto, que se diz: "é o meu povo que não para de cultuar." Quem me dera tivesse alguém que fechasse as portas desse templo! Quem me dera houvesse alguém lúcido o bastante para parar esses sacrifícios! Quem me dera
houvesse um silêncio de cultos, porque eu não aguento mais ver essa iniquidade ajuntada, essa iniquidade associada ao ajuntamento solene, aos cultos, a gente que pratica a iniquidade mas não para de me cultuar. "Porque o meu povo perece por falta de entendimento." O meu povo perece por falta de entendimento. Não é de culto, não é de frequência, não é de igreja, não é de nada... É falta de compreensão, de entendimento, de percepção, de luz, de sabedoria. Aí vivem aquilo que o diabo dita usando a Bíblia. São ditados de Satanás sistematizando a Bíblia. Olha, pula, porque está
escrito: "Aos seus anjos dará ordens a teu respeito." E aí ele prossegue: dá um saltinho, deixa a ordem natural do cuidado em todos os teus caminhos, dá um saltinho monumental. É um salto quântico de engano e diz para que te guardem, para que te guarde, mesmo que tua decisão que tu tomaste de repente, ele faz com que o mandamento de Deus se torne um ato de vontade e existencialista. Eu sou um ser existencial, mas não sou existencialista. O existencialismo é uma filosofia que, em resumo, diz que nada faz sentido, tudo é absurdo, não há nenhuma
lógica para a existência de coisa alguma, de um universo. É o acúmulo de tempo e acaso em trilhões, quaquilhões de tentativas inúteis e uma dá certo aqui e outra dá certo ali. E aí, miraculosamente, isso vai se ajuntando para formar essa coisa divina, sublime, inexplicável, maravilhosa, mas que veio do acaso. E o especialista que tem é Jean-Paul Sartre, o pai desse especialismo ateu nauseante, que dizia isso: "que tanto fazia, tanto fazia; nada tinha sentido." Levantar alguém caído. Nas ruas de Paris, e dá um lanche, uma comida. Ele fazia tanto sentido quanto vi dirigindo um carro.
Não consegui parar porque tá chovendo. Tem uma velhinha na tua frente, de 80 anos. Você diz: "Ah, já viveu bastante. Se eu frear o carro, posso bater em muita gente, quem sabe cair até aqui no Sena; eu vou bater nela e pronto. Ela já viveu muito e eu vou embora sem culpa. Foi só um acidente." O especialismo, o puro e simples, fechado nas categorias satrianas, propõe isso: propõe que tudo tem a ver com seu ato de vontade, tudo vale, dado pela sua decisão pessoal e gótica de vontade. O que faz sentido é você se auto
validar pelas pessoas da sua vontade, do seu capricho, porque tudo na vida é náusea, dizia João Paulo. E daqui o diabo, praticando o mesmo tipo de assistencialismo com Jesus, ele tira do Salmo 91 tudo aquilo que era prerrogativa de vínculo da palavra de Deus com os processos da natureza. Tira isso, coloca-o pairando em lugar nenhum, e diz a seus anjos: "Dará ordens a teu respeito para que te guardem." Então, o que é que tu queiras fazer? Dá uma ordem para Deus: "Senhor, eis que me lanço daqui em nome do Salmo 91, porque Deus dará ordens
a teu respeito para que te guardem, e ainda eles te sustentarão nas suas mãos para tu não tropeçares em alguma pedra." Que pedra? Viu? O cara estava pulando lá de cima para baixo! A única pedra para tropeçar é a do chão, do átrio, no qual ele seria esmagado. Mas é uma capacidade do diabo extraordinária de tornar existencialisticamente textos bíblicos, tirados do contexto, para grandes falsificações calamitosas, com resultados destrutivos, e que deixou a pessoa, depois, dizendo: "Deus me enganou; a palavra de Deus não é verdadeira. O pastor prometeu, falou, pregou." Seu pastor tá sendo instruído pelo
diabo! Está repetindo homiléticas hermenêuticas diabólicas, citando Bíblia, textos e salmos, tudo isso sem contexto. E você, que não quer saber de nada, que não come a palavra, que não bebe a palavra, que não se alimenta dela, e a palavra que eu estou falando é Cristo, o Verbo Encarnado, a palavra é o Evangelho, a palavra é Jesus, vivendo o Evangelho, ensinando o Evangelho, praticando o Evangelho, de modo que na prática dele eu aprendo o que o ensino dele quer significar. O que é amar, do ponto de vista dele, significa o que? Exortar, do ponto de vista
dele, é o que? Se dar, do ponto de vista dele, seja o que for. Bondade, conforme ele se manifeste, é tudo conforme ele, não conforme a minha ideia, nem conforme uma do grego, nem tão conforme uma exegese do hebraico. Tem que ter a coerência associada a Jesus, ao país, práticas, aos modos, aos tratos, à relação dele com as pessoas, aos acolhimentos, às inclusões ou àquelas exclusões que ele fazia, não porque tem expulsado ninguém da presença dele, mas porque as pessoas não suportavam a verdade dele e retiravam-se. E ele apenas dizia para quem ficava: "Quereis vós
também vos retirar?" Porque ele nunca mediu a graça de Deus na vida dele pela quantidade de seguidores. Em momento nenhum. Mas aí vem aquilo que você tem praticado para sua decepção, para sua frustração, para sua mágoa espiritual, para sua tristeza em relação a Deus, que é supostamente obedecer à Bíblia sem o entendimento do Evangelho. A Bíblia sem o entendimento do Evangelho, preste atenção, faz mal. Eu vejo gente que antes de se converter era melhor do que depois de convertido. Eu tô dizendo isso há quase 50 anos! Primeira vez que eu acho que tive coragem de
falar isso. Eu já estava pregando o Evangelho há uns dois anos, quando me deu essa ousadia de dizer para os crentes: "Olha, tem muita gente que eu conheci aqui fora, nas ruas de Manaus, nas praças, nas boates, ou no Rio, que antes de se converterem eram pessoas muito mais humanas, muito mais legais, muito mais generosas do que depois que se converteram e aprenderam as doutrinas das denominações e da igreja, e se tornaram pessoas horrorosas, cheias de juízo, amargas, hipócritas, mascaradas! Como Jesus disse, se tornaram filhas do inferno, duas vezes piores em relação àqueles que, como
filhos do inferno e membros da religião, os catequizaram para a morte, não para a vida. Embora eles andem com a Bíblia agarrada no peito o dia inteiro, mas é a Bíblia sem contexto, usando textos por pretextos para produzir enganos que só trazem frustração, tristeza, desânimo e desistência da própria fé verdadeira e genuína. Isso já disse para vocês milhares de vezes. Quem me assiste aqui vê essa recorrência que eu insisto em fazer, porque eu sei que todo dia tem alguém novo chegando. Mas a Bíblia, sem o entendimento que viaja pelo filtro de Jesus, que viaja por
Jesus, a chave hermenêutica, é apenas mais uma heresia a ser praticada de maneira desventurada e horrorosa. Vai pular! Eles te sustentarão nas tuas, nas suas mãos; nada vai te acontecer. Aí Jesus olha para o diabo. Ele respondeu: "Também está escrito." Salmo 91. Não era acerca disso o caminho humano aqui na Terra? Você lembra do Salmo 91 todinho como ele é? Vale a pena dar uma olhada. Aparentemente a gente vai perder tempo, mas não vai, não! Salmo 91, que eu sei desde menino, de cor e salteado, e que eu já usei tantas milhões de vezes na
minha vida. Com muita recorrência, eu volto a ele, porque ele me faz um bem enorme. Abra aí: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: ‘Meu refúgio, meu baluarte, Deus meu em quem eu confio; pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, e sob suas asas estarás seguro; a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás..." "Do terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Caiam mil ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios, pois disseste: 'O Senhor é o meu refúgio'. Então, fizeste do Altíssimo a tua morada. Por isso, nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua casa, porque agora sim, aos seus anjos Ele dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os seus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos para tu não tropeçares em alguma pedra. Pisarás o leão e a áspede, calcarás aos pés ao leãozinho e
à serpente, porque a mim se apegou com amor, eu livrarei; poluei a salvo, porque ele conhece o meu nome. Ele me invocará e eu lhe responderei; na sua angústia, eu estarei com ele, livrá-lo-ei e o glorificarei. Sacia-lo-ei com longevidade, lhe mostrarei a minha salvação." É o que o Salmo 91 diz. Quem quiser saber mais, escreva no meu portal Caiofábio.net. Entre lá, tem uma lupinha; escreva "Salmo 91" e você vai ver a quantidade de coisas que eu já disse, que eu já falei, que eu já apliquei a respeito disso, conforme o espírito de Cristo, sem traição
ao evangelho, sem hermenêuticas diabólicas que induzem a gente ao espírito suicida pela fé. Induz a gente; é uma fé que não é fé. A verdadeira fé se fundamenta, se calça, se estriba no evangelho de Cristo. Fora do evangelho, fora da promessa, fora da palavra, e a única palavra eterna de Deus, imutável, está manifestada, encarnada em Jesus e no que Ele fez, disse, ensinou e praticou. Fora disso, tudo me deixa num caminho perigoso e enganoso, cheio de interpretações e doutrinas de homens e sem a palavra viva do Evangelho de Cristo Jesus. Aí vem Jesus, que não
brincava de pedaços de Bíblia; reconhecia o contexto inteiro. Se Ele falava, se no versículo era a luz do entendimento da palavra toda, que Ele era, que Ele encarnava e que Ele vivia. Aí Ele chega e diz: "Está escrito, Satanás: 'Não tentarás ao Senhor teu Deus'. Não tentarás ao Senhor teu Deus, não tentarás!" Porque fazer em nome da palavra de Deus, praticar violências à natureza é tentar a Deus. Você vai, sobe um monte, imagina Moisés em cima do Monte Sinai, recebe duas pedras com leis, aí diz: "Eu vou descer daqui voando, já que Deus escreveu nessas
tábuas; elas estão radioativas, têm um poder extraordinário aqui!" Aí se joga lá de cima, lá vem Moisés, tábua, lei, tudo, e vira farinha no pé do monte. Mesmo com as tábuas da lei na mão, tem que descer; a montanha é longa, descida longa. Davi foi enfrentar Golias, mas não foi vencer Golias, não; foi colher cinco pedras no ribeiro. Se preparou, levou o que achou melhor; treinava na sunga muitos anos e não errava. Acertou na testa, o cara caiu desmaiado. Ele foi lá com a espada, arrancou e decepou-lhe a cabeça, mas não ia dar mole. "Brincar?
Já derrubei, olha só, vamos fazer dele o nosso Gulliver de Israel!" Não, não se brinca com aquilo que é realidade natural. Jesus não chegou à beira da fonte de Jacó e falou: "A água, levanta-te, derrama-te dos meus lábios!" Aí subiu aquele jato de água e Jesus teria ficado assim, só lambendo aquela água caindo aqui, voltando lá para baixo no posto de Jacó. Esse quem? Não tinha uma mulher ali? Ele disse: "Será que tá para você baixar o balde, pegar um pouco de água e me dar de beber? Dá para você me dar de beber?" Tudo
que Jesus faz é assim; Ele não brinca com as leis da natureza. Aí você diz: "E quando Ele apazigua os ventos e ondas?" Para nós parece uma violência às leis da natureza, mas para Ele não; Ele lidava com dimensões da natureza que a física atual só está começando a arranhar agora e descobrir. Eu fico vendo os movimentos de Jesus comparando com a mecânica quântica e vejo que a mecânica quântica é a melhor metáfora que já existiu para a gente explicar como Jesus trabalhava as leis da natureza do íntimo da própria natureza, de dentro das partículas
subatômicas para fora. Ele enverga o espaço, o tempo e anda sobre as águas; Ele transforma a natureza intrínseca da matéria, água e vinho. Ele faz com que as partículas subatômicas se multipliquem, se multipliquem com o olhar d'Ele, como observador divino, olhando o pão e os peixes com gratidão, e os fenômenos da mecânica interior mais profunda, entrando no processo de ebuliência de matéria, sendo criada a ponto de alimentar mais de 5 mil pessoas de uma vez e mais de 4 mil pessoas de outra. Ou qualquer outra coisa que Ele faz, Ele não faz violentando, estuprando as
leis que Ele mesmo estabeleceu, porque tudo foi criado por meio d'Ele, nele e para Ele; são todas as coisas. Bendito seja o nome d'Ele eternamente. Amém! Ele nunca violou nada do que Ele fez. Quando Ele ressuscitou o morto, como Lázaro, que estava podre, Ele não violou nenhuma lei da criação; Ele fez apenas uma engenharia reversa biológica, psíquica e espiritual, mas de acordo com os mesmos parâmetros da criação. Ele faz a engenharia reversa e o homem tá vivo diante d'Ele. Ele não faz nada fora do que Ele mesmo estabeleceu; tudo foi criado por meio d'Ele, para
Ele e nele. Nós somos. Aí Ele diz: "Não tente ao Senhor, seu Deus!" Porque brincar de Bíblia como vocês fazem, como vocês são ensinados nas igrejas por aí, ouvem lá um versículo e o cara diz: "Tome posse!" Já não disseram para você: "Tome posse, tome posse!" E às vezes eu vejo o cara mandando você tomar posse da mesma coisa que o diabo tá mandando Jesus." Tomar posse aqui o que o diabo está dizendo é: Toma posse do Salmo 91, é teu! Olha só, dará ordens ao teu respeito; eles vão te guardar, eles vão te sustentar.
Tu não vais tropeçar, por isso pula daqui. É um suicídio, mas para ti não será. Toma posse! Aí você vai tomando posse de um monte de mentiras bíblicas, porque a Bíblia pode dizer todas as mentiras que você queira. Se ela não for lida a partir de Jesus, você vai consumir a largos olhos muito engano, muita mentira e muita palavra que não vai se cumprir, porque já está esgotada, já está caduca, já está em obsolescência, e a prática dela vai contra o que Jesus me mandou praticar, e como Jesus me ensinou a praticar a palavra viva
do seu Pai. Que prática foi aquela que me mandou praticar? E aí é só olhar para Ele que eu fico sabendo como viver. Agora, eu disse, eu já falei sobre essa tentação da última vez, só tô dando uma repassada. Eu falei muitas outras coisas na primeira vez nesta tentação, mas eu disse que faltava falar sobre esses aspectos vinculados às tentações do templo. As tentações do templo… você que vai entrando, vai botando o seu dedinho aí. Você que não é membro do canal, vá se inscrevendo e apertando o sininho. As tentações do templo, porque a primeira
tentação foi no deserto; não tinha ninguém vendo, era Jesus e o diabo. Como é que essa tentação ficou sabida? Porque Jesus contou aos seus discípulos e os discípulos contaram aos seus discípulos, e assim por diante. Mas essa aqui era uma tentação que podia ser vista. Ninguém que olhasse do pináculo do templo, aliás, do átrio do templo lá para cima, para o pináculo, como eu disse da última vez, veria o diabo, mas veria Jesus, um ser humano vestido de túnicas longas claras, no alto do pináculo. E muita gente deve ter perguntado: “O que que esse maluco
tá fazendo aí? Quem é ele?” Ninguém ainda conhecia direito em Israel, quase ninguém, além da família dele. “Que que esse cara tá fazendo aí? Meu Deus, será que ele tá desesperado? É uma tentativa de suicídio? Que é isso?” E depois eles viram Jesus simplesmente tomar o caminho da escada e aparecer lá embaixo; foi só o que a multidão viu. Agora, nós sabemos o que aconteceu e como havia uma multidão vendo o que o diabo propôs; foi um projeto de publicidade religiosa, de marketing religioso e de atalho religioso isso que ele estava propondo. Existe alguma coisa
contra publicidade de eventos, de cultos, de conferências, de congressos ou de pregações? Não, se forem sóbrias, verdadeiras, se forem sensatas no que anunciam e se não fizerem promessas para Deus ter que cumprir, de acordo com a estratégia de atração que o propagandista deseja consumar para atrair pessoas pela via do engano. Se não tiver nada disso, é legítimo. É legítimo! Quantas milhares de publicidades já não fizeram sobre pregações minhas nos últimos 50 anos, aqui no mundo inteiro? Eu já estive em lugares, na Europa, por exemplo, onde eu ia passando, vendo outdoors meus, daqueles outdoors europeus bonitos,
eletrônicos, convidando para ouvir a palavra do evangelho, sem nenhum problema. Aqui no Brasil, para todo lado, durante décadas e décadas, a minha vida era totalmente diferente do que vocês que vivem hoje, são filhos dessa geração, conseguem sequer imaginar como era. Agora, eu nunca permiti nenhuma publicidade mentirosa. E as duas ou três publicidades mentirosas que eu cheguei no lugar e vi que tinham feito, eu mandei arrancar na hora. Eu saí do aeroporto, olhei e a pessoa toda alegre: “Olha, enchemos a cidade disso aqui!” Numa delas, que foi uma coisa patética, foi um pastor presbiteriano que faz
qualquer negócio para aparecer. Eu conheço há uns 45 anos, mais ou menos, e é muito bem-humorado, mas assim, capaz de umas safadezas, de umas faltas de ética totais. Ele encheu a cidade, onde ele era pastor e onde eu estava indo pregar no ginásio de esportes, da seguinte mensagem nos outdoors: “Venha ouvir Fábio Júnior convertido!” No auge do Fábio Júnior, eu ainda morava em Manaus, no Amazonas. Aí eu saio, eu vejo aquilo ali: “Venha ouvir Fábio Júnior!” Ele não tinha nem foto, deliberadamente, para o pessoal ficar pensando que era o Fábio Júnior, o cantor, que depois
veio a ser marido da minha querida amiga, irmã Glória Pires, pai da Cleo, que a minha querida também, naquele auge dele, nas novelas ou como cantor. E foi um bocado de gente ao ginásio. Quando chegou lá, eu, que já tinha mandado arrancar tudo, eu não quero nada aqui, mas não vai dar tempo. Eu digo: “Não faz mal. Mesmo que seja durante a reunião, vai arrancando, porque eu vou pregar três dias e não vou deixar essa mentira ficar no ar três dias!” E aí, no primeiro dia, que estava entupido de gente, eu, desconfiado, claro, de que
muita gente tinha ido ali para ver o Fábio Júnior, falei: “Olha, quando eu cheguei hoje aqui, foi a primeira coisa que eu disse do microfone. Eu fiz surpreendido com uma mentira, com subterfúgio, como as publicidades dúbias, ambivalentes, enganosas, que não têm nada a ver com o espírito de Jesus." E desci, chega os caras lá atrás de mim, uns cinco olhando. Eu digo: “Eu não sou assim. Se você veio aqui pensando que estaria o Fábio Júnior, foi uma propaganda que eu não sabia. Porque se eu tivesse sabido, eu não teria permitido. Eu odeio mentira; a minha
vida é contra mentira. Isso aí é uma mentira. Então, eu quero deixar vocês irem embora! Quem veio ouvir o testemunho do Fábio Júnior, vá para casa!” Aí saíram uns pouquinhos, a maioria ficou tão intrigada com o fato de que, quanto tivesse ido lá por causa da propaganda do Fábio Júnior, ficaram intrigadas para ver quem... Era esse Fábio que não era Fábio Júnior. Era Caio Fábio de Araújo Filho, não Júnior. Se alguém me chamar de Fábio, eu não atendo; eu só me reconheço em Caio, no máximo Caio Fábio, mas Fábio eu passo direto. Eu nunca me
acostumei; esse nome não é o meu. O meu é um nome composto: Caio Fábio. E ficaram, e ouviram, e voltaram, e centenas e centenas fizeram decisões por Jesus. Mas essa publicidade do tempo te mascara, que usa textos, promessas, que fala em nome de Deus. O que Deus fará na quinta? O que Deus fará na sexta? O que Deus fará no sábado? O que Deus fará no domingo? Ainda diz até o que será: "quinta, dia disso; sexta, dia daquilo". Você sabe do que eu estou dizendo? Tudo isso é Satanás no pináculo do templo, construindo outdoors mentirosos
para que as pessoas sejam atraídas pela mentira. E a grande atração para quem é o objeto da observação, como Jesus era ou seria lá no alto daquele pináculo, com eventualmente muita gente olhando para ver o que aconteceria. A expectativa desse indivíduo que não tem o evangelho de Cristo como raiz absoluta no seu coração, na sua mente, no seu entendimento é dizer: "Bom, já que tem tanta gente, eu vou apostar, eu vou declarar e vou pular." Aí declara, pula e se esborracha, se estrepa, se arrebenta e fica com ódio de Deus, virando ateu. Sem falar naqueles
outros que, estando lá embaixo, veem aquilo acontecer e dizem: "Meu Deus, eu não quero saber disso, nem dessa mensagem. Isso aí é coisa de doido." Porque é de doido mesmo! Mas a tentação das publicidades, da atratividade de multidões para os nossos templos ou lugares de reuniões, é uma coisa ensinada pelo diabo. Aqui usa a Escritura não conforme a palavra de Cristo, mas conforme a manipulação editada para atrair pessoas ingênuas, tolas, inconsequentes, desesperadas. E que não importa qual seja o resultado, pelo menos elas já estarão lá. O resto é com você; o nó que você vai
dar no Pingo d'Água é problema teu. Deus não tem nada a ver com isso; o teu negócio é atrair gente. Como eu já encontrei também muita gente que me dizia, e me diz ainda hoje, não faz muito tempo. Tem uns três anos, um pouco antes da pandemia. Um cara especialista em marketing, desses marketings, dos marqueteiros, dos grandes influenciadores, não cristãos e cristãos, me falou: "Ah, você é um desperdício, pastor Caio, porque você fica ensinando o evangelho, essa coisa séria da palavra. Meu Deus! Eu tenho pastor que eu trabalho a mídia dele. O cara não diz
nada; é só água com açúcar. Chega lá e diz: 'Deus é bom'. Não é bom, meus irmãos? É bom! Aleluia!" Então, irmão, aí vai naquele negócio de "é ou não é". O cara já tá com 3 milhões de seguidores, agora o senhor gasta isso tudo, bota sua alma para fora e tá aí, não chega a um milhão no YouTube e ainda vive recebendo punição, porque tem tanta gente que fica com raiva da verdade que o senhor diz: "Alivia um pouco, pastor; faz um pouco de jogo, não custa nada." Isso vai lhe dar um espectro extraordinário.
Mas eu sei de onde vem essa sugestão; eu não estou aqui para nada que não seja evangelho de Jesus puro e simples. Quem ouviu, ouviu; quem não ouviu, tá perdendo tempo, porque eu sei que o que eu digo aqui faria diferença na vida de reis, de príncipes, de autoridades, de magistrados, de juízes, de cientistas, de pensadores, de filósofos. Eu sei, e não é arrogância minha; não é certeza absoluta de que o significado dessa palavra do evangelho que sai da minha boca, porque sai antes da boca de Deus, é irrespondível, inretorquível, é irretocável. É verdade absoluta,
faz bem real ao coração das pessoas, tão logo se abram minimamente para colher, vão experimentando benefício, inequivocamente. Inequivocamente! Mas a tentação do templo, das publicidades falsas, dos marketings mentirosos, tanto marketing mentiroso, cheio de jogo, jogo, jogo, tem gente que chega para mim e me propõe: "Vamos fazer um jogo. É que o teu marketing não tem jogo. Você só diz o que vai oferecer e oferece." Não pode! A gente tem que fazer jogo, jogo, jogo. Tem que prender esse pessoal; tem que botar dentro de um circo, tem que jogar tarrafa de modo que o cara não
saia mais dali. Para isso, o senhor vai ter que cometer algumas violências antes; vai ter que dizer umas coisas que a gente sabe que o senhor não gosta de dizer, mas diga. Depois você vai consertando. Eu digo: "Não! Eu vim ao mundo para dar testemunho da Verdade e para não ir consertando nada. Se possível, eu não quero ter que consertar nada, porque tenha falado sempre a verdade." Como se disse acerca de João Batista no Evangelho de João: "Quando se afirma: 'João, na verdade, não fez nenhum sinal', porquanto tudo quanto ele disse acerca de Jesus era
a verdade." Essa é a grande aspiração da minha vida. Se o senhor quiser me usar para milagres, como já usou, como eu já vi tantos sinais, prodígios e maravilhas, mas essa nunca foi a minha ênfase. Acontece porque Deus está presente, porque o evangelho está presente e, meramente pela palavra, coisas dessa natureza acontecem. Estão acontecendo agora, e eu vou ouvir esses testemunhos, como eu ouço sempre. Mas é meramente pela palavra e pela palavra de Jesus, a qual eu não quero retocar jamais. Não quero dela tirar nada; não quero ela acrescentar coisa alguma; ela é suficiente, plena
e basta. E produz tudo quanto é vontade de Deus em termos de planificação do significado da vida humana. Agora, o marketing que tá proposto é uma falsificação mentirosa. Saiu aí alguém, me mandou, eu não a mim, na gargalhada. Mandaram para minha mulher, alguém assim com um certo pudor mandou. Nem disse qual era. O nome dele ele só disse: "Olha, eu estou escrevendo para você, irmã Adriana, porque eu não quero magoar o Reverendo Caio, mas esse anúncio aqui está saindo na internet. É de um grupo lá de Salvador que tá veiculando. Era um videozinho onde tinha
aquele convite para o encontro da Fraternidade do Evangelho lá na Igreja Batista de Marapendi, na Barra da Tijuca, agora no mês passado, para o qual eu fui. Era um convite fechado, era um evento só para pessoas, pastores e líderes que pagassem para participar do evento pago, porque tinha que comer, beber, levar os que iam falar e tudo mais. Então, por isso, havia um valor mínimo. E aí fizeram um membro lá nosso da Fraternidade filmou no sábado de manhã, na hora que tava todo mundo chegando, ainda tomando café lá fora. Na cantina, tinha só umas 15,
20 pessoas lá dentro. E eu tava sentadinho, e o Kleber Lucas tocando louvor, esperando a moçada chegar. Era eu que, inclusive, iria pregar, e depois teríamos a ceia. Eu falava quieto, como eu faço sempre, ficando quieto no meu canto, esperando. E aí ele filmou, falou que era o nosso evento e tal, que outros estavam chegando. O pessoal montou, editou lá na Bahia e falou: "Olha só, Cléber, Caio Fábio e Kleber Lucas passam vergonha em evento, foi para o qual só foram 10 pessoas." Aí, rindo lá, o pessoal. Aí eu li aqui, vi aquilo, Adriano me
mostrou. Aí eu falei: "Ela disse, o que que eu respondo?" Eu falei: "Ah, nada, meu amor, que que eu tenho a responder? Eu já tava ali no lucro. Jesus disse que onde há dois ou três em meu nome, eu já tô no meio deles." Tinha gente demais, foram 70 pastores para lá durante aqueles dias, talvez mais gente ainda, porque nem todo mundo foi em todas as sessões. Mas eu não tô preocupado. Eu podia estar sozinho ou no auditório ainda seria o melhor possível, eu e o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Então, eu nunca
me orientei por isso. Aí descobri quem era a pessoa, pedi para ela dizer para ele não se preocupar, porque eu não avaliava a graça de Deus por quantidade de pessoas, mas pela qualidade da palavra e do coração das pessoas. Mas vocês vejam como marketing é todo indutor de gente, de multidões. Se não tiver multidões, tem alguma coisa errada. E eles dizem para você que é unção de Deus. Se foi. Agora, se você fizer o marketing mais mentiroso do mundo e arranjar a programação mais esquisita e perversa, com gente que de Deus não tem nada, mas
canta e nos gostar e atrás pessoas, e foram, alguém pregue uma mensagem horrorosa. E todo mundo mata muita palma, porque faz parte do processo: "Deus está presente, a unção do Senhor está ali." E é mais gente pulando em cima da palavra mentirosa e se arrebentando. Com o passar do tempo, vão se tornar pasta no átrio do templo. Eu já vivi demais para ver que dura 10, 20 anos, 30 anos, aí, queda dura; 40 anos e pouco, arrebenta. E tem alguns aí que estão já na iminência de se arrebentar e não notam que estão. E eu
olho e digo: "Meu Deus! Se pelo menos eles dessem ouvidos, eu diria para pararem, porque já puseram o pé para além do abismo. O próximo passo já é no vácuo da morte. Cuidado! Cuidado!" E se você tem alguém que gostaria que eu visse isso, fale sobre essas tentações do pináculo do templo, esses atalhos. "Isso é mais rápido! Você não precisa se dar tanto, viajar tanto, queimar a vela pelos dois lados, pregar, pregar, ouvir, ouvir, atender, aconselhar, ter paciência." Não importa. Isso tem gente que fica chocada quando eu vou lançar um livro. Acabei de pregar, vou
lançar um livro depois da pregação, que já acaba, aí, umas 9:30, e às vezes eu fico até meia-noite, meia-noite e meia, uma hora, uma e meia da manhã, até a última pessoinha que vem com aquele livro para eu assinar chegue para eu assinar. E Silas é enorme! Tem gente que diz: "Como é que você aguenta, meu irmão? Imprime um carimbo, faz qualquer negócio assim antes, bota só o nome aqui, qualquer negócio. Mas isso mata um!" "Ele vão se matar! Se eu já estaria morto há muitos anos." Porque assim que eu vivo. Enquanto eu tiver força,
eu vou ouvir quem precisa, eu vou conversar com quem precisa, eu vou andar pelo caminho que é o meu caminho, onde Deus dará ordens a seus anjos a meu respeito, para que me guardem em todos os meus caminhos humanos, escolhidos segundo o mandamento do amor, da graça, da verdade, da justiça de Deus. E aí, essa tentação de satanás a Jesus, do pináculo do templo, citando Salmo 91, é também a tentação das falsas impressões. A pessoa cita a Bíblia, cita. Aí você diz: "Não, eu fui, eu vou voltar." Porque ele cita a Bíblia, ele cita toda
hora; ele cita uma parte da Bíblia. E aí, para você dizer para aquela pessoa que citar a Bíblia não significa nada... E, meu Deus, quantas vezes eu, com gente de mais intimidade, já tive que dizer: "Desputa isso aí que você me trouxe, que você disse que foi uma pregação abençoada, é uma mentira da primeira fala até a conclusão." Mas pastor, ele citou a Bíblia 15 vezes! Eu digo: "Fora do contexto, construindo uma mentira por pretexto." Olha, no final, qual foi o resultado? Qual foi o apelo? O que ele arrancou de vocês? Fez tudo. Foi feito
para arrancar com força isso daí de dentro da tua alma, mas é tudo mentira, tudo mentira. "Não tentarás ao Senhor teu Deus." Anda pelo teu caminho, gaste o tempo necessário, não se apresse em nada. O Espírito Santo faz as coisas acontecerem. É ele que imprime velocidade; é ele que realiza tanto. Querer quanto estabelece o realizar, o acontecer destituído dele. Eu posso fazer o que eu queira. Um ateu pode organizar uma cruzada de evangelização e, durante a noite, ele pode fazer uma fila de garotas de programa que ele coma a noite inteira. E, no dia seguinte,
ele vai lá e prega a mensagem do Evangelho. Como eu já fiquei sabendo, eu já vi de vários, e no dia seguinte você chega e fica sabendo que o cara botou três garotas de programa com ele. O pregador transou a noite inteira e, no dia seguinte, ele tava: "Oh, glória em nome de Jesus!" E cantores: "Meu Deus, quanto posso cheirado! Quanta meta, anfetamina! Quanto programa de promiscuidade realizado com a grana, com os cachês, em nome de Jesus!" No dia seguinte, tá tudo lotado, vazio de Cristo, vazio de Jesus, vazio do Espírito Santo, vazio de Deus.
Tudo carne, tudo gritaria, tudo como lata que bate, como símbolo que retine. Sem amor, sem verdade, de nada aproveita, nada aproveita. Agora tem muita gente aqui que, na ignorância ou nem tanto, tem vivido tentando ao Senhor nosso Deus. Senhor, por favor, eu te peço que o complemento dessa palavra que eu disse aqui hoje venha e faça bem. Faça bem aos que estão aqui e faça bem aos que chegaram agora. Faça bem, acho que virão depois. Faça bem a todo aquele que a veja e a ouça em qualquer fase da vida, em qualquer lugar, tempo e
hora. Eu geração, porque essa palavra não muda e a razão dela não será alterada, e a verdade dela não precisará jamais ser atualizada, porque ela é perene. É palavra de Deus, é palavra de Jesus. Em teu nome, Senhor, Amém e amém.