Direção Espiritual: A importância do perdão

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Padre Paulo Ricardo
A reação do homem às ofensas sofridas passa por vários estágios: negação, ira, culpa, barganha… a ma...
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Gostaríamos hoje de falar sobre uma tema muito importante para o progresso da vida espiritual, o perdão. Ou seja, como é que nós podemos fazer para perdoar as pessoas? Por que é que isso é tão importante para o progresso da vida espiritual?
Porque o perdão envolve o amor e se a pessoa não libera o perdão, se a pessoa não concede o perdão, ela fica praticamente amarrada na sua capacidade de amar. Vejam, em que consiste realmente o perdão? O perdão é uma realidade espiritual, mas esta realidade espiritual ela está envolvida com uma série de coisas que fazem parte do nosso mundo animal e espiritual, ou seja, do composto que é o homem de corpo e alma.
Ou seja, interfere na nossa vida psíquica. Por isso que é tão difícil de perdoar. Por quê?
Porque nós não somos anjos. Nós não somos animais. Nós somos este composto, corpo e alma.
Isso quer dizer que por causa do pecado original, existe uma tendência em nós de interpretar o mundo que está ao nosso redor como agressivo, como agressor. Essa é uma das primeiras consequências do pecado original. Veja, quando a serpente no paraíso tentou Adão e Eva, ela colocou no coração do homem que Deus era uma espécie de inimigo do ser humano, ou seja, Deus proibiu você de comer essa fruta?
Ah, Deus está querendo atrapalhar a felicidade de vocês. É que se vocês comerem essa fruta é que vocês serão como Deus. E então, a partir dali, o ser humano, ao comer a fruta pecou e começa a olhar Deus como seu inimigo.
Isso quer dizer que, de alguma forma, quando nós somos colocados no pecado original, o nosso olhar, a gente quando vê as coisas, nós temos uma tendência de ver inimizade, inimigos em todos os lugares e em todas as coisas. O nosso olhar está viciado, o nosso olhar está doente. E é exatamente essa desordem espiritual que cria a dificuldade do perdão, ou seja, nós não somente olhamos para Deus como nosso inimigo e nos escondemos atrás do arbusto, temos medo de amar Deus, temos medo de nos doar a ele, mas temos medo de amar de uma forma geral.
Ou seja, nós com o pecado original, temos uma tendência de fazer com que o amor seja uma espécie de comércio, uma espécie de utilidade. Eu amo, mas eu tenho que ter uma vantagem nisso tudo. Então logo eu vejo que está acontecendo alguma injustiça, ou seja, alguma pessoa está se aproveitando de mim, então eu retenho o amor e tenho medo de amar.
E é por isso que a gente então tem dificuldade de perdoar. Esse composto, corpo e alma, que está doente, pode ser analisado e até analisado cientificamente. Existe uma famosa psicóloga que nasceu na Alemanha e depois foi naturalizada nos Estados Unidos, chamada Elisabeth Kübler-Ross e ela analisou este olhar humano doente que fica ferido.
Como é que nós psiquicamente falando, reagimos diante de uma dor, diante de uma ferida espiritual. A Elisabeth Kübler-Ross chegou à conclusão disso tudo analisando doentes terminais em hospitais, ela analisava como é que a pessoa reagia diante da primeira notícia de que "você vai morrer". A pessoa reage e ela começou a notar, analisando cientificamente, estatisticamente, cada paciente que havia um processo que era quase qua automático.
As pessoas iam passando por estas fases até que finalmente elas ficavam em paz com a notícia de que iam morrer. Aí depois, como ela acompanhava pessoas na clínica também, ela começou a ver que lá na clínica, as pessoas quando estavam diante do trauma de alguém que acabou de morrer ou de uma situação de divórcio ou de uma mágoa, algum perdão, as pessoas, interessantemente, passavam pelo mesmo processo. Então ela começou a ver que nesses seus estudos, tanto no hospital com doentes terminais, quanto na clínica, que havia uma espécie de mecanismo natural da cura da ferida psíquica, ou seja, um caminho natural para o perdão.
Então, a Elisabeth Kübler-Ross notou o seguinte: quando você é ofendido, alguém vai e magoa você, a primeira reação é a negação, ou seja, a pessoa, até mesmo pela sua soberba do pecado original, vejam, eu vou aqui comentar as descobertas da psicóloga, mas evidente que eu vou colocar os dados espirituais pra você conseguir adaptar pra nossa vida espiritual. Só vou utlizar o conhecimento que ela adquiriu, mas vou trazer parao mundo da direção espiritual. Quando você é magoado, uma pessoa te ofende, comete uma injustiça, qual é a primeira reação?
A reação da soberba, a soberba que diz não, não me atingiu, sou um super-homem, sou um anjo, eu sou um deus. Ou seja, a pessoa me ofendeu, o que vem de baixo não me atinge, eu não fiquei ferido. Esta realidade pode ser mais pecaminosa, em termos de soberba, ou menos pecaminosa, no sentido de que é simplesmente um impacto que você ainda não absorveu.
Um exemplo claro, quando acaba de morrer uma pessoa da sua família, você fica olhando para aquele caixão e você acha que aquilo é como se fosse uma espécie de cinema que você está assistindo, aquilo não pode ser verdade, porque é necessário virtude para você cravar os pés na realidade. A primeira reação é uma espécie de mecanismo de autodefesa, não necessariamente pecaminoso, não necessariamente soberbo, mas existe essa falta de contato com o real. É necessário virtude para ir para a realidade, mas a reação das pessoas diante do trauma, geralmente não é virtuosa.
A Elisabeth Kübler-Ross notou que há uma segunda fase. A segunda fase é a fase da raiva, da ira, ou seja, essa realidade irascível onde eu vou procurar um bode espiatório. Eu fui ofendido, alguém é culpado.
Está doendo, alguém causou esta dor, quer esse bode expiatório seja real, ou seja, de fato, quem matou a pessoa que eu amo foi fulano e eu sei disso, quer seja uma realidade de ódio fictício, por exemplo, meu pai morreu, eu estou com raiva da minha mãe porque ela é que não cuidou dele. Nada disso. Tem nada a ver, mas você cria esse bode expiatório.
Então, a raiva pode ser simplesmente sintoma de que a pessoa tem uma noção de justiça oua raiva pode ser simplesmente uma reação quase que alucinada, criando um falso algoz, um falso culpado. Aqui, nós precisamos estar bem atentos, no momento de nós passarmos por estes traumas. Quando surge a raiva, qual é a sua primeira reação?
Bom, a primeira reação sua é entender o seguinte: eu estou tendo raiva, se existe raiva dentro de mim, a raiva foi criada por Deus, então ela deve ser uma coisa boa, mas ela precisa ir para o objeto correto. Eu preciso ter raiva das coisas certas. A raiva que Deus me deu é para que eu tenha raiva do demônio, que tenta e faz o pecado, e raiva do pecado em si.
E não do irmão, aqui que está o caminho espiritual para você compreender o que é que precisa realmente ser feito para que você perdoe. Você precisa ter raiva do objeto correto. Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, ele coloca com toda clareza essa realidade.
Na questão n. 25, artigo n. 06, ele comenta um versículo do salmo que diz assim: "Perfecto odio oderam illos", eu os odiei com um ódio perfeito.
E Santo Tomás comenta dizendo assim, olha, se você ama uma pessoa, faz parte integrante deste amor o ódio contra o mal que destrói essa pessoa. Então, se você ama um pecador é importante que você saiba, até mesmo para amar o pecador você precisa odiar o pecado dele, porque o pecado dele o destrói. Então aqui a raiva, ela precisa ser realmente utilizada de uma forma produtiva porque a raiva não é ruim.
A raiva é uma coisa boa quando é usada contra o pecado e contra o demônio. Ela só é ruim quando é usada contra o irmão. Então, no processo de perdão, qual é a tendência dos cristãos?
Ah, já que ter raiva é ruim, então eu não vou ter raiva, então eu vou sufocar essa raiva e a pessoa nunca sai da fase da negação. Fica aquela coisa incruada ali. Você vê que tem alguma coisa não resolvida, mas a pessoa nunca vai pra frente, porque ela não teve raiva daquilo que precisava ter raiva, que era do pecado.
Então, se você quer ir para a frente no processo de perdão você realmente precisa ter raiva, mas não da pessoa que causou aquilo, do pecado que ela supostamente cometeu ou do demônio que seduziu e provocou aquela situação. Tenha ódio da morte, do demônio, do pecado, mas não do irmão. Bom, uma vez que você passou por este período de raiva, a Elisabeth Kübler-Ross notou que muitas vezes existe realmente uma parte de culpa.
Então, essa terceira fase é também importante, mas também ela pode ser doente. Ou seja, diante das situações que acontecem na vida, pode ser que você tenha uma culpa irracional. Seu pai morreu.
Inicialmente você teve raiva da sua mãe porque ela não cuidou do seu pai, sei lá o que, etc e tal. , mas lá pelas tantas, você começa a dizer, mas eu também sou culpado, porque se eu tivesse sido um bom filho. .
. Ou então, sei lá o seu marido traiu você. Você tem uma raiva furibunda dele, etc.
e tal. tudo bem, procure trabalhar essa raiva, não tenha dele, tenha raiva do pecado, tenha raiva do demônio, etc. , mas lá pelas tantas vem aquela culpa e diz assim, é mas eu também não fui uma boa esposa.
. . .
É interessante isso que muitas mulheres quando o marido as trai, elas têm uma crise imensa de baixa auto-estima em que elas começam a se achar feias, começam a achar defeitos em si mesmas, e a achar que se elas estivessem sido perfeitas o marido não tinha traído. Mas também essa culpa é doente. Como é que a gente precisa trabalhar a culpa?
Bom, para trabalhar a culpa eu preciso compreender que, na realidade, esta culpa deve ser iluminada pela verdade extraordinária do perdão e da misericórdia de Deus. Vamos lembrar como é que é o amor, o círculo virtuoso do amor. O círculo virtuoso do amor consiste no fato de que Deus me amou por primeiro.
Então, Deus me ama, então eu me amo e por isso eu posso me dar de presente para o meu próximo, me dando no amor. O perdão é uma forma sublime de caridade. Nós estamos falando aqui de amor, perdoar é amar.
amar o inimigo, amar aquele que me ofendeu. . .
e eu posso e devo fazê-lo por amor a Deus. E fechou o ciclo. Se você quiser ver a explicação desse ciclo de forma mais detalhada é só acessar o nosso programa "Direção Espiritual", a respeito da dificuldade de amar.
Muito bem. Veja, você quer dar o seu amor ao próximo. Veja que de alguma forma nós estamos quase que retrocedendo no ciclo, você começa com a raiva, tá tudo focado nele.
Daqui a pouco você começa a sentir culpa e aí está tudo focado em você, pois bem, pra você sair dessa situação depressiva, você precisa agora se focar em Deus e compreender que Deus perdoou você. É aqui que está também a chave do perdão. A chave do perdão para com o próximo é o perdão que Deus nos deu.
Quantas e quantas vezes a pessoa vem no confessionário, na direção espiritual, reclamando tremendamente dizendo: "Padre, fulano fez isso comigo, depois de tantos anos de dedicação, depois de tanta coisa, que ingratidão, como que. . .
". Peralá, calma, calma, calma, você está fixado: você-ele, você-ele, você-ele, você fica nessa luta psíquica. .
você tem que sair disso. Saia dessa luta psíquica e o jeito de sair dessa luta psíquica é você completar o ciclo e colocar Deus. Você tem que entender o seguinte: é verdade que ele ofendeu você, mas você também ofendeu Deus.
É verdade que você deve perdoá-lo porque você recebeu um perdão abundante de Deus. Então, na realidade, a pessoa que não consegue liberar o perdão, a pessoa que não consegue dar o perdão ao outro, é uma pessoa que, na verdade, está esquecida de sua condição de pecador perdoado. Eu fui perdoado de uma ofensa infinita contra Deus: o meu pecado.
Sei lá, uma esposa que não consegue perdoar o marido, mas, minha senhora, depois de tudo que a senhora fez contra Deus? Não, mas eu nunca fui adúltera como ele. Tudo bem, não foi adúltera, mas você pode sinceramente dizer que não tem falta contra Deus?
Que nunca ofendeu a Deus? Ora, as nossas ofensas contra Deus, elas têm um valor infinito, por quê? Porque a ofensa ela é medida em proporção à honra da pessoa ofendida.
Se eu ofendo um criminoso, xingando a ele, tudo bem, estou pecando, mas ele é um criminoso. Se eu ofendo a minha mãe, é uma ofensa bem maior e se eu ofendo a Virgem Maria, nossa, é uma ofensa então, foi muito, desmesuradamente maior. E se eu ofendo a Deus, então?
Aí a ofensa é infinita. Por causa da dignidade infinita daquele que foi ofendido. Então, veja, você custou o sangue de Deus na Cruz.
Deus morreu por você. E ele perdoou você. Então, por que não perdoar o próximo?
Aqui é importante a gente compreender uma coisa e Santo Tomás deixa isso muito claro quando a gente fala de perdão, nós estamos falando de duas coisas diferentes. Uma coisa é o perdão que eu posso e devo dar ao próximo; outra coisa é o perdão do pecado que somente Deus pode fazer. Veja, você, vamos supor, o João matou seu filho.
Você pode perdoar o João, mas o João não está perdoado do seu pecado. Esse pecado só pode ser dado por Deus. E Santo Tomás trata do perdão que eu devo dar ao próximo na segunda parte da Suma Teológica que é quando ele trata das virtudes, na Secunda secundae, na segunda sessão da segunda parte, é que ele trata deste perdão aqui.
Mas este perdão aqui, que Deus dá, ele trata na terceira parte, quando trata do sacramento. Porque, do sacramento do perdão, porque Deus é quem perdoa. Então, Santo Tomás deixa com toda clareza que o perdão brota da cruz de Cristo, o perdão dos pecados, e que Deus, somente ele pode perdoar, mas ele, de forma maravilhosa, extraordinária, fez com que os apóstolose seus sucessores fossem ministros desse perdão através do sacramento da confissão.
Então, aqui, a gente precisa se dar conta dessa realidade, que eu devo perdoar o meu próximo, mas enquanto isso, esse próximo precisa realmente receber um perdão que vem de Deus. Então, não basta você agora ter de Deus, perdão, ter o pecado para com o próximo, ele precisa ir lá se confessar também, se ele pecou. Não é isso?
Bom, voltemos ao que está sendo explicado: se você está com dificuldade de perdoar, você está com um problema de memória. Sim, porque existe uma doença na memória. Você está lembrando, fixado, nessas duas coisas, você tem uma coisa que é.
. . os gregos chamam de "mnesekakia", ou seja, eu lembro o mal.
Kakós quer dizer mal, mnesekakia, quer dizer que só lembra maldade. É a famosa memória de elefante, o elefante, pelos menos, não sei se é verdade, mas a lenda diz que o elefante, você faz uma maldade contra ele, quando ele é criança, 50 anos de depois ele encontra você, ele vai lá contra você e mata você. O elefante não perdoa, ele tem uma mnesekakia, ele tem uma recordação do mal.
Você tem um problema de memória se você não está conseguindo perdoar. Qual é o problema de memória? O problema de memória é que você está lembrando somente da raiva do outro, daquilo que ele fez, ou então você está lembrando somente o seu pecado, mas você não está se recordando daquilo que é o perdão de Deus na Cruz.
E então, o perdão de Deus da Cruz, que é dado a você, transborda para o outro. A Elisabeth Kübler-Ross contina essa lista e notou que uma vez que passaram essas fases aqui, em que, na verdade, eu estou tomado pelas paixões, pelos sentimentos, começa a haver uma espécie de negociação, barganha. E você começa a notar que você começa a colocar condições: "se, fulano, fizer isso.
. . então eu perdôo"; "se acontecer aquilo.
. . então eu perdoo".
Bom, Acontece que estas condições que você coloca nessa frase, elas depois não precisam ser verificadas, porque na quinta fase o perdão é dado sem condições. Isso que é bonito. Ou seja, você começa a dizer, bom, sei lá, seu pai morreu.
Você olha o caixão e diz assim: "não, eu não fui atingido, eu vou superar isso. . .
", aí daqui a pouco você começa a ter raiva da sua mãe ou começa a ter raiva do médico ou começa a ter raiva de Deus porque o seu pai morreu. Fica aquele ódio, aquela coisa irracional. Quando você passa por isso, depois você passa para a culpa.
Vejam que essas fases são muito dinâmicas porque às vezes, a pessoa passa para a culpa e depois volta para a raiva, volta para a negaçã, vai para cima, vai para baixo, e às vezes está vivendo todas elas ao mesmo tempo. mas ele vai pingando de uma para a outra. Mas quando ele passa pela questão da raiva, logo em seguida ele começa a dizer, "mas eu também poderia ter sido um filho melhor"; na fase da negociação ele começa a dizer "se.
. . " De quem que eu tive raiva?
Da minha mãe? Então, "se ela fizer tal coisa, eu perdoo". Eu tive raiva do médico?
Bom, "se esse médico for pra cadeia, eu perdoo" ou então, se você teve raiva de Deus? Bom, "se Deus abençoar a minha mãe e ela não ficar também doente com a mesma doença, então eu perdoo". Só que essa negociação, ela é uma fase simplesmente de quem não quer liberar o perdão gratuitamente.
A verdade é que o perdão verdadeiro é gratuito porque ele brota de Deus. Eu estou explicando pra você com recursos de um estudo psicológico uma realidade que nós cristãos sabemos é verdadeiramente sobrenatural. Sim, sobrenatural.
É importante que você saiba disso. Sobrenatural porque ninguém pode amar se não receber essa graça de Deus. Peça a graça de perdoar.
Peça a graça de amar, então, assim, você consegue. Se você realmente entender que você está nesta luta para perdoar, mas faz parte da direção espiritual você compreender o seguinte: esse processo de perdão pode acontecer nas pessoas pagãs, que não têm espiritualidade somente como uma cura psíquica. Mas, para nós, cristãos, acontece algo a mais.
Por quê? Porque ao invés de entrar numa luta psíquica, onde a todo momento você está brigando com aquela pessoa da qual você teve raiva, nós precisamos entrar numa luta espiritual. E a luta espiritual aqui inclui este interlocutor que é Deus.
Se você está precisando perdoar e você começa notar que o tempo todo você está brigando com a pessoa aqui na sua cabeça, saiba: você está gastando energia a toa. Essa luta psíquica só vai consumir você. Você precisa, na verdade, dar um passo, que é incluir Deus como parceiro desse diálogo, você precisa de luta espiritual, ou seja, a palavra ágon, agonia de Jesus no Horto das Oliveiras, "Pai, afasta de mim esse cálice, mas não seja feita a minha, mas a tua vontade", ou seja, esse dobrar a sua vontade diante do Deus que infinitamente ama e perdoa você, você se dobra e ama e faz a vontade Dele.
Isso é uma graça que acontece na vida de oração. Isso é uma graça que acontece quando você não tem lá a memória das coisas ruins, mnesekakia, mas você tem a memória doce e confortadora do amor de Deus por você. Na verdade, não perdoa aqueles que não se recordam o quanto foram perdoados e não libera o perdão aquele que não enxerga que foi também libertado.
Então, meu irmão, minha irmã, coragem. Entre nessa luta espiritual. Dê o perdão, faz parte de uma realidade básica do cristianismo: "bem aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia", Mateus, capítulo 5, as bem aventuraças.
"Sede misericordiosos como seu pai celeste é misericordioso", Lucas, capítulo 6, mas também Jesus que em tudo é modelo para nós subiu o patíbulo da cruz rezando por nós. E dizendo, "Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem". Diante do inocente, que a todos perdoou, como não amá-lo perdoando o irmão e então encontramos a verdadeira razão do perdão.
A verdadeira razão do perdão é que neste próximo que eu irei perdoar, eu encontro um trampolin para pode amar Deus. Por causa daquele que me perdoou, eu irei perdoar. Pode ser que a pessoa a quem eu estou perdoando não mereça, mas Aquele que morreu na Cruz certamente o merece.
Deus abençoe você e lhe conceda o dom do perdão.
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