E [Música] obrigado por terem e se privado do Sol manifestação de fidelidade evidente eu e o meu agradecimento é tanto mais efusivo que o tema é complexo e o tempo é de fato é um dos piores enroscos que nós teremos por enfrentar e afinal de contas Quando você vai falar de beleza e tem sempre a Natália do Vale e para dar como exemplo e na hora de falar do tempo e o nível de abstração sobe Isso é óbvio sim mas e aí que a gente observa o talento docente a e é isso que me se
atemoriza bom então vamos direto ao assunto e eu começo mostrando que a preocupação com o tempo ela é mais antiga que a filosofia bom e como temos feito Vamos mostrar que o tempo já é uma preocupação da mitologia a espécie de saber que como sabem antecedeu o pensamento filosófico E aí lá na teogonia e vocês se lembraram que o primeiro Deus que se apresenta não é que não é que surja porque são eternos é caos caos é precipício a queda quem é e não é queda que termine causa queda sem fim bom então é claro
eu espero que perceba nessa primeira geração de deuses nenhum deles é representável por uma figura humana a gente está acostumado a fazer essa representação que nos facilita muito mais caos não é possível causa é um precipício sem fim e é sem luz e é sem calor é úmido risco é medonho causando assim a representação e eu devo lhe confessar que quando aquele avião da Air France caiu ali perto do Rio Grande do Norte Aquilo me impressionou muito porque eu já fiz esse caminho muitas vezes e e eu fiquei agora já se sabe que isso levou
11 minutos para cair e é eu tenho são que causa um pouco isso viu ainda mais no escuro é só que o avião em algum momento caiu no mar no causa isso não acontece e o segundo Deus que se apresenta É Gaia e o que é que Gaia nos fornece nessa representação Gaia nos fornece um chão Então se antes a gente só caía com Gaia agora a gente se espatifa caindo É Gaia é o fim da queda propriamente né mas de qualquer maneira se tem Esse aspecto negativo o aspecto positivo de Gaia é que Gaia
é um lugar aonde podemos estar propriamente Gaia é a um lugar onde podemos nos apoiar onde podemos pisar então de certa forma existe com Gaia é uma preocupação de dar alguma estabilidade à existência de um lugar onde pisar eu não sei se eu vou insistir nisso toda vez eu falo mas eu nunca é demais quando você estuda mitologia não é para saber sobre os deuses que obviamente ou eu o supostamente nunca existiram desse jeito mas é para entender como é que as pessoas viajavam é o Imaginário das pessoas naquela época né E é claro que
é para compensar um Deus em queda livre Nada melhor do que um chão e então me parece muito normal que Gaia tenha surgido depois do Caos porque Gaia de certa forma interrompe uma queda angustiante essa ideia Olá boa o terceiro Deus que se apresenta é tártaro e tártaro os são os grotões de Gaia alguns equiparam ao inferno eu acho lamentável porque quando você pensa interno você pensa em Fogo incêndio e o e tártaro é o contrário é úmido a viscoso a lúgubre é eu acho que lembra muito mais caverna esses cara que gosto de entrar
em caverna debaixo do mar essas coisas tal é um pouco isso e a descrição é Clara né É o mesmo tempo que um objeto leva para cair é da onde quer que ele esteja em Gaia é o tempo que levará para chegar de Gaia a tártaro e não é para você calcular o usando a equação de Torricelli quanto é é para você imaginar que é longe tártaro é longe nos grotões de Gaia bom então eu não sei se você percebeu mas esses três primeiros Deuses eles não são propriamente é felizes né e por enquanto esses
três Deuses revelam uma concepção da existência lúgubre a e é o quarto Deus que vai começar a dar alguma Graça vida que Eros que a energia Vital aquilo que permite a tudo que viver propriamente né é a energia da planta energia do animal é a energia do homem eram os é propriamente aquilo que mantém as coisas vivas vivendo aquilo que permite a que as coisas vivam vivas possam viver só é esses quatro são os primeiros Deuses E aí logo em seguida aparece o nosso amigo Urano os romanos denominavam esse de Netuno é é muito interessante
né porque existe umas um certo paralelismo entre a mitologia grega né e os Deuses Romanos mas por enquanto ficamos com os gregos é e Urano ele surge na mitologia como uma espécie de membrana que cobre Gaia o verbo cobrir ele é usado na Veterinária É para indicar o coito entre animais o macho cobre a fêmea Essa é mesmo a ideia aqui é Urano cobra e Gaia EA sua única e interruptamente não sei se me entende é é uma cópula é e como os deuses são eternos de certa maneira é tudo na divindade é eternidade então
orando não tá muito disposto a saída ali ele parece confortável ali e Gaia menos é gaia ia de certa forma engravidando e dando à luz de Urano mas não podia parar ir porque não tinha para onde é para ir Então na verdade Gaia faria para dentro o que é um paradoxo e tudo que Gaia Faria ficava dentro dela nos seus grotões e isso era Muito desconfortável para Gaia e para quem ganha Faria até que um dos seus filhos resolveu dar Gaia um descanso armar um esquema e o algum dia já me dispus a passar uma
tarde falando sobre deuses e já fiz isso com amigos e fomos até as três horas da manhã eles bebendo cerveja e eu iogurte e E à medida que eu fui falando eles foram entendendo cada vez melhor o meu relato impressionante eu fui melhorando a minha competência didática é no final Estavam todos dormindo e eu diarreico é mas é e todos os exemplos tem nitidamente a ver com a vida e e o que aconteceu foi que no final das contas é um dos filhos decidiu cá para Urano né e conseguiu tem até um relato lindo que
quem pega o pênis latejante espumante de Urano e joga no mar acaba fazendo com que esse esperma junto com a água do mar desce dessa junção suja Afrodite é muito interessante é muito interessante porém nós não temos tempo para isso o que aconteceu quando o capar Urano Urano sentiu dor e isso é deve imaginar por um sujeito é Popular com a terra ele não devia ter vodka para você pode imaginar as proporções de tudo né é o Urano sentiu o baque e ele levanta de cima de Gaia e levanta com tudo e vai parar aonde
ele está e aonde é que Urano está até hoje no céu por isso né curando é o céu e a professora quer dizer que antes o céu não ela no céu não né foi graças a essa astúcia foi graças a essa amputação peniana que Urano foi parar onde ele tá E hoje o céu é lugar de anjinhos representou uma coisa mudou né É tudo que não trepa mais é vai se abrigar né aonde familiar propriamente Essa é um pouco a ideia e o que que aconteceu a hora que o Urano vai parar aonde ele está
e abre-se um Delta um Delta e um espaço entre Gaia e Urano que é o espaço e na hora que surgiu o espaço surge a primeira condição material para a vida é por cima de Gaia própria mente e essa vida por cima de Gaia será Gaia será passará a ser habitada por Mortais e dentro dessa perspectiva surge junto com o espaço o tempo o tempo que é a condição a condição o quadro material de possibilidade de uma vida infinita que é a nossa Portanto o que somos somos de certa forma o resultado da amputação de
Urano né E é porque ele criou as possibilidades de uma vida na finitude no tempo e no espaço hora e é quem foi o artífice e foi um dos filhos de Gaia Cronos o peixe que depois virou cronômetro esse aqui Depois virou cronologia desde Depois virou cronograma é mesmo o Deus do tempo Cronos graças a Cronos a vida infinita foi possível surge a temporalidade graças a Cronos Gaia se libertou de Urano EA libertação de Gaia frente a Urano é a origem mitológica do nosso assunto espetacularmente introduzido nesses primeiros minutos de fala É bem a mitologia
abre espaço e o que é que elas nos ensina Professor o que que eu tiro daí de útil tirando é a possibilidade de falar de deuses e passar por ele dito é o que você tira daí é que na concepção e no Imaginário da época as pessoas já tinham uma noção de uma certa dualidade A dualidade entre o que é eterno antes de Cronos e o que é temporal depois de Cronos em outras palavras já na mitologia encontramos digamos a a plataforma o paradigma fundamental de todo o pensamento filosófico sobre o tempo a saber o
tempo é muito mais definível negativa do que positivamente o tempo no fundo é o que não é eternidade a definição é em grande medida tá otológica né porque porque o eterno eu tenho uma ideia do que seja o tempo é muito mais difícil mas meus problemas acabaram é tempo aquilo que não é eternidade é o fez aí o primeiro passo um passo fundador e um passo que de certa forma vai ser muito respeitado pelos filósofos até hoje propriamente bem começamos é onde a gente sempre começa e vamos começar com Platão venha comigo a trajetória longa
São muitos os degraus e eu espero que você tenha distintas concepções de tempo para sair daqui tão confuso quanto costuma sair normalmente e o que é que Dirá Platão sobre o tempo muito rapidamente isso é muito coerente com o platonismo de uma maneira geral o que que nós já já aprendemos de Platão vocês já são doutores mesmo Platão é um dualista existem portanto Dois Mundos no primeiro momento o mundo das coisas sensíveis que tá dentro da caverna que tem sombras e essas sombras são transitórias fugazes e ilusórias E por quê Porque dentro da caverna não
há nenhum tipo de realidade dado que a realidade é constituída por seres e os seres não podem mudar para poderem continuar sendo e dentro da caverna o que você tem é trânsito é fugacidade o ser Deixa de ser portanto não pode ser ser então a caverna é um espaço de ilusões e tudo que percebemos pelos sentidos é ilusório nada tem a ver com a verdadeira realidade porque a vida a rever a lei da realidade é acessível pelas ideia e acessível pela razão a verdadeira realidade obviamente está fora da caverna e essa eterna não muda nunca
esse é o primeiro passo Então eu acho que você percebeu que Platão de certa forma respeita o ensinamento mitológico não é existem dois mundos um é o da Eternidade 2 o segundo mundo aonde nós nos encontramos é o da finitude é o da fugacidade é o da transitoriedade e Platão não dá margem a dúvidas ele estabelece uma hierarquia entre os dois mundos o mundo em que nos encontramos é um mundo lamentável o mundo de erros de ilusões e decepções e frustrações o mundo equivocado e o mundo das ideias acessível pela razão que não é para
todo mundo que é para quem busca na alma as verdadeiras verdade esse mundo é o mundo de eternidades e portanto Esse é o melhor dos mundos portanto a temporalidade para Platão pelo menos no que diz respeito à questão dos dois mundos é profundamente negativa é a segunda perspectiva de Platão é que não é só o mundo que é dois Nós também somos dois uma espécie de tradução rigorosa do mundo somos dois porque porque somos Corvo e somos alma nosso corpo está inscrito na temporalidade o nosso corpo está inscrito na caverna o nosso corpo é estritamente
familiarizado com As Ilusões com as imagens com as sombras como que é fugaz O que é transitório porque ele também é assim nosso corpo temporal reconhece o que é temporal dialoga com o que é temporal deseja o que é transitório o fugaz pequeno inverídico ilusório e assim por diante portanto é isso aí nosso corpo afinado com o mundo inferior corpo interior corpo que atrapalha Âncora saco de batata peso morto que nos atrapalha para viver temporalidade mesquinha e e vamos também revestidos e constituídos de alma essa alma é uma espécie de fragmento da Inteligência Universal essa
alma é um fragmento do mundo das ideias essa alma é o instrumento de que dispomos para aceder ao que importa essa alma é eterna portanto naturalmente familiarizada com o que é eterno essa alma dialoga com o que é com que a permanente com que é verdadeiro e indiscutivelmente verdadeiro essa alma dialoga com seus primos né essa alma dialoga como que é estritamente correspondente a eternidade e talvez a só que curioso é que nós hoje é porque que você é esquisito porque nós somos o único ente vivente da história do universo que tem a temporalidade e
Eternidade em nosso então seus é perguntar para Platão Professor nós somos temporais e não só aprontam Professor nós somos eternos não só então para Platão o que somos é uma uma improbabilidade é é uma mistura aberrante entre um corpo atrapalhado sensorial transitório infinito que nos aproxima da animalidade e uma alma eterna Viçosa linda perfeita e bem acabado aqui nos aproxima da eternidade somos então é uma confusão um encontro indesejado um erro uma lamento e que infelizmente só dura o tempo que dura o curto portanto a nossa temporalidade como é normal termina a nossa eternidade como
é normal não termina razão pela qual é isso aí a nossa perspectiva e a nossa sina ter que aguentar uma dualidade eterno temporal que durará o tempo que a nossa vida dura a nossa melhor ainda que ontem Espetacular e não é porque é absolutamente sintético acho que você entendeu ele vai funcionar o som que eu gostaria de resumir ainda mais ainda gostaria de resumir a nossa vida ela não é nem boa nem ruim ela tem uma parte boa e uma parte ruim Qual é a parte ruim atemporal Qual é a parte boa a eterna quem
vive bem Aquele que pende por terno quem vive mal aquele que pende por temporal a maioria das pessoas vive no temporal importam vive no eterno pronto eu sou bom vocês são ruins é porque eu entendi e qual é a da vida e vocês não só não entenderam como o que mais incrível não entenderam nunca não adianta velho você não é do ramo entendeu Você não é burra né Platão é um aristocrata não adianta da educação para o povo é bem isso Isso é uma pena tá jogando dinheiro no lixo você olha para o cara seja
sabe não é do ramo dá uma enxada para ele manda ele carpir ele vai se dar melhor lá filósofo foi dois ou três Isso é só é só ir olhar para você que você já sabe se ele é do ramo ou se não é um que sorte a nossa mas isso é super é politicamente incorreto Pois é né mas vai vai numa escola e dá uma olhada nos alunos é super politicamente incorreto mas tem um tostão Zinho assim de pertinência viu os homens são muito heterogênea mente competente para pensar isso desde cedo se percebe por
mais que seja pouco cristão em Platão deixou Aristóteles e o pensamento de Aristóteles sobre o tempo é digamos mais conhecido que o de Platão Então agora eu peço que Serra em fileiras comigo porque nós vamos entrar no que tem de mais difícil Aristóteles é um dos everestes da filosofia né junto com Kant que que eu quero dizer com isso é o que tem de mais difícil para alcançar o que tem de mais grandioso para compreender Então venha comigo não é sim a reflexão de Aristóteles sobre o tempo pois se encontra tanto na física quanto na
metafísica são obras complicadíssimas já me dediquei a elas em tempo de devaneio é posso lhe garantir que hoje entre os colegas quem se dedica essas obras te dica só a essas obras então se você especialista na física de Aristóteles você não faz mais nada na vida a não ser estudar isso e o que é pior sem nenhuma garantia de entender o que ele quis dizer com aquilo então é um pouco isso né Ah é Então a congresso sobre a física de Aristóteles e sem nenhum tipo de concordância entre os congressistas então aí ó então é
nós vamos começar pela metafísica de Aristóteles é livro Um eu até conta uma piadinha que eu não contei ontem mas é eu lá nos idos é de rebeldia teve aula é um ano sobre a física de Aristóteles e o professor que me deu aula era um argentino né é mundialmente conhecido por ser um especialista na física de Aristóteles e um dia ele comentou de um trabalho dele internacional é e pediu para que lessem tá onde eu fui até a biblioteca e na biblioteca eu encontrei os tomos 4 5 e 6 eu peguei e fui na
aula e pega o teu professor o seu desculpa mas é tão faltando os três primeiros tombos eu estou com quatro cinco seis e o professor me descer é Não falta nada a copa E aí a coisa em filosofia assim o respeito reverencial pelo mestre é maior do que em outros lugares por você pode tomar uma chinelada qualquer momento seus amigos Da onde veio Fiquei quieto Ele olhou para mim e eu tava meio estranho ele pegou e falou ou o senhor é daqueles escravizadas pela necessidade de começar pelo 1 e eu não sei se você percebeu
mas assim é esse tipo de vida deixa sequelas graves e eu falei e até hoje mas agora já me libertei a sua obra emancipadora por sua Muito obrigado Olá tudo bem É acabou virando orientador de Mestrado doutorado do meu parceiro Arthur que escreveu aí a vida que vale a pena é o orientador dele não é por acaso que o Arthur acabou é trilhando o caminho que trilhou então as pessoas de fato vão se apartando do convencional por conta desse tipo de eleitor só fazer que não é fácil na metafísica de Aristóteles livro Um Você tem
uma reflexão absolutamente consagrada na história do pensamento e qual é a reflexão é diz Aristóteles é existe um ser Supremo esse ser Supremo é a inteligência que ordenou o mundo então eu espero que você perceba por ser supremo para Aristóteles não é o mundo é a inteligência que ordena o mundo em outras palavras Ariston e está convencido de que o Deus é o Deus da inteligência do joelho ou seja você tem de um lado o joelho e de outro lado você tem a inteligência do joelho O que é inteligência do joelho é a inteligência que
de certa forma alinhou o joelho ser uma dobradiça com o papel do joelho de dobrar não foi o homem que fez e portanto existe uma inteligência que transcende o homem e portanto essa inteligência é a inteligência do universo que não se confunde com o universo ele mesmo mas que de certa forma garante a universo a sua complementaridade funcional perfeita ótimo este ser Supremo é eterno propriamente esse ser Supremo é eterno esse ser Supremo não muda portanto da convicção aristotélica mais mais profunda a inteligência que ordena o universo sempre existiu e naturalmente posso liso o que
é isto é uma herança Clara do pensamento mitológico e como já dissemos foi seus que pois ordem no universo Então existe um ser Supremo na que de certa forma é ordena o mundo e o mundo é do jeito que é é do único jeito que poderia ser ele é perfeito na concepção aristotélica graças a esse ser Supremo inteligência que assim tudo pode é de certa forma garantir hora e e e o resto Então esse é o problema é eu joelho ele mesmo o joelho ele mesmo não é ser é ente é ente E aí você
resolver um problema porque tio joelho se deteriora ele deixa de ser o que deixa de ser não pode ser porque o que deixa de ser não é e o que não é não pode ser então o joelho não é ser não é o que é inteligência que de certa forma garantiu a dobradiça do joelho portanto a inteligência do joelho é o joelho não é quente e o joelho está inscrito numa temporalidade dos dentes então de vez em quando eu falo aqui em ti né é um ente isso é um mente aquilo isso vem desde Aristóteles
o que é um ente é um ser que não é mas de certa maneira existe na temporalidade e portanto se transforma se deteriora deixa de existir e morre Então veja só de um lado você tem inteligência eterna do mundo de outro lado o mundo que não é mas a gente e de certa forma desaparece sem desaparecer a inteligência que o fez ser como é e o certame em angústia eu tô tô fazendo o melhor que eu posso já é um esforço Espetacular e se você não gostou valer a metafísica de Aristóteles para você me aplaudia
onde você tiver né Tá certo é é esse o problema então eu espero que você tenha entendido a diferença um ser de escola doente por que que eu vou insistir nisso porque vai chegar o dia que eu vou chegar aqui nesse lugar e vou falar de rayger né E rhayner que é o maior pensador do século 20 né É heidegger tem ele parte no primeiro degrau da obra de rhayner é o que ele chama de diferença ontológica e o que é diferença ontológica de rhayner é a diferença entre o ser eo ente o ente é
é o copo ou em seu livro O ente sou eu corrente a câmera o microfone e o que é o ser é isso e não é nada disso Esse é o que garante aumente de certa forma existir o ser é um fato doente existir mas não é o ente então é preciso que você consiga fazer essa diferença tá de certa forma o em o ser é-o que permite ao ente diferente mas não é doente porque todo ente tem alguma parcela e alguma participação não ser mas não pode ser o ser por quê Porque o ser
para ser não pode deixar de ser Portanto o ser é coisa de eternidade o ambiente é coisa de temporalidade eu acho que você percebeu de certa maneira eu não consigo entender um sem o outro essa ideia de Aristóteles eu não consigo entender o eterno senão a partir do temporal eu não consigo entender o temporal senão a partir do eterno um é referência para o outro então não adianta vir querer que eu fale sobre o tempo sem ter muito claro aquilo que pode não ser e eu vou mais longe se não houver nada eterno não tem
o temporal essa ideia categoria de temporalidade só faz sentido como Oposição a eternidade tirou ver ternidade não atemporalidade do mesmo jeito se não houver Essência não a aparência aparência só existe pelo fato de se supor a existência de essências estamos são categorias que só existem ancorados no seu contrário a categorias reflexivas problema da mesma maneira que não existe o norte sem Sul e Norte. Gente mora aqui porque ele é o contrário do Sul então gente o tempo que ele é o contrário na eternidade sem a eternidade não atende a professor nada é eterno Então nada
temporal também tudo só é e eu fico com agora agora agora sim a partir daqui eu baixo aguarda né Então essa é a primeira reflexão da metafísica magnífica vai lá livro1 livro1 da metafísica pega bem para caramba pega um livro usado não não compra novo que não pega bem pega quanto mais velho melhor páginas caindo ainda melhor entendeu metafísica de Aristóteles vaco uma praia tipo Guarapari Búzios etc pega uma coisa na praça e tal tira uma lapiseira uma régua e tal e começa a notar do lado da metafísica de Aristóteles isso vai produzir um furor
na G1 o outro dia saindo aqui Alguém me perguntou senhor faz todas essas coisas que o senhor sugere fazer evidentemente que não e eu peço para você fazer primeiro como uma espécie de balão de ensaio se der certo eu faço mas é bem é a segunda ideia da física livro 4 ó e aqui é Aristóteles chega no seu ponto mais difícil é é é a constatação de que a reflexão sobre a temporalidade é uma reflexão a por ética e não se desespere apuria já falamos disso quer dizer uma reflexão que não tem saída se você
já batemos no muro e não tem como sair não tenho solução para o problema pensei pensei pensei e não cheguei a conclusão nenhum né eu fiquei num beco sem saída numa sinuca de bico aporia então é claro eu queria fazer um uma observação importante aqui se no mundo contemporâneo um apuria é sinal de falta de eficácia incompetência porque no mundo contemporâneo a gente aplaude o cara que dá soluções agora já está no mundo contemporâneo no mundo dos negócios do mundo das corporações gente eu cheguei no mapa por isso é um funcionário demitido né Ué eu
queria é uma solução não uma polia no mundo da filosofia é um pouco ao contrário é profundamente valorizante constatar que não chegou a lugar nenhum então é filósofos conversando entre si a palavra aporia é uma palavra super frequente né E dizer Nossa esta a minha reflexão rap e constatou é um final aporético é e não tem por que de certa maneira isso é informar o que eu cuido de temas para os quais não há solução racional possível e quem faz isso normalmente são pessoas especiais por isso é um traço de distinção e de nobreza né
chegar numa aporia é usado o contrário do mundo do capital do mundo que existe volante muito bem qual é a purinha do pensamento aristotélico sobre o tempo isso você pode dizer né a poli aristotélica sobre o tempo do livro quatro da física diga como naturalidade decore antes de sair de casa aporia do livro quadra física reflexão de protecção do tempo o que é que Aristóteles diz existe um problema no tempo em solúvel por quê e vamos comprar o tempo com espaço no espaço você tem um plano e nesse plano você tem pontos que co existem
no tempo e no tempo no tempo você tem instantes unidade fundamental do tempo e os instantes não podem coexistir e o instante um instante é por definição solitário de lindice o jogo Sublime como constatação vem você diz para alguém Você me alegra nesse instante Ah e assim instante por definição exclui qualquer outro a todo instante é excludente de qualquer outro senão não seria instante não há dois instantes no sol eu já tinha pensado nisso e não há dois instantes que coexistiam porque a definição do instante é a exclusão de qualquer outro e olha fiz um
instante exclui qualquer outro é de duas uma ou esse instante fica aí Oi e a hora que o instante fica aí e o presente não vida passado é aonde eu cheguei e me diga o que pode ser o presente que não vira passado e o presente que não vira passado é a própria definição de eternidade o filme instante fica aí ele é presente que não vira passado Portanto ele é eterno e eu não estou falando de eternidade eu tô falando e tempo é preciso que o instante saia daí e não é fantástico cara você pega
e fala nós somos temporais é preciso que um instante saia daí então a pergunta é o que vai tirar o instante daí a e na hora que você pensa o que vai tirar o instante daí a única resposta outro instante é só que para um outro instante tirar o primeiro instante daí de certa maneira ele precisa tangenciar esse outro instante porque ninguém destrói nada sem uma certa com presença temporal eu não posso destruir algo no passado eu não posso destruir algo no presente portanto para um instante destruir outro instante Os dois têm que estar no
agora no presente no instante E isso não é possível o porto Cara eu perdi o meu não tem nenhum idiota tá certo nega bom de bola e esse cara 350 antes de Cristo Você tem noção de como viviam essas pessoas estão não tem uma quem toge não tem nada não tem consulta ao Google é é no meio do mato é o cara fala para o tempo né o tempo é cara porque porque se o instante fica ele não sai dali e por um instante e saí dali Ele trouxe destruído por alguns semelhante para ser destruído
para alguns semelhante Tem que haver com habitação no tempo Entre Dois instantes O que é absurdo portanto seja lá como for o tempo é um absurdo e por isso eu cheguei numa polia e o dança aí acabou tal Eu espero que você tenha entendido a maravilha do pensamento de Aristóteles sabe por quê é porque a história Ele já falou muita besteira entre elas que o universo é finito e tal né mas esta aí não foi vencida até hoje e portanto Quem quiser falar sobre o tempo tem que falar do livro quatro da física ouça me
falou sobre o tempo livre o quadro da física Por que Aristóteles chegou não problema que não foi desatado até hoje. e na sequência de Aristóteles eu trago um autor é que eu esqueci de falar ontem bom e que me parece que tem uma reflexão sobre o tempo absolutamente singular e particular e maravilhosa que é Epicuro você se leva eu eu vou rapidamente ao ponto você se lembra que procure tinha um critério para vida boa que é o critério do prazer você se lembra que para Epicuro é de certa forma a vida boa não é qualquer
prazer mas é a capacidade de ter fazer com coisas simples portanto de certa forma a pior das vidas é a vida estuprada é a vida em que você para ter prazer precisa de coisas sofisticadíssimas em outras palavras o hedonismo epicurista é rigorosamente o contrário do hedonismo de Mastercard Não é tá certo aí o seu contato você vai lá ele que picuru pai do hedonismo então de lá então já sei coisa de shopping center é o contrário rigorosamente vive bem Aquele que tem capacidade de ter prazer com coisas simples hora Epicuro vai soltar na carta é
uma reflexão absolutamente fascinante Só existe para nós um tempo possível de ser mensurado de ser avaliado de ser cogitado é o tempo do prazer e o que é que Epicuro tá dizendo e se existe no mundo alguma temporalidade nunca poderemos saber nada sobre ela portanto toda e qualquer temporalidade é o que hoje não chamaríamos de subjetiva em outras palavras todo e qualquer temporalidade é uma sensação é uma percepção E é claro como para ir picuru a sensação maior é a sensação do prazer para Epicuro toda perspectiva de percepção temporal ela se estrutura no binômio o
prazer e dor e paro por aí para você refletir afinal de contas eu acho que você já percebeu que existem tempos duros de passar existem tempos que passam sem você se dar conta tempos que você lamenta que não passa em tempos que você lamenta que passa em rápido demais e isso parece mesmo ter havia com o prazer Oi beleza e não é eu falo aqui durante duas três horas aqueles que terminam e lamentam o fim aqueles que lamentam o demorar do fim e tudo tem a ver com o prazer super heterogêneo que cada um de
vocês têm com o meu discurso há nada mais a dizer reflexão importantíssimo maravilhosa Carta Sobre a felicidade carta a meneceu Epicuro a disposição das melhores livrarias é durma muito bem dentro dessa perspectiva de avanço plástica que a gente costuma fazer eu vou é imediatamente passar para Agostinho ó e aqui eu faço uma advertência o Agostinho é o mais importante Pensador sobre o tempo da história do pensamento filosófico e portanto não tem como falar do tempo sem falar de Agostinho e vai ser tanto quanto a física de Aristóteles e e eu diria que mais do que
a física de Aristóteles e aonde é que está reflexão sobre o tempo em Agostinho no livro 11 das confissões e eu já é mais conhecido que andar para frente o tempo em Agostinho livro 11 das condições então normalmente o livro 11 das condições é quem estuda filosofia tem As Confissões na estante é esse o Fulano é estudioso de filosofia Pode apostar se tira a condições a parte do livro 11 tá mais enegrecidos do que a dos outros livros E é porque o livro 11 é infinitamente mais importante do que os outros para a história do
pensamento o livro 11 é ducaralho velho é muito uma vez não se queixa e essa é só a primeira vez já tô a 40 minutos falando tem o direito de um primeiro que já é o segundo livro 11 das condições que se não parar de fazer isso eu serei menos eu do que já fui e não devo me curvar a nenhuma tirania pasteurization ti e olha o que diz Agostinho o Agostinho e é muito legal porque Agostinho pensa sobre o tempo conversando com Deus é dirigida para Deus de meu E por que que não saio
do lugar cara é muito interessante porque é uma certa indignação Por que que você sabe tudo e eu não sei nada é certa maneira Agostinho começa dizendo se você e não me pergunta nada e enquanto você não me pergunta nada eu sei exatamente o que é o tempo agora quando você me pergunta eu já não sei mais e essa frase que você encontra em para-choque de caminhão e essa frase e é uma espécie de Marco fundador na filosofia é de um conceito que nunca mais vai sair da pauta embora Agostinho não tenha batizado o conceito
mais Botou ali a ideia que é a do pensamento intuitivo e ninguém definiu o melhor a intuição do que Agostinho aí eu sei mas não sei dizer É eu sei mas não sei transformar em discurso eu sei por que hein tu mas não me pergunte do que se trata depois que eu li isso nunca mais me dei mal em prova oral o professor faz a pergunta é É né me lembro disso na faculdade de direito né conversor aquelas coisas típicas de direito Qual é o prazo para interpor embargos de declaração reclusivo obtuso na terceira Instância
do professor e isso me faz lembrar Agostinho i e enquanto o senhor não me perguntou o bom e como o senhor tá me perguntando um prazo e isso me fez lembrar ainda mais Agostinho porque é uma questão de tempo afinal de contas O que é o prazo se não o próprio tempo a e é por isso que eu não posso saber se nem Agostinho sou eu 10 mas é zero fino velho e tem gente idiota e tem 10 em alto nível 1 é a segunda feira expectativa do pensamento Agostiniano é inesquecível Agostinho vira para Deus
e diz eu já sei porque que eu não sei nada sobre o tempo e isso já é um passo Espetacular ou em outras palavras porque a história ele chegou na polícia que chegou por quê que nunca ninguém deu uma solução sobre o assunto é porque não pode dar não pode dar porque nós estamos imersos na temporalidade e ninguém pode falar sobre nada estando dentro dela é como um ponteiro de um relógio bem as horas do relógio é impossível né porque porque como estamos na temporalidade nada sabemos sobre ela posto que a reflexão sobre qualquer coisa
pressupõe uma certa exterioridade um certo recuo de observação que nós não podemos ter E aí ele vira para ver o Vinícius só o eterno pode saber o que é o temporal por isso você entendeu sabe o que o temporal e eu não posso saber porque sou o próprio temporal e nós podemos saber exatamente quando somos o que queremos saber o finíssimo como reflexão é mas Agostinho não Baixa a guarda e continua e o pessoal diz por aí que existe passado presente e futuro e sobretudo os gramáticos e você sabe que Agostinho era professor de Esse
é o que a gente chamaria hoje de linguística e literatura é lá onde ele nasceu na Argélia a e antes do momento em que ele quis virar santo e largou a família para ir para Roma a Estranha santidade É mas o pensamento é magnífico o passado presente e futuro é só o que o passado não é nada é no passado o passado não tem existência material ou passado não é nada o passado não existe o passado não é e o futuro é um pouco nada existe no futuro o futuro não tem existência material ou futuro
não é só sobrou nos o presente o mais estranho presente o que também não é é porque se fosse permaneceria e seria ternidade é estranho o presente que para ser tempo precisa deixar de ser e transformar-se em passado E aí e eu fico fascinado e eu fico fascinado e olha que eu Já ensinei isso algumas centenas de vezes e cada vez que eu explico o meu olho brilha é porque perceba para que o serviço seja não pode deixar de ser se o presente é tem que continuar presente se for presente que continua presente é um
instante que não sai dali É eternidade portanto para que o presente possa ser tempo ele precisa não ser o ou deixar de ser virar passado portanto estamos na mão de um presente que não é porque está na sua índole temporal tornar-se passado e aí é bolsinho vira para Deus e diz percebeu velho não tem saída porque eu sou temporal o tempo tem que ser é o quadro material da minha existência finita então o tempo tem que ser o que é o tempo o passado não é futuro é o presente não é bom então Agostinho viridis
Bom de qualquer maneira e o presente pode virar passado mas isso me permite de certa forma aceitá-lo como um deixar de ser e isso já me basta Oi e a partir desse presente que deixa de ser o que eu vou criar três novas categorias de tempo Esse é o passado presente ficado que deixa de ser o presente presente ficado que deixa de ser e o futuro presentificado que deixa de ser oi oi o professor não sei se eu entendi bom então é simples o que é o passado e o passado é uma forma particular de
presente e o passado é o presente quando lembramos dele o passado e o passado portanto é uma reconstrução da memória operada no presente o passado portanto é mais é tão presente quanto qualquer presente e o passado é o presente quando reconstrói ocorrências experienciadas no passado o passado portanto é memória a memória é produção intelectual no presente Porque a memória é se é é presente presente que deixa de ser o meu futuro e o futuro é presente como qualquer outro o futuro é presente Quando pensamos sobre ele o futuro é presente quando Antecipamos o futuro é
presente quando projetamos o futuro portanto é um presente como qualquer outro o futuro portanto é presente é futuro presentificado que deixa de ser portanto veja só Passado presentificado Presente Presente ficado e futuro Presidente ficado ou se você preferir passado no presente presente no presente e futuro no presente e nós estamos melhorando A reflexão E aí Agostinho e continua e o problema é todo e é que esses três tempos só existem a hora nosso É porque no mundo não tem nada disso e no mundo só tem a mais estrita instantaneidade do real o e portanto essa
temporalidade que acabo de descrever não é a temporalidade do mundo mas é a temporalidade da alma ó e aqui Agostinho propõe uma divisão que não sai mais do cardápio do pensamento tempo do mundo templo da alma e perceba que o tempo do mundo entre outras coisas se caracteriza pela impossibilidade radical de qualquer duração e no mundo nada dura e o tempo do mundo é o tempo do relógio é o tempo do cronômetro é o tempo do Tic Tac é o tempo do já foi já foi já foi já foi do papagaio de Edgar Allan pohl
é o tempo do deixar de serem é Implacável e agora o tempo da alma é um tempo regido por uma lógica que não é do mundo mas é uma lógica que nos é absolutamente própria e no templo da alma as coisas duram Oi sa ninguém aqui assistir a minha aula né 48 49 50 tem um de doido por quê Porque quando você está aqui na minha aula pelo menos eu espero firmemente a aula dura não existe uma duração da Alma nas e uma duração da aula na sua alma que não encontra correspondência no mundo da
própria aula que é uma sucessão encadeada de palavras sem absoluta a sem absolutamente nenhuma possibilidade de duração Então eu acho que você percebeu que existe uma fronteira radical entre duas temporalidades a temporalidade negros oravel do mundo do Devir EA atemporalidade da Alma que é uma temporalidade absolutamente cheia de avanços recuos acelerações e retardamentos durações e assim por diante portanto nós temos a condição de controlar a chave do tempo segundo uma lógica que é muito mais nossa do que do mundo e aqui o pensamento de Agostinho encontra digamos é pelo menos nas suas ideias centrais o
seu fim G1 o pensamento de Agostinho normalmente costuma ser apresentado em sequência ao de Pascal e um pouco um pouco isso se deve ao fato de serem dois pensadores cristãos assumidamente cristão e entre os dois você tem 1.200 anos Pascal é um homem de 1601 matemático que escreveu um livro chamado pensamentos e ir lá no parágrafo 148 ele fala sobre o tempo e eu percebi que uma aula como essa para quem se interessa sobre a temática é profundamente facilitadora porque não jamais não se tivesse que ir atrás velho não meio chato e eu não sei
se o Google E aí é mas é possível que faça bom então da próxima vez eu vou deixar você na mão do Google o Google é e no 148 de Pascal vira para você e diz o seguinte é porque Pascal dá uma bronca e como todo bom cristão a música E você tá acostumado a oscilar entre tempos que não são os seus e quais são os tempos que não são os nossos e o passado eo futuro Oi e ele disse Observe os seus pensamentos o ou estão chafurdados no passado e hoje estão Encantados com futuro
é injustamente você passa a vida inteira e sem sentar focar no único tempo que é o seu um e o mais estrito presente oi oi E por que que você faz isso irá Pascal é porque o presente agride Oi e a Exatamente porque você sabe que o presente agride que você foge dele E como você não consegue fugir dele com o corpo é porque o corpo não aceita esse tipo de viagem se você foge dele com o que pode fugir e com a alma bom e quando a alma foge do mundo é Pascal quem pela
primeira vez vai chamar isso de escapismo se você escapa mesmo e deixa o corpo lá ó e vai para lugares mais seguros Ou seja no passado que você já viveu e sabe que naquele instante não te fará mal seja no futuro que você não viveu ainda e por isso tem a impressão de controlar melhor É mas o tempo da Alma atemporalidade da alma em grande medida definida pela tristeza não é tristeza que nos faz escapar é a tristeza aqui nos faz fugir do presente e o que é mais incrível como a possibilidade do presente agredir
a permanente e o escape para tempos que não são os nossos é inexorável e portanto enquanto o nosso corpo se encontra inscrito no presente a nossa alma encontra-se navegando e oscilando entre passado já vividos e Futuros ainda por viver e Pascal dá uma bronca é uma bronca que nos Faria pensar que o que ele quer é que vivamos focados na presencialidade e Pascal termina isso aí de maneira maravilhosa e ele diz presta atenção velho ele diz nunca o presente é o nosso fim é muito legal é só o futuro é o nosso fim Oi e
o presente é sempre e-mail a razão pela qual nós só vivemos a felicidade Como projeto e como Esperança o e de tanto esperar por ser feliz e é perfeitamente normal que nunca seja É porque sempre espera o espetacula Se você não se lembrou de nada Ah lembrei que deixei o gás ligado né e eu digo da filosofia é e você lembra do conceito de eudaimonia bom e o que dizia Aristóteles na eudaimonia a vida eudaimonica o instante de vida eudaimonico é um instante de vida soberano que vale por ele mesmo da mais estrita presencialidade que
não precisa de nenhuma outra vida para se justificar E lembra que eu dei o exemplo do menino que estudava matemática e quando desfruta da Matemática tem tesão mas no dia seguinte não sei se você percebeu mas é a eudaimonia aristotélica é traduzida por Pascal aqui numa reflexão sobre a temporalidade ou seja Pascal Pega até seu daí Mônica de Aristóteles e dá a ela uma dimensão de temporalidade em outras palavras companheiro o futuro é o nosso fim o futuro é sempre a nossa finalidade e sabe por quê é isso Pascal não diz mas quem disse sou
eu porque toda missão toda a finalidade todo fim tem que estar fora da vida Ou você já viu alguma missão na vida e a missão tem que tá fora costuma ter em banner tá fora a missão da Nestlé acabar com a forma do mundo Exatamente porque não acabou porque quando acabar desaparece como missão tornou vida a minha missão é a glória e também é ótima ela não vai chegar nunca então é ótimo comissão velho tá é é ponto fora da vida e portanto a felicidade nunca é exatamente missão porque quando for missão estará sempre fora
importado vivendo na tristeza temos a felicidade como espécie de Delírio missionário olha o barulho Ah tá colar como reflexão enquanto a felicidade não entrar na presencialidade da vida ela se tornará sempre um escape perna nostalgia é da esperança e entre nostalgia cê esperanças a nossa felicidade vai ficando sempre longe do mundo da vida que é num instante no presente a onde o corpo está Portanto o que é que Pascal sugere um alinhamento entre corpo e alma né um alinhamento entre corpo e alma ou seja que a tua alma possa estar lá onde o teu corpo
estiver dentre vocês haverá centenas viajando nesse momento é o que que eu vou fazer aqui pra cá o que eu fiz o que eu fui entendeu quando eu chegar ele vovó é lamentável que o corpo de vocês esteja aqui a alma alliuris porque isso é vida desfocada agora hora que você tá no lugar do corpo e ali focado do você tá na presente realidade mas isso só é possível evidentemente quando o real e agride qual é o problema da história o problema da história que você não escapa só quando o Real agride efetivamente vocês capa
ante a possibilidade do Real agredir porque porque o escapismo é o resultado do Medo você supõe que o Real vai agredir e por antecipação você já entra doido já entra Fora do Eixo até porque porque tem receio de um real agressor mesmo quando ele eventualmente não seja efetivamente bom e é dentro dessa lógica posso italiana a gente de certa maneira entrou na modernidade e eu gostaria de entrar nessa modernidade com você tratando de uma reflexão sobre o tempo bastante Atrativa que é advérbio Klein se você se lembra de berkley e não há quem possa esquecer
Olá eu sou quem é mesmo esse berkley e esse Berto aí aquele cara aqui achava que o mundo não existia e eu sempre explico assim no senso comum dos despreparados e achamos que tem duas coisas diferentes o mundo bom e o que eu percebo do mundo ó e esses despreparadas que nunca entenderam nada acham que o que você percebe do mundo é um pedaço pequeno do mundo eu já é bom então o mundo é grande e num determinado momento o que eu percebo é um recorte do mundo isso é que você acha porque você não
é Berto lei ano porque Você toma as coisas como elas aparecem para você e você tem a tola ilusão de que o mundo vai além da Sua percepção e o que vai propor berkley Você se lembra e não tem dois só tem um a percepção Oi e o resto do mundo que eu não percebo não é eu e a minha casa só é quando percebida O Psicopata é mas é claro que Berto aí tem seus argumentos em toda minha percepção do mundo se dá em mim a razão pela qual eu posso perfeitamente acreditar que o
mundo esteja em mim é a visão eu vejo em mim não em você né quando eu vejo você eu não vejo você em você eu vejo você em mim e eu não sabia disso Devia saber porque você estudou aberto aí no ensino médio quando berkeley contou para você que ele era físico especializado em ótica que o que você vê não é o mundo mas a luz que bate no seu olho e que reflete o mundo Portanto o meu olho não sai de mim para ir até você é a luz que traz você até mim mas
não é que traga você até mim bom então eu acho que você percebeu que de certa maneira o paladar sou eu que fabrica o vinho não tem gosto o cheiro sou eu que fabrica o mundo não tem cheiro audição sou eu que criei o som porque o mundo é silencioso basta furar o o tímpano você vê você não ouvi nada é você que vibra é você que fabrica o som e portanto de certa maneira todas as suas percepções são você a hora se o mundo é você a metade do caminho tá feito para você entender
a do berkley e eu sempre Recomendo o filme Matrix e hoje vieram me falar do filme Matrix não é por apreço cinematográfica eu não entendo nada de cinema e é por recurso pedagógico e no filme Matrix tem lá o cara Nágela o e toda a vida é como se fosse um filme que só ele ver o professor mas nós estamos todo mundo aqui como sou uma pessoa ver não é verdade aquilo que eu estou vendo nenhum de vocês tá vendo e assim mas aquilo que nós estamos vendo todo mundo tá vendo tá nada cada um
de vocês tá vendo um mundo diferente nesse instante e não é só cada um de vocês cada um dos homens sobre a terra nesse instante percebe o mundo diferente se é assim se não há coincidência entre percepções Por que acreditar na existência de um único mundo onde todos nós estamos inscritos porque não acreditar que cada um vê um filme diferente e depois tem outra Quem me garante que você ver um filme como eu e quem me garante que você não é só uma personagem no meu filme E aí você vira para mim diz eu garanto
sem você mente você é uma personagem mentirosa colocar daí para dizer que vê mundos como eu mas você é só filme Ah e quem é que percebe eu Ah e quem é o mundo eu e quem é o universo eu Ah e quem é eu a minha percepção e quer dizer professor que o senhor acha que está sozinho no universo não é que eu sou o universo é diferente né é porque para tá sozinho no universo tem que ter universo e eu aí vi que você não entendeu por nenhuma não tem universo o universo sou
eu bom e você ri e já riram de Galileu também já riram de Copérnico também e a gente gosta de rir de tudo que escapa a nossa ignorância e e eu já fiz grupo disso tudo de berklee eu tava pensando em lançar um a online E aí E por quê Porque assim eu não vejo as pessoas enlouqueceram então de perto a cada um enlouquece na sua cidade ainda não eu não vejo porque na hora que passar pela sua cabeça o que berkeley possa ter razão por um único segundo se você já enlouquecer é porque aí
você começa a pensar será que isso esse mundo que eu acho que tá aí será que é só um Delírio da minha cabeça e aí você começa a perceber que os sonhos são tão reais e será que não é a mesma coisa me respondeu você já olha por tocarem já pergunta não quero me enganar seu verme G1 E aí e eu sabe você sabe quem é um leitor de berkley desesperado o matemático John Nash se você assistiu o filme Uma Mente Brilhante matemático John Nash esteve na minha escola há 15 dias e e e na
fala dele ele falou de berkley três vezes Ah e você disse olhar se assistir a Mente Brilhante vai entender por que que eu tô falando né prêmio Nobel teoria dos jogos e tal coisa Bom eu tenho pouco aberto ai ai é claro que não tem tempo do mundo porque não tem mundo e portanto a dualidade de temporalidade agostiniana cair por terra em berkley e só um tempo o tempo das percepções bom e você virar tirar Professor Clóvis mas essas percepções que se apresentam ao meu espírito não sou eu que as fábricas Claro que não você
é só um ser percipiente o mundo é um ser percebido por você e quem é o diretor do filme Deus definidor de toda a temporalidade da Sua percepção e o que é o tempo o ritmo filme com os cênico das percepções temporadas o professor e de certa forma tem a ver com Epicuro e de certa forma é porque nos dois casos ouça-me nos dois casos o tempo é estritamente subjetivo e eu tô falando isso entre aspas porque é claro que a noção de sujeito a uma noção moderna e Epicuro jamais falaria no sujeito é só
você entender e os dois casos o tempo a estritamente subjetivo é mas existe uma diferença é para ir picuru tempo é uma questão de corpo e para aberto aí o tempo é uma questão de alma em Paripe cura o tempo é uma questão de sensação temporal prazer para berkley o tempo é uma questão de percepção da alma e portanto quero saber nos dois casos quem define o tempo sou eu é só que no primeiro caso o eu que define o tempo é o corpo no segundo caso eu que define o tempo é aula a hora
e é neste momento que é altamente auspiciosa A reflexão sobre o tempo de davide Rigon o Agostinho tinha dito tem dois tempos o do mundo ia dar alma é o tempo da alma e não tem nada a ver com o tempo do mundo é porque o tempo do mundo dialoga conosco com o porto e o nosso corpo está inscrito na temporalidade do mundo EA nossa alma tem uma lógica de durabilidade que é outra o David riu me dirá não é bem assim Ah e por que não é bem assim Oi e essa é a tese
porque a temporalidade do nosso corpo também não coincidente com a temporalidade do mundo Ah e por que não é de uma certa maneira o que David Hill montaria propondo é que nós temos três temporalidades é mas aí eles não são três são duas porque corpo e alma é a mesma coisa então existe atemporalidade do mundo e continuamos com outras duas atemporalidade do corpo e alma porque a temporalidade da Alma tem mais a ver quando o corpo do que com a do mundo o professor não entende por nenhuma um bom então venha comigo E aí se
você Bati a canela na Quina da cama E aí G1 e o tempo do mundo é o tempo do encontro com a cama é mas a dor que transcende o tempo do encontro sim ou não Ou por acaso o teu relaxar tua relação com o mundo é assim papo papo papo todo não senhor as minhas Sensações são temporalmente assimétricas distintas dos Encontros com o mundo o tempo do mundo é o tempo dos encontros mas o tempo das Sensações é muito diferente do tempo dos encontros Oi e o exemplo da canela da Quina da cama e
pode se multiplicar ao infinito É porque quando você encontra uma jovem que te alegra a a alegria não dura o exato tempo do encontro e não é verdade oi e ela vai embora e você continua Alegre um bobo alegre a alegria dura mais do que o encontro com o mundo que lhe deu causa por tanto tempo do corpo não é o tempo do mundo o cara terceiro exemplo se você degusta um risoto de quiabo e com camarões o prato magnífico e o prato é tão magnífico que dá direito ao Prato e mais uns efeitos que
o risoto produz sobre o corpo que transcendem e muito o encontro que eles deu causa eu não preciso muito em detalhes Mas aquela baba do quiabo Esse é um lubrificante interno e eu fiquei com enorme receio de esquecer toda aula durante a noite e quando você assistir a uma aula minha e eu Suponho atrevidamente que ela tinha Alegre em algum momento e eu Suponho que essa alegria dure mais do que a duração da aula é porque a quem me escreva e a quem vai buscar o meu livro e há quem Leia o livro e e
aqui prove que leu o livro E aí e a quem levante no sábado de sol e a quem volte aqui e quando volta aqui e não pode começar tudo de novo já chega Alegre e por isso a alegria da aula dura mais do que a aula os afetos duram mais do que o mundo o tempo dos afetos é diferente do tempo do mundo e dos Encontros com o mundo e é isso que vai levar David ronn a comparar os encontros do mundo a corneta e o tempo dos afectos a Harpa a utilização de Garay Ah
entendi nenhuma que entrou uma corneta aqui o que é mais interessante no David Rio tratado da natureza humana catatau assim né aonde tem a opção de tempo é que ele diz é a temporalidade do mundo é com a corneta temporalidades oferta como ele não fala corneta fala instrumento de sopro seria engraçadíssimo corneta corneta né uma ela tem uma corneta é um instrumento de corda vamos a Harpa e disputo E aí muda de assunto né prima agora vamos falar E aí o que quis dizer com isso e a corneta e emite som enquanto é a sua
Prada Essa é a crença agostiniana da correspondência entre o tempo do mundo e o tempo dos afetos como se fosse uma corneta encontrou do eu desencontrou não doeu seria seria Alegre e triste seria Alegre quando é triste e triste quando é alegre você sabe muito bem o quanto as Sensações duram mais milhões de exemplos passam pela minha cabeça mas com o espírito policialesco É eu já não tenho mais condição do Senado mas tem coisas que ficam doendo dias né porque porque dói mais tempo do que o mundo que lhe deu o cabo e Harpa é
assim você dedilha EA harpa continua vibrando para além do dedilhar e o tempo dos afetos é a corda que vibra agitada pelo mundo que os encontra Nós não estamos mais autorizados moterio seu vocabulário E aí E aí e comigo é assim me entristeceu eu devolvo aí se você encontra alguém bom e você simplesmente diz é a minha corda afetiva ainda vibra por um dedilhar Alegre que você me proporcionou a tanto tempo é ou não é assim o ovo ou será que você já entrou na lógica pós-moderna de beijar 40 bocas numa noite eu não sei
se você tá me entendendo é porque haverá quem proponha o contrário haverá quem diga que você tem que estar antenado com o mundo e estar antenado com o mundo é isso deixar se escravizar por uma temporalidade que não é a tua e eu não sei se você já percebeu mas essa questão de temporalidade e subjetiva é uma questão de poder Olá pessoal eu não entendi e a se você nunca fez exército e já que é para falar de poder U2 eu não sei se você percebeu mas nessa temporalidade subjetivo aqui a nossa a civilização não
dá trégua e não deixa você viver ao sabor das cordas dedilhadas é uma executivo competente o Executivo que olha para vocês rapaz eu quero um pouco de rede Moído Eu tô precisando eu tenho saudades daquele você é um Vale Velho é um casal japonês o marido vai na frente a mulher um pouco mais atrás questão de poder e tudo passa por um certo encontro de ritmos a exercer o poder sobre alguém é determinar de um ritmo que interessa a quem exerce o poder G1 bom então é óbvio o que dentro dessa perspectiva a luta pela
soberania existencial passa por uma luta pela Soberania de uma certa Cadência Temporal da própria existência se você imagina um filósofo numa bolsa de valores eu não sei se você me entendeu e eu não sei se você entende que a bolsa de valores é um espaço de tiraniza são de temporalidades ou você entra naquele ritmo ou evidentemente você é massacrado mas eu te diria que uma faculdade de Filosofia é tão tirânica quanto eu ou você entra naquele ritmo ou você é massacrado se você entra no ritmo da Bolsa de Valores amigo e pode tirar da tomada
porque aqui a nossa temporalidade é outra até porque nesse ritmo não passaremos do primeiro centímetro de profundidade o podem instituição é um espaço orquestrador de cá tendências existenciais e a obra é Michel Foucault arqueologia do poder a arqueologia do Saber e entenderam a arte e a corneta contemporânea de David hume Kant I cant tem uma reflexão sobre o tempo que te dei a vida como das mais complexas das mais completas das mais nobres e Cante é tanto quanto ou mais que Aristóteles o Everest da filosofia EA Crítica da Razão Pura é o lugar aonde a
reflexão sobre o tempo se encontra a Crítica da Razão Pura é ao juizo de noventa e nove porcento dos filósofos O mais hermético livro de filosofia já inscrito não e o que é o tempo para Kant I cant concordará com Epicuro concordará com berkley concordará com um monte de gente e no seguinte. e o tempo não é um dado do mundo e portanto o tempo é uma questão subjetiva e e mais a Inovação do pensamento de Kant e é que Kant considera O tempo como uma condição do homem uma competência inata do homem para conhecer
o mundo Oi e aí ele é totalmente inovador e o que isso quer dizer você se lembra conforme eu já expliquei que para os gregos conhecer o mundo implicavam a contemplar o mundo porque porque o mundo já é o mundo digamos revela a inteligência que o ordena então a mera contemplação do mundo permite o seu conhecimento porque o mundo é nele mesmo inteligente e ordenado o método é o método contemplativo Teoria em grego contemplar o Divino a inteligência que organiza o mundo e chega na modernidade o homem descobre que não é assim o mundo não
é ordenado a inteligência Divina que ordenou o mundo não não não é isso e portanto para conhecer o mundo eu não posso simplesmente contemplá-lo porque não há nada a conhecer pela contemplação e sendo assim o conhecimento passa a ser uma produção uma construção do homem o homem deixa de ser passivo no processo de conhecimento e passa a ser ativo no processo de conhecimento ele vai fabricar conhecimento e como é que ele vai fabricar conhecimento ele vai fabricar conhecimento fazendo associações entre fenômenos que se apresentam ao seu espírito é essa aí vem ele vai fazer sínteses
em grego síntese ligação entre dois isso tem a ver com isso como eu já expliquei o fígado do coelho e o açúcar no sangue do coelho foi preciso a ir lá e fabricar essa relação que contemplando jamais encontraríamos bom então discutir para eu entender o que é conhecer eu não tenho que entender o mundo mas tenho que entender o homem que conhece o mundo o homem que produz conhecimento sobre o mundo eu tenho que entender os limites da razão eu tenho que entender as condições humanas de produção do conhecimento o mundo é secundário o que
importa sou eu giro antropocêntrico o homem do centro é irritantemente Clara E aí você dirá Quais são as condições humanas para conhecer a história o rapaz cante dirá é nós temos competências inatas que que Kant vai chamar de categorias do conhecimento essas competências inatas uma espécie de estrutura para conhecer que todos temos será completada com experiências sensoriais no mundo então existem dois tipos de conhecimento conhecimento a priori é aquele que já existe antes de qualquer percepção e conhecimento a posteriori' é aquele que depende das experiências sensoriais o conhecimento é a combinação do que eu já
tenho como tecnologia com que eu vou encontrar no mundo percebeu o tanto Cante ao primeiro a de certa forma aproximar racionalistas e empiristas numa única teoria do conhecimento daí a sua genialidade não existe conhecimento sem olhar o mundo como queria de kart e não existe conhecimento sem as categorias inatas da casam como queriam os empiristas ingleses como Locke berkeley e hume disse então acho que você percebeu É isso aí a nossa perspectiva o conhecimento é híbrido ele é ao mesmo tempo é instrumentação racional e Nata e experiência sensorial mas voltemos à parte e nata as
categorias do conhecimento aquilo com que você já nasci para conhecer competência que já é tua bem de fábrica E são muitas eu vou te tacar três primeira causalidade a causalidade não se aprende a causalidade é inata o homem nasce buscando causalidades o homem nasce perguntando porque o homem não se contenta com o mundo e quer saber o porquê do mundo o homem não aceita o instante pelo instante o homem quer saber da onde as coisas vieram Isso não é um aprendizado Isto é inato convicção do pensamento kantiano e ele dá até um exemplo você joga
você tem que você põe um bebê e um gato lado a lado isso é joga um novelo de lã o gato vai atrás do novelo de lã satisfeito com a presença do novelo o bebê olha de onde o novelo veio insatisfeito com a presença quero saber mais quero saber da onde o novelo veio Quem deu causa o movimento do novelo e portanto a causalidade é absolutamente digamos instintiva e o e as duas outras categorias mais conhecidas são o espaço em outras palavras o espaço não é um dado do mundo o espaço é uma categoria a
priori do conhecimento que permite a você situar o mundo a esquerda EA direita ao fundo e ao Raso em outras palavras a situações ocorrências umas em relação às outras topograficamente e finalmente aquela que nos interessa é o tempo então aprenda para Kant o tempo não é um dado do mundo o tempo é uma categoria a priori do conhecimento e outras palavras o tempo é uma tecnologia de que dispomos para conhecer o mundo conhecer o mundo em que medida na medida em poder se situar as ocorrências entre antes e depois na medida de por exemplo poder
ordenaram protocolo em primeiro você faz isso depois você deita o paciente na coisa depois você fura o Fulano então lugar depois você fura em outro lugar depois você esquece o bisturi no busto TAM E aí depois você abra ele de novo e depois se ele morreu Você manda pela parte dos Fundos do hospital para que ninguém veja depois você tá então existe um protocolo um procedimento e esse procedimento implica uma temporalidade essa temporalidade te parece óbvia mas ela é uma categoria a priori do conhecimento então e é o tempo um instrumento que todos nós temos
E por quê que isso não quer cante dirá Ele pergunta por que só eu digo isso é porque o tempo o espaço é como são compartilhados por todos e estão conosco desde que nascemos não não chama atenção o que nos faz acreditar ser um dado no mundo não era um dado do mundo o tempo eo espaço são uma competência de que sempre dispusermos tanto quanto a causalidade para ordenar o mundo conhecer no mundo e fabricar o conhecimento que é o nosso e outras palavras são instrumentos nas ou seja graças a cantina e a partir de
Kant uma profunda convicção a convicção de que o conhecimento do mundo conta muito mais sobre o homem do que sobre o mundo fosse o homem Outra coisa o mundo seria outro o conhecimento sobre o mundo seria outro e portanto o conhecimento do mundo é limitado pelas condições materiais propriamente humanas de conhecer o mundo e é claro que Kant dirá somam-se a essas condições materiais condições sociais de conhecer o mundo políticas de conhecer o mundo e etc e portanto eu quero saber porque que nós hoje é fazemos pesquisa em Tauá Ilha eu tenho que primeiro pensar
nas condições materiais de produção de conhecimento e segundo as condições sociais enquanto produção de conhecimento Ou seja a quem interessa que esse tipo de pesquisa seja feito muito bem o gigante anit o inite fala do tempo Oi niti fala do tempo e num conceito consagradíssimo que o conceito do Eterno Retorno Oi e a nesse momento que nós vamos conseguir entender um pouco mais da extensão dessa ideia não me abandona não Já são quase 11:30 nós estamos aí a duas horas faltam mais alguns minutos até o momento do arranque e final é E aí o professor
no final senhor vai dizer o que é o tempo não vai lá eu vou vou e no final eu vou e claro enquanto eu não disser é porque ainda não chegou o final É mas no final eu digo e você olha para mim dizer Esse conceito de Eterno Retorno a intrigante porque se eu bem me lembro denit lixão vitalismo não tem nenhum tipo de transcendência não tem nenhum tipo de idealidade nem religiosa nem lycra não tem Deus não tem Santo Ambrósio não tem anjos não tem verdades absolutas não tem não tem sociedade sem classes não
tem Paraíso não tem Atlântida não tem direitos humanos não tem ideal democrático não tem não tem nenhuma tudo uma invenção do homem para enganar o outro uma já único mundo que existe ao mundo da vida aonde energias devoram energias etc e tal e com forças ativas de forças reativas Como assim eterno e retorno dois Absurdos num a eternidade e muito menos retorno do mundo vitalismo aonde tudo vai para frente comendo o que dá para comer olha bom então é preciso explicar E aí ternidade a que se refere MIT não é de Santo Ambrósio e nem
a do anjo Gabriel e nem eternidade das ideias de Platão e nem eternidade das verdades de Euclides nem a eternidade da sociedade sem classes do Eldorado comunista e nem eternidade de Atlântida nem a eternidade não ah não é essa então qual é a eternidade é a eternidade e Manente a vida é mas a vida acaba Ah pois é bom então aqui eternidade estará ele se referir e o Eterno Retorno e é uma espécie de metro existencial a espécie de recurso que você tem para medir a vida e não na sua quantidade é mas diríamos na
sua qualidade ah ah mas tem outros metros tem Eu tenho um metro dos dez mandamentos Eu tenho um metro a vontade de Deus tem um metro do engajamento na Revolução Eu tenho um metro tem um milhão de metro é a única diferença do metro qualitativo nitiano e é que ele é o único o que não está fora da vida é mas é imanente à própria vida e sem saber entendeu se você não entendeu eu explico melhor o Buda disse Faça isso então eu vou verificar se eu vivo bem segundo Buda Buda tá fora eu vivo
aqui eu pego o metro de buda público na minha vida e veja se deu certo Santo Ambrósio Agostinho baralho Maomé etc e eu pego e vejo e aplico e vejo na qualidade de vida tem qualidade de vida a redução da Joia de trabalho comer linhaça é correndo na praia correndo a Pampulha quando não tem praia no Ibirapuera é comer tomate é fazer sexo uma vez por dia e você sabe a cada dia surgem um novo tirano não pode comer ovo deve comer ovo não pode mais saudável sal pimenta pela orelha não pelo orelha instrumentos aqui
poderosa Então eu acho que você conhece tudo o que é forma de medir a vida que te vem de fora revista Leite Science novas eleições Capricho dieta da Lua né É a dieta De Pinus dinheiro então claro isso Você conhece mas a diferença do nit é que o Eterno Retorno é seu e não tem que comprar revista nenhuma não tem que ler a Bíblia nenhuma não tem que ler o discurso de ditador nenhum não tem que se engajar em uma qualidade de vida corporativa definida por algum presidente de empresa de cosméticos Natura é você e
eu disse Professor Qual é o meu método para medir a minha qualidade de vida será que eu posso eu mesmo desenvolver um a pode pode não deve é e como é que eu sei quando a vida é boa e você sabe quando a vida é boa o e naturalmente Você sabe quando o instante de vida é bom e quando você deseja que ele não acabe ou seja ele qual for e se te apetece comer linhaça é ímpar Pulse e E aí e se te apetece comer pamonha igual the city apetece agora eu abro "porque a
linhaça EA para amanhã Oi niti não escreveu um é mais nítido inscreveu no zaratustra se te apetece esforçar esforça Veja isso num exército né não time de futebol ou em qualquer empresa não são exatamente semelhantes mas não se te apetece esforçar esforça-te e o sítio apetece repousar repousa e se te apetece fugir fuja o início falando moça eu não se te apetece resistir revista É eu sei se você percebeu O porquê do fugir porque fugiram é entendido como uma coisa no padrão dos ditadores fugiram entendido com nada se te apetece dar e o sangue E
aí E aí é mas saiba bem o que te apetece e não recue ante nenhum pretexto é porque o universo se organizará para te disso a dia E aí e assim falava zaratustra a o universo não se organiza vai dia de sua dia é é é e não não passa um certa vez eu fiz uma brincadeira com os alunos para eles entenderem isso e eu pedi que eles me encontrassem no dia seguinte Todos no estacionamento da faculdade Oi e eu vim vestindo uma saia escocesa e uma boina basca e eu peguei e falei observa em
como o universo se organizará para me dissuadir Ah e eles ficaram de butuca olhando e eles constataram não houve um que não me abordasse e claro a chacota é a forma mais light da civilização de te encher o saco é mas houve com direito a testemunho na sala de aula um fulano que chegou para mim falou quem é isso aí rapaz se você é burro é é [Música] e eu não sei se você entendeu Mas não é o comum você tolerar o Eterno Retorno do outro por isso universo o senhor organizará para te dissuadir a
briga é boa para viver um Eterno Retorno um instante de vida que você deseja não acabe nunca mais o professor mas ele não vai acabar nunca mais não seja burra ela pergunta imbecil você por acaso já viveu alguma coisa aqui não acaba nunca mais então se vai acabar com a graça a graça não é o que vai acontecer porque o que vai acontecer não é a vida a vida é um instante e o instante é a pretensão de que ele não termine por isso é um instante que não vira passado e quando você deseja que
o instante não seja substituído por outro quando você deseja que o instante não vire tempo mas vire eternidade a sua vida é boa o metro demite é um metro da eternidade mas não é eternidade com Santo Ambrósio a eternidade aqui ó a moça disse onde esse viveu e como é que ele chegou a essa conclusão o cara porque eu não sei que você percebe a distância que esse cara está de Nós Você percebe a distância ele tá de novo ou você te quer consegue avaliar é o que colocar aqui eu prefiro ir eu acho não
encontrar porque eu não saberia o que dizer para ele já imaginou por qualquer coisa que eu disser ele vai olhar para mim e como não é exatamente gentil e ele já é meu Você é um bosta cara né Sai da minha frente bom então é melhor a gente ficar entre nós vivendo como do jeito que dá fazendo o quê respeitando a última capa da revista Capricho Parece que tem uma receita agora ótima viu você corre agora mas você corre um dia no pé esquerdo no dia no pé direito faz que parece que dá um efeito
ótimo isso é tão ruim tá beleza é mas só dá mesmo é feio você comer uma empadinha de camarão depois é E aí E aí ternidade é a receita de leite mas não qualquer eternidade uma eternidade pretendida é e qual é a condição para Pretender uma eternidade é a de não aceitar outras que te são impostas goela abaixo quem sabe porque olha só a do cara o quanto você vive por conta da vida eterna depois da morte e o que é que implicitamente acontece e de certa maneira a vida é um delta t a suportar
para chegar logo no final nenhum e o que que indiretamente isso quer dizer que o filé mignon não pode estar aqui é que na hora que o filho é meio não pode tá aqui não é porque desejar que aqui seja eternidade pelo contrário a que desejar que aqui seja o mais passageiro possível para que o filé mignon possa acontecer Então qual é a vida de merda vai anotando aí os palavrões já estatística Qual é a vida ruim como é a vida em que você deseja e o tempo é a vida que você pretende como o
temporal e ela será sempre temporal mas é a vida em que você clama para que o instante não se eternize mas pelo contrário se tempora Lise ou se você preferir a vida que você quer que acabe logo um instante que você quer que termine logo e Eu Tenho a plena convicção que você entendeu o que eu quis dizer é porque você sabe que tem horas que você quer que não acabe e tem horas que você quer que acabe logo é porque a nossa vida é um pouco assim E aí a nossa vida é um pouco
assim quando o filme é bom você lamenta o seu fim isso é uma forma de Eterno Retorno G1 e às vezes você vai fazer sexo E aí antes do sexo se você clama pelo sexo e chega no motel em balado E aí vem o sexo bom e você clama pelo orgasmo Oi e aí vem o orgasmo bom e quando vem o orgasmo se você clama para que aquele instante pós orgasmo virem passado o mais rápido possível O que é que eu estou fazendo aqui o e sobretudo O que você tá fazendo aí embaixo e e
talvez por isso o garotas de programa cobrem antes E no momento do desejo na falta e não no momento de desejo que o presente vire passado e eu tenho impressão que você entende que o tal do Eterno Retorno e ele é mesmo um pouco raro porque hora ansiamos por apressar o futuro hora ansiamos para apressar o presente é evacuando no passado é mas desejar que o presente se eternize não é mesmo muito comum bom e você dirá professor E isso não tem a ver com Pascal diretamente aqui é porque afinal de contas o que que
propunha Pascal se propõe a Pascoal que todo escapismo era resultado da tristeza de vida mal vivida e portanto todo foco no presente era recomendável e também difícil de conseguir e não tem a ver com Epicuro a tempo que o metro da vida do Epicuro é o prazer e o prazer não tá nem no passado nem no futuro mas não presente de sensações e eu tenho a nítida sensação de que você entendeu e o homem não consegue estudar o tempo senão a partir da sua própria temporalidade se não a partir da sua própria vida das suas
próprias angústias das suas próprias Sensações dando razão Agostinho quando fala com Deus talvez para falar sobre o tempo seja preciso mesmo estar na eternidade seja preciso mesmo ser eterno seja preciso mesmo ser você mas nós enquanto inscritos na vida só podemos olhar o tempo na medida em que nos afeta na medida em que nos permite viver bem ou viver mal e a exatamente nessa nossa condição temporal que o tempo se torna uma apuria aos olhos de Aristóteles uma impossibilidade um tema sem solução e você terá passado 2:30 no sábado de sol Só ouvindo um professor
falar sobre um tema para sair do nada e chegar em lugar nenhum mas é exatamente na esperança que essa viagem do nada para o lugar nenhum tenha permitido pelo menos num determinado segundo que você desejasse que aula durasse mais do que dura que eu aqui me calo na esperança de um singelo O Eterno Retorno porque porque ele já bastaria ele já seria tudo é muito mais importante um Eterno Retorno do que a compreensão de que forma o tempo faz da própria vida uma vida triste é preferível uma alegria em compreendida do que uma tristeza cheia
e rica de noções inconsequentes notícia obrigado e até a próxima se Deus quiser E aí E aí E aí E aí E aí [Música]