Mitos e verdades da Cannabis Medicinal | Carolina Nocetti

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Drauzio Varella
Ainda existe muito preconceito contra a cannabis medicinal. O Ministério da Cidadania lançou recente...
Video Transcript:
o Olá meus amigos o assunto de hoje é a cannabis medicinal o ministério da Cidadania em conjunto com a secretaria nacional de cuidados e prevenção de drogas que é chamada de senapred divulgou uma cartilha e essa cartilha tem o nome sugestivo os riscos do uso da maconha e sua legalização do documento argumenta que não há no existe maconha medicinal ele faz associações do uso de medicamentos derivados da planta ao vício EA morte sobre linfáticos mas há ainda Não nossa Anvisa desde 2015 já autorizou bem autorizando a importação de medicamentos à base de cannabis só no
ano de 2021 ela provou mais de 35 mil solicitações e importação a essas solicitações foram feitas por pacientes e seus familiares algumas situações você recebe esse medicamento pelo SUS inclusive e hoje então nós vamos conversar com uma médica que conhece bem esse tema e que vem se dedicando integralmente ao estudo da cannabis medicinal é a doutora Carolina no set que é coordenadora da academia Americana de Medicina canabinóide um prazer ter você aqui com a gente muito obrigado viu prazer tá aqui obrigada pelo convite Carolina eu explico um pouquinho aqui que impressão que deu essa cartilha
em é o contrário fiquei um pouco mal impressionado dela citar o uso estudos feitos com cannabis maconha cobrada nas ruas mas sabe-se lá de que procedência impressão você teve com a cartilha impressa onde que as pessoas não leram os estudos científicos Não falaram com Anvisa e não falaram com os FM Quem são os órgãos que deveriam ter sido consultados antes desse desenvolvimento desse conteúdo porque considerando que temos um medicamento registrado pela Anvisa 20 produtos derivados de cannabis sendo vendidos hoje nas farmácias e milhares de produtos importados é a gente precisava entender Quais são as regras
para registro de um medicamento não se registra sem muito critério de efetividade de segurança inclusive o medicamento que foi registrado pela Anvisa ele tem mais thc do que se beber quase uma proporção 1 para 1 e não é sem critério que se registra um medicamento na não só na Anvisa mais um arco direito também temos o medicamento registrado e temos também uma cartilha do próprio cfm mostrando que existem evidências conclusivas não fazendo essa estrutura né de uso Recreativo da cannabis comprada na rua e me mostra se nessa cartilha do cfm que existem evidências conclusivas para
algumas indicações Então o que eu achei foi que há muita desinformação e responsabilidade Porque a gente já com base suficiente mostrando que existe sim potencial terapêutico já bem escrito em algumas indicações e segurança suficiente para essa recomendação vamos começar explicando o que é o thc e o que é o CD são componentes da planta cannabis sativa L são três categorias principais de componentes que tem essa planta os canabinoides os terpenos que é o que dá o cheiro na gente tem que ter penas em outros lugares são os óleos essenciais e os flavonoides que é o
que dá Cor e Sabor aos alimentos além de categorias menores de componentes dentro desses mais de 100 carabina ordens mais estudados são CBB e o thc mas a gente tem outros componentes que tem respostas positivas em condições diferentes mas o CB e ele tem uma resposta positiva em cerca de setenta e oitenta por cento das indicações atuais e tem uma porcentagem de cerca de vinte trinta por cento de respostas que são mais positivas com os de thc vou dar um exemplo aqui síndrome de tourette onde tem os pacientes na repetem fim os movimentos palavras a
gente vê uma resposta na prática Clínica muito melhor com o uso de thc do que que você beber espasticidade especialmente da esclerose múltipla que é um tipo de rigidez muscular a gente veio uma resposta muito positiva quando a gente adiciona o thc É por isso até que temos um medicamento registrado Então são respostas dependendo da indicação mais positiva segundo que o outro e eles funcionam melhor quando usados juntos uma planta com todos os seus componentes incluindo o seu bebê eu pego as células tem uma resposta melhor e mais efetividade do que quando a gente usa
esses compostos de forma isso É sim um pesquisador no Brasil Fabrício Pamplona que fez diferentes publicações científicas e uma delas é sobre isso que a gente vê que os pacientes que usam produtos provenientes dessa planta como um todo Precisamos de uma quantidade menor do produto e tem mais segurança do que quando a gente usa os compostos isolados são os dois principais componentes Então são cbd e thc dessa planta em que doenças os canabinoides têm sido utilizados pelo cfm a gente tem evidências conclusivas em dor em adultos espasticidade em especial espaço da cidade da esclerose múltipla
então rigidez muscular e náuseas e vômitos por quimioterapia o controle né de efeitos colaterais quimioterápicos a gente também tem uma RDC da dos FM permitindo a prescrição do CD para epilepsia refratária agora na prática Clínica o que que eu vejo mais no meu dia a dia eu vejo mais o uso dos canabinóides para ansiedade a insônia Doença de Alzheimer doença de Parkinson em São de pressão sobre as e endometriose e fibromialgia é o que eu vejo mais no dia a dia Dores em específico especial a gente tem uma diferenciação aí do que está sendo usada
na prática Clínica e tendo respostas e Em contrapartida de uma lista de indicações onde a gente tem evidências conclusivas e elas não estão batendo então certamente a gente precisa de mais estudos científicos para mostrar o porquê que tá saindo efetivo da prática clínica para essas condições e produzir conteúdo científico para isso principalmente considerando que o Brasil é o país que tem mais pacientes ansiosos do mundo e o maior consumidor de rivotril de forma global e o quinto um de cresceu tão considerando essa quantidade de rivotril que está sendo consumido e o Brasil sendo o número
um da ansiedade e a gente tem no respostas positivas eu acho que é válido a gente considerar e essa condição além de outras que a gente vê uma resposta positiva Carolina anos atrás não muitos anos uns três anos já pandemia confunde um pouco a gente agora em relação às datas saiu um artigo publicado no The New England Journal of medicine que você sabe das seu tá lá revista médica de maior circulação e esse artigo era sobre o tratamento de convulsões e quadros convulsivos de repetição com com canabinóides e os resultados foram estatisticamente significativos tão significativos
que o Danilo England publicou um editorial no mesmo número e no editorial editorial começava a ser Finalmente uma demonstração científica da utilidade dos canabinóides você citou tantos casos em que tantas doenças diferentes tratadas pelos canabinóides e na verdade nós e esse estudo científico que obedeceu com todo Rigor todas as evidências que a gente precisa ter em O resto você não veio Qual é a dificuldade para conduzir estudos nessa área uma das grandes dificuldades é com relação à quantidade de compostos que a gente tem nessa planta é muito mais fácil a gente fazer um estudo científico
com um componente só agora na cannabis a gente sabe que se a gente usar um componente só a gente não vai ter a mesma resposta do que a gente vai ter se um paciente tiver usando uma planta inteira a gente está tentando encaixar é uma planta dentro de uma estrutura de estudo científico que está acostumado com um componente e a planta tem a imagem 480 componentes de ar documentados Então acho que a maior dificuldade a gente tentar encaixar uma planta dentro de uma estrutura que é de molécula única estamos as principais dificuldades a outra dificuldade
é o preconceito em sim se uma cartilha do governo se fala da possibilidade e certamente O Vasco está academia eles não vão querer eu não vou querer assumir isso agora o próprio dela que é um departamento do governo americano reportou que não existem mortes documentados com o uso da cannabis In Natura então a gente precisa eu acho que desmistificar o e mostrar que existe sim segurança com relação essa planta é uma das plantas mais seguras é mais seguro que Dipirona é mais seguro que amendoim e é mais seguro que muitos medicamentos controlados hoje que a
gente tem na farmácia a gente tem dificuldade de pesquisar porque são muitos componentes diferentes aí vamos ver que a gente faça um estudo científico com uma planta específica uma cepa de canais e cannabis é igual a orquídea tem milhares de tipos de orquídeas diferença em milhares de tipos de canais se a gente pegar esse Clone e colocar a um metro para a direita da onde essa planta tá sendo cultivada em vai ser igual é muito única essa planta mês é proveniente do mesmo Clone a consistência dos componentes dessa planta não vão ser da mesma forma
que consistência de um produto isolada não vai ter ali exatamente a mesma coisa eu acho que é isso também que dificulta a produção de artigos científicos sobre o assunto um dado fundamental em qualquer trabalho científico sobre droga é você ter uma padronização O que é fácil quando essa droga é administrada na veia o administrada por via oral não comprimido na forma de um comprimido na ali você sabe que você tem x miligramas da droga que tá sendo administrado quando você usa o extrato inteiro como é possível você saber que esse extrato está padronizado dizer o
que foi para você preparou no seu laboratório outro preparou do mesmo jeito Eles serão todos iguais isso não complica muito eles não vão ser iguais e na realidade porque eu acho que esse é um dos grandes diferenciais dessa É porque quando a gente tem uma variabilidade dessas componentes a gente vê que as respostas são melhores inclusive nos Estados Unidos é muito comum os pacientes fazerem algo de ser uma cannabis polideira ou variabilidade entre cerca de canais o cara Abrir Holiday para alguns dias de usar para os receptores estarem aptos a lhe atrai em uma mesma
resposta a rotação de cepas acontece porque depois de certo tempo usando a mesma o mesmo produto a efetividade não é tanta E aí a gente mudar essa ser um pouquinho mudar os componentes a gente vê essa resposta retornando ao que era antes por essa questão de do próprio receptor da gente Tallis aturando esse receptor com os mesmos componentes isso pode fazer com que a efetividade não seja mesma então tem um pouco de variabilidade é algo muito positivo no dia a dia mas não é o que a gente está acostumado grande diferencial da planta são essas
pequenas mudanças que tem mas eu concordo o desafio de não ter esse stander um dia não tem uma consistência não sei exatamente igual mas a gente sabe que tem estudos por exemplo usando os fitoterápicos e tem essa variabilidade entre produto mesmo que seja muito pequena e eles já consideram essas pequenas variações e aceitam essas variações com os fitoterápicos agora porque é que eles não estão tratando dessa forma é uma dificuldade ali da estrutura da Anvisa e das agências de regulamentação agora países como Israel entendem que essas variabilidades são importantes são inclusive positivas e usam o
que é suficiente olha temos o suficiente para permitir esse uso temos Então a gente vai usar é seguro o suficiente e a gente tem uma base suficiente para fazer a recomendação vai fazer inclusive o Israel eles eles pagam parte do tratamento e tem uma longa lista de indicações eu não acho que necessariamente a gente tem que e os critérios se é uma planta vamos ver se o fitoterápico a estrutura do registro de produto trocar a porque o suficiente mas eles não tão querendo encaixar isso nunca estou prático e não forma seu tipo realmente vai ser
difícil de um carro ninguém morre de overdose de maconha não é verdade nunca ouvi falar que alguém fumou um baseado e com e caiu morto por causa mas as pessoas têm dúvidas e Respeito em relação a essas medicações dizendo Ah mas eu o pessoal pode ter uma overdose pode morrer por pelo uso da medicação e nem se algum perigo de acontecer uma coisa dessa segundo ideia que é um departamento do governo americano não existem mortes recortadas por overdose a gente pode observar overdose não paciente no sentido de um uso exagerado sou mais do que deveria
agora morrer por causa disso na forma In Natura na forma no extrato da planta sem o uso de isolado e sintéticos a gente não tem nada reportado e a gente tem um departamento americano falando isso é o que a gente precisa para onde a gente mais isso que a gente tá conversando então não não existem Morse apertadas Apesar de que um caso de produtos sintéticos aí não aí existe risco inclusive um risco muito maior o fato da gente tem uma segurança maior com o uso da planta como um todo desde a deveria ser um indicativo
que a gente não tinha então usando o produto isolados a gente sabe que é mais seguro e efetivo o produto com a planta como um todo a gente devia seguir o curso do que é mais efetivo embora muitos usuários de maconha recreativa me digam que a maconha não vicia etc a gente sabe que ela provoca a dependência química como qualquer outra droga que tem ação no cérebro esse tipo de ação de seja psicoativa na a risco de você provocar dependência química com o uso de está a planta segundo a Organização Mundial de Saúde produtos ciclos
com seu bebê com até 10.2 por cento de thc a gente não tem evidências de dependência ou de tolerância eu não tô falando 100th certo falando até 10.2 por cento de thc e a Organização Mundial de Saúde um sou eu e nem um outro médico falando isso O que é muito bom a gente Dessa segurança um relação a produtos de bicos em thc mais do que zero ponto dois por cento vai ser muito complicado a gente tem um número específico porque cada planta uma coisa muito única e tem quantidade de diferentes o que a gente
tem segurança para falar o que existe sim uma possibilidade de dependência com o uso de thc a gente vê que é uma dependência muito abaixo cerca de 10 a 13 por cento da possibilidade de dependência muito abaixo de produtos controlados por exemplo de depressivos opioides a gente entende que a chance menor de dependência podemos considerar e seja mais ou menos como a dependência do café se você toma café todo dia você parou de tomar café você vai ficar 15 dias talvez com distúrbios do humor Cê pode ficar com cefaleia você tem algumas questões que podem
se apresentar mas ninguém vai para o hospital porque deixou de usar cannabis ao contrário do álcool o paciente pode morrer se deixa de tomar o álcool de um dia para noite acho que é uma questão de responsabilidade se a gente sabe que existe um produto que Vicia mais por exemplo opioide Então vamos buscar um tivesse um pouco menos certamente análise descia muito menos o teu o que ódio mas não é sem risco é uma planta que tem risco sim não é sem efeito colateral mas a taxa de independência é difícil da gente conte ficar porque
não existe consistência entre as entre as cepas mais a gente sabe que a alternativa que ser e para os ou piores eu os medicamentos antidepressivos tem uma chance de dependência muito maior todos os medicamentos têm efeitos colaterais não é efeitos indesejáveis Quais são os canabinoides os caminhões eles podem trazer sonolência que é o efeito colateral mais comum hipotensão é um outro efeito colateral O que é muito bom se os pacientes têm hipertensão normalmente são os primeiros medicamentos que são desmamados pelo próprio paciente e não deveria ser assim o médico deveria fazer esse desmame certamente algo
muito comum diminuição da pressão arterial o outro efeito colateral que a gente vê é diminuição da glicemia de diminuição do açúcar no sangue dos pacientes o que de novo também é muito positivo Quando os pacientes são diabéticos é uma outra terapia que pode ser que seja diminuído o uso ou suspendido dependendo do tipo da diabetes que o paciente tem e comer um ação os efeitos colaterais mais direcionados por exemplo que o thc a gente tem boca seca olhos vermelhos e também dos camiões de uma maneira geral alteração da consistência das fezes normalmente se normaliza em
alguns dias mas esses são os efeitos colaterais mais comum com relação ao thc a gente também tem ansiedade e síndrome do pânico transtorno do pânico também é possível como é que a gente faz com relação a isso se a gente tem uma anamnese bem feita e um médico com experiência a gente consegue escolher cepas que diminuem a chance de São cidade a gente diminui a chance de uma possibilidade de transtorno do pânico por exemplo mais existam efeitos colaterais de alguém documentários nós recomendamos que os adolescentes que estão com cérebro ainda informação determinado as áreas ainda
se encontram imaturas não fumem maconha uma uso desses medicamentos em função da idade dos e é uma preocupação sim o uso não só dos canabinóides mas também do álcool do cigarro e Coca droga Não há momento de se usar enquanto o cérebro tá ainda informar seu quando a gente tem o uso médico dessa planta a gente faz uma anamnese detalhada considera riscos e benefícios escolhe plantas que a gente sabe que vai dar uma resposta é menos da nossa uma redução de danos ali com relação à sua conduta existe também uma questão é de a gente
tem uma redução dos canabinóides internos em algumas condições de saúde então a gente pode considerar até que isso seria uma suplementação já que a gente produz essas moléculas dentro do nosso corpo existe a possibilidade de a gente tem uma quantidade menor a gente não tá colocando a mais do que deveria ter a gente tá chegando no nível basal no nível mínimo ali que o paciente deveria ter naturalmente ele não tem a gente essa O perigoso e a gente só faz as indicação quando a gente entende que precisa é e a gente faz a forma mais
segura possível então quando a gente consegue controlar os sintomas do paciente só com óleo me conhecer bebê o com baixo teor de thc ótimo em situações como por exemplo a síndrome de tourette mesmo a náusea e vômito gente sabe que tem uma resposta melhor com thc e a gente vai usar o que é necessário a gente não vai usar isso de forma abusiva a gente não vai usar isso de forma exagerada mesmo porque considerando uma criança um adolescente a gente vai ter um responsável que vai ficar observando o uso para não passar da quantidade de
que o médico está recomendando a cartilha diz que Esses medicamentos podem provocar danos à saúde inclusive de matar células cerebrais como é que você interpreta uma cartilha que traz esses essas advertências talvez a como se fosse a senha nos atrás mas agora já não serve mais para a gente já tem base para dizer que os canabinóides eles têm um potencial de neurogênese neurogênese e a criação de novas células nervosas então eu como fiz faculdade eu aprendi que não existia neurogênico que não existe a possibilidade de novas células nervosas mas hoje estudos em animais mostram inclusive
efeitos no Brasil pela UFMG e Grandes Cidades no Brasil mostram que existe a possibilidade sim e específico no hipocampo de neurogênese de criações de novos neurônios não são todos os neurônios não são em todos os lugares do cérebro mas existem evidências já demonstrando essa criação de novas células não só a criação de novas células mais a criação de sinapses entre essas células não necessariamente vai ter um uma célula nova mas a conexão entre essas células nervosas pode ser estimulada a gente pra a alisar eu acho que essa cartilha não tá muito atualizada Vale lembrar que
os antidepressivos induzem neurogênese exatamente nessas áreas né E isso não é uma demonstração tão recente assim já tem aí para mais de dez anos pelo menos não como é que as pessoas que têm indicação desse tipo de tratamento conseguem acesso aí pegar um exemplo prático uma criança que tem convulsões e repetição tem várias síndromes que provocam isso na Como é que os pais fazem para conseguir esse medicamento o primeiro passo é uma consulta médica e o ideal seria uma consulta médica com um profissional que tenha essa experiência então durante essa consulta o médico vai fazer
questões específicas para avaliar se existe uma indicação e a gente sabe que o potencial terapêutico já tá bem de escrito né nas reflexões refratárias o médico faz uma escolha do produto prescreve esse produto e aí o produto pode ser comprado na farmácia ele pode ser importado ele pode ser comprado por meio de uma associação de pacientes que têm alguns pacientes que têm o habeas corpus que é um direito constitucional a constituição permite e que essa produção seja feita seja feita em casa é o ideal não é o ideal a gente tem dificuldade de controle a
gente não sabe exatamente o que tem ali agora tem pacientes que não têm condições financeiras nem comprar na farmácia nem de importar e nem de comprar pela associação tem alguns pacientes também que judicializaram pela secretaria de saúde e pelos planos de saúde Então essas são outras possibilidades isso aí é para ter o produto em mão aí a gente precisa usar o produto e aí Traz uma questão aqui que é um pouco desafiadora os médicos não estão acostumados com essa quantidade de personalização de idosos algumas especialidades em mãos agora o paciente que usa e não é
que muitas vezes eles tem que mudar de dose a cada 2 ou 3 dias e o médico ele não tá preparado na sua infra-estrutura do consultório para falar tantas vezes com seu paciente né imagina duas três vezes por semana tem paciente meu que a minha equipe e fala todos os dias porque é muito personalizado os efeitos colaterais são diferentes em cada paciente os ajustes também então eu acho que é importante no acesso depois né da aquisição é tem uma equipe multidisciplinar não acho que precisa seu médico para fazer esse ajuste mas alguém da sua equipe
para que hajam acompanhamento terapêutico só prescrição de cannabis resolve pouco o que que você vai fazer com esse produto quantas gotas em quanto em quanto tempo vou aguentar essa dor eu tenho feito colateral quantos dias eu vou demorar para conseguir falar com meu médico sobre isso então uma preocupação que essa família tem que ter na hora de escolher o seu médico ter certeza que existe alguém para fazer o a companhamento de forma estruturada porque se ficasse na mão do médico a gente não vai ter esse cuidado que a gente precisar ir com a frequência que
precisaria para tratar Dose Certa e não corre o risco de você tem uso abusivo destes medicamentos são alguém importa Porque ouviu dizer que é bom para ansiedade começa a tomar por conta própria existe sim a possibilidade como que a gente contrapõe a gente tem uma equipe médica focada em observar os padrões de consumo desse paciente quando a gente faz uma recomendação e acompanhe esse paciente a gente sabe o quanto que ele tá usando toda semana que passou do que você para escreveu você consegue identificar se é o uso abusivo ou não eu não vejo esse
padrão do meu consultório tá não é algo que eu vejo mas certamente uma possibilidade Mas eu prefiro aos pacientes que que conseguem obter autorização para importar os derivados da cannabis e começa a usar por e sem acompanhamento médico que riscos ele Core primeiro dos efeitos colaterais se o paciente está querendo fazer todos esses passos para uso Recreativo é uma perdição de tempo porque a coisa mais fácil que você tem hoje é comprar um óleo ou uma flor para uso adulto é muito trabalho e muito dinheiro para uso a luta dessa planta mas existe a possibilidade
desse paciente que tá fazendo uso medicinal começar uma usar uma dose é mais ele usa vamos ver uma dose para o seu uso terapêutico e pode estar começando a usar para o uso adulto e a gente só consegue identificar isso quando a gente controla dose de ser paciente agora se ele não tem um paciente acompanha o médico acompanhando o seu cuidado é difícil da gente conseguir achar uma solução para a gente não vai saber nem que o desafio tá acontecendo mas eu não observo isso com frequência não é um padrão que eu vejo se repetindo
o mesmo porque tem usado o faz o uso adulto é muito fácil tanto óleo como tá flor Brasil e consegue de que maneira por meio de carro bem legal hoje o adulto ele é ilegal então eles conseguem tem pessoas que fazem cultivo em casa tem pacientes que têm que compram de produtores que trazem de outros países é essa forma que normalmente as pessoas conseguem um acesso para esse tipo de uso você acha que algum dia nós vamos conseguir quebrar esse estigma que essa planta tem a erva do diabo e outras imagens semelhantes a essa cada
dia mais esperançosa na realidade é quando eu comecei a trabalhar com isso foi mais ou menos 2013 para 2014 é quando eu falava isso para os colegas era uma cara de espanto enorme e eu também fiz uma cara de espanto a primeira vez que um colega médico mencionou isso para mim eu fiz uma carga de spam então eu entendo o desconforto pela Nova é o mesmo da guerra contra as drogas que a cannabis é do mal a erva do diabo são muitos anos de demonização né dessa planta mas ao mesmo tempo eu vi o que
que era a cannabis quando falava essa palavra em 2013 2014 o que agora completamente diferente a gente tem hoje marcas muito estabelecidas é fazendo produtos de cannabis a gente tem comida a gente tem produtos de bem-estar A gente tem que terapias a gente tem uma universidade é uma das maiores universidades do Brasil a Unifesp que já formou quase 45.000 aluno os seus cursos de extensão são 45 mil a luz é muita gente isso quer dizer que já mudou claro que ainda tem muito preconceito mas se a gente pensar uma universidade única uma só já formou
quase 45 mil alunos quer dizer que esse preconceito pela ignorância está com seus dias contados como é o futuro dessa área médica eu vejo expandindo essa lista de indicação de evidências conclusivas do cfm como é a lista por exemplo do Canadá e de Israel é muito maior do que a sua lista da do cfm existem indicações que a gente não precisa de evidências conclusivas para ter base ali para uma indicação então por exemplo no caso de insônia tem medicamento de insônia onde a gente tem evidências moderadas E que esses produtos são registrados e usados para
tratamento de insônia Então eu acho que a gente precisam usar modelos que a gente já tem estruturado como por exemplo esse que Eu mencionei da insônia e trazer a cannabis e fazer algo equivalente se não precisa de evidência conclusiva o registro de medicamento quando a gente está falando com o medicamento para distúrbios do sono porque a gente tem que ter as evidências conclusivas nos canais nós então eu acho que a gente observar o que tá os modelos o funcionando e os modelos de outros países vai lá em cima eu falo que o governo brasileiro tinha
que vai falar com Israel porque é que vocês estão com essa lista aqui de 15 indicações eu não sei exatamente o número tá não tô com a lista aqui na minha frente porque eles já perceberam lá que se existe segurança o suficiente e a gente sabe que existe porque a gente já falou com existe morte documentada no uso do produto In Natura se a gente já tem as evidência da segurança e a gente já tem uma evidência limitada ou moderada da sua efetividade e isso deveria ser base suficiente uma tomada de decisão A questão aqui
é saber se é seguro o suficiente ou não a efetividade a gente já tem nos estudos científicos Então eu acho que eu te falo é mudar a estrutura dessa lista o que a gente precisa para ter essa lista de indicações que mostrariam base aí para outras indicações além dessas que a gente já tem evidência conclusiva eu não acompanho de perto essa área mas você sim você acha que é uma área e de vez em si assim no campo científico mesmo muitos estudos sendo feitos em vários países muito é io que pode-se plantar algumas pessoas é
que o Brasil é o país que tem mais publicações científicas nessa área o primeiro estudo científico Clínico foi feito em 1980 publicado em 1980 liderado pelo professor elisaldo carlini e da Unifesp e pelo professor não saiu mistura Húngaro radicado em Israel Então esse foi o primeiro milhares já foram publicados depois disso então eu vejo como certamente o número crescente toda vez que eu coloco ali no pubmed as palavras-chaves eu vejo aumente consideráveis então certamente crescendo e crescendo muito principalmente no Brasil que lidera o ranking de publicações científicas sobre esse assunto tá ótimo Carolina olha muito
obrigado pela sua atenção e vamos deixar bem claro para você que Que lindo nos vendo que nós estamos falando aqui sobre o uso medicinal da cannabis não não estamos falando do uso Recreativo que está sendo falado aqui na parte puramente científica que esse é o objetivo de ter trazido a doutora Carolina aqui para conversar com a gente muito obrigado obrigado um prazer estar aqui
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