[Música] olá quem vier a ler isto e com sorte a quem puder ouvir eu sou de Manaus e aqui há muitas coisas para contar mas gostaria de começar compartilhando algo que aconteceu principalmente comigo e com meu irmão quando éramos crianças naquela época não morávamos onde estamos agora mas em umas casinhas que há muito tempo desapareceram para ir à escola nossos pais nos acordavam bem cedo Antes de irem trabalhar e pouco depois meu irmão e eu seguíamos caminho atravessávamos um longo trecho deserto quase uma hora de caminhada toda manhã tínhamos que passar por uma área cheia
de árvores pequenas não Imaginem uma floresta eram moitas e árvores de poucos metros de altura mas em alguns trechos a vegetação ficava densa havia uma trilha no meio que todos nós que morávamos naquela direção usávamos para chegar à escola Estávamos acostumados a ela mesmo nas manhãs escuras em que saíamos e ainda parecia noite meu irmão e eu não nos assustamos nem nos incomodamos até o dia em que ele me disse que havia um homem entre as árvores olhei na direção que ele apontava mas não vi nada não dei importância e ele também deixou de vê-lo
Que estranho deve ter se escondido por aí vamos nos apressar disse ele ele voltou a vê-lo dias depois várias vezes e estava preocupado dizia que não era ninguém que conhecíamos e que algo estranho ele devia estar fazendo ali escondido fora da trilha eu achava esquisito continuar ouvindo meu irmão dizer que o via mas eu nunca conseguia ver nada quando eu olhava ele já não estava lá pedi que meu irmão o descrevesse e ele disse que era um homem com uma camisa branca abotoada até o último botão um palitó preto com ombreiras tinha olhos Fundos cercados
por olheiras marcadas e o cabelo branco uma descrição estranha para alguém no meio do mato mas tão detalhada que me fez perguntar aos meus pais vizinhos e pessoas por perto mas nada ninguém o conhecia nem nunca o tinha visto eu já pensava que ou meu irmão estava ficando louco ou estava realmente vendo algo estranho um espírito e que por isso eu não conseguia enxergar algumas pessoas podem ver fantasmas e outras simplesmente não mesmo que queiram dizia Nossa mãe mas um dia chegou a minha vez foi numa tarde em que precisei ir à cidade sozinho para
resolver umas coisas da minha mãe voltei a tempo de atravessar o lugar antes de escurecer para não precisar pegar a estrada e dar uma volta muito maior Já estava quase escuro no meio da vegetação quando ouvi alguém me chamar algo como um ei ou uma palavra distante que não entendi quando mei lá estava ele espiando entre duas ávores exatamente como o meu irmão o havia descrito não consegui ver bem o rosto por causa da luz e da distância mas parecia que ele movia a boca como se dissesse algo e depois começou a caminhar em minha
direção não sei se realmente caminhou Ou se era minha imaginação porque não vi as pernas dele estava atrás de um monte de vegetação não deu um segundo e corri desesperado até chegar em casa contando a minha mãe que saiu para procurar o homem que estava nos incomodando mas não encontrou ninguém ela que tomássemos muito cuidado de manhã e disse não vou mais mandar vocês para lá a essa hora pode ser um sequestrador esperando o momento certo para pegar vocês desprevenidos amanhã eu vou com vocês até a escola e depois alcanço o seu pai no trabalho
dito e feito na manhã seguinte ela foi conosco e nos levou até a escola nunca imaginei o que aconteceria para mim coisas estranhas nunca aconteciam com os adultos mas assim que entramos na área de vegetação meu irmão gritou lá está o velho nos viramos e o vimos muito perto a uns 40 met entre os galhos lembro que minha mãe nos colocou atrás dela gritou para ele e perguntou o que queria o velho sem dizer nada virou-se e foi para trás de algumas árvores o aconteceu emid vocês não acreditem mas é a mais pura verdade quando
ele foi para trás do monte de árvores saiu detrás de outra isolada por ali quando ele se moveu vimos bem só tinha a parte do estômago para cima eu juro não tinha pernas cintura nada era só aquela parte nos encarando e flutuando voltamos correndo para casa deixamos tudo para trás Inclusive a escola minha mãe saiu para fazer uma ligação e chamou uma conhecida para nos curar pois segundo ela não era normal estarmos vendo algo daquele tipo só de lembrar sinto arrepios graças a Deus e a todos os santos Essa foi a última vez que o
vimos mas isso nos deixou Marcados Para Sempre [Música] Boa tarde a todos que me ouvem sempre quis relatar um ocorrido que me aconteceu porém a falta de tempo sempre me pegava com a ajuda da minha filha Irei escrever com os melhores detalhes tudo que me lembro desse acontecido Bom vamos lá então meu nome é Marta Gonçalves e tenho 62 anos vivo em uma casa simples localizada na zona rural de Minas Gerais em um terreno cuja as partes adquiridas Minhas irmãs desde que me casei cuido desse lugar com o mesmo empenho com que minha mãe cuidava
de nós aqui entre cuidar do lugar e cultivar sua própria comida a vida tem um ritmo lento é um canto isolado onde o vento carrega os aromas do campo e as noites são muito escuras vees noci asbran volt há uma em particular que me segue como uma sombra é algo que Vivi quando crian alg queé hoje não explicares comus pais eas três irmã é Ceres no toal eu sou a mais vha depois vem Maria aana e a menor ne meus pais diziam que cada uma de nós tinha seu papel Digamos que eu era responsável aquela
que sempre ajudava na cozinha neade por outro lado era a energia da casa tinha apenas 7 anos mas era como um redemoinho Travessa sorridente e curiosa ela estava sempre correndo atrás das Galinhas ou inventando histórias sobre os animais da nossa ou das propriedades vizinhas no início tudo parecia normal minha irmã continuava sendo a mesma menina Alegre de sempre mas um dia algo mudou foi uma coisa pequena quase imperceptível começou a surgir um cheiro estranho nela não sei exatamente como relatar isso mas era como se algo podre a seguisse onde quer que fosse não era suor
nem o cheiro típico de quem brincou o dia inteiro no sol era algo mais profundo como se viesse de dentro meus pais não deram muita importância deve ser por causa do clima dizia minha mãe mas eu sentia que não era normal neade parecia limpa suas roupas eram sempre lavadas mas aquele cheiro persistia com o passar dos dias comecei a notar outras coisas minha irmã que sempre estava cheia de energia começou a se cansar sentava-se sob os banquinhos de madeira na sombra e ficava lá por um bom tempo olhando para o nada quando eu perguntava se
ela tinha algo Ela Só sorria e dizia estou bem Marta Mas eu sabia que ela não estava a centelha nos seus olhos estava se apagando um dia enquanto minha mãe e eu estávamos nazinha limando um frango o som da voz de neade me tirou dos Pensamentos ela estava falando sozinha no quintal perto da plantação de maxixe no início não prestei atenção já que ela sempre inventava amigos para se entreter porém dessa vez foi diferente o Tom dela não era o de uma criança brincando era algo mais baixo mais pausado como se estivesse respondendo a alguém
parei com O Canecão na mão e prestei atenção depois de alguns segundos aproximei-me devagar da janela e afastei a cortina com cuidado agora lá estava ela de pé ao lado das árvores com as mãos juntas na frente como se estivesse rezando neade chamei em voz baixa tentando não assustá-la com quem você está falando com uma menina respondeu ela com a voz tranquila engoli em seco e olhei para as árvores mas não vi ninguém apenas os galhos balançando suavemente que menina perguntei tentando manter a calma ela está aqui mas se escondeu disse que quer que eu
brinque com ela foi minha mãe quem percebeu primeiro que neade não estava mais comendo de manhã mal provava Um Pedaço de Pão ao meio-dia olhava para a comida como se não soubesse o que fazer com ela e na janta somente pegava o caldo ralo do feijão ela está doente mas vai melhorar dizia minha mãe mais para se convencer do que para nos tranquilizar infelizmente todos percebemos que não era assim seu corpo antes cheio deer e vida começou a ficar magro quase frágil as maçãs do rosto dela se destacavam mais e as sombras sob seus olhos
ficavam mais profundas até sua pele sempre queimada de sol parecia mais pálida naqueles tempos e ainda mais por aqui as pessoas não iam ao médico por qualquer coisa tudo se resolvia Com remédios caseiros minha mãe primeiro preparou um chá amargo acreditando que talvez tivesse pegado um resfriado neade bebeu tudo mas não pareceu funcionar depois tentou banhos mornos de manjericão e alecrin dizendo que ajudariam a limpar o corpo dela de qualquer coisa ruim neade deixava que fizessem mas o cheiro rançoso que emanava dela não diminuía as noites também começaram a mudar compartilhávamos o quarto como sempre
mas o silêncio do cômodo que antes era confortante agora parecia opressivo certa madrugada acordei de repente com o coração disparado sem motivo aparente não sabia o que tinha me acordado até que ouvi era um som baixo e irregular como se algo estivesse raspando suavemente a madeira fiquei imóvel na cama olhando para o teto tentando me convencer de que talvez fosse um rato no chão mas então ouvi de novo e dessa vez percebi que não vinha do chão vinha da cama da neid era a respiração dela ela inspirava devagar mas o som que saía era estranho
incomum não era o normal de alguém respirando era mais profundo quase gutural como um Ronco que não combinava com um corpo tão pequeno uma noite por volta da meia-noite Seu grito rompeu o silêncio da casa não foi um grito normal e não era a voz da neade era algo profundo e rouco como se uma mulher idosa tivesse tomado o lugar dela meus pais chegaram correndo do quarto deles meu pai segurava uma lâmpada a querozene e sua luz oscilante iluminava o cômodo eles ficaram ali por vários minutos até conseguirem acalmá-la até que ela conseguisse dormir novamente
com o passar dos dias minha mãe decidiu que os remédios caseiros já não eram suficientes todas as noites depois jamos a rezar o Rosário no quarto dela mamãe colocava uma vela ao lado da cama e toda a família se reunia ao redor papai liderava as orações enquanto nós o seguíamos em voz baixa na primeira noite ne ficou deitada olhando para o teto sem fazer barulho minha mãe insistiu que o Rosário a acalmaria mas eu não estava tão convencida na noite ela começou a nos insultar no início eram murmúrios que não conseguíamos entender direito mas logo
ficou mais claro papai tentou acalmá-la aproximando-se mas ne escar nele foi rápido e o silêncio que se seguiu foi tão pesado que nenhum de nós soube como reagir naquela noite minha mãe chorou muito enquanto rezava na manhã seguinte o cheiro no quarto era tão forte que mamãe precisou abrir todas as janelas havia algo naquele odor que era impossível ignorar como carne apodrecida sob o sol por dias minha mãe trocou os lençóis novamente e colocou ervas frescas ao redor da cama mas o odor parecia emanar da minha irmã era um lembrete constante de que o que
estava acontecendo não era normal nossos pais não diziam isso em voz alta mas suas expressões eram Claras eles estavam com muito medo uma tarde enquanto eu levava lençóis limpos ao quarto minha irmã estava sentada na cama com as costas eretas e as mãos descansando sobre as pernas parei por um momento notando como ela mexia as mãos de uma forma nervosa de repente o movimento mudou ela comeou a dobrar os dedos para trás primeiro um depois outro como se estivesse testando até onde poderiam ir antes que eu pudesse me aproximar ela empurrou o indicador da mão
direita para trás com tanta força que ouvi estlo seco do osso se quebrando o som me fez dar um passo para trás levando a mão à boca para não gritar minha irmã ne soltou um grito de dor e agarrou a mão com força corri até a porta e chamei por minha mãe ela chend seguida do minha mã segado como você fez isso minha filha perguntou ela mas não respondeu eu fiquei calada como poderia contar que tinha visto minha irmã dobrar os dedos de forma tão doentia as noites seguintes foram um tormento na terra ela não
dormia e também não nos deixava dormir os sons eles noite em particular a encontramos se jogando contra a parede sua cabeça ia e vinha com força meu pai Correu para segurá-la e gritou enquanto tentava contê-la sua força era incrível para uma criança tão pequena meu pai um homem acostumado ao trabalho pesado mal conseguia mantê-la quieta os ruídos que ela fazia durante a madrugada me deixavam nervosa e às vezes eu preferia rezar em silêncio a até o cansaço me vencer aquela noite não foi diferente mas algo me despertou no meio da madrugada um som suave como
uma porta se abrindo abri os olhos e vi a cama da minha irmã vazia a coberta que nossa avó havia feito estava no chão e a porta do quarto estava entreaberta mãe a neid saiu gritei despertando todo mundo meus pais saíram enquanto eu fiquei com minhas irmãs junto a porta observando meu pai iluminar o terreno com sua lâmpada Ouvi sua voz chamando por neid várias vezes mas não houve resposta ele voltou quando o sol já estava fritando o ovo estava com o rosto abatido o corpo cheio de Barro Vermelho e as mãos tremendo ele deixou
o canivete sobre a mesa e minha mãe começou a chorar de forma dolorosa eu me senti incapaz de me mover havia algo no rosto dele que me me encheu de um medo que eu nunca tinha sentido antes 10 minutos depois sem almoço Todos saímos para procurá-la pelo Mato Chamando por ela com a esperança de ouvir sua voz mas o tempo passou e não encontramos nada no segundo dia foi igual embora o cansaço e a preocupação estivessem nos consumindo cada vez era mais difícil manter qualquer pensamento positivo chegamos ao rio quando o sol já estava alto
enquanto mamãe e eu procurávamos perto da margem uma das minhas irmãs atravessou para as pedras maiores aqui está gritou de repente com uma voz que nunca esquecerei Me virei imediatamente e vi como ela levou as mãos ao rosto recuando e tremendo corri até onde estava e então a vi neade estava lá entre as pedras de bruços vestia a mesma roupa daquela noite e o cabelo estava grudado no rosto sua pele tinha um tom acinzentado e a água continuava passando por baixo do corpo dela como se tentasse levá-la papai chegou logo depois foi ele quem a
carregou nos braços com o rosto endurecido pela dor mamãe não parou de chorar durante todo o caminho e eu sentia um peso insuportável no peito havíamos perdido minha irmã e não havia nada que pudesse para is agora tantos anos depois ainda não consigo entender o que aconteceu com ne sempre que fecho os olhos e penso naqueles dias é como se o tempo não tivesse passado ainda vejo seu olhar fixo e sinto o cheiro que preenchia a casa tudo continua tão fresco em minha memória que às vezes parece que aconteceu ontem vivo aqui na mesma Terrinha
mas não na mesma casa on aquela já caiu com a forte chuva que teve alguns anos atrás meus pais faleceram há muito tempo e minhas irmãs Se mudaram para São Paulo onde elas têm em conjunto uma grande casa de materiais de construção elas direto me convidam para ir morar com elas dizem que é melhor deixar certas lembranças para trás não sei se isso ajudaria em algo mas Ultimamente tenho sentido muita falta da neade vezes fico imaginando como teria sido nossas vidas se nada disso tivesse acontecido bom não irei me estender ainda mais pois sei que
essa história ficou bem grande agradeço aqueles que me ouviram e ótimas festas a todos [Música] passava da meia-noite e eu estava na metade de uma longa viagem de carro voltando da casa do meu irmão não era o dia de Natal mas era nessa época do ano aquela noite foi o principal encontro da nossa família estava frio lá fora mas a neve não caía com muita intensidade apenas o suficiente para dificultar a visibilidade não havia carros atrás de mim nem à frente que eu pudesse ver Foi então que notei um homem parado na beira da estrada
acenando para mim ele parecia mal agasalhado vestindo apenas uma jaqueta leve e sem luvas eu quase passei direto por ele mas parecia errado deixá-lo ali não achei que ele aguentaria muito tempo no frio Então senti uma responsabilidade dei marcha a ré abaixei o vidro e perguntei você precisa de uma carona ele assentiu e entrou no carro sem dizer uma única palavra ele não disse nada enquanto subia apenas esfregou as mãos e ficou olhando para a frente seu rosto parecia como se ele estivesse ali fora há bastante tempo perguntei para onde ele estava indo mas ele
ainda não respondeu ele apenas me olhou de relance e voltou a olhar para a frente ele também estava tremendo eu disse a mim mesmo que ele provavelmente estava só com frio e cansado aumentei o aquecimento e continuei dirigindo de tempos em tempos eu olhava para ele mas ele continuava calado suas mãos permaneciam nos joelhos e os dedos tremendo um pouco como se ele estivesse tentando aquecê-los continuei falando principalmente para quebrar o silêncio comentei sobre como as estradas estavam vazias e como já era tarde mas ele não reagiu depois de uns 10 minutos decidi parar de
falar se ele não queria conversar tudo bem por mim eu só queria chegar em casa os faróis iluminavam os flocos de Neve que caíam e a neve soprando pela estrada fazia parecer que eu estava dirigindo por um túnel era Pacífico de certa forma mas eu não conseguia afastar a sensação de que tinha feito algo errado ao dar carona para ele olhei para ele algumas vezes esperando que dissesse algo naquele ponto eu já tinha quase certeza de que ele estava sob efeito de algo ou pelo menos bêbado comecei a me arrepender de ter parado disse a
mim mesmo que o deixaria no próximo posto de descanso e acabaria com isso mantive um olho nele enquanto dirigia ele não se movia apenas olhava fixamente para a frente como se estivesse em trans pensei em perguntar novamente para onde onde ele estava indo mas desisti a tensão estava aumentando e eu ficava mais desconfortável a cada minuto o posto de descanso não estava longe talvez há uns 10 minutos na estrada eu sabia que haveria pessoas lá para ajudá-lo então achei que ele ficaria bem verifiquei o relógio no painel observando os minutos passarem devagar de vez em
quando olhava para ele novamente do nada ele desabotoou o cinto de segurança e começou a se mexer olhei para ele pensando que talvez ele fosse pedir para parar o carro mas então ele se virou no banco e começou a subir para o banco de trás eu disse Ei você não pode fazer isso fica onde está ele não respondeu continuou se mexendo e grunhindo enquanto se espremeu entre os bancos uma das Botas dele me Acertou na lateral da cabeça desviei o volante para o lado mas consegui endireitar o carro aquilo foi o fim para mim eu
estava farto encostei o carro na beira da estrada Arranquei as chaves da ignição saí do carro e Bati a porta atrás de mim depois fiquei ali por um segundo respirando fundo minhas mãos tremiam mas eu não sabia se era por causa do frio ou do nervosismo Peguei o telefone e liguei para a polícia disse que tinha pegado um carona que não queria sair do meu carro a neve estava caindo mais forte agora e eu não estava vestido para isso então esperava que os policiais chegassem rápido fiquei de olho no carro observando o homem Ele estava
no banco de trás inclinado para frente como se estivesse tentando ver Algo no chão dei alguns passos para trás sem querer ficar muito perto as viaturas chegaram cerca de 15 minutos depois dois policiais saíram um apontando uma lanterna para mim e o outro para o carro eles perguntaram se eu estava bem e expliquei o que tinha acontecido mantendo os olhos no carro o tempo todo um dos policiais se aproximou do meu veículo e bateu na janela ele mandou o homem sair a princípio ele não se mexeu apenas ficou sentado o policial bateu novamente e finalmente
o homem abriu a porta lentamente como se tivesse todo o tempo do mundo o policial agarrou seu braço e o puxou para fora eles o revistaram Enquanto o outro policial conversava comigo você fez bem em nos chamar mas pegar carona com estranhos por aqui nem sempre é uma boa ideia o Tom dele era meio repreensivo e eu sabia que merecia isso quando revistaram o homem que estava no meu carro encontraram três pistolas carregadas presa ao cinto um frasco de spray de pimenta no bolso do casaco e uma foto bizarra de um torço humano o policial
me lançou um olhar e eu entendi o que aquilo significava poderia ter sido muito pior para mim eles algemaram o homem o colocaram na viatura e disseram que eu estava liberado mas que precisava ir de manhã na delegacia para reportar onde tinha pegado esse rapaz voltei para o meu carro Tremendo e fiquei sentado lá por um minuto segurando o volante com as duas mãos pensei no quão estúpido foi parar por ele Fiquei com pena ao vê-lo lá fora mas isso Não significava que eu tinha que pegá-lo na manhã seguinte fiz o que o policial me
disse e fui relatar Onde exatamente deixei o homem subir no meu carro Fiquei sabendo que ele estava envolvido em um crime mas nunca recebi atualizações da polícia [Música] Boa tarde Comunidade do Diário Dos pesadelos Essa não é uma experiência minha mas de um senhor que nos enviou no grupo de contos há algum tempo meu nome é Manuel sou motorista de aplicativo aqui no Espírito Santo e estou nesse trabalho então aa é pouco tempo normalmente as noites de fim de semana costumam ser muito boas com tarifas altas que fazem valer a pena sair para trabalhar vou
falar de uma noite em que estava dirigindo desde o centro da cidade quando Aceitei uma corrida que ia das margens até próximo a Anchieta eu sabia que era perigoso emos de seguran Aia continuar Trabalhando apesar do horário eram 2as da manhã o passageiro era um jovem muito gentil e não tive problemas durante o trajeto no entanto conforme nos aproximávamos do destino comecei a me preocupar era nos limites muito afastado das pessoas quando o deixei Tentei sair rápido dali embora preferisse aceitar outra corrida para não andar sozinho por aquela área foi então que aceitei outra me
afastando ainda mais em direção a uma estrada que conectava os bairros próximos era um caminho completamente escuro e apenas os faróis do meu carro iluminavam o trajeto o vento batia forte nessa noite e mesmo com as janelas fechadas eu podia ouvi-lo e vê-lo estampado no para-brisa enquanto dirigia algo estranho aconteceu comecei a ver silhuetas paradas à beira da estrada não pareciam pessoas normais não tinham roupas nem cores apenas formas que caminhavam no meio da noite Pensei que talvez fossem pessoas acostumadas à escuridão daqueles lugares finalmente Cheguei ao local onde deveria buscar meu próximo passageiro o
rapaz me agradeceu muito pois já era por volta das 1 da madrugada e osas meio desconfiados Ger gerar que era quase no meio do nada mas só isso já em confiança comentei que ao ir buscá-lo havia visto pessoas andando à beira da estrada que me pareceram estranhas antes de terminar ele me interrompeu dizendo pessoas isso me surpreendeu mas ele explicou que toda vez que pedia uma corrida nesse horário os motoristas mencionavam o mesmo que viam pessoas caminhando naquela estrada mas que isso era quase impossível fiquei um pouco pensativo mas me mantive calmo pois essa corrida
me levou um pouco mais para perto da cidade quando o deixei ele me disse para ter cuidado e pediu que eu dirigisse com atenção pouco depois recebi outra corrida a terceira naquela região o destino era numa área mais movimentada Então decidi aceitar era uma corrida boa mas me levou Por uma estrada de terra que eu nunca tinha visto antes primeiro passei por uma área cheia de carros caros o que me deu um pouco de confiança no entanto logo o GPS me levou para um caminho de terra afastando-me das luzes e me levando a uma trilha
Estreita cercada por árvores espinhosas o vento fazia com que as árvores ao longe parecessem se fechar como em um filme de terror continuei dirigindo até chegar ao ponto indicado um salão iluminado com um quiosque presumi que meu passageiro fosse algum segurança garçom ou alguém terminando o turno tarde mas algo não fazia sentido as únicas luzes eram as do salão todo o resto era escuridão árvores à frente os faróis do meu carro e as lanternas traseiras vermelhas os do minutos de espera da aplicação passaram e ninguém isso era estranho porque quando alguém Pede uma corrida tão
longe e nesse horário costuma sair rápido para que o motorista Não cancele enviei uma mensagem ao passageiro mas não foi entregue Foi então que algo estranho começou senti que havia gente ao redor houve passos e tive a sensação de que alguém estava prestes a entrar no carro olhei pelos retrovisores e vi as mesmas silhuetas entre as árvores que tinha visto antes na mas agora mais próximas podia jurar que quase sentia mãos tentando abrir as portas já estava ali por 6 minutos jurando que eu estava louco pois as silhuetas continuavam rodeando o carro finalmente decidi olhar
para o salão Mais uma vez e foi então que algo me gelou o sangue já não havia mais nada ao fundo era como se o salão que eu tinha visto Nunca tivesse existido entre as árvores que rodeavam o lugar sentia algo escondido com um olhar fixo em mim como se pensasse que eu não podia vê-la mas eu vi entrei em Pânico liguei o carro e saí de lá enquanto olhava para trás vendo sombras surgirem entre as árvores desliguei o aplicativo e decidi ir direto para casa estava com frio medo e meus dentes batiam não sei
o que vi mas sinto que já tinha visto antes na estrada meu nome é Manuel Ramos e naquela noite aprendi que há lugares onde não devemos ir e coisas que é melhor não [Música] ver há 13 anos oportunidade de viajar para a Europa em Uma Aventura de mochilão embora não totalmente à cegas eu levava comigo os conselhos e recomendações de uma amiga que um ano antes havia feito o mesmo tipo de viagem tive a oportunidade de conhecer muitos lugares e pessoas por não ter uma agenda fixa nem pressa para voltar pude ficar períodos mais longos
em algumas cidades onde conseguia trabalho para custear minhas Esse foi o caso de Londres onde fiquei por quase 7 meses viver lá foi uma das melhores experiências da minha vida não só pelo lugar mas também pela quantidade de coisas que aprendi e Vivi junto com novas amizades tudo isso contrasta com a única e estranha aventura que tive com alguns desses amigos a qual relato Air difícil omitir detalhes de qualquer forma um dos lugares que eu mais desejava conhecer era o mítico Stone H anos ouvindo histórias e lendas sobre esse lugar faziam dele uma visita obrigatória
assim junto com um grupo de amigos dois homens e três mulheres decidimos visitar o local tivemos que pegar um trem de Londres para salsbury e de lá um ônibus a visita foi memorável tão interessante que nos esquecemos de que o último ônibus para salsbury saía às 17:30 e o perdemos na Inglaterra anoitece muito cedo e às 17 já está praticamente noite especialmente naquela época do ano ainda inverno lá estávamos nós presos a 15 km da estação de ônibus mais próxima com muito frio e pouco dinheiro nos bolsos pedimos ajuda a outros visitantes que estavam saindo
do local de carro mas para nossa má sorte a maioria dirigia veículos compactos e já estavam lotados aqueles que podiam nos levar eram homens desconhecidos e não queríamos que nenhuma das meninas viajasse sozinha com quem não conhecíamos com coragem decidimos caminhar os 15 km à beira da estrada pedindo carona pelo caminho embora ninguém parasse no início muitos carros passavam e iluminavam o caminho mas depois de quase uma hora andando a estrada parecia deserta e completamente escura para os mais jovens gostaria de esclarecer que há 15 anos os celulares e a comunicação não eram O que
são hoje nem todos tinham lanternas internet móvel muito menos aplicativos como Uber estávamos completamente sozinhos no início nossa única preocupação era chegar a tempo e não perder também o trem para Londres O que significaria passar a noite em salsbury sem dinheiro suficiente caminhávamos naquela Estrada solitária rodeada apenas por Campos até onde a vista alcançava embora aquela hora só conseguíssemos ver poucos metros à frente conforme avançávamos começamos a sentir medo era aquele medo primitivo a sensação de estar em perigo e sendo observado as meninas foram as primeir a notar que estávamos sendo vigiados da Escuridão nas
margens da estrada pensamos que estavam impressionadas e nos recusamos a acreditar até que ouvimos alguém ou algo caminhava paralelamente a nós escondido na escuridão no começo tentava disfarçar sua presença mas depois parecia não se importar em fazer barulho ao andar o som de Galhos se quebrando e arbustos se movendo nos deixou em Alerta A Primeira ideia foi correr mas uma das meninas apontou o Óbvio correr no escuro poderia nos fazer cair ou nos separar Além disso talvez não fosse nada decidimos continuar caminhando juntos mas num ritmo mais apressado Às vezes parecia que o que nos
seguia desistia e ficava para trás mas em outros momentos ouvíamos os passos mais próximos eu estava meio assustado mesmo pensando que poderia ser apenas um brincalhão ou alguém tentando nos assustar a incerteza sobre suas intenções me deixou nervoso continuamos por vários minutos tentando acelerar o passo para nos distanciar até que uma das meninas não aguentou mais e parou de repente ela virou-se para o lugar de onde vinham os sons e chorando gritou para que nos deixassem em paz seus gritos que pareciam ecoar por quilômetros silenciaram tudo ao redor Foi então que aconteceu o pior de
dentro das sombras Surgiu uma silhueta de forma humana extremamente magra e muito mais alta do que qualquer um de nós não conseguíamos distinguir nenhum detalhe apenas que era escura como uma sombra mais negra do que a própria escuridão ao redor embora não pudéssemos ver seus olhos era evidente que nos observava famos sem saber o que fazer até que a figura deu um passo em nossa direção nesse momento toda a lógica desapareceu e corremos corremos sem parar não sei por quanto tempo ou distância Mas pareceu uma eternidade o outro rapaz do grupo foi o primeiro a
ficar para trás e ao parar sem fôlego nos obrigou a parar também ainda estávamos assustados Mas a distância que colocamos entre nós e aquilo além do o cansaço nos deu certa tranquilidade para nos reorganizar ficamos em silêncio prestando atenção na escuridão e nos sons para nosso alívio os ruídos dos insetos voltaram indicando que o perigo Parecia ter passado continuamos nosso caminho olhando para trás várias vezes até chegarmos ao destino sem mais contratempos e conseguirmos pegar o trem no trem ninguém comentou nada Sobre o ocorrido só falamos sobre isso dias depois já em casa quando nos
relembramos mas sem ter total certeza do que [Música] vimos sou um pai solteiro e meu filho se mudou H cerca de 5 anos morávamos boulder Colorado mas ele se mudou para Seattle por causa de um emprego naquela época eu já não tinha mais um motivo real para morando lá então meei para o Alasca eu tinha economizado dinheiro suficiente para não precisar trabalhar em tempo integral com isso e os pagamentos de pensão alimentícia que ainda recebia da mãe do meu filho consegui comprar uma casa decente no Norte sempre adorei estar ao ar livre e o Alaska
me oferecia isso em abundância esqui acampamento eu fazia de tudo era o tipo de vida com que sonhei por anos certa manhã de dezembro decidi explorar uma trilha que estava planejando conhecer era um lugar tranquilo longe das trilhas populares onde você encontra outros caminhantes e turistas a previsão do tempo mencionava alguns flocos de Neve mas nada sério então levei uma mochila leve levei apenas suprimentos para um dia bastante água alguns Lanches um kit básico de sobrevivência e algumas camadas extras de roupa Achei que estaria de volta à minha caminhonete antes do anoitecer a caminhada começou
como qualquer outra o frio era mais intenso do que eu esperava mas assim que comecei a me movimentar não me incomodou Mais enquanto caminhava não vi nenhuma outra pessoa mas notei sinais de que outras tinham passado por ali havia algumas pegadas fracas e pontas de cigarro na Neve elas teriam sido cobertas rapidamente por lá então eram recentes à tarde a neve comeou a cair com mais força e mais rápido do que eu esperava no início achei que fosse passageiro mas não era o vento aumentou soprando a neve de lado a trilha começou a desaparecer sob
uma camada fresca de Neve e logo eu não conseguia mais ver os marcadores já enfrentei climas piores mas é diferente quando você está sozinho tentei voltar pelo mesmo caminho mas tudo parecia igual depois de um tempo percebi que estava andando em círculos via minhas próprias pegadas sendo cobertas por Neve fresca parei e tentei me localizar mas foi nu Foi então que vi uma velha cabana de caça quase invisível na Neve espessa foi pura sorte ter conseguido vê-la no meio da Tempestade não era grande coisa apenas uma pequena caixa de madeira com uma porta de metal
mas era melhor do que ficar preso ao ar livre corri até lá e abri a porta entrando fechei a porta e respirei fundo estava escuro lá dentro mas consegu um pequeno banco e um fogão à lenha no canto já tinha visto cabanas assim antes e esta não era diferente achei que ficaria bem por um tempo só precisava esperar a tempestade passar o vento batia contra a Cabana fazendo as paredes rangem sentei-me no banco de madeira lascada esfregando as mãos para aquecê-las conseguia acender um fogo no fogão usando algumas toras velhas empilhadas no canto o calor
foi se espalhando lentamente pelo ar apenas o suficiente para tirar o frio intenso achei que ficaria bem durante a noite era tarde demais para voltar à caminhonete e eu não ia arriscar me perder ainda mais no escuro as horas passaram devagar eu verificava o fogão de tempos em tempos colocando mais madeira para manter o fogo aceso a única luz na cabana vinha do brilho do fogão e já tinha me acostumado ao som do vento Mas então ouvi outra coisa Alguém estava gritando bem ao longe levantei-me e fui até a porta encostando o ouvido nela lá
estava de novo um grito distante e prolongado não dava para entender o que diziam mas era claramente a voz de uma pessoa olhei pela janela ao lado da porta mas não vi ninguém apenas a neve caindo fiquei na janela por um tempo observando nada mexeu achei que talvez fosse um caçador ou Caminhante perdido como eu já havia estado antes mas algo parecia errado a maioria das pessoas não estaria andando por aí em um clima como aquele a menos que não tivessem escolha voltei a sentar mas mantive os olhos na porta não demorou muito para que
eu ouvisse passos na Neve eles circundar A Cabana passo a passo movendo-se bem perto das paredes meus olhos ficaram fixos na porta e os passos pararam bem na frente dela eu podia até ouvir alguém respirando do outro lado a maçaneta de metal se mexeu mas não girou completamente era apenas um leve movimento como se quem estivesse do outro lado estivesse testando se estava destrancada até aquele momento eu estava calmo mas ouvir a maçaneta se mexer assim fez meu corpo inteiro se enrijecer continuei o mais quieto possível observando a porta do canto mais distante da cabana
a maçaneta parou de se meer e Por um momento achei que tinham ido embora então ouvi Passos novamente movendo-se ao redor da cabana fui até porta pronto para abri-la e ver quem era mas quando tentei girar a maçaneta ela não se movia estava trancada do lado de fora Foi aí que percebi que não estava lidando com alguém que precisava de ajuda eu havia sido trancado lá dentro continuei Atento e finalmente de manhã após muita luta consegui voltar à caminhonete derrubando a porta desde então nunca mais saí sem meu rifle