A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - Podcast História Preta #9

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História Preta
No Brasil houve um momento histórico em que era possível identificar um falar africano, mas com o te...
Video Transcript:
o carro venceu pesado Odair tratar o e esse é o Rodrigo Santana representando um dos seus personagens de maior sucesso no Zorra Total [Música] Coitadinha ela ela ela não tem tênis para ir à aula personagem Adelaide uma mulher negra que acompanhada de sua filha pequena pede dinheiro no trem enquanto fala de uma forma bem estereotipado Traz papel Rodrigo que tem ascendência negra se pinta com uma tinta marrom os a peruca uma dentadura sem os dentes da frente e o nariz Bem largo que não deixa dúvidas das origens étnicas da e houve muitas críticas e protestos
contra esse quadro do Zorra Total por ele apresentar mais uma vez os negros como um sujeito os desonestos que leva uma vida fácil sem trabalho e tiram vantagens da Bondade de pessoas pacatas curioso é que esse tipo de personagem cômico é comum em quase toda a América escravista nos Estados Unidos o teatro de menos stress tinha atores brancos pintados de preto que como vimos no episódio olhos que condenam foram responsáveis por difundir uma série de estereótipos raciais que vir a justificar as leis de segregação racial na Colômbia o personagem é o soldado me conta também
gerou um monte de Protestos após anos e anos apresentando de forma estereotipada que o sotaque dos negros que viviam na Costa do Atlântico II a vaca dinheiro só que eu sou eu é gradual Liss tudo isso esses personagens têm um elemento em comum eles falam diferente da Norma culta de seus idiomas e isso por si só aparentemente já é a piada porque meio que a gente gosta de zombar de quem não fala certo e certo aqui é com muitas as pos e você vai entender o porquê a escola é responsável de ensinar um português único
mais formal facilitar a comunicação em todo território nacional e de forma que escrevendo um gaúcho um amazonense todos possam se entender sem dificuldade a também um caráter colonizador que põe a sua língua aos colonizados por meio do ensino formal seja qual for o motivo é preciso compreender que a gramática está para normatizar o idioma Numa regra única é um jeito de tentar encaixotar o idioma falado o idioma falado ele é mutável e ganhou uma série de nuances e mudanças dependendo de onde vocês é um exemplo bom que sempre ouço por aí é que a gramática
é uma poça d'água parada estática com poucas possibilidades de mudança já o idioma falado é um rio que não para de se mover e corre de um lado para o outro então a gramática em muitos casos se torna a excludente é tanto ler um texto jurídico é um vocabulário pouco usual no dia a dia dizem que é proposital para ser incompreendido por uma certa a camada social mas o ponto é que quem não tem acesso a esse português normatizado é taxado de burro que não sabe falar português que é o seu próprio idioma sendo assim
não tem como você dizer que o Maranhense eu falo português errado não ele fala português que se fala no Maranhão assim como sujeito do Acre falo português que se fala no Acre nos Estados Unidos e em outros países escravistas ocorreu um fenômeno linguístico curioso as pessoas escravizadas adquiriram um jeito próprio de fazer há ainda uma série de motivos históricos e particulares de cada país o fato de que a população escravizada foi privada educação formal é um dos motivos para que isso ocorra no Brasil de hoje não é possível identificar um sujeito negro apenas ouvindo ele
falar o jeito que Adelaide fala não é um jeito negro de se falar diferente dormir conta da Colômbia e dos Menestréis nos Estados Unidos não é possível dizer hoje em dia qual é a etnia da Adelaide só ouvindo ela falar mas quando ela fala quitarra fazendo algo ou quando ela pede 50 centarro ela dá uma pista de onde vem essa maneira como ela fala e esse tipo de expressão o jeito de falar não é um erro na verdade é uma pegada um vestígio deixado pelo contato entre dois idiomas que aqui no caso é o português
e os idiomas de origem bantu no Brasil Houve um momento histórico em que era possível identificar a falar africano mas com o tempo esses idiomas quase desapareceram cedendo ao projeto de unificação nacional que difundiu o português por todo o território nacional eu digo quase porque na verdade ele foi incorporado ao idioma da classe dominante e ajudou a criar um novo Português o Português do Brasil [Música] Olá meu nome é Tiago e o história preto de hoje é sobre a influência africana no português do Brasil e gravata com o nariz e vários a calúnia chegar outra
pessoa e a Nina acredita Belo princípio sim senhor acreditarem que é isso aí que você está ouvindo é o Bruno Aleixo um dos personagens mais engraçados que a gente pode encontrar no YouTube Eu só botei ele aqui para você ter mais ou menos uma ideia de como se fala o português hoje lá em Coimbra a terra do Bruno Aleixo e como pode ser difícil para nós brasileiros e entendermos esse idioma mesmo que nós mesmos também falamos o português entendeu Porque falamos como falamos pode ser uma tarefa um tanto quanto complicada para fazer não podcast só
mas o que eu vou tentar fazer aqui é a lançar pelo menos É sobre esse tema que é espinhoso para que seja pelo menos um ponto de partida para que a gente entenda o que houve com o nosso português é importante ressaltar que vamos falar principalmente sobre o português oral que se fala não sobre o português que se escreve o escrita parece bobagem mas as mudanças no português escrito são diferentes do português falado a mudança na escrita é facilmente detectável já que deixa vestígios mais duradouros geralmente datados em documentos oficiais e cartas já o idioma
falado ele é mais fluido mutável e portanto mais complicado também ser mapeado na linha temporal histórica isso é bem compreendido por todos né maneira como nos expressamos por meio da escrita é diferente do jeito que nos comunicamos no dia a dia do idioma falado quer ver só a maneira que a gente se expressa escrevendo é diferente do jeito que se fala no dia a dia tá vendo eu falei a mesma coisa só que da primeira vez parecer um pouco mais quadrado pouco mais formal e na verdade esse é meu maior desafio aqui na história preta
é tentar fazer com que você esqueça que eu tô olhando um roteiro previamente escrito quando li um texto você logo percebe que é um texto porque né ao invés de falar por exemplo para você talvez lembro eu vai dizer para você e isso faz toda a diferença para quem tá ouvindo e quando um brasileirinho Pernambucano vai escrever sua redação do Enem a priori e ele vai escrever igual ao cearense também brasileirinho fazendo sua redação neném mas quando esses dois se encontra ao vivo EA cores para conversar parece que falam idiomas totalmente diferente da do isso
táxi gírias próprias de cada região as expressões e tudo mais por isso é importante fazer essa separação entre a linguagem escrita EA linguagem falada Isso vai ser de suma importância para a gente compreender o que vem a seguir [Música] E aí e o Brasil não era Brasil quando os portugueses aportaram no litoral esse lugar era ocupado por diversas Nações Indígenas que se diferenciavam entre sim muitos aspectos inclusive no idioma antes mesmo do primeiro português branco da Bom dia numa praia da Baía de 1.500 já havia pelo menos mais de mil línguas dos grandes troncos Tupi
macro-jê em contato com estante por aqui e o português era agora só mais um idioma caindo de paraquedas nessa mistura cultural que olha para o Brasil assim grandão com 99 porcento da população falando a mesma língua tem de achar que isso tá posto desde 1500 como se Cabral chegasse aqui e automaticamente descer Se o Espírito Santo com línguas de Fogo sobre todo ser vivente e automaticamente todos falassem português mas não é bem assim Brasil demorou um bocado a o Brasil que conhecemos do processo de hegemonia da língua portuguesa é um processo bem longo a verdade
é que a ideia de unidade territorial e política identidade nacional São coisas que só vão se popularizar dois ou três séculos depois de 1.500 Resumindo bem um processo que foi bem longo aqui no nosso caso os estados portugueses eram estado do Brasil que ficava mais ao sul e o estado do grão-pará e Maranhão cada um tinha seu Governador só a legislação própria os costumes culturais tu mas tem direito para você ver o mesmo depois do Brasil declarar sua independência da coroa portuguesa lá em 1822 o Estado do Pará né que agora era só Estado do
Pará vai permanecer fiel a Lisboa por mais um ano e aí sendo anexado ao Brasil só em 1823 se nem o território era o único imagina-se o idioma seria português não era uma língua Popular aliás é só vai se difundir alcançar popularidade conhecimento geral a partir do século 19 com a chegada da família real no Brasil até lá ele vai ser uma língua meio que Marginal assim restrito aos grandes centros urbanos assim de comércio tudo mais que aonde vai ser necessário o seu usado português já que vai ter muito contato entre brancos nascidos na colônia
e brancos europeus ou seja o primeiro século de exploração Colonial não existia a figura do brasileiro falante e uma única língua vivendo sob os mesmos símbolos nacionais e blá blá blá Isso vai ser uma invenção para mais tarde vai ser o primeiro desafio da República inclusive construir uma origem mítica que fosse comum a todos os brasileiros para buscar uma certa unidade uma identidade que fosse não mais Regional mas agora Nacional por isso que é tão importante para esse processo o ensino da gramática a repressão para que se fale o português é correto mas lá no
início de toda essa bagunça chamada Brasil a igreja o estado busca uma unidade linguística através de uma espécie de política de línguas Para viabilizar o projeto colonial e da evangelização também dos indígenas naquele primeiro momento Essa política de língua diferenciava as línguas em basicamente duas as línguas particulares e as línguas Gerais as línguas Gerais eram aquelas de comunicação entre o sujeito de etnias e línguas particulares diferentes mas que habitavam numa mesma região todos os portugueses foi fortalecer as línguas Gerais nos dois estados que eles tinham na América assim surgiu que os linguísticas de hoje chamam
de LGP ou língua geral Paulista que era formada a partir do Tupi falada em todo litoral e na região de São Paulo EA LG a língua geral amazônica também conhecida como hidrato que tinha por base o Tupinambá falado na região do Pará EA região o objetivo aqui não é falar sobre as línguas Gerais que tem toda sua base nas línguas indígenas tanto no Tupi e o Tupinambá Mas é interessante ver que o português no Brasil é coisa recente quando olhadas sob uma ótica mais macro da nossa história evidentemente os objetivos nacionais vão se modificando durante
todos esses quatro séculos de colônia e exploração aqui no nosso país e o português acaba a mais para frente virando uma prioridade como idioma nacional e os idiomas Gerais e esses de origem indígena Como inhangatu foram desaparecendo aos poucos de maneira proposital como um projeto subsequente ao projeto Colonial vai falar bem bem mesmo já a mamãe não eu não falava nada vai rolar bem afinar da minha vó da minha vó falar ela gritava assim brigando aí falar pela língua dela que eu não entendia nada que ela falar eu sei que você a hora que ela
dizia que era Cascais Iporanga miritu carinho e Miria quando ela passar a mão no pau para bater isso é um trecho de um documentário sobre dinheiro a tú que mostra um pouco desse processo de apagamento da língua geral indígena o dono dessa voz é um senhor de mais ou menos 70 anos ele tá numa casa humilde feita de argila e Vila de bambu os últimos falantes da língua geral São seus avós ele já na terceira idade só foi um ouvinte E aí o início do tráfico de pessoas negro-africanas para o trabalho forçado aqui no Brasil
vai estressar um pouco mais as fronteiras linguísticas nessa nova colônia durante os três séculos de tráfico de pessoas negras uma centena de idiomas africanos vão chegar na boca de mais de quatro milhões de indivíduos aportados aqui a repressão a linguística é uma das primeiras violências sofridas por um sujeito escravizado como sabemos o idioma um traço Cultural de identidade mais marcante que o almoçar aqui a gente tem é comum ouvir histórias de pessoas refugiadas em outros países que choram ao ouvir o seu idioma e depois de muitos anos a língua nos conecta com a sua origem
cultural nos dá identidade portanto a reflexão linguística avisava desconectar essas pessoas de sua cultura e identidade era a gente de várias regiões e nações mas o que se buscava na colônia era é a única de escravizadas sem identidade em então mais espaço para diversidade linguística a primeira forma de classificação de escravizadas foi baseado Justamente na sua habilidade de comunicação oral eles eram separados entre boçais aqueles que eram recém-chegados que não falava nenhuma língua geral o português os ladinos que eram aqueles que já tinham assimilado o idioma senhorial de alguma forma e portanto eram pessoas bilíngues
que transitavam facilmente entre a população branca e a população negra e os criollos que eram aquele já nascido na América que tinha o português arcaico como sua língua Nativa mas assim como outras manifestações culturais trazidos de África as línguas sobreviveram em alguns códigos de estrito como língua Secreta em algumas zonas rurais e às vezes nem tão secreto assim ó e eu não sou obrigada a falar português e claro não me diz aquele ouvindo ele possui falado ele adaptou a obra a sua própria língua Essa é a Yeda pessoa de Castro Doutora em línguas africanas pela
Universidade Nacional do Zaire em entrevista ao projeto nos transatlânticos e claro que é e as semelhanças entre a estrutura linguística do português arcaico o meu português de hoje portuguesa Caio foi falar do Brasil século 16 século 17 século 18 com a língua do grupo banco as estruturas são muito semelhantes eram muito semelhantes então que aconteceu no encontro dessa português arcaico língua do com vergonha então não houve um choque você tratar disciplina linguística diferenciada não houve uma acomodação foram trazidos diversos grupos étnicos culturais para o Brasil mas geralmente de primeiro momento assim nos de origem banto
foram os de número mais expressivo e também os primeiros a serem trazidos o início do tráfico Atlântico de pessoas começou justamente com os povos de origem banto no século 16 foi o ciclo da Guiné no século 17 O que predominou foi o ciclo do Congo e principalmente na Angola o resultado portanto em demônia bantu da população escrava no Brasil se levou uma boa parte dos historiadores mais antigos a uma certa generalização um pouco equivocada de que todos os africanos trazidos para o Brasil eram de origem banto o que escapou dos olhares desatento deles foi a
Rota comercial que ligava a baía a região da Costa da mina lá em África até o século 17 a Bahia também tinha predominância de bantu di Mas a partir do século 18 e 19 esses vão ser largamente substituído por sujeitos trazidos do Oeste africano com predominância dos yorubás que aqui ficaram conhecido como naguchi além desses Também vieram para cá Os telefones que aqui foram genericamente chamados de Mina e GG pelos traficantes de escravos mas esses historiadores tinha razão quando apontavam que os bancos têm presença mais antiga no Brasil isso é verdade o que explica uma
maior distribuição dessa língua no Brasil além de como mencionado por Yeda de Castro tem uma certa semelhança com português na formação dos fonemas esse grupo linguístico e Regional de línguas o banto junto há mais de 300 idioma mais falado em 23 países né dentre eles a camarões e Angola Moçambique África do Sul entre essas 300 línguas aí de mais faladas no Brasil foram aqui mundo que é de onde vem a palavra samba por exemplo o que Congo Que largamente difundido na República do Congo eo mundo para você entender melhor é como se essas línguas guardassem
semelhanças que o português o espanhol eo italiano tem entre si que no caso é mesmo origem em línguas latinas foram séculos de predominância cultural dos bantos e isso reflete na contribuição no nosso vocabulário enquanto as palavras de origem yorubá se restringe basicamente a universo religioso e culinário como abará o orixá axé as de origem banto estão mais presentes no universo cotidiano do dia a dia são algumas dessas palavras bunda samba Caçula moleque cachaça além de boa parte do vocabulário ligar a escravidão Senzala no cama Quilombo Mucambo entre outras como virar mundo que também acabou caindo
em desuso e o banzo que já falei aqui em outros episódios esse contato entre o Mas é com muito tudo quanto é língua do mundo é o traço mais Evidente de desses encontros que acabou acontecendo entre línguas distintas né E esse fenômeno os linguísticas de hoje chamam de empréstimos lexicais que é quando um idioma toma para si e palavras de outro idioma o português por exemplo tomou emprestado do germânico antigo a palavra guardar do contato de séculos de ocupação árabe na região da Península Ibérica e hoje Portugal e Espanha nosso idioma ficou com as palavras
alfinete e almofada as mais recentes que é tipo futebol Shopping Center Mouse vendo inglês e abajur também vem de uma época do domínio cultural francês porém a colonização europeia das Américas África e Ásia produzir um fenômeno linguístico curioso que a crioulização da língua Ou seja a partir do choque de duas línguas com sistemas formais diferente acaba emergindo daí um novo falar com variações dos dois idiomas é o que acontece com o francês falado lá no Haiti com português cabo-verdiano com inglês jamaicano que diga-se de passagem São idioma existe de matizadas seus falantes são frequentemente outro
lado como pessoas que não sabem falar bem o seu próprio idioma houve uma acomodação e porque se eu tivesse havido um choque então a linha nesse um remédio uma outra falar para que as pessoas entendessem e aí você iria então falar se chama de falar toda coisa que me chamou atenção foi isso porque em Angola Moçambique e o Brasil não tem falar comigo porque mandamento porque houve essa coincidência mas porque na guiné-bissau que fala também foi por colonização português tem porque a sua lhe das línguas faladas na guiné-bissau São diferenciadas das culturas português arcaico e
corpo essa falta de coincidência então ver o choque EA necessidade de cirurgia minha de outra língua eu falar então aqui o fenômeno mais Evidente é de empréstimo que na verdade substitui no português as palavras com o mesmo significado só para te dar um exemplo olha só a palavra Sinete Por Exemplo foi substituída por carimbo que é uma palavra bantu e foi substituída por xingar dormitar Eu só acho que eu só vi isso na Bíblia porque no dia a dia mesmo todo mundo fala o manto cochilar e no Brasil eu nunca vi ninguém chamar o filho
mais novo de Benjamin Pois é aparentemente lá na Terrinha ninguém sabia que o filho mais novo se chamava a caçula que também é uma palavra bantu e a lista é longa aguardente aqui no caso é cachaça óleo de palma que aqui no caso é vender nádegas que aqui acabou virando apenas bunda mas não é só isso esse jeitinho de falar que nos diferencia totalmente do português europeu além da óbvia contribuição indígena Como já disse também tem uma contribuição africana muito Evidente o nosso português do Brasil e liebe solutamente africanizado e como já foi dito houve
muita coincidência fonética no português arcaico com as línguas bantu e iorubá que basicamente se organizar vão que forma semelhante o sistema de sete vogais orais são praticamente iguais aqui lá a e i o e u além da estrutura silábica que se organiza em consoante vogal consoante e vogal O que explica a diferença Central entre os dois Portugueses e brasileiros se diferem principalmente todo mundo que tomou suposto Verde Portugal falando sabe quem não pronunciam as vogais ele igual a jogar todas mas pelo contrário Nós odiamos grupo consonantal nós colocamos a ou não mesmo dia lá não
tem a gente pneu o ritmo dançante Graças atualmente é coincidência linguística da língua boa porque não tem grupo consonantal a construção é sempre assim consoante vogal consoante vogal consoante vogal então quê que nós temos no Brasil nós temos o português e o seu um ponto disse que foi africanizado Bom dia Dulce moça mais africanizadas na medida em que a o jogo falou os seus amantes são falante que não tem um grande acesso à escola e um falante de uma grande concentração de comunidade Negra falar os bantos e uruguaios não terminam em consoante nunca e por
isso tendemos a vocalizar as consoantes daí Brasil vira Brasil e Portugal vira Portugal isso da minha explica a nossa tendência de comer o r de alguns verbos quando falamos aí falar vira falar subir vira subir e daí por diante e com a vinda da família real para o Brasil disse kg uma nova onda de lusofonia ização por todo o território do império as línguas Gerais indígenas ficam cada vez mais restritas zonas rurais e ribeirinhas amazônicas além do centro-oeste com fim do tráfico de escravos usados número de negros de boçais aqueles que não sabiam falar muito
bem o português acaba caindo gradativamente diminuindo cada vez mais a influência resultante dos encontros é linguísticos tão comuns durante os três séculos anteriores Os descendentes de Africanos principalmente os mestiços de livros que agora já constitui a maioria massiva da população vai de fundinho ainda mais esse português Popular se distanciando do português europeu falado e escrito pela Elite colonial e do império o resultado disso vai ser uma certa a polarização sócio linguística né vai ficar de um lado o português Popular aquele que se fala no dia a dia e oppo é trazido com a corte lá
da Europa que era Escrito egramatica Dado ainda que o Brasil tivesse semanas hypado politicamente de Portugal ali na primeira metade do século 19 ainda sobrevive ia por aqui uma certa a submissão aos padrões culturais e linguísticos de Portugal O que é um paradoxo se for pensar nas manifestações nacionalistas de cada vez mais populares calcados na figura idealizada do indígena dentro daquele parâmetro de bom selvagem Aventureiro destemido os mesmos membros da elite brasileira que adotavam humanos indígenas e exaltavam temática indigenista de José de Alencar achavam supernormal que os professores de português da corte ensinasse em gramática
portuguesa de Portugal seus filhos pois lá em Portugal é que se fala melhor português ou seja enquanto os filhos da Elite estudavam gramática com os professores portugueses os filhos do povão a mente negros vão aprender observando e ouvindo seus pais e avós um português mas Popular naturalmente e africanizado um português do Brasil é bom dizer que nesse momento não existe educação pública e com raras exceções a população mais pobre não tem a possibilidade de educação formal e daí as origens do nosso preconceito linguístico numa mistura de discriminação de classe e Raça vai ligar o falar
português de forma Popular a burrice a falta de educação não é incomum ver nossos mais velhos falarem ainda de forma africanizada e sentir vergonha por isso os saberes ancestrais dessa geração mais antiga são solenemente ignorados ainda hoje por nós pessoas mais jovens cheios de educação formal porque achamos que por não falarem o português do William Bonner eles são menos inteligentes menos capazes menos sábios o que seja queira ou não as elites coloniais as pegadas de nossa ancestralidade cultural estão impressas nas entranhas do Brasil inclusive no idioma Congo Benguela Monjolo Cabinda mina quiloa rebolo você acha
que esse podcast é importante considere e nos apoiar em nossa campanha de financiamento coletivo com apenas cinco reais além de nos ajudar você também recebe no seu e-mail na newsletter que complemento esse episódio e aprofundar um pouco mais o assunto Além disso se você nos apoiar com 10 viagem Poder Além de receber a newsletter participar do nosso grupo secreto lá eu público episódios extras e tem um sorteado o livro a cada mês então nos ajuda a ficar no a acessando o apoia.se e repetindo apoia.se/história preta e até amanhã eu vou lá o Congo Benguela Monjolo
Cabinda mina quiloa rebolo [Música] aqui onde está os homens Pedro [Música] de um lado cana-de-açúcar ar do outro lado para pesar e ao centro senhores sentado [Música] vendo a colheita do algodão branco branco branco branco sendo colhido pulmão mês eu quero ver eu quero ver eu quero ver eu quero ver um vídeo chega [Música] o que vai a Sofia senhor da guerra é senhor [Música] quando zumbi chega é bom e manda e é senhor senhor o [Música]
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