Opa suave tranquilo por aí hoje nós vamos falar do narcisismo das pequenas diferenças que é eu sei que talvez esse termo não explica muita coisa e já já você vai ver que nem o próprio pai do conceito achava que explicava também mas esse fenômeno é muito comum e muito importante de se entender porque com certeza você já passou por ele essa estranha tendência que temos de estranhamento incômodo ou até agressividade maior em relação a aqueles que são semelhantes de nós do que aqueles são muito diferentes pode acontecer no grupo de amigos na família na raiva
do vizinho na implicância com alguém do partido que você discorda ou pode acontecer até entre nações e países nós temos muito estudo e clareza que existe a violência de grandes diferenças visíveis na história mas será que também nas pequenas diferenças é que está a maior violência exclusão discriminação estigmatização e submissão do outro ao nosso sistema de violência ao nosso jeito de ser e olhar o mundo de fama intransigente é mais mais ou menos por aí que vamos discutir no episódio de hoje e talvez eu toque até no incômodo tentar ensaiar do por as esquerdas são
tão divididas e tal e para trabalhar nas diferenças nós vamos até misturar filósofos que não costumam se misturar para poder trabalhar com a diferença a partir da diferença vamos ver se funciona se você gosta dessa proposta vem comigo deixa o like o Sininho conversa comigo nos comentários porque eu tô carente e porque isso roda o algoritmo também é nós bom vídeo Narciso acha feio o que não é espelho o mau-estar da civilização Um clássico do Freud daqueles livrinhos pequenininhos que dá para ler rapidinho mas viram clássicos construtores de estruturas de pensamento do nosso tempo tá
escrito na página 33 certa vez discuti um fenômeno de que são justamente nas comunidades com territórios adjacentes próximos e relacionados entre si que estão envolvidas as maiores brigas constantes em ridicularizar o mat a outra como os espanhóis os portugueses os alemães do Norte os alemães do Sul os ingleses e os escoceses e assim por diante dei a esse fenômeno o nome de narcisismo das pequenas diferenças um nome que não faz muito para explicá-lo confesso fecha aspas e já que o Freud Decidiu não achar um termo melhor lá vamos nós para tentar explicar É certo que
você já passou por exemplo por isso aqui ó entendi o que que era mano só que assim antes desse negócio do público da reação do público eu t tinha esse esse um pouco esse receio mas falei cara mano a gente é uma banda de rock nossos shows pelo Brasil inteiro estão todos lotados Total o público que vai vir aqui éos público vaios shows mano fora das bandas da turnê isso claro porque as quatro bandas da noite também se conversavam entre si né como geralmente conversa o sistema fadal uma banda de tem lá sua passagem perto
as suas suas características do metal do new metal e tal mas cara uma banda que toca no 89 mano entendeu o o kade mais ainda cara toal não é uma banda Nossa underground tipo você vai tocar com Motorhead velho tá ligado com com Slayer e assim cara também não ten problema de tocar com Slayer só que não tem a ver mano o público é outro aí o público poderia realment uma parcela do público que ali pode ser incomum mas sei lá cara já tem pô essas bandas tem a ver e falei mano vamos lá cara
esse público aí é o público do nosso show e a como a gente faz as músicas tudo e uma atrás da outra emendada faz por bloco mano hora que começou reg go mano já já viio abaixo falei acabou mano agora o pouco é meu vocês abrem com Regina e essa cena poderia ser a filmes bandas pequenas divergências políticas coisas pequenininhas do dia a dia que você pega ranço de um amigo de um colega de trabalho e você se sente tão incomodado que gera até um ressentimento mesmo que aquela pessoa seja querida esteja completamente em concordância
com você em 99% das coisas ou por exemplo quando você recebe elogios do 3 4ro pessoas o dia inteiro te elogiando mas uma te critica adivinha onde você vai focar eu poderia passar a tarde inteira dando exemplos da vida cotidiana onde o narcisismo das pequenas diferença se manifesta damos rts chocados com o absurdo nas redes prestamos muito mais atenção em 5% das nossas diferenças do que em 95% de desacordo entre nós seguimos as pessoas mais pistolas mais fanáticas que tem os maiores lacres e que brigam até com a própria sombra que não conseguem lidar com
a diferença Por que será que temos tanto Fascínio com isso essa me parece ser a tal estrutura que Embasa o narcisismo das pequenas diferenças buscamos nos distinguir e nos afirmar enquanto identidade a através das pequenas variações muitas vezes ignorando as vastas áreas de concordância e Semelhança que temos com os outros Esse fenômeno pode se assentar em explicações múltiplas e causas biopsicossociais H por exemplo uma explicação de uma linha de que nós somos treinados e adaptados para procurar ameaças buscar padrões identificar padrões no passado e então é melhor pecar pelo excesso e desconfiar a mais do
que desconfiar a menos e se ferrar enquanto espécie mas nesse Episódio a gente vai focar nas causas psicossociais desse fenômeno na missão de nos construir enquanto eu e depois enquanto grupo focamos muito atenção no detrimento do outro Ou seja a sua Persona nasce a partir do que sobra da sua diferença com o outro é porque o outro é assim que eu sou o assado claro eu tô simplificando aqui séculos de [Música] Psicologia Mas o que eu quero trazer dessa ideia é de que só é possível se identificar como sujeito porque você tem um outro para
marcar o que não é você e até aí normal tudo certo tudo bem O que acontece no narcisismo das pequenas diferenças é um desequilíbrio desse fenômeno tipo um bug é quando o amor por si próprio ou o amor pelo seu grupo Deixa de ser saudável e começa a se tornar uma coisa mais dura mais rígida mais conservadora enquanto a suas ideias o narcisismo das pequenas diferenças então é um marcador de violência ou do seu eu ou do seu grupo e por isso ele é importante pra Construção dos sujeitos por mais estranho que isso pare todos
nós nos construímos A partir dessa discriminação do outro diferenciação do outro o narcisismo das pequenas diferenças se instala então quando qualquer desvio da identidade gera uma tensão quando qualquer vírgula gera uma guerra quando qualquer discordância é o suficiente para produzir um racha uma impossibilidade de convivência e isso é uma coisa interessante de pensar porque faz nos perguntar por que será que nos incomoda tanto a diferença do outro Será que é porque nesse meio do caminho podemos descobrir que se essa pessoa tem isso eu também tenho talvez porque somos muito mais capazes de perceber aquilo que
temos em nós por mera familiaridade o que enxergamos demais no outro é uma tendência espelho quem despreza o semelhante então tem uma parcela de reflexo e por isso também que esse fenômeno pode funcionar na escala micro do eu mas também de forma abrangente estrutural porque todos nós passamos por isso dentro dos nossos coletivos a ideia de meu estado meu país minha nação meu grupo meu tipo toda ela é formada a partir da diferenciação do outro o meu time é aquele que não é o outro e por isso eu preciso destruí-lo e assim por diante por
isso alguns autores que recorremos para escrever esse episódio conseguem exacerbar o fenômeno e brincar um pouco com os limites históricos assim o narcisismo das pequenas diferenças na história talvez tenha sido uma das armas mais poderosas paraa construção de inimigos em comum como Freud argumenta abre aspas quanto menores são as diferenças reais entre os dois povos maior é a probabilidade das Diferenças se destacarem na imaginação desses povos anthon Block antropólogo Holandês vai além e expande o termo e sugere que apesar de que muitos dos conflitos mundiais ocorrem sim entre grupos culturalmente diferentes os conflitos mais graves
muitas vezes estão em grupos culturalmente semelhantes e para embasar isso ele vai citar vários grupos humanos por exemplo os buracom min no Japão uma das várias minorias do Japão que até hoje tem o seu reconhecimento negado como uma espécie de párias puramente por herança histórica os buracom min Residem do mesmo lugar vivem no mesmo terreno tem cor de pele parecidíssima traços físicos parecidíssimo traços étnicos parecidos mas durante o período medieval compuseram a casta mais baixa da hierarquia social do país trabalhava com funerária limpeza animais tipo mexer em cor e tudo mais coisas que eram consideradas
imorais e pronto essa tradição perpetua na sociedade japonesa até hoje e os buracos minim apesar das semelhanças são tratados como moralmente inferiores Block ainda vai citar outros conflitos como a Papua Nova Guiné como os conflitos entre os rutus e os tutos em Ruanda as colônias da antiga yugoslávia que eram inimigas Mortais apesar das suas semelhanças e traz históricos próximos e assim por diante ah inclusive os inimigos imaginários históricos que são usados como Bod expiatório há milênios Freud vai citar por exemplo a ideia do inimigo judeu como esse povo não tem terra e são vizinhos Eternos
do mundo inteiro os judeus são usados como o outro eterno um inimigo Imortal ou agora o contrário quer dizer um povo que compartilha língua e tradição similar gastronomia e tradição abraâmica similar tem o mesmo Patriarca códigos comuns históricos parecidíssimo formas muito parecidas de lidar com seus valores morais tradições de oração e tudo mais mesmo sendo um povo construído no massacre agora imprimem um estado aberto de violência e Destruição e massacre imprimindo diferenças irreconciliáveis entre povos então do mesmo fator num momento surge o antissemitismo histórico e também a ideia do Estado de Israel de desumanização de
um palestino outro que precisa ser desumanizado porque só tem diferenças e só a destruição é possível agora eu tô colocando no roteiro povos bem distantes por motivos didáticos para ver se fica mais fácil de entender por causa do afastamento mas eu poderia colocar qualquer diferença de classe ou por exemplo a briga de pobres contra mais pobres cujo marcador do caráter do dinheiro é reproduzido numa competição onde tá todoo mundo [ __ ] mas brigando para ver quem é menos pior agora é claro que existe uma utilidade limitada para explicar tudo a partir do narcisismo das
pequenas diferenças não é isso existem muito mais fatores de poder estatus competição diferenças irreconciliáveis mesmo e contextos políticos outros mas não é como se fosse possível ignorar o fenômeno das Diferenças nos conflitos violentos entre nós e também assim não foi exatamente o Freud que fez essa reflexão e essa explicação de fenômeno não é no exclusiva dele o temo já apareceu bastante vezes ao longo da história e com muitos outros autores portanto daqui pra frente continuaremos dialogando com o Freud mas como o próprio Freud diz no seu livro que ele não vai dar muita importância ao
fenômeno e o Anton Block coloca que ele provavelmente dispersou um potencial explicativo para não ter capacidade naquele momento de explicar o tema nós vamos começar a falar de outros autores outros filósofos para ver se a gente expande esse conhecimento Pierre B por exemplo vai trabalhar esse mesmo fenômeno das diferenças e similar idades sem no entanto passar pelo Freud quando estamos lidando com grupos muito próximos e parecidos há uma importância na pequena diferença para formar e preservar a identidade e criar uma ameaça a identidade outra provindo daquilo que é mais próximo a identidade social tá na
diferença e a diferença é afirmada em relação àquilo que representa a maior ameaça é a partir disso que se constróem por exemplo os poderes indiretos os poderes simbólicos os poderes sutis de coersão de grupo as manipulações que não se percebem ou que se aceitam dentro de um grupo é a partir disso que se constróem os poderes indiretos os poderes sutis de corção de grupo ou as manipulações que são aceitas dentro de um grupo sobretudo quando é para fazer o convencimento ou a desumanização do outro são essas coisas que constituem o tal poder simbólico quando nos
consumimos por diferenças menores as coisas começam a se tornar excludentes E é desse ponto que começamos a compreender porque é tão importante para construir uma necessidade de pertencimento uma unidade de grupo construir um inimigo a espreita um diferente e impossível de tomar contato tanto de forma externa quanto de forma interna num primeiro momento esse inimigo ser grande intocável muito forte é fundamental para um grupo se unir é sempre possível unir um considerável número de pessoas no amor enquanto sobrarem outras pessoas para receberem o ódio desses que se reúnem pelo esse outro colocado no lugar de
anormal perigoso desajustado irracional doente patológico é uma forma de justificar ao grupo porque ele deve reagir e até aceitar a dominação e controle do outro muitas vezes mas ao mesmo tempo que esse inimigo é distante longe diferente ele também é próximo porque isso também une o grupo como se o inimigo estivesse a espreita a todo momento e adentrando o nosso grupo a todo momento para Anton Block É por isso inclusive que as Guerras civis os conflitos internos são frequentemente mais brutais e destrutivos pela intensidade emocional que as pequenas diferenças podem provocar no grupo levando um
sentimento exacerbado de traição de rivalidade quer dizer o outro é o outro é óbvio que ele vai me [ __ ] mas o meu próximo Ah daí não tá entendendo como é que funciona ser mano é muito estranho né quando o inimigo passa a estar conosco dentro de nós a coisa é mais violenta e aqui vai Freud mais uma vez abre aspas o nacionalismo é mais mais violento onde um grupo contra o qual você tá se definindo se assemelha a você o ódio entre irmãos é mais feroz do que o ódio entre estranhos não é
verdade [Música] sim é deste modo por exemplo que ditaduras costumam justificar suas doutrinas de segurança mantendo inimigos internos também como algo próximo e distante ao mesmo tempo para ter o controle e nesta primeira parte a gente tá falando desse grande outro esse outro que a gente tá usando só como um mero NPC um jogador que tá ali só para justificar o seu fracasso e construir a sua identidade por negação para você olhar o outro e dizer Olha eu não sou assim eu sou assado o inferno são sempre os outros né no videogame o NPC é
esse personagem não jogável que não tem agência própria ou profundidade e tá ali apenas como figura de fundo para representar sua vida para você se olhar no espelho para você marcar sua diferença NPC nesse sentido é alguém que existe principalmente para influenciar a narrativa da outra pessoa sem de fato ter agência sobre aquilo é só para você projetar em alguém as suas coisas e conseguir enxergar quem você é por [Música] contraste Humberto Eco em construir o inimigo e outros escritos ocasionais aponta que encontrar um inimigo facilita o sujeito a medir o seu próprio sistema de
valores e mostrar no confronto o seu próprio valor e por isso que a noção de inimigo é tão fundamental na Constituição das as identidades dos grupos por isso inclusive Eco vai colocar Quando o inimigo não existe é preciso construí-lo a construção do inimigo tem origem histórica e a gente pode voltar por exemplo a partir da Bíblia que toma logo nas primeiras páginas como o primeiro crime da história o assassinato de Abel e Caim dois irmãos que por pequenas diferenças se matam ou a inveja dos irmãos de José que trata do tema de ressentimento ou ainda
a parábola do filho pródigo e assim vai na Bíblia tá lotado de códigos morais da história a partir da chave amor versus intolerância para Freud abre aspas uma vez que o apóstolo Paulo estabeleceu o Amor Universal entre os homens como a fundação da sua comunidade cristã automaticamente a intolerância por parte da cristandade nasceu em relação e contraste aqueles que ficam de fora do amor Cristão para existir o amor do cristianismo precisa existir um outro dia ao definir uma Norma fechada sobre o que significa amor e inclusão por consequência tudo o que fic fora da Norma
será visto como esse outro inimigo não apenas como um diferente com aqueles com a qual a gente pode conviver mas também ameaçador amedrontador alguém que tenta impedir o nosso amor todas as comunidades baseadas nesse proselitismo nesse convercion ismo vão criar esses inimigos ao longo da história no desejo de espalhar e compartilhar uma palavra Salvadora de amor que pode acabar criando barreiras e excluindo outros a minha plena humanidade é constituída na humanidade relativa do outro só que os outros são sempre diferente de nós cada um de nós tem um ritmo diferente um tempo diferente uma ideia
de diferença e isso nos faz igualmente diferentes como fazer concessões para viver em sociedade sem que morra esse tal eu me parece ser esse O Grande Desafio de se organizar como viver no e essa busca revela que no CNE das Dores dos seres humanos existe uma coisa complexa entre a solidão e a coletividade entre o eu e o outro a solidão de não pertencer e a necessidade de um grupo para chamar de seu entrelaça um dos ciclos de aproximação e afastamento mais forte das nossas vidas Oi pai tô ligando para avisar que eu consegui Alô
oi filho oi pode falar vai tá ouvindo eu Consegui fechar com a er você não faliu não ering ah ering a da bebida você tá metendo louco né para de viajar presta atenção aqui ó too sacanagem Mas fala aí filhão é vai fazer propaganda agora é não pai não tem nada a ver com propaganda é só uma recomendação altamente especializada por motivos de pressão Econômica com ofertas de bem de consumo só isso sei tipo esses negócios de comercial não é não não é comercial usa aquelas músicas de propaganda subliminar para vender mais sabe que tem
não pai não é para combinar com isso é para combinar com os muitos tamanhos que a ering oferece Porque como é que eu vou colocar falar que eles têm cinco tamanhos do P xgg mais de cinco cores numa propaganda sem que isso pareça uma propaganda cara sabe entendi tá bom filho mas você não vai falar do tamanho também ou você vai deixar isso aí de surpresinha pro pessoal eu acabei de falar do tamanho entendi mas você avisou a sua mãe filho avisar o que pai é que você vai viajar para fazer uma propaganda não é
isso que você tá falando para mim não não tem nada a ver com viagem não vai inventar uma mãe aqui porque senão vou ter que criar um terceiro personagem avisou o qu Oi mãe tudo bem por aí não só tava explicando que eu vou ter que fazer uma gravação que não é uma propaganda e eu vou ter que adicionar que tem cupom de 15% em todo o site do aplicativo da aing que eles estão tentando chegar na internet com criadores de conteúdo para trazer a marca pra gente mais jovem essas coisas Sabe Ah que bom
é bom que a blusa de fio deles não pega friagem né quem mais vai vai para onde mas na propaganda Ué o quê Mas e aí vai passar na TV vai aparecer na novela não mãe é tipo online sabe umas coisas mais YouTube internet essas coisas Ah eu vi mesmo na TV que o pessoal ficou rico com esse negócio de oncinha rico Ah agora entendi é por isso que você tá indo viajar então não gente Calma lá eu não tô rico ainda são só dois meses de teste só porque a galera do canal tem assinado
e a gente vai precisar ainda continuando desse apoio pro resto da equipe apesar essa propag ah eu sabia meu filho tá fazendo propaganda agora tomou rumo na vida é pai tá bom propaganda seu filho tá fazendo propaganda de várias marcas e ficando bonitão tá bom assim é Eu sempre falei isso lá no meu serviço o meu filho nasceu para fazer propaganda você nunca falou isso pai não falei mas poderia ter falado gente tá bom eu preciso ir tá Amanhã eu passo aí para pegar as coisas ué mas amanhã você não vai viajar filho vai entender
essas crianas beijo beijo beijo tá bom o que me fez lembrar ao longo desse texto do tal Dilema do porco espinho do shopenhauer já ouviu falar nesse [Música] dilema é assim um número de porco espinhos se amontoam buscando calor em um dia de frio de inverno mas quanto mais se aproximam começam a se machucar com os seus Espinhos e são obrigados a se afastar no entanto o frio faz com que voltem a se reunir porém se tocam de espinhos e se afastam novamente Depois de várias tentativas eles percebem que é possível manter certa distância um
dos outros sem se dispersarem acumulando o calor do mesmo modo as necessidades sociais a solidão e a monotonia impulsionam os homens porco espinho a se reunirem apenas para se repelirem diante das pequenas diferenças entre si a distância moderada que a gente descobre entre o afastamento a solidão e os próximos é a condição necessária para se viver em harmonia e tolerância é o código de Cortesia das boas maneiras aqueles que transgridem esse código são duramente advertidos ou como se diz na Inglaterra keep your distance com esse arranjo a necessidade mútua do calor é sempre parcialmente satisfeita
nos colocando num vai e vem entre se machuca se afasta e se aproxima eterno e isso nos leva pra pergunta Será que então existe uma distância ideal de proximidade entre os humanos quando comparados ao Dilema do porco espinho como somos o único animal consciente ente de si dos nossos dilemas das nossas fragilidades somos tão gregários e erráticos conseguiremos então superar a parábola do porco espinho fecha aspas é isso que se pergunta shopenhauer e de fato nós temos muita dificuldade seja no macro seja no micro na relação da nossa vida de equilibrar essa proximidade e essa
tendência de se ferir emocionalmente com a diferença dos outros de shopenhauer ainda aqueles que por possuírem calor interno em excesso vão preferir se isolar se abster da sociedade e evitar ou causar transtornos e inconveniências e isso é igualmente enganoso viver juntos separadamente esse nos parece o grande desafio quando uma massa olha PR os integrantes de dentro do grupo e não consegue diferenciá-los o que ele vê é um elemento crucial paraa sua própria formação a especificidade do outro é suportado apenas na condição de me definir Isso significa que tem conflitos de reinvindicações diferentes concorrentes e vários
outros que são reinvindicações da mesma coisa conflitos das pequenas diferenças para entender porque alguns desses conflitos se tornam violentos e outros não não devemos procurar diferenças objetivamente dadas mas sim diferenças nas percepções dos sujeitos sobre aquele fato olhar para como a retórica e o discurso público mexe nas emoções e nas diferenças daquele grupo quando essa chave de percepção não acontece há uma espécie de reversão dentro do grupo o inimigo externo passa a virar inimigo interno outro componente fundamental tal de coesão da coletividade a força do inimigo interno ou essa inquietação pela pulsão de morte pela
pulsão de discordância pela pulão de desumanização é quando desaparece no interior da massa as diferenças e elas são apagadas em nome do coletividade Porém isso é ilusório e da mesma forma que o sujeito não consegue identificar naquele grande eu alguma semelhança agora ele também não consegue encontrar mais semelhança dentro do próprio grupo ele passa a produzir os conflitos entre os iguais é quase irônico que na Essência O narcisismo das pequenas diferenças reside na sua própria definição gerando então uma paranoia interna de grupo há um discurso de Hitler que permite perceber com clareza o que o
Freud um judeu estava compreendendo como esse perigo da pequena diferença abre aspas mande ele entrar O Judeu habita em nós porém é mais fácil combatê-lo sobre sua forma corporal do que sob sua forma de demônio invisível Ou seja já que esse mal permeia em nós colocando isso num outro material e destruindo a gente acabaria com o mal do grupo essa fantasia violenta e paranoide de desumanizar o outro no limite da agressividade pode produzir catástrofes violentas dentro da agrupação E então agora que entendemos esses dois tipos de inimigo interno e externo a gente pode olhar para
isso aqui ó a tabela das diferenças do outro desse autor chamado pa kotsu eu acho desculpa a pronúncia e que propõe pra gente entender como é que as diferenças funcionam de maneira didática e dialética para nós e é interessante de notar que a gente tá colocando essa discussão aqui com teorias antes do bum das teorias e estudos da identidade que marcam o nosso tempo que marcam o nosso século chamado de século do eu ou seja tem gente pensando nisso há 200 anos então será que é preciso questionar mais criticamente as nossas próprias defesas para entender
o que faz criarmos nossos inimigos Como tão danosos e benéficos e como é que a gente desconstrói esse inimigo em torno de uma tal emancipação em torno da tal libertação porque é fato quem é que se beneficia com a construção violenta e de ódio que nunca acaba senão a pessoa que tem mais força para continuar imprimindo essa violência e nessa parte do vídeo A gente precisa pensar nela não tem como fugir a rede social a Arena inevitável do nosso tempo veja ninguém foi treinado para lidar com tantos seres humanos ao mesmo tempo receber internalizar e
responder tantas identidades diferentes pode aumentar o nosso estess a nossa ansiedade a nossa frustração a nossa nossa preocupação uma sensação de que o mundo tá caindo e esse medo é usado pro nosso controle para que o nosso grupo esteja sempre em modo de ameaça e que daí sim a gente justifique piores atitudes para manter a sobrevivência sei lá alguma coisa por aí as redes sociais tem um potencial de câmara de eco gigantesco porque não importa sua posição se você odeia uma coisa você se coloca num grupo que também odeia aquilo e passará o dia inteiro
Adorando as coisas que odeia complicado né todo o maquinário da rede social é construído em cima da pequena diferença e isso pode gerar rachas dentro de rachas grupos dentro de subgrupos nichos dentro de nichos cada pessoa conseguindo tolerar apenas a sua própria linguagem não colocando qualquer perspectiva pra diferença e aí você entende porque nesse lugar todo mundo fala português mas ninguém fala a mesma língua até porque dentro da Perspectiva da bolha da perspectiva do grupo o único jeito de se diferenciar de se descolar é produzindo diferenças então será que a gente tá encontrando nas pequenas
ferenças o único motivo pra gente fugir de um mundo massificado alguns afirmam que esse é o efeito colateral de viver no tempo das identidades identidades no sentido de que aquilo que te define é aquilo que você consome dentro de um mercado sem aceitação das Diferenças há uma espécie de repressão da violência do outro que vai migrando para formas mais silenciosas e sutis não pega mais bem socialmente imprimir racismo tão direto mas isso vira um pequeno detalhe que coincidentemente você sempre não gosta de uma raça específica a xenofobia vira por exemplo implicância com as pessoas que
estão roubando o nosso emprego o ódio ao pobre vira preocupação com Segurança Social e assim por diante existe um jogo de disfarço das diferenciações para justificar sua diferença dentro do jogo do narcisismo das Diferenças criamos para nós uma espécie de rank das opressões rank dos Sentimentos aonde colocamos quem é que merece de fato receber atenção porque sofre e quem é que merece desumanização que normalmente é o outro a aquele que nós não queremos enxergar nenhuma nuance e vamos construindo a nossa identidade a partir de uma identidade negativa de negação atraídos para o conflito agarramos nessas
diferenças como forma de nos afirmar ou seja dizemos que eu sou diferentão eu sou o abençoado por Deus e os outros não meus gostos não são mainstream dos outros é eu sou mais esquerdista que você e assim vai ao se concentrar no que você não gosta e em quem você não é você transforma as pessoas que você acha que exibem esse traço numa espécie de inimigo Imaginário sabe aquelas pessoas que estão sempre achando que alguém as inveja e que tiram fotos contra as inimigas todos os florins imaginários pra pessoa dar sentido a sua vida você
tá desempregado devendo até a mãe sem nenhum sentido você acha que alguém sente inveja de você mas você precisa disso para continuar a caminhar e as redes sociais utilizam esse tipo de estrutura para te afundar ainda mais nesse Delírio as redes sociais T essa lógica primeiro sedutora de te dar Recompensas quando você mostra pros outros que você é interessante que você é inteligente uma coisa meio narcísica de buscar só aquilo que é parecido com o seu espelho isso vai te tornando uma pessoa obtusa uma pessoa que não consegue mais lidar praticar a diferença e o
que é perigoso é quando um líder autoritário consegue pegar esse medo e essa insegurança da diferença para imprimir uma ideologia que dê poder para si mesmo e é isso que estamos vivendo o que parece mudar na nossa contemporaneidade é que essas formas então estão dentro do nosso bolso acontecem a todo momento sem separação de real e virtual somos colocados no eterno estímulo ao vazio segundo giles lipovetsky em A Era do vazio nós somos levados a alimentar esse narcisismo como resposta ao vazio existencial que nos é dado como forma de vida de consumo que a única
coisa que você tem para fazer é consumir coisas diferentes numa lógica do Prazer infinito onde a qual a sua escolha individual vale mais que tudo o narcisismo das pequenas diferenças passa a agir Então como um obsessor do seu próprio selfie como se você não pudesse olhar para mais nada que não seja satisfação dos seus desejos aquilo que lipov vai chamar de hiperconsumo uma condição na qual você só consegue consumir uma condição na qual tudo à sua volta é consumo trabalho cultura amigos família todos dentro de uma lógica utilitarista que obviamente nunca se satisfaz verdadeiramente resultando
nessa sensação do vazio e como é vazio nunca no Supre e como no Supre precisamos insistentemente buscar novas formas e fazemos isso da pior maneira possível achando saina para se coçar diminuindo a existência de outros que não somos nós a saída Então meus amigos está na diferença o treino da filosofia da Diferença filosofia da diferença é aquela escola que argumenta que o nosso entendimento tradicional sobre identidade como algo fixo como algo que nos define ao longo do tempo é ilusória que na verdade essa ideia é muito mais conveniente do que um reflexo da realidade Ou
seja é preciso reconhecer a importância de valorizar a diferença como parte integrante da nossa existência não como negação e contraste não é que exista um eu e na diferência existe o outro e aí vem a criação Não não é nada disso como é a condição sinequanon paraa existência do eu é o outro o que temos no máximo é um eu outro em codependência em originação dependente tudo que a gente define do eu partirá dos outros e tudo que a gente define dos outros parte dos eus da sociedade nós olhamos muito pro que se repete e
entramos pouco pro que é diferente pro que se difere pra deles e guatarri grandes nomes da filosofia da diferença é Preciso olhar PR as repetições não onde elas se assemelham mas sim no que elas se diferem e Nós nos damos muito mal com a diferença Nós nos damos muito mal com a mudança na verdade a repetição é algo muito mais fácil é uma convenção social que simplifica a experiência do mundo que nós temos ao invés de compreender as diversas coisas que existem por aí as multiplicidades nós decidimos apenas seguir a mesma profissão dos nossos pais
seguir a mesma crença da nossa família reproduzir as mesmas ideologias que estão dadas por aí participando dos mesmos rituais das mesmas festas das mesmas coisas como uma eterna peça de teatro que o papel já tá dado e a sua única obrigação é repetir Mas esse eu essa identidade esse outro não existem fora da relação é ilusão como acabamos de ver o que existe de fato é impermanência o que existe de fato é mudança as contradições do dia a dia coisas que saem fora do planejado de qualquer manual da vida de qualquer leitura ideológica a mudança
e o diferente do esperado é que são o inexorável de viver a mudança e o diferente são a única coisa que é uma certeza de que nunca vai acabar portanto é impossível fixar uma forma de identidade quanto uma foto porque o tempo para pensar nessas identidades já alteram a ideia da identidade do outro enquanto diferença e do próprio tempo a vida Acontece nesse contraditório a vida Acontece neste caminho nesse sentido a diferença Então não é só uma contraposição ela é por si só parte componente do Uno que olha o outro não é como se nós
fôssemos opostos somos necessários o um é porque o outro é também por isso se eu pudesse resumir a vida em uma só frase eu diria que ela tem a ver com sentir e ter um grupo para chamar de seu o resto é apenas aparência e performance para sustentar essa busca para dar sentido ao mito de sisfo que não tem muito sentido mesmo o tempo é a pura forma da mudança a única coisa que existe nós emergimos como produto dessas diferenças sociais não somos nada além dessa manifestação da negociação entre os recordes que o mundo fez
de você e os recordes que você tá fazendo no mundo a todo instante e nessa mudança e nessa diferença é que passamos a existir agora que vem a pergunta então como viver num mundo na qual os universais já não existem mais e estamos em realidades cada vez mais atomizadas cada vez mais particulares como fazer isso sem cair Claro em categorias vazias de niilismo que nada faz sentido e acabou para que a gente possa de fato estabelecer mudanças sobre o real nós temos que refletir muito sobre o diferente para que a gente consiga imaginar novos imaginários
de futuro sem a necessidade de colocar o eu que se projeta a toda hora o outro precisa existir em qualquer novo tipo de sociedade que você pensar como você vai lidar com ele como você vai lidar com o discordante se for via violência você legalizou a violência para contra você criando um loop que não acaba nunca e saiba você vai acontecer justamente naquilo que não é esperado você acontece enquanto um ser único nas coisas que não seguem as normas nas coisas que foge das expectativas da sociedade você acontece quando escapa das linhas esperadas e desvia
das estruturas estabelecidas sejam elas psicológicas políticas ou sociais ainda que por um segundo quando você consegue descolar dessa norma social real é que você cria potência e enxerga como o outro também tem infinitas possibilidades de potência e que portanto na diferença vocês se igualam é nesse momento que os grupos minoritários conseguem reverter o estigma que tem sobre eles e transformar as suas identidades em símbolos de luta a partir pela e para a diferença quando a gente consegue isso é quando socialmente a gente consegue avançar enquanto sociedade é quando direitos são conquistados é quando pautas de
coletividade se impõem frente ao egoísmo do mundo e aí a grande pergunta então passa a ser como produzir igualdade a partir da diferença uma igualdade de oportun para expressar de diferentes maneiras a sua individualidade e não individualismo aquilo que te difere dos outros por somos iguais essa me parece A grande questão do nosso tempo ter uma tese para transformar o mundo é muito mais difícil do que convencer as pessoas de que elas realmente querem mudar o mundo a busca é tudo o que existe eu posso ter consciência do outro com a mesma intensidade com que
tenho consciência de mim porque eu estou em mim e o outro tá no outro então existe um limite aqui que é a tal alteridade para Além disso é incompreensível e tá tudo bem agora a minha ética passa se construir em cima disso do outro então para que você não saia desse vídeo achando que isso aqui é só aquela cada simplificada de ah viva diferença respeite o próximo ama o próximo É lógico isso é um t Óbvio mas eu tô aqui querendo ir um pouco mais não se trata disso é compreender o seguinte como é possível
constituir uma alteridade sem a ameaça como base é possível pensar o outro como parte integrante do eu se esse outro é nosso reflexo o que isso significa quando a gente tá falando das coisas que condenamos é possível construir Poder Sem colonização é possível atestar poder superando as formas de violência anterior sem barbárie e assim vai como fugir da simplificação de usar o outro apenas como arma da nossa diferença Por favor não faça isso nesse Episódio Não faça isso a próxima vez que você vê uma pequena diferença acontecendo não usa como arma para se dizer melhor
do que o outro usa como um convite como um espelho como forma de se encontrar de se aproximar de construir um espaço de reflexão A partir dessa ideia de não eu mas isso é claro tá muito longe de ser posto no horizonte da sociedade porque nós todos somos construídos constituídos e atravessados pelo tal século do Ego o eu acima de tudo o eu acima de todos e a filosofia tá há milhares de anos discutindo como resolver essas questões e eu é que não vou dar a resposta correta definitiva e única porque isso também seria por
si só anular a experiência do vídeo que propõe diferenças e multiplicidades de respostas de como lidar com isso aqui é apenas um vídeo ensaio do YouTube apenas uma pontinha do iceberg Para te convidar a ler mais sobre as fontes que estão aqui na descrição e pensar nessas discussões multifatoriais em pensar nos comentários o que a gente pode fazer diante disso a alteridade é esse exercício Diário de manutenção do entender do outro vamos praticar essa emancipação Essa é a minha proposta por hoje que nós possamos dar mais atenção pras práticas de alteridade e pras práticas de
troca e como a gente sempre deixa uma promessa de vídeo no final eu acho que vale um episódio só sobre alteridade daqui paraa frente mas por hora eu paro por aqui te deixo com as fontes e com a proposta de querer conversar contigo nos comentários por último eu realmente preciso que você participe do compartil famento desse vídeo esse vídeo afinal de contas é sobre isso então traga alguém aqui pro Canal Eu sinto que os meus vídeos estão cada vez mais todos um só falando de um quebra-cabeça de uma coisa só traz alguém para ver vai
que ela enxerga um todo maior Então é isso se quiser nos financiar todo valor faz a diferença lutemos por essa diferença e aqui eu fecho subindo a trilha de Novos Baianos e o mistério do planeta que eu acho que resume tudo muito numa canção e é isso vou jogando como sou vou sendo como posso andando por todos os cantos e pela lei natural dos encontros vou jogando e recebendo um tanto é nós e falos fal