Mãe fala abertamente sobre su1cídiO da filha | Todo Ouvidos

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TODO OUVIDOS por Milena Flor Tomé
Rede sociais: ​⁠@ milenaflortome @associacaomariaclara Deixei seu comentário e se inscreve no cana...
Video Transcript:
Olá sejam todos muito bem-vindos Eu sou Milena flor está começando mais um quadro todos ouvidos e hoje eu converso com a Michele A Michele é mãe da Maria Clara a Maria Clara ela sofreu suicídio aos 12 anos de idade depois de ter sido vítima de violência sexual Michele antes de conhecer de fato o que aconteceu com sua filha me conta Quem era Maria Clara Maria Clara era um doce de menina que aonde passava encantava deixava seu recado bem dado uma menina muito extrovertida e meiga meiga demais e ela tinha um hábito de dizer assim ela
nunca chegava para alguém dizia que gostava de alguém ela sempre dizia eu te amo e a marca registrada dela era o eu te amo que ela dizia numa naturalidade era uma menina que gostava de olhar nos olhos ela conversava pelo olhar era uma menina que um Anjo um anjo literalmente um anjo Michele como é que você descobriu o que aconteceu com a Maria Clara Milena eh minha família minha família é muito grande é uma família que assim era primo todo mundo junto só passava as férias juntas e uma família tradicional de cidade pequena e nós
tínhamos o hábito assim de se reunir né e o que aconteceu com Maria Clara por mais que muitos possam vir a julgar da mãe ter deixado mas a gente precisa entender o contexto como meus tios minhas primas todo mundo ficava junto teve um certo tempo em 2017 que aqui numa cidade vizinha eh tinha uma vaquejada era um dia de uma vaquejada e meus primos que moravam em Arapiraca né minha tia que eu tinha ela como a segunda mãe eles moravam em Arapiraca e minha prima tinha tinha tido a filhinha dela e por Maria Clara ser
uma menina com 12 anos porém brincava com todo mundo a minha prima pediu para que Maria Clara fosse dormir na casa em que eles estavam que era a casa do esposo da minha tia Eles não eram separados porém ela morava em Arapiraca e ele morava aqui em São Bento do mas eles não eram separados e por minha tia vi eu sempre fui pra casa dela eles sempre foram para aqui PR minha casa minha mãe Eh cuidou e criou o filho deles o mais velho durante muitos anos eu sou madrinha do filho deles mais novo que
tem ccia eles são padrinhos dos do meu filho mais velho então assim é um contexto bem complicado porém e sempre teve muita ligação entre as famílias tem tem muita ligação e e assim e eh eles praticamente moravam na casa da minha mãe né então era muito raro quando juntava a família toda e nesse dia eles vieram vieram de Arapiraca para os meus primos irem para essa vaquejada e minha filha a a minha prima pediu para que minha filha fosse dormir com a bebezinha dela o pai não deixou né porque assim a gente não deixava Maria
Clara pela pouca idade mas por ser pessoas da família e e e conviver com a gente que a gente criava o filho deles então ela foi ela foi mesmo sem autorização do pai que e ela chegou para mim e disse assim mainha a senhora nunca deixa eu ir para Campo nenhum deixa eu ir para o sítio que é um sítio deixa eu ir para o sítio para eu brincar então eu deixei e Maria Clara foi para o sítio né ela ela saiu da casa da minha mãe a tardinha Eles foram para o sítio que eles
iriam para essa vaquejada da noite e na época e eu era catequista eu era catequista aqui em São Bento do Una e aos domingos tinha um encro catequético após as celebrações eu sei que todo mundo tinha marcado para ir almoçar no sítio eu estava dando a aula de catequese e meu telefone tocando direto então quando eu atendi era minha mãe dizendo assim Michele termina logo essa aula e vem para cá porque Maria Clara não quer entrar para almoçar Maria Clara não quer fazer nada tá lá fora no sítio não quer entrar então quando eu terminei
a aula eu peguei minha moto e fui para lá quando eu cheguei lá tava a família toda reunida né pronta para o almoço só não estava Maria Clara e eu fui eh ao encontro dela ela estava no lá no finalzinho do do sítio em cima de uma árvore se eu fechar os olhos eu lembro nitidamente da imagem dela de ccras em cima de uma árvore agarradinha assim na no no joelho e eu cheguei embaixo e disse assim o que que você tá fazendo aí ela fez se eu quero ir para casa eu não quero ficar
aqui aí eu disse de jeito nenhum a família tá toda reunida Isso é falta de educação você vai para lá olha o que eu fiz você vai para lá então quando chegou lá ela não queria ficar com ninguém ficou se agarrando em mim ficou ela ficou totalmente diferente mas nunca na minha vida eu ia imaginar nada do B eu sei que eu a chamei disse vamos para casa então eu levei Maria Clara para casa disse dis Olha você sabe que todos nós iríamos almoçar aqui e chegar em casa manhã não fez o almoço então a
gente vai fazer o almoço e não vai vir mais para cá para brincar não e ela tudo bem fomos para casa só que assim quando eu cheguei em casa com ela ela disse Mãe eu quero tomar banho aí eu disse a gente tinha o costume de tomar banho juntas quase sempre ela fez vha tomar banho comigo aí eu fui tomar banho com ela e ela pediu para que eu passasse a esponja nela e eu né lavei o cabelo dela direitinho quando ela passei a esponja ela fez não passe com mais força eu disse não mãe
eu vou decola Fi passe com mais força Porque eu brinquei muito e eu passei com tanta força que ficou vermelha mas ela foi trocar de roupa eu fiquei fazendo almoço e quando ela chegou perto de mim disse assim manhã ela me pediu para eu explicar como era que uma menina menstruava quais eram os sinais da menstruação aí eu disse expliquei né como era ela fez isso aqui é aí ela me mostrou a calcinha dela e realmente tinha uma uma manchinha de sangue eu disse Eita mã quem sabe pode ser que seja o primeiro sinal enfim
ela pegou a calcinha eu fiquei brincando com ela conversando e no dia seguinte eu fui pegar a calcinha dela procurar a calcinha não achei aí perguntei se ela tinha lavado ela fez lavei mas eu nunca mais vi essa calcinha mas normal e começou daí né Eh depois que eles foram embora eh ninguém só se via agora final de ano final de ano nós íamos nos reunir novamente e aí começou a saga do sofrimento né com 12 anos de idade Maria Clara chegava ia pra escola quando voltava ficava toda acuada no quarto às vezes chorava muito
eh ficou agressiva não queria mais ficar perto do irmão né você tinha ideia do que que era às vezes você nunca pensava ah início da adolescência alguma coisa assim não por ser tão criança porque Maria Clara Brincou de boneca até aos 14 anos e e ela assim ela de forma alguma eu pensava que era birra porque ela era muito criança muito criança as meninas da idade dela era totalmente ela era descontextualizada da turma dela ela era de jogar bola no meio da rua ela era de correr de de de andar de bicicleta ela era desse
jeito era criança para você ter noção do quanto ela era criança ela a gente passeando de carro Ela disse assim ô mha se se pagar a conta de água de casa quem é que paga a conta da água que lava o espelho do carro uhum Você acredita que ela me fez essa pergunta enfim quando quando ela começou com essas mudanças né de não querer de ter a versão ela era muito apegada a meu pai muito eles brincavam muito e ela começou a se estranhar com meu pai mas eu não percebia por o vínculo de de
de de amizade da família eraa muito grande era muito grande e o acusado o acusado ele era ele era praticamente a gente considerava um pai minhas férias minha infância foi Tod na casa deles eu considerava muito ele muito e passaram-se um mês um mês desse jeito Maria Clara tendo eh eh caindo as notas aquela coisa toda e eu sendo sempre chamada a escola Olha Maria Clara tá tá dando trabalho não quer ficar na sala de aula eh e começou realmente dar trabalho na escola toda vez que eu era chamada à escola era para ser eh
eh receber a uma reclamação de Maria Clara coisa que nunca aconteceu aí foi quando eu pensei que fosse realmente é essa fase né mich na escola mesmo e ela tinha dito para alguma professora colega souberam onde algo ela tentou externar algo mesmo às vezes não entendendo o que tinha acontecido quando quando passou mais ou menos um mês ela contou para uma colega uma colega da escola escola e elas então Eh decidiram levar paraa escola para pra direção né um mês depois mais ou menos só que quando ela levou pra escola aí começa toda todo o
erro de tudo Maria Clara Ela foi muito lesada em todas as situações quando levaram a história paraa escola então eu trabalhava no escritório de contabilidade e eu recebi uma ligação né né que era para comparecer à escola inclusive eu tinha dito meu Deus de novo Maria Clara dando o trabalho aí eu fui à escola quando eu cheguei né já já estavam me esperando o grupo da coordenação e a diretora que estava a diretora adjunta falou para mim disse olha mãe Eh nós estávamos aqui conversando com Maria Clara e ela conversou para a colega depois eles
procuraram os professores e existe uma possível certeza que Maria Clara foi estuprada Eu não acreditei né Eu não acreditei porque Maria Clara só fica em casa Maria Clara não tem amizade Maria Clara não sai só vai paraa casa da minha mãe aí eu disse tem certeza dessa história ela fez tem e foi pelo um tio Eu disse meu Deus meus irmãos um mora fora o outro eu só vive viajando eu mal vejo meus irmãos o tio que eu tenho por parte de minha mãe Pouco contato Maria Clara tem tem mais com a prima aí eu
até Rio eu disse não eu acho que é engano aí ela foi disse então eu vou chamar a professora para quem ela falou e quando a professora veio já veio com lágrima nos olhos e disse assim Michele é verdade aí eu disse mas eu não tenho nem um tio ela fez é um tio avô que ela considera Aí eu disse ela e a mulher a professora ela não soube dizer o nome só que ela disse nomes parecidos quando ela disse o nome parecido eu disse é Fulano ela fez pronto é esse nome aí quando ela
disse isso aí minha ficha caiu eu disse é verdade é verdade é verdade é pronto aí veio aquele desespero aí veio aquele filme do sítio veio o filme das brincadeiras que ele tirava com ela e ol tudo veio assim à tona e foi quando os gatinhos foi fo estão sendo despertados para mim porque eu vi as atitudes dele mas eu nunca imaginava que era perfil de pedófilo que atitudes você lembra as atitudes de presenteá-la de pedir para para chamar ela ela tinha pedra nos rins ele apelidou ela de chupa pedra Porque ele disse assim que
as pedras nasciam Porque ela tava chupando as pedras sempre levava doce comprava coisas para ela sempre que ela tava lá era brincando com ela sempre insistia para para pra gente viajar para ir passar as férias na casa da minha tia e sempre ele sempre oferecia carona tava sempre lá coisas assim brincava com palavrinhas de de baixo calão Na verdade só que para eles eles não entendiam ele dizia assim eu não sei se eu posso falar é uma é uma uma palavra feia ele dizia assim tiu pisco você já deve entender isso aí ficava brincando chup
pispo eles as meninas que brincava pensava que era uma palavrinha boba mas não a intenção Não era essa então quando eu fiquei sabendo que eu disse é verdade aí eu me desesperei porém a professora foi disse eh Então como é que a gente vai agir vamos vamos denunciar vamos aí começou aquela aquela burocracia eu disse não para para vamos lá deixa eu raciocinar Primeiro ela tá na sala de aula tá pronto permane na sala de aula então ali ali eu pedi muito discernimento a Deus porque eu não sabia por onde comear porque era gigantesco que
estava acontecendo ali mas foi orientação Divina mesmo eu disse vamos lá eu não posso dizer ao pai agora porque o pai terminar matando e a gente precisa entender o que é que tá acontecendo e a gente precisa botar ele atrás das grades não vou dizer a minha mãe porque eu vou matar a minha mãe porque minha mãe é é hipertensa tem tem um um um um um uma uma vasta uma tantos problemas a meu pai muito menos são idosos eu não vou fazer isso então eu preciso de uma figura feminina comigo e de uma masculina
Então eu chamei o meu tio e chamei minha outra tia Aí vejo o erro onde tá eu pedi para chamar para chamar eles para eles me orientarem me ajudar nessa situação porque eu tava desolada quando eles chegaram à escola eles ligaram para eles quando eles chegaram à escola Veja só eu estava na sala da direção Eles chegaram no portão da sala da escola e quando eles Entraram na sala da direção Eles já estavam chorando e já estavam sabendo como como isso acontece estava sendo sim como é isso Eu não entendi essa atitude da escola não
mas disseram assim não que a gente deixou uma professora já para acolher Não não é certo como é que deixa a notícia a a a a situação dela para um professor para outro professor para outro quer dizer isso aí já começou a circular ali né E eles queriam ir comigo pra delegacia eu disse não eu vou com minha família e vou ver da melhor forma que eu vou resolver aí você você imagina como é receber essa notícia Chegamos na casa de minha tia o chororô o desespero mas aí eu precisava também de um suporte minha
prima ela é enfermeira né enfermeira chefe então eu liguei para ela e contei tudo que Inclusive era madrinha de Maria Clara e aí foi que foi pior porque ela era louca para Maria Clara então o desespero foi maior ainda depois quando tudo se acalmou vamos ver o que que que a gente faz vamos procurar uma médica que possa examinar Maria Clara para ver se até onde ele foi depois a gente vê o que que faz quando a gente passou o caso para médica a médica disse infelizmente eu não posso fazer que ela é de menor
vai ter que seguir o procedimento legal e Michele e até antes de você continuar como é que foi a sua conversa com Maria Clara minha conversa com Maria Clara já foi bem depois disso aí muito depois até chegar a essa articulação todinha foi muito depois porque quando quando a gente sentou que a médica disse que tinha que agir O que era que eu poderia fazer porque aí eu tinha na minha cidade é uma cidade pequena os o a a cidade que que comporta eh O IML é muito distante daqui é 2 horas de viagem 2
horas 2 horas meia de viagem eu não tinha o hábito de viajar e como era que eu ia chegar na minha casa e dizer Olha eu não tô trabalhando eu preciso ir a Caruaru como é que eu ia alar isso Qual o motivo que eu iria viajar né Então tinha que pensar em tudo e o que foi que Nós pensamos vamos comprar um presente para Maria Clara Porque isso aconteceu em setembro Setembro agora vai fazer 7 8 anos que isso aconteceu Setembro agora e ela completa ano em dezembro então a gente bolou que ia comprar
esse presente para ela então foi a desculpa que eu dei em casa e a segunda coisa como é que a gente vai tirar Maria Clara como é que eu vou conversar com Maria Clara então depois de tudo resolvido eu fui à escola buscar minha filha e quando eu estava na secretaria eh a professora foi buscar ela e quando ela chegou quando ela chegou a coisa mais linda da minha vida ela me abraçou disse e a senhora já sabe de tudo né Ela disse sei sei M não se preocupe eu não chorei mãe tá aqui para
te ajudar e a gente vai colocar esse bandido na cadeia eu não chorei por quê Porque eu já tinha chorado não suficiente mas eu tinha chorado e eu não poderia fazer isso com ela eu não poderia mostrar fraqueza para ela e eu abracei e ela ali ela foi um abraço assim que eu senti que ela disse assim aqui eu tô segura agora ela vai me proteger e Milena eu digo a você que foi o melhor abraço assim da minha vida depois de tanta dor porque eu imagino que ela tenha passado a eu disse olha m
a gente vai precisar fazer algumas coisas veja só nós vamos para agora a expliquei que eu ia inventar uma história pro pai nós vamos no conselho tutelar você vai conversar mas manhã vai estar com você fui ao Conselho Tutelar com ela e com minha prima é tanto que o conselheiro também não estava na cidade mas quando soube de quem se tratava porque o conselheiro era é vizinho nosso é conhecidíssimo da gente ele fez com Maria Clara vou agora para São Bento e ele veio para São Bento nós fomos atendidos dentro do car já para privar
a imagem dela então o conselheiro veio dentro do carro e dis vamos para Caruaru pr para o IML só que quando a gente ligou para car não tinha micologista lá então fomos pra delegacia né fizemos a ouvida dela com Conselheiro e fomos pra delegacia quando chegou na delegacia né Ela Sentou ao meu lado e Milena Eu acho que ali quem morreu foi eu Quando ela entrou né vários homens né na Delegacia eu disse mainha veja só tou ao meu lado o escrivão aqui na minha frente Aí eu disse olha mãe não tenha vergonha de falar
nada você tá Diante da sua mãe esse homem ali ele é pai ele tem menina e é sua fala que vai prender esse homem não esconda nada tudo não tenha vergonha de falar não você tá comigo ela segurou na minha coxa ela deu um aperto tão grande e quando ela começou a falar é um filme de terror é uma vontade de você assim sabe se rasgar assim ó você se rasgar sair é tão desesperador é uma vontade de de matar que você não tem noção na sua vida e quando quando ela falou tudo tudo eu
dei um abraço nela e disse que orgulho de você minha filha eu jamais teria essa coragem que você teve aonde que eu tava morta por dentro dei um beijo nela e nós nos beijável inho o delegado falou para mim quando ela foi tomar água o delegado disse que menina é essa fomos então né para casa e tentar dormir tentar e maquiar isso aí para no outro dia ir para Caruaru né comprar o presente início tudo o pai dela já sabia ou não Michele não não eu não podia contar é eu não podia contar enquanto eu
não tivesse a certeza de tudo que aconteceu como aconteceu né e como muita gente já tava sabendo Então eu tinha que ter cautela naquilo ali eu precisava ter um mandato de prisão para ele ser preso era o que eu precisava minha intenção era aprender aquele acusado e quando foi no outro dia eh Ela foi à escola né ela foi pra escola eu a levei e fui trabalhar e eu digo a você mil no meu trabalho eu peguei um estilete coloquei no na mão e fui ao sítio eu ia matar ele eu fui pronta para matar
ele porque ele não sabia que eu sabia ninguém sabia que eu estava sabendo então quando eu ia descendo para o sítio eh para ir para lá eu passo ao lado da igreja matriz e eu senti a necessidade de entrar e quando eu entrei eu pedi para falar com o padre ele ia para garins para uma reunião mas quando ele soube que era eu e viu a minha situação e disse não eu vou lhe atender e quando ele me atendeu ali eu desmoronei contei tudo ele fez Michele olha você vai você já começou certo os trâmites
legal Conselho Tutelar delegacia e a e agora ml pronto é o que você tem que ser né O que tem que ser feito se matar você só vai acarretar mais problemas e ali eu fui sabe ele conseguiu me desarmar porque ela precisa de mim ela precisava de mim o tempo todo e quando eu quando ela chegou da escola eu disse vamos para Caruaru ela não sabia o que ir fazer em Caruaru né mas quando chegou lá isso minha prima enfermeira dirigindo calada calada arrasada arrasada porque ela se deparar com uma situação dessa que ela é
enfermeira que ela sabe da gravidade e principalmente quando a gente olha olhava para Maria Clara Milena era uma criança não tinha nem feito Milena quando chega em Caruaru aí eu fui explicar olha mainha eh é um exame ginecológico aí expliquei tudo direitinho e ela muito Agarrada em mim mas entrou comigo deixou fazer o exame e a a a Legista ela foi de muito precisa com o que ela falou para ela ela falou de uma forma tão lúdica que ela entendeu que nem todo homem é ruim nem todo homem ela associou o homem a uma faca
do mesmo jeito que corta para matar corta nossa comida para nos alimentar né E ela foi muito pedagógica nesse sentido e quando nós saímos de lá mais uma vez eu percebia que Clara tava mais segura diante de mim mas aí como era que eu ia fazer Milena para tirar Maria Clara desse convívio da família se o acusado só vivia na casa da minha mãe fazia as refeições lá meu pai fazia as refeições mandava buscar ele para ele almoçar para ele jantar lá em casa como era que eu ia tirar isso dela então como meus tios
os dois já sabiam me ajudaram nesse manejo aí de retirar ela desse ambiente contaminado mas para ela veja já tirei a culpada tirei ela do convívio familiar ela perdeu já ali o convívio com avô com avó né e o avô e avó perguntavam alguma coisa da falta só perguntava O que era que ela tinha eu disse não é porque Clara tá assim mesmo e a gente foi segurando passou Setembro passou outubro quando foi em outubro Vamos para o fórum falar com o promotor aí mandato de prisão tudo direitinho ia ser pego em novembro Então eu
disse assim pronto já que vai sair o mandato de prisão já que falamos com todo mundo é a hora de contar para o pai e para o irmão mas ninguém então aí foi foi mais uma dor como é que foi mha horrível porque ela disse mainha o que é que eu vou fazer não diga a meu pai não mainha não diga não disse mainha eu vou ter que dizer eu vou ter que dizer agora eu vou ter que dizer el aí ela foi paraa escola eu já tinha dito a meu filho né né meu filho
ficou com raiva de mim ele na razão dele né porque a irmã a mesma vontade que eu tive de matar o Irmão teve e que era para eu ter feito o que ele disse ele ficou com raiva por conta disso porque viu o sofrimento da irmã e ninguém fez nada não fez nada no sentido de matar então ele levou ela paraa escola e ficou com ela na escola e aí eu chamei meu esposo tranquei as portas de casa e quando eu falei para ela assim eu fiz Olha eu tenho uma coisa muito séria para falar
com você ele fez é o qu eu fiz aconteceu isso isso e isso Milena ele do jeito que tava deitado ele só se virou e vomitou vomitou pediu para eu sair pediu para dar um tempo eu só eu vi ele dando Mor e muitas coisas dando batendo batendo batendo mas eu dei o tempo dele né Eu só fiz di assim quando você quiser conversar eu estou na casa da minha tia estou com minha filha ela vai vir vai chegar lá ele fez não não leva ela para lá não Depois eu chego e quando foi com
meia hora ele chegou me chamou e disse vamos ali comigo eu fizer o que ele fez eu vou comprar uma arma aí eu fiz eu tenho dinheiro da moto pode comprar ele fez eu vou matar ele fiz vou com você você vai eu fiz vou vou matar ele com você e nós fomos nós fomos direto pro sítio só que antes a gente a gente foi em busca de arma né fomos em busca de arma as coisas de Deus são tão perfeitas que quando nós estávamos indo eu não sei o que foi que teve um assalto
na estrada não sei como era e o rapaz disse olha vão embora que tá cheio de polícia aí e foi assalto então nós viemos embora mas a gente foi também para matar ele mesmo sem conseguir uma arma potente mas a gente foi matar com que tinha e quando nós íamos descendo para matá-lo eu pedi para ele parar disse pare o carro ele fez é o quê eu fiz olha vê só se eu disse a você melen que foi da minha vontade eu tô mentindo isso é obra do Espírito Santo porque eu falei para ele assim
eu fiz ó se a gente matar ele vamos lá ele não sabe que nós sabemos ele vai morrer como Inocente a família vai saber que foi a gente que matou porque tem pessoas que já sabem que o conselho sabe a polícia sabe o promotor sabe a escola sabe então vai saber quem matou você vai preso eu vou presa Maria Clara vai se sentir culpada porque me disse eu tô protegendo ela veja a a o conflito que ia gerar E se eles não matassem meu filho né e ele ia morrer como inoscente por ser de uma
família tradicional de São B por ser de família famosa vamos fazer o seguinte vamos denunciar só que eu já tinha feito isso né ele não sabia vamos denunciar e ele vai ser preso e lá na cadeia Ele toma conta Deus toma conta e vê o que é que faz para ele a punição dele vai ser presa porque vai ser uma vergonha moral ele não vai aguentar pelo motivo que foi preso não é avô pai de moça de mulher de homem de uma criança deficiente ele não vai aguentar isso então nós não fomos matar certo voltamos
e quando eu encontrei Clara que ela já tinha chegado aí ela fez você contou para painho eu fiz contei e quando ele a viu assim eu já estava encalada né não estava acostumada mas eu já conseguia eh reagir a tudo aquilo ali e a dor que o pai sentiu foi aquela dor que eu senti né e enfim começamos então o processo para prendê-lo que que acontece não sei como o fórum entra em recesso entrou de recesso Forum então não tinha como emitir o mandato isso ainda em 2017 em 2017 tínhamos que esperar para 2018 só
que como era que eu ia tirar permanecer mais dois meses sem Maria Clara dentro da família eu sei que o circo foi se se afunilando as coisas foi se afunilando e chegou o final de ano nada teria feito e nesse desse tempo eu não tinha visto mais ele né que eu tirei ela mudei ela de horário de escola mudei a vida dela completamente e como é que ela continuou na escola Michele o comportamento já mudou o comportamento mudou muito mas como eu transferi ela de horário então as pessoas que quando ela chegou não sabiam da
história porque todo mundo da escola sabia não é desmerecendo eh a função mas do cozinheiro do faxineiro ao professor ao diretor todos sabiam as colegas da das salas zombavam dela e dizia que ela não era na escola também buling bullying sofreu muito muito muito muito S ela te contava isso não não sabe como eu descobri quando eu passei a ver os cortes no braço dela quando a última vez que ela se cortou na escola ela foi Ela sujou todo o o o o banheiro e uma das professoras disse que ela era mau exemplo paraas outras
foi o que eu escutei né então assim foi uma sucessão de erros com ela e ela ia em terapia em psicólogo como é que tudo tudo na quando eu descobri do abuso já entrei com a psicóloga eh eh e ela começou com tratamento e psiquiatra não tinha ainda não tinha começado eraa só com a psicóloga mesmo e quando chegou em dezembro que era aniversário dela o aniversário de 13 anos e que eu falei para você que a família se reunir enfim vieram todos de Arapiraca vieram todos meus irmãos enfim tava a família toda eu disse
Sabe de uma coisa todo mundo vai ficar sabendo porque daqui que todo mundo já tava exclu do Maria Clara dos cantos sabe quando ela chegava eh era Tio dizendo coisinha era primo dizendo coisinha Porque ela não participava mais não tava lá mais presente então eu disse vamos contar vamos contar vamos contar vou juntar todo mundo e vou contar juntei Todo mundo inclusive a esposa dele só que a esposa dele eu pedi paraa minha tia minha outra tia contar para ela porque eu disse pelo amor que eu sinto por ela Milena eu amava aquela mulher tô
dizendo a você eu amava ela como uma mãe uma mãe aquela aquela tia que você deitava no colo aquela tia que você ria junto que comia no mesmo prato eu não tive coragem de contar para ela eu pedi para minha outra tia contar mas eu juntei toda a família e quando eu contei para todo mundo minha mãe passou mal meu pai passou mal e foi aquele desespero geral geral geral acabou o final de ano todo mundo e esse homem avisaram a ele a minha tia esposa dele que eu defendi ligou pro irmão não sei como
foi não sei quem foi ligou pro irmão dele e deram fuga a ele vai embora que aconteceu isso isso e isso eu não tiro a razão do irmão porque é irmão é sangue mas eu acho que uma coa dessa Independente de sangue é uma criança você estuprou uma criança você acabou com a vida da criança minha filha morreu com 12 anos e a sua tia não ela tentou falar com você conversou ou não tentou tentou mas aí ela tava medicada e quando ela me encontrou ela ela tava ela não tava no no mundo dela ela
só chorava chorava enfim todo mundo se separou né e eu disse olha ele vai ser preso isso e isso não adianta e foi dito para todo mundo aí foi quando começaram a colher Clara porque aí começou as farpas em mim porque você não disse agora você foi egoísta e começou inverter a situação e a família Começou a tomar seus lados porque eu errei por eu não ter dito eu errei por eu ter escondido minha filha eu errei em diversas coisas então eu assumi também isso me lembro eu trouxe para mim Pronto já sou a filha
não é minha eu não errei só quem ficou assim firme comigo foi minha mãe meu pai meu filho meu esposo e a família ficou mas assim ficou um pé lá e outro cá não tomaram o partido e o tempo foi passando nada de Mandato sair ele fugiu o povo não teve Natal não teve nada todo mundo foi paraas suas casas nas suas cidades e eu comecei né tentar chegar ao mandato aí minha filha começou cortando depressão fo um processo pronto chegou janeiro vamos prender ele ele tá for agido foragido mas eu encontrei porque como eu
insisti no mandato como eu insisti em tudo e o conselheiro tutelar conjuntamente com a polícia mandaram os investigadores no canto que eu tinha nos peito e foi encontrado tiraram foto e quando eles mandaram a foto para mim senhora a senhora confirma que é ele eu fiz confirmo é tal canto é o carro da filha é na rua da escola da irmã dele ao lado tem a academia que o filho deficiente malha você descendo e dobrando à esquerda tem um pet shop que o filho mais velho toma conta dos cachorros que eles criavam bichos quer dizer
eu o encontrei como é que você investigador tá com mandato de prisão nas mãos tá vendo o acusado o acusado se evadiu quando você foi à noite na casa dele e aí qual foi o que o que me disseram foi assim olha a gente foi na casa dele eh com mandato fizemos uma busca ele se invadiu ele não se encontra nesse local mais poxa se tu tá vendendo al ou seja eles chegaram a ver ele não prenderam Tiraram a fota e mandaram para mim Tiraram a foto deixaram tiraram uma foto e mandaram eu tinha essa
foto no meu telefone eu tinha essa falta no meu telefone então foi quando Clara piorou foi quando Maria Clara piorou Maria Clara completou 13 anos em dezembro e e todo mundo se afastou eu sei que quando passou tudo isso né que ninguém encontrou mais aí começou sabe Milena assim como é que que a família sabe disso como é que fulando lá longe sabe disso e começou o vazamento de informações Eu ia ao fórum não não se preocupe não informações da investigação que estavam sendo vazadas inv sim e o o o o processo dela sempre mexido
sempre mexido eu nunca consegui a audiência dela sempre tava lá eu quero a audiência dela tentei falar não tinha juiz veio uma juíza substituta disse como é que pode essa menina não foi ouvida nunca foi ouvida pela justiça nunca esse processo dela nunca chegou na mão do juiz nunca eu lutei tanto e isso Maria Clara foi definhando quando Clara fez 14 anos ela tentou a primeira vez o suicídio né e meu filho tinha tido a a a esposa tinha tido bebezinho na verdade não tinha tido da bebê ainda ela tava grávida prestes a ter neném
que também Maria era enfermeira quando eu chego em casa meu esposo liga M dis Olha Maria Clara não tá bem não tá bem eu disse é o qu e El deitada mole mole Clara o que foi que você fez Clara o que foi que você fezen ela começou a entrar a boca e ela dis assim M meu olho não fecha meu olho não fecha eu fiz o que você fez ela disse assim eu tomei todos os remédios dentro de casa olha eu acho que só deu tempo ela falar isso ela comeou a entrar todinha ela
entrona atrás o queixo dela bateu aqui ó no ombro dela ela ficou ela ficou horrível O Corcunda de Notre danando ela ficou meu filho pegou ela no braço assim a gente levou para o hospital Inclusive eu tenho umas fotos dela no hospital fazendo o Eletro tenho tudo eu tenho tudo registrado e quando ela deu entrada ao hospital eh o médico disse mãe veja só não tem mais como fazer uma lavagem nela porque já faz tempo que ela tomou a medicação se for transferir ela era cada convulsão horrorosa cada convulsão de lou ela sentindo dor ela
foi morrendo aos poucos ele só dizer assim a gente vai colocar ela lá dentro na sala vermelha na sala amarela na verdade e esperar a medicação fazer efeito mas era convulsão em cima de convulsão ali eu fui perd minha filha tenho o vídeo também eu sei que mais uma vez o espírito santo né Eu clamei tanto a Deus teve uma hora que eu me joguei assim em cima dela eu clamei tanto eu clamei tanto tanto tanto tanto tanto que ela pegou na minha mão assim levantou e disse mãe Bora para casa que é que eu
tô fazendo aqui ela ela se levantou e Lea o pai tava filmando né nem acreditou eu saí com ela no corredor e a primeira enfermeira que apareceu foi a sobrinha do acusado ela disse fulana ela tá bem ela ficou assim sabe o que foi que aconteceu e ela chorando a sobrinha do acusado olhou assim para mim e disse leve esse remédio leve esse remédio para inclusive e eh quando ela começou a fazer o tratamento eh foram anjos que pagaram um tratamento psicológico mas o o psiquiátrico nós conseguimos numa cidade vizinha só que aí a gente
tinha que optar ou pagava o psiquiatra ou pagava a medicação aí quando eu tinha condições de comprar a medicação era bom mas quando não era complicado aí essa sobrinha do acusado ainda me deu com as medicações Mas o que eu te pergunto também Milena em e nessas sucessões de erros Você acredita que minha família começou a a me excluir e ficar com raiva de mim depois que eu não deixei eu não deixei ninguém entrar na tentativa de suicídio dela disseram que eu era muito metida que já que eu não quero a ajuda de ninguém então
agora também não venha contar Michele como é que você tava sofrendo também como é que você conseguia forças é como eu lhe disse Deus porque eu sempre assim eu sou eu sou uma pessoa de muita fé independente de qualquer coisa eu creio no Deus que que é minha vida eu sou uma pessoa sabe Milena que tudo tem um propósito a gente não tá aqui por acaso e se tudo está acontecendo Endo tem a mão de Deus ali e eu não sei o que é que ele quer de mim o que era que ele queria de
mim naquele momento mas eu precisava ser aquela Michele que eu nunca fui eu nunca imaginei que eu fosse fazer as coisas que eu fiz então quando eu tirei minha filha desse vínculo aí eh como era que eu ia dizer para o meu pra minha família que minha filha tinha tentado suicídio se foi a mesma família que acusou ela foi a mesma família que meteu pedra nela porque depois do abuso Depois que minha tia a a esposa dele f ficou sabendo ela foi na minha casa depois de um tempo eu a recebi sabe porque eu a
recebi Milena porque assim ela era vítima como eu porque ela pediu a mim para levar minha filha ela minha filha tava aos cuidados dela ela nunca esperava que o esposo dela fosse fazer aquilo com a sobrinha preferida dela ela nunca imaginou Então ela era vítima como eu só que quando ela foi para minha casa ela foi com o discurso de que Maria Clara seduziu ele meu Deus uma criança ela uma criança Ela foi com a tia que eu chamei lá na escola para me ajudar e com o tio que eu chamei na minha escola na
escola para me ajudar os três foram para o meu sofá acusar que minha filha estava seduzindo ele e eu escutei Tintim por Tintim eu disse que bom que minha filha fez isso agora vamos lá minha filha tem quantos anos 12 seu esposo tem 57 54 Vamos lá por que ele não Procurou a mãe e disse para eu dar uma regulagem na minha filha ele é adulto ele poderia muito bem chegar para mim e ter dito que ela tava seduzindo ele engraçado né É mas sua filha tem uns palavrões eu fiz Diga qual foi o palavrão
que ela disse justamente o palavrão chupisco aí eu fiz quem é que brinca com as crianças e chamando um chupisco a minha filha vamos fazer o seguinte tias vocês escolheram lado de vocês até hoje eu te respeitei porque você era vítima como eu só que como você tá trazendo isso para mim você é cúmplice dele porque você está apoiando ele e foi quando eu cortei tudo aí foi quando aí eu eu tinha obrigação de dizer a elas que minha filha tentou suicídio eu tinha obrigação disso não era mais uma vergonha para minha filha então quando
a gente saiu do hospital que ela saiu bem todo mundo querendo saber eu não deixei Só chamei minha mãe e meu pai olha a situação é essa Maria Clara tentou suicídio assim enfim quando tudo isso essa esse drama passou eu comecei com ela eu disse mainha eh O que é que te levou a fazer isso porque assim Milena eu sei de tudo certo mas eu queria entender a cabecinha dela quando eu perguntei isso para ela ela fez mha eu não tenho ninguém eu não tenho amizade eu não tenho divertimento passou meu aniversário ninguém me deu
presente eu só tenho a senhora aí disse a senhora meu pai meu irmão meu vô e minha avó são poucas as pessoas que falam comigo eu não tenho na escola eu tive que colocar Milena uma cuidadora porque ela não tinha ninguém para brincar eu coloquei uma cuidadora para dizer que era uma amiga dela porque ela não sabia que era cuidadora Pois uma pessoa da escola chamou de bebezinha e que era uma cuidadora foi quando ela descobriu que não tinha uma amiga tinha uma cuidadora aí veio mais uma bronca para mim mã por você fez isso
eu não sou bebê por que a escola fez isso milen Por que a escola desconstruiu e sem falar que as o que vazava da do inquérito dela partiu do conselho tutelar acredita nisso e eles chegavam a fazer um acompanhamento com ela tentavam ajudar de alguma forma ou depois que contaram para você não ajudar depois não depois que foi feito o mandato Ninguém me ajudou em nada ninguém e as informações que eu levava para o conselheiro tutelado de alguma forma chegava ao irmão do acusado chegava quando eu cheguei no fórum que os os processos estavam mexidos
tinha parentes dele funcionários dele lá dentro eu não sabia né E quando quando terminou isso tudo da tentativa ela além dela alegar tudo isso ela alegou que m é uma coisa tão forte tão forte é como se desligasse a mente da gente mainha e a gente vai assim e faz a gente faz sem perceber M porque dói tanto dói dor no peito dói dói e a gente só quer dormir para passar esse pesadelo e quando acordar ser outra vida foi o que ela me disse muitas isso muitas vítimas do suicídio Elas não querem tirar a
vida Elas Querem Acabar com a dor aquela dor momentânea porque é o momento por isso que muitos dizem assim foi fração de segundo foi um segundo foi é esse segundo que ela me disse ela disse manã é isso a sensação é essa e a gente quer quer dmir um pouco para acordar bem para passar essa essa dor para passar essa essa aflição e eu entendi minha filha e ela ela assim eu disse para ela assim olha mha veja só depois disso tudo se você quiser namorar é um direito seu se você não quiser também se
você quiser ser homossexual sua mãe tá aqui para tá com você enfrentar tudo com você o que você quiser meu amor manhã tá aqui só que foi se agravando e outro erro por quê Por a psicóloga nunca me disse que minha filha tinha pensamento suicida e tinha de ação suicida porque eu nunca fui chamada pela psicóloga para falar de Tais assuntos por e e que pode ser quebrado o sigilo quando se tem em risco de perder vidas quando ela percebeu a gravidade de Clara a própria psicóloga no carro dela nos levou para o psiquiatra na
cidade vizinha chegando lá ela puxou Maria Clara assim pro lado eu não sei o que ela conversou com Maria Clara mas eu via no semblante de clara que ela não estava gostando estava com medo entrou com ela para o psiquiatra depois eu foi chamada e o psiquiatra disse assim ou ela toma medicação ou Infelizmente eu vou ter que internar essa menina e eu falei para ele o senhor não interna nem aqui nem nunca sem minha autorização não porque eu sei que minha filha só precisa de cuidado eu sei que foi um clima pesado a forma
com que ele veio eu sei que os médicos os profissionais tentam o melhor mas tem forma de se falar e ele no lugar de acolher minha filha ele mais e ela não queria nem vê-lo e ela era muito apegada muito apegada a psicóloga como eu falei desde o início ela era muito meiga ela amava aquela psicóloga eu sei que a psicóloga veio conosco no carro dela quando nós chegamos em São Bento próximo à minha casa não foi nem na minha casa onde ela me pegou próximo à minha casa ela abriu a porta do carro e
disse Maria Clara Clara no banco de trás ela só Fei virar assim olha a partir de hoje eu não posso mais ser sua psicóloga porque a gente criou um vínculo eu olhei para ela assim eu fiz doutora a senhora tem certeza do que a senhora tá dizendo tenho ela não tem como você e quando a gente desceu do carro ela se abraçou comigo disse mainha nem a psicóloga gosta de mim Eu amo minha psicóloga ela perdeu mais uma pessoa Milena você tem noção do que essa avalanche causou na vida dessa menina e na minha vida
porque eu tinha que ser forte o tempo todo eu tinha que ser amiga de brincar de casinha eu tinha que ser a mãe eu tinha que ser a mãe de nin tudo e foi como eu disse foi uma sucessão de erros que só foi agravando agravando e ela diz assim mainha eu sei que quem perdeu foi eu ele nunca vai ser preso eu perdi mas antes P tivesse matado ele mas eu não deixei e a gente foi né Maria Clara SEME psicólogo que eu não consegui mais Maria Clara sem psiquiatra e eu passei a cuidar
dela mas assim procurando saber de um de outro eh conselho de um e fui com o que eu tinha em mãos Milena o que eu pude fazer o que tava ao meu alcance eu fiz só que começou as crises dela a aumentar e um dia no meu trabalho eh Mainha chegou com ela e disse assim Michele Clara não tá bem clara não tá bem eu disse Mãe manda ela vir aqui quando ela chegou Milena que ela entrou no meu no escritório onde eu trabalhava ela ela acocorou-se assim do meu lado e eu já vi o
casar com manchado de sangue Eu já vi aquilo ali então eu peguei ela mã O que foi ela fiz eu não tô bem e eu percebi que ela tinha ingerido eu não sei se era Bebida Eu não sei eu sei que eu percebi que ela não tava bem mesmo aí eu abracei ela nisso a minha patroa chegou chegou perto dela que também ela gostava muito da minha patroa é assim ela Maria Clara era uma criatura dócil você você com essa sua carinha aí só baiar você olhar para ela el dizer que el amava e minha
patroa chegou e disse o que que você tá fazendo aqui aí eu disse fulana não é o momento não Depois eu te explico ela olhou PR Maria CL disse assim olha reaja viu que coisa pior você já passou isso aí é muita frescura quando ela disse issoa de Deus nunca nunca levantei a a voz para ninguém eu levantei bati no birô e disse assim a partir de hoje eu não trabalho mais para você não quero nada seu não quero que você acerte nada e ela começou a me gritar juntei minhas coisas peguei Maria Clara e
fui embora quando eu fui embora ela disse mãe você perdeu o emprego carro de mim você mãe e agora e agora e ficou aquela coisa n disse Clara tu fosse um anjo que Deus botou na minha vida que eu odiava trabalhar ali Eu odiava eu pedia a Deus todos os dias uma forma de sair dali de cabeça erguida e agora a gente vai tomar um sorvete para comemorar Olha a minha situação sab que eu tava desempregada na situação mas a gente foi tomar um sorvete e ali eu vi minha filha de novo Alegre de novo
e quando tudo isso e a luta do processo a luta do processo chegando então aos 15 anos de clara não teve festa s a madrinha que foi minha prima né a a a lori que que que presenteou foi aquela coisa toda e a minha tia continuou vindo em São Bento viu e sabe para onde ela vinha pra casa da irmã da minha mãe e foi pra casa da minha mãe ela ia pra casa da minha mãe como se nada tivesse acontecido extrema cara de pau e ela ainda tava com ele com certeza não tinha como
sabe por quê Porque quando eu cheguei uma vez na casa de mainha ela tava com telefone aí eu falei com meu meu afilhado o deficiente eu disse Lano Cadê tua mãe tá lá em cima falando com o meu pai no telefone Maria Clara escutou isso então aí foi quebrado todos os vínculos aí cada um tomou foi enfim além de nós matarmos as pessoas que a gente mais amava dentro da gente perdemos tudo isso esse contexto todo só que aí Milena o que foi que aconteceu um certo dia eu sentei com minha cunhada e meus irmãos
e a gente começou a analisar aquele almoço do domingo e minha cunhada disse Michele olha no momento que você entrou na cozinha com Maria Clara o acusado pegou um espingarda e colocou na porta da geladeira eu disse tu vi ela fez vi achei estranho mas não comentei nada aí eu disse aí comecei a puxar puxar eu disse Clara Por que manhã não me disse isso logo aí fiquei n ela fez mã ele disse que ia me matar e matar a senhora manã ele ia pra porta da minha escola ele ficava na frente da minha escola
manhã manhã quando eu descia para casa ele ficava numa oficina toda vez que eu passava manã ele me chamava quer dizer ele cagia ela eu não sabia ele perseguia ela eu não sabia noite mostrando uma arma para ela naquele dia Olha foi uma tortura sem igual para uma menina de 12 anos me eu sofri tanto com aquela menina nos momentos de surto dela teve uma vez que nem eu nem o irmão a gente conseguia segurar ela era desespero eu nós Sofremos muito com as crises Clara dentro de casa né enfim então veio a covid né
A covid-19 e minha mãe foi a primeira vítima fatal de São Bento a primeira mulher vítima fatal de São Bento que depois disso tudo Maria Clara eh ficou a amiga dela ficou minha mãe então uma perda avassaladora para Maria CL eu fui deixar minha mãe no hospital boazinha minha despedida da minha mãe foi um tchau e fui buscar ela no Recife dentro de um caixão e quando eu receb quando nós chegamos no sério a primeira pessoa que eu vi foi Clara e assim isso Acabou com a gente também né porque a gente não pôde ter
nada a gente não velou mãinha simplesmente sumiu da vida da gente minha mãe morreu dia 20 de Maio Hoje completa 4 anos e 3 meses né Maio abril maio jun e 4 meses da minha mãe hoje dia 20 e enfim mã morreu em maio passou Junho passou Júlio e chegou e foi chegando as festas de final de ano e eu comecei para para suprir o luto da minha mãe eu comecei a fazer uns bolos eu não sabia fazer bolo e eu disse Clara vamos vender bolo aí comecei a fazer uns bolinhos e a gente começou
a vender começou entrar dinheiro el disse pronto você vai ficar responsável pelos dinheiros Ave Maria ela sabe se achando uma contadora e voltou a brilhar o olhinho dela porque ela disse mainha Eh agora a gente tem dinheiro para comprar as coisas da gente e Milena foi bem interessante que quando eu consegui Juntar uma quantia eu disse claro eu vou fazer um curso e a gente saiu pesquisando eu consegui o curso era em Caruaru um dia de sábado dia 23 de janeiro vamos lá e aquela empolgação foi só que era a primeira vez que eu tinha
que ir e deixar Clara só quando foi na sexta-feira antecedendo eh o sábado eu desisti do curso desisti mas não tinha dito a ela né quando foi à noite ela disse Mã eu tô tendo pesadelo eu tô sonhando com aquela coisa para mim aquela coisa era o acusado não ela disse que tava tendo pesadelo eu dormi com ela na cama dela de solteiro coloquei ela Assim como bebê mesmo coloquei ela na minha mão assim dormimos agarrada até ela pegar no sono né porque eu não dormi então ali ela dormiu no meu no meu braço quando
amanheceu dia aí ela disse mã teu curso eu disse não eu não vou mais não ela fez vai eu disse não vou Clara ela fez vai sim porque agora que a gente tá conseguindo manhar a independência da gente a gente vai sim se vai aprontou minha bolsa só tinha Comida dentro da bolsa não tinha mais nada acho que ela tinha medo de morrer de fome Preparou a bolsa Aí eu disse tá certo mha vai botei a bolsinha nas costas quando esperar a lotação chega ela no meu portão aí eu fui com coração na mão aí
eu dei um abraço nela eu disse assim olha manha tu não vai fazer besteira não assim tu não inventa de fazer besteira não ela deu uma rizada disse assim confia em mim minha velha aí foi me deu um beijo um selinho e disse eu te amo foi embora na lotação mas com telefone chegando em Caruaru que eu fui entrei na sala da do curso eu sou apaixonada pela cor amarela O atelier era todo Amarelo aí comecei a tirar as fotos Né Mandei para ela e quando isso aconteceu eh quando foi dito lá no curso que
era pra gente poder dizer a como começou a história dos Bolos coincidentemente eu falei a minha história e a história de clara e pedi a permissão para ficar ao telefone entrando em contato com ela a professora disse autorizou porém não queria que eu filmasse mas aí o tempo todo eu fiquei interagindo com ela tudo tudo tudo tudo que eu fazia eu mandava para ela e quando Fi na no horário do almoço eh eu falei para ela vá almoçar que mainha tinha delegado para ela né e a rua para pagar algumas coisas já justamente para ela
não ficar sozinha e ela fez na parte da manhã isso só que quando a gente foi almoçar eu ia retornar para falar com ela quando eu terminei o almoço eh fui ligar para ela a ela já não atendeu mais o telefone né eu fiquei ligando ligando ligando e ela não atendia Inclusive eu te dei até uma bronca tem todas as conversas da gente no telefone eu tenho os áudios desse dia no telefone e liguei para meu esposo perguntei por Maria Clara ele disse ficou em casa eu fiz Olha tá acontecendo alguma coisa vai para casa
ele para ele ela nunca tinha nunca dizia que amava ele ela só dizia que me amava e quando ele perguntava ela dizia que amava um pouquinho e na mensagem que ela deixou para ele foi a seguinte Painho eu te amo eu já falei pra mainha e já falei PR vor V é meu irão meu meu filho o irmão dela e quando ela ele mostrou essa mensagem que disse isso eu disse vai embora vai embora para casa que tá acontecendo alguma coisa liguei para o meu filho né Porque eu fui de lotação mas eu ia voltar
com meu filho e com minha nora e ele disse que ia para Caruaru umas 4 horas porque ele me pegava e a gente viha embora quando eu ligi para ele eu fiz Vittor vai em casa liga para tua irmã que eu não tô conseguindo falar com ela ele FZ mãe já tô em Caruaru isso era 2 horas da tarde se ele disse para mim que ia 4 horasa que tava fazendo 2 horas da tarde em Caruaru então eu liguei para um amigo meu né e ele e disse que elha passado muito linda naja del a
ela pediu um abraço para ele e ela falou para ele que eu ia precisar muito dele aí ele também percebeu algo mas não podia fazer nada porque assim a gente percebe as coisas mas quem imaginar que poderia aconteceu pior e quando ele falou isso para mim aí eu comecei a sentir eh um sufocamento uma saudade absurda e o perfume dela eu comecei a sentir tudo isso fazia pouco tempo que eu tinha perdido mainha e eu senti essas coisas de mha então ali eu já sabia que tinha alguma coisa errada aí liguei pra vizinha do meu
pai né que é tudo mora um próximo ao outro e quando eu liguei para ela eu disse Lana Cadê Clara ela foi e disse Michele Maria Clara desceu agora para casa comprou um refrigerante e desceu pra casa eu fiz ela tá na casa de pai ou não ela fez deixa eu ver quando ela foi lá ela não estava e painho disse não Michela Ela desceu eu disse painho vá lá na minha casa tá acontecendo alguma coisa tá precisando de ajuda olha Milena eu creio que tudo isso aí da hora que eu falei para o meu
pai e para meu esposo isso não foi 15 minutos não não foi minha casa aonde eu moro assim Ah tem um portão que são um as grades brancas e um terraço em seguida tem uma porta que tem uns vidros que se você olhar direitinho você vê o final da casa e a gente sempre deixa a porta dos fundos com uma tela para arejar meu pai quando chegou Ele olhou pela pelas Flechas né do do do portão e viu que tinha algo estranho meu esposo Quando ia chegando próximo à casa ligou para ela Milena eu não
sei te dizer eu não sei essa explicação até hoje eu me pergunto o que é que Deus quer de mim porque quando ele ligou para ela o telefone ele contou TRS segundos e diz des liou aí mais uma vez ele ligou mais uma vez 3 segundos e desligou então ele relaxou ele disse não ela atendeu e não quer falar comigo ela tá em casa mas quando ele foi se aproximando meu pai tava segurando no portão e pulando quando ele chegou ele também viu a cena aí pronto quando abriram o portão minha filha estava se enforcando
com o lençol da cama quer dizer se enforcando não ela já estava morta né ele cortou o lençol tentou fazer os procedimentos né ela ainda tava se urinando ele fez de tudo de tudo de tudo de tudo meu pai e meu pai assim se eu pudesse se eu soubesse menina eu não teria deixado meu pai ver essa cena jamais jamais eu teria deixado meu pai ver essa cena porque a gente tinha acabado de perder minha mãe a gente não viu minha mãe e meu pai presenciar a morte da primeira neta mulher da primeira não da
segunda neta mulher mas a que tinha que tinha ele como um pai isso lá em em Caruaru tentando falar com todo mundo foi que meu esposo fez ligou para minha prima que era enfermeira que já desceu com um médico para tentar reanimar e nada meu pai não sei e eu tentando falar com todo mundo e ninguém falava comigo eu disse professora tá acontecendo alguma coisa tá acontecendo ninguém quer falar comigo só que meu esposo ele não é de viajar ele não é de viajar muito e ele acha que todo toda a cidade é como aqui
cidade pequena tudo é perto de um canto um um canto do outro que foi que ele fez ele ligou pro meu filho e contou Só que ele pensava que meu filho já estava próximo como se fosse daqui a 20 m ali tava próximo de mim só que de onde eu estava para onde meu filho estava era 40 minutos que eu queria muito que meu filho tivesse me dito né que tivesse estado comigo ali e quando el terminou de falar com meu filho ele ligou para mim e quando ele ligou eu disse eu não quero falar
com você bote Maria Clara no telefone agora eu quero ouvir a voz dela e ele Michele calma dis bote Maria Clara para falar comigo ele fez nega a [ __ ] se matou ai meu eu lembro eu lembro que eu gritei uma das meninas do do curso pegou o telefone e disse assim a filha dela se matou eu gritei tanto eu senti tudo Men eu senti o sufocamento eu senti o cheiro dela eu senti tudo Milena eu senti tudo e eu tava tão longe eu deixei ela só me lembra quando meu filho veio chegar já
não tinha mais graça eu já tava saturada De tanto sofrer e quando ali foi passando o que foi que eu fiz que meu filho não chegava eu liguei pra minha tia a esposa do acusado Eu liguei para ela eu liguei Milena para ela a primeira pessoa que eu liguei Milena eu liguei tia você tá onde ela fez eu tô no sho em arir eu dis Vem embora para São Bento ela fez Oxe mich eu vou fazer o que em São Bento eu fiz eu vou precisar de você ela fez ox disse Maria Clara se matou
tia eu escutei o grito dela eu fiz minha filha se matou o seu esposo fez isso e eu desliguei o telefone em seguida Eu liguei pro meu amigo né Eu disse olha vai paraa minha casa ele fez Michele O que foi eu fiz Clarinha não tá mais entre a gente e meu amigo foi para minha casa Milena quando eu vi meu filho da descendo daquele carro para me buscar eu entendi aquele abraço lá na frente quando eu soube do abuso da minha filha que eu fui falar com ela que eu fui forte para segurar ela
que eu não derramei uma lágrima para segurar minha filha isso foi meu filho ele desceu no carro eu disse diga que é mentira ele fez a gente entrou minha netinha né minha netinha tava com um ano tinha acabar de fazer um ano e foi a viagem mais longa que eu já fiz de toda a minha vida foi de Caruaru para São confesso duas vezes eu eu desatei o cinto eu ia me jogar duas vezes mas aí eu vi não é mentira é mentira porque qu não I fazer nunca isso comigo mulher porque ela ela ela
disse assim mã vai que a gente vai ganhar dinheiro pra gente conseguir as coisas ela não ia fazer nunca isso isso foi isso foi meu marido que queria que eu voltasse para casa ele não queria que eu fizesse o curso Ele não queria de jeito nenhum que eu fosse e eu fui Então eu fui com isso na cabeça Ela tá brincando comigo alguma coisa tão preparando para mim então eu me agarrei a isso mas foi a viagem mais longa da minha vida quando eu cheguei próximo a minha casa se eu disser a você que eu
vi alguém eu tô mentindo não tinha eu não vi ninguém na minha casa a única coisa que eu vi fo um carro de polícia quando eu vi aquele carro eu entrei num desespero tão grande mas mesmo assim mesmo no desespero eu não fui ao local não fui ao quarto dela para falar com ela eu disse claro eu entrei Chamando por ela eu lembro disso eu lembro nitidamente Claro mulher não faz isso comigo não e quando eu cheguei no quarto dela tudo arrumadinho tudo um monte de posti aí foi que minha prima enfermeira chegou me abraçou
e disse L falou que é mentira disse que é mentira ela fez não não é você vai ver ela agora se acalma e quando abriram a porta aquela cena que a gente vê na televisão que os corpos no chão e cobertos ou que imagem de difícil de você ver né a gente sabe que tá coberto Mas ou imagem que não sai da minha cabeça Lembra quando eu vi minha filha cobertinha só os pezinhos de fora com aquele tenisinho que ela amava o a estar Preto dela linda me é linda linda linda linda linda linda eu
corri peguei ela no meu braço eu botei ela no braço eu disse polícia nenhuma vai me tirar daqui o policial disse a senhora é mão eu disse tire ela do chão ele FZ Mãe senhora acha que a gente queria ver uma coisa linda dessa no chão então ali eu coloquei da mesmo jeito que eu dormi com ela na cesta eu coloquei ela no meu braço me deitei com ela e fiquei com ela até policia científica chegar conversei com ela Fechei os Ola tava me esperando para fechar os olhos Fechei os olhos dela entreguei ela para
nossa senhora e falei mãe cuida dela melhor do que eu em tuas mãos eu entrego minha filha como tu como Deus entregou como Cristo entregou-se a Deus então ali eu fiz uma oração Milena que que nem eu esperava fazer como é que uma mãe vê a filha daquele jeito e a mãe se ajoelha e clama a Deus entrega a filha a Deus e eu fiz isso milen eu fiz isso e quando a polícia chegou eles me pediram para sair eu disse agora mesmo e quando eles começaram ele disse mãe Saia porque as co são cenas
fortes eu disse tudo bem mas eu me retirei mas eu eu me retirei por educação mas quando eu entrei que eles ficaram tirando as fotos eu fui observando tudo mas foi quando eu vi que na frente da minha casa tinha tanta gente tanta gente tanta gente Entrei no quarto dela comecei a tirar as coisinhas dela e quando a polícia chegou na minha sala para eh interrogar meu esposo né ele sem saber nem falar aí eu disse o senhor me dá licença me dá a palavra aí ele fez pois não dis eu posso dizer tudo Milena
estavam as pessoas algumas das pessoas que estavam comigo no processo todinho de sofrimento mas que não sabiam a metade do que eu tinha passado não sabiam da metade do que Clara tinha passado eu fiz delegado polícia eu preciso falar Milena eu contei tudo tem coisas aqui que eu nem contei é para você mas tudo cada detalhe tudo eu sei que os que os poucos da minha família porque até hoje mil minha filha já foi sepultada dia 23 depois de amanhã vai fazer 3 anos e 7 meses que minha minha filha foi sepultada até hoje eu
espero um abraço de um parente nenhum foi a minha casa de minha filha no caixão Só a enfermeira minha prima que foi o meu tio aquele que eu confiei ele expulsou a mulher dele e os filhos dele expulsaram minha filha da casa dele porque eles não queriam que minha filha ficasse lá porque poderia ser que sumisse alguma coisa da casa deles Eles tiraram minha filha de dentro da casa deles e eu vi isso minha filha foi esculachada da casa dele então quando eu falei tudo pra Polícia minha família ficou assim estarrecida né pronto junto com
meu filho caixão chegou eu disse vou botar minha filha dentro da onna né aí meu filho disse assim não manhã isso aí não isso aí é forte demais quem vai botar minha irmã sou eu e meu filho botou ela dentro do caixão eu peguei o caixão com ele botei dentro do carro da funerária e disse a ela amanhã logo cedo eu vou L buscar e quando minha filha saiu pela última vez da minha casa eu acho que me deram alguma coisa para eu descansar mas eu não descansei né Eu só relaxi e quando amanhecer o
dia eu já tava em Caruaru eu fui com com a minha prima e meu esposo fui buscar ela quando chegou lá meu esposo não teve coragem de olhar nada e eu escutei quando a mulher do do ML disse assim quem é o primeiro aí a moça disse assim é a menina linda aí eu cheguei com os documentos ela fez a senhora é par alg eu fiz eu sou a mãe da menina linda ficou assim e quando ela está liberada eu te vou levar quando eu vi minha filha vir naquela esteira que entrou no carro estão
para casa minha mãe trouxe minha filha PR casa pra casa não pra funerária chegou na funerária eu conversei com a dona da funerária um amor de pessoa uma ela teve um cuidado tão Preciso com clara que ela também me conhecia e eu disse F deixa eu vestir a roupa da minha filha ela fez não eu disse Deixa eu ela fez mich eu não vou deixar porque tem procedimentos que você não pode ver fiz eu sei eu já sei de tudo eu posso ver eu aguentava Helena ver mas assim a gente tem que entender o lado
profissional né fui PR minha casa cheguei lá outra coisa que me chocou muito porque quando eu saí para ir buscar ela minha casa tava de um jeito que eu deixei meu filho tomando conta quando eu cheguei tava tudo preparado para receber o corpo dela monte de flores que eu não pude dar nos 15 anos dela a festa de 15 anos que ela não teve e a minha casa toda ornamentada de de flores e um canto para botar minha filha peguei a roupa dela e fui vesti né só que quando eu ia saindo Milena eu ia
saindo do quarto dela com a roupa dela aqui a minha tia chegou de Arapiraca e foi a minha casa a minha casa e olhou para mim chorando viha me abraçar eu não abracei eu deixei ela me abraçar e quando ela me abraçou eu disse assim agora você acredita né agora minha filha vai ter paz né agora minha filha descansou a senhora tem culpa nso e eu só fiz das costas e fui pra funerária vesti minha filha só que eu não vesti entreguei a roupa e vi embora e ela foi abraçar meu filho que é afilhado
dela ele disse não tia hoje hoje eu não quero mais saber de você achando pouco o filho dela que minha mãe Criou me ameaçou disse que se eu botasse pra frente eu ia me arrepender por quê Porque a família dele tem dinheiro e eles iam conseguir tem os melhores advogados e que eu não iria conseguir colocar o pai deles atrás da GR isso no dia da morte da sua filha dias depois ele disse eu não iria conseguir colocar ele atrás das gras minha filha morreu com 16 anos e 23 dias quando ela ficou prontinha eu
fui à funerária eu fui ver minha filha lá e ela tava simplesmente uma bebot e a forma que ela tava ali eu não sei o que foi eu não sei eu senti um orgulho tão grande me lembra da minha filha eu não sei se isso é é loucura sei se eu se eu tava passada não sei eu sei que eu senti um orgulho tão grande da minha menina ela tava tão linda tão linda tava uma debutante e eu levei ela para casa só que a chegada você você botar uma coisa daquela dentro da sua casa
e saber que ali só falta poucas horas para tu nunca mais vê e e no velório eu esperei com toda ruindade da minha família com toda ruindade eu esperei alguém pelo menos para pegar na minha mão não tinha ninguém agora a A esposa do meu tio que botou minha filha para fora de casa poucos dias do suicídio tava lá disseram que ela tava lá Milena por Deus se essa mulher tem entrado na minha casa eu tinha dado nela com a tampa do caixão da minha filha porque na minha casa ela não entava que ela pegou
no braço da minha filha botou para fora na casa dela e para que ela tava lá eu não vi mas disseram que ela veio a mim e falou comigo eu não vi porque se eu se eu tivesse visto eu tinha batido nela porque eu digo a eu vi cada pessoa que tava ali então passado se tudo isso começa a nova vida né O que o suicídio deixa na vida da gente o suicídio deixa na minha vida como se não bastasse a morte da mãe a da filha perder alguém é uma coisa avassaladora mas você perdeu
um filho você enterrar um filho e saber que você eu tenho a causa do suicídio da minha filha muitas mães Muitos pais não a gente não sabe o que é que passa na cabeça de um suicida a gente é a pior tipo de morte que possa imaginar é o suicídio para os que ficam né imagine para os que vão tirar essa dor mas a minha tem um motivo a minha tem eu tinha uma criança normal dentro de casa feliz que dançava que andava comigo eu estava fazendo faculdade Na época eu me formei sem ter a
minha filha do meu lado faltando poucos meses para eu me formar a minha formatura e eu não tinha mais a minha filha que com os com com com os transtornos dela ela fazia faculdade comigo ela ia todas as noites paraa faculdade comigo é tanto que ela foi a mascote da turma ela tem uma sala na faculdade dedicada a ela o reitor colocou lá uma sala dedicada um cantinho de leitura dedicado a ela para você ver a importância que ela tinha lá então eh eh o suicídio trouxe para mim eh não vou te dizer que uma
missão mas ele aguçou em mim uma coisa que eu soube Lar Eu soube lidar Mas nem toda mãe vai saber lidar com que eu lidei Então eu acho que eu tenho que ajudar né e conversando com a uma das professoras uma uma professora da minha faculdade eh ela ela fez um um projeto e eu permiti né o nome da minha filha e hoje nós temos esse projeto aqui na cidade mas eu eu quando fala assim o suicídio ele tem que ser falado Milena de uma forma responsável eu quero eu quero morrer mas eu tenho a
certeza de que nas escolas vão preparar os profissionais da educação para saber lidar com isso aí porque eles não sabem eles não sab não só com suicídio né Michele também com a educação sexual tudo isso aconteceu como é que você permite gente tem que se preparar tem que estar o a o suicídio é um câncer você não trata o câncer você não trata qualquer outro tipo de morte porque o suicídio ele tem que ser escondido ele tem que ser camuflado para não a a o Tabu de dizer que que e causa eh eh eh outras
vítimas não depende da maneira com que você venha a falar como responsabilidade Por que a psicóloga não me ajudou nesse processo por qu então milen eu trouxe pra minha vida como fonte de esperança a Maria Clara para ser o grito dessa Juventude a mãe de Maria Clara para não se esconder da vergonha do suicídio porque muitas mães se envergonham do suicídio eu não me envergonho da minha filha ela foi uma guerreira porque ela do abuso à morte ela passou 4 anos de Sofrimento lutando contra os piores dores contra os piores medos dela Michele como é
ser sobrevivente do suicídio ser sobrevivente a própria a palavra já diz é ser sobre sobre qualquer Olha me lendra a dor do suicídio é avassaladora não existe uma dor acho que igual a de ninguém julgamentos críticas ser sobrevivente eh saber lidar com desconhecido todo momento você você você é posto à prova você é posto à prova quando você chega no supermercado e vê uma pessoa cutucando outra dizendo ó a mãe da menina que se matou então ser sobrevivente é luta é desafiador constrangedor jamais mas infelizmente Muitos não querem falar por ter vergonha né por conta
de acreditar naquele aques paradigmas que existia que não se tem perdão que vai pro vale do suicida que é a único tipo de morte que Deus não o meu Deus que eu acredito ele é misericordioso e ele sabe que minha filha estava em sofrimento e ele sabe temos o livre arbítrio temos sim mas temos a misericórdia nós temos a misericórdia Quem foi o ladrão que Deus teve com ele que Jesus teve com ele ao lado dele perdoou nós temos a misericórdia por que um suicida não tem ser ser mãe de ser sobrevivente em lutado por
suicídio é ser esperança é ser Esperança na vida de outro é dar as mãos e lutar por uma causa para que haja políticas públicas que haja eh eh eh preparação de profissionais tanto na educação como na aprender a lidar com a pós venção também porque não é fácil porque os porquês estão aí onde foi que eu falhei Por que eu fui se eu tivesse ficado tinha evitado é horrível essas perguntas tem lutada por suicídio é passar por um campo minado todo o tempo mil Nós não sabemos e quando tem uma notícia dessa como é que
vai ser nossa reação porque é gatilho é mas por amor a minha filha eu Já presenciei outras tentativas eu pensava que eu ia cair mas eu digo não por Maria Clara eu tô aqui e essa mãezinha essa mãezinha precisa ser ouvida essa mãezinha precisa conversar os grupos de lutadas por suicídio que eu conheci através do psiquiatra Fernando Fernandes assistindo uma live dele então eu passei uma mensagem e ele respondeu Ele disse Você conhece o Ivo do grupo luta em luta aí me deu o link eu entrei em contato com a Cristina eice e a primeira
reunião para mim como é para uma mãe escutar outras histórias nós estarmos num ambiente que é nosso que nós sabemos é é você falar sem julgamento você ouvir por por bobagens que seja para qualquer pessoa que não passou por isso é bobagem mas pra gente que que passa que sabe disso aí isso é bálsamo na vida da gente isso é isso é tratamento isso é vida é vida falar de suicídio de nossos filhos de nossos parentes que se foram por esse por essa morte é Libertador é da esperança que é um problema como a aides
como câncer como como tudo como o covid morre e nós somos nós somos os nós somos prisioneiros de nossa mente mas também nós somos os carcereiros nós temos a chave disso aí só que tem pessoas que são mais frágeis que não conseguem botar a chave na maçaneta e girar para isso existe os apoios para isso existe uma psicóloga um professor qualificado que se adapte a situação a realidade aqui na minha cidade na cidade pequena é absurdo o caso casos de suicídio é absurdo teve uma semana aqui que foram três onde eu estou aqui próximo à
prefeitura uma tentativa com adolescente de 15 anos Então cadê os olhos para isso aí Michele Se você pudesse reencontrar novamente a Maria Clara Uma nova oportunidade que você gostaria de dizer para ela primeira coisa eu te amo a a segunda coisa você disse que eu confiasse em você uhum e a terceira coisa que orgulho de ter a filha que eu tive de ser forte de me ensinar a mulher que eu sou hoje e o orgulho que eu tenho de ser mãe de Maria Clara porque Maria Clara não se foi ela está sempre no presente comigo
e por isso também Milena eu sou criticada viu porque eu escuto muito que nem parece que eu perdi uma filha muit Eu não perdi Eu não perdi eu entreguei ela a Deus entreguei PR Nossa Senhora e nossa senhora tá cuidando dela a escolha dela quando eu disse a ela se você quiser ser homossexual eu estou aqui se você quiser namorar eu estou aqui se você quiser ser prostituta sua mãe tá aqui só seja casado mas a escolha dela foi partir então eu respeito a escolha dela porque a dor era dela Milena Qual a dor Qual
é a dor que dói mais a minha se eu me arranhar no braço o meu arranhão dói mais do que a sua perna quebrada porque eu não tô sentindo a sua perna quebrada eu tô sentindo o meu arranhão então régua não existe para dor julgamento não existe porque eu minha dor sempre vai ser maior porque é minha você não vai sentir a minha dor você tem empatia por mim mas a dor é minha M É uma pena a gente tá tão longe porque eu queria te dar um abraço eu já tinha te dito isso eu
queria eu espero que a gente se encontre em algum momento da vida um abraço por você e também pela Maria Clara que eu tenho certeza que pela força do que você contou dela da de como ela era guerreira e de como você também é isso eu acho que isso também inspirou ela veio de ti essa essa força essa garra eu não consigo nem dizer em palavras o quão qu potente você é a sua fala seu exemplo de vida que tá fazendo tudo isso em nome da sua filha e também ajudando salvar outras vidas então nessa
entrevista toda eu mais escutei porque eu também tô aprendendo contigo tudo isso né E como você falou é a sua dor eu sou eu tenho a empatia né Me emocionei ali porque é muito difícil e ter que escutar né tudo que a Maria Clara passou e e ficar pensando né no naqueles momentos dela Eu imagino a sua força naquele momento de tá ali segurando tudo isso e ao mesmo tempo sendo julgada sendo julgada até hoje e tá tá de pé Michele por favor não desista da sua vida porque ela tá salvando muitas outras vidas e
muito muito obrigada por contar porque eu sei que é uma cicatriz né vai continuar sendo e mesmo às vezes a gente cutucando mas que seja que essa entrevista ajude outras pessoas também que talvez estejam passando por isso né que seja uma luz em outras vidas e até em vidas de outras mães isso mesmo Milena eh eu acho que é a missão de todos nós né trazer paz conforto e luz para outras pessoas e não deixar se abater diante de qualquer dificuldade né e não acreditar que acaba aqui não acaba aqui né ela não deixou de
ser minha filha eu tive uma filha linda maravilhosa tenho um filho sou avó e vida que segue mich amando sempr muito muito obrigada eu que te agradeço B eu vou deixar também os contatos do é vida em luto né Para todas as pessoas que tenham interesse estejam por passando por um momento difícil que entra em contato que posso deixar suas redes sociais também Michele Pode pode sim tá pode sim e tem a associação Maria Clara que também Associação mariaa então vou deixar ela tem ar vou deixar o sim eu passo para você combinado vou deixar
o arr dela e se você tá passando por um momento difícil por favor busque ajuda e agradeço todo mundo que assistiu a entrevista até o final muito obrigada
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