O AMOR NASCE NA CONVIVÊNCIA? | MARIA HOMEM

111.65k views1302 WordsCopy TextShare
Maria Homem
____________________________________ #MariaHomem https://mariahomem.com https://instagram.com/maria....
Video Transcript:
e a gente vê que não é o eu que escolhe que normalmente é o inconsciente pucional ligado a sua história de vida é algo em você que escolhe é algo em você que é escolhido pelo outro e que tem a ver com as histórias vividas o amor nasce na convivência Olha que essa essa discussão ela é boa e ela [Música] eu vou eu vou contrapor e acho que a gente já falou um pouco sobre isso mas eu vou contrapor de uma forma mais explícita duas maneiras a gente imaginar o que é e como conduzir os
pactos afetivos em termos mais macrossociais durante muito tempo a gente teve Exatamente Essa premissa o amor nasce na convivência então nós famílias nós vamos nos escolher a gente vai casar os nossos filhos Essa é a lógica patriarcal básica o casamento arranjado o casamento escolhido nada mais é do que essa premissa essa ideia de que enfim isso é secundário vocês se ajeitam depois você se ajeitam o que seria primário as nossas alianças as nossas alianças normalmente né organizado por algumas afinidades dentro dos grupos Então quais seriam sexos dos noivos que vocês lembram né hétero normativo seria
um sexo diferentes as comunidades religiosas Então você vai se casar dentro da sua religião a classe normalmente você vai fazer os casamentos dentro da classe do estamento Social de poder de status tanto faz o lugar mas desde que você obedeça essa camada raça entre os brancos entre os negros entre os amarelos entre vocês estão vendo que durante muito tempo a gente fez essa organização dupla pessoas e suas categorias né grupos sociais para ser mais precisa e seus indexadores identificatórios e o casamento seria entre dois diferentes macho e fêmea dentro desses indexadores obedecendo essas formas e
essas formas e isto estando cumprido primeiro os indexadores as marcas identitárias estando Ok então aí a gente dava uma pequena massa de manobra você encontrou na praça você encontrou no baile você cruzou na casa do tio você cruzou na formatura E aí você tem algum tipo de pequeno encontro arranjo as famílias dão seu Ok o aval e vocês se casam sem sexo antes do casamento sem grandes teste drive sem né tem outros atributos mais importantes aqui mais importantes que a Sexualidade o que a convivência e uma vez você tendo avaliado que este par combinava né
Essa pessoa combinava com aquela para formar um para Então a gente vai fazer essa união e o amor se constrói nessa convivência essa vamos dizer milênios a humanidade funcionou assim a modernidade Começa a complicar essa história quando ela instaura o paradigma de uma subjetividade individual Então você indivíduo você deseja você escolhe você gosta disso e não gosta daquilo então que que passa seu amor que que passa a ser o princípio norteador dos pactos amorosos inclusive dos casamentos dois indivíduos diferentes e quaisquer Então se escolhem entre si que que a gente para a gente poder se
escolher a gente tem que romper as categorias isso é Romeu e Julieta essa virada século 15 16 né fim do 16 por 17 essa lógica né shakesperiana que tá se desenhando aí Romeu e Julieta Hamlet em Ofélia enfim a gente já trabalhou alguns amores shakesperianos a gente já fez um curso a gente trabalhou feminino e o trágico na matriz da tragédia mas a gente também poderia trabalhar na matriz afetiva e amorosa que que é Romeu e Julieta é a ideia de que a despeito das categorizações disso que eu tô chamando né dessas caixinhas a despeito
do que seria permitido eu ronco com isso e eu me escolho de famílias rivais de famílias inimigas ou seja de clãs distintos ainda assim não importa eu escolho você então o amor nasce não no depois do casamento ele nasce antes com a escolha de uma individualidade subjetiva que diz eu gosto de você a partir daí vocês percebem que todas as outras marcas identificatórias caem você que me dá prazer com quem eu gosto de estar de conversar de você pode ser Branco Preto novo velho gordo do sexo diferente né uma identidade sexual diferente da minha igual
a minha ou seja o amor nasce antes da convivência ele nasce a partir do que eu sou e reverbera no que o outro é a gente se encontra aí a gente tem expressões do tipo a química eu adoro essa palavra já comentei aqui é a química e que ela não é propriamente bioquímica ela pode ser psicoquímica isso é o que eu o que eu já sei de mim que eu gosto onde é que aquilo me faz bem como é por exemplo como diria nit quando você for casar escolha alguém um parceiro uma parceira com quem
você gosta de conversar porque aí o casamento será longevo para além daquela né tesão louco a excitação incrível que pode ter um ápice de chama e depois diminuir ou se você tiver essas duas coisas melhor ainda não é mas isso é algo que tá a priori tá antes do encontro E aí pode ser de qualquer tipo de comunidade religiosa pode ser de qualquer país pode ser né então o que que a gente vive hoje casamentos interraciais intergeracionais interligiosos a gente tem essa palavra e ao mesmo tempo entra e identidade de gênero Ou seja a gente
descombinou toda a lógica pré-moderna e a gente restaurou uma outra forma de dizer que o amor ele se alimenta sobretudo da minha história anterior não da história que a gente vai construir a partir da convivência mas que vem daquilo que me marcou antes do nosso encontro e a psicanálise Ela escuta isso também ela vai mostrar como por exemplo todas as pessoas que você escolhe então lembra a individualidade subjetivada que vai escolher se apaixonar o que a gente vê que não é o eu que escolhe que normalmente é o inconsciente pucional ligado a sua história de
vida é algo em você que escolhe é algo em você que é escolhido pelo outro e que tem a ver com as histórias vividas ou seja o amor ele pode também se reforçar na convivência mas se ele é sobretudo algo que acontece a partir daquilo que você escolhe no outro inconscientemente e que também algo em você escolhido por esse outro normalmente inconscientemente a partir das histórias de vida de cada um a partir das marcas identificatórias puncionais da fantasia inconsciente de cada um que se acopla na fantasia inconsciente do outro é assim que a gente né
se deixa retesar se deixa impactar E aí a gente ama e quem sabe a gente tem também projetos de vida né aí segunda parte sim aí a gente a gente convive e a linha desejos projetos valores e a gente diz bom é isso Você quer ser pai mãe né família isso é um projeto interessante para você Maravilha para mim também vamos junto né ou não você não quer ter filhos que bom também não quero que que benção Então vamos seguir juntos e vamos ter uma família nós dois Ah você quer morar em casa separada dos
ótimo melhor coisa achei incrível países de Ótimo então a gente né Tem esse essa liga psicoquímica e a gente tem projetos ideias ideais caminhos que a gente vislumbra que possam seguir paralelo com algum cruzamento com o outro é isso Oi se você gostou desse vídeo eu te convido para se inscrever no canal e não deixa de ativar o Sininho para receber as notificações em primeira mão e também acompanhar as ideias que circulam por aqui te convido também para estar com a gente nas outras redes que estão aqui na descrição a gente vai se vendo até
a próxima
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com