Olá tudo bem Eu sou Bruno Câmara biomédico e professor e hoje eu vim falar aqui com vocês sobre esse tema que são os marcadores hepáticos Mais especificamente os de lesão bom então vamos lá o fígado ele é muito importante pro nosso corpo e várias condições clínicas e distúrbios podem acometer esse órgão então a gente tá falando aqui de infecções abuso de álcool medicamentos toxinas né doenças metabólicas doenças autoimunes e distúrbios genéticos né que a pessoa ali já nasce com eh algum problema né Principalmente ali alguns casos hereditários Então essas eh doenças esses distúrbios vão ter consequências no rim no fígado e na sua função né E aí aqui a gente tá falando de esteatose que é o acúmulo de tecido gorduroso ali no fígado de fibrose cirrose a hipertensão Portal A insuficiência hepática e o carcinoma hepatocelular então todas essas alterações no fígado são decorrentes ou podem ser decorrentes daquelas condições clínicas ali que a gente viu bom então a gente tem um rim saudável um fígado tô confundindo fígado com rim fígado saudável e aí que que acontece qual qual seria um um processo aí de desenvolvimento de uma doença quando a gente tá falando de fígado né Então a primeira parte a evolução dessa doença seria a esteatose né que é o acúmulo dessa de gordura no fígado depois viria a inflamação né ou a eh esteatohepatite né Depois dessa inflamação viria a fibrose né que é já uma troca do tecido normal por tecido e fibrótico né e tem a cirrose né que já seria uma evolução do da fibrose né mais grave já com Irreversível né com perda de de função importante hepática e por último chegaria no carcinoma hepatocelular né então aqui já tá falando de câncer então um paciente dependendo da doença do estímulo ali né desse desse ente ele pode passar por todas essas fases e chegar no carcinoma hepatocelular às vezes ele pode pular uma etapa né já ir direto pro carcinoma né então e há variações disso mas seria mais ou menos essa linha do tempo aí de evolução das doenças que acometem o fígado bom o que que é fibrose o que que é cirrose né é bem importante a gente ter a diferenciação desses conceitos a fibrose é quando a substituição do parenquima por tecido conectivo o que que é parena é a parte do órgão funcional aquela que exerce as funções daquele órgão e o tecido conectivo faz parte do estroma que é a parte do órgão que é estrutural né então a substituição do parenquima por tecido conectivo que a gente chama de cicatricial né com as fibras colágenas né como um exemplo Então essa substituição do tecido era um tecido que tinha função e agora ele passa a ser somente ali tecido conectivo então ele não tem mais função e aí a cirrose vai ser uma evolução da fibrose em que a gente já vê no fígado nódulos já tem uma distorção vascular então a o fígado do indivíduo eh os vasos sanguíneos já vão estar modificados pode ter hipertensão Portal né e o fígado fica então com uma disfunção ele não funciona da maneira correta né Então essa é a diferença de fibrose para cirrose E aí quais são os testes que a gente pode fazer no laboratório para fazer essa avaliação então aqui são os principais e os mais conhecidos biomarcadores hepáticos né então aqui a gente tá falando da aspartato transaminase que é a ST antiga TGO a alamina transaminase que é Alt ou alat né aat alat Alt que é antiga t GP a a fosfatase alcalina a Gama glutamil transferase né a famosa Gama GT bilirubinas Albumina e as outras proteínas séricas né mas principalmente Albumina o tempo de protrombina e as plaquetas né então todos esses testes aqui servem para fazer uma avaliação hepática mas eles não servem para avaliar tudo do fígado tem uma separação que a gente pode fazer entre aqueles marcadores que são de dano e lesão do fígado e aqueles que TM uma função de avaliar eh a função do fígado né então de dano e lesão a gente tem principalmente aqui as enzimas né a ST altt fosfatase alcalina e Gama GT e a função do fígado né função sintética do fígado a gente teria aqui as bilirrubinas albumina tempo de protrombina e plaquetas então o nosso foco dessa aula vai ser nos marcadores de dano e lesão não vou entrar em detalhes nos marcadores ali de de função do fígado a parte de Tap ttpa você pode ver na aula anterior que eu coloquei aqui no YouTube que já tem falando tudo aí relacionado ao tempo de protrombina né então outros marcadores eu vou falar em aulas culturas Aí dependendo se vocês gostarem da aula já deixa aí nos comentários se vocês querem mais temas relacionados aí a à função do fígado né os marcadores da função hepática bom vamos começar então pelos principais né as duas enzimas principais que é a ST e a altt né aí a gente pode chamar também né geralmente na prática a gente fala aat alat que é o antigo TGO TGP a gente gosta de falar nessa ordem meio que já para eh é prática de falar pra gente lembrar a ordem ali né Principalmente se a gente quiser associar as duas enzimas né Então aat as duas nomenclaturas aat alat TGO TGP aat TGO aat a TGP né então hoje a gente prioriza falar pelo nome das enzimas né a ST e a LT a patato transaminase e alanina transaminase bom quando acontece uma lesão no fígado que que vai acontecer vamos olhar lá dentro do hepatócito né esse hepatócito tá lá e dentro dele tem enzimas né várias enzimas e aqui a gente tá falando da aat alate né TG TGP E aí aconteceu um dano essa célula foi rompida foi lesionada o que que acontece as enzimas que são intracelulares começaram a sair pro sangue né então a gente vê uma um aumento na concentração sanguínea dessas enzimas e aí a gente pode fazer essa dosagem no laboratório para acompanhar os pacientes aí na busca né de uma possível lesão dano hepático né claro que aqui a gente não tem como saber o que causou Esse aumento essa lesão mas a gente sabe que está com o problema né bom as Parato transaminase né a ST ou TGO ela está presente em vários tipos de te né como rim coração e fígado músculo esquelético e nas hemácias né então ela é menos específica pro fígado do que a LT né e antigamente né a ST era muito usada para ajudar no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio mas hoje isso também já caiu por terra porque a gente tem a troponina troponina T troponina I que são melhores para avaliar esses casos né então a ST não é mais recomendado para avaliar infarto agudo do miocárdio né Mas ela está lá presente no músculo cardíaco e ela também está presente em grande quantidade no fígado né só que aí a gente tem um problema porque outros órgãos também tem ela ali presente né nas hemácias no músculo nos rins então o aumento de AST nem sempre vai indicar que esse paciente tem um problema hepático Então a gente tem que ficar muito atento a isso por exemplo se eu tenho uma amostra no laboratório que sofreu hemólise ali na hora da coleta por exemplo toda a ST que estava dentro dela passou ali pra solução né pro meio E aí consequentemente os níveis naquela amostra específica vão estar mais aumentados do que o que está lá dentro do paciente né então a ST é menos específica pro pro diagnóstico e das doenças hepáticas Mas ainda é muito u né em relação à a distribuição dessa enzima dentro da células dos hepatócitos a gente sabe que 70% da ST é citoplasmática ela fica no citoplasma da célula o citosólica né e 30% é mitocondrial a enzima fica dentro das mitocôndrias né então tem essa essas duas isoenzimas presentes eh dentro do hepatócito uma que fica no citoplasma que corresponde a grande parte e também a parte mitocondrial né então a gente coloca aqui C A ST que é a citosólica ou citoplasmática e a m que é a mitocondrial quando tem um dano ali no hepatócito Então quem vai sair primeiro é aquela que tá mais próximo ali né mais fácil de sair que é a citosólica né depois né dependendo da extensão da lesão E do tempo a mitocôndria também começa a aparecer né na a sair da célula e ficar aumentado ali na circulação do paciente bom a altt que é a lanina transaminas né antiga TGP já é um pouco mais específica para o fígado né Então aqui tem um pouquinho lá no tecido renal mas a grande proporção a grande produção de Alt fica eh condicionada ali ao fígado então a gente pode ter uma confiança maior assim né uma especificidade um pouco maior de que a LT tá aumentado mais nos casos de envolvimento do fígado né claro que não é uma especificidade que só o fígado produz a Alt ela é exclusivamente citoplasmática então ela não tem eh presença ali dentro das mitocôndrias igual a ST né então tem essa diferença como eu falei para vocês então né num processo ali de lesão hepática quem vai ser mais específico a Alt a lanina transaminase né que é a antiga TGP então a ST vai ter vai ser também poder ser analisada ali junto né geralmente o que os médicos vão pedir já são as duas enzimas né TGO TGP aat alat E aí o que a gente sabe é que a Alt ela tem uma especificidade maior porque ela é produzida em maior quantidade pelo fígado então o aumento no sangue né no no soro do paciente eh corresponde mais ali um processo envolvendo né e a LT e a lesão hepática bom aqui falando para vocês né Por que que a antiga TGO antiga TGP isso aqui é importante é uma atualização muito importante que vocês tê que saber né antigamente então Eh antes de 1972 né existia transaminase glutâmico oxalacética que era a famosa TGO e a transaminase glutâmico pirúvica né então TGO TGP eram o nome dessas enzimas em 1972 houve uma revisão da nomenclatura dessas enzimas dando a elas né o nome uma nomenclatura mais diente com a função delas né então a TGO virou a aspartato aminotransferase e a TGP virou a lanina aminotransferase só que aí em 1983 houve mais uma nova revisão dessa nomenclatura e a sigla continuou a mesma né a ST a porém eh ao invés de ser chamada de aminotransferase elas foram chamadas de trans aminas né então e mas eh a gente chama de aspartato transaminase que é a ST ou TGO né e a lta lanina transaminase tá errado eu chamar TG TGP não não tá errado muita a literatura é muitos Laboratórios muitos médicos ainda conhecem essas enzimas por esses nomes antigos TGO TGP mas é importante a gente fazer um esforço para que isso vá mudando com o tempo né e a gente adote como principal aí essa nova nomenclatura oficial né então aspartato transaminase AST antiga TGO e altt alanina transaminase antiga TGP valores de referência e vão variar Claro de um laboratório para outro do kit que foi utilizado da técnica nessa manual semiautomatizado automatizado mas num um um valor de referência aí pra gente poder ter uma ideia né de como que ficam os valores normais nos pacientes a gente pode ver que que na as né ou na TGO eh em homens Geralmente os níveis vão ficar abaixo de 35 unidades por lro e nas mulheres um pouco menos né abaixo de 31 unidades por litro em criança pode ter uma variação um pouco maior né de 15 a 60 unidades por litro E aí quando ela vai crescendo ali ela ela vai igualando a chegando aos valores de adultos né homem ou mulher na Alt a gente encontra o para homem os valores um pouco mais elevados né Então até 45 mais ou menos é normal né unidades por lro e em mulheres abaixo de 34 unidades por lro né em crianças geralmente eh pode ser encontrado até aí duas vezes o valor do adulto né do limite superior normal então se na mulher e sei lá Digamos que a média seja 40 né Então até uns 80 umas 80 unidades por litro seria considerado Normal nas crianças né Quanto mais e jovem essa criança maior esse valor tende a ser E aí quando ela vai amadurecendo esses valores vão chegando ali aos níveis adultos né então assim pra gente padronizar na nossa cabeça e pensar assim tá alterado ou não a gente vai pode colocar um valor de cote então 40 né abaixo de 40 unidades por litro a gente sabe que tá normal né Tem um pequena variação ali 45 34 mas a gente para saber se tá alterado ou não só de bater o olho é bom ter um número assim mais específico então lembra do 40 a a ST Alt Alt tá alterada deixa eu ver aqui nossa tá 60 isso é alterado ou não é porque eu sei que é próximo de 40 ou menos o valor de referência né então assim a gente consegue lembrar mais fácil e aí e tem o limite superior normal né E aí tem os valores acima disse disso e a gente pode classificar essas alterações por níveis então geralmente quando tá um valor de de as Alt aumentado mas que é menos de duas vezes do limite normal superior então Digamos que o limite normal superior seja 40 Então até abaixo de 80 a gente chama que é uma alter limítrofe aceitável né pode ter uma oscilação aí de acordo se o paciente e tomou medicamento usou álcool alguns dias antes ou fez um exercício físico né então é uma alteração aí e que oscila e é logo volta aos níveis normais se eh tiver uma alteração nesse valor de duas a cinco vezes né o limite superior normal aí a gente fala que é uma alteração leve de 5 a 15 vezes o valor né do do limite superior normal a gente chama de alteração moderada acima de 15 vezes é já uma alteração grave e quando o paciente tá com acima de 10. 000 unidades por litro né de as ou Alt a gente fala que é uma alteração massiva né então é um aumento né massivo inclusive semana passada teve um paciente né lá no no laboratório do hospital que ele tava com mais de 10. 000 eh unidades por litro de tanto de de est quanto de Alt então já é considerado um aumento massivo e tá relacionado também com o nível do dano né o a a progressão do dano a extensão do dano então a gente pode pensar no seguinte né quanto maior for o nível de as e de Alt ou das Duas né mais extenso e maior vai ser o dano no paciente então tem essa correlação entre aumento de níveis com a extensão do dano ali do do paciente né do fígado Então aqui tem uma tabela né que a gente consegue ver mais ou menos como que acontece aí o aumento dessas transaminases de acordo com algumas alterações hepáticas né Então nesse eixo aqui a gente tem o os valores né em 10 100 1.
000 unidades por litro e essa linha vermelha seria o ponto de corte né que é o limite superior normal e o valor de referência então aqui é abaixo disso né abaixo de 40 ok né aceitável E aí na cirrose hepática geralmente vai ter um aumento aí né abaixo de cinco vezes do limite superior normal E aí só que vocês veem que que essa barra significa que pode ter uma variação grande né então eu posso encontrar paciente com cirrose hepática que tá dentro do valor de referência Como eu posso achar o paciente com cirrose hepática que tá lá a a 100 unidades por litro né então tem esse essa amplitude aí de variação na hepatite crônica também fica bem parecido com a cirrose na hepatite crônica pode ter um aumento um pouquinho maior né hepatite alcoólica o aumento já é maior né chegando lá pode chegar nos 1000 nas 1000 unidades por litro na hepatite autoimune também né 1000 ou mais na Hepatite viral aguda essas transaminases podem aumentar bastante né chegar a 3. 000 4. 000 5000 geralmente é de 10 de 15 a 100 vezes o limite superior normal né então na hepatite aguda viral essas transaminases vão estar bem alteradas porque o vírus tá ali né destruindo as células hepáticas e num dano hepático isquêmico ou tóxico né que é bem grave a gente pode então ter uma uma variação maior aqui dos valores chegando até 10.
000 unidades por litro ou mais né então já é um processo bem mais grave que o paciente pode ter né então assim a gente tem que ter uma ideia né de quais são as possíveis doenças e qual que é ali o nível de alteração que ela pode causar né se é um aumento leve moderado grave você é massivo né então isso vai variar muito de doença para doença o que que é recomendado como investigação Inicial né quando que faz essa investigação quando tem um aumento de três vezes do limite normal superior né então Digamos que se o limite normal superior é 40 então 40 x 3 dá 120 né Então a partir de 120 unidades por litro a gente e ou o médico né já vai fazer ali uma investigação de outros marcadores hepáticos né de tentando achar a causa do aumento dessas transaminases né E aí o paciente tem que ser investigado se ele tem diabetes se ele é alcoolista etilista crônico né E se ele tem hipertrigliceridemia então geralmente quando o paciente tem essas comobidades aqui ele trata essa o médico vai tratar essas doenças de base e aí o os níveis né de AST e alt costumam voltar ao normal né E aí bom não é nenhum disso excluiu essas possibilidades aí o médico também vai fazer uma investigação pras hepatites virais solicitando as sorologias né o hemograma principalmente para ver se o paciente tem macrocitose relacionado ao consumo de álcool geralmente crônico né E também se o paciente tem trombocitopenia né porque o fígado produz a trombopoetina que é o fator de crescimento lá doss megacariócitos paraa produção de plaquetas Então se o fígado não tá produzindo trombopoetina não vai ter plaqueta insuficiente Então tem um problema ali de função hepática sorologias para doenças autoimunes né então Existem várias e anticorpos que vão ali estar eh relacionados essas doenças hepáticas que podem ser dosados no laboratório para ver e se o paciente tem ou não né a Ferritina também pode ser dosada porque tem pacientes que vão ter casos de hemocromatose né então uma Ferritina elevada pode acabar acumulando no fígado causando uma disfunção hepática e a ultrassonografia também para ver como é que tá aí né a parte anatômica do fígado né então geralmente essa investigação Inicial acontece a quando tá acima de três vezes do limite superior normal né bom E aí além de fazer a dosagem direta ali da atividade de AST e Alt né das transaminases existe a razão as Alt que eh embora né os laboratórios muitas vezes não vão liberar isso às vezes muitos médicos nem sabem eh interpretar isso é muito importante e ela serve como um fator prognóstico e preditivo de algumas alterações hepáticas né então é muito importante a gente conhecer isso porque o o a razão é basicamente dividir um valor pelo outro é muito simples de obter e a a aplicação prática disso é muito importante né então lembrando-se né pra gente entender o fígado produz cerca de 2 2,5 de AST para um de Alt né então Teoricamente a gente teria mais né as na circulação e menos a LT né mas se você parar para pensar né os dois tanto a ST quanto a LT ficam em níveis próximos ali no indivíduo saudável né então por que que isso acontece né então a ST ela tem uma meia vida de 18 horas na circulação já a LT tem uma vida de 36 horas né então o que que acontece quando essa as a T são liberadas né no sangue a ST vai acabar sendo removida ali né menos tempo porque ela tem uma meia vida de 18 horas e vai os seus níveis vão se igualar aos ou ficar bem próximos ao de Alt porque a meia vida da ST é digamos que é metade né do da meia vida da LT então quando eh essa essas enzimas estão no sangue a gente encontra uma proporção que é muito semelhante né então um para um um de as e um de Alt Só que lá no no no fígado é mais são mais produzidas as enzimas as né 2,5 e menos de Alt só que quando elas vai pro elas vão pro sangue né Por causa da remoção mais rápida da ST acaba que os níveis ficam semelhantes e aí quando a gente faz a dosagem a gente encontra essa proporção parecida né né muitas vezes a gente encontra né nos resultados de exame vocês já devem ter visto que o resultado às vezes sai até igual né tipo assim aí eu até sei de casos de de donos de laboratório que não gostavam de liberar a ST e a LT com o mesmo valor né tipo assim 15 e 15 né porque eles tinham medo do médico achar que era um erro de digitação né então eles colocavam lá ou 15 16 né ou eh um valor bem próximo assim inventando o resultado para não deixar parecer que era um erro do laboratório né então infelizmente tem gente que que ainda faz isso né mas então é normal que esses valores fiquem próximos né então a proporção é bem Parecida de AST e Alt quando elas estão no sangue mas Lembrando que no fígado é tem essa proporção maior de produção de as do que de Alt E aí em 1900 57 o Fernando derrites publicou uma um artigo falando que existia uma uma nova ferramenta de diagnóstico de das hepatites virais que era a razão de AST por a por Alt E aí essa razão né AST Alt é chamada hoje em dia de razão de derrites né derrites é o sobrenome do pesquisador né do Fernando então a razão deites é essa divisão do do do valor de as em unidades por litro pelo valor da LT por de unidades por litro né então são valores é uma um resultado muito fácil de obter basta dividir um pelo outro né E aí qual que é o significado disso quando a gente tem uma razão alta né dois ou mais eh Isso significa que eu tenho mais as no sangue né no no soro do paciente do que Alt Então aquela proporção de um para um tá diferente eu tenho mais a ST do que a LT e aí com isso a razão vai ficar de dois para cima né então quanto maior o nível de as comparado com o de Alt essa razão vai ficar maior quando os níveis Estão próximos né a gente vai ter ali uma razão próximo de um né então 29 de as e 31 de Alt eu encontro aqui então 0,9 que é uma razão normal né proporcionalmente ali o paciente tem a mesma quantidade ou bem parecido de AST de Alt no soro e quando essa razão tá diminuída significa que eu vou ter mais a LT do que a ST Então nesse caso nesse exemplo que eu trouxe aqui né eu tinha 40 de AST E aí 80 de Alt né então isso e traz uma razão abaixo de um né E aí tem algumas doenças que vão ter essa característica de ter uma razão menor tem doenças que vão ter uma razão a Alt maior e o normal é que fique nessa nessa aqui do meio né se os valores são próximos gente por exemplo 31 30 29 25 né então o normal é que fique próximo de um né Você tá muito aumentado ou muito diminuído aí algumas dessas alguma dessas duas enzimas vão estar aumentadas né então é assim que a gente interpreta então na Hepatite viral aguda a razão geralmente vai ficar abaixo de um geralmente entre 0,5 e 0,7 n ou seja abaixo de um Qual que é a enzima que tá predominando alt né TGP antiga TGP então a gente encontra na Hepatite viral aguda essa razão abaixo de um né então a gente pode ter uma ideia se o paciente tá com sintomas de hepatite viral aguda e a razão deu baixa né Principalmente entre 0,5 e 0,7 pode ser um grande indicativo de que o paciente tenha mesmo essa Hepatite viral aguda só que aí tem uns casos atípicos de hepatite e e alguns até de hepatite fulminante em que essa razão vai ficar entre um e dois às vezes pode até ficar maior mas são mas é a exceção né grande parte dos casos de da Hepatite viral aguda vão ficar né abaixo de um ou seja quem tá predominando na Hepatite viral aguda é a LT que é aquela que é mais específica pra lesão hepática na Hepatite viral crônica também a gente encontra um valor dessa razão né abaixo de um sendo que quando tem uma progressão pra fibrose pra cirrose essa razão vai est levemente maior do que um então 1. 2 1. 3 então isso indica né que esse paciente tá evoluindo então um paciente se a gente quer saber ah esse paciente tá com Hepatite viral crônica ele tá melhorando ou tá evoluindo para uma fibrose uma cirrose se a razão que antes o o na doença tava menor né menor do que um agora tá aumentando essa razão ao longo do tempo né tá ficando 1.
1 1. 2 1. 3 1.
4 isso é preditivo né que realmente o paciente tá evoluindo ali para um quadro de fibrose ou cirrose né então a essa razão né de rites ela é preditiva de fibrose cirrose de evolução da doença né e também serve como prognóstico quanto maior for esse valor né de um paciente que já tem o diagnóstico né de uma Hepatite viral crônica hepatite C hepatite B eh já tem um prognóstico Pior se tiver aumentando essa razão então a elevação da AST e fibrose né é um valor tem esse valor aí preditivo e prognóstico né Mas por que que eleva esse essa razão né então se a gente vê que uma razão tá aumentada né 1,5 2 2,5 isso quer dizer que quem tá aumentando é a as né o TGO e tá relacionado com a fibrose E aí quais são os mecanismos que explicariam esse aumento de AST né ainda não é muito certo Qual que é o mecanismo exato há há umas suspeitas né que possa ser um aumento de produção da ST ou uma diminuição da depuração dessa enzima né então fica aí né a dúvida por que que a ST leva quando o paciente tá evoluindo pra fibrose né Mas a questão é que vai elevar o valor de as nesses casos de fibrose cirrose aumentando aquele aquela razão né Então vai de passar de de baixo de um vai ficando 1. 5 2 E aí vai aumentando e se indicando do que o paciente tá evoluindo né para uma piora no quadro da Hepatite e pode ser também usado para ver se o paciente tá melhorando então se ele tava com eh um processo ali de de fibrose né ou de de alteração na ST e esse essa razão tá diminuindo indica também que o paciente tá melhorando né então é importante fazer a avaliação dos pacientes nesses casos fazendo a avaliação do do da razão né de as por Alt E aí existem também para avaliar essa parte da fibrose se tá evoluindo ou não paraa fibrose e cirrose outros índices que também tem uma alta sensibilidade para fazer esse diagnóstico um deles é o índice apre que é a razão da AST dividida pelas plaquetas né então é a ST plat ratal index né que é o apre e ele também pode ser usado para predizer se o paciente tá evoluindo para fibrose e cirrose né então e vai usar Então os os marcadores laboratoriais da ST e da quantidade de plaquetas e também tem o FIB 4 né que é um índice que vai precisar dos dados de idade do paciente dos níveis de AST em unidades por litro né quantidade de plaquetas e e também né a os níveis de Alt né então usando esses quatro parâmetros aqui é possível calcular o índice preditivo para ver se o paciente tá evoluindo ou não pra fibrose mas lembrando então que nesses casos né O um essa evolução para fibrose ou cirrose vai ser mais importante a gente avaliar a as do que a LT né então Então essa essa enzima né a ST que apesar de não ser tão específica pro fígado quando a gente quer avaliar fibrose e cirrose ela é mais importante para fazer avaliação na hepatite alcoólica cerca de 92% dos pacientes vão ter a razão né de AST Alt maior que um e em 70% dos casos essa alteração vai tá acima de dois né então pacientes que que consomem álcool cerca de eh três vezes ao dia né três xícaras né três taças de de bebida alcoólica por dia né durante Eh toda a semana digamos assim tem uma chance muito grande de desenvolver né a hepatite a esteato hepatite e geralmente esse nível de dessa razão vai tá aumentada né então na hepatite alcoólica né a as geralmente vai ficar na proporção de dois para um com a altt né então vai ter uma maior quantidade de AST no soro do paciente do que de Alt E por que que isso acontece as duas explicações seriam a atividade da LT vai diminuir por causa da Deão da vitamina B6 a vitamina B6 ela e serve como um cofator para LT poder exercer sua atividade e o álcool inibe né faz a depleção dessa vitamina B6 E aí não deixa a LT funcionar então por isso que quando a gente faz as dosagens eu encontro mais a ST do que a LT né Por causa da da alteração do álcool na função do cofator da enzima que a LT e a outra explicação seria que vai ter um aumento do dano mitocondrial e aumento da liberação da fração mitocondrial da as né E pode ter as duas coisas ao mesmo tempo né então eu tenho uma atividade diminuída de Alt que lá no teste né vai vai atuar menos E aí o resultado dá mais baixo e eu tenho uma liberação maior de AST por causa do Da liberação mitocondrial da as então isso tudo é causado pelo pela bebida alcoólica né então por isso que tem essa alteração e os níveis então o o o resultado do da ST dividido pela LT vai dar maior porque os níveis de AST geralmente ficam aumentados né E aí dá dois TRS por aí vai bom então a esteatose hepática é uma das causas mais comuns de elevação tanto de as quanto de elt então a esteatose hepática é quando há esse acúmulo de gordura né no fígado do indivíduo então a gente pode classificar essa esteatose hepática em esteatose hepática alcoólica e a esteatose hepática não alcoólica né a esteatose hepática alcoólica é devido ao consumo em excesso de álcool né como eu falei passou de três eh taças ou xícaras acho que é taças por dia a pessoa já pode ter um grande risco de desenvolver a esteatose hepática eh alcoólica né relacionada à bebida alcoólica a esteatose não hepática é hepática não alcoólica né ela tá relacionado com a lipogênese hepática de novo ou seja formação de novas células de gordura no fígado né Então as células de gordura vão sendo produzidas ali e aí o fígado vai adquirindo ess e essa esteatose né Isso tá muito ligado a pessoa obesas né então tem uma alta Associação de obesidade de doenças metabólicas né ó da síndrome metabólica quant tem acometimento de obesidade hipertensão diabetes mlit com o aparecimento também da esteatose hepática não alcoólica E aí essa esteatose ela então pode evoluir para esteatohepatite né então a esteatose é a presença do do do da gordura ali no fígado né a esteatohepatite é quando essa presença da gordura no fígado causa uma inflamação né Então esteato vem do dos lipídios e hepatite da inflamação Então as duas coisas ao mesmo tempo essa esteato hepatite pode evoluir pra fibrose e da fibrose pode evoluir pra cirrose né então cerca de 20 25% dos casos de esteatohepatite vão evoluir pra fibrose com o tempo né então Eh quando tá aqui na esteatose esteato hepatite ainda é algo reversível que mudando os hábitos de vid alimentação controlando as doenças de base o paciente consegue recuperar o fígado mas se essa esteato hepatite continuar sem sem nenhuma modificação ali nos hábitos do paciente vai evoluir pra fibrose uma vez que chegou na fibrose né o tecido cicatriz ele não se regenera mais ele fica ali né fibra de colágeno e é isso aquele parena não vai mais funcionar ele virou agora estroma e aí sim o paciente vai evoluindo pr pra cirrose que é a evolução da fibrose né na esteatohepatite geralmente a gente vai encontrar uma maior proporção de Alt então o resultado da divisão de a ST e a Alt Vai ser menor do que um né então quando o paciente tá evoluindo pra cirrose aí já muda né aí a ST começa a ser a mais prevalente no soro do paciente e aquela razão que antes estava abaixo de um começa a ficar acima de um a mesma coisa lá das hepatites virais né por isso que eu falei que essa eh razão né de derrites ela é muito importante para fazer essa avaliação se o paciente tá evoluindo paraa fibrose e cirrose né se o o o índice né se essa razão está aumentando num paciente que antes estava com um ou menos de um é um grande indicativo de que o fígado dele está indo pra fibrose e cirrose E aí então aqui pra gente resumir né a gente então vê no paciente saudável que é mulheres vão ter um uma razão né a ST a Alt um pouco mais aumentada do que homens né saudáveis crianças essa Razão Vai est um pouco mais elevada né ou seja indicando que a AST vai est maior né nessas crianças do que a Alt e em recém-nascidos né na na nos primeiros dias a gente encontra normalmente o índice acima de dois né essa razão acima de dois ou mais né só que aí com o tempo vai voltando ao normal ali chegando próximo de um né então nas crianças né Por por a as ser produzida também por várias outras partes do corpo né acaba que essa razão tem mais para ter mais ser maior por causa dos níveis de as Então é só lembrar quando que vai tá acima de um quando a ST tiver em maior quantidade quando vai est abaixo de um quando a Alt está em maior quantidade e quando as duas tiverem no equilíbrio vai est um ou próximo de um 1. 1 0.