afinal de contas o que eu eu [Música] um filósofo do século 17 chamado blaise pascal que numa obra chamada pensamentos inclusive essa obra foi publicada depois que o pascal faleceu nessa obra foi publicada em 1701 pascal ele faz uma pergunta muito intrigante ea pergunta é uma pergunta simples o que é o eu e aí ele tenta responder essa questão tão ele diz olha imagine então que o é algo essencial é algo que não se pode mudar porque as qualidades mudam mas o eu não pode mudar então ele pergunta bom então vamos dizer que o eu
é é a forma da pessoa sua silhueta ele diz não alguém pode perder a forma pode ficar mais gordo mais magro sem deixar de ser quem era então eu não é a forma que a pessoa assume a forma que o indivíduo enxerga aquela pessoa bom a forma é uma qualidade sendo qualidade é mutável então o eu não é a forma depois ele faz uma segunda tentativa de entender o que é o erro e ele diz assim vamos fazer doeu objeto de amor então quando eu amo a beleza de alguém eu amo aquela pessoa eu amo
aquele elemento imutável essencial chamado eu acho que ela vai dizer que não essa pessoa pode pegar uma varinha lula pode pegar uma doença gravíssima ela pode ficar totalmente deformada e essa beleza exterior ela se esvai e se você ama beleza o amor desaparece portanto quando você ama a beleza você não ama well porque mesmo desconfigurando beleza você continua a ser aquilo que você é mas continuando nessa investigação fazendo doeu objeto de amor o pascal se pergunta seria o el o juízo a minha capacidade de pensar a minha memória passo que o ressalto nós podemos perder
também em juízo nós podemos também perder a memória mas não deixamos de ser quem somos então ele começou com uma pergunta ele terminou com a mesma pergunta afinal de contas o que é o eu e aí o pascal lá na frente ele vai dizer é uma pessoa só que pessoa no francês ou persona também significa nada traduzido para a língua portuguesa então quando pascal disse que o eu é uma persona ele está dizendo que pode ser que o eu não seja nada ele não está dizendo que não exista um eu ele está dizendo que filosoficamente
eu não consigo detectar com clareza e de extinção o que é o eu então se eu não consigo detectar com clareza e de extinção aquilo que é o eu o eu enquanto essência enquanto elemento imutável o que eu faço é o vínculo well as minhas qualidades então de alguma forma o pastel está dizendo parece que aquilo que nós chamamos de eo é um conjunto de qualidades que podem se dissolver a qualquer momento então o que o homem faz ele inventa um erro ele inventa um eu e ele inventa um eu te três maneiras primeiro ele
inventa um eu para si depois ele inventa um eu para os outros e depois ele acredita que ele é aquele eu queria e ventou não queria falar um pouquinho disso um homem ele inventa um ser para si porque ele tem algumas características que ele não gosta e que a sociedade em não ver com bons olhos então existe uma cisão homem aquilo que ele desejaria a ser e aquilo que ele é então o homem ele desejaria ser grande ele deseja ser feliz ele deseja ser perfeito ele deseja ser digno da estima dos outros isso é aquilo
que ele deseja ser agora quando ele olha para si no seu quarto quando o ser humano se olha no espelho e que ele percebe ele percebe que ele não é tão grande assim como ele desejaria ser me parece que ele é pequeno ele se vê como insignificante em alguns casos ele quer ser perfeito mas ele percebe que ele tem um conjunto muito grande de imperfeições imperfeições muitas delas que ele nem mostra que ele esconde que ele coloca embaixo do tapete ele quer se mostrar feliz mas ele sabe que nosso cotidiano é cheio de felicidades cheio
de misérias cheio de obstáculos ele quer ser digno de ser amado por muitos mas ele sabe que ele possui algumas características que são dignas de desprezo então ele monta uma máscara a partir das características que ele desejaria ser ele mostra-se grande feliz perfeito e digno de amor é isso que ele mostra é isso que mostra nas mídias sociais por exemplo é isso que ele mostra no seu cotidiano no trabalho na escola em alguns casos nas relações familiares e muita gente compra essa máscara e muita gente de fato começa a achar que aquele indivíduo é grande
feliz perfeito e digno de ser amado e desejado só que aquele indivíduo máscara chega um momento que ele escuta as pessoas falarem dele começa a se falar dele como um ser um sujeito né grande feliz e ele começa a acreditar que de fato ele é tudo isso que os outros estão falando que ele é então num primeiro momento ele engana a si mesmo depois ele engana o outro e depois eles se deixem enganar por aquilo que os outros falam dele então de alguma maneira o que a gente pode entender a partir disso é que essa
máscara é uma mentira é a grande pergunta é quem é que se apresenta socialmente sem a sua máscara o que eu queria chamar atenção a partir do pascal é que para o pascal às relações humanas e parece que são pautadas por uma mentira por uma máscara então parece que a civilização porque as pessoas não falam a verdade mesmo porque a verdade é insuportável e o grande problema é que quando alguém começa a falar a verdade sobre você o que ele faz esse indivíduo é levantar uma máscara e tenta mostrar aquilo que você se esforçou durante
muitos anos pra tentar esconder agora esse indivíduo que fala a verdade pra você é seu amigo e ao passo que o executivo ozu curioso porque esse indivíduo que fala a verdade ele é o mais prejudicado porque esse indivíduo passa a ser objeto do meu ódio porque ele mostra aquilo que eu não quero mostrar então aquele que nós deveríamos chamar de amigo nós chamamos de inimigo justamente porque ele mostra aquilo que o escopo todos os meus desejos todas as minhas maquinações etc então é esse é um problema que o pascal traz um segundo problema que o
pascal considerar algo curioso é que o ser humano não quer que ninguém minta pra ele né eu não quero que ninguém minta pra mim né no entanto quando alguém fala verdade ele passa a ser objeto do meu código então o papa vai dizer o seguinte olha com o ser humano é estranho esse é o segundo problema né olha com o ser humano é estranho porque ele não quer que ninguém minta pra ele só que quando alguém fala verdade passa a ser o objeto do meu ódio e aí a grande pergunta quem é que fala a
verdade quem é que expõe né tudo aquilo que é todos os desejos ninguém faz isso então o pascal vai dizer que ninguém faz isso porque as relações humanas elas são pautadas não todas não de forma absoluta é capaz de aparecer por aí alguns milagres mas as relações humanas elas têm muito dessa idéia da adulação tem muito dessa idéia do auto elogio então eu elogio para que eu seja de alguma forma elogiado então de alguma maneira que o pascal constrói é uma espécie de teatro mascarado e ele vai dizer que o mundo é a expressão desse
grande teatro e por que isso acontece porque o conhecimento de si ele é doloroso porque porque a verdade insuportável gostou do vídeo então se inscreva no canal faça o seu comentário generoso e página aplicativo [Música]