[Música] [Aplausos] Olá pessoal tudo bem com vocês meu nome é João Gabriel sou professor de sociologia trabalharemos um tema hoje muito polêmico violência simbólica antes de começar a minha aula aquele grande convite se inscreva no canal do Brasil Escola deixe o Sininho ativado para receber nossas notificações porque assim que a gente poar uma nova videoaula você já vai receber imediatamente bom moçada vamos lá violência simbólica O que que a gente sabe sobre esse assunto que autores ou qual autor que mais aprofundou nesse tema hoje nós vamos retomar algumas aulas que nós Já começamos aqui no
Brasil escola sobre Pierre burdi agora é especificamente sobre um dos conceitos que ele mais envolveu em toda sua obra A violência simbólica é um termo que vai carregar um significado muito importante primeiro passo fundamental é imaginar o seguinte o burdi como já afirmamos em outros momentos é um teórico da sociologia contemporânea do século XX que surgiu num contexto onde ele tornou a sociologia uma ciência de combate ele imaginava por exemplo que o papel da sociologia Diferentemente do que Weber ou que jkim falava não era mesmo identificar mas interpretar era simplesmente combater uma ciência que visava
abre aspas desnudar as realidades sociais aquilo que a gente né não percebe por isso a sociologia é uma ciência de combate Pierre bourgier em meio a essa sociologia crítica vai dizer o seguinte as sociedades possuem uma espécie de poder simbólico uma espécie de Capital um acúmulo que indivíduos ou instituições tentam persuadir outros indivíduos né num processo de dominação o que que isso significa vamos na prática né esse poder simbólico na verdade não é um poder físico imaginemos na verdade que símbolos coisas vão ganhar significados e esses significados eles dominam eles exerc tem poder sobre as
pessoas Como assim o que que a gente pode pensar veja só quando o bourdier foi pensar né ou interpretar o poder simbólico ele tentou imaginar que o poder ele transpõe algo além das grandes instituições sociais básicas então por exemplo entre a relação vamos imaginar aqui de um policial e uma pessoa um criminoso existe uma relação de poder Ok Isso é muito visível Mas quais são os poderes de uma violência mais Sutil quando o bdia foi falar desse poder simbólico então tentou determinar que os indivíduos possuem uma espécie de Capital simbólico um capital cultural o que
que seria isso um acúmulo Imagina que nós podemos por exemplo tentar persuadir outras pessoas daquilo que acreditamos mas como como que eu olha só Agora pensa comigo como que eu João Gabriel Professor Vou tentar persuadir um aluno sobre que aquilo que eu digo é verdade eu vou usar na verdade o meu mecanismo de estrutura de poder vou usar por exemplo a meu nome de professor esse título né essa espécie de papel que eu exerço é um exercito de poder é um exercito de violência é um poder de força quando o Pierre Burger foi discutir isso
o que que ele tentou criticar criticar uma ideia muito presente no Max Weber de que o estado é a instituição ou o conjunto de instituições que detém o monopólio da violência o monopólio da força física será será que é apenas o estado aquelas estruturas né da economia e da política não sei bourdier tentando fazer uma análise né crítica desse aspecto vai dizer o capital ele pode ser não apenas ou meramente econômico ele também pode ser social o capital pode ser político o capital político por exemplo ele é estruturado na maneira como os indivíduos exercem atividade
política e se diferenciam tá e o capital social como que ele seria dado pelo status pela aparência não necessariamente econômico mas existe um outro capital que nós vamos entender como é aquilo que é acumulado culturalmente quando o bourdier chamava esse capital de Capital simbólico ele queria construir a ideia galera que nós carregamos ao longo da nossa existência cada experiência particular um conjunto de significados e nós vamos criando distinção entre as pessoas a partir desse significado simbólico então portanto os espaços que a gente às vezes não percebe que há violência há muita violência e ela não
é física ela é necessariamente Sutil desapercebida e às vezes naturalizada bom pessoal se esse poder é um poder baseado na conveniência naquilo que o outro também aceita né dessa forma Quase que relacional de poder como que a gente pode pensar alguns exemplos básicos disso vejamos uma questão bem básica num relacionamento comum na sociedade relacionamentos que são quando eu falo comum aquilo que é corriqueiro né que é comum perceber a relação de ciúme o ciúme é uma uma forma de violência o ciúme natural de Todo relacionamento burer por exemplo numa obra chamada dominação masculina foi Entender
esse processo que até mesmo o sentimento de posse pelo outro também é uma relação de poder necessariamente simbólico que pode obviamente transpor ao físico vejamos que ele não é meramente simbólico como se não né nunca pudesse ser físico ele pode vir mas essa ideia de que ele começa de maneira né ah psicológica uma certo domínio sobre o outro é um grande exemplo a sala de de aula também é uma um exemplo disso hoje no século XX XX o professor não precisa necessariamente usar de violência física quando eu falo necess seriamente porque né aqui é lá
de modo excepcional Às vezes acontece esse tipo de relação mas é um poder que tá baseado na noção de autoridade na vestimenta Na aparência e tudo aquilo que a gente transparece ser ao mesmo tempo nós podemos pensar do racismo o racismo Sutil que a nossa sociedade possui ele não é meramente físico bater se otear amarrar mas é um tipo de racismo que tá no olhar tá no tipo de Conduta de perseguição né de vigilância da mesma forma que o assédio moral nas relações de trabalho o assédio por exemplo el não é necessariamente o grito não
é necessariamente o ato de bater no funcionário né mas ele tá também nas formas pelas quais as pessoas tentam né no ambiente íntimo e particular coordenar controlar o seu funcionário seu o trabalhador Então vamos imaginar que o patrão fica de olho nas redes sociais do seu empregado né ora isso é uma forma de assédio moral Isso é uma forma de pressão que está não de maneira física mas de maneira então Sutil ó um pouco desapercebida eu vou pegar agora aqui uma leitura do perb para vocês que é muito interessante no livro dominação masculina ele disse
alguma coisa que definia essa chamada violência simbólica vamos lá meu Deus apareceu aqui Veja isso violência suave insensível invisível a suas próprias vítimas que se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas da comunicação e do conhecimento ou mais precisamente do desconhecimento do reconhecimento ou em última instância do sentimento nessa obra vocês notaram aqui uma coisa que ele tá trabalhando o conceito de puramente simbólico então não tá físico Mas o pior é aceito pelos indivíduos incorporado nos discursos Claro se tá incorporado se o outro aceita é mais difícil combater por isso que bourdier na sua sociologia Quando
pensou a violência simbólica ele acreditava que era possível através da ciência social desnudar esses tipo de relações tornar o invisível visível tornar aquilo que está incombatíveis sociais mas ser um intelectual engajado na disputa e e no combate para uma sociedade mais justa e minimamente menos violenta bom moçada foi essa a nossa aula de violência simbólica Conseguiu perceber um pouquinho sobre esse conceito e na sua realidade viva esse tipo de relação bom então se você gostou da minha aula por favor deixa um like aqui para mim não se esqueça manda um recado aqui se você teve
alguma dúvida ou algum questionamento Tá certo não não se esqueça também de nos acompanhar nas redes sociais o Brasil Escola tem o Facebook tem o Instagram e tem o nosso Twitter espero você no nosso canal ainda no nosso próximo encontro um grande [Música] abraço