Olá boa tarde a todas e a todos né com grande alegria faço a abertura dessa mesa a nossa mesa de historiografia da linguística no abralin ao vivo é um grande prazer estar de volta ao abralin ao vivo né meu nome é leonardo cner eu sou professor da Universidade Federal Fluminense estou aqui nessa mediação substituindo o nosso colega Ronaldo Batista que teve um compromisso profissional inadiável bem e nessa tarde de hoje nós teremos uma mesa redonda muito importante com grandes especialistas nacionais internacionais da nossa área de historiografia da linguística muitos deles inclusive citados nas pesquisas de
quem trabalha nessa área tão especial né que é a nossa área de HL teremos o hoje a presença do professor Ricardo Cavalieri da Universidade Federal Fluminense da Academia Brasileira de Letras da Professora Cristina altman da Universidade de São Paulo e fundadora do cedoc teremos a presença do professor Gonçalo Fernandes de Portugal da Universidade de trás alto Douro trás montes e alto Douro e do Professor Francisco Vieira da Universidade Federal da Paraíba sejam muito bem-vindos à nossa mesa teremos uma tarde com certeza de muito aprendizado né e sem maiores demoras né sem mais demora eu gostaria
de convidar a professor o professor Ricardo cavaler para fazer a abertura né da nossa sessão né Agradeço a todos que nos ouvem ao final das apresentações nós teremos eh uma sessão de debates né em que o público poderá interagir com os nossos apresentadores né Muito obrigado pela presença de todos né passo a palavra professor Ricardo Obrigado Leonardo bem eu quero aqui de antemão dizer da minha satisfação de mais uma vez participar de um encontro eh virtual né na área da historiografia da linguística ao lado de colegas queridos né alguns companheiros de longa data como o
Gonçalo outros companheiros mais recentes como o Francisco e a Cristina a quem eu não vejo pessoalmente há tanto tempo né e percebo que eh cuja beleza continua a cada dia se aperfeiçoando portanto eh um prazer grande estar aqui e a minha proposta conforme houve uma programação né na participação de cada um é de apresentar em rápidas palavras os parâmetros da chamada gramática racionalista no Brasil né e eu para poder cumprir reamente o tema que me o o tempo que me foi concedido eu vou optar por ler um breve texto né e ao longo desse texto
também farei a leitura de algumas algumas citações Breves citações Tá bom depois então se houver um momento para a discussão poderemos aprofundar as ideias que esse breve texto vai apresentar bem então sobre gramática racionalista Brasileira de língua portuguesa cabe dizer o seguinte o estudo historiográfico da produção gramatical brasileira em língua portuguesa impõe estabelecer ser um termo aó No Limiar do século XIX período em que se constróem as bases de um pensamento linguístico Nacional o surgimento de um modelo de investigação e produção gramatical com traços peculiares no seio da sociedade brasileira estão em Franco processo de
modificação e consolidação no que concerne aos usos linguísticos vincula-se necessariamente a dois fatos históricos que promoveram Impacto significativo tanto no plano político quanto no cultural a transferência da corte de Maria ie para o novo mundo em 1808 e a Constituição do Primeiro Império em 1822 esses eventos deram oportunidade para a edificação de uma nova sociedade cujos membros passaram a interessar-se em escrever obras descritivas e normativas sobre a língua portuguesa a Rigor bem mais normativas do que descritivas não só como natural consequência de um enriquecimento cultural que a nova ordem social testemunhava em todos os setores
da atividade humana como também em Face da necessidade de se produzirem textos de ticos em um sistema educacional em Franco desenvolvimento ainda que incipiente cumpre notar que não obstante a corte Imperial tenha fixado tenha se fixado no Rio de Janeiro os centros irradiadores do Saber humanístico em particular no tocante aos estudos linguísticos cedo passaram a situar-se nas sedes das províncias sobretudo as do Norte e Nordeste as causas desse fato de um lado podem atribuir-se à força Econômica provincial com a expansão da produção agrícola Sobretudo o café que logo tornou-se em uma importante commodity de exportação
saliente-se que no período pré-independência o clima de instabilidade política na Europa gerado pelas guerras na iônicas o clima de instabilidade na Europa conforme eu disse afetou o comércio mundial de algodão e café fato que viria beneficiar a participação Brasileira no mercado internacional Outro fator desenvolvimentista das das províncias atribui-se a crescente chegada de imigrantes principalmente europeus que contribuíram para seu desenvolvimento econômico social e cultural a Rigor a formação de mentes no Brasil só seria consolidada a partir da segunda década do período Imperial quando o país já contava com instituições de ensino de excelência e algumas faculdades
em áreas de conhecimento mais reconhecidas como o direito e a medicina com essa nova ordem surgem nomes como Álvares deedo que se formou em Direito em São Paulo Laurindo Rabelo que se formou em medicina na Bahia Joaquim Manuel de Macedo que se formou em medicina no Rio de Janeiro entre outros esse período testemunha algumas iniciativas esparsas em prol do desenvolvimento Educacional tais como a abertura de uma escola normal em Niterói no ano de 1835 a criação Arquivo Público em 38 a fundação do Colégio das educandas e o aumento do número de livrarias já em 1826
a arte e a cultura ganham força com a criação da BR subscription Library a inauguração do teatro de São Pedro de Alcântara e a criação do museu e gabinete de hisória promovidas pela administração joanina para instalar uma nova ordem cultural na colônia há de salientar-se a importação de cérebros em distintas áreas do Saber de tal sorte que se implementasse um projeto de melhor qualificação da população ilustrada que viria contribuir com o projeto de instalação da corte em solo americano com esse propósito chega ao Brasil o filósofo Silvestre Pinheiro Ferreira homem dotado de sólida erudição e
cuja atuação viria contribuir vivamente na construção do sistema educacional joanino em especial no tocante às atividades pedagógicas do Real Seminário de São Joaquim do qual foi o primeiro professor de filosofia no Educandário Pinheiro Ferreira ministrou o curso intitulado preleções filosóficas sobre a teoria do discurso e o título é um pouquinho maior Inclusive era preleções filosóficas sobre a teoria do discurso e da linguagem a estética a disina e a Cosmologia esse curso foi ministrado a partir de 1813 e suas lições introduziram no Brasil os princípios da gramática racionalista tornando familiar aos que assistiam as suas aulas
e Liam a seus textos as teses de Antoine arnault Claude Lancelot Assim como as de etien de kilak né e também na área da dos estudos linguísticos saxônicos de James Harris será pois com a contribuição de Pinheiro Ferreira que o Brasil toma ciência do ideário racionalista sobre a concepção ontológica da linguagem iniciativa que de certo revelou-se decisiva para fundar as bases do pensamento linguístico que mais tarde daria aveso ao surgimento de uma gramática filosófica Brasileira de língua portuguesa Então esse é um aspecto importante do ponto de vista histórico que a Rigor as bases teóricas da
gramática racionalista chegaram ao Brasil não pelas mãos de um gramático ou de um filólogo um linguista e sim pelas mãos de um filósofo português que incluiu essa matéria né do racionalismo linguístico dentro de um Panorama maior de um curso bem mais abrangente na área da filosofia percebe-se nas manifestações de Pinheiro Ferreira uma estreita referência à questões linguísticas em consonância com suas digressões sobre filosofia e ciência política pautadas na tese de que segundo a arquitetura lógica para entendimento das coisas nada se poderia saber ou conhecer senão pela palavra então gostaria de ler aqui uma um pequeno
extrato do Pinheiro Ferreira que é o texto um que diz o seguinte os filósofos que hoje respeitamos como Mestres assentam suas doutrinas sobre a base de que a teórica do raciocínio e do discurso é inseparável da teórica da linguagem e que não podendo ser inteligente aquele que não é inteligível a abundância a exatidão e a clareza das ideias em toda e qualquer ciência arte profissão ou trato humano está em rigorosa proporção com a abundância exatidão e clareza da linguagem ou nomenclatura própria da matéria de que se trata e do uso que dela sabe fazer a
pessoa que dela se serve essa citação tem um eh merece uma exegese especial no tocante ao significado de Norma e de ensino normativo naquele momento porque o ensino normativo como sabemos era um ensino mimético né de cópia das estruturas gramaticais usadas pelos grandes próceres da literatura da filosofia etc e dentro dessa visão que é uma visão também do momento né do do clima intelectual da época expresso aqui pelo Pinheiro Ferreira saber expressar-se conforme os mestres Era exatamente saber difundir as ideias que eles criavam no seio social n uma outra citação que está aí concluindo diz
exatamente o seguinte as regras que ensinam a conhecer os vícios e a arte de bem falar são as mesmas que constituem a arte Aqui tá um pouco cortado não sei por que motivo Ah tá aqui ah tá eh Houve aqui um um salto não sei dizer por Ah é aqui que eu faço aqui exato então então houve uma um um pequeno corte eu vou fazer aqui vou pegar a citação aqui no meu arquivo para terminá-la melhor ó as regras que ensinam a conhecer os vícios e a arte de bem falar são as mesmas que constituem
a arte de bem discorrer e de raciocinar com acerto assim a lógica a gramática Universal e a retórica vem todas três a não ser mais do que uma única e mesma arte isso é importante notar para que tenhamos ideia de do significado exato de Norma no ensino gramatical da época continuando uma das críticas que ordinariamente atingem os textos gramaticais brasileiros da escola racionalista diz respeito a seu teor excessivamente normativista trata-se a nosso juízo de uma leitura descontextualizada desses textos que desconsidera não só o caráter deontológico da língua a sua época como também o próprio caráter
teleológico da gramática em um país que buscava identificar-se como nação Soberana devemos necessariamente considerar que o conhecimento linguístico servia o propósito do desenvolvimento intelectual da capacidade de saber e expressar esse saber no amplo Campo da cosmologia esse escopo de expressar o Saber atingia mediante o domínio das estratégias discursivas das autoridades filológicas filosóficas e científicas no sentido de um dizer estabelecido acatado como premissa para que servisse de veículo de ideias e concepções no plano de sua concepção orgânica a gramática brasileira de língua portuguesa escrita sobre o cânone do racionalismo linguístico goza de características facilmente identificáveis de
modo geral a concepção de gramática submete-se a um escopo pedagógico razão porque suas são ordinariamente Como disse normativas nesse sentido não são poucas as definições que limitam o papel da gramática como manual que auxilia o educando a expressar-se corretamente sobretudo no texto escrito em Morais Silva Antônio de Morais Silva recolhemos a seguinte definição então aqui eu leio a definição que é muito breve não é gramática é arte que ensina a declarar bem os nossos pensamentos por meio de palavras também em Antônio da Costa Duarte que é um gramático maranhense já da dos anos 20 do
século do século eh XIX Antônio Costa Duarte diz e aqui eu passo a leitura da citação dele eu tô um pouco enrolado aqui com Ah sim deixa ver se essa é do Costa doarte efetivamente do que temos dito se vê claramente que a gramática em geral e a arte de falar é a arte de falar ler e escrever corretamente que o seu objeto são as palavras e que o seu fim é exprimir e pintar com distinção clareza e fidelidade os nossos pensamentos por meio de palavr um digitai faltando plural n na palavra palavra e continua
então o nosso antnio da Costa Duarte ou com base nas ideias do Costa Duarte a eleição da palavra como objeto da descrição gramatical consoante modo orgânica de tal sorte que sua concepção não é sistêmica senão fragmentada em elementos lexicais isolados assim a gramática geral ocupa-se da linguagem humana em sua dimensão Universal a gramática particular circunscreve-se a aplicação das regras abrangentes da descrição do pensamento ao estudo das línguas vernáculas ao passo que a gramática portuguesa na defini de praticamente todos os gramáticos da época nada mais é do que uma gramática particular dedicada ao estudo da língua
portuguesa definida a gramática de acordo com esta disposição hierárquica constitui tarefa imperativa em que todos os gramáticos do período utilizavam numa espécie de elemento essencial para caracterizá-la como textual né então diz aí o nosso Costa Duarte no texto 4 que pelo menos para mim aqui também está cortado né não saberia dizer porque eu é a primeira vez que eu uso essa plataforma e estou aqui levando uma srha por causa desse fato né mas diz o nosso Costa Duarte sendo porém a gramática Universal a arte que analisando o pensamento ensina com que espécie de palavras se
devem exprimir as ideias e as relações que que ele pode constar de que ele pode constar segue-se que a gramática Universal é também imutável e a mesma em todas as nações mas como estas escolherão para Sinais de suas ideias vocábulos diferentes só no material do e é preciso acomodar aqueles mesmos princípios e variáveis a índole de cada língua começando pelo estabelecimento dos preceitos gerais da linguagem e aplicando-os depois aos usos de que se pretende ensinar Eis aí o que se chama gramática particular bom então feita esta breve exposição da gramática racionalista em seu em seu
plano conceitual eu passaria aqui a dar uma informação breve também sobre as principais fontes teóricas que os gramáticos daquele momento da gramatic ografia brasileira do português utilizavam em suas obras né entre os filósofos mais proeminentes citados pelos gramáticos Bras destaca--se o abbad etien de kilak um ideólogo do empirismo que via na linguagem uma forma de chegar-se ao conhecimento não obstante infenso a metafísica que deu Amparo as teses da gramática de p Royal con de lá que aferiu grande prestígio entre os gramáticos racionalistas dada a sua obsessão pela educação como caminho do Progresso humanístico com efeito
as ideias de klac sobre educação e Construção do Saber mediante aprimoramento das sensações constituiu-se em objeto de reflexão acatado por vários intelectuais de seu tempo razão porque os princípios de descrição gramatical que Residem no tomo primeiro do Seu conhecido curso de estudo para a instrução do prce de Parma tornaram-se modelo necessário para vernaculas de outras línguas inclusive da Língua Portuguesa conil pugnado no denominado método analítico fonte que inspirou tantas gramáticas analíticas ao longo do século X não obstante o método nem sempre se verifica em suas páginas na gramatic grafia brasileira do português que está presente
na epígrafe exatamente da primeira gramática escrita por um brasileiro embora publicado em Portugal que é o epítome da gramática da língua portuguesa de antô de mor Silva outros nomes do paradigma racionalista referidos por gramáticos brasileiros são o do francês Charles Pinot de CL e o português Antônio Pereira de Figueiredo n conhecido latinista Charles de CL membro da academia francesa surge em uma epígrafe do breve compêndio de gramática portuguesa de Frei Caneca cujo teor pedagóg pedagógico remete ao empiricism que norteou parte dos artífices do Iluminismo francês quanto a Antônio Pereira de Figueiredo Seu nome é citado
pelo gramático Fluminense Inácio Felizardo fortes que a Rigor é o primeiro gramático brasileiro de língua portuguesa cuja obra foi publicada no Brasil né ele não é o primeiro brasileiro a escrever sobre língua portuguesa mas é o primeiro que logrou publicar uma gramática em solo brasileiro e ele então publicou a sua arte de gramática portuguesa sendo esse a Rigor o único trabalho linguístico brasileiro sobre língua vernácula que remete à Obra do célebre latinista português o nosso Antônio Pereira de Figueiredo por sinal o próprio felizado forte diz no Prólogo do seu da sua gramática que a parte
de sintasse é absolutamente pautada praticamente copiada da do trabalho do Figueiredo né os ver vernaculas franceses franois Michel Noel e Charles Pier chapsal também constam entre os nomes que Serv de fte bibliogrfica para gramáticos brasileiros no Bras dois vernaculas franceses sãoos nas da nova gramática analític daua portuguesa lum pelo suíço Charles G que veio para o Brasil com a família não é fugindo da guerra prussiana aqui se estabeleceu E trabalhou como professor de línguas e também professor de português né de língua portuguesa ele fundou uma escola no Rio de Janeiro e escreveu uma gramática que
teve muito sucesso na época e o nosso G cita o François Noel e o Charles chapsal exatamente para criticá-los no tocante a conhecida classificação dos verbos em verbos substantivos e verbos adjetivos que como sabemos era quase que uma regra intocável né no âmbito da gramática racionalista e com a qual o grv não concordava ele via concebia um Digamos um valor semântico próprio dos de todos os verbos daí não vê sentido em classificar verbos como adjetivos em face de outros do verbo ser como substantivo por fim dentro dessa Seara das fontes teóricas é importante citar aqui
três portugueses n Antônio dos Reis Lobato Antônio Solano Constâncio e Jerônimo Soares Barbosa hum Esse último indubitavelmente o mais referido em Face da singularidade e relevância de sua obra né nomeadamente a sua gramática filosófica da língua portuguesa a presença de Antônio Antônio José dos Reis Lobato consolida-se no Brasil por um fato singular que tem mais Digamos um caráter histórico do que um caráter científico no plano da gramatic ografia porque a gramática do Rei Lobato foi escolhida pela coroa na época como a primeira gramática a ser publicada pela impressão Régia brasileira e que serviria digamos como
parâmetro n é para o ensino do português naquele momento da da transferência da corte para o Brasil no tocante a Francisco Solano Constâncio há há que dizer-se que sua gramática analítica da língua portuguesa deve ser referida como um dos compêndios mais presentes nos círculos educacionais brasileiros a partir da década de 1830 e e a um fato singular né levou a esta predominância da gramática do Solano Constâncio ela teve uma edição que foi uma edição binacional envolvendo Portugal e Brasil n ela foi publicada também no Rio de Janeiro em 31 então esse fato deu a gramática
do Solano Constância maior facilidade de distribuição venda e portanto maior presença nas salas de aula brasileiras daquele momento por fim Vou aqui tocar alguns nomes que eu considero relevantes né É claro que todos são relevantes mas em face do tempo eu não poderia aqui traçar uma referência a todos esses nomes gostaria de falar muito do Antônio mora Silva também do felizado Forte já aqui citado né mas eu vou deixar esses nomes de lado e vou me ater a uma figura que eu reputo do ponto de vista e da descrição linguística e sobretudo do Saber teórico
né da linguística racionalista é realmente o mais expressivo trata--se do maranhense Antônio da Costa Duarte esse gramático brasileiro foi o que melhor discorreu sobre as teses do racionalismo linguístico no Brasil é autor do compêndio da gramática portuguesa foi publicado em 1829 e mais tarde teve uma reedição com um outro título n eh denominado compêndio da gramática filosófica da língua portuguesa esse texto do Costa Duarte gozou de seis edições ao longo de todo o século XIX pouco se sabe sobre a vida desse gramático maraes eu durante muito tempo tentei pesquisar sobre a eh a biografia do
Costa Duarte tentei em várias Fontes né tanto na área jornalística quanto na sede da Mitra diocesana na área de São Luís em suma ele foi Presbítero né em São Luís e mas infelizmente tudo que praticamente tudo que se sabia sobre ele desapareceu sabe-se que ele foi professor do Liceu maranhense durante Largo tempo e lá construiu uma carreira docente exitosa de grande valor a folha de rosto da quarta edição de seu compêndio revela-nos que o autor visava produzir um manual dedicado ao ensino do vernáculo em classes iniciantes que era exatamente o projeto Educacional brasileiro nos 800
né ou seja tentar tirar o povo a população do analfabetismo dar noções de primeiras letras para paulatinamente construir um sistema educacional e uma base né Eh na área do ensino que auxiliasse na construção de uma nova sociedade A análise de sua obra mostra que se trata de um trabalho Porém bem mais ambicioso que um manual normativo conforme se lê nas várias notas e comentários que o autor oferece ao correr das páginas portanto se alguém ainda que por curiosidade pegar a gramática do Costa Duarte Eu sugiro que pegue a a partir da quarta Edição né que
é justamente nesta quarta Edição que ele se estende em largas notas de rodapé com comentários teóricos sobre o racionalismo linguístico verdadeiramente preciosos bem o segundo nome que eu gostaria aqui de citar é o de de Antônio Álvares Pereira coruja que desenvolveu carreira docente no Rio de Janeiro embora fosse natural do Rio Grande do Sul ele atuou como professor de língua latina e língua portuguesa entre as suas várias obras devem destacar-se devemos destacar destacar o compêndio de gramática da língua nacional e o compêndio de ortografia da língua nacional o compêndio de dramática situa-se como a mais
prestigiosa obra do coruja fato por sinal que terá levado a tenor Nascente numa das propostas de periodização dos estudos gramaticais no Brasil né como sabemos e o nascente atribui ao compêndio do coruja o o início de um período linguístico que a que ele denomina de período empírico na realidade é um período da gramatic ografia do português propriamente o linguístico a concepção da gramática em coruja segue fielmente os parâmetros da gramática racionalista que nos chegou pela gramatic ografia Francesa e Portuguesa bem aqui eu acredito que já esteja com o meu tempo praticamente encerrado não estou eh
controlando eu peço ao Leonardo que me avise se o tempo já terminou eu Faria menção Três minutinhos Ricardo Oi 3S minutos 3S minutos sim então é o tempo que de que eu preciso para falar do Francisco Sotero dos reis que se não é a meu juízo o mais talentoso dos gramáticos desse momento não se pode negar que é o mais prestigiado né do ponto de vista digamos eh das escolhas históricas porque nós sabemos que a história tem lá os seus motivos para conferir a alguns mais prestígio do que a outros nem sempre por mérito E
no caso aqui entre esses gramáticos que eu estou citando e outros que eu não citei né Eh o o nosso Francisco Soter do jeis é efetivamente o que conquistou o maior número de adeptos inclusive fora do mundo linguístico né basta dizer uma curiosidade que nunca tendo saído do Maranhão né São Luís ele não viajou não saiu de lá para para em lugar nenhum ele é hoje nome de rua tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo então daí se vê como a obra do Sotero dos Reis saiu das Fronteiras maranhenses né e com conquistou
as salas de aula inclusive da sede do império depois capital da República a primeira capital da República foi o rio a produção linguística de Sotero dos Reis inclui dois textos importantes um intitulado postil de gramática geral e outro intitulado gramática portuguesa em que ele traça comentários filológicos sobre textos literários que serviam de corpos para as suas aulas no liceu maranhense eh no tocante especificamente a gramática de Sotero a sua destinação pedagógica dá o Tom predominante né não obstante fossem livros frequentemente frequentes na mesa dos que se dedicavam a tarefas profissionais que impunha um saber linguístico
Porque como nós sabemos a partir da segunda metade do século eh XIX começaram a aumentar exponencialmente as gráficas e as redações de jornais em todas as províncias brasileiras né quem costuma frequentar aí a hemeroteca digital da Biblioteca Nacional encontra algumas dezenas de jornais em todas as províncias de norte a sul e esse fato fez com que as gramáticas passassem a circular não é com mais frequência nas mesas profissionais dos editores de jornais dos repórteres n é dos redatores dos colonistas que procuravam ali aperfeiçoar o a língua escrita em textos gramaticais autorizados e nesse aspecto a
gramática racionalista que mais teve sucesso com esta função digamos de servir de apoio a profissionais de redação foi exatamente a a gramática do Sotero dos reios por sinal Talvez seja esse o fato né que lhe tenha dado maior prestígio entre seus pares do ponto de vista histórico bom eu poderia aqui me referir a nomes como Ernesto Carneiro Ribeiro né um baiano que está numa linha de numa ponte entre a gramática racionalista e e o movimento posterior da gramática científica também Augusto Freire da Silva que tem uma gramática muito interessante porque inicia dentro das bases racionalistas
que ele próprio diz que é praticamente uma cópia da gramática do catero dos Reis mas depois ele ele é também Maranhense né vejam como havia maranhenses dedicados aos estudos linguísticos né e o Augusto Freire da Silva vai para São Paulo dedica-se ao ensino do português em São Paulo teve uma vida tribul que eu não infelizmente não tenho tempo aqui de comentar mas o fato é que ele termina a sua carreira como gramático já dentro do espírito da linguística evolucionista né que digamos dominaria o cenário linguístico brasileiro a partir da segunda metade do século X bem
então Essas eram as palavras que como vocês devem ter percebido são palavras bem primárias introdutórias né mas uma referência genérica a esse período a que nós denominamos eh gramática racionalista dentro da gramatic grafia de língua portuguesa no Brasil e eu acredito que os que se dedicam ao estudo e estão ainda no início né da sua atividade de pesquisa na área da historiografia L linguística brasileira Eu Acredito que para esses tenha servido servido como Digamos um estímulo para aumentar a leitura e aprofundar-se no assunto tá muito obrigado a todos pela paciência da audiência Muito obrigado professor
Ricardo né por essa brilhante comunicação praticamente uma palestra que nós temos na nossa mesa redonda uma aula né introdutória para aqueles que estão começando a área né a pesquisa área de historiografia da linguística e um grande prazer para nós que somos somos especialistas né ouvirmos as suas palavras eu gostaria de convidar agora a professora Cristina para dar continuidade a nossa mesa Professora Cristina altman seja muito bem-vinda muito obrigada né então a palavra é sua passo imediato isso obrigada Leonardo Eu agradeço você muitíssimo e também ao Ronaldo pela iniciativa vocês têm realmente aberto o espaços na
abral principalmente para que a gente divulgue as nossas pesquisas os nossos trabalhos em historiografia né a boa pesquisa e os bons trabalhos em historiografia linguística eu já cumprimentei os colegas da mesa e cumprimento a todos aqui presentes aproveito o ensejo e faço isso muito bem eh podemos ir acho que ao slide dois que especifica a minha abordagem na mesa isso o estruturalismo susuri ano e a ciência positiva de saali ora em certa medida essa minha fala não é nem sobre soci nem sobre sai dali renomado filólogo brasileiro conhecido pelas gerações que o sucederam como renovador
dos estudos gramaticais do português na virada do século X Pro século XX a minha fala é antes sobre certas dificuldades que o historiógrafo enfrenta ao se propor revisitar o cânone de uma tradição de estudos linguísticos já estabelecida em estudos anteriores sobre outras tradições bem como em leituras recentes que eu tenho feito de autores e autoras da tradição gramatical do português no Brasil notadamente nesse período final do século XIX e início do século XXX chamaram mais uma vez minha a ocorrência dos metermos sincronia e diacronia em escritos gramaticais de saali em que ele faz menção expressa
a Ferdinando de soir divulgador notório também no Brasil de ambos os conceitos através do seu curso de linguística geral publicado postumamente em 1916 como sabemos ora e se tratando de uma referência explícita de saali asso feita pelo próprio autor por ele mesmo a primeira hipótese que o historiógrafo lança sobre o seu material é que ele está diante ou de um caso típico de influência admitida ou no mínimo de endosso a conceitos propostos por outro autor ora nesse nessa minha fala de hoje eu problematizo parte dessa questão procurando demonstrar que a interpretação das referências de um
autor sobre outro de uma teoria sobre outra de um conceito técnico sobre outro não é direta ou seja não há relação de causalidade entre a menção que um autor faz a outro ainda que explícita como nesse caso de sair dali e a sua maneira de entender a ciência que pratica essa situação se torna ainda mais complexa para historiógrafo quando se trata de aferir em uma tradição de estudos linguísticos casos de inovação seja inovação teórica seja Inovação de prática de análise que é eh a avaliação recorrente dos escritos de saali no século XX né eu vou
propor que entre o cânone que o historiógrafo revisita Há outras interpretações sobre ess esse cânone interpretações que eu vou chamar de modelares e canônicas vamos ver no próximo slide isso na tradição gramatical brasileira a primeira menção de fato explícita a Ferdinand suur é atribuída a sair al na segunda edição das suas dificuldades da Língua Portuguesa de 1919 A primeira é de 1908 bom no trecho em questão e o trecho está em tela sai dali observou que questões referentes às então chamadas formas divergentes uma erudita outra Popular por exemplo chama popular e Flama erudito seriam facilmente
resolvidas se o linguista em vez de legislar sobre elas as observasse no seu contexto temporal de ocorrência uma forma considerada incorreta em determinado estágio de evolução da língua poderia ser considerada padrão em um estágio posterior fatos como esse é aí que sai dali conclui né poderiam eh reforçam melhor as luminosas apreciações de suu sobre linguística sincrônica e de AC crônica eh eu não leio essa citação podemos voltar a ela né mas eu chamo a atenção daqueles que me ouvem para três declarações de sai dali incluídas aí nesse texo eu vou retomar adiante essas declarações A
primeira é a relevância que sai dali confere ao elemento psicoló lógico no estudo da mudança linguística a segunda declaração embutida aí nesse trecho é que o seu estudo estudo de sai dali sobre as mudanças linguísticas do português considera estágios de evolução nos limites da própria língua Ou seja o ponto de partida do estudioso é a língua portuguesa tal e qual falada no seu presente só para depois retroceder Suponho em Idas e Vindas né até estos anteriores no caso medieval e literário essa menção isolada assur apenas 3 anos após a primeira publicação póstuma do curso de
linguística geral recebeu da parte de alguns linguistas e brasileiros interpretações que eu considero equivocadas que consistiriam que consistiram elas aconteceram né em interpretar os escritos gramaticais de saali como uma antecipação do quadro estruturalista de trabalho que estaria em evidência no Brasil poucas décadas depois nessa minha fala eu vou argumentar em duas direções primeiro é que ser estruturalista tal como viemos a entender o termo a compreender o termo ao longo do século XXX Não é aplicável aos escritos gramaticais de sair dali nem a qualquer dos seus contemporâneos além de redefinir internamente os termos de que o
historiógrafo se vale na sua narrativa como o Ricardo acabou de fazer com metat termo norma é desejável que o historiógrafo atente para a necessidade de articulação entre a dimensão externa e a dimensão interna do seu objeto so pena de distorcer sua interpretação e isso principalmente nos casos de revisão de um cânone estabelecido como é o caso o slide seguinte o número quatro ele mostra o cânone de sair dali né o que eu tô exatamente eh levando em conta Nessa fala hoje hã desculpe bom eh sai dali Muito provavelmente começou a amadurecer sua reflexão gramatical nas
últimas décadas do século XIX e as primeiras décadas do Século XX H já vista aí a publicação dos dois primeiros textos são textos de comunicação de pesquisa científica não são didáticos e são bastante relevantes para os problemas as questões linguísticas sobre o português do Brasil naquele momento um sobre a colocação dos pronomes átonos na frase Portuguesa e o outro sobre os verbos sem sujeito os seus escritos gramaticais posteriores datam a partir da década de 20 já no século XX de 1920 assim se sucedem eu não vou repetir as datas mais rapidamente faço o elenco do
que eu tô Considerando o cânone de sai dali H as dificuldades da língua portuguesa primeira edição de 1908 a le a Lexi olia do português histórico a formação de palavras e a sintasse do português histórico de 21 e 23 respectivamente a gramática elementar da língua portuguesa a gramática secundária os meios de expressão e alterações semânticas e a gramática histórica finalmente de 1931 Essa dição ela é compilada pelo próprio sidali eu agradeço ao José Neto do cedoc a confirmação dessa informação bom essa cronologia coloca a meu ver sai dali como o ponto de chegada de uma
série de uma série de trabalhos gramaticais produzidos por autores brasileiros desde o último quartel do século XIX aqueles hoje identificados como fazendo parte do período da gramática científica ou melhor do chamado período científico da gramatic gramatic ografia brasileira né Há exemplos tanto na na nas histórias recentemente publicadas de Borges José bordes da Federal do Paraná numa história de 2022 e na história também de cavalheiro de Ricardo cavaleri recém publicado eh também eh em 2022 os exemplos todos estão lá essa cronologia do cânon também coloca sai dali notório conhecedor do Alemão língua a cujo ensino se
dedicou no Colégio Pedro I Do Rio de Janeiro como leitor potencial dos textos do mainstream científico em matéria de ciência da linguagem naquele momento representado pelos jovens gramáticos alemães da escola de leipzig como Carl brugman Herman ost Bert delbruck e Herman Paul mas não só a Crer Nas referências que sai dali faz nesses seus escritos gramaticais Desculpe ele teve acesso a um considerável grupo de gramar franceses e ingleses indoeuropeas comparatistas latinas romanistas como Michel arsen dam William wun o americano notadamente William WH e muito provavelmente segundo alguns Ferdinando o próximo slide chama o que eu
melhor ilustra o que eu estou chamando de interpretação modelar do cânone aquela que apresenta o viés vou chamar assim do historiógrafo desmos o câmara o seguinte ah eu não tô com o slide aqui mas eu consigo ler se eu me aproximar desmatou O Câmara num texto de 1961 vejam bem é um texto em homenagem a sair dali não tem maiores pretensões do que isso mas Matoso Câmara ninguém nada mais nada menos que o o nosso representante da gramática estrutural e estruturalista ele afirma o seguinte dos neogramáticos saali não tirou ao contrário de leite de Vasconcelos
a orientação histórico evolutiva mas as bases doutrinar para insar uma sistematização nova dos fatos gramaticais portugueses a sua fisionomia filológica é a do que hoje chamaríamos um estruturalista vendo na língua uma estrutura ou rede complexa mas regularmente trançada de fatos que se relacionam e se opõem em configurações muito nítidas que ao linguista cabe depreender essa a apreciação de Matoso Câmara sobre a obra geral ou sobre a fisionomia filológica de sai dali como ele chama é uma opinião né pelo menos neste texto ele não demonstra eh nenhum fato nenhuma análise do que eh o autorizaria a
definir sai dali como um estruturalista né quer dizer aquele ou num uma interpretação mais mais fraca né um precursor do estruturalismo eu volto a insistir esse texto é de 61 exatamente num momento em que no Brasil o estruturalismo está em vidência evidência notadamente pela figura de Matoso Câmara né um grande linguista Matoso Câmara ora para mim é intrigante notar que boa parte dos leitores contemporâ de hoje dos textos gramaticais de sai dali tenham seguido a opinião de Matos Câmara nada contra mas é preciso ver aí uma opinião n quer dizer ele ele não se faz
de uma de uma metodologia consciente para avaliar sai dali nesse no seu eixo histórico no seu momento no Brasil é portanto uma opinião e o que me causa ou sempre me causou eh um certo desconforto com essa interpretação é o fato delas normalmente virem desacompanhadas de argumentos para além da menção de saial ass e aos conceitos de sincronia e diacronia vejam como Matoso Câmara começa esse comentário dos neogramáticos ele não tirou ao contrário de leite de Vasconcelos etc Essa visão disfórica sobre a orientação histórico-evolutivo gramáticos que se lê no trecho citado faz parte do conjunto
de valores sociais e cognitivos do linguista estruturalista Matoso Câmara aqui na na na posição de um historiógrafo que emite uma opinião né e não ao meu ver do filólogo e linguista de sai dali H dito de outra maneira na minha leitura Matoso Câmara projeta um valor dele do que ele entende por ciência do que ele entende por estrutura estruturalista nos anos 60 no Brasil e sai dali para destacar talvez do grupo da série de que ele faz parte bom os es contemporâneos adeptos dessa opinião inaugurada por Matoso Câmara revestem pois sai dali de mais um
mérito o de ter visto antes que outros os caminhos da verdadeira ciência da linguagem aquela inaugurada por sossur no século XX que deu origem ao estudo estrutural sincrônico da modalidade oral de língua como programa de investigação também no Brasil né né ou seja o que eu chamo de viés do historiógrafo decorre dessa interpretação modelar de Matoso câmara que atribui um valor contemporâneo do historiógrafo no caso ele Matoso e não do seu objeto de estudo a chamada geração da gramática científica do Brasil que inclui sair dali se identificou na verdade com a geração de jovens europeus
do final do século XIX com efeito os filólogos e linguistas alemães eram percebidos também pelos estudiosos e eruditos brasileiros como as grandes autoridades do campo e sai dali não Era exceção na primeira página dedicada à sua sintase a sintasse da gramática histórica por exemplo sai dali declarou judiciosos as observações de brugman sobre a relação entre Estados psíquicos e orações e no parágrafo seguinte ele afirma modestamente que sem Pretender dizer melhor do que Heron Paul de BR e wund sobre a definição de proposição oração ou sentença parece a ele sai dali e o que ele diz
está no slide seguinte por favor que persiste ainda uma grave dificuldade que se apl Aria um tanto se os gramáticos se aferras menos a certos princípios de lógica e os psicólogos se desacostumar um pouco mais de ver na linguagem com que se exprime a oração o reflexo perfeito da criação do pensamento e deixassem de identificar sempre a combinação dos termos da oração com o processo mental de juntar conceitos né Daqui uma crítica explícita de sai a tradição racionalista a que o Ricardo se referiu agora a pouco né ora revendo o cânone e Diferentemente de Matoso
Câmara eu vejo hoje em sai dali um hábil crítico da tradição de análise gramatical que o antecedeu essa da gramática filosófica da gramática racionalista e um leitor efici dos preceitos positivistas e da metodologia de análise proposta pelos jovens gramáticos aplicados aos dados do português eu vou argumentar nessa direção uma metodologia de trabalho que ocupa compartilhada pelos pelos contemporâneos de uma tradição gramatical de uma tradição linguística eh não acontece de uma hora para outra essa mudança né quer dizer o abandono dos princípios da gramática geral como metamodelo preferencial de descrição linguística não aconteceu de uma hora
para outra nós já aprendemos essa lição desde os anos 60 também com comas kunun considerada a metafísica desenfreada né pelos jovens turcos brasileiros do final do século X as doutrinas filosóficas sofriam Ampla rejeição ao menos na sua retórica reivindicava se ou essa geração que sai dali reivindicou que a gramática deveria ser a sistematização metódica dos fatos positivos acrescento eu observados pelo gramático h a título de exemplo né Júlio Ribeiro isso é claro Júlio Ribeiro no seu prefácio Mael na aluna de maximínio Maciel A zilá Viana enfim eh a ciência modelo para o estudo científico das
línguas era na opinião dessa geração ou a Biologia ou a química de fato o argumento de sai dali A esse respeito é quase plástico vamos ver no slide 7 o que ele fala desses fatos positivos O slide seguinte é esse é esse o processo sofístico da substituição não é admissível em uma análise científica tomemos um exemplo da química desculpe tô tentando aumentar aqui ah não faz mal tomemos um exemplo da química se apresentamos ao um preparador de química um sal para analisar e se ele não puder dar conta da tarefa por não possuir no seu
laboratório os reativos necessários ou por outra causa qualquer não irá Com certeza substituir o sal por outro e analisar o corpo B em vez do corpo a um dos exemplos de sair dali será eu não posso substituir um pronome por um substantivo numa sentença e analisá-la como se tivesse um substantivo aí eu taria traindo os princípios gerais da Ciência da linguagem que é como a química bom mas continua ali resulta daí que em lugar de aplicarmos aos processos de análise química e examinarmos os fatos objetivamente Tais quais se apresentam somos levados a recorrer à alquimia
alquimia carrega aí o valor pejorativo atribuído à tradição filosófica e a motear esses fatos pondo Em substituição outros cuja análise nos parece fácil né plástico a metáfora da química e da substituição do sais né explica o que ele pensa no momento sobre o que é científico e o que é científico é o que é o mainstream europeu de origem alemã vamos ver o slide seguinte eh no slide seguinte eu faço um um resumo do que estava no ar no último quartel do século XIX notadamente a partir de 1876 esse ano é um ano quase cabalístico
eh na linguística alemã como sugere um texto de con kerner A esse respeito eu não retomo em detalhes mas eu lembro aqui seletivamente esse levantamento não é exaustivo né mas seletivamente é o que basta para representar o espírito da época o site guist europeu que será como eu afirmei há pouco será absorvido né Eh por sidali as leis de Grim já estavam resolvidas as exceções que Grim tinha levantado tinham sido estavam resolvidas dentro da linguística Germânica a existência das nasais e líquidas silábicas em pró indo-europeu também eh esse sinalzinho embaixo significa coeficientes sonância vai mudar
tudo quer dizer no lugar de um uma língua eh indo-europeia ou Salto do memorar emoro bom eu não insisto nisso mas a a comunidade de linguistas franceses reconhecia que a fisiologia poderia ser aplicada à fonética savers demonstrou a relevância da fonética para a linguística histórica winel isso é interessante a mim me surpreendeu também no seu estudo dialet lógico de 1876 ele defendeu a regularidade da mudança linguística o que serviu de exemplo para que que brookman e ov no prefácio né ao seu ao periódico que eles fundam eh um prefácio programático em que eles encaminham a
pesquisa linguística em uma determinada direção né conhecido esse texto como Manifesto neog gramático mostrassem usassem o winel como exemplo de como deveria ser o estudo das línguas vivas os princípios gerais da linguística histórica já estavam estabelecidos por lesan também de leipzig né uma espécie de de de mentor mais velho desses jovens turcos alemães né no slide seguinte eu destaco do Manifesto de brugman eof exatamente os elementos que eu pedi para vocês Que retivesse hã eh no início da minha fala com aquele exemplo de sair dali por gentileza O slide no hã esses exemplos que eu
acabei de dar são seletivos como eu antecipei mas representativos os bastantes aos meus propósitos Nessa fala sem a preocupação de demonstrar que sai da lilha o este Ou aquele autor ou foi influenciado por esta ou aquela ideia o fato é que o Espírito neogramáticos de renovação lógica e de prática de análise estava no ar também no Brasil eu arriscaria dizer embora não seja relevante pro meu argumento principalmente sai dali que li alemão né ora o fato é que ele capturou muito bem isso que estava no ar vejam os destaques eh que eu dou nesse momento
há elementos do Manifesto que são explicitamente recuperáveis por sair dali no cânone primeiro que os linguistas deveriam dar importância à língua falada nos estudos das línguas que o estudo da fala deveria ser visto como uma das atividades culturais do homem o linguista não deve deixar de incluir a língua contemporânea nos seus estudos históricos ainda que sejam dialetos os dados são mais importantes do que as teorias sobre os dados uma das críticas recorrentes dessa geração a gramática filosófica será exatamente essa teoria metafísica coisas assim e por fim é preciso reconhecer o fator analogia como processo relevante
na mudança linguística sim em pleno positivismo eh os neogramáticos vejam bem eh a gente pode resumir lei ou Manifesto Mas a gente pode resumir o que eles discutem nesse Manifesto a esses cinco elementos embora eu tenha sido seletiva aqui também basta reler a primeira citação que eu faço a saai dali no no Nessa fala de hoje para reconhecer na sua formulação alguns desses fundamentos dos jovens gramáticos alemães a relevância conferida ao elemento psicológico no estudo da mudança linguística o ponto de partida não ser o latim mas os vários estágios documentados do português o literário o
medieval e o português falado moderno o método que de que sai daali se vale é claro desde o princípio na sua gramática Histórica de 1931 que eu cito na na reedição de 1974 64 né bom logo a página 33 sai dali diz não aremos fonética portuguesa com fonética Latina e sim textos portugueses com textos portugueses daqui o método de ali né Eh tal e qual se a pregou no eh no Manifesto ora eh O slide 10 dá mais um exemplo sobre esses comentários de saali ele diz podem os gramáticos puristas dar as regras que quiserem
regras aqui no sentido normativo prescritivo no Brasil não se colocam nem jamais se on de colocar os pronomes do mesmo modo que em Portugal enquanto o e final em metc pouco se ouve em português europeu por exemplo parecia trazer no Brasil a pronúncia do pronome é muito mais acentuada próxima a um i como parecia mi trazer né quer dizer sai dali resolve a questão da colocação dos pronomes atos quase recentemente revisitada também pelos estudiosos do português do Brasil né Eh e eh ele resolve isso observando a língua falada né A diferença está na eufonia é
a enclase ao default no caso do português europeu e a próclise no caso do português brasileiro né tanto é que olha que interessante o argumento dele na forma popular da língua falada contemporaneamente aluga-se casas em vez de alugam-se o fator é evidentemente a analogia desconhecedor das regras tirânicas da gramática O Homem do Povo guia-se pelo sentimento de linguagem né esse sentimento de linguagem é a intuição quer dizer o o o que nós chamaríamos hoje de intuição o falar espontâneo do homem letrado que não conhece as regras dos gramáticos dos puristas e nem as regras da
gramática ele emprega certinho dirá sair dali o pronome em ênclise se ele for português e em próclise se ele for Brasileiro né Ora puramente neog gramático meu último slide a título de conclusão ele evidentemente parcial bom dado o cânone dado interpretações canônicas modelares desse cânone entre o historiógrafo contemporâneo e o seu objeto eu ousaria afirmar que uma pesquisa cuidadosa sobre o lugar que sai dali ocupa na história dos estudos linguísticos do português no Brasil deveria começar pela seguinte pergunta em que medida sai dali escapa da filosofia positiva que subjaz a sua prática científica e admite
em alguma medida ser a língua um sistema de valores in absencia princípio fundador do paradigma estruturalista suriano que já estava em brugman que já estava no memo de ssir e será inaugurador do estruturalismo tal qual nós viemos a desenvolvê-lo no século até onde eu pude verificar não há esse movimento em sai dali até onde foi minha releitura do cânone dessa tradição de descrição gramatical do final do século X o mérito de sair dali para gerações que o sucederam está mais na síntese que se mostrou capaz de efetuar entre a tradição gramatical pedagógico descritiva normativa exigência
do seu contexto institucional e social e o conceito europeu notadamente alemão e francês de ciência gramatical cujo princípio explicativo das formas e funções linguísticas está na sua evolução histórica e positiva observável descritível mensurável ora nesse sentido faltam a essas historiografias contemporâneas que interpretaram sai dali como precursor do estruturalismo linguístico descrições convincentes das contribuições dos seus escritos gramaticais para um estudo estrutural estruturalista do português faltam também a meu ver estudos intermediários de identificação de problemas e de métodos de soluções de problemas não bem resolvidos pela geração da gramática científica de que fazia parte mas que sai
dali teria retomado e resolvido sobre outra perspectiva de análise científica aquela que acabará por dar origem no Brasil a classe socioprofissional dos linguistas nos anos 60 em suma se me permitem eh a observação falta-nos Justamente a interpretação que sincroniza a visão de sair dali e da prática de análise gramatical deali ao S guist do momento em que atuou ele foi positivista muito obrigada era isso que eu tinha a dizer a respeito dos de dois dos nossos maiores heróis Muito obrigado professora Cris por essa palestra né É muito mais do que uma comunicação que a gente
tem essa visão tão aprofundada da obra do professor Manuel S al né então dando continuidade a nossa mesa né posteriormente eh Cristina você voltará pra gente fazer um debate né com o nosso público interagir com nosso público que nos assiste aqui no YouTube Eu gostaria de convidar agora para nossa mesa na sequência o professor Gonçalo Fernandes da Tad de Portugal muito boa tarde professor Boa tarde obrigado e e agora é a vez de falar nas pré e pós tónicas fechadas que a Cristina falou agora da diferença entre o português europeu e do português brasileiro antes
de mais antes de começar com a minha apresentação eu gostaria de agradecer à abalim ao professor Ronaldo e ao professor Leonardo pelo convite e por estar nesta nesta mesa redonda com tão brilhantes colegas brasileiros E especialmente ao Ricardo e à Cristina que já nos conhecemos eu não poderia dizer isto e há pelo menos 20 anos e e ao Francisco Vieira que é um prazer e estar com ele pela primeira vez eh o tema que eu escolhi para a minha apresentação tem a ver com um caráter mais sobre os métodos e teorias de historiografia linguística e
aproveitar a oportunidade que me é dada eh neste público neste e meio tão grande de fazer e a revisão ou fazer a publicidade Se quiserem ao centro de investigação de que sou diretor e e tenha sede em Vila Real que se chama centro estudos em letras para começar eu gostaria de fazer uma sempre e citação do do professor Jorge Morais Barbosa que publicou esses dois artigos na magnífica revista dirigida pelo professor Ricardo Cavalieri e um em 2005 que foi a lição ou a última lição que ele preferiu na universidade de Coimbra no ano anterior e
que depois publicou exatamente na confluência no Rio de Janeiro e o que ele diz é uma coisa muito e muito importante que é eh o conhecimento linguístico é um contínuo às vezes com Marcos ponto ados de mais significativos e e com momentos de alguma rotura e com momentos de eh continuidade fundamental entre eh entre as várias teorias entre os vários teóricos eh e e não apenas um um um momento de isolados de crescimento das próprias teorias linguísticas na primeira citação que ele que ele faz para quem não conhece o Professor Morais Barbosa ou não conheceu
não teve esse privilégio e o Professor Morais Barbosa era o representante do funcionalismo em Portugal era um especialista em fonética e fonologia ou mais fonologia até e e eh e o seguidor de André Martin e no estruturalismo e no funcionalismo do professor André martinz e ele diz uma coisa muitíssima importante ao reler gramáticos dos séculos x e XVI por exemplo para não falar já dos modistas e outros mais antigos da época medieval fico com a convicção de que já lá se encontra muito do que hoje aparece como novidade é aqui que a historiografia linguística entra
e é nesta questão que é muitíssimo importante para todos nós que nos traz aqui para comunicar e e para falar sobre a historiografia linguística enquanto disciplina autónoma de investigação e sobre a metodologia na sequência disto um sociólogo americano das ciências ou um sociólogo das ciências publicou nos anos 70 e ou em 68 neste caso a primeira vez que fala disso ele ele cria este princípio o princípio ou efeito Mateus que é baseado no na na na Parábola dos Talentos E é exatamente no evangelho de Mateus em que ela é contado e o que ele fala
era um assunto que o professor Ricardo Cavalieri há bocadinho falava dos que do Francisco Sotero dos Reis que eventualmente teria mais prestígio do que outros e não se percebe muito bem porquê e muitas vezes está a explicar através deste efeito Mateus precisamente ou seja h a uns é dado uns determinados talentos que os colocam a render que os D mais visibilidade h e portanto a quem é mais a quem é dado mais mais pode multiplicar mais pode fazer é evidente que eh quando temos um Prémio Nobel por exemplo tudo o que ele fizera a seguir
é praticamente lei ele tem a fama tem o mérito tem o reconhecimento público garantido Os outros já não é assim Mas se por exemplo um Prémio Nobel publicar um artigo mesmo como último autor desse mesmo artigo com um discípulo seu vai ficar a ideia de que é ele o principal autor e não esse discípulo ou seja de uma maneira mais ou menos simplista eh muitas vezes atribuímos ideias eh autores que não são os verdadeiros autores dessas ideias houve discípulos desses autores que foram eles por exemplo os criadores houve outros antecessores por exemplo que falaram e
que analisaram e que teorizaram sobre determinado princípio antes desses mesmos autores o Robert King mton faz exatamente E cria a designação de efeito Mateus ou do Síndrome Mateus em inglês matth Effect eh e e parece-me que é um bom termo para exatamente atribuir ciência atribuir h e o princípio de eh colocar verdadeiramente na acumulação ou ou a quem a autoria a quem de direito ele tem duas citações que eu gostaria de destacar eh e eu fiz coloquei a tradução eh ele diz uma coisa muito simples colocado numa linguagem menos pomposa o efeito Mateus consiste na
acumulação de maiores incrementos de reconhecimento por determinadas contribuições científicas para cientistas de renome considerável e na subação de tal reconhecimento por parte de cientistas que ainda não fizeram a sua marca os prémios Nobel por exemplo fornecem a prova presumida do efeito uma vez que eles testemunham a sua ocorrência não como vítimas mas como beneficiários colocado na história da linguística o professor ker que infelizmente não chegou a publicar este artigo mas em 2005 numa conferência que fez na sociedade espanhola de historiografia linguística fala exatamente deste efeito Mateus eh e e faz a demonstração eh e ele
diz no livro de resumos desse mesmo com congresso que existe a tendência constante de atribuir importantes descobrimentos teorias e conceitos eh ou conceitos das grandes figuras e não aos seus discípulos colegas ou Associados na história da linguística poderia poderiam encontrar-se muitos exemplos do mencionado e feito Mateus eh poderia ser que chegássemos a identificar casos de distribuição injusta de méritos e talvez provavelmente seja já assim Tais casos tendem a perpetuar-se nos manuais de história da linguística pois muito frequentemente não estão baseados na investigação individual mas em Fontes secundárias também aqueles que hão tido maior êxito comercial
este o professor ker eh faz este este grande reparo faz esta grande análise e depois durante a conferência eh de que perdeu depois a sua análise eh não anos mais tarde não não não chegou a publicar ele tinha os dados dessa comunicação num num num caderno de apontamentos e nunca conseguiu recuperar esse caderno eh para exatamente publicar aquilo que tinha feito eh mas eu coloquei aqui alguns exemplos de eh questões científicas que se nos colocam a nível por exemplo da linguística missionária o da historiografia linguística missionária e alguns exemplos ou mais perguntas científicas que alguns
historiógrafo eh colocaram e tentaram resolver eu coloquei Aí o exemplo do vietnamita e e e que se pensa ou muita gente ainda hoje afirma que o pai do e do do sistema de romanização que é o cnu eh traduzido língua nacional que é a transcrição tem carat humanos do do que anteriormente era por carater chineses ou do alfabeto chinês h e e que é o francês Alexandre de Rodes eh na verdade não não foi Alexandre de Rodes é o próprio que o afirma de ele diz por exemplo que aprendeu do Francisco de Pina que é
um português eh que faleceu com cerca de 40 anos ou com 40 anos eh e que foi o professor dele que lhe ensinou o vietnamita etc sabemos também que o Francisco de Pina foi a aluno o discípulos do Padre João Rodrigues que teve alcunha de tuso que significa tradutor em japonês e que foi uma uma figura importantíssima o primeiro gramático do japonês em 1604 e depois em 1620 na na na obra mais h mais simplificada a e portanto e o pai efetivamente a pessoa o europeu que levou a a romanização e que se mantém até
hoje eh o sistema romanizado no vietnamita é Francisco de Pina e não o Alexandre de Rodes como ainda muitas vezes é afirmado também por exemplo o o Alexandre de Rodes eh no dicionário anam lusitano e Latino é publicado em Roma em 1651 eh está como único autor e na introdução no prólogo melhor dizendo AD lectorm ele afirma que usou os dicionários zamita português de Gaspar do Amaral e o português Anita de António Barbosa e ele que acrescentou a tradução Latina e fez algumas correções ou seja ele admite que o o conteúdo do dicionário é é
ten uma uma autoria tripartida no entanto é ele que consta como o único autor desse mesmo dicionário eh vetral por exemplo eh um italiano Capuchinho foi acusado pelos seus próprios confrades de usar trabalho dos seus colegas dos seus antecessores na publicação de um catecismo que se chama doutrina Cristã nas missões do Reino do Congo eh e e ele afirma no prólogo que se limitou a acrescentar as traduções para italiano e para latim para benefício dos Missionários não Portugueses e não falantes do português da obra de Marcos Jorge e feita e por Mateus Cardoso Apesar disto
ele é acusado pelos seus de que se aproveitou porquê Porque na capa eh está unicamente ele como autor e passou para a história como sendo ele o único autor assim como Alexandre de rotes algumas perguntas importantes já com h linguistas de renome por exemplo no caso de Ferdinando sciur que a professora Cristin altman tanto analisou na influência que teve sobre o professor sidali eh e que é considerado o fundador da linguística moderna do estruturalismo linguístico etc e e a pergunta que se faz é o que é que é efetivamente no curro de linguística General o
que é que é efetivamente da sua autoria ou é da autoria de alguns dos seus discípulos especialmente char e alber se e se nós estudarmos se nós analisarmos os estudos feitos pelo professor Peter soren e vamos verificar que os discípulos ou alguns dos do dos dois discípulos dos três que fizeram a edição as notas do mestre Ferdinand suur que publicaram o curso de linguística geral colocaram no na na como sendo do seu mestre algumas teorias que eram deles próprios e isso veio-se a demonstrar até por publicações e por obras e por manuscritos que eram anteriores
ao próprio corro de de de linguística destes autores a teoria do Peter soran o professor kerner por exemplo Analisa muito muito criticamente o professor noan chomsky e especialmente nas estruturas sintáticas no livro das estruturas sintáticas e que diz que ele se apropriou muitas vezes de teorias eh linguísticas de seus antecessores e até inclusivamente de gramáticos filosóficos etc e portanto eh também ten uma análise e também poderíamos aplicar aqui o princípio do efeito Mateus duas questões finais o que devem por exemplo os conceitos modernos da sintase às obras gramaticais medievais por exemplo e os gramáticos especulativos
e modistas por exemplo como noções de concordância Regência transitividade etc e uma pergunta sobre o caso concreto do português do Brasil que é por exemplo que deve a gramática da fala ou a gramática de usos do português aos Pioneiros gramáticos brasileiros eh mesmo aquele que não publicou no Brasil publicou em Portugal é que o professor Ricardo falou e os que publicaram no Brasil ou seja a gramática de usos do português nasce no século XX ou é anterior e e tem e casos e tem gramáticos que já defendem por exemplo como a professora Cristina falou do
professor sai ali embora seja do século XX precisamente a historiografia linguística eu vou fazer um apanhado teórico muito rápido porque pensei nisto para jovens investigadores E pensei nesta comunicação exatamente de divulgação para jovens investigadores que queiram embrenhar-se nesta disciplina e fazer algumas homenagens homenagem ao professor kerner homenagem ao professor oru homenagem ao professor swiggers e homenagem ao ao John benjamins e que e ainda era um jovem antiquário e dos Países Baixos de amsterdão portanto Holandês e que aceitou o repto de um ainda mais jovem ou melhor de um mais ou menos da da sua idade
com 34 anos de idade que trabalhava no Canadá e que lhe faz uma proposta de lançar uma nova revista de lançar uma nova coleção de livros de uma disciplina nova que ainda não tinha eh qualquer noção em termos de de projeção e que foi um risco para todos h a revista é exatamente a historiografia linguística mundialmente conhecida hoje e o livro de de ou a série de livros chama-se studies in the history of the language Science h e que começaram a ser publicados em 1973 74 o primeiro volume da historiografia linguística nase em 74 e
o editorial abre com um editorial dedicado às finalidades e à área é que eh digamos assim purpose and scope historiografia linguística e que nós poderemos hoje nestes anos depois considerar que será a certidão de nascimento entre aspas da historiografia linguística como disciplina ou subdisciplina da linguística ou disciplina autónoma da linguística nesse mesmo editorial portanto nesse mesmo primeiro número da historiografia linguística o professor carner diz Espero sinceramente que esta revista portanto a historiografia linguística Se transforme num verdadeiro fórum internacional de discussão dos aspectos do desenvolvimento do pensamento linguístico que parecem ter peso Nas questões ainda hoje
levantadas nas disciplinas linguísticas ou na apresentação de sugestões que nos aproximam mais de uma historiografia do campo o professor carner isto lança em 73 o primeiro volume em 74 e resolve criar um fórum Internacional onde se discutia esta nova disciplina Eu lembro que ele tinha apenas 34 anos e portanto era um jovem investigador h e que resolve levar Avante um grande Congresso Mundial eh com os maiores nomes da da da da história da linguística como barcol por exemplo Henry Robbins Eugenio cério scone e heimes angler Joseph por exemplo e investigadores mais jovens eh o Frederick
newer por exemplo e new meer o David David David Cram da Inglaterra eh o Silvano R que também foi uma peça chave e o Thomas Craig chrisy e neste já primeiro evento de 1978 no Canadá e ele tentou nessa data a criar uma sociedade internacional para a história das ciências da linguagem e até hoje não foi conseguido não se conseguiu nessa data e nunca mais foi conseguido porque entretanto foram criadas sociedades chamemos-lhe regionais de países por exemplo em Espanha em França em Inglaterra na Alemanha etc e portanto depois dificultou a criação de uma sociedade internacional
para a a a as história das ciências da linguagem o professor Silvan orro participa no primeiro Congresso mas com apenas 31 anos antes de ir para o congresso e cria antes de ir para esse primeiro eals cria em 78 a sociedade a primeira associação de história da da da linguística ou de historiografia da linguística que é societ deologia de cência de Lage em Paris em antecipação afirmação escrita do próprio Professor ker de ao EOL ieo organiza o segundo EOL na universidade de Lille e nesse segundo congresso já o professor Pierre sers participa e ele tem
ainda mais jovem que todos os outros com apenas 27 anos de idade eh participa com uma comunicação que é a construção de uma teoria de historiografia da linguística algumas reflexões metodológicas ou seja em 1900 e 80 E4 ele faz exatamente com apenas 27 anos tem a primeira o primeiro artigo sobre historiografia da linguística e sobre a teorização a metodologia etc Este é já um indicativo de um forte reflexo metodológico que se tornou uma grande característica do próprio professor swiggers e da historiografia linguística estes três grandes nomes Infelizmente o professor kerner já faleceu já não está
entre nós o professor Silvan ru já não está no ativo mas o professor sger está e mantém-se muito e tem muitas publicações muitas participações inclusivamente aqui na abral h e E então nessa nota epistemológica sobre já em 79 no primeiro número da estar epistemologia lenguage o PR sger publica já uma nota epistemológica sobre o estatuto da historiografia da linguística nas ciências da linguagem e e e fala já eh com uma disciplina da história digamos assim do que trouxe até aquele momento e faz uma reflexão sobre como deve ser a metodologia sobre como deve ser eh
a investigação para que exatamente ela tenha Progresso científico porquê Porque o que se fazia antes falava-se da história falava-se da falava-se da da da evolução mas era muito redutora na sua perspectiva ou seja era um análise de factos menores como relações causais influências mútuas os empréstimos entre gramáticos lexicos linguísticas e portanto ele achava que ou entendia já com apenas 24 anos de idade que isso não levava a um verdadeiro Progresso científico e como tal devia haver uma mudança de perspectiva uma mudança transformadora da metodologia e e e e e e causar uma verdadeira revolução nas
ciências da linguagem e na na historiografia da linguística neste caso o professor Silvan oru em 94 diz e faz algumas sistematizações de que forma se constitui conhecimento científico no tempo Isto é o trabalho do historiógrafo deve responder algumas das questões centrais ele fala em duas questões são estas e de que formas são criadas por exemplo e como é que evoluíram se transformaram desapareceram determinadas ideias linguísticas etc eh e depois cria Então os três princípios fundamentais a definição fenomenológica ou puramente fenomenológica neutralidade epistemológica historicismo moderado interessa-me particularmente H falar da da grande questão que por exemplo
é importante porque eh é citá Vel tantas vezes o professor Silvan fundamentalmente porque quando ele fala da da revolução tecnológica da humanidade ele diz que a nível da linguagem a descoberta da escrita foi uma das maiores revoluções lógicas da humanidade Sem dúvida absolutamente nenhuma é a descoberta da escrita que nos permite manter eh e projetar para as gerações seguintes as nossas descobertas as nossas histórias a nossa cultura etc mas dizê-lo também que a gramatização ou codificação gramatical das línguas vernáculas é uma revolução tecnológica à mesma escala ou seja uma das maior revoluções de toda a
humanidade eh e que tem dois pilares desse saber metalinguístico que é a gramática e que é o dicionário o o mais conhecido dos princípios metodológicos são obviamente o professor carner mas em 95 apenas que é o princípio da contextualização da imanência e da adequação que eu vou passar à frente porque são muito conhecidos estes três princípios e o professor suig fala da história interna interna e fala já mais tarde das camadas camada teórica técnica documental e conceitual e conceptu ou contextual peço desculpa a e fala da metodologia heurística hermenêutica e da escrita histórica etc para
o professor eh swiggers nós podemos fazer historiografia da linguística de muitos modos com muitas muitos eh e muitos tempos digamos assim pode ser a curto prazo tradições mais locais pode ser algumas M algumas diferenças de Médio prazo por exemplo geográficas temporais e etc ou então de longo prazo visões panorâmicas aquilo que ele chama o o olho de visão do pássaro a Birds i e isto é falar da história da gramática Geral falar ou melhor da história da gramática em geral ou em particular etc O Magnífico livro do do professor Cavalier por exemplo sobre a gramática
no Brasil é é um desses de longo prazo que tem uma uma visão global é uma obra de referência será sempre uma obra de referência etc e portanto há aqui uma citação final que eu gosto para motivar eh os jovens investigadores que é refletir sobre eh os próprios objetivos e tarefas prestar atenção aos princípios e considerações meta historiográficas e fazer um trabalho historiográfico ficou empenhar-se na escrita da história esta esta experiência crucialmente importante para uma compreensão adequada do que a linguística é é um exercício constante de autoeducação e autoaperfeiçoamento e de interação com o passado
e o presente da disciplina o exercício é difícil mas gratificante o campo é grande mas convidativo agora em Portugal quando é que aparece o termo historiografia linguística e segundo este artigo da professora Filomena Gonçalves ele aparece pela primeira vez em 1984 eh pela mão da professora e carvalhão Boco eh e nós devemos muito à professora carvalhão boes efetivamente ela é uma da autora de referência dos inícios da historiografia linguística em Portugal Mas não é verdade que a primeira vez que apareceu a designação historiografia linguística foi em 1984 foi 2 anos antes em 1982 eh com
um artigo do Professor Telmo Verdelho que é historiografia linguística e reforma do ensino a propósito de três Centenários Manuel Álvares Bento Pereira e Marquês de Pombal ou seja eh considerar eh foi uma década mais ou menos uma década não chegou uma década mas mais ou menos uma década depois de lançar o termo o professor o o professor ker em 1973 com o primeiro número em 1974 portanto seria 8 anos 9 anos depois de deste feito eh em que aparece pela primeira vez exatamente o termo historiografia da linguística tanto quanto conhecemos neste momento fazendo agora referência
ao Centro de Estudos em letras parece-me importante e e e trouxe este tema porque exatamente para motivar os jovens investigadores para alguns dos projetos que nós temos em mão e que gostaríamos e que precisamos também até se conseguirmos por exemplo bolsas de investigação eh no próximo ano precisamos exatamente que que se oponham a concurso que se coloquem a eh nos projetos etc e neste momento é um centro que tem cerca de 20 anos eh foi criado em 2003 e formalmente constituído em 2004 portanto em há 20 anos precisamente tem na utada na na minha universidade
e a Universidade de Évora é a segunda instituição de gestão ou Polo como nós habitualmente chamamos desde 2007 temos membros integrados temos membros doutorados colaboradores e temos doutorandos temos alguns aqui presentes alguns colegas eh que são membros colaboradores do do cel e portanto e doutorandos também já vi que tínhamos alguns a assistir e e isso é muito importante e é uma é um orgulho eh sabê-lo uma das áreas muito fortes e sendo o único centro que privilegia a historiografia da linguística em Portugal é o cel e não é a única área da linguística obviamente em
que se trabalha trabalhamos a linguística aplicada a linguística textual eh funcionalista etc mas uma um grupo considerável de investigadores dedicam-se à historiografia da linguística e à linguística missionária e isso é um é importante porque que é o Marco diferenciador do cel relativamente aos outros centros de investigação em Portugal Hum eu coloquei aqui o impacto internacional do Celo porquê porque eh nos últimos anos já começou em 2009 mas nos últimos anos eh o o cel tem tido alguma eh relevância chamemos-lhe assim na organização de alguns dos mais dos maiores congressos da historiografia da linguística e e
e e e portanto tem sido um projetar a área das da da da historiografia da linguística a nível Mundial isso é importante tem sido um ponto assente na nossa na nossa tarefa nas nossas áreas e e e tem sido um dos objetivos levar a a Vila Real a autá de grandes nomes a nível mundial e e e e organizar e portanto P Ant Se repararem temos alguns eventos nos últimos anos aí e participamos agora ativamente no simelp da Madeira H com vários vários simpósios organizados por membros e do do cel e temos um simpósio organizado
no ees em tieli e na Geórgia agora já na próxima semana temos alguns congressos nomeadamente Henry suet a Sudan cise H da associação espanhola de historiografia l linguística que já não está nesta lista fizemos uma organização comorar aos 450 anos da gramática do Manuel Álvares em que levamos era um congresso pequenino mas levamos os maiores especialistas do Manuel Álvares a Vila Real eh no próximo ano gostaríamos de de organizar um congresso sobre exatamente os 500 anos de nascimento do do Álvares E aí seria na madeira etc o eal foi organizada por nós em 2014 e
a última vez que e o professor ker a participou presencialmente num congresso do wickles foi exatamente em Vila Real e que nos deu um grande prazer um grande privilégio em que a professora Cristina altman e o professor e r Camel lançaram um livro que é hoje uma referência na língua portuguesa com uma seleção de textos em português do professor ker eh Foi um momento alto do congresso e a última vez que ele participou fisicamente no e e isso dá-nos uma uma grande alegria a todos hum o cel tem privilegiado duas ou três áreas importantes eh
nomeadamente uma coleção e Eh Ou melhor e o acesso aberto da ciência portanto publicações em que se colocam em acesso aberto em Open Science eh para que todas as toda a Comunidade Internacional tenha acesso e temos a algumas coleções nomeadamente de Cultura Literatura e linguística mas aqui queria destacar eh os livros de linguística da coleção linguística e dos vários números que publicamos eu destaco alguns de membros colaboradores nomeadamente o que referi agora do professor kerner editado pela professora Cristina alman eh o da professora Bárbara sheffer da Alemanha o da professora Carlota rosa que eu vi
há bocado que estava presente a assistir e da professora italiana camuro eh sobre a linguística missionária na Índia dos investigadores integrados temos muitos livros nós vamos no número 29 e estão todos online portanto podem assistir ou podem fazer o download de desses livros todos eh e mas eu gostava de destacar Este dicionário do professor sosen Rego ou se cit matete eh nome étnico que é um dicionário mono ling do ungu ou chungu que é l a língua da teta em Moçambique o que para nós portugueses nós brasileiros é eh uma coisa tão simples como nós
termos um dicionário na nossa própria língua Ou seja ninguém imagina e que os dicionários do português não sejam em português hoje em dia eh podemos ter dicionários bilíngues português inglês português francês português alemão mas para fundamentalmente aprendermos línguas estrangeiras agora um dicionário do português os grandes dicionários do português são em português isto não é assim em todo o mundo obviamente em África só há seis línguas que têm um dicionário na sua própria língua começou em 1935 com o suaili e em 66 com o shona o zulu em 66 também o chosa em 2008 o xichangana
que curiosamente também fica em Moçambique em 2012 e agora em 2000 23 o do da língua de Tete também em Moçambique e é um investigador do cel e foi publicado pelo cel uma das coisas que eu gostaria de e e vamos fazer-lo é pedir aos autores deste dicionário do xichangana e que é uma obra que foi publicada pela Eduardo melana pela Universidade Eduardo molana não há cópias nem lado nenhum não há cópias públicas mas que nós consigamos colocar este Este dicionário online para que possa eh ter acesso a todas as a todos os investigadores do
mundo e todos os interessados nestas nestas línguas portanto eh é um passo importante é uma é um é um é um passo de gigante digamos assim eh para a valorização das línguas autóctonos em África eh um novo projeto que temos desenvolvido nos últimos os anos é um grupo de seis investigadores liderados pelo Professor Carlos assão e rol kler é uma coleção de fazermos a a publicação das obras mais relevantes da ortografia da língua portuguesa neste momento temos oito volumes publicados o projeto envolve 11 volumes faltam-nos alguns importantes e falta-nos depois o o último o 11º
que será de obras e com menor relevância etc e é evidente que este projeto é desde o primeiro tratado mé ortográfico até ao século XVII porque o século 19 por exemplo é muito extenso é um projeto muito grande e Talvez não haja uma necessidade tão grande de publicar eh com a urgência que tem este porque são obras que muitas vezes até existem em em alfa revistas em cebos e portanto são de mais fácil acesso e existem nas nas bibliotecas estas obras algumas destas obras não são de mais difícil acesso e portanto as edições são edições
eh semid diip omás eu destaquei aqui apenas a dem Madureira Feijó mas podia ter destacado porque é uma obra extensíssimos de edição e obviamente e depois um estudo introdutório tem 140 páginas portanto é uma obra monumental Hum ok sobre a linguística missionária fundamentalmente o que temos dedicado nos últimos anos é a linguística missionária Africana e especialmente a linguística missionária africana dos países de Angola e Moçambique primeiro por Angola e Moçambique porque são os dois países que mantiveram a idiossincrasia mantiveram a as suas línguas e naturais não não criaram não desenvolveram criolos e portanto mantiveram a
maioria das línguas Ou pelo menos Aquelas que nós consideramos e mais as línguas emangola o quimbundo bundo o choc é o kikongo etc o changana em Moçambique o chungo é o Maua por exemplo ou seja temos obras de feitas e por missionários portugueses algumas dessas obras estão desaparecidas eh não conseguimos recuperar mas outras nós tivemos a sorte de entre bibliotecas privadas e bibliotecas públicas aqui em Portugal Angola e Moçambique de desenvolver este projeto e contratar através desse financiamento programático do cel contratar uma investigadora Júnior que é a professora esra chambal nanoca que foi formada e
fez o doutoramento em Santa Catarina aí no Brasil e que eh eh foi exatamente sobre o changana é falante Nativa do changana e e e tá trabalhando connosco desde essa altura eh uma parte significativa desse trabalho tivemos também a sorte de descobrir que o o arquivo dos espiritanos da província portuguesa da congregação do Espírito Santo eh em Lisboa tinha sido nacionalizada mas não tinha em 1911 mas depois foi devolvida à própria ordem religiosa eh porque houve um diferendo entre o rei de Inglaterra e a e a república Portuguesa e e tiveram que devolver e esse
arquivo começou a ser estudado nos anos 60 em 1966 acho eu e e e e portanto e está muito bem eh protegido está muito bem eh acondicionado e as obras têm sido catalogadas etc não são catálogos públicos e portanto portant por isso é que eu falei em sorte que tivemos acesso a estas obras a este acero Fizemos um acordo eh com a a província os espiritanos a província portuguesa da congregação do Espírito Santo e eh Eles autorizaram noos a digitalizar todas as obras e que estivessem lá ainda que os direitos de autor ainda estivessem protegidos
Ou seja que não tivessem passado os 70 anos após a morte do autor e divulgás os Public ou seja o interesse deles é proteger as obras que lá estão mas divulgar a produção de ciência e a descrição o arquivo é imenso H precisaríamos de vários investigadores se tivéssemos obviamente dinheiro para pagar não temos infelizmente mas tem mais de 26.000 obras de várias áreas não é tudo linguística obviamente mais de 5.000 revistas 708 caixas avulta materiais manuscritos a ponta dos autores etc H por último o último projeto e este projeto começou em 2021 portanto era para
começar em janeiro de 2021 só conseguimos começá-lo em junho de 2021 e vai terminar o seu financiamento agora em 2024 eh porque termina o financiamento vamos pedir prorrogação no projeto do estratégico está como a continuação digamos assim de financiamento para e este mesmo projeto para dar continuidade mas e estamos dependente de fatores externos e de de financiamento externo por último o último projeto que já é de 2022 nós entendemos que eh seria um desperdício estas obras ficarem apenas na posse dos dos investigadores do cé e que não as pudéssemos divulgar para todo o o mundo
eh e e que e não não colocássemos h não colocássemos digamos assim ao dispor de todas as as os investigadores todas as pessoas interessadas e essa mesma obra e então criamos uma aquilo que nós chamamos os monumentos da linguística portuguesa Portugal é monumento linguística que é um um site uma base de dados e já foi em 2022 e portanto quem com três subprojetos que é o Corpus das gramáticas do português o Corpus das ortografias do português e o Corpus da linguística missionária portuguesa Isto é importante e o nosso objetivo é exatamente desenvolver cada uma destas
áreas consoante a disponibilidade eh o e nunca podemos terminar este projeto sem Ou melhor não podemos criar uma nova página sem que haja pelo menos uma obra em que seja colocada lá ou seja Tem que haver uma imagem Tem que haver um PDF da obra h para que os investigadores tenham acesso por exemplo nós conhecemos obras mas não temos nenhum exemplar recolhido não temos nenhum localização de nenhum exemplar etc nas parcerias deste programa nós temos inclusivamente com o cedoc e uma parceria constituída aqui com a professora Cristina ala e a Professora Olga e que obviamente
é uma complementaridade da da de informações que temos nos dois lados e nós começamos numa base de dados que foi com o setl em França e h e e portanto temos essa grande experiência nos últimos anos tem na Bélgica a equipa dos do do professor sers que é o relicta e e temos alguns no Japão que neste momento infelizmente está desativada houve problemas houve um ataque informático e não sabemos muito bem o que é que se perdeu nestas bases de dados João Ruiz que tem a ver com exatamente a presença do Portugal no Japão a
presença dos Portugueses e das obras de portugueses no Japão e h mas está desativada neste momento embora esta parceria continue a existir e Mas não sabemos o que é que vai ser recuperado ou não o professor toyoshima eh está tentar ver como como resolver esta situação por último o outro site em Portugal que é o Corpus lexicográfico do português que está parado desde a reforma do Professor Telmo Verdelho mas está locado à universidade de Aveiro e ainda tem dados muitíssimo importantes de lexicografia do português para concluir muito rapidamente eh eu diria que a definição de
de critérios para recompensar cientistas e académicos eh e reconhecer publicamente as suas contribuições não é um processo fácil e muitas vezes não é justo a atribuição incorreta dos créditos é frequentes como vimos aqui por exemplo com o professor Ricardo e devido ao estatuto divergente dos investigadores em termos de notoriedade pública etc e o Robert King mton cunhou o termo efeito Mateus exatamente para designar este princípio que envolve tanto indivíduos como pessoas coletivas por exemplo H um centro de investigação no meu caso de uma grande universidade em Lisboa Porto Coimbra tinha obviamente muito mais sucesso do
que numa pequena cidade como Vila Real nos estudos linguísticos há frequentemente a tendência para atribuir teorias eh aos grandes nomes aos linguistas mais proeminentes e muitas vezes são as ideias as teorias são de colegas mais jovens são de gramáticos anteriores são etc e que teorizaram muitas vezes das questões eh anteriores mas não tiveram a fama e o e o proveito dessa mesma fama e ficaram para a história terminou nos anos 70 o professor carner lançou eh a disciplina linguística historiografia da linguística ou historiografia linguística como redutor ou reduzidamente às vezes designamos também eh e que
tem como exatamente o grande objetivo é Minimizar esse efeito Mateus e atribuir os créditos e as descobertas aos verdadeiros autores e conferir às grandes figuras da história as descobertas de que não foram responsáveis ou seja fazer a correção e fazer a verdadeira história a eh foi o professor kner que criou eh esse termo com a ajuda desse jovem antiquário John benjamins que é grande Editora hoje em dia de livros da linguística e dois antes dois grandes nomes Silvan orru eh que teve o grande papel na na criação da societ de hisar pomologia do ciênci do
linguage e estar rologia Lage revista e Pierre swiggers o mais profundo teórico da historiografia linguística relativamente ao cel eu gostaria de sistematizar as ideias que é eh que tem privilegiado a historiografia da linguística e a linguística missionária como fator diferência doos outros centros de investigação eh tem e promove uma política de acesso aberto eh e tem Desde há 20 anos uma coleção de livros de linguística já com 29 volumes uma coleção de ortóptica missionária africana muito desenvolvido eh e eh o arquivo praticamente fechado da nossa parte da província portuguesa do Espírito Santo e por último
para finalizar mesmo o Corpus gramatic gráfico do português o Corpus ortográfico e corpos linguístico missionário nesse grande projeto que se chama eh monumentos da L linguística Portuguesa ou em latim Portugal e a monumento linguística Muitíssimo obrigado e pela vossa atenção e passo a palavra muito obrigado Professor Gonçalo por essa palestra que demonstra toda a extensão de pesquisas que vem sendo desenvolvidas em Portugal e que muito nos interessam aqui no Brasil muito obrigado pelo aceite né de ter participado na nossa mesa abrilhantando a nossa tarde Eu que agradeço vamos convidá-lo novamente ao final da sessão para
fazermos um pequeno debate eu gostaria de passar a palavra agora ao nosso último palestrante o Professor Francisco Vieira seja bem-vindo Francisco Boa tarde Leonardo escuta Boa tarde escuta bem agora tô te ouvindo consegue me ouvir Sim também ok então passo a palavra quando você quiser pode iniciar a sua comunicação também Boa tarde pessoal boa tarde a todas Boa tarde a todos É uma honra para mim dividi esta mesa redonda com a professora Cristina Altima os professores Ricardo Cavalier Gonçalo Fernandes e com o professor Leonardo C né que tá mediando o a mesa eh todos os
colegas com os quais muito aprendi e venho aprendendo ainda hoje também né literalmente hoje por meio de seus textos escritos e orais agradeço a bralin nominalmente ao professor Ronaldo de Oliveira Batista que me fez o convite pela oportunidade de compartilhar com vocês algumas ideias em historiografia da linguística E desde que vinam desenvolvendo já H algum tempo no grupo de pesquisa gagel o historiografia gramática e ensino de línguas eh com sede no centro de ciências humanas letras e artes da Universidade Federal da Paraíba a UFPB bom eh a minha fala né Eh eu dei um nome
aqui à fala nessa mesa eh o nome de rede taxonômica e glossário de metermos ferramentas analíticas para uma historiografia dos modelos sintáticos eh essa fala evidentemente está situada na área disciplinar e historiografia da linguística eh entendo né Essa área disciplinar Com base no sers e no kerner como um campo de estudo que investiga a história dos conhecimentos e reflexões relacionados à linguagem e às línguas respeitando os requisitos epistemológicos e metodológicos necessários a escrita de narrativas historiográficas adequadas eh dentro da historiografia da linguística né a fala e essa minha pesquisa que eu que eu venho apresentar
aqui está situada na linha eh de de de nome historiografia da gramatic ografia eh entendida como a escrita da história dos processos e das práticas de produção de gramáticas eh essa essa essa apresentação né Faz parte é é um produto na verdade né do do projeto que eu desenvolvo no fpb eh desde 2020 20192020 de título historiografia da sintase no Brasil teoria Norma e ensino esse projeto eh conta com a participação do pesquisador Carlos Alberto Faraco da Universidade Federal do Paraná membro pesquisador do HG eh e dos eh pesquisadores mestrandos e doutorandos na verdade um
Mestrando e quatro doutorandos no programa de pós-graduação em linguística o proling na UFPB eh os cinco nomes estão aí Anderson Silva Emily Ferreira Fábio Mesquita Mariana Maris e Reginaldo Ponciano eh o o objetivo né geral desse projeto o historiografia da sintasse no Brasil é compreender processos de surgimento desenvolvimento recepção contraposição apagamento e continuidade de modelos sintáticos elaborados no curso evolutivo da gramatic ografia brasileira de língua portuguesa eh então a gente tá situado aqui no nosso interesse é a gramatic ografia brasileira de língua portuguesa e para essa fala eu parto da primeira gramática eh considerada eh
escrita na verdade por um brasileiro né considerada a primeira gramática brasileira ainda que publicada em Lisboa do Antônio Morais Silva o epítome da gramática da língua portuguesa eh tô fazendo essa consideração aqui dessa obra como Pioneira a partir do Cavalier 2014 e se a gente considerar né as ideias do horu eh de Horizonte de retrospecção e Horizonte de projeção eh nós podemos situar essa obra aqui né tanto eh como num Horizonte de retrospecção eh como uma obra Pioneira e e e da gramatic ografia brasileira e de influência da gramatic ografia Portuguesa de autoria Portuguesa dos
três primeiros séculos de gramatic ografia de língua portuguesa e uma obra que projeta também num Horizonte de projeção né que prospecta num Horizonte de projeção eh influências eh eh em relação a outras obras posteriores então tô situando aqui essa linha né no nesse nessa nessa linearidade aqui constitutiva dos conhecimentos gramatic gráficos brasileiros tanto para trás a partir de 15 36 da gramática do Fernão de Oliveira como paraa frente né e posteriormente até 2024 aqui o ano em que nós nos encontramos então a a minha hipótese né de de trabalho é que eu disse isso essa
questão aqui do do Horizonte de retrospecção e projeção porque a minha hipótese para investigar essa gramatic ografia brasileira de língua portuguesa é que uma análise descritiva interpretativa e comparativa dos modelos sintáticos da gramatic ografia brasileira da portuguesa anterior a Mora Silva se configurada a serviço e por meio da elaboração de redes taxonômicas e glossário de metermos poderá caracterizar o horizonte de retrospecção imediato dos primeiros modelos sintáticos brasileiros desenvolvidos a partir do século X bem como possibilitar uma compreensão mais aprofundada da produção circulação e evolução desses modelos os quais ainda não foram suficientemente detalhados em termos
de continuidade so uma perspectiva panorâmica e cereal Então esse Horizonte de retrospecção né para para para selecionar essas obras que que vão compor esse Horizonte de retrospecção e vão ser investigadas eh para fazer um contraponto com a gramatic ografia brasileira nós partimos de um Acervo do nosso grupo de pesquisa o HG de mais de 200 instrumentos linguísticos a periodização antes de mor Silva então a gente tá situado entre os séculos 16 a 18 eh trabalhamos inicialmente com gramáticas e tratados ortográficos e eh elaboramos né uma pré-análise desses instrumentos para observar os saberes sintáticos de caráter
formal e u lógico em graus variados de explicitude e sistematização que poderiam ser caracterizados a partir dessas duas ferramentas que daqui é esse o propósito dessa apresentação que eu vou apresentar a vocês que eu denomino rede taxonômica e glossário de metermos eh então diante dessa pré-análise nós selecionamos eh 12 obras um conjunto de 12 instrumentos linguísticos Tá eu vou ler aqui o ano e e o autor da obra eh 1540 a obra de João de Barros 1619 Amado de roboredo 1721 Maldonado da Gama aí eu tenho aqui a segunda impressão da obra né já de
com o nome contador de argote Gerônimo contador de argote eh eu tenho aqui a sexta impressão da obra de uma obra de 1769 né a sexta impressão de 1788 do João Pinheiro Freire da Cunha eu tenho duas edições do Rei Lobato eh porque duas eu tô indo até o século XVII então tenho a primeira edição que é a de 1770 e a quarta impressão que é de 1797 e temos também a gramática do Bernardo de Lima e Melo Bacelar de 1783 a da Francisca de Chantal Álvares de 1786 do Joaquim Casimiro de 1792 e o
do José Figueiredo e do José Fonseca ambas respectivamente né ambas de 1799 bom E aí são eh três três expressões aqui que eu acho que precisam ser definidas né Para eu apresentar essas minhas ideias de certo modo meta historiográficas para vocês eh uma a primeira expressão é a o o aqui o sobre o que eu me refiro né o que eu me refiro como modelo sintático eh eu defino modelo sintático num texto de 23 eh e digo que é o seguinte né um conjunto de ideias linguísticas relacionadas que abrangem a macro e a micro organização
do que se entende por sintaxe no instrumento linguístico bem como aspectos metalinguísticos e conceituais relativos a categorias propriedades prescrições e relações sintáticas eh esse modelo sintático né a a a nossa ideia aqui que nós estamos desenvolvendo no grupo de pesquisa é que ele pode ser eh tanto analisado interpretado como exibido né então é tanto um produto como um processo é por meio de duas ferramentas analíticas as ferramentas analíticas no caso são tanto produtos como processos para interpretação e execução do modelo exibição do modelo eh uma primeira ferramenta é o que eu denomino rede taxonômica a
segunda ferramenta é é denominada glossário de metermos da rede taxonômica elas estão relacionadas né consequentemente eh então aí eu apresento aqui o objetivo né eu chego ao objetivo dessa minha fala tá de caráter meta historiográfico é o é um objetivo só que é justamente o de apresentar duas ferramentas inéditas e significativas para análise reconstrução sistematização e comparação de modelos sintáticos explícitos ou subjacentes na história da gramatic ografia Ocidental E como eu já disse os dois as duas ferramentas são denominadas de rede taxonômica e glossário de metermos a rede taxonômica é vai registrar né ela registra
gráficamente e exemplifica as relações formais e lógicas entre os metermos que estruturam um determinado modelo sintático capturando sua macro organização e revelando detalhes termin nográfico envolvendo hierarquização classificação e categorização de metermos a rede taxonômica também proporciona uma visão Ampla e abrangente das ideias sintáticas de um autor ou obra destaca minudências e sintetiza informações para tornar as ideias mais compreensíveis e acessíveis né A ao leitor daquela pesquisa historiográfica daquele artigo por exemplo em gramtica historiografia da gramatic ografia e por fim possibilita a comparação né Eh entre eh sobre entre entre modelos da sintase no curso da
história da gramatic ografia por sua vez o glossário de metermos lida com a dimensão conceitual da terminologia e opera uma espécie de adequação nos termos de ker né aqueles três princípios da imanência da contextualização e da adequação de ideias sintáticas do passado a um repertório gramatical comum ao leitor do presente eh o glossário vai permitir o entendimento mais aprofundado e preciso do modelo sintático sobre análise bem como o acompanhamento das transformações das relações entre um termo e um conceito sintático na gráfia de um autor ou de uma linhagem gramatic gráfica ou de um período gramatic
ográfico eh a rede taxonômica consiste assim num importante ferramenta de sistematização da terminologia gramatical da qual a historiografia da linguística e as Ciências da linguagem geral podem se beneficiar bom antes de apresentar aqui um exemplo de rede taxonômica e de glossário de metermos eh cabe dizer cabe explicitar alguns princípios e procedimentos e critérios para a elaboração dessas ferramentas é uma série de de princípios procedimentos e critérios eu trouxe aqui alguns principais primeiro paraa rede taxonômica eh nós trabalhamos aqui com um uma ideia do sers e do do Gomes asenso e do do da Filomena Gonçalves
eh que diz respeito a níveis de referência dos metermos tá então eh baseado nesses nesses dois textos nós elaboramos o seguinte quadro né é uma uma uma extensão do que tá apresentado nesses dois textos para considerar o o o o esses referentes esses metermos desculpa tanto eh em termos eh O que diz respeito esses metermos a que diz respeito a que dizem respeito esses metermos Mas também como eles se relacionam entre si no que eu tô chamando aqui de modelo sintático então em princípio eh nós temos aqui o o metat termo mais característico do modelo
é o que eu tô chamando de unidade né são as unidades as unidades os referentes dessas unidades desse metat termo unidade são classes e subclasses de palavras categorias ou subcategorias sintáticas constituídas por conjuntos paradigmáticos de elementos concretos Então como exemplo aqui eu tenho o ter adjetivo preposição ou sujeito segundo tipo seria o acidente e o referente aqui desse acidente seria traços ou propriedades que se sobrepõem a afetam as unidades Então como exemplos eu tenho número pessoa e caso ainda que o caso também a depender de algumas gramáticas possa ser uma unidade as relações é o
terceiro tipo consistem nas ligações formais ou lógicas entre unidades ou acidentes podem também ser processos ou procedimentos gramaticais como exemplos eu tenho a relação de concordância de Regência e de subordinação o quarto tipo é o que eu denomino de construção as construções são composições entre unidades constituindo outras unidades ou fenômenos sintáticos exemplos voz passiva zeugma polissíndeto o quinto tipo eu venho denominando de dexis são os elementos que fazem referência ao próprio modelo sintático ou a seus objetos ou deicos né se a gente fizer um paralelo aqui entre entre os outros tipos eh então quando eu
a um termo como sintasse né ou como construção e oração podem ser tanto uma a parte da gramática o objeto da sintase no caso a construção por exemplo né e a oração objeto estão aqui nesse nível eh de referência de de nome dexis por fim eu tenho outros outros resíduos né da da da desse desse conjunto de de metermos que diz respeito por exemplo a palavras do vocabulário comum técnico né elementos que não são classificados eh dentro de uma proposta gramatic gráfica como eu tenho aqui na gramática de João de Barros de 1540 o verbo
a e a partícula si bom uma outra um outro procedimento né paraa elaboração da rede taxonômica diz respeito a esse caráter diagramático da rede né e e consequentemente eh multimodal então eu tenho aqui alguns símbolos e a descrição desses símbolos e os seus respectivos significados que vão ser usados paraa configuração da rede e paraa interpretação da rede eh por exemplo um retângulo Preto aqui é um símbolo bem objetivo que significa o autor e o ano do instrumento linguístico já um retângulo cinza escuro é par a parte da macro organização do modelo sintático um retângulo cinza
claro é uma unidade primária ou única de uma construção um retângulo branco é uma unidade ou um acidente uma unidade secundária um acidente secundário de uma construção quando a esse tracejado significa facultatividade ou suposição daquele constituinte por exemplo naquele projeto gramatic ográfico sintático um retângulo cinza escuro com borda arredondada significa um objeto ou unidade de análise já um retângulo cinza claro é uma particularidade com borda arredondada é uma particularidade descritiva ou normativa do modelo um retângulo branco de borda arredondada é um é um acidente Isso aqui é uma espécie é é uma legenda né funciona
como uma uma legenda paraa leitura do modelo tá tem mais alguns símbolos aqui que mostram as relações esse primeiro aqui na verdade o tracejado eh trazem exemplos tá das construções das unidades e aqui são as relações uma seta bilateral significa uma relação formal ou lógica entre as unidades uma seta bilateral tracejada é uma relação facultativa entre as unidades uma linha com círculo nas pontas é uma relação de subclassificação ou de subcategorizam uma uma relação evidentemente hierárquica entre unidades acidentes eh uma linha tracejada significa equivalência e esse círculo Branco numerado uma enumeração de tipos ou regras
por fim ainda na legenda aqui eh nós trabalhamos aqui com Oito Cores e elas essas cores significam né uma um uma unidade um acidente uma ção semelhante ou um exemplo semelhante à ideia de um dessas dessas vamos chamar de funções sintáticas eh eu tô usando aqui a terminologia da ngb da nomenclatura gramatical brasileira ainda que por toda a história da gramática essa terminologia não é a que aparece nas obras né muitas vezes não é a que aparece nas obras eh mas quando há uma ideia semelhante a de sujeito a gente usa esse círculo Azul adverbo
esse círculo Amarelo a a de complemento verbal esse cículo verde rosa adjunto adverbial verde limão orações coordenadas aqui estão as orações complexas vermelho os as horas as orações subordinadas substantivo laranja subordinada adjetiva e roxo lilá oração subordinada adverbial bom E aí vamos apresentar aqui né o exemplo de rede taxonômica e de glossário tá de metro termos a a eu peguei aquelas 12 obras 12 ou 13 obras agora eu não me recordo a quantidade eh gramáticas né ou um tratado normativo acho que tem um ou dois tratados normativos de língua portuguesa que trazem modelos sintáticos explícitos
ou subjacentes né na imanência dessas Fontes E aí a primeira delas é a do João de Barros é ela aqui que eu vou mostrar tá que eu selecionei para mostrar a vocês uma gramática de 1540 né O Jão de Barros Gram português do século X eh faleceu em 1570 bom eu vou mostrar aqui partes do do da rede taxonômica e depois eu mostro o quadro todo né a configuração toda da rede tô mostrando em partes Porque como fica tudo muito miúdo muito pequeno não dá para ler né a não ser num papel então na projeção
aqui de fato eu tenho que fazer mostrar isso aqui em partes Depois eu mostro como fica isso diagramado como um todo né uma espécie de registro mesmo fotográfico das ideias sintáticas daquele autor daquela obra então tenho aqui olha eh o o a a o o a unidade né a parte da gramática chamada sintasse ou construção no João de Barros e aqui os seus objetos que é a construção e a palavra essa sintasse vai se dividir em concordância o Regimento como é próprio das gramáticas latinizados menos até o século XVII né nas gramáticas de língua portuguesa
a concordância é apresentada em regras Gerais e o Regimento é apresentado em regras particulares e acidentais vamos aqui às regras de concordância o o João de Barros entre outros gramáticos posteriores a ele né isso uma tendência dessa dessa gramatic ografia de língua portuguesa recente apresenta a concordância em quatro regras né são ela são são essas as regras a a concordância de nominativo com o verbo de pronome com nome substantivo de nome substantivo com nome adjetivo e de nome antecedente do relativo com nome relativo aí aqui tá os que estão os acidentes né dessas desses dessas
regras de concordância e aqui embaixo tracejado aparecem exemplos extraídos da própria obra gramatical já o Regimento se dá em mais de quatro regras são cinco regras então eu tenho aqui a primeira regra do Regimento que é a regra do Regimento do verbo né então aqui eu tenho alguns tipos de verbo né os verbos aqui se bifurcando em verbo pessoal verbo impessoal o verbo pessoal verbo transitivo verbo neutro e o verbo e o verbo impessoal aqui se se se bifurcando na voz passiva e desculpa e aqui consequentemente os os os termos aqui né que estão sendo
regidos por esse verbo no caso aparece aqui é o caso ele deixa de ser um acidente passa a ser uma unidade né então eu tenho aqui a ligação entre o verbo transitivo por exemplo e um gen verbo transitivo e um dativo ou um verbo pessoal transitivo ativo com um acusativo mais dativo e toda essa relação essas relações sintáticas aqui né ainda que no campo de vista mais formal do que lógico vão sendo apresentadas nessa rede configurada eh a partir das ideias que estão na obra do João de Barros aqui eu tenho a a regra do
Regimento do nome e eu não vou ler evidentemente por uma questão de tempo aqui a regra do Regimento do vbio a regra do regimento da preposição e da interjeição né então são cinco classes cada um comos seus casos específicos com os seus exemplos também respectivos aí se a gente prestar atenção se eu pego a regra de concordância um do João de Barros com a regra de Regimento um ainda que a oração não seja isso vale para qualquer gramática latinizada ainda que a oração não seja um objeto encarado na sua dimensão lógico-semântica na sua dimensão proposicional
o foco vai est nas relações formais entre as partes do discurso ainda que não existe essa análise da oração enquanto unidade né proposicional nós conseguimos reconstituir a eh embora de modo subjacente mesmo a obra a ideia de oração vocês acho que vocês não vão lembrar mas eu recapitula aqui aqui estaria um sujeito né em potencial o verbo aqui a parte amarela os complementos aqui em potencial e aqui um adjunto adverbial em potencial que seria um complemento do verbo neutro que o próprio João de Bard diz que é algo opcional né aqui eh tá o tracejado
indicando isso então essa reconstituição e o que pode ser feito né eh eh nas gramáticas posteriores no século 16 17 18 e é um ponto de partida pra gente entender posteriormente nas gramáticas brasileiras como essa oração passa a ser tratada como foco e não mais como algo resultante das relações de um lado formais de concordância e das relações do outro lado formais de Regimento para finalizar essa essa apresentação aqui da sintae de Barros por meio dessas partes da rede taxonômica que eu estou mostrando e comentando muito brevemente para vocês eu tenho o que ele chama
de figura e vício né com base lá no na gramática de língua casteliana do neb são os mesmos vícios figuras aqu ele denomina solecismo o Antonio neb tem até mais vícios em termos quantitativos mas todos que tem aqui tem lá e osmos tem como como objeto né de de análise a conu s a cláusula ou a palavra essa esse esse essa lista de socos não tá na sintase propriamente dita né que se divide em concordância e Regimento isso aqui são irregularidades irregularidades sintáticas algumas delas encaradas como legítimas né Eh e outras não como como eh
movimentos eh eh sintáticos condenatórios então eu tenho aqui uma lista né Eh dezenas de solecismos tá E aqui com os exemplos evidentemente não vou ler todos só quero destacar aqui essas cores porque ainda que as orações complexas não sejam tema da gramática de João de Barros e ainda que as orações complexas continuem não sendo tema nas gramáticas posteriores de Língua Portuguesa pelo menos até século XVII essas essas estruturas né ou construções vamos chamar assim eh São exemplificadas né por meio Desses desse esses tipos de solecismos de solecismo então aqui em verde eu tenho estruturas que
se assemelham ao que a gente entende hoje por coordenação eh em laranja eu tenho estruturas que se assemelham ao que a gente entende hoje por estruturas relativas né orações subordinadas adjetivas e aqui também laranja e verde limão né subordinadas adjetivas e coordenação tá aqui é a lista dos solecismos bom E aqui finalmente eu disse a vocês tá muito pequenininho Mas se a gente eh quando isso aqui é publicado numa folha de ofício um tamanho A4 dá pra gente ler eu já fiz o teste né e eh a gente tem aqui a representação diagramática da rede
completa então eu percebo aqui a a sintasse dividida em concordância e suas regras Regimento e suas regras essa ligação aqui olha que H entre a regra tipo um do da concordância e a regra tipo Tipo dois do tipo um do Regimento né Tá elas são equivalentes aqui em termos de de existe uma equivalência aqui entre essa unidade verbo e essa unidade verbo aqui o verbo como elemento que rege esses termos e o verbo aqui como um elemento que concorda com o nominativo e a gente consegue perceber aqui as bolinhas né a a a a a
oração as unidades que compõem a oração em potencial e aqui do outro lado Tom solecismo né numa lista aqui bem exaustiva bom são 75 metermos né aqui a gente tem 75 metermos uma coisa interessante é o que a gente pode fazer com essa com essa com essa descrição né a gente pode eu já estabeleci aqui com vocês alguns gestos interpretativos poderíamos fazer outros eh podemos também fazer relações com o o nosso presente gramatic gráfico por exemplo e esse 75 metermos né 33 ou seja 44% deles estão presentes na na nomenclatura gramatical brasileira e em gramáticas
normativas atuais né então por exemplo gênero interjeição pessoal pleonasmos leps transitivo né uma boa quantidade só que 35% ou seja 26 metermos ainda que ausentes da ngb estão presentes em gramáticas normativas atuais Então a gente tem aqui 79 dos metermos dessa taxonômica de João de Barros né gramático português de 1540 ainda tá muito atual no que a gente entende por conjunto de metermos quando a gente pensa em gramática da oração né eh não só na ngb nas gramáticas tradicionais mas a gente sabe que é uma naturalização desses termos tanto na linguística contemporânea nas propostas de
ensino de gramática eh nos livros didáticos né em outros instrumentos e e e espaços de formação e apenas 16 desses metermos ou seja 21% estão ausentes da ngb e das gramáticas normativas atuais sendo todos tipos de cismo tá nenhum daquela parte mesmo envolvendo sintase Regimento de concordância está ausente bom eu tenho aqui né dando continuidade os princípi alguns princípios pouquíssimos aqui princípios procedimentos e critérios pela elaboração das Ferramentas eh do caso da ferramenta glossário de metermos né o que em que consiste essa ferramenta eu já disse para que ela serve e aqui eu vou mostrar
aqui alguns algumas decisões que precisaram ser tomadas para elas serem com construídas para ele né Desculpa o glossário de metermos ser construído o primeiro a primeira questão né o primeiro ponto o glossário ele vai ser um produto mais explicativo que definicion né a gente pretende com ele dar uma visão mais elucidativa dos metermos do que apenas reproduzir a definição o conceito do João de Barros por exemplo né ou de um outro autor e nós trabalhamos com a ideia né entada em suig de conteúdo focal e conteúdo constativo dos metermos o que isso significa o metermos
o o sentido do metat termo não reside em si né reside na relação com outros metermos dentro daquele modelo eh trabalhamos com com a elaboração de verbetes a partir da relação em rede com os outros verbetes e de comentários direcionados ao leitor do presente né nessa ideia de ser lucida e de ele ser um instrumento em que o princípio da adequação seja operado ainda que a gente eh tenha muito cuidado para não cair em anacronismos né ou ou em falsas eh interpretações assim falaciosas por meio de nosso olhar do presente a preservamos a grafia original
dos metermos dos exemplos e das entradas dos verbetes e sempre acompanhadas por suas grafias atualizadas essas entradas quando há né às vezes esse termo se perde na gramatic ografia portugues e não tem uma atualização e são o caso por exemplo daqueles 16 termos que estão ausentes né da da ngb e das gramáticas tradicionais alguns daqueles 16 termos eh incluímos metermos mencionados em outras partes da obra que não estão na parte dedicada a sintasse mas que servem para explicar as as ideias sintáticas do autor fazem parte de fato dos seus modelos sintáticos e excluímos metermos que
são mencionados apenas retoricamente ou seja são termos que não fazem parte das análises metalinguísticas ou das regras normativas apresentadas pelo autor eles estão lá na maioria das vezes para dizer olha a gente Pens isso aqui né na numa tradição gramatic gráfica mas não vamos usar isso aqui nesse nosso modelo sintático ainda evidentemente que eles não digam isso desse modo né Eu tô aqui atualizando para vocês bom E aqui eu trago Cinco exemplos de de de de verbete né do do glossário o verbete são 75 metermos do João de Barros por exemplo então verbete número dois
que diz eh quarto acusativo é o quarto caso dos nomes o os demais são nominativo genitivo dativo vocativo e ablativo na qual se põe a coisa feita ou amada a a posição verbete número 12 diz espécie de solecismo que quer dizer justa posição ocorre quando juntamos dois nomes substantivos sem conjunção em que um expõe e declara o outro um outra um outro verbete seria o de Concord uma das divisões da construção a outra é o Regimento conveniência de duas dições que se correspondem em número gênero caso e ou pessoa de acordo com regras gerais eh
um outro verbete aqui que eu trouxe para vocês é o verbete de sintasse uma das quatro partes da gramática as outras são ortografia prozia etimologia tanto Corresponde à construção quando quanto trata dela e por fim um último exemplo seria o verbete transitivo né verbo pessoal que quer dizer passador Ou seja que passa sua a outra coisa ao contrário do verbo neutro pode reger diferentes casos Então veja que dá um um um um uma um elucida realmente o que é aquele verb aproveitando as ideias eh explicitadas naquela obra gramatic gráfica né respeitando aquelas ideias na sua
dimensão focal e contrastiva mas também eh incorporando a voz do historiógrafo para dar clareza para o leitor do presente então aqui evidentemente ninguém vai ler isso tá muito pequenininho é o goá Né coni 75 termos então para finalizar né Eu acho que já avançamos aqui no tempo um pouco eh trata--se né de duas ferramentas a rede taxonômica glossário de metermos São duas ferramentas produtivas para análise reconstrução sistematização e comparação de modelos sintáticos split ou subjacentes na História da gramtica Geografia ocidental eh A análise gramatic gráfica né que eu apresentei aqui e estou ciente que é
uma análise gramatic gráfica ou termin gráfica monográfica ou isotópica nos termos do sers mas nós estamos desenvolvendo né E já concluímos algumas análises do tipo comparativa e contrastiva né quando a gente faz o cotejo e a contraposição entre modelos sintáticos no caso o do Barros com de um outro autor ou de autores que não são Barros né Eh e como produtos de médio e de longo prazo nós temos três frentes aqui de trabalho né primeiro pretendemos elaborar uma síntese de alcance hermenêutico da sintaxe dos três primeiros séculos de gramatic ografia portuguesa por seu prenúncio da
gramatic ografia brasileira as redes taxonômicas Todas aquelas obras que eu apresentei no início já foram feitas eh faltam os glossários um segundo produto é um desenvolver uma história longitudinal dos modelos e da terminologia tática Luz Brasileira e um terceiro produto né mais de longo prazo seria um dicionário da evolução né dos metermos né Eh que estão presentes nesse modelo né que constituem esses modelos aqui estão as referências que foram citadas nesse nessa apresentação eh tanto as referências met historiográficas né teóricas quanto as duas obras a do Barros eh e a do Morais Silva né as
duas gramáticas e aqui estão os nossos contatos para eventuais eh eh dúvidas ou comentários ou enfim qualquer tipo de comunicação né o meu e-mail e o perfil do nosso grupo de pesquisa no da rede social Instagram o HG Obrigado Leonardo é isso obrigado pessoal pela audiência Muito obrigado Francisco Eu que agradeço né por essa palestra nós tivemos hoje mais do que um uma mesa redonda nós estamos tendo um simpósio né parece um simpósio realmente de Congresso com essas grandes apresentações né que vem sendo desenvolvidos eu gostaria de convidar agora os demais membros da mesa também
de volta né paraa nossa paraa nossa fase de debate de conversa com o público né Eu não tô acompanhando aqui o chat né do YouTube mas acredito que tenhamos algumas perguntas tenhamos alguma né alguma comunicação a ser feita né com com os nossos espectadores mas eu tenho aqui umas perguntas que me foram enviadas pelo nosso colega o professor Ronaldo que não pode estar presente hoje né na mediação da mesa Então primeiramente né gostaria de agradecer e parabenizar né todas as quatro apresentações nós tivemos um simpósio historiografia linguística que ficará registrado aqui para sempre no canal
do YouTube da bralin e será referência né pros novos pesquisadores que nos assistem que chegam na área né para pesquisar na área e eu vou eh transmitir essas perguntas né feitas pelo Ronaldo que ele tava assistindo aqui comentou né Eh Ricardo tá tá retornando né então vou seguir a nossa eh ordem a primeira pergunta é para Cristina né Eh o Ronaldo pergunta né que de acordo com a sua apresentação dos pontos centrais a serem colocados na na pesquisa da historiografia linguística é a questão do da metalinguagem pensando na formação de novos historiógrafo na sua argumentação
a respeito da atribuição de estruturalista para sair de ali eh a seria eh as narrativas que atribuem esse epíteto né de estruturalista pro sair de ali Elas são anacrônicas né Elas poderiam ser consideradas anacrônicas pelos pesquisadores ou os novos pesquisadores que vão adotando essa terminologia de estruturalista pro S ali né Essa a pergunta do Ronaldo Cristina Cristina seu áudio por favor desculpa eu diria pros jovens pesquisadores que essa minha fala pelo menos foi a minha intenção foi chamar a atenção para que primeiro não se repitam opiniões anteriores mesmo que sejam de Matoso Câmara sejam céticos
aqui também não é porque Matoso Câmara disse é que é né ou ele diz como ele chegou a essa conclusão ou Isso deve ser lido como uma opinião Claro não uma opinião qualquer trata-se de Matoso Câmara mas o historiógrafo tem que ter consciência da diferença entre opinião entre resenha e entre pesquisa em historiografia quer dizer a pesquisa em historiografia requer que você examine uma teoria um método de trabalho o que for né um produto qualquer do Engenho humano sobre o conhecimento sobre a linguagem e as línguas em primeira mão e em primeira mão significa examinar
esse objeto numa primeira abordagem num primeiro momento em consonância com o seu momento de emergência o seu momento de produção o seu momento de fazimento me permitam neologia é o princípio da contextualização do cana justamente né Isso é absolutamente necessário então a dificuldade que eu coloquei Nessa fala diz respeito a dupla dificuldade do historiógrafo no sentido de que quando esse historiógrafo vai revisitar o cânone da tradição de pesquisa ou de um objeto dessa tradição que me interessa Eu usei o Sali para isso ele precisa ter consci que ele tem pelo menos duas camadas entre ele
sai dali a primeira camada é do que naquele momento foi definido como o cânone de sair dali quais serão os materiais a serem observados naquele momento ou no momento contemporâneo a sair AL como isso foi percebido eventualmente avaliado se ele for pensar por aí E ainda as interpretações canônicas sobre o cânone quer dizer ele tem entre eles leituras que o que o tempo consagrou por razões diferentes em cada momento e que se interpõe entre o seu objeto e a sua pesquisa claro que como pesquisador ele não está mais isso vamos imaginar o jovem historiógrafo de
hoje ele não está exento de transferir também os valores sociais e cognitivos do seu tempo vamos dizer de 2024 em cima de um texto de sai dali de 2000 de 1920 ou de 1895 Qual é a saída então a saída então é você ter consciência disso e explicitar isso na sua narrativa que nem eu fiz hoje rapidamente com Matoso Câmara quer dizer Matoso Câmara evidentemente projeta um valor social em cima da perspectiva evolucionista dos neogramáticos quer dizer matosu Câmara ele emerge dentro do estruturalismo né Eh eminentemente descritivo que se contrapunha a todo o conhecimento anterior
feito eh em cima de uma filosofia positivista e pela escola alemã né quer dizer eu eu poderia desenvolver esse tema mas eu eu eu vou parar por aqui né mas eu indico por exemplo eh a a vários textos que eu escrevi esse respeito reunidos sob o título de a Guerra Fria estruturalista publicado há dois anos atrás pela Editora parábola em que essas essa questão do estruturalismo é colocada né não é senal mais recentemente que eu tenho me voltar do século XIX Então esse é o ponto tudo bem que a metalinguagem a meta linguagem faz parte
do trabalho que Conrad k chama de filológico você tem que respeitar o texto também aí né quer dizer nós sabemos o que era democracia em 1930 não é democracia para hoje e eventualmente o que for sentasse lá não é sentasse hoje por aí vai agora eh a questão é o historiógrafo Pode até ser ingênuo o que não pode é não explicitar no seu texto que ele tá sendo ingênuo vamos dizer assim que ele diga eu sigo aqui a opinião de Matoso câmara e tento demonstrá-la através de sabe ou então eu não sigo eu me contraponha
ou então eu faço uma proposição nova etc etc e tal é uma armadilha se me permite só mais mais uma oportunidade já que eu tô na bral comga de de velhíssima o que o Eduardo Vieira colocou hoje eu achei muito bom né quer dizer a partir desta ou daquela literatura ele expõe o modelo dele e ele AC embaixo né Eu gostaria de aproveitar essa oportunidade Nessa altura da minha vida eu fui apresentada já mais de uma vez não não hoje por você Leonardo mas como a grande divulgadora grande no sentido de divulgadora da historiografia Tal
Qual con cner e Pierre sers de fato fui aluna dos dois orientada pelos dois não poderia ser diferente mas o que eu tenho falado desde então desde a década de 90 até hoje passa pelo meu crio pessoal passa pela passa pela minha ideia passa pela minha elaboração passa pelas minhas proposições e nesse sentido São mais de 30 anos né de proposições de ideias etc etc e tal então embora eu tenha eh o cuidado de citar sempre as minhas Fontes é preciso eu gostaria que os jovens de hoje não percebesse isso eh ingenuamente Leon ker ou
Leon swiggers também através de Christina altman que tem refletido sobre a linguística eh historiografia linguística no Brasil eh a desde então Eh nesse sentido eu queria parabenizar essa atitude do Vieira faz você muito bem antes que você seja com você seja etiquetado como divulgador de alguém Sim claro também mas não só né Eh e Ricardo Eu gostei demais da sua reflexão sobre a tradição racionalista ela vem completar um pouco a a leitura ainda superficial que eu fiz do período dito científico positivista e Gonçalo muito obrigada por nos dar o estado da arte da historiografia Contemporânea
né Eh eh especialidade essa que eu me dediquei esses anos todos bom me alonguei um pouco né Mas juro que foi a última vez fala Leon Muito obrigado muito obrigado Cristina realmente essa visão né da diferença entre o pensamento de Matoso para o pensamento sai de ali vai ser aquela reflexão realmente historiográfica né esse caminho ficou muito bem demonstrado na sua palestra a próxima pergunta né uma pergunta que também enviada pelo nosso colega Ronaldo é para o Ricardo né sobre Justamente a Ronaldo nos acompanhou né É sobre a questão da das orientações gramaticais destaque né
do Brasil do século XIX né Principalmente da da chamada gramática racionalista então o Ronaldo pergunta como que se operou né Essa a descontinuidade desse modelo gramatical no Brasil racionalista né houve uma grande ruptura né houve uma passagem para um outro período histórico foi Foi algo que foi muito bem delimitado ou foi um processo mais complexo né já que essa gramática racionalista ela influenciou tanto o pensamento linguístico no Brasil é a pergunta do Ronaldo Ricardo é o Ronaldo como um excelente amigo só faz perguntas difíceis né responder eu essa pergunta eh dialoga um pouco com o
conceito de pioneirismo né porque nós temos um certo hábito quando estudamos qualquer disciplina n em plano histórico de conferir pioneirismo de novas ideias né né paradigmas a quem primeiro publica então no caso por exemplo do estruturalismo como bem agora expôs a nossa Cristina o Matoso é sem dúvida considerado né o nosso introdutor do estruturalismo que ele inclusive nem usava esse termo ele preferia chamar linguística descritiva né mas aí eu me pergunto que o Será que foi o o próprio Matoso que recebeu as primeiras noções sobre as ideias sanas né quer dizer ele foi diretamente à
fonte ou será que ele recebeu essas informações indiretamente nas atividades que ele exerceu por exemplo no âmbito da arquitetura ou no próprio âmbito da sociologia ele foi estudou direito Eh Ou será que eram conversas entre colegas no âmbito da Universidade do Distrito Federal então subitamente Alguém disse a ele olha tem um norte-americano aí chamado sapir com umas ideias interessantes e na realidade o pioneirismo a Rigor fica Por conta desses que trazem as ideias mas não publicaram né então no caso da do século 19 o que nós temos documentalmente é um livrinho de uma de uma
coleção que foi dedicada à difusão do conhecimento científico né que na época eles chamavam de vulgarização da ciência e um livrinho do Júlio Ribeiro intitulado traços Gerais de linguística E e esse é o primeiro documento que nós temos com a o a linguística evolucionista alemã toda ali ele um capítulo inclusive com em que ele descreve a a presença a o setor do cérebro em que a língua estava armazenada na época como se entendia na época e esse livro surge subitamente Em 1880 numa época em que estavam ainda em em fazendo grande sucesso nomes como Ernesto
Carneiro Ribeiro como Augusto fre da Silva vendi muita gramática né próprio eh Sotero dos Reis quer dizer no plano do ensino essas gramáticas mantiveram prestígio até o final do século pelo menos tanto que a gramática do Eduardo Carlos Pereira que é do início do século XX cita nominalmente vários desses racionalistas entendeu então eu acredito que o o a linguística que a gente costuma chamar aqui quer dizer o movimento que costumamos chamar de eh gramática científica que é um termo que que os próprios linguistas da época usavam por causa do clima de cientificismo não é do
final de século eh essas ideias não estão não foram introduzidas evidentemente pelo Júlio Ribeiro naquele livro quer dizer ali já é uma consequência entendeu é uma consequência das conversas na Rua do Ouvidor não é das conversas da do escritório da livraria Garnier entendeu E agora saber quem efetivamente leu o schleicher troue a ávore genealógica das línguas e apresentou a Rapaziada aqui do Rio de Janeiro naquela época temos que investigar entendeu mas o o nosso hábito é efetivamente dizer olha o pioneiro da linguística eh eh evolucionista no Brasil é Júlio Ribeiro porque Ele publicou Aliás o
meu o nosso Gonçalo que está aí ouvindo quietinho me emprestou o o TR Gerais de linguística entendeu eu e disse assim olha eu empresto mas com quatro testemunhas aqui aí as quatro testemunhas assinaram que ele me emprestou aí eu retornou e claro pois é Ainda bem que você disse que eu retornei né para manter a minha probidade científica Mas é isso eu eu questão da paternidade eu acho que quem falou foi o próprio Gonçalo né no na sua intervenção que é uma das funções da da historiografia né quer dizer encontrar o pai correto das grandes
ideias porque o quando o filho é bonito ele tem muitos pais agora então com essa história aqui no Brasil de multiparentalidade né de paternidade afetiva e coisa que o vale aí é que não falta a gente para ter ser pai de boas ideias né E então o Júlio Ribeiro fica como grande introdutor dessas ideias Mas não foi nada de ruptura porque eu eu não acredito em ruptura sabe dessas né o sempre haverá alguém com um pé aqui e outro lá que é o que faz a ponte né É o que tem mais leitura é o
que consegue fazer eh eh inferências né é o que lê e percebe que aquilo ali valeu alguma coisa porque às vezes a gente lê uma coisa nova e acha isso aqui não vale nada aí não leva adiante Então esse indivíduo que infelizmente é um desconhecido nosso é que trouxe a virada no século X do racionalismo para o cientificismo é mais um processo de transição gradual mesmoo cultura perfeito muito obrigado Ricardo fica essa resposta para principalmente pros novos pesquisadores que vão nos acompanhando nessa Live você vê só para complementar um minutinho no o caso de gerativismo
no Brasil quando a gente fala em pioneiros de relativismo no Brasil o nome logo que surge é Miriam lanley né agora por que Miriam lanley porque ela publicou uma nem me lembro se bem foi uma tese dela de doutorado ou mestrado mas aquele análise sintática que tinha bases do dos dois primeiros modelos da gerativa ali né mas a miram Len certamente já conversava sobre gerativa lá na UFRJ com muita gente entendendo então é é o mesmo fato que ocorre recorrentemente na História do Pensamento linguístico Ok perfeito Cristina eu gostaria só de apresentar uma outra visão
sobre o ir ismo rapidamente se me permitem né Eh no meu entender vejam bem quem nos Ouve isso é oo meu entender eh a historiografia não tem instrumentos para atingir a verdade dos fatos metodologicamente o que nós fazemos é triangular visões sobre o mesmo fato então a fonte a independente da B independente da C consideram que continuar no exemplo Matoso Câmara foi o introdutor do socialismo de praga no Brasil isso a historiografia pode dizer agora o conceito de verdade tanto história história quanto historiografia linguística ele é extremamente fugidio e se me permitem absolutamente desimportante desinteressante
Quem foi o primeiro a propor aquela ideia ideias são atemporais para começar a ideia de que a minha língua varia no sul no leste V tem nos gregos não sei que século antes de escrito de Cristo Depois tem no século tal no século tal no século tal tem com o Fernão Lopes e tem o primeiro programa serial de investigar a variedade linguística foi do século XX que até se institucionalizou com nome de sociolinguística então o historiógrafo consegue dizer o que deter ada geração em determinado tempo em determinado lugar considerou Pioneiro considerou o estruturalismo considerou o
racionalismo é até aí que nós podemos ir para descobrir a verdade dos fatos nós não temos instrumento não pelo menos em História e historiografia linguística mas vejam bem eu não tô demonstrando ainda é uma posição tomada Face prática de análise historiográfica só para fazer um contraponto obrigada Ok perfeito sim car posso fazer um contraponto aou contraponto rapidinho sim por favor eu concordo Cristina que é até uma luta em Glória tentar chegar à verdade dos fatos embora não Concorde tanto assim que seja tão irrelevante né agora eu vejo como uma função do historiógrafo eliminar a dos
fatos entendeu porque eu são incontáveis por exemplo os textos escritos por por não historiógrafo Matoso Câmara o introdutor da linguística no Brasil né e tantos outros que dizem que a linguística iniciou com s com curso de linguística geral então São pessoas que tem uma restrita da História do Pensamento linguístico e por algum motivo resolvem enveredar por esse assunto nos seus textos e dão informações erradas não é porque você dizer que S iniciou a linguística se você puser linguística moderna aí pelo menos não é já relativiza mas é seria desconsiderar todo o movimento linguístico europeu do
do século 19 né Será que não existia linguística naquela época o Como que o dicionário o dicionário gramatical de João Ribeiro que saiu em 1889 tem um verbete intitulado linguística né então eu acho que é Nossa função sempre que pudermos pelo menos eliminar as mentiras assim olha você não sabe quem é o pioneiro ou não é importante feito agora não diga que o pioneiro é o pioneiro errado né porque que é o indivíduo que tá com recebendo créditos indevidamente eh tudo é uma questão de orientação do método a minha sugestão é que a gente construa
o nosso cânone ou antic cânone em historiografia linguística olhando a consequência e não a origem eu quero dizer quando eu digo que é des an porque a origem não é uma direção produtiva para mim na historiografia linguística a consequência sim então milhares de pessoas atravessaram o rio rubicon mas só quando César atravessa e dá início a uma nova ordem política social etc em Roma é que isso é um fato relevante canônico pro historiógrafo Mas enfim mesa boa entre velhos amigos é assim concordo perfeito não muit muito ricas as as discussões né uma pergunta também pro
professor Gonçalo e pro professor Francisco né Eh o Ronaldo enviou aqui sobre a questão da epistolografia e a pergunta é justamente sobre essa questão né da da criação dos bancos de dados né Eh Gonçalo se ainda é relevante se é uma um método relevante para a historiografia linguística por ex exemplo a edição crítica atualizada né de documentos históricos edições filológicas comentadas se esse tipo de instrumento né que é epist ori ográfico para trazer aos leitores contemporâneos os documentos mais antigos se é é ainda uma metodologia válida né se se seria interessante né para as pesquisas
contemporâneas ainda trabalhar com crítica textual reeditar esses documentos Qual que é a a sua opinião A esse respeito uhum é uma excelente pergunta mais uma vez como diz o professor Ricardo o Ronaldo habituou noos a fazer perguntas difíceis hah é óbvio que eh no na tipologia de edições a edição crítica é aquela que mais mais difícil mais Eh mais complicada que requer mais dedicação durante muitos mais anos nós não fazemos edição crítica nestas edições de nestes dados nós fazemos edições eh semid diplomáticas ou seja nós não fazemos atualização da ortografia fazemos alguma simplificação eh por
exemplo não usamos os estos longos e depois tudo o que tenha a ver com alteração timbrica ou ou fonética por exemplo nós não fazemos alteração nós não fazemos atualização as edições críticas e as edições H semid diip têm muita importância por quê Porque por exemplo os instrumentos informáticos não conseguem ler os os pdfs e muito menos os pdfs antigos ou seja há software específico que faz uma aproximação toume lembrado do transcribes por exemplo tem que faz uma aproximação e é uma tentativa de fazer essa leitura no entanto se nós quisermos ir ao coração do texto
se nós quisermos fazer uma análise eh aprofundada do texto se pedirmos por exemplo dados estatísticos Se quisermos fazer eh isolamento de de de frequências de ocorrências por exemplo Como faz nós temos que ter edições trabalhadas em termos contemporâneos em termos informáticos O que significa no mínimo temos que ter peço desculpa edições semid diplomáticas e isso é fundamental isso é muito importante eh respondendo à pergunta que trouxe a discussão há bocadinho Ricardo e a Cristina ela obviamente é interessantíssima eu não me vou meter nessa questão mas a passagem das verdades pela internet hoje em dia e
que muitas vezes os nossos estudantes é lá que vão buscar os dados e está a falsidade muitas vezes e é perpetuada essa falsidade por isso é que se eu falei lá no no princípio do efeito Mateus eu fiz um teste aqui quando estavam a discutir o tema do introdutor Da Da Da Da linguística e da linguística moderna no Brasil e fui ao chat GPT e fiz o teste e perguntei ao chat GPT quem que foi um introdutor da linguística no Brasil e a resposta foi o introdutor da linguística moderna do Brasil foi Mateus câmara e
eu faço-lhe a pergunta eh eu refaço a pergunta eu perguntei de certeza não foi Júlio Ribeiro e a resposta é politicamente correta eh e ele diz você está correto em levantar julo Ribeiro como uma figura importante na história da linguística do Brasil mas é preciso fazer uma distinção entre diferentes fases da introdução e desenvolvimento da líu no país etc ou seja com estas ferramentas contemporâneas e e que os nossos estudantes vão procurar em primeira mão a mentira muitas vezes vai ser a verdade dos próximos anos e o historiógrafo tem um papel fulcral aí a desempenhar
o interessante Ô Gonçalo é que o o chat GPT respondeu a uma pergunta que você não fez porque você perguntou quem introduziu a linguística no Brasil e ele introduziu um moderna que não está na sua pergunta exatamente né e e mais você poderia ter perguntado a ele o que ele acha o que ele considera moderno Sem dúvida é porque estamos em 2024 sim moderno é o século X contemporânea Muito obrigado Professor Gonçalo pela pela resposta e e é muito interessante que a edição semipa é aquela que pode ser digitalizada né aquela que a a máquina
lê né eu posso fazer um comentário sobre o trabalho do do Francisco que por favor Ricardo ten eu gostaria de fazer rapidamente eu tenho receio de não ter tempo para fazer é que essa ideia do glossário glossário de termos eu acho maravilhosa e eu próprio tive ideia há muito tempo de fazer um glossário de metermos de gramáticas do século X né mas a minha ideia é claro que era totalmente diferente da sua a sua é mais esquemática a minha ideia era apenas facilitar a leitura de textos antigos sim entendeu porque muitos termos muitos metermos de
áticas antigas persistem hoje com outro significado sim e muitos não existem como você apresentou né muitos nem estão na na ngb de que é do século XX mas muitos permanecem e mudam o significado então o leitor que fortuitamente vá a uma gramática antiga lê aquele metat termo com o sentido que tem hoje atribui sentido que tem hoje que é um perigo entendeu Então eu acho que é um projeto muito bom você tá de parabéns por ter levado a cabo Esse projeto aí e tenho certeza que vai dar excelentes frutos Muito obrigado muito obrigado também Cristina
pelo elogio eh obrigado Gonçalo pelo escuta né Eu leio muito você é uma honra na verdade mais uma vez Eu repito isso estar aqui com vocês três e com o cner também eh é isso Ricardo eu não sei ainda como isso vai se concretizar né quando eu penso assim que suporte isso vai acontecer eh ou mesmo quantas gramáticas vão ser precisas né analisar para apresentar essa evolução né esse curso evolutivo dessa dessa semântica dos metermos isso ainda está em processo por isso que dis que é um produto de de de prazo muito longo assim Prazo
Longo né Eh mas eu confio também na ideia e agora ela é referendada aí por você né legitimada pela sua opinião só me dá mais eh vontade e de continuar tá isso é muito importante para para mim durante esse processo aqui de de elaboração desse dessas ferramentas muito bem ok então Francisco uma última pergunta né que acho que a gente já tá eh avançando um pouco na hora né são três horas 14 de mesa eu gostaria de saber Francisco o que você teria a dizer para os novos pesquisadores os novos alunos de graduação de Mestrado
candidatos de doutorado que querem ingressar na área de historiografia da linguística que que você tem queria dizer para eles agora assim depois dessa desse simpósio essa mesa Tão rica que a gente teve tão diversa excelente assim né eu eu diria o seguinte tá eh diante de tudo que a gente Ouviu né diante do que eu venho trabalhando também com os meus orientados eu sou um historiógrafo jovem né de estrada eh e eles mais jovem ainda né eu tenho Doutor Andes por exemplo dentro do proling fazendo trabalho de historiografia da linguística eu diria para eh além
de investir né exaustivamente na coleta de suas fontes primárias não esqueçam das fontes secundárias muito muito muito importantes e quando eu falo em Fontes secundárias não são apenas documentos históricos mas também o material acadêmico né Eh que foi produzido no Brasil em Portugal se você tá dentro de um tema da gramática ental por exemplo em outras línguas sobre aquele tema aquele autor aquela linhagem aquela obra que você pesquisa então é fazer realmente um levantamento com pretensão de exaustividade desse material para que essas ideias não sejam desconsideradas e você consiga enquanto historiógrafo de Formação Entrar na
onda ela em movimento e você conseguir articular a sua interpretação das fontes né primárias H essa essas interpretações que já foram feitas e essas descrições que já foram feitas eh eventualmente da tua fonte ou de fontes correlacionadas à tua tá então acho que esse seria o primeiro primeiro a primeira dica né e e o primeiro primeira primeiro conselho e Outros tantos né assim acompanhar a leitura dos textos met teóricos né fazer isso também de modo sério concentrado eh Então a gente tem o Kern sers o dentro da gramatic ografia o Cavalier né a gente tem
dentro da história daí a professora Alt eh enfim eh ir atrás desses clássicos desses autores digamos clássicos na historiografia da linguística brasileira reunir esse esse material e estudar né não haveria um outro caminho né esse o caminho que eu tento eu venho tentando perseguir né Eh eh e e sempre dizendo aos meus orientados obrigado pela pergunta Ok muito obrigado pela resposta bem então nós tivemos uma tarde né de muito aprendizado uma sessão que particamente foi um simpósio eu gostaria aqui em nome da bralin de agradecer aos membros da mesa de terem aceitado participar a nossa
mesa ficará registrada no YouTube da bralin para quem nos acompanhou é ao vivo pode rever novamente também para divulgar entre os nossos alunos e eh Essa é mais uma atividade que nós temos da comissão de historiografia da linguística e com certeza né teremos próximas atividades e foi um grande prazer né ter mediado essa mesa muito obrigado Ricardo Gonçalo Francisco então uma boa T que agradecemos Obrigado até a PR