Muito bom dia, meus caros! Sejam todos bem-vindos. Peçamos a Deus a sua bênção no dia de hoje.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome.
Venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, hoje e sempre. Amém.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Então hoje entramos no quinto parágrafo do Capítulo 22 do "Caminho de Perfeição", diz Santa Teresa: "Ó miserável mundo, louvai muito a Deus, filhas, pois deixastes coisa tão ruim, onde não se consideram as qualidades pessoais, mas o número de vassalos e propriedades arrendadas; e se estes faltam, logo faltam as honras.
Esta é uma coisa engraçada com que podeis divertir-vos quando estiverdes em recreação. É bom passatempo perceber quão cegamente passam os dias as pessoas do mundo. Imperador nosso, sumo poder, suma bondade, a própria sabedoria, sem princípio e sem fim.
Sem limites, as vossas obras são infinitas, incompreensíveis, um poço sem fundo de maravilhas, uma formosura que traz em si todas as formosuras, a própria Fortaleza. Ó, valha-me Deus! Quisera ter aqui toda a eloquência e sabedoria dos mortais para bem saber como se pode saber, porque tudo é não saber nada neste caso; explicar algumas das muitas coisas que podemos considerar para conhecer um pouco quem é este Senhor, e bem nosso.
Sim, aproximai-vos, pensando e compreendendo com quem ides falar ou com quem estais falando. Em mil vidas das nossas não conseguiríamos entender por inteiro como merece ser tratado esse Senhor diante do qual os anjos tremem. Ele tudo governa, tudo pode; seu querer é operar.
Há, pois, razão, filhas, para que procuremos deleitar-nos nessas grandezas que tem o nosso Esposo e para que compreendamos com quem estamos casadas e que vida havemos de ter. Ó, valha-me Deus! Aqui na Terra, quando alguém se casa, primeiro sabe com quem é a pessoa e o que ela tem.
Nós, já prometidas, não haveremos de pensar em nosso Esposo antes do dia das bodas, em que ele há de nos levar para a sua própria casa. Se aqui não se impedem esses pensamentos, a que estão prometidas em casamento com os homens, por que nos haveriam de impedir de procurar entender quem é esse homem, quem é esse Pai, que terra é essa para onde há de nos levar e que bens promete nos dar, qual a sua condição, como poderemos melhor contá-lo, como poderemos agradá-lo e o que faremos para compatibilizar o nosso gênio com o dele? Para que uma mulher venha a ser bem casada, não há verdade maior que a de que ela procure fazer isso, mesmo que o marido seja homem de condição muito baixa, pois esposo meu será.
Que em tudo vos considerarão menos que os homens? Se isso não lhes agrada, que eles deixem; que vossas esposas o façam, pois estas haverão de viver sempre convosco e terão na verdade vida feliz. Se um esposo for tão ciumento que não queira que a esposa fale com ninguém, seria bonito se ela não pensasse que não queria perdão.
Deixa eu voltar aqui: e terão na verdade vida feliz se um esposo for tão ciumento que não queira que a esposa fale com ninguém. Seria bonito se ela não pensasse em lhe dar esse prazer, ainda mais quando a razão para o forçar e para ele não querer que ela fale com outro é o fato de ela ter de lhe dar tudo o que pode querer. Eis aí, minhas filhas, a oração mental.
Eis aí, filhas minhas, como é necessário entender essas verdades, se quiserdes nutrir esses pensamentos. Enquanto rezais vocalmente, muito bem, mas não fiqueis falando com Deus e pensando em outras coisas, pois isso leva a não entender o que é a oração mental. Creio que o expliquei.
Queira o Senhor que o saibamos praticar também. Amém. Muito bem, aqui Santa Teresa encerra o Capítulo 22.
Aqui novamente ela fala para as religiosas, e especificamente para as religiosas enquanto esposas de Cristo. Mas daqui, nós todos podemos tirar um grande ensinamento, e esse ensinamento é, de certa forma, esclarecido, clareado para nós quando nós jogamos uma luz específica sobre ele. Que luz é essa?
A doutrina da Igreja. E a doutrina da Igreja, as Sagradas Escrituras, o Magistério da Igreja nos ensina muito claramente que o nosso destino final é nos unir a Cristo. Cristo é o Esposo das Almas; as nossas almas tendem.
Elas têm uma tendência natural; elas foram criadas para a união com Deus. No fim, nós viveremos uma união perfeita, profunda, com Deus. Para as mulheres, essa visão da esponsal da Alma, a alma como esposa de Cristo, é um pouco mais fácil; para os homens, é uma imagem, uma metáfora, uma comparação para entender profundamente essa realidade espiritual.
Um pouco mais difícil, né? Quando nós falamos, “mas como assim? ”, né?
Cristo será o Esposo das Almas. Sim, Cristo será o único necessário; ele já é, mas isto se manifestará de forma mais clara, mais evidente. Então, é o que Santa Teresa diz aqui às filhas dela já neste mundo.
Por quê? Porque a vida consagrada, a vida religiosa, a vida em celibato, ela já adianta aqui neste mundo aquilo que será a realidade de todos nós na outra vida, no outro mundo: ser Esposo de Cristo, Esposa de Cristo. Nossas almas serão almas esposas, serão almas que estarão ligadas profundamente numa união muito grande a Jesus.
Só que isso já é possível aqui nesse mundo, nessa vida. Nós temos, aliás, esse chamado, essa vocação para começar aqui. E como nós começamos essa união profunda com Cristo?
Através da oração. Santa Teresa coloca como instrumento a oração mental, que é aquela oração, né, que nós podemos chamar de oração parada, eh, que consiste em falar com Deus. Não se trata aqui da oração vocal, mas você pode começar a oração mental a partir da oração vocal, na medida em que você, na oração vocal, vai falando, vai pronunciando as palavras da oração vocal e vai pensando nos mistérios de Deus.
Pode ser assim, né? Santa Teresa já explicou isso. Mas, preferencialmente, a oração mental deve ser uma oração parada, em que você reserva ali uns minutos, os benditos minutos do seu dia, em que você vai parar e falar com Deus familiarmente, como um filho fala ao seu pai.
Você vai se colocar diante de Deus para agradecer, para pedir, para abrir o seu coração, né? E, é claro que quando começamos a fazer isso, né, e vamos criando o hábito, muitas ações, muitas tentações começam a aparecer. E aí, Santa Teresa compara com o marido ciumento, marido ciumento que não quer que a mulher fale com ninguém.
Na oração, Deus é o marido ciumento, que ele quer toda a atenção para ele, ele quer que olhemos para ele. E essa imagem é uma imagem humana imperfeita que nós usamos, né, do esposo ciumento. E aí, muita gente pode pensar assim: "Mas como Deus pode ser ciumento se Deus é perfeito?
" Nós não estamos falando aqui de um ciúme doentio, estamos falando de um ciúme de amor, de posse, né? E Deus, quando olha para todos nós, ele tem esse sentimento: "Você é meu, é meu filho, me pertence, eu pensei em você, eu desejei você. Então é tempo de estar comigo, de falar comigo.
" Então, nessa imagem do esposo ciumento que Santa Teresa usa, ela ilustra justamente como deve ser a nossa oração. Uma oração atenta, devemos estar com ele, viver para ele, falar com ele. É como é desagradável quando às vezes falamos com alguém e a pessoa não presta muita atenção ao que nós falamos.
Eu me lembro de uma situação de muitos, muitos anos atrás. Minha esposa e eu éramos ainda namorados e ela precisava de um estágio em um determinado local, numa escola, e precisaria falar com a pessoa responsável para poder realizar esse estágio. Seria uma proposta até de um trabalho, né, que poderia depois evoluir para um TCC, né, na área que a minha esposa trabalhava.
E nós fomos até a instituição, eu a acompanhei. E chegamos lá, fomos falar com a pessoa responsável, que estava recortando umas folhas. E ao entrar lá, a pessoa mal nos cumprimentou, mal levantou os olhos e continuou cortando as coisas.
Disse: "Vai, fala o que vocês precisam aí rapidinho que eu tô muito ocupado aqui, não sei o quê. " E a pessoa mal levantou os olhos. A minha esposa expôs o que seria ali o projeto, a pessoa não se deu o trabalho de levantar os olhos e disse: "Ah, não, para nós não interessa, nós não queremos" e "não sei o quê, não sei o quê.
" E aí, aquilo causou uma impressão de um descaso mesmo tão grande, né? Um descaso mesmo, uma falta de. .
. até de respeito, de cuidado, né, que depois de tantos anos nós nos lembramos ainda desse fato, né? Então, quando nós falamos com alguém e não recebemos a atenção devida e somos desprezados, isso nos causa uma marca, uma impressão.
É claro que, independentemente da nossa boa vontade, do nosso tempo, da nossa oração, Deus continua sendo Deus. Nada que nós fizermos de bem ou de mal afetará em alguma coisa o ser de Deus, nós sabemos disso. Isso não vai acontecer.
Mas acontece que o grande mal é feito a nós mesmos. E como, às vezes, nós rezamos de maneira dispersa, sem controlar a nossa, principalmente a imaginação, que Santa Teresa chama de "a louca da casa". A imaginação, se nós deixarmos, ela anda para todo lado, ela se movimenta para todo lado.
É preciso que nós a controlemos. E como nós vamos controlar os pensamentos, a imaginação? Através de um esforço diário.
Todo dia devemos insistir, todo dia devemos nos esforçar para que aquele nosso tempo de falar com Deus seja um tempo de qualidade, para ele. Que estejamos atentos nele, nas coisas dele, que todas as nossas mentes, todas as nossas faculdades da mente estejam voltadas para ele. Agora, isso é possível o tempo todo?
Não, não é possível o tempo todo, seja por conta da nossa instabilidade natural de ser humano, né? A gente é instável. Tem dia que você tá melhor, tem dia que tá mais disperso, tem dia que estamos mais agitados e tem dia que o problema não é nem nosso.
Então, por exemplo, uma mãe com crianças pequenas é muito difícil conseguir esse tempo, essa paz para falar com Deus. É difícil! Uma pessoa que cuida de uma pessoa doente ou em alguma condição especial, não é fácil.
Então, nós devemos falar com Deus, insistir nisso, fazendo o melhor que nós podemos com aquilo que nós temos. Às vezes, você vai sentar para rezar e a sua mente, suas preocupações, os barulhos externos serão tão grandes que os seus 15 minutos de oração vão parecer uma eternidade, porque será muito difícil atravessar esses 15 minutos tentando silenciar o coração. Mas o mais importante para Deus não é se você fará 15, 20 minutos, meia hora de uma oração profundíssima; se fizer, melhor.
Mas, se você não tiver essa condição. . .
Não, for a sua realidade, saiba que os seus minutinhos tentando afastar os pensamentos, tentando concentrar, tentando falar com Deus, mas se forem 15 minutinhos de luta para estar com Deus, Deus olhará para você, olhará pra sua vida, olhará pra sua realidade e acolherá esses minutos, porque Deus verá o esforço. Deus verá o seu desejo de estar com Ele. Vamos pensar: se um ser humano, nossa esposa, nosso esposo, nossos filhos, vendo a correria em que estamos, se paramos para dar atenção a eles um pouquinho, o quanto eles já se sentem valorizados.
Não parou aqui, me ouviu, né? E olha que nossa esposa, nosso esposo, nossos filhos são humanos, pecadores, cheios de defeito e, às vezes, nem nos retribuem o tempo que nós damos a eles. Embora percebam, embora gostem, talvez não retribuam.
Agora, Deus não deixa sem retribuição todo pequeno obséquio de amor que nós fizemos para Ele. E Deus nos paga muito mais do que a gente merece. Se nós damos a Deus o tempo da nossa oração de coração, Deus nos dará muito mais.
Esse é o segredo dos santos, né? Os santos receberam muito mais de Deus, mas receberam muito mais porque fizeram o esforço de dar a Deus o pouco que podiam. Então, que nós, no dia de hoje, pensemos nisso: vamos dar a Deus o pouco que podemos.
Que Nossa Senhora, nossa mãe, nos ajude. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos. Ó Virgem gloriosa e bendita.
Amém. O Senhor nos abençoe e nos guarde. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Hoje a Igreja celebra Nossa Senhora de Lourdes, né? A São a Santa Bernadete.
Que Nossa Senhora de Lourdes interceda por nós. Ela é a Padroeira dos doentes, daqueles que sofrem, que estão nos leitos dos hospitais ou nas suas casas, crucificados com Cristo. Nesse tempo de doença, no dia de hoje, especialmente, vamos consagrar a vida do Tiba nas mãos de Nossa Senhora, né?
O Tiba, eu vi pelas notícias que a Deia foi dando ontem. Então, ele foi operar no dia de ontem. A cirurgia foi bem, e os médicos agora começam um período que é bastante decisivo de observação, né?
48 horas de observação para analisar o resultado da cirurgia que o Tiba fez ontem. Se Deus quiser, que Nossa Senhora o cure, restabeleça a sua saúde e o devolva a sua casa, à sua família, à sua esposa e aos seus filhos. Né?
Rezemos por isso. E, acabando aqui essa nossa conversa, eu vou deixar para vocês fixado aqui o link de inscrição na jornada da história da Igreja no Brasil. Se você olhar os vídeos anteriores aqui do canal ou na minha página no YouTube, no Instagram, vocês vão encontrar o link de inscrição.
Eu vou deixar aqui também, daqui a pouquinho, da jornada de história da Igreja no Brasil. É um evento online gratuito. Serão três aulas que eu darei sobre essa temática da história da Igreja no Brasil, né?
Que é uma história muito esquecida, pouco abordada. Então, eu vou falar um pouquinho disso. É um evento, então, é preciso fazer a inscrição, né?
Espero vocês lá comigo. Fiquem com Deus. Ótimo dia!
Que Nossa Senhora de Lourdes nos guarde e interceda por nós neste dia. Fiquem com Deus. Tchau, tchau.