O que é curar o feminino? - Podcast Curar o Feminino #1

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Anna Patrícia Chagas
Saiba mais sobre as minhas outras mídias sociais! Estou gravando áudios lá no canal do Telegram. Pa...
Video Transcript:
Olá seja bem-vinda seja bem-vinda a gente está começando hoje o podcast curar o feminino eu estou muito feliz nós estamos aqui diretamente da Chácara Santo Antônio na zona sul de São Paulo na sede do Instituto Ipê Amarelo eu estou acompanhada estarei acompanhada em todos os episódios do podcast pela minha amiga minha parceira de vida de trabalho minha grande amiga querida terapeuta sistêmica Cristiane Fonseca mineira que ela faz questão de dizer por favor e diz que sabe fazer pão de queijo agora em oito anos de amizade até hoje nunca fez um pão de queijo imagina quando
ele sair gente pensa ela tem essa conta comigo talvez pela continuar indo para minha casa nessa promessa do Pão de Queijo que eu nunca saio nunca saiu eu tô esperando então na vibe do Pão de Queijo não tem pão de queijo mas tem café a gente começa hoje o nosso primeiro episódio e eu quero falar para você hoje sobre o que é curar o feminino afinal de contas O que é isso vamos falar sobre isso eu tenho estado se você me acompanha talvez você já sabe que eu trabalho com mulheres mais ou menos 20 tá
os anos com pessoas Acho que é 25 anos mais ou menos faz a conta de 2000 3 20 anos só no círculos terapêuticos de mulheres quando você começou comigo Cris 2015 de 2015 para cá a Cristiane teve Acho que todos nós que é vontade de participar desse círculo de mulheres Eu amo a Cristiane é mineira mas ela morava em Lorena onde ela mora de novo né interior de São Paulo que a minha terra natal se tem alguém de Lorena escreve aqui no comentário levanta a mão me conta que você é lorenense também a crisma Lorena
apesar de ser menina mora lá e a gente começou um círculos lá primeiro ciclo foi lá em Lorena é isso primeiro círculo foi em Lorena Olha só gente tu lembrava mais primeiro ciclo foi Lorena depois eu comecei a fazer em Pindamonhangaba São José dos Campos depois fiz outros eventuais em vários lugares do Brasil mas fiz muito nessas três cidades depois comecei a fazer em São Paulo e aí se foram 20 anos e de lá para cá muita coisa aconteceu mas basicamente eu quero trazer para você aquilo que a alma do meu trabalho que é falar
sobre a cura do feminino Então vamos conversar hoje sobre isso Ó vou começar contando uma história para vocês não sei exatamente há dois anos atrás no meio da pandemia na pandemia eu escutei relatos daqueles assim muito muito Dolorosos relatos muito comoventes tanto sobre o quanto as pessoas estavam sofrendo naquele momento como sobre transformação que as pessoas puderam fazer e no meio da pandemia uma mulher mandou uma mensagem para mim Cris no Instagram no Direct falando assim para mim Ana eu tava tomando ansiolítico e eu não conseguia dormir De jeito nenhum Fui ao médico comecei a
Tomar ansiolítico e eu só dormia tomando remédio e eu comecei a assistir seus vídeos e aí o dia que eu comecei a assistir eu fui para o canal do YouTube Comecei a assistir um atrás do outro um atrás do outro atrás do outro e eu comecei a ficar calma e eu percebi que aquilo funcionava para eu dormir e eu comecei é demais né e eu comecei a assistir os vídeos para dormir e assistir os vídeos para dormir a tal ponto que eu tirei o remédio longe de eu estar fazendo qualquer sugestão de que alguém tinha
remédio não é nada disso mas aquilo me pegou assim profundamente eu fiquei muito emocionada aí eu falei caramba se um vídeo serve para uma mulher se acalmar se sentar né para ela encontrar uma maneira de se entregar o sono e aí a gente vai falar muitas coisas sobre isso né entrega para o sono como um momento em que a gente cede ao controle né que é uma coisa que as mulheres gostam muito ter controle você é controladora Cris eu já fui muito muito aquela controladora de deixar escrito na geladeira o que que tinha o que
que você tinha que fazer durante todo mundo na casa todo mundo acaso já foi energia a energia que a gente gasta para controlar não só nossa vida mas a vida dos outros né eu também já fui muito controlador muito muito e observar quando a gente vai cedendo né soltando soltando soltando é observar uma de forma externa as nossas mudanças internas Mas voltando na mulher quando eu li aquilo eu fiquei tão emocionada eu pensei assim Poxa eu queria criar um portal na internet que fosse um lugar onde as pessoas pudessem chegar a qualquer hora que uma
mulher pudesse acordar de madrugada ou ela tá com insônia ela não dormiu ou ela teve uma discussão com o marido dela não tá bem ou ela tá ou coisas mais dramáticas ela recebeu um diagnóstico de que ela tá com câncer com tantas que eu acompanhei e ela pode ir lá e ouvir algo ouvir algo que fale para a alma dela que tenha significado para ela e foi assim que a gente criou o portal coraram feminino e como é que foi isso a gente criou um portal o portal tem uns nove meses você já viu já
a gente criou o portal para as pessoas poderem entrar aí se você quer falar sobre sexualidade tem algo lá né E tem parceiros né no portal e se você quer falar sobre relação com o filho maternidade tem tem textos tem conteúdo tem aulas e foi surgiram os cafés com Ana né que a gente começou a fazer as lives para levar as aulas para o portal Então entendo que hoje hoje a gente tá fazendo uma extensão do portal Claro feminina através do podcast curado feminino e eu acho que aqui Cris a gente vai conseguir falar quantas
nossas histórias histórias de mulheres mas não só falar um pouco da nossa vida de várias aspectos da nossa vida de uma maneira mais alongada mais informal e portanto mais espontânea também mais verdadeira e também eu vou contar para vocês algumas historinhas dos bastidores da Cristiana tem necessidade tem necessidade e me aguarde mas eu acho que isso vai ser de uma riqueza hahaha Então vamos lá então a primeira história que eu queria contar era essa o que que me inspirou a criar o portal curar o feminino o portal existe se você quiser informações você pode mandar
aqui abaixo pedindo informações sobre o portal corar o feminino e todos os textos que tá tem lá e todas as aulas os áudios tem muita coisa lá tem sugestão de leitura e os parceiros maravilhosos tem um monte de sugestão de filmes séries tudo lá muito lá muita coisa boa é uma Netflix e desenvolvimento pessoal e agora nós vamos falar por aqui a primeira coisa que eu preciso falar sobre curar o feminino é que quando a gente fala do feminino eu tô falando do princípio feminino que está presente nos homens e nas mulheres em todos Então
nós não estamos falando sobre Curar as mulheres especificamente uma hora a gente vai chegar lá e vai falar sobre isso nós estamos falando sobre curar o feminino tem um autor jungiano que se chama Eric noiman que ele falava que ao mesmo tempo em que existe um renascimento dos valores do feminino e eu já vou te falar quais são eles ao mesmo tempo que isso acontece as pessoas começam a olhar para sua relação com a natureza com o planeta com as outras pessoas para as relações sociais de uma outra maneira então Quais são os valores do
femininos valores do feminino que estão presentes nos homens e nas mulheres são sensibilidade compaixão capacidade de escuta empatia quando eu consigo me colocar no lugar do outro tem uma vivência que a gente faz né que é você todo mundo tira os sapatos Eu nunca fiz aqui né acho que não eu já fiz como participante todo mundo tira o sapatos e aí as pessoas vão de olhos fechados e vestem um sapato qualquer que não é o dela e as pessoas andam por um tempo aquele sapato que ela que ela escolheu entre aspas né com o qual
ela ela se deparou de olhos fechados foi uma escolha não não Clara né e tem gente que pega imagina tem homem que pega sapato de mulher sapato pequenininho e anda naquele sapato apertadinho e tem gente que anda num sapato grandão espaçoso sobrando nos pés e aí a proposta é a gente pensar como é que é na vida andar com sapato do outro Ai que lindo isso que lindo como que é olhar andar com sapato todo Ai que lindo porque é muito fácil a gente olhar para as pessoas e julgar né ai mas por que que
ele não fez aquilo mas por que que ela fez aquilo só que quando a gente tá calçando o sapato do outro talvez a gente perceba que do lugar do outro ele tem outras possibilidades ele tem outras impossibilidades que eu desconheço ele tem outros medos é um outro contexto tem outros recursos que não são os meus né então isso é empatia então empatia não é só há uma simpatia tem gente que faz uma confusão entre empatia e empatia não é só eu eu sou simpática os seus valores aí eu faço uma carinha boa não é como
é que seria se eu estivesse no seu lugar como seria estar na sua realidade com os seus valores os seus medos as suas dificuldades os seus propósitos de vida etc tem outra coisa o sapato toma o pé na forma do pé e ela sabe andar com esse sapato ninguém sabe andar com seu sapato ninguém sabe andar com os meus sapatos mas experimentar Talvez o sapato do outro na vida pode ser um bom exercício de empatia tem uma outra história também que eu gosto Cristo que eu fazia quando eu trabalhava com psicoterapia tradicional eu não trabalho
eu sou consteladora familiar e já há uma década mais ou menos eu pouco menos um pouco mais eu trabalho com constelações familiares e quando eu era psicoterapeuta tradicional eu era um Guiana eu sempre na primeira sessão eu dava uma cópia um xerox ou xerox não sei como fala eu dava para pessoa que chegava para o cliente que chegava ou paciente né E nesse nessa cópia tava um poema do moreno do Levi moreno que é o criador do psicodrama para quem não sabe que é uma outra linha da psicoterapia das psicoterapias a psicologia e nesse poema
ele fala eu vou tirar os meus olhos e colocar no lugar dos seus e tirarei os seus e colocarei no lugar dos meus para que eu olhe para você com seus olhos e para que você me veja com os meus olhos Talvez seja um desafio máximo da Vida Desafio máximo da vida imagina você olhar para o outro trabalhar dele a partir dele e não a partir de um ponto de vista de julgamento Lembrando que um ponto de vista é a vista de um ponto não é verdade sobre ninguém é só a vista de um ponto
isso é muito importante então nós estamos aqui Falando nisso né estamos falando desses valores do feminino da empatia da compaixão da capacidade de escuta se a gente olhar a relação que a humanidade tem como planeta hoje que é uma relação extremamente predatória exploratória a gente pensa e compreende que nós estamos atravessando milênios de dominação masculina de novo aqui eu não estou falando só dos homens como representantes masculino mas eu tô falando do princípio masculino dentro dos homens e dentro das mulheres então a nossa relação com a natureza uma relação predatória exploratória E se a gente
pensa competitiva e se a gente pensa nos valores do feminino a gente vai falar de cooperação a gente vai falar de fraternidade ou de sororidade essas palavras linda eu não sei se você sabe mas Fraternidade vem de Frater irmão a origem etimológica da palavra sororidade vende soros de irmã então é uma palavra feminina para falar sobre essa Irmandade essa cooperatividade entre as mulheres que é lindo também eu só nomenclatura ela nem é tão falada assim sororidade mas eu acho dentro do Círculo de mulheres dentro dos trabalhos do sagrado feminino quando vai empina acho que a
gente fala muito pouco a gente fala muito fraternidade e sororidade mais do que isso né É mais do que o feminino de fraternidade sororidade é uma rede de apoio entre as mulheres discuta que é exatamente o que a gente faz um círculo de mulheres que a gente vai contar para vocês também né então eu anotei algumas coisas aqui para trazer que eu acho que era muito importante e a primeira delas é essa a gente vem de milênios de dominação masculina né de milênios de patriarcado então toda a nossa cultura ela tá submersa nesses valores do
masculino que são valores do foco do resultado que são muito importantes para nós mas quando a gente tem uma prevalência dos valores do masculino em detrimento dos valores do feminino excluindo os valores do feminino Porque tudo que é do feminino não é muito valorizada é corpo é sentimento é intuição então emoção né quem valoriza isso quando a gente sai de casa vai para escola na educação formal quer valorizado ordem organização inteligência lógica matemática especialidade e língua né capacidade linguística Essas são basicamente as habilidades humanas que são valorizadas que são mensuradas nas provas nas avaliações e
que são validadas como pré-requisitos para dizer que alguém na vida sabe algo para dizer que as pessoas estão aptas a né em todas as etapas no ensino formal e aí se você tem um menino ou uma menina que tem uma grande inteligência corporal por exemplo Talvez ele possa ser considerado ou ela possa ser considerada como alguém mediano Medíocre ou abaixo da Média ou alguém que não sabe fica no lugar de menos um lugar de menos um lugar de desvalorização eu fico imaginando sei lá um desses grandes craques de futebol por exemplo eu fico imaginando uma
grande bailarina pessoas que têm uma inteligência corporal muito acima da média que são grandes gêmeos da bola ou que são grandes artistas e corporais e que não tem um lugar né um lugar para serem valorizados essa inteligência simplesmente não não ocupa espaço essa é uma discussão que quando eu tava na faculdade lá quando eu tava na faculdade mas faz um tempinho que eu sair da faculdade de psicologia quando eu estava estudando a faculdade de psicologia eu já discutia as inteligências múltiplas né então elas coincidem as inteligências que não são mensuradas não são valorizadas elas coincidem
com os valores do feminino né então meditar silenciar escutar inteligência corporal empatia com paixão sororidade é colaboração todos esses valores não são muito reconhecidos na nossa sociedade não são reconhecidos porque o feminino como arquétipo como princípio não não tem ainda lugar talvez eu possa dizer isso nós estamos ainda numa sociedade em transição mas a boa notícia é que esses valores vão reemergindo e esses valores conhecirem também com olhar energético para o outro para a sociedade para o ser humano para natureza para o planeta e todas esses valores da ecologia da ética planetária do reconhecimento de
que nós estamos numa casa comum nesse planeta portanto precisamos todos nós encontrarmos soluções coletivas né Não adianta opa não adianta um país reduzir a emissão de carbono se os outros não reduzem né não adianta a gente cuidar da saúde coletiva em um país quando a gente tem uma pandemia e ela se alastra e todas as pessoas se percebem interdependentes nessa relação com a saúde e cada vez mais a gente vai tendo lições planetárias que nos levam a compreender que a nossa casa é uma casa única esse planeta azul e que a gente precisa cuidar disso
então falar da cura do feminino é falar da do renascimento desses valores lá do fortalecimento desses valores em cada um de nós nas nossas relações e dos grandes símbolos do feminino e até chegar nas mulheres como representantes do feminino você quer falar Cris não eu pensei numa coisa na hora que você fala da pandemia que olha o que acontece com o mundo inteiro quando algo afetam de nós lá do outro lado do planeta lá na China né Ó que que acontece com a humanidade inteira é a nossa é a nossa oportunidade para olhar para um
todo que um de nós todos nós somos importantes para olhar exatamente para olhar para todo para olhar para consciência coletiva a gente entender né que nós somos nós todos estamos absolutamente interligados e a gente pode ver isso hoje na economia a gente pode ver isso de diversas outras maneiras E então falar da cura do feminino é falar da cura do planeta Há quem diga os espiritualistas dizem que nós estamos vivendo o tempo da grande mãe o tempo do renascimento da emergência dos valores do feminino isso é lindo lindo lindo e não e não à toa
e não é por uma simples coincidência mas por uma grande sincronicidade reverberação desse tempo da Consciência do feminino nós estamos vivendo no Brasil e no mundo mas eu vou falar mais do Brasil que a realidade onde eu conheço mais Moro tem alunas em 28 países do mundo nós estamos vivendo profundamente esse momento em que as mulheres se juntam para se curarem que as mulheres se juntam para abrir em espaço para si mesmas então nós vivemos ao longo agora das últimas décadas do último século a gente viveu um tempo de muita mudança no papel das mulheres
no comportamento feminino a gente saiu de casa a gente queimou o sutiã a gente foi para rua a gente foi atrás do nosso lugar ao sol a gente foi atrás de igualdade de termos um lugar igualitário do ponto de vista social que ainda não chegou nós sabemos disso nós sabemos que não temos ainda a equiparação de Salários empresas né de uma caminhada Aí temos uma grande caminhada ainda né um diretor e uma diretora ocupando o mesmo cargo a gente sabe que ele ganha de 20 a 30% em média a mais então não chegamos nisso ainda
porém ocupamos todos os lugares a gente pode ser presidente da república a gente pode ir para a lua a gente pode se astronauta a gente alargou e quando eu falo a gente também vamos lembrar que nós estamos falando das mulheres ocidentais porque isso não é uma realidade para todas as mulheres neste planeta né mas a gente chegou longe e eu quero dizer para você que tá me escutando que eu sou terapeuta Cristiane também nós somos terapeutas eu falo aqui de um lugar que é um lugar de alguém que olha para dentro das mulheres então quando
a gente fala sobre a cura do feminino eu comecei fazendo essa introdução mais Ampla sociológica a gente vai de uma ponta a outra do Extremo da ponta sociológica que é a inserção dos valores do feminino na nossa civilização humana a inserção das mulheres né no mundo na sua atuação e contribuição social e a gente sai dessa ponta que não é a minha é maior contribuição né minha maior especialidade e a gente vai passando por diversas esferas da vida até chegar na outra ponta no extremo interno que é o trabalho psicológico que é o trabalho terapêutico
que é o trabalho de cuidado com as mulheres com as pessoas com o ser humano como terapeuta a minha melhor contribuição é essa então já aconteceu algumas vezes eu estarem em ambientes onde havia trabalhos de lutas por questões de gênero por questões de violência pela atuação social das mulheres e vários momentos já me perguntaram mas você não acha que o trabalho que você faz é um trabalho alienado é é porque porque aparentemente quando a gente fala de sentimento quando a gente fala de subjetividade quando a gente fala do ser humano por dentro é isso é
universal né É um lugar de encontro a gente desconecta um pouco das lutas sociais em alguns momentos a gente desconecta um pouco para poder fazer um mergulho mais profundo e aí isso pode parecer algo que não interfere o que não impacta a ação social das pessoas mas isso não é verdade eu quero te dizer porque porque quando eu faço um trabalho com uma mulher e ela começa a olhar para si mesma de uma forma diferente quantas mulheres a gente acompanhou a Cristo quantas mulheres quando uma mulher vem para um círculo de mulheres Por exemplo quando
ela vem para o portal o horário feminino ela começa a ouvir um vídeo assistir uma aula ou ela começa a falar no círculo de mulheres presencial por exemplo Ela come não tá no presencial Canon online também né Tem um circo de mulheres online se você tá por aí pelo mundo nos assistindo saiba que a gente faz círculo de mulheres online não tem mais barreira geográfica maravilhoso e eu tenho uma história para contar sobre isso mas antes ainda quando uma mulher começa a falar de si e ela começa a olhar para a mãe dela e ela
começa a olhar para o pai dela para os irmãos para cidade onde ela nasceu para as condições emocionais para as condições materiais para as condições históricas culturais espirituais do contexto em que ela vivia ela começa a olhar para vários pedaços da história dela e da Alma dela quando a gente passa na vida por momentos de dor por momentos difíceis a gente vive rupturas né rupturas Profundas Todos nós somos seres que sobrevivemos a mortes e renascimentos rupturas e reconstruções porque a vida humana é assim e quando a gente passa por certas culturas ou certas situações traumáticas
na vida eu digo que um pedaço da nossa alma fica lá fica preso naquele lugar naquela dor naquela história ou excluindo aquela pessoa que a gente não quer falar mais com ela não quer ver a gente não aceita a gente não gosta ou aquela casa ou aquela cidade aquela família e quando a gente começa a olhar para trás de Novo Olhar para quem a gente foi olhar para a história a menina que a gente foi ou para o menino que a gente foi para a história de vida que a gente viveu para a história da
minha mãe do meu pai para aquela família de origem o que acontece é que as mulheres começam a se reconectar profundamente com a essência delas e Elas começam a se empoderar disso de quem elas são então ah eu não sou eu não sou meu corpo não é perfeito meu cabelo não é perfeito sei lá eu não vivo as melhores condições eu não vivo as histórias ou as fotos que eu vejo no Instagram de pessoas que aparentemente são lindas ricas e felizes o tempo todo eu não sou assim ninguém é mas eu começo a olhar para
minha vida com mais humanidade começa a olhar para minha vida com luz e sombra começa a entender as faltas dos meus pais nesse processo de resgate da Minha Essência da Minha Origem me puder cada mulher cada ser humano que faz esse movimento de resgate da sua origem se empodera e quando uma mulher se empodera quando um ser humano se empodera ela ou ele mudam completamente a sua atuação no mundo então sim quando a gente trabalha nessa ponta mais interna mais profunda mais subjetiva esse ser humano que vem caminhando com a sua própria história vai chegar
lá na outra ponta na sua contribuição social no seu papel na vida no seu trabalho nas suas relações e vai se transformar em outra pessoa então tudo tá conectado e nada eu te cortei tudo tá conectado e não há alienação quando a gente cuida de um ser humano chega lá o que eu pensei eu sempre falo isso para as pessoas que eu atendo que você vai caminhando ao longo da vida e esses eu gosto dessa fala que você tem de daqueles Absurdos que atravessam a vida da gente nós estamos deixando um pedacinho quando a gente
chega no lugar nesse lugar que está falando que a gente chega lá a gente se empodera e é capaz de voltar catando esses pedacinhos olhando toda essa história né e acolher essa fala é uma fala do Jaime lelu ele fala que o absurdo e a Graça atravessa o nosso caminho Esse é um nome aliás um dos livros dele que é a biografia dele é uma autobiografia do Joinville que se chama o absurdo a graça né o absurdo em francês e em português se não me engano é da editora Vozes tem esse livro e é isso
né Tem momentos em que a gente atravessado pela graça E é maravilhoso é maravilhoso são momentos de profunda gratidão inspiração expansão mas tem momentos em que o absurdo atravessa o nosso caminho e a gente se depara com a dor com a violência com a exclusão com a morte de alguém que a gente ama com situações extremamente dolorosas E aí o grande desafio é abrir o espaço dentro da gente para conseguir acomodar aquilo que nos aconteceu aquilo que atravessou o nosso caminho é muito muito é um caminho muito exigente sem dúvida falando então da cura do
feminino estamos falando hoje que Primeira coisa eu quero te falar que não é a primeira que eu já falei um monte de coisa né fala um monte de coisa primeira coisa que eu quero te falar Não não é a primeira mentira mas uma das coisas que eu quero te falar talvez eu falei primeiro no sentido de importância para mim é que toda a cura é uma autocura então um ser humano só se cura quando esse ser humano decide Se Curar e acompanhando as mulheres ao longo dos últimos 20 anos tem sido lindo ver quando uma
mulher resolve Se Curar quando ela compreende que ela pode ser escutada por outras mulheres quando ela compreende mais do que isso que ela pode ser escutada por si mesma quando eu falo eu me escuto e quando eu me escuto eu elaboro o que eu tô falando eu organizo né as minhas emoções o organismo vuco-vuco pode estar geladinho bonitinhos começa a categorizar e olhar para as coisas de fora com distanciamento começa a incluir coisas na minha alma minha alma fica mais larga mais vasta mais humana e tudo isso permite que eu possa fazer transformações na minha
própria vida mas isso é quando eu quero então eu vou dizer para você se você é uma mulher cuidadora Salvadora apoiadora Qual mais ouro que tem cuidadora Salvadora controladora controladora também se você quer cuidar da vida dos outros você quer que sua mãe seja diferente do que ela é você quer que seu irmão não tenha depressão você quer que seu pai não beba você quer que a sua irmã ganha dinheiro você quer que é seu marido seja mais atirado empreendedor você quer que a sua filha Faça no seu sei lá o que que você quer
pra vida dos outros eu vou dizer para você essa é uma postura que vai te cansar muito na vida porque você vai gastar toda a sua energia querendo mudar as pessoas Você sabe quem que a gente muda nessa vida a gente mesmo só a gente e olha lá dá um trabalho né só a gente sabe mas a gente muda a gente chega lá a gente muda querendo Olha só se você quiser se mudar se você quisesse curar hoje você começar um processo você fala não eu quero eu vou lá vou eu vou entrar no portal
Claro feminino eu vou assistir essas palestras essas falas essas áudios esses textos eu vou fazer uma constelação familiar eu vou fazer um processo terapêutico de terapia sistêmica se você quiser com muita determinação você vai lá você gasta seu dinheiro você gasta seu tempo você pede ajuda que a outra questão de ajuda você pede ajuda você faz todo movimento e vai e começa a sua luta interna começa o seu trabalho interno de repente você fala caramba mas eu ainda estou fazendo isso mas eu já entendi que não é para fazer isso já entendi Opa eu já
entendi que as causas sofrimento na vida das pessoas eu já entendi que isso aqui me faz sofrer eu não quero mais isso na minha vida quando você ia gostar de novo fazendo aquilo agora você imagina quem não quer o que nem tá desperto uma pessoa que não despertou ainda para o fato de que ela precisa fazer o trabalho dela como diz o Roberto crema a gente tem o dever e o prazer de casa Todos nós temos o dever e o prazer de casa então a gente tem um trabalho para fazer com a gente mesmo com
a gente tem responsabilidade por tudo aquilo que nos aconteceu porque nós somos pela nossa postura diante da vida pela forma como a gente influencia as pessoas ao nosso redor isso é Nossa responsabilidade então cuidar disso é um trabalho tanto então não gasta energia querendo salvar as pessoas ao seu redor porque primeiro você fica fora do seu lugar vamos falar disso em outros podcast você volta aqui para assistir Quando eu for explicar encontra o seu lugar no mundo vou falar sobre isso você fica fora do seu lugar você gasta toda a sua energia Você às vezes
arranja briga problema conflito porque você invade o outro cheia de boas intenções Mas você invade o outro Ah mas eu queria ajudar eu até acredito mesmo que você queria ajudar mas a gente não ajuda dessa forma a gente só ajuda quem pede ajuda a gente só ajuda Quem quer ser ajudado então eu sugiro que você desista desse movimento de querer mudar o mundo mudar as pessoas mudar o mundo através da nossa contribuição sim né Claro da nossa postura na vida mas não mudaram o mundo do jeito que eu acho que o mundo tem que ser
que me impede de tomar realidade como ela é não mudar mudar os outros porque eu acho que isso é bom para a vida dela porque eu acho que isso é bom para a vida dele porque esse é um movimento muito muito muito pesado e que a gente não consegue sustentar por muito tempo eu me lembro uma vez uma mulher que falou para mim na mentoria de liderança feminina ela falou assim para mim Ana eu vejo como você carrega as mulheres no colo aí eu falei para ela eu fiz uma coisa observar que eu sei que
ela não é assim pois é eu não falei eu não carrego ninguém no colo não daí ela falou ah eu sei que ela tava querendo dizer você amorosa ou que eu faço um trabalho que apoia as mulheres que dá sustentação para as mulheres se for isso sim aí eu falei assim para ela olha só pensa bem se eu carregasse as mulheres no colo quantas mulheres eu Ana conseguiria carregar uma eu acho só uma Talvez hoje que eu tô malhando tá um pouquinho mais forte [Risadas] uma mulher e Meio no colo e olha lá porque a
Nanda Minha filha tá com 11 anos tá calçando 38 tá usando os meus casaquinhos para minha altura quase e a Nanda Tá muito pesada não consigo subir escada com a Nanda Claro que não então como eu vou carregar uma mulher adulta a Nanda é minha filha é minha responsabilidade em alguns momentos mas carregar uma mulher adulta me colocaria no lugar de mãe em primeiro lugar em segundo lugar eu não aguento agora se eu não carrego uma mulher se eu simplesmente caminho ao lado dela se eu respeito a força dela se eu consigo olhar para os
valores dela se eu consigo dizer para ela eu tô aqui eu tô perto de você vamos vamos juntas quantas mulheres eu posso acompanhar muitas muitas muitas muitas muitas né muitas e não e é milhares né número de pessoas que te acompanham né E quanto depoimentos nós já ouvimos de mulheres falando nas aulas ao vivo nos eventos que a gente faz Nossa não se transformou a minha vida né mas não fui eu né através do seu trabalho eu sou instrumento né mas é ela né ela transformou a vida dela talvez eu passo talvez ela abre o
espaço Talvez eu tenha lembrado porque ela pode sim porque isso faz muita diferença quando alguém acredita e fala para você você pode tem uma historinha você lembra da história da Ivete Sangalo que eu contei uma vez sobre a força feminina aí Ivete a Ivete Sangalo tava como jurada no The Voice Kids Isso já faz tempo mas tem esse vídeo na internet a menininha chegou uma menininha lindinha chegou para cantar Começou a cantar ela deu uma engasgadinha ela deu uma torcidinha assim ela fez aquele olharzinho assim do tipo ai né perdi a chance exato aí Ivete
Sangalo e a Câmera mostra isso a Ivete Sangalo lá no lugar dela faz assim para menina Bora sem falar só com olhar sustentou ela com o olhar e falou você pode vamos a menina olha para Ivete e continua tentando Então isso é apoio feminino isso é força feminina não é o i lá e fazer pelo outro não é eu pegar na mão da outra pessoa e arrastá-la mas ela estar ao lado eu sustentar o olhar eu dizer você pode você pode ajudar do nosso lugar ajudado Ah é muito bom isso Cris muito bom ajudar Vocês
ouviram ajudar do nosso lugar do meu lugar eu estou aqui ao lado então eu te ajudo do meu lugar mas eu quando eu olho para você eu confio que você dá conta de fazer o seu movimento e é isso que muda as mulheres mas quem faz o movimento continua sendo ela mas ela escuta e ela deixa com que algo que você fala toque a alma dela E aí Floresta ela disse primeiro todas nós dissemos né Em algum momento aliás tem umas mulheres que falam para mim Ana Obrigada pelo seu sim acho bonito várias mulheres em
falar nisso Obrigada pelo seu sim graças ao seu Sim a gente está aqui com você hoje acho lindo também acho também muito muito muito bonito quantas mulheres já passaram por você assim curso você tem ideia milhares né milhares milhares são 10 mil animais de 10 mil né a gente já tá falando faz dois anos que eu tô falando 10 mil alunos Mas tu acha que essa conta tão pouco eu tava falando 1500 alunos na mentoria né mulheres que trabalham com mulheres daí depois eu já fazia um ano e tanto que eu tava falando daí eu
falei gente Quantas são duas mil não sei quantas porque com esse mundo digital graças a Deus o crescimento exponencial né então crescimento é muito maior do que quando a gente começou que era o Gmail não tinha Instagram não tinha WhatsApp que a gente fazia Cris ligava para as mulheres eu ligava lembra eu ligava para elas não conseguia falar aí eu tentava pro e-mail consegui falar mandava outro e-mail não é Puxa agora é muito mais fácil nossas coisas mudaram por aqui minha gente nossa minha avó diria disso Então hoje com a benção da vó da Cristiane
nós estamos inaugurando esse podcast curar o feminino eu convido você para os próximos episódios vamos falar sobre a mulher selvagem vamos falar sobre as histórias do que mais nos comoveram ao longo desse tempo vamos falar sobre como lidar com as nossas emoções vamos falar sobre a toa sabia vamos falar tanta coisa que a gente vai falar que eu já nem sei mais lugar do mundo somos constelações familiares vão falar Cristiane vamos falar sobre o que que são as constelações porque elas mudam a nossa vida porque elas são tão polêmicas E tantas outras coisas e você
não pode perder então espera por você no próximo episódio compartilhe esse podcast com outras pessoas que também vão se beneficiar e eu espero o seu comentário Inclusive essa sugestão podemos né pedir sugestão Claro que sim então façam sugestões de temas para a gente conversar aqui eu quero dizer para você que eu vou trazer alguns convidados vamos trazer muitos convidados especiais amigos maravilhosos e pessoas que eu admiro para conversar com a gente para enriquecer ainda mais essa conversa esse podcast é isso nós esperamos todos né beijo no coração beijo gente te espero no próximo
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