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O [Música] olá boa noite sejam muito bem-vindos ao Roda Viva estamos ao vivo para todo o Brasil pela TV Cultura e emissoras afiliadas e conectados ao mundo Pelas nossas plataformas digitais qual é o papel da branquitude para reverter os privilégios que ao longo de gerações perpetuam uma situação de iniquidade racial na ocupação dos espaços no mercado de trabalho nas universidades e na esfera pública de debate a nossa entrevistada de hoje dedicou sua vida acadêmica e sua trajetória profissional a estudar e ajudar organizações a combater o que ela identifica como um pacto um pacto velado que
mantém essas desigualdades e ela levou esses estudos e essa vivência para o seu mais novo livro livro o pacto da branquitude que saiu pela companhia das Letras depois de um lento avanço para tentar quebrar esse pacto o Brasil vive um momento de muitos retrocessos e desafios prementes uma revisão prevista para este ano em meio à campanha eleitoral da Lei das cotas nas universidades para tratar desse quadro e discute saídas para quebrar esse ciclo perverso está ao vivo no centro virtual do Roda Viva a doutora em psicologia social e conselheira do Centro de Estudos das relações
de trabalho e desigualdades Cida Bento Eleita pela revista the economist como uma das 50 personalidades mais influentes do mundo no campo da diversidade ela é Doutora em psicologia pela USP e professora visitante na Universidade do Texas em suas pesquisas de mestrado e ela detectou a existência de um sistema de autopreservação que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas no livro o pacto da branquitude ela questiona o predomínio desta faixa da população sobre as demais O que impede Qualquer mudança significativa na hierarquia das relações sociais [Música] hoje para entrevistar a
Cida Bento nós convidamos Guilherme Henrique editor da de que o Brasil Marcela Franco Editora na Folha de São Paulo anielle Franco jornalista diretora executiva do Instituto Marielle Franco e integrantes da coalizão negra por direitos Daniel Bento Teixeira advogado e diretor executivo do c e r t e Pedro Borges editor-chefe do Portal A uma preta contamos ainda com as caricaturas em tempo real no nosso Paulo Caruso Cida boa noite muito obrigada por ter aceitado o nosso convite vivo discutir com a gente o seu livro tão importante Oi boa noite Vera prazer muito grande tá aqui com
você eu um programa que eu assisto que eu super admiro e com as companheiras e companheiros aí Cida eu queria começar pelo conceito chave do seu livro que é um conceito que você já lançou muito tempo e que agora vocês me usa essa e leva para várias esferas da vida e da nossa vida social política e econômica do que se trata o pacto narcísico que você diz da branquitude e de que maneira você acha que ele ajuda a perpetuar uma situação de iniquidade racial que é a gente vive aqui no Brasil e eu trabalho menos
o conceito de um pacto não verbalizado mas que mantém né as pessoas num mesmo segmento em geral masculino e branco nos lugares de poder do país em todo tipo de instituição não é um acordo não é uma coisa combinada né é eu sempre digo isso acho bem importante dizer que não é que as pessoas se encontram há 5 horas da manhã para combinar mas nas diferentes instituições você tem o mesmo perfil Bom dia pessoas liderando e liderar significa tomar decisões que influenciam o país porque não só só uma empresa são organizações públicas organizações da sociedade
civil Então esse pacto ao mesmo tempo que fortalece o mesmo grupo grupo de iguais ele exclui quem não faz parte deste grupo né então ele é um pacto que sustenta as desigualdades ela é um pacto que mas que quando você tá dentro de uma instituição essas desigualdades é são criadas desse contexto do pacto narcísico do pacto da branquitude a são tratadas como mérito Então se este grupo está na liderança das grandes instituições É porque tem mérito e os grupos que não estão é porque não e não tem mérito não estão devidamente preparados então nesses tempos
a gente tá discutindo muito acaloradamente Nessas questões das desigualdades então Impacto emerge também para contribuir na compreensão e na mudança dessa situação né ótima a gente vai detalhando ao longo do programa Quem pergunta agora é annyelle franca Boa noite professora primeiro eu queria dizer que é uma honra tá aqui entrevistando a senhora a senhora referência de força delegado principalmente para nós mulheres negras e mulheres negras acadêmicas e eu queria começar a bem lhe sozinho como usufruto feminismo negro também eu queria dizer que a senhora sendo o precursor desse mundo acadêmico de pesquisa para nós né
que começou aí uma pesquisa 20 anos atrás e hoje se a senhora ver alguma mudança com o passar do tempo eu digo isso de uma época a senhora começa as nós não tínhamos uma universidade tão Negra quanto nós temos hoje né e quais são as diferenças que Avance nós temos que ter seus 20 anos para cá e muitas Aniele primeiro é um prazer estar com você eu acompanho que o Instituto Marielle Franco faz e eu muito admiro eu eu acho que faz uma semana eu tava falando tava participando de um debate alguém me disseram mas
você é muito otimista mas não é tem uma luta de muito tempo dos movimentos sociais do movimento de mulheres negras o movimento negro movimento indígena das pessoas com deficiência das pessoas LGBT quem mais então tem uma pressão crescente e muitas vezes parece que nada tá acontecendo mas nem sempre o que tá acontecendo os conflitos as tensões aparecem Mas elas estão aí e eu acho que das grandes mudanças tem várias grandes mudanças mas você tem hoje um uma participação crescente de lideranças de instituições que não são negras o que o por vivenciar situações de discriminação as
suas instituições ou por serem pressionadas pelos pelas cidadãs e cidadãos que consomem seus serviços seus produtos enfim Elas começam a querer mudar as suas instituições que são monolíticas em termos de perfil de liderança elas querem mudar isso ela querem elas querem instituições mais diversas né E aí eu vejo mudança como essa que você citou nas universidades Mas eu vejo mudança em todo canto e aí eu eu me lembro do carnaval que me emocionou demais da conta as escolas do Rio de São Paulo é o quanto é as nossas vozes nossas vozes dos movimentos sociais do
movimento as negras tá hoje nas favelas está hoje nas periferias porque é o que se viu nas escolas de samba foi muito muito lindo não só a crítica social mas o fortalecimento a visibilização da cultura negra de uma maneira muito orgulhosa né então eu percebo as mudanças nos mais diferentes níveis mas eu acho que a gente tá trazendo os segmentos dentro das instituições para dialogar conosco sobre essa questão das desigualdades e para fazer ações concretas de mudança então eu eu eu sou bastante otimista assim certo o Guilherme por favor Professora boa noite a senhora tem
falado desse tensionamento que causada pela presença do corpo negro e os mais variados espaços e eu queria te perguntar se esse essa presença tem e também as formas de demonstração de racismo na sociedade assim se eles se racismo tem simples citado de outras formas a partir da presença do corpo negro nesses espaços e eu acho de forma mais violenta né quando ver era inicia falando um pouco desses retrocessos que nós vivemos muitas vezes muito Muitas discussões dos movimentos sociais do movimento de mulheres negras mas não só os estudos por exemplo sobre branquitude sobre masculinidade trazem
isso que é é uma resposta a ampliação das vozes né que não só denunciam a desigualdade mas fazem pressão para mudança então tem uma resposta isso já tem uma resposta aí a presença de jovens negros na universidade na resposta legal barriga você vermelha de negros em lugares onde eles nunca tinham estado de violência com é negativa né de retrocesso vamos terminar com essas ações afirmativas quer dizer a presença em lugares onde os negros não estavam até então tem gerado muita violência mas tem gerado manifestações de brancos anti-racista querendo saber que é que nós podemos fazer
até porque é é constrangedor um grau de violência que a gente tem hoje né e eu até coloco no meu livro que em 30 anos não se teve tanta violência letal contra a juventude negra no Rio de Janeiro como temos agora né e as escolas do Rio de Janeiro e as vozes mostram a força do a força do descontentamento a força de mudança que que tá nas ruas e que não dá mais para conter não dá mais para conter certo por favor é Bom primeiramente dizer aí como o filho privilégio que é poder ser seu
interlocutor né Por tantos anos poder de alugar Como que você vem escrevendo e eu queria falar um pouquinho dessa temática da Juventude negra que você colocou e vem dizendo né já há algum tempo em relação a ser um dos grupos que mais sofrem no Brasil né violência um dos principais grupos inclusive genocídio né quando se fala não é força de expressão último genocídio formalmente reconhecido em território europeu foi durante a guerra da Bósnia e foram assassinados cerca de 8.500 bósnios muçulmanos a gente tem mais que o triplo todo ano de jovens negros assassinados eu queria
saber é como você tem colocado sobre essa juventude que é o mesmo tempo sofre essa violência mas quer depositar é da única possibilidade de transformação social que a gente tem nas instituições e na sociedade brasileira e é eu eu acho muito animador hoje viveu a juventude Negra Não só estando nas universidades o querendo lugares qualificados no mercado de trabalho mais um de a Jovens jovens estão eles estão propondo mudanças mais profundas por exemplo a mudança do currículo uma mudança do escopo teórico de diferentes disciplinas que sempre tiveram uma perspectiva europeia e que agora os jovens
dentro das Universidades querem querem ampliar querem trazer novos tipos de perspectivas então tem então tem um movimento que começa né é que vem lá de trás o movimento de mulheres movimento negro mas que a gente não sabe onde vai porque de repente quando a juventude e é pega toma para si a as iniciativas de mudança ela já traz outros tipos de ações que vão prendo muito aquilo que a gente fez e ao mesmo tempo né e o que nos deixa muito à assustados é em lugares por exemplo onde a juventude Negra está muito presente eles
são sucateados e imediatamente é como se dissesse esse não é um lugar para vocês né então se vocês estão aqui esses lugares serão esvaziados dos seus E aí eu tô falando das Universidade serão esvaziados dos seus dos seus Laboratórios das suas bibliotecas são lugares de balbúrdia então assim você tem uma reação de uma parcela da Elite que é uma reação raivosa re sentida né mas que a gente tá vendo acontecer e e tá podendo a pensar reconstrução do país a partir disso que a gente tá vendo mesmo né E são forças são tensões sociais com
as quais a gente convive e vai ter que continuar convivendo certo Marcela por favor sua pergunta Cida boa noite é a senhora comenta no seu livro que a senhora percebeu ao longo das suas pesquisas essa tal resposta violenta né linda de organizações em que se tentava a questionar o pacto da branquitude eu queria saber se em alguma dessas organizações que a senhora trabalhou estudou a senhora conseguiu atribuir algum recorte de gênero também dentro dessa resposta violenta que essa reação negativa exacerbada pode ter sido causada por mudanças foram implementadas ou sugeridas por mulheres se isso pode
ficar um pouco mais violento quando é uma mulher negra encabeçando esse tipo de iniciativa E aí eu não tenho dúvidas que sim né que é as mudanças justamente porque a mulher negra está Tá mesmo nessa base e social em qualquer tipo de área em qualquer tipo de instituição mas assim quando eu nós do SESC estamos trabalhando dentro de uma instituição por exemplo tem uma invariável é quando ela Fazemos o nosso senso a gente observa que quem mais utiliza ação afirmativa são as mulheres negras Então os diferentes grupos têm utilizo mas as mulheres negras são aquelas
que quando você faz o senso você vai observar que elas são as que mais utilizam ação afirmativa elas estão com um para frequência em maioria aquilo que a gente chama de grupo de referência que tem dentro da instituição e que vai ajudando a instituição avançar né então elas fazem parte o grupo aqueles grupos que por dentro da instituição a auxilia a instituição a entender mais do tema auxilia a trazer pessoas dos diferentes grupos de negros pessoas com deficiência LGBT que ir então elas pelo próprio lugar que as mulheres negras ocupam elas elas vão liderando esses
espaços e aí a violência ela é Ela é uma resposta mas eu não observo essa resposta no interior das instituições de outra forma que não seja a exclusão ou tremor dessas mulheres em lugares de liderança isso convive com um crescimento e a deste perfil de mulheres também em lugares a mais de Vanguarda dentro das instituições então quando a gente faz um senso a gente tem ele poderia dizer que a gente tem de três a quatro vezes mais mulheres brancas do que negras então quando uma empresa diz assim a Melhorou a questão de gênero melhor Melhorou
entrada de mulheres brancas mas nos últimos anos talvez menos de dez anos começa a se acelerar cada vez mais a presença da mulher negra isso gera reações e sugere a atenção e gera um outro tipo de ações dentro das instituições pública privada da sociedade civil a para que seja possível uma convivência que permite o avanço no trabalho e que permita todas as vozes entra por Oi Cida boa noite boa noite para todo mundo professora no seu livro parte da branquitude você diz que o branco se sente ameaçado de alguma maneira com essa aproximação nos assim
do negro o Brasil viveu com a gente mesmo conversou aqui diversas mudanças com a política de cotas um fortalecimento dessa identidade Negra são fatores que mudaram a nossa nosso cenário a política brasileira e também questionaram essa hegemonia Branca o quanto o bolsonarista representa essa branquitude ameaçada esse esse pacto e esse medo também estão presentes na esquerda brasileira Oi Oi Pedro bom te encontrar super Admiro a uma preta é eu começo desse livro se deu tipo uns três anos atrás e e eu comecei lendo os textos que fazia uma conexão entre supremacia branca e atos antidemocráticos
então foi assim e alguns textos eu trouxe para o meu livro mas nem todos né então é isso tem tudo a ver com que a gente viu ocorrer no governo trump ou no governo bolsonaro que é um pouco dessa desse nacionalismo violento né Desse inconformismo de encontrar negros de a ouvir negros indígenas e quilombolas é gays lésbica de pequi ouvi essas vozes todas e considerar esse pressionado ao considerar essas vozes nas políticas públicas sem fio nas Nações então assim essa reação que a gente veio aqui reação que tá acontecendo em várias partes do mundo né
eu trago Acho que uns dois ou três estudos mas isso tá acontecendo em vários lugares e é uma conexão entre nacionalismo supremacia branca e e atos antidemocráticos tem alguns estudiosos focados nisso a gente então agora vai para um breve intervalo e volta já com mais quatro blocos de Cida Bento no Roda Viva não sai daí ô o que levar para evoluir Bradesco E aí nós [Música] estamos de volta com o Roda Viva que hoje recebe a doutora em psicologia social se damento se dá na pergunta anterior o Pedro falou a respeito de como as vertentes
políticas acabam incorporando um pouco esse discurso é racista e um discurso que traz essa violência e ele perguntou se você identifica aí sem algum setor da esquerda também é tem uma crítica geral não é uma palavra que não existe no dicionário mas que é muito estigmatizada que seria o identitárismo e essa crítica tem Aparecido também em discursos de esquerda o próprio ex-presidente Lula que tem todo um trabalho que o reconhecido aí em promoção de Equidade racial falou que o Politicamente correto é muito ruim que ele gostaria de ver mais piadas de nordestinos você acha que
é se você é um dia item identitárismo tá meio difundida Tanto à direita quanto à esquerda e sim eu eu peço desculpa para o Pedro porque eu esqueci de pegar esse trecho mais uma das coisas que eu trago no meu livro é que não é que as pessoas se encontram há 5 horas da manhã e aí eu tô falando tanto do partido de esquerda quanto de direita tá central de esquerda quanto de direita da organização da grande Corporação ou da organização de direitos humanos o que tá trabalhando comer ambiente Você tem um perfil a muito
similar né de quem está na liderança que são pessoas brancas e um grande parte das vezes masculinas vão se você tem um ponto dois essas coisas isso que o então assim em termos de perfis você já tem isso em termos de discurso eu não vejo é a missa aspectos específicos da branquitude das relações de gênero e raça e o vejo muita similaridade porque não é só uma coisa de perfil mas eu tenho visto um companheiros do campo de esquerda esse conceito de identitárismo associado a negros a indígenas e as mulheres e eu acho eu sou
contrária E aí esse a esse conceito porque se você tem todos os outros nesse território do identificar ISO você tem um segmento que tá no território do Universal são branco então É como se você confirmasse o ser humano Universal é o branco tudo que não é branco é identitárismo é desse território do identitárismo Você tem algum segmento de mulheres utilizando isso de outra forma mas é contrária Porque na minha perspectiva tanto ou se a dimensão do identitárismo quanto daquele conceito ligado à étnico produtos é tipo não usavam comprar umas bijuterias étnicas nunca era numa loja
num uma loja de pessoas brancas então era assim se você vai comprar um produto de um grupo indígena quilombola Então você vai comprar o produto numa loja étnica é um produto étnico como se Branco branquitude fosse transparência Sim né e eu sempre trago esse conceito de branco e pude como uma pessoa uma visão de mundo né construída socialmente né então não é não é essa esse conceito de que de neutro bom né e eu eu penso que quando a gente traz a ideia de identitárismo a gente trás do outro lado a ideia de branco de
ser humano branco como ser humano Universal então eu sou sempre contrária e eu identifico sem na esquerda isso mas esquerda e na direita melhor é com todos os grupos que nós temos que discutir certo Marcela Cida aproveitando essa questão dos produtos etc já tem havido há um tempo por parte das grandes marcas uma revisão dos castings das campanhas publicitárias né então por exemplo agora na véspera do Dia das Mães Começam a surgir as famílias negras né as mães negras os filhos negros nas propagandas eu gostaria que a senhora comentasse: aqui o primeiro é se é
possível saber quando um movimento como esse de uma marca é Genuíno em relação à revisão de uma conduta dessa empresa ou se é só um marketing social só o medo de ser cancelada e esse colocar um teste com negros é suficiente em alguma medida e olha eu sempre digo que não se trata de ter mais caras pretas quando eu penso o trabalho instituições eu não acho que sabe não não é tem que ter mais pretos dentro da instituições pretas negras não é não é disso que se trata se trata de uma uma mudança maior quando
você trabalha direito dentro de uma uma instituição seja ela Direitos Humanos meio ambiente seja um uma secretaria de educação é você não tá só tentando trazer mais preto então neste sentido eu entendo que as mudanças vão se dando uma medida em que a gente traz esse tipo de discussão que você tá trazendo agora né e assim eu não consigo distinguir e é quando uma empresa assim é de fora assim quando uma empresa começa a ter uma ação de diversidade só por marketing ou porque pelo Politicamente correto porque está se sentindo pressionada ou quando ela efetivamente
decidiu mudar eu posso não não perceber isso mas eu digo para você depois que começou e com mais mulheres mais pessoas negras mais pessoas trans ou o as mudanças vão correr de qualquer jeito as mudanças começaram Porque tem uma reação às vezes dentro da instituição e porque essas nós seus novos personagens dentro de uma empresa onde eles não estavam até então vai vai trazer mudança vai trazer debates vai trazer contribuições vai trazer a tensões que vão provocar mudanças Então também não gosto dessa dimensão mais é marketeira mas eu acho que dado esse passo as coisas
vão começar a acontecer ml perfeita professora eu acabei de voltar agora de uma viagem da Colômbia eu tive o prazer te conhecer França Marques uma mulher negra que ela trata de temas como reforma agrária feminista é do povo negro mulheres negras em todos os lugares EA França Hoje ela está candidata à vice-presidência na Colômbia a ao poucos dias atrás nós vimos aí uma foto ficou bastante com o ex-presidente Lula né acompanhado do seu possível ver se Geraldo Alckmin composta apenas por pessoas brancas a gente vê na América Latina uma avanço para uma renovação política de
protagonismo dos povos indígenas e negros e a gente vem construindo enquanto o movimento negro nas mulheres negras né há décadas lutas e projetos a partir da presença de mais mulheres negras na política esse ano por exemplo atualizando Negra os direitos e os Marielle Franco junto com mulheres negras decida a gente tem feito aí um projeto para apoiar candidaturas em âmbito estadual e Nacional e eu queria perguntar para senhora aqui por quê que o Brasil ainda caminha na contramão de ter mais mulheres negras indígenas com correndo a cargos majoritários para você e qual é o motivo
do está acontecendo ainda e a última é para porque a gente precisa fazer para eleger a primeira presidenta Negra nesse país Essa é a Niele eu acho que a gente está caminhando é que nós tivemos um retrocesso muito grande né mas você deve ter vivenciado como nós mulheres negras em geral quem saiu do país para América Latina e Caribe eu mesmo passei 6 meses no Uruguai e esses países da América Latina e Caribe olhavam para as políticas de ação afirmativa no Brasil e que não eu dei que não sabe como é que foi queria entender
como é que a gente conseguiu aquela lei que obrigava o ensino da história da África da história e cultura africana Ou seja a gente era um modelo é para esses países mas nós tivermos sim um retrocesso mas não retrocesso que não silenciou um retrocesso que tá fazendo com que as nossas vozes nossos grupos negros estão ficando cada vez mais fortes negros indígenas LGBT na pressão por mudança e por mudança no Parlamento eu eu tenho acompanhado diferentes grupos inclusive da coalizão negra já tive lá para discutir essa questão do voto negro acho que a gente tem
caminho assim grande esse às vezes parece que as coisas vão estão rolando por aqui é porque elas não estão tão à vista né mas o movimento tá muito ativo e eu acho que a gente vai ver isso nas próximas eleições nós já vimos uma alteração mas movimento como esse que a coalizão é que anielle Franco tá fazendo aqui é o né a descobriu o Instituto com Marielle Franco tá fazendo eles vão pipocar em todo o país eles vão pipocar eles vão mudar mas eu só queria acrescentar uma coisa a reação aqui no Brasil ela também
é mais pesada ela é mais pesada ela tá na nossa história e a gente teremos sempre que olhar para isso conforme nos movimentamos Cida em 2017 o menino João Vitor de 13 anos foi espancado por seguranças do Habib's e morreu em 2019 o Pedro Gonzaga de 19 anos foi sufocado por seguranças do Extra e morreu em 2020 o Beto Freitas de 40 anos foi espancado por seguranças do Carrefour e morreu o que pode ser feito para isso não se repetir mais e como você avaliou a gestão e os desdobramentos das ações dessas empresas sobre essas
mortes e eu acho que a força do movimento negro foi muito foi muito grande uma mobilização no país inteiro foi muito grande alguém me perguntou porque que a gente não sim imobiliza vá como o movimento negro nos Estados Unidos frente a o assassinato do George Floyd eu eu acho que a gente tem que ver nós estamos em paz diferentes mas nós podemos ter também aqui que acelerar a resposta Branca a tudo que está acontecendo por que que eu tá incluído nas instituições quem tá com a caneta no judiciário no legislativo a nas grandes empresas das
Universidades Você ainda tem uma concentração de pessoas brancas muito grandes em lugar é decisivo para mudar essa situação são decisivos se você pensar por exemplo judiciário então uma mudança tem ela virá a partir daquilo que a gente já vem fazendo mais de um tensionamento cada vez maior de mudança dentro das instituições né e Angela Davis fala que não é que a gente escolhe como resposta à violência As instituições estão saturadas de violência e eu penso que uma mudança mais como eu diria uma mudança mais mais Ampla Ela depende da gente consegui mudar instituições que são
muito importantes neste Campo principalmente da violência e aí eu diria que o judiciário a gente tem um grande número de não vamos e não há investigação dos crimes cometidos contra jovens negros em e a gente a tem um silenciamento o arquivamento um silenciamento no judiciário que é branco né que é 85 porcento por exemplo do juízes são pessoas brancas então é preciso que essa mudança corra lá por dentro né e o judiciário eu tenho visto iniciativas de debate nesse território elas precisam crescer muito mas elas precisam ser ampliar porque não é só ter mais operadores
de direito os negros Mas tem uma outra perspectiva poder olhar para o que foi feito ao longo do tempo poder fazer uma pesquisa sobre porque é que temos tantos processos contra jovens negros assassinados que foram arquivados O que exatamente ocorre aí né O que que está ocorrendo é preciso que o próprio o diário Faça o seu o seu diagnóstico né e eu tô pensando aqui no judiciário mas estou pensando também nesse conceito de que o os negros são bandidos digamos assim e e quando eu trago no meu livro isso eu trago trazendo mesmo no estado
onde cinco governadores e prefeitos a foram acusados né de mau uso de verba pública Kate tem um deles preso mas são eles que vão a dizer é para polícia vai tratar dos bandidos vai enfrentar os bandidos lá na periferia lá nas favelas bom então esse olhar nosso país isso é importante a mudança desse tipo de executivo ela se dá nesse processo que a Niele chamou a atenção que a gente precisa cada vez mais de parlamentares jovens negras nos diferentes estados para a gente conseguir mudar essa realidade para mim então as mudanças no executivo no legislativo
no judiciário Sério ela passar para o Guilherme mas só a título e eu avalio tudo achei que você tinha terminado você deve ser quer concluir desculpe depois eu falo não o que eu ia trazer aqui hoje a gente teve a revelação do ex-secretário de defesa dos Estados Unidos que durante as manifestações pela pelo assassinato do George Floyd ele teria ouvido do próprio Presidente Donald trump a pergunta não dá para tirar neles atirar na perna deles ou algo assim a institucionalização da violência sendo denunciada por alguém suspeito que era um assalto assessor do primeiro Escalão né
mas era só um comentário Guilherme professor o senhor falar sobre uma pressão cultural do branqueamento criatura que atua na Esfera psicológica do negro Brasileiro né do que se constitui essa pressão é e como ela aparece da infância até a fase adulta se ela atua de maneira diferentes e G1 Ah tá eu vou entrar nisso eu só queria cumprimentar a resposta para o Pedro eu acho que teve muitas ações eu não vi todas as ações de todas as empresas mas tem algumas ações que foram bastante importantes mas num contexto em que as empresas conseguirem dialogar com
mais amplitude do que com as organizações negras teria sido muito melhor teria possibilitado muito mais avanço Então eu acho que um dia onde a gente poderia ter melhorado ou as ações das diferentes empresas seria no diálogo com uma pluralidade maior de organizações do movimento negro dos movimentos sociais e olha sobre essa questão e me vem à cabeça o que aconteceu com a menina uma menina negra de 13 anos na Bahia que chega na escola com o seu cabelo crespo e o funcionário da escola mostra ela uma foto de uma menina branca dizendo que é aquela
é uma uma menina de quadrada né para aquela escola então ao mesmo tempo que ele dizia volte para casa porque seu cabelo não está adequado né ele mostrava para essa menina negra e com certeza para todas as meninas brancas quem é que pertence que pode ter o sentimento de pertencimento né É é aquela escola eu acho que é esse é o para mim é a base do que a gente chama de mérito Cras ia né A meritocracia não é aquela que você tem lá na ponta Quando você vai estudar fazer língua ela você pode até
outra você fazer curso sofisticado a meritocracia é uma construção na história de um país e é uma construção na história de um grupo e uma construção na história de vida de uma pessoa então quando você disse para uma menina essa escola é você não está adequada para essa escola você não pertence numa cidade majoritária é majoritariamente negra como salvador você tá impactan duas competências afetivas emocionais dessa menina que são fundamentais para segurar aprendizagem você tá fazendo isso você tá mostrando para menina branca que aquela escola é para ela você tá fortalecendo essa menina então é
a construção que raramente explícita como se explicitou em Salvador as nossas crianças Hoje o tempo inteiro na escola e eu mesmo tive um sentimento eu tinha o desejo de voltar para casa G1 eu não queria ficar naquela escola então eu acho que a gente vive em si a isso as nossas crianças vivenciam isso mas ao mesmo tempo nós conquistamos uma Len 2003 que é estratégica que é o ensino da história da cultura africana afro-brasileira no ensino regular porque só abre a porta para tantas possibilidades né indígena para tantas possibilidades porque vai impactar fazer as editoras
vai impactar os cursos de formação de professor vai impactar os pais e bota em movimento uma possibilidade de acuidade que não diz respeito só as crianças negras mas indígenas e brancas que vão conhecer efetivamente esse país na sua riqueza né então eu acho que a gente É sim e quando eu penso em Salvador no que aconteceu com as meninas eu fico arrepiada mas do outro lado eu penso é por isso que a gente precisa sim fazer valer a a lei 10.639 que alterou a LDB obrigando o ensino da história e da cultura africana a gente
precisa e indígena certo Daniela Você tocou num ponto muito importante sobre a educação que eu queria aprofundar um pouquinho mais porque a gente ouve muito Clichê a saída pela educação a saída é pela educação mas depende se a uma educação é que é pautada pela reprodução do racismo ela vez educa ela desde humaniza então queria que você falasse um pouquinho mais sobre essa educação anti-racista é que a gente vislumbra uma outra possibilidade muito em função é da LDB alterada pela 10000/6 e tem nove e que em muitos aspectos ainda é como as leis abolicionista as
foram ao longo do século 19 né por muito tempo as leis para inglês ver não é então queria que você falasse um pouquinho principalmente professores e educadoras e educadores que estão fazendo diferença A partir dessa lei apesar de toda a estrutura se contrária e eu eu penso que é muito importante a gente pensar educação e aí tô nesse momento focado em Educação Básica pensar ação afirmativa é atravessando todo tipo de radiação que a gente tem na Secretaria de Educação nas escolas porque eu acho que a gente mudando a educação e eu concordo com isso um
só não tem que parar o que a gente faz fora da educação para esperar as crianças cresceram para a gente ter uma mudança daqui 500 anos mas eu acho que um trabalho na educação é fundamental né É fundamental para assegurar acolhimento das Crianças indígenas negras todas as crianças é na medida em que a gente pode a mexer com os professores e com gestores e com os pais esse semestre que vem a gente vai estar trabalhando com 50 municípios né justamente provocando esses municípios para começar a trabalhar e cuidar de racial na educação para mudar os
índices né não tem um desses do PIS aqui o Brasil tem que melhorar se ele não melhorar no aspecto das Relações raciais se ele não melhorar a situação da criança negra indígena e quilombola ele não vai mudar os índices porque nós estamos falando da maioria da população a questão estatística se não mudar aqui não vai mudar índice nenhum né E hoje a gente tem um crescimento deste debate a gente teve uma paralisação uma extinção dos órgãos que tava cuidando disso que Tava acompanhando o trabalho das editoras fomentando a produção de os livros a formação de
professores sobre este tema de gestores a gestante no trabalho muito bonito no Mac na secretaria de educação e a gente tem alguns passos atrás Então eu acho que a gente vai ter que retomar e isso e a gente eu falo nós vamos fazer nelas vou fazer daqui a pouquinho e por que é com esta base primeiro que mexe com um número imenso de pessoas entre professores alunos pais e e oferece uma base segura para as próprias crianças também poderem aprender poderia ficar na escola e não não serem fazerem parte do grupo que mais evade das
escolas né então poderem ficar na escola eu acho que é imprescindível isso com isso então a gente fecha o nosso segundo bloco do Roda Viva com a psicóloga Cida Bento vai para mais um rápido intervalo e volta já gata a [Música] Inovar para evoluir Bradesco [Música] nós estamos de volta com Roda Viva quem vai perguntar agora é a Marcela Franco Cida amarrando ali rapidinho com que a gente tava falando no bloco anterior tem um trecho do teu livro do Pastor da branquitude que a senhora menciona maneiras de ver se uma empresa é racista e que
isso não se resume a ficar buscando atos discriminatórios na história dessa dessa empresa como a senhora assim no prefácio de um livro que eu li que eu gostei muito que a branquitude da educação infantil da Cíntia Cardoso eu queria falar brevemente sobre essa questão da educação das crianças perguntando como é que é uma família pode fazer seja uma família negra uma família branca para tentar identificar no histórico dessa escola na estrutura física dessa escola se tem prática anti-racistas como que esse tema é debatido lá dentro Então como que uma família pode te orientar nessa busca
por uma escola e Olha nós tivemos um primo é nós temos um prêmio que tem 20 anos Educar para a igualdade racial que é um creme muito bonito e onde Nós aprendemos como era importante quando uma escola começava a trabalhar a questão da Equidade racial ela conseguia trazer as famílias famílias que estavam apartados se aproximavam e daquilo eu não tenho uma pesquisa sobre isso mas daquilo que eu tenho observado é cresce hoje a questionamento dos Pais nas escolas perguntando se tem a livros e se tem formação de professores Então eu acho que isso tá tá
se ampliando mas com certeza a gente precisaria de mais debate a gente como eu disse a gente vinha no caminho Interessante não é que tudo estava bom mas a gente tinha possibilidades e as políticas públicas de um PSD bate tornar mais visível e dizer as escolas precisam ter esse tipo de prática e a gente tem um recuo nisso mas a gente precisa retomar e eu acho que os pais precisam sem perguntar e precisam sim acompanhar porque isso impacta aprendizagem do seu filho isso impacta a permanência do seu filho na escola Guilherme Professora A senhora trabalha
muito com dados e a gente vive Um Apagão de dados na esfera pública né como é que isso atinge diretamente a população negra no Brasil é mas eu acho que as aqui já fazem 16 anos que a escolha de se lidar com desigualdade foi Apagando os dados ao invés de ter políticas para lidar com as desigualdades vamos eliminar os dados que mostram as desigualdades eu tenho nós sentimos muito isso no CF porque a gente faz censos dentro de [Música] organizações dentro de secretaria de educação dentro de corporações e os dados são fundamentais então quando eu
tenho um percentual de mulher negra de uma da da cidade sei lá de Belém do Pará ou de do sul do país eu tenho percentual de mulheres negras dentro da empresa a gente tem que comparar esse percentual com o percentual de mulheres negras com o perfil que aquela empresa contrata naquela cidade e onde a empresa está nós fazemos isso desde 2007 o 7 pública isso a gente faz o senso uma empresa e compara E aí você pode dizer Poxa vida nesta cidade você tem tal percentual de mulheres negras com o perfil para ser contratado por
essa empresa mas a empresa não contrata lá contrata o um percentual muito maior de pessoas brancas do que é do que aquele que tem na cidade então você a gente vê frequentemente isso isso é um trabalho interno com a empresa eu acho que isso prejudica a instituição por favor desculpe isso prejudica a população negra porque você fica sem elementos para provocar para construção de política seja um ela publica sejam empresariais para buscar e cuidar de dentro das instituições e é antes de passar para a Niely Cida a gente eu queria discutir um pouco mais o
conceito da meritocracia que você debate tanto no seu livro né porque foi um conceito que ando em voga teve moda aí no Brasil nas empresas a gente via aí muitas pessoas se gabando né de mandar meritocracia nas suas empresas e você dê mole esse conceito no seu grupo ou mostrar no seu livro mostrar aqui na verdade meritocracia acaba espelhando um privilégio que vem desde o período colonial desde a escravidão você acha que hoje a gente está menos preso a esse mito da meritocracia do que esteve em nos anos recentes a e eu eu acho que
ele está mais debatido Mas a gente continua bastante preso eu eu te diria que é difícil quando uma empresa tem uma empresa um órgão público uma instituição tem que explicar a desigualdade ela vai na direção de é como se ela de demérito nosso sistema é meritocrático então se eu tenho mais brancos do que negros mais homens que mulheres é uma questão de mérito classe se tiver competência vai entrar então é a resposta que frequente que as instituição As instituições dão quando ela se deparam com a desigualdade Então eu acho que isso não mudou mas está
cada vez mas difícil sustentar o discurso da América o Cras ia eu acho que as pessoas estão cada vez mais consciente de como é que ao longo da história ao longo como você trouxe mesmo Vera vai se aqui Oi para o bumbum alguns grupos a privilégios econômicos sociais lugares de poder que favorecem Este grupo A de desempenho a mais de acordo com que as organizações esperam e eu acho que tem certos códigos institucionais nas diferentes organizações que você só tem esse o teu grupo também teve oportunidade de estar nesses lugares está nesses lugares de gestão
de liderança enfim você pode ver isso que quem teve excluído os segmentos excluídos não tiveram essa oportunidade então não conhece esses códigos institucionais então não são considerados devidamente meritus né professora queria um pouco sobre as cotas eu sou cotista da Universidade Estadual do Rio de Janeiro no filme 2015 em uma entrevista da senhora a senhora definiu cota como metas que precisam ser alcançadas porque se não for assim as instituições encontram formas de reproduzir Mais do Mesmo assim como a senhora também acho que é imprescindível que as cotas permaneçam esse ampli na verdade né e eu
falando isso no meu lugar de doutoranda que tá dentro de uma universidade pública no Rio de Janeiro tem visto pode observar isso de perto é paralelo a isso a gente tá no ano de revisão das cotas raciais com pessoas que defendem que elas acabem ouvirem conta e sociais Então eu queria que a senhora explicasse para aquelas pessoas que ainda insistem em dizer coisas negativas e defendem a sua extinção das cotas né sobre a importância das cotas raciais para o nosso povo não todo no país também E aí eu acho que eu penso que as cotas
no ensino superior Elas são tão pedagógicas nesse sentido que você tem uma mudança tão expressiva de presença de juventude negra de indígenas de quilombolas a gente gostaria que fosse mais mas isso já muda cara da universidade e já cria outras oportunidades e outras vozes para dentro das instituições se existe tuições puderem trazer essas pessoas para dentro delas então assim é essa resposta a juventude negra é muito mais importante é muito mais razoável do que a violência do que está na frente de um fuzil é essa resposta que a gente precisa né e não só que
cotas no ensino superior e na Educação Básica as cotas dentro de organizações que às vezes elas estabelecem metas mas é importante que uma organização quando decidi por trabalhar e cuidar dela defina metas se formas de monitorar ela mesmo por dentro e as organizações que a gente vem trabalhando a gente vem observando que cresce isso Vamos definir um percentual de mulheres de negros de LGBT para este Ou aquele tipo de oportunidade de treinamento de promoção de inserção isso auxilia instituição para ver como é que ela tem que mudar os seus processos as suas ferramentas de recrutamento
de seleção de promoção porque ao entrar esses novos personagens dentro das organizações a Organizações se tornam mais vamos dizer mas mas criativas né mas é atrai mais pessoas daquela comunidade que gosta de se ver que gosta de ser atendida por pessoas do seu grupo também então eu acho que nós temos hoje estudos infelizmente está tendo mesmo apagão de dados mas a gente já tem dados bastante [Música] numerosos de como essas ações afirmativas são boas para a sociedade elas são democratizantes Daniel é a última do bloco justamente no julgamento sobre a o princípio de ações afirmativas
né julgado o constitucional pelo Supremo Tribunal Tribunal Federal houve uma fala do ministro marco Aurélio dizendo que o Cras ia é sem discutir os pontos de partida é a aristocracia disfarçada então um pouco pegando isso nas instituições vendo um caminho que ainda tem muito a ser percorrido do ponto de vista de ações afirmativas eu queria que você discutir se um pouco mais essa dimensão é de como a gente pode ter instituições mais equitativas e também pensar justamente em Como o racismo institucional ainda reproduz em muito quando a gente pensa atenção nessas instituições o direito ao
trabalho Digno da população negra que acaba sendo denegado e eu tenho um visto crescentemente as instituições estabelecerem não necessariamente cotas mas estabelecerem metas às vezes de maneira insegura às vezes com medo de não conseguir cumprir a daqui dois anos eu quero uma criar a presença de pessoas negras indígenas quilombolas Em tais e quais lugares então eu tenho visto isso crescentemente instituições quando elas olham por um diagnóstico sobre elas mesmo quando ela se percebem muito excludentes então eu eu entendo que esse isso esse não é o movimento que sem volta interesse esse não é um movimento
que vai ter retrocesso tem um tempo que você pode segurar mas as pessoas já experimentaram Que ações afirmativas e metas de instituições mais diverso é bom para a sociedade é bom para todo mundo é realmente expressão da Democracia eu penso o que a gente tem que manter o que a gente tem feito eu mesmo ator envolvido em grupos que estão discutindo que as cotas tem que ficar então eu acho que eu os movimentos sociais tem que fazer aquele Sempre fizeram né E talvez confiar hoje muito no poder local no estado no município porque em certas
dimensões pessoalmente que dizem muito respeito ao ministério da cultura da da educação a gente hoje está com as mãos atados para para para rever seus processos com esse então a gente encerra o nosso terceiro bloco vai para mais uma rápida interrupção e volta em estantes com o Roda Viva com a Cida bem e E aí a Inovar para evoluir Bradesco [Música] e o Roda Viva está de volta e quem vai perguntar para Cida Bento agora é o Pedro Borges Cida vou voltar no tema da política é o movimento negro tem se dedicado bastante à conseguir
uma maior participação na política nacional sobretudo No Poder Legislativo a Ariele falou de de uma campanha também de campanhas voltadas para estimular o voto em mulheres negras e também recentemente foi lançada a campanha de volta anti-racista é qual a importância dessas campanhas e qual você acha que pode ser o deve ser a participação do movimento negro em um possível é possível possível o governo Lula no futuro eu vou começar pela segunda eu acho que é participar agora da construção de um de uma perspectiva na área da Educação na área da saúde na área da cultura
enfim eu acho que um governo Progressista está o enfim [Música] o diálogo com o movimento negro tem que exigir dele o mesmo esforço que ele tem para dialogar com todas as forças sociais não é às vezes escolher um dois três e é suficiente porque falar com 2 ou 3 preto já falou com o caminhão de preto porque preto é tudo a mesma coisa não sabe Às vezes você vir esses candidatos falando com uma pluralidade de segmentos de posições mas quando chega na na questão das Relações raciais ou não fala e nenhum fala com dois ou
três e falou com 2 ou 3 que é que se entenda bem quer que ela porque o movimento negro briga mas e os brancos passam meses falando com diferentes brancos então eu a minha expectativa é que haja um diálogo com a pluralidade Ea diversidade do movimento negro no movimento de mulheres negras quilombolas indígenas por mesmo cuidado que se tem hoje para falar com esses diferentes segmentos onde negros quilombolas não estão presentes né e acho isso fundamental Cida quando você relaciona rafiu que nós temos que fazer o que nós estamos fazendo né É sim quando você
relaciona racismo e aumento da violência racial fundamentalmente entre a questão do acesso a armas e a gente teve o acesso a armas e munições muito alargado no Brasil nos últimos anos de que maneira essa política armamentista contribui para esse racismo na forma da violência a Cida não me ouve aí ela acho que ela perdeu a conexão Tô ouvindo ela Alô um tu consegue me ouvir ainda não então vamos fazer o seguinte enquanto a gente correr corrigir esse problema ela voltou me ouvir não vamos sair para um breve intervalo então e a gente volta já com
a Cida quando a gente solucionar esse problema e até aqui ó E aí a Inovar para evoluir Bradesco e [Música] voltamos preste que é um mix do bloco 4 que o bloco 5 devido ao nosso probleminha técnico eu vou repetir a minha pergunta para Cida Cida minha pergunta era sobre armas eu perguntava se essa relação que você faz do aumento da violência racial ela tem é automaticamente a ver com o fato de que desde o início de 2019 a gente tem um governo que pratica uma política armamentista uma política de Frank ao acesso da população
à armas e munições e de que maneira isso impacta mais a população negra do que o restante da população E é porque a nós sempre faça nós sempre fazemos parte do segmento que tem sido alvo dessa violência letal nossos nossas crianças nossos meninos né Então essa liberação da não só a liberação das armas mas essa coisa de você não poder mais identificar as nossas estamos entrando num território muito perigoso que eu acho que favorece lá pelo final do ano próximo às eleições um tensionamento que justifique ações mais a violentas contra as populações que estão sofrendo
mais com a crise que nós estamos vivendo né os jovens os periféricos a as OS as falas os indígenas então a situação não está melhorando está muito difícil e muitas vezes eu acho que tem sim senhores das morte pensando que eu liberar as armas cria condições para lá para frente ainda nesse ano poder usar as armas contra essas populações que estão cada vez mais vulnerabilizadas é panielle professora vou falar de um tema agora aqui na travessa directamente né eu perdi a Mari com cinco tiros na cabeça em 2018 e de lá para cá a raiva
a vontade de lutar foram sentimentos que estiveram ali ao mesmo tempo o presente em mim no seu livro A senhora fala desse assassinato como um divisor de águas no sentido de obrigar o Brasil a olhar para si mesmo como um país violento e conservador e leniente com a brutalidade cometida por parte de suas elites dirigentes quer saber da senhora o que você tá assassinato da Marielle escancara e deixa ao mesmo tempo para nós mulheres negras para a população negra no geral e também para as pessoas brancas que querem ser anti-racistas E aí e eu eu
penso que sim foi um divisor de águas Neo assassinato da Marielle e e eu penso que escancara como quando os crimes são cometidos pelo uma parcela da Elite mais poderosas São cometidos não são mandados por eles Esse silêncio não é todo todo tempo a gente sabe que é isso né esse silêncio se espalha Então se localiza uma ponta né quem matou e a gente sabe que poderosos estiveram estão envolvidos nisso e a por isso que o assassinato nunca se se resolve e eu acho que se expõe uma uma parte muito delicada da sociedade brasileira né
que é essa que eu já falei que eu falo vários momentos no meu livro que é como é que você deixa os segmentos da ele o barbariza na economia bonecas e são coisas assim que você vê tipo notícia do jornal sobre compra de votos de parlamentares eu até falei para o Daniel Mas é possível isso isso pode sair no jornal Nós voltamos neles para Como assim comprar votos 4 milhões para comprar volto Então tem um determinado então um aglomerado de coisas que é feito por um segmento da Elite e uma dureza muito grande né uma
violência muito grande com a periferia com a favela Então eu acho que o assassinato da Marielle é um ponto bem Evidente disso né Tem um segmento que ninguém mexe tem esse segmento aí que ninguém mexe e Eu muitas vezes e quando alguém é Blue sei lá no banco quando alguém numa farmácia fica me me seguindo para ver se eu não vou pegar alguma coisa eu tô aqui procurando aqui procurando ali eu sempre digo a mesma coisa os grandes ladrões de do Brasil Separação com você não comigo não é porque não tem uma mulher negra nesses
grandes escândalos que nós temos tido que eu acho que a gente precisa de bater mais né discutir mais a maneira como o país lida com segmentos da sua Elite né Guilherme Professora eu queria te perguntar um pouco sobre construção de identidade porque nos seus escritos a senhora fala muito sobre a construção do Medo em relação ao outro né E que isso da base para muitas das questões racistas que a gente tem E hoje como é que se dá essa construção Esse é um ponto inicial para que isso aconteça no Brasil E aí quando eu falo
do medo né do Medo do negro a construção da identidade eu acho que é assim né uma coisa muito delicada é uma coisa aqui não aí se você pensar a identidade Branca a identidade Negra e aí eu não estou falando de branquitude porque para muitos estudiosos branquitude não tem nada a ver com identidade né branquitude seria uma resposta né a uma resposta a violenta né uma resposta de exclusão ao crescimento e a presença de segmentos não brancos em várias dimensões sociais então não tô falando disso mas se você pensa a identidade ela é um elemento
importante muitas vezes a gente coloca uma certa similaridade entre o quê aí dente formação da identidade e formação da personalidade né e pensa e se ficar mente é uma construção é que a gente diz que vem um pouco com coisas que a gente traz ao nascer na minha perspectiva com histórias que estão dentro da gente que nós não vivemos mas que viveram os nossos antepassados e que se mistura com aquilo que nós vamos viver e onde a condição de gênero de raça de identidade de gênero elas estão fortemente presente então essa condição é muito importante
na formação da nossa identidade está bem dentro de um corpo negro né é está bem dentro desse corpo com este grupo negro com a história do negro e é isso que nos faz mal [Música] a possíveis possíveis de ser uns pleno né Então aí tô pensando nós negros nos brancos nós indígenas como é importante mesmo que na escola nas instituições a gente tenha Esta possibilidade naquela Cida há cerca de uma semana a gente viu o caso do torcedor do Boca Juniors no estádio do Corinthians imitando um macaco na arquibancada e ele pagou fiança de 3
mil reais e foi solto foi embora para o país dele a gente também tem nos últimos anos vários casos de pessoas que foram a lojas como a Loja Zara e que eu vim inquéritos abertos para investigação pedido de indenização eu queria falar sobre punição com a senhora fica a senhora pensa em casos de racismo e injúria racial é o que que seria correto a gente tem recentemente a TV um podcast canoar que é o Crime e Castigo do pessoal da rádio novo o restante de Justiça reparar ativa em casos de crimes graves de famílias que
sentaram para conversar depois o que que a senhora entende que é correto para se punir e o que que ajuda a se sentir indenizado numa situação como essa bom então é eu até falei isso acho que quando eu tava conversando com respondendo ao Pedro eu sinto falta de judiciário fazer uma lição de casa que é olhar para os processos de de violência contra a população negra contra crianças negras e tentar entender esse grande número de processos não resolvidos e arquivados porque é desta maneira E aí eu tô falando das forças de segurança eu acho que
é preciso fazer isso é Preciso olhar para a instituição a partir de um diagnóstico feito não só pelo para o percentual de operadores de direito nas instituições de segurança policiais não é preciso Um diagnóstico também no trabalho feito para entender como é que a branquitude e possibilita essa impunidade também eu acho que isso é importante assim eu acho que essa porque sempre eu entendo que o medo né é o medo e uma uma o que eu diria de um certo podemos ficar em um medo mesmo quando você tem um operador de direito que tá se
perguntando se ela que essa pessoa pode esperar o julgamento na sua casa ou tem que esperar preso eu Suponho que quando ele não sou a maioria homens brancos olha para aquele jovem negro aquela jovem medo ele sente ameaça ele sente a não confiança de deixar essa pessoa esperar é em casa então você tem um grande número e a Dina Alves nos mostra Juliana um grande Bom dia de pessoas negras de jovens de luz que não foram condenados e que estão há anos a encarcerados né então eu acho que essa lição de casa preciso fazer é
preciso entender porque esses órgãos são fundamentais né E o nosso monitoramento sobre isso então eu acho que num novo momento que nós vamos viver que eu espero que a gente tem uma presença de parlamentares femininas negras indígenas quilombolas trans maior do que nós temos hoje a gente possa ter uma atuação que permita legislações que é que nos permitam avançar nisso né e monitorar isso e acompanhar isso eu acho que essa pressão social que a gente tem que fazer a denúncia que a gente tem que fazer se dá a gente tem crescente que não pode parar
nunca assim a gente tem visto aí um crescimento alarmante de é de violência contra povos indígenas em territórios indígenas presença de garimpeiros Ilegais é violência contra meninas em a Mamis assassinatos estupros violações e parece que isso fica mais difícil de quantificar e mais difícil da sociedade se engajar porque esse silêncio ainda maior quando a gente pensa nos povos indígenas Porque tem uma questão de que estão longe de que a empresa não tá lá perto de que os órgãos que deveriam apurar também não estão presentes de que maneira a sociedade e inclusive os movimentos negros pode
se mobilizar para fazer com que esse tema Deixe de ser um tema silencioso e ganhe A Urgência que ele merece e eles têm um tido a impressão que nós temos debatido muito mais principalmente a questão do Meio amb do meio ambiente das mudanças climáticas é do que nós fazíamos antes nós não estamos num tempo em que a gente consegue incidir mais sobre o Executivo principalmente a nível Federal também sobre o Legislativo mas eu acho que a gente tem que ampliar o nosso o nosso diálogo com a mídia e com os canais de comunicação tava trazer
mas esse tema está mais presente agora eu sempre quero lembrar o seguinte quando se ataca indígenas ataca as mulheres negras a quilombolas a juventude Negra o que se ataca é um é um outro projeto de sociedade um outro projeto de desenvolvimento de crescimento que esses grupos vem debatendo vivem discutindo Se você pegar o que discutir hoje as mulheres indígenas as mulheres negras são falando de uma sociedade de Bem Viver elas estão falando de uma sociedade onde você tenha uma reação uma relação melhor com a natureza uma relação melhor entre nós onde os bens materiais e
imateriais podem ser compartilhados onde as nossas a nossa atuação seja mais cooperativa então uma Doce ao veja negros indígenas é porque a sica paralisar uma um outro tipo de sociedade né ou a insta é tão verdadeira de uma democracia que não existe enquanto a gente tem esse tipo de violência contra determinados grupos necas essa coisa alguns brasileiros sempre serão tratados dessas dessa maneira isso não não não é o Brasil democrático eu acho que que se focaliza essa proposta de sociedade de crescimento que esses grupos anunciam que é diferente do que a gente tem hoje aí
certa pele Na verdade era só um complemento então Pedro porque quando a Cida fala dessa dimensão é de pensar uma outra sociedade a partir do Bem Viver Como as mulheres negras vêm discutindo é a minha pergunta é como é que a gente é vislumbra aí e leva para políticas públicas principalmente pensando e no governo é mais Progressista né É para um modelo de desenvolvimento Na verdade uma uma noção de justiça socioambiental e econômica anti-racista como traduzir isso em políticas públicas eu sei que no passado é o trabalho que você desenvolveu muitas prefeituras e isso é
possível é vislumbrar localmente transformar Mas é você tem essa percepção de que isso será possível nesse momento sem que sejam cometidos novamente os erros que trazem esse diálogo - plural a partir do campo da esquerda do campo que se coloca como Progressista mas que muitas vezes também reproduz o racismo Então essa minha pergunta bom então eu acho que a gente está não tempo bom no Ano Bom para isso no momento bom é Como disse eu senti muita força e eu tenho visto uma crescente impaciência da Nossa Juventude olhando as barbaridades que aqui nós temos visto
então eu acho que incidir esse ano de uma maneira muito focalizada não é por a mudar nosso executivo para mudar o Parlamento isso é a grande possibilidade que nós temos na mão aqui agora e tem os grupos estão se movimentando a gente tá vendo o movimento da uniafro da coalizão negra nós somos vendo a do educafro nós somos vindos diferentes grupos negros as mulheres negras os professores gente está trabalhando com um grupo de professores que vem do edital e cuidar de raça a ação básica eles estão se reunindo para pensar proposta para fazer propostas para
os governos sobre como tratar a questão da desigualdade racial nos seus planos de governo a questão quilombola Então a gente tem um movimento crescente aí né e eu acho que a gente tem que fazer sim a gente tem que ter como interessante racista a gente tem que ter a espalhar isso no país inteiro poder conversar sobre sobre isso e poder auxiliar a ampliação da pluralidade de mulher negra indígena Natal no Parlamento e no executivo eu acho que a gente tem um ano Fantástico para isso e os movimentos sociais em particular o movimento negro sempre teve
no campo mais Progressista é lá que a gente tem que incidir porque lá também tem essa dificuldade além de incluir de maneira é e de acordo com a realidades diferentes segmentos mas lá tem um território onde os movimentos mais dialogam em particular o movimento negro Então temos que incide lá só um adendo essa questão você disse que tem esse ambiente mas a gente também assistir no país cada vez mais ameaças aqui ali a própria continuidade da Democracia né nem e críticas ao sistema eleitoral sem que haja qualquer comprovação de que ele é permeável a fraudes
e fica no ar na semana passada o presidente verbalizou textualmente que a eleição pode nem acontecer se coisas anormais que ele não diz quais são estiverem ocorrendo é você acha que aí para Além da questão racial os Democratas do Brasil estão preparados a resistir caso vem algo desse tipo e as instituições também e eu espero que sim eu também concordo é por isso que eu disse agora a pouco sobre as armas né cadê a liberação das Armas a desidentificação para que no final do ano se crie possibilidades de diatoar o confunde a tua mais violão
violentamente em conflitos que o que que estão sendo comentados agora né então eu também eu vejo mesmo essas duas tensões eu também tenho medo do que do que eu tenho visto né e um pouco é a história é um pouco desse do nosso país né que em determinados momentos é este o caminho é o caminho da violência o caminho do autoritarismo Você tem visto isso nas faixas aí na rua que se quer de novo e a presença violenta né dos militares é no nos governos então eu também me assusto com isso mas eu também vejo
né é o que é que eu disse do carnaval Mas o que eu tenho visto nos movimentos negros nos movimentos de mulheres na reação indígena uma é um protagonismo crescente no sentido de tornar esse paz um pouco mais um lugar para todos nós Serra Pedro Cida você também se debruçar muito sobre o mundo do trabalho EA gente tem visto esse mundo do trabalho virar de ponta-cabeça as leis trabalhistas cada vez mais fracas a gente vê também muitas denúncias de trabalho escravo é eu queria te perguntar como Você prevê as relações de trabalho no Brasil sobretudo
para o povo negro eu acho que a gente tem Nova eu acho que a gente tem novamente que te todas as forças né do mercado de trabalho a e conversando repactuando eu acho que você precisa ter as políticas os órgãos públicos responsáveis pelas políticas públicas na área do trabalho Ministério do Trabalho delegacia é Secretaria de Trabalho os movimentos sindicais a os órgãos de pesquisa sobre a situação dos trabalhadores como é que tá essa situação e os empregadores os representantes patronais todos eles sentado de alugando sobre sobre Como enfrentar a provavelmente a maior crise que a
gente já teve no trabalho como enfrentar porque vamos ter que retomar né todas as redes de proteção os órgãos que a gente tinha para poder cuidar disso para cuidar poder cuidar do trabalhador e eu sempre acho que tem que ser quadro e paz É mas você tem que ter a política pública você tem que ter os representantes dos órgãos que representam os trabalhadores os empregadores e o movimento sindical movimento a social que é quem impulsiona todos os outros para avançarem neste Campo da Equidade de raça de gênero Oi Aniele Oi professora eu vou mudar um
pouquinho tema rapidamente eu comecei a estudar e me debruçar um pouco mais na história das mulheres negras 2018 E aí a gente encontra temas controle da div uma piedade a gente encontrar alguns lotes falando da raiva a gente tem Sueli Carneiro ali Pioneiro trazendo colorismo e eu sinto que tem sempre uma urgência para nós mulheres negras de tratarmos coisas que nos atravessam que nos cortam aqui né a gente tá ali Vivendo como por exemplo a carta do bem-viver 2015 e eu queria saber da senhora se não fosse tão urgente escrever sobre branquitude o que que
a senhora escreveria sobre Qual assunto a senhora gostaria de escrever também E ai que questão que não algo que não envolvesse Relações raciais relações de gênero talvez entrasse numa uma coisa que eu amo tanto eu gosto muito de ficção Eu gosto muito de romance Então se tivesse que mudar e é muito muito interessante sua pergunta Eu mudaria totalmente sairia deste território tem muita gente escrevendo escrevendo coisas legais eu gostaria de me desafiar a coisas a temas com os quais eu nunca mexi né e eu sei o que não seria não seria o que eu escrevo
até hoje e também estaria lendo outras coisas é talvez para escrever talvez sobre nós mas de maneira o mal através de romance você já ensaiou se eu vou piria com tudo que eu já ensaiou alguma coisa a outra vez as minhas inscrito no meu computador uma aqui outra acolá aí eu queria mudar mudar de rumo né então o seu editor Ricardo teperman que eu sei que está nos assistindo já tem aí esse próximo livro encomendado E com isso a gente encerra o nosso programa agradeço demais por essa gostosa conversa Agradeço também aos meus parceiros aqui
de bancada anielle Franco Guilherme Henrique o Daniel Teixeira Marcela Franco Pedro Borges e Paulo Caruso que era desse sobretudo a você tem uma sua audiência nesta noite em todas as semanas promover a Equidade de gênero e de raça é um desafio para todas as a sua públicas e privadas democratizar os acessos e as oportunidades significa combater a ideia velada segundo a qual alguns teriam mais mérito e direito a ocupar certos espaços quando muitas vezes essa é apenas uma forma de perpetuar privilégios Que nada Tem de meritocrático você fica agora com o senhor Brasil O Roda
Viva volta na próxima segunda-feira às dez da noite e eu espero você lá tá [Música] [Música] a Inovar para evoluir Bradesco [Música]
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