Programa fala sobre a reforma psiquiátrica no Brasil
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NBR ENTREVISTA - 26.08.16: Programa convida o Ingrid Quintão, do Conselho Regional de Psicologia do ...
Video Transcript:
olá no brasil durante muitos anos o destino para pessoas com transtornos mentais era um isolamento os manicômios eram verdadeiros depósitos de indesejáveis o que mudou desde a reforma psiquiátrica é o que vamos mostrar no nbr entrevista de hoje aqui comigo ingrid que então ela é do conselho regional de psicologia do distrito federal ou ainda de muito obrigada pela sua presença obrigada eu acho que é muito importante é falar sobre esse tema que muito esquecido na sociedade então eu agradeço em nome do conselho regional de psicologia que o distrito federal bem pra gente ter uma noção de como as pessoas com transtorno mental eram tratadas no passado a gente separa um trechinho do programa caminhos da reportagem da tv brasil sobre o colônia o maior hospital do país vamos acompanhar o colônia é como ficou conhecido o primeiro hospital público de psiquiatria de minas gerais a criação do hospício foi um prêmio de consolação para a cidade de barbacena após perder para belo horizonte a disputa pela capital do estado colônia fruto do contexto histórico e social que o qual ela resultou ela é uma é uma entidade pública 11 uma estrutura foi criar criada por um governo que tinha uma lógica de de cuidados de pessoas com doenças mentais que ela própria daquela época a jornalista daniela arbex fez uma vasta pesquisa sobre o colônia escreveu uma série de reportagens e um livro sobre o assunto ela descobriu que logo nos primeiros anos o hospício já havia começado a virar um depósito de seres humanos eu fui buscar no arquivo público mineiro é a documentação de superlotação desde o primeiro registro pela lotação desde 1911 saber disse salva de palmas com o passar dos anos a situação só piorou em 1960 um lugar projetado inicialmente para 200 pacientes existiam 15 mil a superlotação do colônia foi um dos problemas denunciados pelo jornalista irã firmino no final da década de 1970 em reportagens publicadas no jornal o estado de minas encontrei milhares de mulheres nuas la abandonado fazendo necessidade ao ar livre com todo mundo com gobbi china entrou lá só sai quando morre na cruz muro nome não tem como fugir lá então lá é um celeiro então de todo mundo quer um doente mental entre aspas excluídos sábado nos porões da loucura o livro de iran feminino inspirou o cineasta helvécio ratton um dos poucos que conseguiu entrar no colônia para fazer imagens do que acontecia por lá o registro foi eternizado no filme em nome da razão e você escrevesse alguma coisa mais chocante daqui toda a condição dali humana era chuca sincera era algo muito forte me lembro até hoje se claramente dos cheiros que a gente sentiu assim sabe sabe o cheiro de de sofrimento de suor de de saber de fezes sujeira né é algo que ficou impregnado pra mim é bem impressionante então esses relatos chocante ouvir isso aí enfim as pessoas eram largadas tratadas como bicho como animais porque que esse desrespeito predominava bom carla é muito importante entender antes a história né então é a questão dos transtornos mentais da loucura quando nós falamos de transtorno mental a gente está falando da loucura ela esteve presente na antiguidade teve 11 um avanço da compreensão em relação a esse tema então na antiguidade era dessas pessoas eram vistas como pessoas divinas ajudavam inclusive no nas decisões tomadas pelo estado e já na idade média nessas pessoas foram sendo marginalizados né vistas como pessoas tomadas pelo demônio e isso foi sendo incorporado na sociedade e foi o que fez com que é nesta época inclusive no brasil nós chegássemos a essa barbaridade é comparada a campos de concentração que eram os manicômios então é está muito relacionado com a cultura social com o que nós queremos afastar queremos tirar de perto né o diferente então tudo nessa época que era diferente que era um é todos eram encaminhados para os manicômios então mulheres adúlteras na época mulheres gravidez gravidez indesejada homens que cometiam pequenos furtos então toda o que era desejável e se excluída a sociedade é encaminhado para os manicômios e nós chegamos a ver é esses verdade essa verdadeira tortura que a gente encontra no vídeo que é muito chocante de fato pesava também a questão da falta de conhecimento limitação é de conhecimento médico preconceito demais né nós tínhamos há ainda predominante a antiga psiquiatria nem saber que era alcançado que era tomado para excluir essas pessoas que eram não é a forma de cuidado é completamente vinculada ao tratamento medicamentoso né sem contato com a sociedade então as pessoas eram levadas para lá e esquecidas pela sociedade pelos familiares né porque existe alguém né médicos psiquiatras nessa época enfermeiros sem formação em tem compreensão da saúde mental compreensão do que essas pessoas estavam vivendo ali né então elas eram levadas a fazer esse tipo de tratamento degradante com essas pessoas e aí o que nós vemos é que é a psiquiatria tem tido um certo avanço na a idéia era que saísse dessa perspectiva exclusivamente mika medicamentosa para uma perspectiva mais psicossocial uma perspectiva mais humanizada bom trazendo para os dias de hoje e quais os tipos de doenças mentais existentes bom é quando a gente fala da loucura agente basicamente está falando dos transtornos de humor tão a gente coloca aí os conhecidos transtornos bipolares né a esquizofrenia né a depressão nem todos esses e se todo esse quadro leva as pessoas a um sofrimento intenso que seria que viria em forma que vem em forma de surtos psicóticos né alucinação que tem a ver com a pessoa é quando uma pessoa acredita que está havendo de repente baratas né e e se assusta e fica muito incomodado com isso delírios onde a pessoa acredita que está sendo perseguida é uma espécie de delírio persecutório então nós temos aí é a depressão né que pessoas que chegam a cometer tentativa de suicídio um sofrimento muito intenso nem o transtorno bipolar com as pessoas ficam bastante eufórica cm período de mania que é o que muitas vezes assusta a as pessoas e que faz com que as pessoas aos familiares a sociedade queira levar essas pessoas para inserir nesses lugares né que são os manicômios a diferença entre doença mental o transtorno mental na verdade esses nomes nessas nomenclaturas são todas para indicar a questão da saúde mental neodi está transformando em tal doença mental é para falar sobre a loucura né mas hoje nós avançamos nós estamos avançando para outro conceito que seria saúde mental o que seria isso né é entender que esse campo dos transtornos mentais das doenças mentais né pode ser cuidado de outra forma que não significa a cura nós não estamos buscando a cura nós estamos buscando um equilíbrio para essas pessoas então é por isso um avanço nenhuma tentativa de mudança dessa perspectiva social a busca pela por uma por uma lei né que a gente vai falar a lei 10. 216 né foi uma luta histórica nós começamos isso lá em 78 com a vinda de um precursor da saúde mental foi baságlia né um psiquiatra italiano que o visitou o brasil na década de 70 visitou o colônia né em barbacena e que comparou é o estado da saúde mental no brasil aos campos de concentração um verdadeiro holocausto né então e ele veio começou a apontar essa semente da saúde mental que é nós precisamos tratar no brasil as pessoas com o transtorno mental de outra forma em liberdade e dizer que isso seria possível e foi quando nós começamos a pensar é a lei que tramitou desde 92 até ser até ser implementada em 2001 a lei 10. 216 da reforma psiquiátrica foram 12 anos de luta né e hoje nós temos aí 14 anos né de vigência da lei em temos muito a fazer bom naquela época as mães internadas eram obrigados a se afastar dos filhos esses filhos iam para a adoção enfim o papel da família como é que fica a questão da inserção familiar dentro do tratamento é com esse paciente que tem transtorno mental naquela época se a mãe tivesse um filho dentro do manicômio ele era separado dessa mãe né cortado imediatamente aquele laço que ele vive com a mãe e as pessoas eram levadas à adoção e causando ainda mais o sofrimento das pessoas né ea família não tinha mais é tutela não tinha uma não tinha mais controle sobre aquelas pessoas que estavam nos manicômios então era outra lógica né a família passou passa não passava mais a ter contato com aquela fica aquela pessoa e era um saber saber psiquiátrico saber do manicômio que vinha pra cá a figura ali e dizia que essa pessoa nunca mais iria sair dali então a família não tinha mais contato que é completamente impensável hoje né a idéia hoje é que a família venha para o centro que ela entenda que apesar de sofrimento apesar de nem a gente não descarta o sofrimento que os transtornos mentais trazem mas que é a família é o principal ponto de referência é de cuidado para essas pessoas então os serviços que nós temos hoje que nós temos buscado é a implementação eles colocam a família nesse centro procurei dado para a oferta de cuidados que cuida da família também né então não há mais necessidade de afastar os filhos dos seus pais é a onde está escrito esta é a pergunta é onde está escrito que uma pessoa com transtorno mental não pode ser mãe não pode ser pai né isso não está em lugar nenhum então nós temos que pensar que as pessoas têm os mesmos direitos né de estar na sociedade viver na sociedade como todos com o brasil hoje vive a experiência né de uma epidemia de dependentes químicos a gente tem a questão do craque né existe essa discussão em relação à internação compulsória são casos é diferente do ponto de vista clínico o caso dependente químico internação compulsória e quem tem transtorno mental bom a o transtorno mental ele está envolvido ele está dentro do rol da política nacional de atenção psicossocial né a política de saúde mental do do brasil então muitas pessoas que fazem uso de substâncias químicas elas têm sim podem vir a ter transtornos mentais né então há uma uma perspectiva de cuidado com o capsi centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas né que oferta o cuidado para as pessoas usuárias de drogas do do crack o usuário de crack por exemplo né com a perspectiva outra crescer ea redução de danos nós temos os consultórios na rua que as pessoas vão para rua atenção que é consultor da rua na rua ele é da atenção básica da saúde né então os médicos e psicólogos nem os enfermeiros eles vão até a rua para entender qual é a realidade dessas pessoas que lá estão fazendo uso de crack então a idéia não é internar compulsoriamente nós temos hoje uma é refugiado mascará da mente é os novos manicômios que são as comunidades terapêuticas que estão aí com uma intenção velada de ofertar o cuidado pra pessoas usuárias de drogas mas muitas vezes com terapias torturantes degradantes nós sabemos que existem é comunidades terapêuticas que mandam o sujeito cavar uma cova é e se utiliza disso como uma terapia de choque então cabe a sua cova está vendo essa copa é aí que você vai parar se você não usa não parar de usar a droga não é essa a nossa ideia de saúde mental para usuários de crack a internação compulsória ela estar pra ela está prevista na lei 10.
216 de 2001 como último recurso quando pessoas os recursos extra hospitalares que são os serviços é de saúde mental fora do hospital não são mais suficientes para acerto então daqui a pouco a gente continua vamos agora uma rápida pausa até já estamos de volta com nbr entrevista que hoje conversa com ingrid que então do conselho regional de psicologia do distrito federal a gente vai assistir agora um vídeo que mostra um pouquinho do hospital psiquiátrico juliano moreira que fica lá no pará vamos conferir me causou um grande espanto foi quando eu comecei a penetrar no hospital e ver o que se vier um campo de concentração nazista doente gentle sujos de spears jogadas pelo chão não dou não tinha um leito não tinha um cão tinha nada do rio pelo chão sujo uma coisa que me estarrece era os pátios para os pátios geram o reputado eles ficavam lá poder chengdu no tempo compreendeu nem não não vi um médico eram poucos os médicos beyonce bt com pacientes crônicos primeiro ato meu quando assumi mesma direção foi derrubar todas as grades eu levei um ano pra tá jogando já que o hospital estava tão destruído por ver o mar quando eu regressei conformação de de equipes interdisciplinares não perdeu reuniões periódicas com vendeu com prática de esportes para os pacientes passeios com os parceiros da comunidade eu comecei a abrir as portas a mostrar que o irã eram com como a comunidade fechar pessoas perigosas que eu agredi que o matthaeus for lá é matheus lemos 34 paciente eu me lembro bem de novo levantando os pacientes do chão dopado e começamos corajosamente ao saber da ação e no final desse curso 2 34 matriculados 17 alfabetizaram é que muitos dos pacientes que estão hoje aqui residindo aqui eles estiveram no juliano moreira em algum tempo nós temos por exemplo pacientes que estão aqui há 22 anos né que estiveram lá no domingo o militante fala assim que os pacientes daqui são remanescentes do juliano moreira hoje a gente tem aquilo se as pan é um conceito de atendimento de assistente muito diferenciado do que era eles participam de várias atividades ele sai daqui o passeio eles fazem lanche terapêutica alguns bom e compra as roupas que eles querem aqui dentro mesmo nós temos atividades como oficina de dança nós temos uma escolinha né que tem dois pacientes que estão estão aprendendo a ler ea escrever bem grande como é que está a questão da saúde mental nos dias atuais o que mudou desde que entrou em vigor a lei 10. 216 bom a lei 10. 216 como eu disse foi uma vitória é uma conquista de luta de anos do movimento chamado movimento da luta antimanicomial que começou aí a sua luta com a vinda do baságlia então em 2001 nós é instituímos a lei né e começou se uma luta pelo pela implementação dessa lei é tanto é que nós temos a portaria e atenção psicossocial 3088 em 2011 então de 2001 a 2011 nós conseguimos é falar de todos os serviços de toda a lógica de assistência à saúde mental apenas em 2001 mas já existia os capes o centro de atenção psicossocial a partir da vigência da lei até mesmo anteriormente né com a luta de descer de servidores é do sistema único de saúde então qual é a idéia da lei a lei ela ela vislumbra né movimento territorial um atendimento onde essas pessoas possam é ter contato com a comunidade onde essas pessoas possam inclusive trabalhar andar de bicicleta e na padaria comprar pão na então é o capsi centro de atenção psicossocial que é o grande é serviço a grande unidade de apoio às pessoas com transtorno mental ele traz uma perspectiva de saída dessas pessoas dos muros dos manicômios então qual é a lógica de um tratamento multidisciplinar um tratamento onde ele vai ter não só o acompanhamento é medicamentoso mas o acompanhamento psicológico acompanhamento comunitário o acompanhamento de uma terapia ocupacional por exemplo né ea idéia é que esse serviço seja é vinculado a todos os outros nem que seja de uma seja em forma de rede mesmo né com as residências terapêuticas com os centros de convivência centro de cultura é os hospitais é os hospitais-gerais né pra que a gente não necessite né toda essa rede para que para que a gente não necessite encaminhar essas pessoas a manicômios né porque a gente já sabe com o advento da lei nós já entendemos que os manicômios são desnecessários na nossa sociedade e aí a gente tem mostrado a cada dia que com a construção é diária permanente desses serviços não é cada vez mais a gente vai precisar de menos leitos psiquiátricos nos hospitais financiados com dinheiro público hospitais psiquiátricos como colônia juliano moreira ainda existem no país infelizmente eu vou ter que dizer que nós temos ainda essa realidade no brasil nós é em 2001 nós tínhamos mais de 53 mil leitos né mas avançamos muito hoje nós temos em torno de 23 no leitos já conseguimos diminuir bastante os leitos psiquiátricos neto dentro desses hospitais mas nós ainda temos essa realidade que é uma regra hoje focada ainda nessa perspectiva hospitalocêntrica né então é a idéia é que a gente de fato criminais katz capps do tipo 3 que permite inclusive internações curtas pra quem crise o paciente né não precisa ser encaminhado para nenhum hospital psiquiátrico que em brasília por exemplo nós temos o hospital são vicente de paulo que infelizmente se nós fizéssemos uma visita agora nos encontraríamos maquiar da mente claro né pelo menos mais limpo mas nós encontraremos situações parecidas com o que nós vimos no vi no vídeo anterior então é a gente precisa ainda avançar como uma mudança cultural as pessoas precisam entender que a mudança parte de cada um de nós os manicômios somos nós então eu costumo dizer que existem manicômios mentais né a gente sempre quer o diferente a pessoa que dá trabalho distante então a idéia é que a gente aprenda a conviver com o diferente né ea gente pare de excluir essas pessoas você já falou um pouco do papel dos capitães é que são os centros de atenção psicossocial efe o número é suficiente para atender à demanda hoje no país bom a gente tem hoje no país em torno de dois mil e trezentos capps né é tem uma cobertura é boa mas nós precisamos de muito mais né a idéia é que todos os municípios do brasil tem um centro de atenção psicossocial para que a pessoa próxima a sua casa em qualquer município tenham uma uma dificuldade perceba que o seu parente o seu amigo tem um problema uma questão relacionada à saúde mental né procure o capsi e faça prevenção inclusive de crise nós ainda temos que avançar muito aqui no distrito federal por exemplo nós precisamos de muitos capítulos ainda e precisamos inclusive de comunidade residências terapêuticas nós não temos nenhuma a exemplo diferente de minas gerais que temos experiências exitosas simas né com pessoas que estão é vivendo em comunidade fazendo tratamento em liberdade não se falou nas residências terapêuticas e como funciona esse modelo qual é o papel dessas residências as residências elas têm um papel fundamental na luta é antimanicomial por uma por uma sociedade sem manicômios então é um serviço né do estado um serviço público onde oferece né ele evolui na linha na visão da desinstitucionalização que isso é tirar é mais que tirar as pessoas dos manicômios e levar provas para as residências onde elas vão viver ali é em comunidade vão no máximo oito pessoas nelas vão fazer a sua própria comida elas vão é ter autonomia como eu disse pra ir na padaria conversar com vizinhos a idéia é que seja dentro da comunidade uma casa como outra qualquer né e que saia por exemplo quando a pessoa perde o vínculo familiar neo tenha dificuldade de de volta pra pro a família não tenha esse vínculo familiar que ela possa viver nessas residências terapêuticas sem mais uma vez necessidade de viver nesses campos de concentração de que forma a gente deve proceder e se ficar comprovado que um ente querido nosso amigo nosso têm algum transtorno mental que a gente deve fazer bom imediatamente buscar o centro de atenção mais próximo de casa a atenção psicossocial cap's é e fazer uma avaliação com a equipe multidisciplinar psicólogos psiquiatra assistente social terapeuta ocupacional fazer um plano individual terapêutico né de cuidado com essa pessoa é visando os interesses dessa pessoa particularizado ness em que seja uma coisa coletiva e nada individual neca em caso de crise o ideal é que ele seja encaminhado caso tem o cap 3 né para o cap 3 ou para o hospital geral da cidade mais próxima onde ele vai ser cuidado medicado contido a crise e redirecionado ao cap para que ele possa ter é esse momento mais cauteloso é de cuidado conjunto com a família né e sempre retornando para o lar o tratamento liberdade é um direito é uma conquista sem volta certamente né a lei 10.
216 veio para mostrar que nós não podemos mais é ser se ao direito à liberdade das pessoas então nós é temos aí a certeza de que nós estamos no caminho certo né então qualquer caminho qualquer direcionamento oposto disso nós já sabemos que é no sentido de tirar os direitos das pessoas então a reforma psiquiátrica saúde mental a lei 10.