olá agora que você já me conheceu um pouquinho sabe que eu sou médico sabe sou pediatra sabe que eu sou pai de uma criança autista e tenho seriedade no assunto sabe que eu não vou vender aqui milagrescura nada disso que eu quero mostrar para vocês o caminho adequado do autismo a gente precisa vir antes de entrar em critérios diagnósticos antes de falarmos sobre o tratamento tratamento farmacológico antes de falar sobre exames necessários ou não antes de falar sobre níveis de autismo entender um pouco da história do autismo porque quando a gente olha a história a
história nos lega coisas belíssimas ou não mais algumas enverdades alguns mitos são dito tantas vezes que se tornam realidades e hoje quando a gente pensa na facilidade da informação a cada segundo uma mensagem no WhatsApp um vídeo no YouTube um vídeo nas redes sociais Olha isso aqui isso daqui isso daqui e a gente precisa Então trazer a história do autismo para que você esteja mais firmado em uma rocha para que você não se perca nesse caminho e quando a gente fala da história do eu digo que ela é importante porque senão muitos vão falar o
autismo é uma modinha o autismo veio agora agora a gente está tendo essa doença essa condição esse transtorno e vocês vão perceber que o autismo Ele é bem mais antigo do que a gente possa imaginar com relatos na literatura claro que as doenças psiquiátricas as condições psiquiatras os transtornos do neurodesenvolvimento sempre existiram numa ordem natural talvez a 150 anos atrás 200 anos atrás vivíamos em um meio mais Rural onde aqueles que tinham inabilidades ficavam cercado dentro da sua própria casa não socializando então não tínhamos ali o conhecimento muitas vezes da dificuldade que aquele vivia ou
o contrário como era uma criança que tinha muitas dificuldades imagina por exemplo um autista Severo nível 3 um verdadeiro autista nível 3 que não comem se a gente tinha uma proporção de 30% de mortalidade infantil no século passado não deveria ser mortalidade de uma criança até a nível 3 quando a gente está falando aí dos anos 1700 1.600 1.500 essas crianças morriam essas crianças não cresciam infelizmente é uma realidade que a história nos Nega porque se eu tenho de crianças típicas Na década no século passado nos anos 1900 quase 30% de mortalidade infantil por parasitose
por desnutrição você vai se lembrar Muito provavelmente aí que o seu avô sabe seu avô que já morreu já morreu já tem 10 ou 20 anos ele tinha lá 12 13 irmãos sendo que dois três morreram era assim até mesmo Talvez os seus pais aqueles pais que tiveram oito nove irmãos que é o meu caso minha mãe ela tem sete irmãos então a gente tinha assim mais imortalidades infantis e lógicos pacientes com maior dificuldades naturalmente sofriam mais mas de forma literal agora de literatura desculpa e não apenas aqui refletindo a respeito de tudo isso a
gente começa a falar mais do autismo por volta ali do século 18 1798 conto de Victor de aveiron Victor de aveiron ele encontra um rapazinho um menino ele adota essa criança e que posteriormente na França Vitor de verão na França é recebeu até um filme que foi inclusive premiado ao Oscar chamado Menino Lobo e esse filme retratava Um menino que tinha comportamentos que mimetizavam um animal hábitos inadequados de comer aptos inadequados de socializar dificuldade social dificuldade de brincar então a gente começa aqui opa pera lá então tem 200 300 anos quando a gente pega na
Índia talvez alguns de vocês já viram uma imagem de um lobo ou um cachorro a depender de como você olha a coisa onde tem duas meninas assim debaixo da teta daquele cachorro daquele Lobo a gente está falando das irmãs a mala e com a mala que foram adotada por um orfanato a menor mala morreu logo depois ali naquele orfanato e a kamala irmã maior que morreu por volta de 8 anos tinham dificuldades na socialização dificuldades alimentar não falavam a camala que também morreu mais tarde ela terminou a sua vida ali por volta dos 8 anos
falando aproximadamente 50 palavrinhas a gente sabe que um repertório de um adulta 57 10 mil palavras e a camala terminou Aos 8 anos falando 50 palavras Inclusive a descrição é de amá-la irmã mais nova que ela tinha dificuldade de se alimentar então naturalmente morrer desnutrição lógico isso virou um folclore todo por isso essas imagens e tudo mais então a gente tem sim alguns relatos não ainda com o nome de autismo mais que a gente percebe nitidamente que se tratava de alguém dentro do transtorno do espectro autista de uma forma lógico muito mais atenuada uma forma
muito mais expressiva do espectro mas que estava ali sempre bateu a nossa porta falando olha sempre existe isso não é modinha isso não surgiu agora como aqueles negocinho que roda ali ah surgiu aqui agora nesse momento então não funciona assim mas trazendo parte da parte científica a gente tem a primeira vez que a gente traz o nome autismo por eudiler em 1908 ele traz ali Lógico é uma psicopa psicopatologia esquizofrênica que dentro dessa psicopatologia esquizofrênica nós tínhamos é uma retraição da socialização o autismo no início do século passado ele estava muito associado a esquizofrenia a
gente vai ver que a gente consegue de secar e mudar isso mas então quando a gente traz ele inicialmente é o termo né E até se a gente for pensar no próprio termo né altos para dentro para siismo pertencimento alguma coisa né se você for pegar a palavra por exemplo islamismo pertenço ao Islã é catolicismo pertenço a católica cristianismo pretenso a Cristo então pertenço ao meu eu ao dentro ao meu meu próprio um retraimento de mim mesmo então o termo uma origem grega com uma origem em latinha a gente tem o termo altoismo pertence a
mim mesmo dentro do meu mundo na minha introspecção e lógico isso era ótica que nós tínhamos no início do século passado falando aí de 120 anos atrás depois de eugenie lógica e começa a se haver cada vez mais descrições relatos existe uma pessoa muito esquecida chamada as unhas sucraieva em 1925 mais ou menos ela descreve algumas características que depois ranza Asperger Muito provavelmente a plagiou e a gente vai falar sobre ranza Asperger e seguindo de ordem cronológica em 1943 Léo canner ele descreve nos Estados Unidos crianças que tinham dificuldade na reciprocidade na socialização padrões restritos
dificuldades na comunicação Esse estudo que Câncer em 1943 contava com oito meninos e três meninas e lógico também ali é importante dizer isso Ele deixou a entender que aquelas crianças eram pouco estimuladas pelos seus pais ou pouco cuidada pouco incentivada e fazendo até uma menção ali que talvez o pouco estímulo gerasse aquele transtorno depois de Câncer em 43 nós temos o próprio hansager pediatra austríaco que vivia na Alemanha que Muito provavelmente participou do regime nazistas pelos registros históricos trazendo ali é uma ótica diferente ele falou Os Pequenos professores diga Os Pequenos professores porque quando a
gente sempre fala de asper de autismo a gente vai perceber que este estudo publicado por anz asper era diferente do publicado por Léo canner Léo canner era a criança que não falava não socializava não brincava padrões restritos aquela coisa toda que vocês conhecem a gente dizia pequenos professores crianças que tinham dificuldades sociais crianças que tinham dificuldade de comportamento mas que falavam muito acima do que era esperado para sua idade claro que esse falar ele estava muito mais no assunto sobre o seu interesse sobre as suas habilidades sobre o seu hiperfoco mais conhecido como pequenos professores
e aí lógico Depois desses Ainda sempre fazendo uma associação direta esquizofrenia a gente vive uma segunda fase que é a culpabilização da mãe a culpa aviação da família isso foi muito enraizado por um por um psicólogo que depois inclusive Este é percebemos que nem psicólogo ela mas que de fato tinha ali muita facilidade com as palavras tinha muita facilidade é com o diálogo tinha ali realmente uma uma sensibilidade grandíssima em persuadir em falar e tudo mais é e esse personagem é Bruno better fugir na mente por isso que eu demorei um pouquinho aqui que eu
tô tentando fazer de ordem cronológica Bruno bettering publicou artigos falando que aquelas crianças que não recebiam o estímulo dos seus pais estímulo das suas mães tinham ali realmente comportamentos que mimetizavam o autismo inclusive ele escreveu um livro chamado Fortaleza vazia que traz isso de forma mais forte ainda é mostrando ali que era por falta de estímulo Bruno Beto tem um raio tira sua vida já na Sua serenidade sem se retratar mesmo tendo ciências de muitos estudos então nós temos essa primeira fase de esquizofrenia Associação a esquizofrênico temos o nome autismo temos alguns personagens importantes como
eu de emblema em 1908 temos o próprio Léo kamerina 43 temos o arranjar 44 e sim cada vez mais está em desuso porque em 2013 Mudamos o dsm-5 né então Aqueles transtornos globais negro de desenvolvimento e o síndrome ele entra como transtorno espectro autista mas há sim um desencorajamento para que a gente deixe de falar síndrome de Asperger isso muito por conta de um livro chamado as crianças de asperge escrito por editer onde ela mostra claramente que asperge fazia parte do Regime nazistas mas não só fazia parte regime nazista ele também fazia parte de um
grupo que decidia se aquelas crianças não educáveis viviam ou morriam então ele participou diretamente da morte de crianças não educaiveis que talvez sejam justamente crianças autistas então acaba sendo até um antagonismo né alguém que ganha o nome de uma síndrome mas que fez parte diretamente de óbito de crianças ineducáveis mas fato é que independente é se usamos o nome Ramos asper Síndrome de Asperger ou não é que a criança asper gera uma outra criança a criança asper a criança áspera já aquela criança que tem uma habilidade na fala muito avantajada porque quando eu falar sobre
os critérios diagnóstico vocês vão perceber lá é não falar falar pouco ou falar excessivamente falar de forma inadequada falar é sem filtro falar mais do que o comum porque se eu tenho uma criança de 18 meses que eu espero que ela fale entre 10 e 50 palavras se eu tenho uma de 400 palavrinhas também não faz sentido e a gente tem que olhar se excepcionalidade Claro pode ser uma excepcionalidade mas a gente tem que estar sempre atento a tudo isso seguindo Essa ordem depois aí com Bruno Beto tem um Rainer fazendo esse desse serviço mas
também nós entendemos que era o contexto eu não tinha Como avaliar essa parte genética Nós entramos no momento agora onde a gente começa a perceber os fatores ambientais os fatores genéticos influenciando Hunter publica faz publicações Mas tem uma especial com gêmeos mostrando ali essa Associação Opa gêmeos com o mesmo transtorno Hunter inclusive na Inglaterra que depois ele de alguma forma reconhecido como um dos Pais da psiquiatria cria um dos primeiros check-list para que a gente possa estar atento ao tea E aí agora já na década de 80 principalmente com a mudança do dsm enquadrando agora
o autismo não mais como a condição esquizofrênica como uma condição mesmo transtorno do neuro desenvolvimento ele ganha um lugar no dsm O dsm que é o transtorno de doença manual de doenças né psiquiátricas ele ganha ali esse dsm E aí lógico em 1980 começou-se a disseminar mais ter mais informação a respeito do assunto então o autismo se a gente for parar para pensar até em 1980 ele nem fazia parte diretamente dos transtornos das condições que faziam parte ali desse dsm3 tem uma pessoa muito importante também que a lorna wing mãe também de uma criança dentro
de transtorno uma menina é que tem a responsabilidade pegar alguns estudos principalmente do asper ela que popularizou a síndrome de Asperger E aí é mediado a um movimento pop posso dizer assim principalmente com um filme relevante dois filmes Inclusive tem o Rayman com Dustin Hoffmann e Tom Cruise e também tem um filme que não me lembramente agora o nome do filme que é com Leonardo DiCaprio Johnny Depp até o pessoal vai colocar aqui ao lado eles vão pesquisar e mostrar para vocês que mostra ali o autismo e isso daqui começa a se popularizar claro que
no caso do Rayman uma coisa que eu poderia dizer assim inadequada porque ele ali tá falando sobre o savan e a gente sabe que o savan não é a realidade não é aquilo que é muito natural claro que quando a gente pensa também a respeito do que a gente tem agora de informação é The Good Doctor a advogada autista advogada nem sei nunca assisti essa série então a gente tem ali lógico alguns estereótipos alguns arquétipos Talvez uma construção ou uma desconstrução do que é o autismo mas a gente sabe que aí começa a se as
pessoas saberem mais do autismo então a história do autismo ela vai passando de kanner de asper de eudible Michael Hunter lorna Wing na década de 80 e neste caso também começa o movimento cultural e aí nós temos algumas mudanças né em 94 estamos mais tá mais claro o transtorno do espectro autista para muitas pessoas no caso a época o autismo E aí 94 nós temos a associação do Cid com o dsms dsm4 para facilitar a compreensão em todos os lugares do mundo e além disso alguns desses serviços por exemplo Como o próprio mito da vacina
então para você aí que fala Ah meu filho tem autismo por conta de vacina pode ser um desencadeador do autismo entre wakefield 98 publicou um estudo pequeníssimo que foi publicado então o jornal de muita referência um estudo com aproxima 12 crianças só que nesse estudo depois jornalistas investigadores conseguiram mostrar que ele tinha viés alguns até Dizem que ele tentou patentear uma vacina que seria concorrente daquele falou que seria a vacina que causaria o autismo Além disso as famílias falaram que muitas vezes foi mediado por advogados que encontraram essas famílias Ou seja você começa a perceber
um monte de viés nessa história toda só que ele falou que a vacina tríplice viral poderia causar o autismo no Reino Unido as taxa de vacinação cai de quase 96% para menos de 80% e se gera um caos de saúde pública ele teve que se retratar o jornal teve que ser retratar ele perdeu a sua licença mas o mito da vacina ficou então é daí que surge alguns medos por isso que eu falei a importância de tudo isso daí que surge alguns mitos lá que eu deem Blair falou desculpa Bruno Beto tem um raio falou
que a mãe poderia causar o autismo nesse livro A Fortaleza vazia documentos publicados uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa naturalmente um pai que estimula pouco seu filho um pai que não brinca com seu filho um pai que deixa seu filho o dia inteiro na televisão um pai que não tá ali socializando seu filho Seu filho vai ter atraso não há o que se discutir sobre isso mas dizer que é autismo aí é uma outra história porque eu vou ensinar para vocês Qual a causa do autismo no decorrer desse curso que eu
estou proporcionando para vocês e depois de 94 98 André wakefield faz essa besteira aqui e aí a gente entra nos anos 2000 que eu posso dizer que é o ano que a gente consegue compreender mais profundamente que é o autismo o estudo importante publicado em 2014 com mais de dois milhões de pacientes mostrou ali que 70 80% daqueles pacientes pacientes foram acompanhados da década de 80 o início dos anos 2000 ou seja estudo com dois milhões de pacientes um estudo que acompanha da década de 80 ou anos aos anos 2000 mostrou que 70 80% daqueles
pacientes tinham um fator genético por isso que a gente vai falar que o autismo é genético e aí até trazendo um pouquinho mais para atualidade em 2019 um estudo multicêntico com cinco países diferentes com dois milhões de pacientes é um estudo publicado no Jam em 2019 mostrou que 97% dos pacientes que receberam o diagnóstico autista eles tinham uma base genética eu vou ensinar isso para vocês ou seja o autismo então ele é genético não significa que ele é hereditário mas existe uma herdabilidade de gene de 81 por cento então eu tenho provavelmente gênes que são
relacionados ao autismo minha esposa Provavelmente tem a gênes relacionadas ao autismo E aí quando ele sofre uma expressão é do meio ambiente principalmente sofre uma expressão de tudo aquilo que vivemos durante nossa vida toda facilita com que ele seja expressado na forma de autismo no caso do meu filho então nós temos a história do autismo dessa forma então o autismo passa por algo que não existia passa por ser algo esquizofrênico é quando a gente pensa até mesmo de forma muito atual 94 quando a gente tem ali mudança do dsm4 associando com o Cid a gente
tinha uma prevalência de dois para cada 10 mil Então por isso que muita gente às vezes Nossa eu ainda não entendo o médico da prescrevendo ainda isso o médico fala que é transtorno Global do desenvolvimento que é um termo desde usado desde 2013 tá o importante eu já encerro aqui essa parte do autismo em 2013 nós temos uma nova atualização do dsm agora se transforma em dsm5 onde nós temos ali é a exclusão de alguns diagnósticos e a inclusão de outros diagnóstico que a gente chama de transtorno do espectro autista então Síndrome de Asperger entrou
no transtorno do espectro autista transtornos globais que recebiam domínio de transtornos globais de desenvolvimento eles também entram no transtorno do espectro autista síndrome de retic vocês vão perceber que é uma coisa completamente distinta e diferente sai do transtorno do espectro autista sai do autismo e a gente tem uma conformação e uma adequação desse dsm13 desculpa da sm5 de 2013 que está em vigor até hoje então a história do autismo ela é de muito sacrifício de muitas pessoas ela tem questões culturais ela tem questões relevantes que deve trazer reflexões a todos nós mas o autismo não
é uma doença o autismo não é uma modinha o autismo tem uma prevalência autismo autista altíssima falando tanto autismo aqui uma prevalência altíssima que naturalmente precisa da nossa responsabilidade Eu você os profissionais a família a escola todos envolvidos nesse processo obrigado e até mais