Cria na Paz

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O Cria Na Paz é um programa de educação não violenta que está em várias cidades brasileiras, gerando...
Video Transcript:
[Música] para falar sobre não violência com as pessoas a gente precisa primeiro dar nome a violência só que é muito difícil ajudar essa pessoa reconhecer quando ela está sendo violenta e quando ela está sendo vítima de uma violência um dos pontos significativos assim PR reflexão dessa construção conjunta foi pensar Quem é essa mãe Quem é essa mulher o que significa violência para ela qual é legado dessa violência na essa Muler acredito que os pais de 90% das pessoas da nossa geração foram criados apanhando entendeu então aqui a gente tem essa pressão sim de você começar
dar dar Educação de uma forma diferente de espancar de bater de gritar de fazer a criança passar vergonha entendeu então a gente tem realmente assim na sociedade que a gente vive aqui essa pressão de tu tem que bater é claro que a gente tem casos que explicitamente acontece vicia não é mas existem outros casos que não que é de uma forma muito Sutil a gente começou a perceber que a gente praticava algumas atitudes dessa algumas atitudes de violência quando a gente nem mesmo percebia Às vezes as nossas o nosso comportamento não é ele ele tende
a ser um pouco diferente daquilo que a gente planejou tá entendendo por conta até mesmo do cansaço né a violência ela por ser esse fenômeno sistêmico né Por ser multifacetado passar por muitas estruturas por ser algo tão Complexo da gente olhar e enfrentar ela por vezes nos paralisa a gente tem que saber que a gente tá partindo de um lugar difuso O que é a violência contra a criança como é que a gente pode levar isso esse debate né essa reflexão pra Ponta né pra cuidadora como é que ela pode parar e falar nossa não
tinha pensado nisso Rational we are just Human and we are influ by Physical oral environ and all about what behavioral Science is understanding how real people decide The L and the barriers that they face to behav and Once we have understand those barriers and behav then we are people o cria na paz né criar uma caixa de ferramenta que consegue trazer recortes e se aproximando da violência a partir de um comportamento e a gente olhar bom este comportamento eu consigo incidir esta ação eu consigo trazer para essa agenda e transformar mais importante do que a
gente ter a informação é a gente perceber que existe um problema pra gente procurar aquela informação e não é nem a questão do do machucar é humilhar o lhe diminuir Às vezes você tá tão sobrecarregada que você acha que você tem direito de descontar os seus filhos quando eles fazem qualquer besteira qualquer algo assim que dá para você resolver conversando é a gente precisa lembrar que é impossível cuidar da criança sem olhar para adulto que cuida dela é impossível eu fui ali na na mercedaria da nossa comunidade e eu pudia observar uma mãe ali no
contato com a criança e a mãe tava um pouco agitada e a criança Ela tava pedindo algo pra mãe naquele primeiro momento e a mãe ela tava muito nervosa e ela acabou batendo na criança eu não tenho rede de apoio Então minha rede de apoio é Deus eu e eu quando a gente pensa em criar políticas de Promoção e defesa de direitos de crianças e adolescentes a gente tem que pensar no começo da vida como o começo de tudo porque que é nessa criança que esse adulto vomita todos os sapos que ele engolem nas outras
relações da vida dele às vezes eu discutia com meu o meu ex-marido e ali a minha raiva todinha que tava dele eu acabava descontando em cima dos meus filhos e eu me aproximei dessa mulher e perguntei você tá bem Você tá bem Precisa de alguma coisa ela parou assim e eu vi que ela se sentiu naquele primeiro momento assim impactada e cuidada porque talvez nunca ninguém tenha perguntado tava bem as teorias elas são lindíssimas mas elas não se divorciam elas não tem conta para pagar elas não apoiam no marido elas não tem uma uma uma
chefe violenta elas não tem um chefe violento elas não passam Du horas por dia 3 horas por dia 4 horas por dia no transporte público as teorias não sangram Porque no final das contas o difícil não é lidar com a criança é lidar com comigo com a minha vida e com que eu não aprendi as pessoas querem ser vistas dentro da suas dificuldades e olhar PR dificuldade e contribuir com com as histórias que são reais para não correr perigo né de uma história única foi fundamental para que a gente conseguisse se aproximar dessas pessoas e
construir um projeto que de fato fale sobre a [Música] realidade consegui tirar das leituras de Freud a Wi O que é que eu queria falar pras pessoas e que a minha tia faira conseguisse entender era e é o meu maior desafio Acho que foi o maior desafio do que paz esse sentimento que eu senti era um sentimento de culpa eu não tinha força para mudar que é preciso ser feito também é perceber a jornada dela otio ela e ir fazendo um repertório de entregas né na mochila da criança no WhatsApp na reunião da escola a
gente vai acompanhando a jornada dela e entregando apoio apoio em forma de comunicação o ferramental ele po ele eh até porque ele não é professoral apresenta uma série de possibilidades para você fazer no seu dia a dia sem te onerar encontra do lado de lá uma mulher desejosa por ajuda quando eu recebi Comecei a receber os vídeos do programa e Paula tava entrando na fase das birras hoje eu não sei como eu teria lidado como eu teria conseguido passar dessa fase Se não fossem as orientações porque principalmente mã de primeira viagem a gente vai muito
no impulso a gente tá entregando a princípio para ela ferramentas de regular as emoções respirar e compreender que trazer a consciência para aquele momento perce que ela né Tá tomada por uma emoção isso é prática de mindfulness como a dona Mariazinha de esquecidinha do Oeste vai conseguir ler isso aqui entender isso aqui e achar o jeitinho dela de viver isso aqui enviamos esse material pras famílias inicialmente pelos grupos de WhatsApp da escola né e as famílias tinham acesso ao material impresso mas também aos vídeos Eu me emocionei porque eu pensei na minha comunidade crianças que
eh precisam ser criadas na paz vivem em ambientes de guerra vivem em ambientes tumultuados onde palavras violentas são ditas constantemente eh sobre o ferramental né Toda essa esse conjunto que a gente chama aqui de caixa de ferramentas que todo mundo fica curioso para entender o que é isso é uma é uma palavra nova que chegou aqui na cidade e a gente descobre a partir do do uso né do da ferramenta que ela é muito simples e ela é sobretudo Ampla né porque ela Abarca várias situações dentro da rotina e do cotidiano Mas e quando você
fala só respira conta assim lava teu rosto só reconhece que tem uma energia tão forte em você agora que tá tudo tão tão tão pesado que você não tá com capacidade emocional espaço de olhar PR essa criança com com a calma que ela merece com paciência que ela merece com respito que ela merece a importância de respirar e contar até C eu senti muito forte principalmente pelo pelo que eu passei na minha gestação né que eu tava Como eu disse falando tratando a síndrome do pânico e eu tinha muito medo de ter alguma crise e
perder o controle enquanto estivesse só eu e ela dentro de casa quando eu estava calma eu voltava E aí conseguia resolver a situação fui nem pelo de um até cinco eu fui de um até 10 aí eu contava de um até 10 e eu conseguia me acalmar aí eu conseguia chamar para sentar e conversar entendeu mas assim não achei fácil não é bem difícil a dica que eu peguei mais foi Principalmente quando saí com a criança porque tem criança que Faz birra principalmente Supermercado vê as coisas quer só dizer não não tem só que quando
quando era na minha vez eu gritava dizia pare com isso isso não no V mostra que criar na paz não é só não bater é respeitar é ensinar é dar possibilidades e é a gente também a gente como pai e mãe se educar na paz também o projeto cria na paz ele chegou chegou pra gente através do do do ci onde os meninos frequentam né e nos grupos e também nas reuniões é foi citado o projeto e a gente recebeu alguns materiais falando de como deveria ser a prática mais adequada para para lidar com algumas
situações sai de perto sai de perto troca o assunto leva para fazer outra coisa a mãe não sabia que isso podia ser feito que isso não era não mostrar autoridade eu gosto de pensar como quando a gente joga uma pedrinha no rio as ondas que vão se formando o efeito disso ele é muito maior existem pesquisas que comprovam que as crianças que são educadas de maneira respeitosa são crianças que tem menos cortisol na urina são crianças que adoecem menos quando a gente a gente entendeu o objetivo do projeto determinou quais eram as variáveis que a
gente ia medir para olhar o impacto E aí era mudança de atitude né e a gente observou essa mudança dessa magnitude que a gente em 30 anos de experiência não tá acostumada a ver foi em dois meses uma movimentação de cerca de 10 pontos percentuais gente isso é muito grande para uma uma mudança num comportamento e é uma mudança na ponta são essas mães dizendo nunca dá para aceitar isso então o projeto move tirando do Repertório dessa mãe atitudes violentas de maneira que ela nunca mais aceite aquilo tem palavras que você f F que aquilo
a pessoa guarda pro resto da vida entendeu então assim para mim a a violência física na minha casa não existe mais como é que a gente chega na escala se a gente tá trabalhando com um município dois municípios são 5570 como é que a gente vai ampliando então contar com o apoio do Estado nesse processo de articulação que é o papel do estado o estado ele traz inovação ele traz tecnologia ele traz ferramentas pros municípios poderem se apropriar implementar no território aspecto importante também abordar é o potencial do uso dessa caixa de ferramenta né do
ponto de vista institucional da gestão né da forma que ela pode ser multiplicada a partir das mais diversas secretarias né E como isso tem um potencial de replicar nas suas estruturas de gestão e E aí uma coisa fácil dessa que a gente vê numa escala no caso a gente mediu nove municípios que tem este tamanho de impacto sem imagina se eu consigo escalar isso como política pública para mais municípios para mais lugares quer dizer o potencial transformador da sociedade nesse lugar que é o lugar da primeira infância ele não pode parar por aqui ele precisa
crescer ele precisa ampliar ele pode impactar a vida de muitas outras famílias a gente precisa de constância na comunicação de simplicidade de clareza é de horizontalidade e isso em escala porque se eu fizer isso Numa família é uma coisa mas e se eu fizer isso em todas as famílias da cidade de São Paulo e se eu conseguir fazer isso em todas as famílias do Estado do Sergipe e se todo mundo for comprando essa ideia e aquilo for surgindo como simplesmente essa Conquista nós estamos falando transformação social sabe nós estamos falando transformação social [Música] k [Música]
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