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Video Transcript:
Sim, sim, sim. Tá começando mais um Marketmers. Seja bem-vindo a mais um episódio ao vivo. Hoje 6:30 minutos, horário de Brasília. Vamos começar o episódio, deixa eu deixar no mut aqui. Episódio número 204. Já tô aqui acompanhando o chat. Hoje vamos ter muita interação, vamos ter muito papo sobre a continuidade do assunto mais importante dos últimos tempos que foi anunciado semana passada. A gente tá vendo as repercussões nessa semana, o tarifa do Trump, todas as suas consequências. A gente já teve um papo super legal com o Marcos Troirro dois dias atrás e hoje estamos com
o professor Roque aqui no outro lado da bancada. Professor Roque dispensa apresentações, mas aqui no meu dever de apresentador, né, vou falar um pouco dele. Cientista político, professor, palestrante, trabalhou no Conselho de Segurança da ONU, foi deputado estadual por São Paulo, formou-se em filosofia e ciências políticas nos Estados Unidos, é mestre em resolução de conflitos e paz internacional pela American University em Washington DC. E ele também tem popularizado o conhecimento sobre geopolítica por meio do seu canal Professor Rock no YouTube. Sempre que ele vem aqui, todo mundo para, acompanha, principalmente o pessoal do mercado financeiro
que gosta muito de ouvir o professor Rock falar. E para deixar esse papo em altíssimo nível, aqui do meu lado, Mateus Spis, analista da Empíricos, que vem fazendo uma cobertura espetacular sobre os assuntos ligados ao Trump no M5M, o mercado em 5 minutos, que é a newsletter que sai todo dia de manhã ali gratuitamente para quem deixa o e-mail. Parabéns pelo trabalho, viu, Esp? Tô gostando muito. Obrigado. Fico feliz. Vai ter esse desafio aí de ter esse papo, mais um papo com o professor Rock. Vai enriquecer o texto de amanhã. Já tá até, já tá
preparado. Boa, professor. Tá preparado aí pra nossa mais uma live aqui? Já de casa, né, professor? Não, claro, tô em casa. Tô feliz de estar aqui com vocês de novo. Boa. Excelente. Eu também tô feliz. E já vou até deixar o recado. Ó, o professor já mandou pra gente, quem tá vendo aqui essa live, vai ter várias, vamos ter vários anúncios aqui. Primeiro, pós-graduação da PUC do PUCP PR, né, PUC do Paraná de Geopolítica, curso montado e ministrado por você, professor. Eu sou um dos professores. Fui eu que desenhei o curso, selecionei as disciplinas e
os professores. E mas tem um monte de gente, cada um é especialista na sua área específica. Um curso bem completo, se chama dinâmica global. E é para quem quer entender o mundo, não é só, ah, você estuda relações internacionais ou trabalha com isso e quer fazer uma pós. Não. Você do mercado financeiro, administração, negócio, empreendedor, comércio exterior, o que você fizer, você precisa entender como o mundo funciona. E essa pós-graduação te ajuda a fazer isso. A gente desenhou a primeira no Brasil, assim, com essa cara de geopolítica, mas ao mesmo tempo ampla e abrangente para
trazer pessoas que não são do segmento. você não estudou relações internacionais, não sabe nada, mas você pode fazer essa pós que vai te dar um conhecimento bem aprofundado, bem completa. E essa pós vai tá disponível aqui para quem tá vendo a live, ó, usando o cupom rock no MM30. Vai ter um desconto. Então, isso, rock, rock de HOC no mm de Marketmers 30. você vai ter um desconto. O link tá na descrição do vídeo. Só quem está aqui assistindo este episódio, pessoal. Então, aproveitem. É uma pós-graduação com diploma da PUC do Paraná, reconhecido pelo MEC.
é um programa grande, vocês podem entrar no site, dar uma olhada ali, são grandes professores. Eh, uma das aulas, eh, eu entrevistei o Tony Blair e foi uma conversa assim muito rica, profunda assim sobre liderança, sobre geopolítica. Eh, foi muito interessante, mas tem outros grandes nomes, tem aula do Harari, tem um monte de coisa. É bem legal. Então, aproveitem. Boa. E ó, e lembrando sempre, se inscreva no canal. Não canso de repetir, 85% da nossa audiência em março foi de pessoas que não são inscritas no canal. Então, ó, vou dar uma pausa aqui, ó. 5
segundinhos. 1 2 3 4 5. Se inscreveu? Vai lá, clica ali, não custa nada. Nesse tempinho aí você já se inscreve e ajuda muito o Marketmers a chegar em muito mais pessoas. E vai ter uma uma promoção aqui especial, né? Já falei do rock, já falei aqui do inscreva-se e tem aqui, ó, agora tá chegando friozinho. A gente tá com a nossa loja, com esse moletom maravilhoso aqui, ó. Falar aqui mais pertinho. E hoje a gente vai sortear esse moletom para uma pessoa. Na verdade, não é nem um sorteio, a gente vai ter o super
chat, tá ativado aí. Se a gente chegar em R$ 1.000 no super chat, quem deu o maior lance vai receber esse moletom aqui na sua residência. Então caprichem aí no super chat, mandem suas perguntas e quem mandar o maior super chat, se a gente atingir o alvo, vai levar esse moletom do Marketmers. Bom, é isso. Então vamos lá. Mais de 600 pessoas já estavam esperando aqui. Vamos começar esse papo. Eh, Spiz, eu eu não sei se a gente tem uma pauta aqui bem extensa, eh, mas eu queria saber de você se tem algum assunto que
você gostaria de dar o ponto de partida ou se a gente pode começar com essa pergunta bem capiciosa do fim do império americano nesse momento. ou tem alguma coisa entre o seu M5M que saiu hoje de manhã e agora que você gostaria de trazer ou a gente pode começar com Eu acho que tá relacionado eh com o fim do império. Você quer fazer? Pode fazer. Então, então, professor, é assim, a gente queria saber um pouquinho mais, já é um assunto que a gente trouxe bastante aqui. Eh, e o o Neil Fergson, que inclusive a gente
descobriu que é amigo do Troirro, do Troirro, né? Ele falou recentemente, ele escreveu no artigo recente que esse capítulo da guerra comercial é mais um exemplo do fim do império americano. Você concorda com isso? Estamos diante do fim do que conhecemos como o a liderança do Ocidente? Olha, eu acho que talvez sim, porque eh os impérios eles não necessariamente caem por uma força externa. Claro, existe uma competição, existe uma rivalidade, essas pressões externas elas fazem eh alteram as situações do comportamento interno de um império, de uma nação. Mas o que nós estamos assistindo é os
americanos entre eles sendo incapazes de se organizar. Isso é uma uma automutilação de uma autodestruição. Eu não acho que era eh tão óbvio que nós caminharíamos para o fim do império americano tão rápido. Inclusive, eu compartilho de algumas análises que entendem que o império americano é um império recém-nascido. Se você reparar e entender bem a história, os americanos só se tornam o o grande império, o maior império sentado no trono, diríamos assim, depois do final da Guerra Fria, né? Uhum. Porque antes você tem primeira, segunda guerra e depois você tem a Guerra Fria, disputa com
o outro. E aí a consolidação verdadeira, quem é o império dominante, hegemônico, a supremacia total ficou com os americanos. Mas isso é muito recente, anos 90, estamos falando de o quê? 30 anos. em termos históricos de império, isso é um período muito curto. É, então tudo indica ou indicava, é, óbvio que eu acho que isso pode ser revertido, mas o problema é que a situação política americana ela tá complicada, ela tá amarrada e e a maneira como essa administração demonstra que ela quer lidar com as coisas, 4 anos é tempo suficiente para você levar os
Estados Unidos para um lugar irreversível. Então, eh, eu temo que isso possa acontecer muito mais rápido. Mas voltando pro raciocínio, eu não eu não achava ou não acreditava que os Estados Unidos estava em decadência para um colapso. Eu acho que um argumento muito interessante é o do Foridaria. Claro, já faz um tempo que ele escreveu esse livro que é o The Post American World, aonde que ele fala que os Estados Unidos não estão em decadência. Na verdade, o resto é que estava em ascensão. Então, a o domínio americano em relação ao resto, eh, do ponto
de vista relacional diminuiu, mas os americanos não necessariamente caíram, e sim os outros é que cresceram, que acenderam. E dentro dessa lógica também, eh, se a gente olhar para essa questão histórica, essa questão que os Estados Unidos est não está em queda, e a gente olha os últimos anos da economia americana, a economia americana performou melhor que todo mundo desde a crise de 2008, eh, pandemia e todos os outros problemas, os europeus foram ficando muito para trás, que era uma economia do mesmo tamanho, talvez um pouco maior até, depois tá muito menor. É, e a
China que todo mundo dizia, não, ela vai chegar, ela vai alcançar. Ah, a previsão é 2020, é 2000 e sei lá quando, nunca aconteceu. E os Estados Unidos continuaram performando economicamente como ninguém. Então, eu diria que a tendência era o século XX ainda seria o século americano. Eh, e então os Estados Unidos tinha uma vantagem e tem essas vantagens. O problema é que eh uma liderança pode destruir tudo isso. Percepções erradas, eh ações principalmente erradas da forma errada, eh, podem complicar e levar os Estados Unidos para um lugar muito ruim. E como eu falei, eu
acho que em 4 anos não tem como você tirar o Trump dali. E esse o segundo mandato dele, ele veio com uma outra mentalidade, eh, ele veio com com uma outra lógica. Ele percebeu coisas que ele não gostou no primeiro, ele aprendeu outras. Ele se cercou de gente totalmente fiel, cega a ele. Eh, um monte de coisas aconteceram que colocam ele numa numa trajetória que não me parece que ninguém consegue contê-lo. E 4 anos desse jeito são suficientes para para implodir esse império. Quando eu pensei nessa questão, relacionando com o artigo do N Ferguson, eh,
eu tava pensando também, além do que você colocou essa não tem quem pare o Donald Trump, eh, em alguns choques de credibilidade que eu tenho visto acontecer, não sei, eu queria ouvir a sua opinião, se você concorda? O primeiro dele seria a questão das ordens executivas, que ele tá rodando o país inteiro em ordem executiva. Isso acho que fratura checks and balances de uma república tradicional. e os dois eventos mais recentes. Primeiro, a apresentação toda truncada da das tarifas, entre aspas recíprocas, né? E agora também a o recu não assumido como recu, né? Então esse
vai e vem infernal, essas rupturas eu tenho visto como choques de credibilidade e isso se transcreveu naquele colapso, não colapso, né? Mas a gente começou a ver um movimento nos treasuries, né? que é algo que não era isso que ia falar, os bonds. Exatamente. A venda de bonds. Claro, muitos desses bonds foram colocados à venda pela chamada de margem, então muita gente teve que vender por isso. Mas tem uma discussão que o Japão colocou os seus bonds, uma parte deles à venda, OK? Por outras razões, porque ele tinha que segurar a sua moeda, mas a
queda da sua moeda, né, ou enfim, a situação com a sua moeda, com o seu câmbio, foi criada por uma ação do Trump. eh, que no meu entendimento, e nós vamos falar mais disso hoje, é uma ação totalmente destrambelhada. Eh, eu dividiria a história inteira, mas também a gente fala isso mais paraa frente, eh, que o diagnóstico do problema tá certo do Trump. O diagnóstico que o Trump faz do que tá de errado com os Estados Unidos e com o mundo está absolutamente correto. Poucos enxergaram esse diagnóstico. Eh, a coragem de endereçar e querer mexer
num problema tão profundo e grave também está absolutamente correta. Então, são dois acertos monumentais do Trump. O problema é o remédio escolhido para tratar do da doença, do diagnóstico do problema. Esse remédio é complicado para dizer o mínimo problemático. E o mais grave de todo de tudo onde está realmente errado, é a forma. Então você tem dois grandes acertos e dois grandes erros, que esses dois grandes erros ou esses erros secundários, eles inviabilizam todos os acertos iniciais. porque eles não te levam para esse lugar. Eh, eu adicionaria o que você falou aí, né? Você citou
eh a eu colocaria a questão do da do tratar com os aliados, a relação geopolítica com a Europa, a maior maior grupo de países democráticos, o maior mercado aberto do mundo, o o núcleo populacional eh livre com baixa corrupção. E às vezes eu falo isso aí umas pessoas baixa corrupção aonde? Acho que as pessoas não não nunca viram índices de corrupção no mundo. E todos os índices de tudo que você olhar é liberdade econômica, facilidade para fazer negócio, igualdade, eh judiciário justo ou independente, baixo nível de corrupção. Os escandinavos são os primeiros em tudo. Os
lugares menos corruptos do mundo, do planeta Terra, são os países nórdicos, países europeus. Os lugares aonde você tem menos corrupção no mundo são os países da Europa. Os lugares aonde você tem um estado de direito que funciona mais perfeitamente, os primeiros dos rankings também são os europeus. Então você brigar com maior mercado, eu falei disso da outra vez, né? Eh, a importância não é que a Europa só é democrática e não é democrático porque elege as pessoas com eleição. É estado de direito, é livre comércio, é judiciário que funciona, é baixa corrupção. Esse ambiente para
fazer negócio não tem comparação com o resto do mundo. Então, a escolha também de brigar com os europeus, eh, ou abandoná-los ou ameaçá-los, seja invadir, seja tarifa, seja conquistar ou seja qualquer outra coisa, são escolhas que colocam os Estados Unidos eh numa quebra de confiança com o mundo muito profunda. E essa quebra de confiança, ela não é qualquer coisa, ao contrário, eh, ela vai ter tudo a ver com que nós vamos começar a aprofundar e chegar mais na frente. Deixa eu só a trazer mais direcionado para você, Spis, eh, sobre essa quebra de confiança que
você acompanha mais de perto ali a reação do mercado. Uhum. Eh, a gente fez terça-feira a live com o o Troirro e ele falou algo sobre essa o o que garantiu boa parte do sucesso do Estados Unidos como um um como investimento, um local para receber investimentos. era essa credibilidade que ele tinha, né, essa confiança. E hoje de manhã, de várias coisas que a gente consumiu nesses dias, hoje de manhã teve o Paulo Leme, né, lá eh, por muito tempo, né, já trabalhou em grandes bancos, eh, mundo afora, hoje tá na XP. e ele sempre
traz uma visão mais eh pros Estados Unidos nas análises dele e tava muito em voga o assunto eh o assunto do tarifá, porque a gente veio de uma das maiores reações intradiárias que a gente já viu na bolsa americana ontem. A gente saiu de uma queda para uma super alta ali, o S&P e o NASA que tendo variações absurdas, hoje já devolvendo parte disso, né? E ele tava demonstrando total desconforto com essa alta. até fala, eu na física aproveitei essa alta de ontem para fazer caixa, deixar eh eh cash mesmo, né, que ele quer de
fato deixar, ele acha que nas palavras dele, né, a gente rasgou 80 anos de teoria econômica e isso vai dragar os Estados Unidos por uma grande recessão. É, como você tá acompanhando, você que olha ali na na no detalhe cada índice de preço, né, seja bolsa, traury, como é que você tá acompanhando esses dias, né, dessa super queda, essa revira-volta positiva que a gente teve ontem, essa nova queda hoje, enfim, como é que você tá, qual é a sua interpretação sobre isso? É, não. O ponto chave foi, eu acho que foi o que o professor
exatamente colocou, que é a questão da credibilidade, uma ruptura com algo que o mundo estava acostumado. Tanto que algo que a gente se provocava aqui, muitas pessoas estavam levantando, professor, eh, dados históricos nos em que a gente podia observar quando a correções dessa magnitude aconteciam nessa velocidade. Historicamente, se a gente dilatasse horizonte, em 12 meses, você tinha, teria ganhos. Eu falei historicamente, qual é o horizonte que eles estão pegando pós Segunda Guerra? Pô, é um tipo de, é o ordem que a gente tá falando que pode estar sendo rompido. Então, olhando pra frente, isso se
mantém. Os parâmetros de referência são outros do que tá acontecendo aqui, até porque o plano e a ideia do que o Trump quer endereçar é outro, é estrutural. É, é. E, e assim, quando eu vejo assim a reação exuberante, tem um pouco de frustração dos próprios agentes de mercado. Tem até a figura do Bwakman, né, que ficou caricata nessa, né, nos tweets dele, etc. Mas assim, quando ele foi eleito, né, eh, houve tanto desconto de coisa boa do que poderia vir. E até eu acreditei numa hora que falou: "Pô, talvez até ressuscite um pouco desse
negócio de Animal Spirits que poderia estar e dando uma esmoirecida, n? Então, o pessoal falou: "Ah, redução de estado, redução de impostos, desburocratização, desregulamentação, quem sabe se fizer direito, serve até de exemplo pro Brasil". Eu pensei, não tava animado, todo mundo tava animado. Quando veio e bateu na porta os lados negativos, questões envolvendo imigração, eh, comércio e ruptura das alianças históricas, daí a gente começou a ver os descontos ao contrário, pessoal começou a realizar, realizar, realizar. E daí, eh, talvez, né, fazendo até uma provocação aqui, o que aconteceu no salão oval com o Zelensk tenha
sido justamente um prelúdio do que vinha viesse acontecer de comércio. Eh, quer dizer, desses três pontos, né? a questão de imigração, a questão de eh comercial e a questão da da ruptura de alianças, na verdade são problemas que estão se relacionando aqui, né? Eh, e objetivamente, quando a gente teve a ruptura das alianças ali, vai simbolicamente na questão do Zelensk, a gente teve aqui também com a questão das tarifas, eu não sei se eu concorda com isso. E daí a gente estaria se aprofundando no espiral que dificilmente seria revertida, né? É, eu assim eu adicionaria
uma uma outra analogia. O que o Trump fez com as tarifas é o equivalente a uma pessoa com uma arma e ela decide eh sentar na mesa de negociação e não é que ela senta e põe a arma na mesa, ela senta e dá dois disparos para cima. Você fala assim: "Cara, mas tipo assim, a negociação nem começou e você deu dois disparos para cima. com quem eu tô sentado na mesa. É literalmente isso. Ou do ou fazendo uma analogia entre a esfera econômica e a esfera militar, seria os Estados Unidos um dia acordar e
falar assim: "Eu tenho bomba atômica". E lançar as 80 bombas mísseis atômicos, só que sem as ogivas nucleares dentro e só lançar. Estados Unidos lança bombas e aí elas, essas bombas sem as ogívas nucleares caem no mar ao invés de cair no território, né, sem explosivo e tal. É, você não faz isso, você não você não saca uma arma e dispara ela. Quem tem o mínimo de conhecimento de arma, por exemplo, não, não, só deu um tiro, disparou para cima. Aquela munição, ela sobe e ela desce e ela cai em alguém e ela mata alguém.
Você não saca a sua arma e você não efetua disparos. A não ser que você esteja realmente num tiroteio e seja a hora de você é a sua vida que tá em jogo, senão você não faz isso. Você você fazer isso é uma é um uma completa falta de discernimento do que está em jogo. É uma banalização. é é tratar um assunto de uma complexidade como um assunto que você tratava da sua negociação, do seu setor específico no seu negócio, do seu mundo. Porque o argumento que a gente ouve muito é: "Não, mas ele é
um deal maker, ele é um grande empresário, ele sabe negociar e assim, primeiro a gente precisa entender qual que é a área que ele atua. Ele é um ele é um empresário do mercado financeiro, não? Ele é um asset manager, ele é um head fund, o que que ele é? Ele entende de finanças nesse nível de profundidade? Não, ele não é isso. Ele é um grande economista? Não, ele é um grande inventor de um grande produto como ah um Jeff Basos, como um El Musk. Não, ele é bom em uma coisa. Ele é um grande
marqueteiro. Ele é um grande construtor de marca. E a marca que ele construiu a vida inteira dele foi a marca dele, Donald Trump. Tanto que parte do negócio dele, do sucesso, não era ele ir lá e construir o prédio, ele licenciava a marca para outros construtores. Então você vai construir um prédio, vou construir um prédio sozinho, pô, meu nome, esse prédio vai vender, vou pegar a marca do cara que é bom de marca, ou seja, ele é bom de autopromoção, ele é bom de construção da imagem. Isso. Se você traduzir essa habilidade para a política,
você é muito bom na criação de um movimento. Maga make America great again. Realmente tá aí, tá comprovado. Ele não entende desses outros assuntos. E eu sei que as pessoas vão falar: "Não, mas tem gente que entende, a gente vai chegar lá porque tem temos que falar dessas figuras que entendem". Ah, mas e temos que entender o que eles não entendem, porque assim, ou a gente parte da premissa que tá tudo certo e não tem nada de errado, tudo faz parte do grande plano do Art of the Deal, ou a gente tem que tentar entender
por que isso tá dando errado ou porque que isso deu errado, o que que aconteceu e a gente tem que destrinchar essas percepções. E eu acho que o ponto aqui é é entender que eh o Trump ele não tem noção é do jogo que ele tá colocado. Não é igual, porque a política na esfera internacional ela não é igual a fazer um negócio no setor imobiliário de compra e venda de um imóvel. Não tem nada a ver com isso. Eh, você pode ter alguns instintos e tal, mas assim, se você perder a mão, você implode
o o império, você implode o mundo. E é mais ou menos isso que tá acontecendo. Eh, eu nem eu nem lembro qual era o fio da meada da pergunta que você me fez se eu responder. Não, você você endereçou a questão e você tocou em outro que eu queria perguntar também, que é assim, eu fiquei matutando aqui, eu não consegui entender, não sei se o senhor refletiu também sobre isso, que é assim, como pode a o centro de poder mais relevante do mundo ter feito aquele show com uma conta que não tem pé nem cabeça?
Porque a gente ficou quebrando a cabeça aqui, na verdade todo mundo, tá? O mercado financeiro inteiro sentou e falou: "O que que ele vai tentar taxar quando ele fala de reciprocidade?" Fizeram contos, começaram a modelar quanto vai ser a tarifa. O Brasil vai est não, não sei o quê. Todo mundo começou a fazer. Quando apareceu aquilo, ninguém entendeu nada porque não batia com nenhuma conta. Quando fizeram a conta reversa e entenderam o que que era, como pode a Casa Branca publicar um negócio que é assim ber o primitivismo, né? Você partir do pressuposto que você
tem que zerar todos os seus déficits, que não faz muito sentido. Como é assim, como por como pode ter saído, você que já participou de órgãos internacionais, um estado tão poderoso, né, uma saí de poder tão poderosa ter permitido que aquilo acontecesse sem pé nem cabeças. Essa é a parte da primeira pergunta que você me fez, parte da resposta para isso tem a ver com a primeira. Eh, você tem uma uma lógica de funcionamento podre, aonde uma figura controlou um partido inteiro. E se você é político, não sei se eu expliquei isso da outra vez,
se a figura mais popular eh controla o partido e você é um político que depende daquele eleitor, o deputado, o congressista, o senador republicano, ele não tem voto do democrata. Então ele precisa ter o voto do eleitor republicano. E se o eleitor republicano está com o Trump e o Trump é o grande vitorioso, o grande vencedor, se você é um político dentro da política americana neste contexto, nesse momento de hoje, você não pode ir contra aquela força vitoriosa. A gente vê discussões parecidas aqui no Brasil até hoje, mesmo com o Bolsonaro não tando no jogo,
ainda tem essa discussão. Tipo, mas os o candidato da direita, ele vai est lá sem o Bolsonaro e o Bolsonaro fala: "Eu não, eu não vou aprovar". E o outro fala: "Então eu não vou, porque eu não vou sem o Bolsonaro". É, essa é a lógica da política. Então você não tem ninguém dentro do partido republicano político que vai desafiar ele, porque ele dominou o partido. Isso não aconteceu no primeiro mandato, ele chegou lá sem querer. Então essa é uma mudança crítica. A segunda mudança é que como ele aprendeu no primeiro mandato que ele não
conseguiu fazer, ele se cercou de gente baseada num único não é num único, porque se você pegar Scott Basson, Stephen Miron e muitos outros são caras ultra técnicos e profundos e sofisticados. Então não é que o critério era só ser leal, mas o critério mais importante era ser leal ao Trump. Ser leal significa: "Eu vou fazer o que ele quer. Eu não vou contrariá-lo dentro das grandes diretrizes do que ele quer. Eu posso trazer outros elementos aqui pra mesa, mas eu não vou, eu vou deixar ele tocar." E aí a gente começa a entrar eh
na percepção de por que isso acontece. Porque você criou um ambiente que é parecido com o ambiente das ditaduras também. Não sei se eu falei isso já da outra vez, mas o qual qual é o erro que por que que você tem política do COVID zero na China? Ninguém vai contrariar o Xinpim. Por que que o Putin errou e começou a se dar mal na guerra? Porque não sei, chegou nenhum general para ele e falou: "Olha, desculpa, isso daqui não vai dar certo". Eh, e o Trump criou um ambiente parecido, então ninguém está contrariando ele.
E tem uma onda, ele chegou há muito pouco tempo, são três meses. E em três meses foi uma vitória muito substancial popularmente. E aí todos os outros que embarcaram falaram: "Pô, mas acabou de chegar, eu já vou contrapor, não dá. Eu eu apoiei, eu queria que ele tivesse ganho. E a vitória dele tem um mandato popular muito forte. Então você tem uma uma convergência de fatores que indicam o por que isso tá acontecendo. E aí eu acho que é importante analisar a outra ponta. os caras que são os especialistas, que desenharam parte dessa história e
que não conseguem explicar para ele ou impor a ele, apesar de ter dado grande parte desse plano para ele. E eu me refiro a duas pessoas, Scott Basson, Stephan Murron. Esses dois, um deles é o secretário do tesouro e o outro é o chefe da econômico do Conselho Econômico de Trump. Os dois são professores de economia, PhDs, deram aulas. Um, um é por formado por Harvard e o outro deu aula em eh para quem não sabe, o Scott e Ben, ele era um ex George Sorros. Uhum. Quebrou o Banco da Inglaterra, eh, operando contra a
Libra Pound. Ele tava nesse trade, inclusive tava nesse trading. E E aí aqueles que são fanáticos pelo Trump, quem é o secretário do tesouro do Trump? O Sorros, que é o pai do globalismo. Olha que coisa aí. Essa essa informação não é relevante. Essas duas figuras, o Miron e o e o Scott, eles são os caras que desenharam o plano do que o Trump acha que é uma boa ideia, que são as tarifas. E aí, eh, eles são grandes economistas e partiu deles o diagnóstico do que estava errado. E o que que tá errado? A
economia do mundo tem um grande problema estrutural. Ela é desequilibrada. Eh, ela não funciona no livre comércio de verdade. Eh, a gente depois pode aprofundar nisso o que que tem de errado, mas só para entender, né? eh tem um problema muito grave na economia do mundo e ela é insustentável e ela causa problemas para os Estados Unidos muito grandes e ela precisa ser endereçada. Só que isso requer uma ousadia gigantesca, porque nós estaríamos, nós estamos falando em mexer com a ordem geopolítica internacional. É uma reformulação da ordem da geopolítica do ponto de vista político, econômico
e militar. Isso não é qualquer coisa, isso acontece em poucos momentos da história. Ou isso acontece na guerra ou pós-guerra. Difícil isso acontecer fora de momento de guerra. Você pra gente entender o tamanho do do problema, da doença, do diagnóstico, do que tá sendo colocado aqui. E aí eles olharam e falaram isso. E quem ouviu eles? Um político. E essa é talvez uma das partes mais importantes, gente, a economia. E eu falei isso no primeiro podcast aqui numa das primeiras conversas nossas. A economia nos diz o que é possível de fazer. Então você faz uma
análise do Brasil, você fala assim: "Ah, temos um problema fiscal. Ah, se a gente cortar os gastos, a gente resolve. A economia nos mostra, nos faz essa radiografia". Agora eu pergunto para vocês, essa radiografia feita pela economia que diz o que pode ser feito, será feita? Quem responde isso é a política. A economia só fala o que pode. A política diz o que vai acontecer. E aí os economistas que pensaram nesse plano falaram: "Bom, eu entendi o que o que pode e o que precisa. Vai acontecer. Eu preciso de um político, de um agente político
que entregue isso. E apareceu um cara e falou assim: "Tá bom, eu gostei, eu vou fazer isso que vocês estão falando. Eu quero fazer, eu acredito e em fazer isso." E óbvio que esse cara para ter a coragem, o peito de encarar esse tamanho dessa desse problema, ele não é um cara fácil, ele não é um cara suscetível, influenciável, ele é um cara de opiniões fortes, um cara que chegou lá nas condições que ele chegou, perdeu a reeleição, foi indiciado, foi eh acusado de um monte de coisa, voltou e ganhou maior. Ele é um cara
muito convicto de si. Então, a relação pessoal que você tem com ele não é uma relação qualquer. Eh, e aí ele fala assim: "Olha, tá bom, eu vou fazer". E aí eles não se ativeram, né? Eles não pensaram, esses dois economistas no detalhe dos efeitos de como que a implementação dessa história ia acontecer no campo da política. Por quê? Porque eles não são políticos, eles não sabem as sutilezas da política. Se você falar com ele sobre eh política monetária, política comercial, política industrial, eles vão entender absolutamente tudo. Você virar para eles e falar assim: "Ó,
é o seguinte, eu sou político, eu fui eleito, eu sei como é que isso faz. Eh, eu vou chegar a sentar na mesa e efetuar dois disparos para cima". Eles vão falar: "Cara, eu nunca concorri a um cargo, eu não sei. Ele tá dizendo que ele vai fazer isso, ele é o chefe. Ele que chegou lá, tá bom? Faz assim. Então, só que olha que curioso, o Miren, quando ele escreveu o paper dele, né, foi escrito em novembro de 2024, que você falou que você começou a ler, eu li inteiro, eh, que é um guia
paraa reformulação da estrutura econômica do mundo. E ele diz que ele não está advogando por uma política específica, mas claro que ele tá, porque ele já ia est no governo e isso era em novembro de 24. Eh, então ele está desenhando o que tinha que acontecer. E ali ele fala exatamente nessas palavras que eu vou repetir, o plano precisa ser cuidadosamente elabor elaborado, cautelosamente, minimamente, com toda a atenção na execução. E é muito delicado. Ele fala isso, óbvio que ele fala isso pensando tipo nas questões todas econômicas de impactos. Uhum. Mas não sobre a questão
política, porque ele não domina a questão política. Então ele não tem eh o traquejo de pensar como é que vai ter que ser essa conversa com os meus aliados, qual é o ponto de estressar a corda com o meu rival e inimigo que detém uma boa parte das nossas reservas, que que exporta e compra e tem um dólares e tem um monte de coisas. Como é que vai ser isso? Essa não é a parte deles. Então, vejam, eh, por isso que essas coisas acontecem, porque tem uma parte que veio dos economistas, sim, que entendem, são
professores PhDs, por Harvard, por EAL, caras que que são o o Scott e ele é bilionário, entendeu? Ele não é um cara qualquer. Uhum. Só que ele só ele só entende da parte econômica. E aí ele vira pro agente político que é o Trump e fala: "Execute". O, na verdade, o Trump fala: "Eu vou executar, eu sei como é que eu faço isso, porque eu sou o Art of the deal." E aí ele parte pra execução. E aí é uma grande catástrofe, porque o Trump não está acostumado. E esse é um conceito muito importante aqui,
eh, pra gente entender. Poder é uma via de duas mãos. Poder é relacional. Pensa nisso. Eh, o que que o que que é poder? Você, tipo assim, se eu tenho poder, imagina que as pessoas elas pensam que ter poder é poder fazer o que você quer. Só que se poder é relacional, você tem que se preocupar quando você faz o que você quer, eh, o que que vai acontecer com o outro. Uhum. Não é só eu exercer pura e brutalmente as minhas capacidades. Vou dar um exemplo. Você é um ditador. Você é um revolucionário, eh
um líder, né, que tá ali, eh, querendo me derrubar. Eu sou o ditador e você é o revolucionário que quer, eh, me derrubar. Eu tenho poder. Se eu exercer o meu poder nua e cruamente, brutalmente, sem limites, sem considerar que é uma via de duas mãos, eu falo falar assim: "Vou matar o Thiago, acabou com o problema". Mas se a estratégia e o plano do Thago é simplesmente eh se tornar um mártir para que a causa ganhe uma dimensão e uma proporção infinitamente maior e aí sim vocês, a causa de vocês conseguirem me derrubar. Eu
exercer o meu poder livremente fez eu conquistar o que eu queria? Não, porque poder é a capacidade de eu ter aquilo que eu quero. Isso é poder. No caso, é, eu não quero que exista um problema que quer desafiar a minha autoridade como ditador. Eu exercer a minha capacidade de assassiná-lo não vai me dar o que eu quero. Outra situação no mundo mais convencional, você é um grande eh comprador. Eu sou um grande comprador. Você é um fornecedor meu. Eu sou muito grande, muito poderoso. Eu tenho poder de barganha, porque eu sou o maior comprador
de todos. Que que eu faço com você? Eu te esmago, te espremo até você me dar o que eu quero. Eu não estou exercendo o meu poder como uma via de duas mãos. Eu não tô levando em consideração que o uso bruto da minha força, talvez não produza o que eu quero. Você não vai acabar me conseguindo me entregar o que eu comprei pelo preço, pela qualidade no prazo certo. Você vai, você vai malandrar na qualidade, você vai faltar quantidade, você vai atrasar, porque eu fui longe demais. Poder é uma via de duas mãos. O
Trump não tem consciência disso. Ele não entendeu isso. E você precisa de anos de política para entender isso. E desculpa, o mercado imobiliário não é o mercado do poder. O mundo, a moeda do mercado privado e econômico é o dinheiro. A moeda do mercado da política é o poder. Ele não domina poder e entendimento de poder como ele acha que ele domina. Uhum. Sentar na mesa e efetuar os disparos é usar o poder de uma forma bruta e unilateral. E isso tem consequências porque poder é uma vez de duas mãos. Pelo que a gente já
conversou nessa quase meia hora aqui, então dá para dizer que o plano econômico era bom, ou pelo menos era aceitável, o ruim foi a execução. Assim, pensando em, pô, a gente tá no meio dessa desse desse jogo, né? Não sei se dá para já ter o diagnóstico exato, mas dá para dizer que a condução do Trump foi ruim. Ou tem um lado também no no do Bass and e do Murray Murray, que é o Stephen Miren, desculpa. Eh, tem também o lado de decepção deles de não ter conseguido convencer o Trump ou simplesmente no jogo
da negociação inevitavelmente as pessoas vão reagir de uma forma que não dá para prever. Então a gente só ia saber as consequências. que tem um monte de coisa, vamos falar só do diagnóstico, que eu acho importante a gente aprofundar no diagnóstico. Eu já falei um pouco disso numa outra oportunidade, mas eh umas pessoas me mandaram mensagem: "Pô, eu não entendi o que você falou de eh vantagem comparativa. Não sei se vocês querem que eu vá nesse nível de profundidade, mas assim, o que o que acontece na economia do mundo é que nós não temos uma
economia do livre baseada no livre comércio. A economia do livre comércio, ela é fundamentada na teoria do Ricardo, que diz que você tem que ter vantagem comparativa. Vantagem comparativa não é vantagem absoluta. Vantagem absoluta é quem tem o menor preço. Vantagem comparativa é quem tem o menor custo de oportunidade. Se você lembra do exemplo que eu usei aqui, lavar louça e botar roupa na máquina. Eh, vou refazer porque muita gente me mandou mensagem. Tem tem mais de 4.000 pessoas aqui, então certamente deve ter gente nova aqui. Então vamos lá. É, é, você leva 12 minutos
é pr lavar a louça. Eu levo quatro. Você leva 4 minutos para botar a roupa na máquina de lavar. Eu levo dois. Quem tem o menor custo, o menor tempo para fazer essas duas atividades? Lavar a louça e lavar a roupa. Eu então olhando assim, eu tenho que comprar de quem? Essas duas atividades de mim, eu tenho menor preço, certo? Só que isso é vantagem absoluta. Isso não é vantagem comparativa. A vantagem comparativa não trabalha com quem tem o menor preço. Eu não vou comprar daquele que tem o menor preço, eu vou comprar daquele que
tem o menor custo de oportunidade. Como é que eu calculo o custo de oportunidade? Você leva 12 minutos para fazer uma atividade e quatro para outra. Quando você tá fazendo a de 12, quantas vezes você consegue fazer a de quatro? Uhum. Três vezes. Quando você está fazendo a de quatro, quanto que você teria feito da de 12? 1/3. 1/3. 1/3. Você precisa de três. Você precisa fazer três vezes aquilo para ter dado uma vez da outra, correto? Uhum. Agora vamos olhar na minha atividade. Eh, eu demoro 4 minutos e 2 minutos. É quantas vezes? Quando
eu estou lavando a louça, quantas roupas eu conseguiria ter lavado? Duas. Duas. E quando eu estou lavando a roupa, quanta quanto da louça eu conseguiria ter lavado? Meia. Meia. O que é menor? Meia ou 1/3? 1/3. 1/3. Ou seja, a vantagem comparativa nos diz que quando a gente fala de lavar a louça, a gente vai com a minha. Eu tenho a vantagem absoluta e comparativa no lavar a louça, no lavar a roupa. Eu tenho a vantagem absoluta, mas quem tem a vantagem comparativa? Eu. Você. O seu preço de valor de face, ele é mais alto
do que o meu, mas nós vamos fazer com você. Essa é a teoria do livre comércio. Todo mundo vai calcular isso. Só peguei duas atividades. A gente vai pegar isso de todas as atividades dentro de uma economia e calcular. E aí nós vamos entender. E aí vamos transportar isso pra realidade do mundo. Vamos lá. Você eh o que o mundo tá funcionando assim. Não, a gente só está comprando o mais barato, que é a vantagem absoluta. Por que o mais barato? Porque a China oferece o produto mais barato, mas ela criou uma sistemática interna dentro
da sua economia. Ela construiu a sua economia de uma forma estruturada, aonde ela não permite que ela compre, porque ela não tem poder de compra condizente com o poder de produção dela. A capacidade produtiva chinesa é muito superior à capacidade de consumo interno chinês. Quando a gente fala de vantagem comparativa, você não tem a vantagem comparativa para você simplesmente vender mais pros outros. Você tem a vantagem para vender, para aí sim você conseguir fazer o quê? Comprar aquilo que o seu custo de oportunidade é mais alto do que o outro. Você exporta para poder importar
muito. E o mundo inteiro fazendo isso de forma agregada, se chegaria num equilíbrio aonde não teríamos imensos superavites e nem imensos déficites. Imensos não em tamanho, mas em persistência, em continuidade. Uhum. Se você tem uma economia que ela é continuamente superavitária, é porque ela está distorcendo o seu sistema econômico, a sua estrutura econômica. E a China fez isso de uma forma que as pessoas não sabem e não percebem, porque não é tarifária. São barreiras protecionistas de subsídios não tarifários, aonde você transfere a renda daquele que seria a força consumidora na sociedade para o setor produtivo.
E aí você cria um setor produtivo mega inflacionado, mega produtivo, com um excesso de produção. E aí veio uma economista inglesa que se chama Joan Robinson e ela escreveu um conceito que diz o seguinte: quando um país produz muito mais do que ele pode consumir, ele precisa se livrar deste dessa produção. O que que ele faz com essa produção? Dump. faz dumping. Ele joga essa produção em alguém porque ele não tem como consumir. Se ele não tem consumir, ele não tivesse em quem jogar, que que ele ia fazer? Ele ia ter que fechar as fábricas,
diminuir a produção, isso ter uma reessão econômica, ia ter desemprego e a economia ia encolher para se adequar o equilíbrio entre o consumo e a produção. Como ela ela tem uma um uma válvula de escape, então ela joga isso para fora. Joan Robinson, ela disse, e o Kees falou isso, depois ela aperfeiçoou e cunhou o termo que se chama esse tipo de política, se chama bagar die neighbor. Bagger é tipo mendigo. Bagger die neighbor. Transforme o seu vizinho num mendigo. Você exporta o desemprego que você teria que ter com o fechamento das suas fábricas, porque
eles não são conduzentes com o setor do consumo interno. Então você exporta esse desemprego para fora. Isso causa um grande desequilíbrio no comércio internacional, aonde um dos lados é superavitário, persistente. E alguém tem que receber todo esse dump. Essas economias que recebem esse dump são quatro. Elas recebem por volta de 80% do excesso de poupança do mundo. E excesso de poupança vem porque você tem o consumidor eh com menos dinheiro e transferido para o setor produtivo. O setor produtivo ele poupa muito ou reinveste, ele não consome. Então se o setor consumidor, que são os indivíduos,
eles têm pouco poder de compra, o que você tá fazendo é criando grande poupança. Então você tá transferindo toda essa poupança para outros lugares. Você está desovando esse dinheiro no outro lugar. O país que tá sendo deficitário e recebendo toda essa história, o que que vai acontecer com ele? Ele tem três alternativas. Ou ele individa o seu consumidor, ou ele tem um déficit, déficites fiscais, eh, ou ele vai ter muito desemprego porque ele vai começar a fechar suas fábricas. Uhum. São exatamente as três situações que os Estados Unidos têm. Aí as pessoas vão dizer: "Mas
os Estados Unidos não tem desemprego." O nível de desemprego americano realmente é muito baixo, mas o nível de desemprego americano no setor mais estratégico de uma economia é alto e esse setor é o setor que está sendo atrofeado. E qual é o setor? a indústria, a manufatura, o setor produtivo americano. E, óbvio, depois a gente não vou vou não vou entrar nisso, senão nós vamos perder o raciocínio, mas vamos lembrar de por que esse por que que o setor mano manufatureiro e produtivo industrial é tão importante economicamente e geopoliticamente. Mas voltando pro raciocínio, então o
que que tá acontecendo na economia do mundo? Você tem certos países superavitários persistentes. Não é só a China. Óbvio que a China é o maior de todos. E você tem quatro grandes países deficitários que recebem 80% desse excesso de poupança que vem dos superavitários. Quais são esses quatro? Os anglofônicos, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália. E esses países são todos deficitários, esses quatro. Ou seja, eles estão recebendo o bager die neighbor, a política de mendigar que o outro está transferindo a pobreza, o desemprego, o problema que ele não tá endereçando. Aí você vai me
perguntar, mas por que que a China está fazendo isso? Porque esse é o modelo econômico que foi adotado no começo do desenvolvimento econômico chinês, que é um modelo de autoinvestimento. Quando a China saiu de governo mal, de guerra civil, de ocupação japonesa, ela tinha uma necessidade de autoinvestimento. E você tem duas fontes de investimento, investimento externo ou investimento doméstico. A China falou assim: "Bom, quem não vou depender do outro, eu vou arrumar um investimento aqui dentro. Como é que você arruma o investimento aqui dentro? Você tira daquele que consome e transfere para aquele que poupa.
Qual é o setor que poupa? O setor de governo ou de empresas? Qual é o setor que consome? O consumidor, indivíduos, famílias. Você transfere renda, então, para criar um modelo para crescer. E aí o modelo chinês é um grande sucesso durante 30 anos ou mais, porque você tinha uma necessidade de muito investimento. Tudo aquilo que você colocava de investimento para construir um porto, uma estrada, uma fábrica, retornava com crescimento. Só que esse crescimento não era transferido para o consumidor chinês. Claro, o salário aumentou, mas o o salário na China não aumentou proporcionalmente ao nível da
produtividade do tamanho do PIB chinês. Então esse o país todo tá ficando mais rico, mas este consumidor não está ficando mais rico. Esse dinheiro voltava para quem? Pro setor produtivo. Chegou uma hora que esse modelo econômico ele não é mais ele não produz mais os mesmos resultados. Porque não adianta você construir cinco pontos uma em cima da outra. Você não vai ter um resultado melhor. Não adianta você construir 100.000 1 prédios que não tem quem more, porque você não tem quem tenha dinheiro para consumir e comprar esses prédios. No começo, sim, faltava moradia. No começo
não tinha ponte, não tinha estrada, não tinha ferrovia. Agora você ficar construindo mais disso é um modelo fracassado, é um modelo que precisa ser alterado. Aí você fala: "Tá bom, então muda o modelo". Você tem 30, 40 anos de instituições criadas em cima de um modelo aonde certos setores ganharam incentivos monstruosos. Quais são esses setores? O setor produtivo, ou seja, eh empresas estatais, governos locais, eh governos de cantões, governos regionais ganham muitos incentivos. Aí você fala para eles, ó, agora eu vou tirar o seu dinheiro, o seu incentivo. De jeito nenhum. A gente conhece essa
história aqui no Brasil. Tenta tirar os incentivos dos setores que tm os incentivos ou da ou do setor público ou de qualquer coisa. Você não consegue mover. E além disso, a China tem um outro obstáculo, porque se ela der poder pro consumidor, ela tá dando poder pro indivíduo. Dá poder pro indivíduo enfraquece um sistema político ditatorial. Então não é simples a China só simplesmente virar e falar mude os Estados Unidos impor tarifa a China. Só tô me antecipando, mas eu vou voltar pro nosso raciocínio, que isso daqui é só para o diagnóstico do problema. Uhum.
Mas é porque não dá para perder esse link. Os Estados Unidos imporem tarifa a China não necessariamente farão com que o consumidor chinês passe a consumir o que os americanos querem vender, porque esse consumidor não tem capacidade de consumir, ele não consegue consumir nem o que é dele. Então tem um outro, é um problema estrutural na China que precisa ser resolvido. E se você tentar empurrar e forçar a China a resolver, ela fala: "Amigo, eu vou fazer isso no meu tempo". Por quê? O Japão fez no tempo dele. O Japão última economia exatamente igual. A
China tudo igual, fez tudo igual, só que não do tamanho da China. O Japão se tornou um país superavitário somente agora e é um pequeno superavit. E ele fez isso gradativamente porque ele não queria um colapso econômico. E foi muito difícil essa transição. Foram anos e anos de décadas de estagnação, eh, de deflação, de um monte de coisas para você começar a diminuir, a diminuir a porcentagem da sua economia que vem do setor produtivo e passar a dar mais poder um pouco para o setor consumidor. Você achar que você vai fazer a China fazer isso
imediatamente, isso não vai acontecer, porque a China sabe que se isso vier, isso é um colapso total da sua economia. Tudo isso para dizer é o seguinte, o diagnóstico é o sistema de comércio internacional não funciona. Existem desequilíbrios muito grandes. Esses desequilíbrios são exacerbados por outras políticas que foram adotadas muito mais complexas que não dá pra gente entrar aqui, mas uma delas é o é o livre fluxo de capital ilimitado. Quando os Estados Unidos abrem isso nos anos 80, 90. Isso altera o jogo da equação, aonde a moeda americana somada com o desequilíbrio comercial faz
a busca por dólares ser algo assim indescritível. E o tal do dilema de Triffin, o paradoxo de Triffen que a gente falou da outra vez aqui, ele é potencializado numa escala jamais vista. É esse mesmo paradoxo que faz os Estados Unidos abandonar o lastro do ouro eh depois do Braton Woods nos anos 70. E aí nós temos os acordos de Plaza e do Luvre, que são acordos para você tentar mudar a ordem da monetária do mundo da troca de moedas que não resolveram o problema. E isso já é um indício para as nossas próximas capítulos
aqui dessa conversa. Mas o moral da história, a economia do mundo tem um problema muito grave e ela precisa ser consertada. E consertar isso é um redesenho da estrutura geopolítica. Eh, então esse diagnóstico, o Trump está 100% certo. Absolutamente. Scott Basson, Stephen Miren estão totalmente corretos sobre o diagnóstico do problema. Eh, precisa ter coragem para encarar esse problema. Precisa. Eh, o Trump também está absolutamente correto em ter coragem. de ir endereçar este problema. São dois grandes acertos. Só que não adianta você acertar isso se você vai fazer isso de uma forma destrambelhada. Aí é um
grande erro, porque você tem identificado o problema, que uma parte importante, né, para você resolver um uma coisa desse tamanho, tão complexa como essa, você precisa ter um bom diagnóstico do que tá acontecendo. Aham. Eh, e você fez uma parte difícil da lição. Se você entendeu o que tá acontecendo, você tem uma base melhor para propor um remédio apropriado. E aí é que começa o problema e começa toda a loucura. O remédio não é apropriado. No pós-guerra, quando a gente tem o estabelecimento ou o início do estabelecimento de uma ordem mundial liderada pelos Estados Unidos,
que vai se solidificar com o fim da Guerra Fria, posteriormente, a gente tem em um primeiro momento a Breton Woods. Ele cai em 71 com o fim do Lastro ouro. Aí tem um momento de de transição, daí você entra na década de 80 com uma nova proposta perfeitamente. O Plaza Acordes, tanto Bron Woods como Plaza Accords também foram muito lastreados na credibilidade que os Estados Unidos tinham conseguido na Segunda Guerra Mundial. Eu entendo que agora esses desequilíbrios frutos de desse dessa tentativa que foi, né, o neoliberalismo de Regan, Margaret Thatcher, que foi sendo estabelecidao ao
longo das últimas décadas, né, eh dependia de credibilidade, ao que a gente tá vendo, rupturas muito fortes agora, né? Então você não tem mais aquele lastro da Segunda Guerra, ficou muito para trás, as pessoas não têm mais essa memória. E pelo contrário, né, agora você tá vendo o agressor vindo dos Estados Unidos. Isso me faz questionar e eu queria ouvir de você justamente uma da um dos pontos que eu queria perguntar é e junto com o Stephen Mir já tá algumas pessoas antes estavam elocubrando sobre a possibilidade de um novo Plaza Cord, né? Isso que
seria algo esse esse é o Maralago Acords. Perfeito. E e assim essa explicação para quem quer entender, para aqueles que dizem ele tem um plano. Agora nós entramos nessa parte da conversa. O Trump tem um plano? E a resposta é tem. E o plano se chama Moral Lago Accords, que é uma espécie de Plaza Accords 2.0. O Ly, depois do Plaza, veio o LV e então sei lá, 3.0. O que foram esses acordos? E o dilema de Triffing forçou eh o os Estados Unidos abandonarem o lastro do ouro, do dólar. E aí o que que
aconteceu? você ficou ali perdido e a moeda americana eh começou a se valorizar e você precisava de um acordo para conter essa valorização, porque senão os Estados Unidos começa a crescer os seus déficits de uma forma muito brutal. E naquele momento o déficit americano era tipo 3% do PIB quando se cogitou esse acordo e já acendeu uma luz amarela. Você ter uma ideia, em 2024 foi 40% do PIB. Olha o tamanho, a dimensão do que nós estamos falando. Eh, e o que que era o acordo? Os Estados Unidos sentou com a Alemanha, com o Japão,
eh, com a França, com o Reino Unido e falou assim: "Ó, vocês vão desvalorizar a minha moeda, mas não vão abandonar o dólar. E em troca eu permito que vocês possam ganhar dinheiro eh com os nossos mercados. Eu vou te reconstruir, né? já tinha reconstruído no Bron Woods, mas eu vou continuar te financiando ou te ajudando economicamente e eu vou te proteger. E aí esses países que dependiam dos Estados Unidos e é e eram muito aliados e confiavam muito nos americanos, concordaram em fazer isso. Mas olha a parte interessante, os acordos de Plaza, Plaza Accords
não resolveram o déficit com o Japão, porque é uma coisa temporária, porque você não tá endereçando a raiz do problema, você só está desvalorizando o dólar. Ao desvalorizar o dólar, você faz com que as exportações americanas eh fiquem mais competitivas e supostamente então Estados Unidos exporta mais e o poder de compra do americano fica menos poderoso. Então ele supostamente importa menos. Com isso você diminui o déficit um pouco. Essa é a ideia. Só que você não diminuiu e você não resolveu a questão estrutural daquilo que eu descrevi da China. Você só pediu pros outros criarem
alguma espécie de mecanismo para eh você desvalorizar o dólar. Esse é o Maralagoa Cords. O Maralago Accords que era o seguinte: vamos, eu preciso que vocês, eu vou dividir o mundo em três categorias de países: os países amigos, os países neutros e os países inimigos. Se você tá na categoria do país amigo, você tem que me ajudar a desvalorizar minha moeda sem abandonar o dólar. E aí, eh, talvez você vai ter que comprar um bond de título americano de 100 anos sem mexer os juros e você vai ter que entrar interferindo no mercado para valorizar
a sua moeda ou para desvalorizar a minha vice-versa e assim por diante. Eh, se você é um neutro, ah, tudo bem. assim, você não não você não tá participando muito dessa história. Se você é um inimigo, você não vai ter acesso aos meus mercados. Ah, e um outro benefício aqui dos dos aliados é você vai ter acesso ao meu mercado e eu vou te proteger militar, eu vou te defender. E aí, veja, então, eh, o que que você precisa para esse plano dar certo? que os europeus, que os seus aliados que tem a gente nessa
categoria de aliado, nessa categoria verde. Só que não dá para ter gente se você rompeu e implodu confiança, certo? E por que que você impludiu com a confiança? Primeiro porque você tarifou um país deficitário como o Canadá. Deficitário para o mundo, não pros Estados Unidos. E é o que você já falou antes, não existe equilíbrio comercial bilateral. Existe isso. A não ser que eu você é produtor de água, de iPhone, de caneca, de roupa, de gravata, de microfone, de mesa, eu sou tudo. Eu faço tudo sozinho. Eh, na sua relação pessoal, você é deficitário com
o supermercado. Você vai no supermercado, compra um monte de coisa e ele não compra nada seu. Ele não te dá dinheiro nenhum. a sua relação com o seu empregador, né, com no seu trabalho, eh, ele é deficitário com você, ele te dá um dinheiro e você não gasta todo o seu dinheiro que você ganhou dele, com ele de volta. As nossas relações elas não são sempre eh elas não elas não ficam equilibradas, entendeu? Vai ter déficit. Então, não dá para você avaliar o Canadá e fazer o que você fez com o Canadá e esperar depois
que o Canadá vai se considerar aliado. Canadá tá morrendo de medo. Eu não vou dar mais a minha segurança pros Estados Unidos. A Europa também tá morrendo de medo. Então não vai ter ninguém disposto a entrar nessa categoria verde, né, ou de amigos, de aliados, que vai falar assim: "Ó, eh, eu vou desvalorizar o dólar e em troca eu vou ter o seu mercado aberto". Eles já não confiam mais nisso. Virou uma república das bananas. Todo dia você saca a arma, faz uns dois disparos para cima, na semana seguinte fala: "Não, não, guardei a arma".
Aí passa uma semana, tira a arma, mostra a arma, aí guarda de novo. Aí na outra você saca e dá vai mais uns dois disparos para cima. E isso é típico de República das Bananas. Isso não é a posição geopolítica do mercado mais estruturado, mais confiável, mais sério, eh mais consistente e mais sólido. Isso não é, é o color inventando que ele vai congelar e confiscar a poupança do brasileiro. Tipo assim, cara, que ideia foi essa? Da onde você tirou essa ideia, amigo? Que loucura. Isso acontece na República das Bananas. Isso não acontece eh na
maior economia do mundo que tem a moeda de reserva. que é baseada numa confiança, numa solidez, numa previsibilidade. Sacar a arma e desfazer efetuar disparos para cima todos as semanas não é uma estratégia condizente com o ambiente comercial, com o ambiente privado, com ambiente do mundo dos negócios. O mundo dos negócios quer previsibilidade, quer confiança, quer ordem, não quer caos e loucura. Ah, não, mas o caos e loucura, ele serve para eu conseguir leverage. Esse é o argumento, né? E esse é o argumento do Trump. Eu imponho as tarifas para eu conseguir leverage. Acho que
a analogia que eu tô usando aqui do disparo da arma para cima, ela não consegue leverage. Ele é o uso do poder unilateralmente, sem pensar que ela é uma ve de duas mãos. Ao você efetuar o disparo, você nem precisava daquela leverage. Você não precisava ter feito o disparo. Você só precisa sentar na mesa e falar: "Olha, gente, é o seguinte, esse projeto é insustentável. O mundo para onde ele tá indo não dá mais. Eu só maior economia do mundo. Eu cheguei aqui e eu vim para resolver. Eu vou consertar esse desequilíbrio. E nós temos
que chegar numa fórmula que funcione. Só que assim, vai ter que acontecer. Você não chega, ah, pá, ó, eu quero mudar. Não, você simplesmente você tem mil outras coisas para você fazer antes que você consegue ser muito mais efetivo do que você ter efetuado os disparos. E ele não faz isso porque ele acha que é na base, tipo, de uma coisa midiática, show, reality show, a minha base, o mais raso, mais populista possível. Eu falo grosso, eu sou forte, eu sou duro, eu sei impor, eu sou o Art of the deal, entendeu? É, tem toda
uma psicologia por trás de como ele enxerga o mundo. Você não vai conseguir fazer maior alagoa cords com seus aliados, porque os aliados não confiam nos Estados Unidos hoje, né? Então não tem moral cortes. E aí tem outro problema que o que você fez com a China, eu não acho que está errado fazer isso, eu só acho que você tem que estar preparado porque vai vir depois disso. Eu não acho que ele está preparado. Ele achou que ele ia efetuar os disparos pra China e a China ia sair correndo e se esconder embaixo da mesa.
E a China não se escondeu embaixo da mesa. A China de 2017 não é a mesma China de hoje. O XinPin de 2017 não é o mesmo Xijin de hoje. A China vem se preparando há vários anos para essa situação. Ela ela sabia que isso ia acontecer. Ela já tinha entendido o espírito do Trump. Ela sabia que isso podia acontecer. Ela está fazendo movimentos algum tempo para isso e ela está preparada para isso e ela não pode recuar porque ela não é um país qualquer que só tá ali falando: "Ah, eu não aguento mais. Eh,
não, tá bom. Estados Unidos se impõe e eu baixo a cabeça. Não, eu quero sentar no lugar que os Estados Unidos estão." Então, chegou a hora de eu me comportar como tal. Não tem como Xin Pin verm paraa mesa de negociação com Trump nesse nível de desvantagem, com as mãos amarradas desse jeito. Ele não fará isso. Não tem por ele fazer isso. Se eu fosse ele, eu não faria isso. E qualquer pessoa que entende o mínimo de poder e política sabe que ele não vai fazer isso. Eh, e aí o que acontece? Então, o próximo
passo é que a China vai testar os Estados Unidos e ela simplesmente pode fazer um exercício militar em volta de Taiwan mais duro e severo, bloqueio comercial de repente. E aí, Estados Unidos está preparado? O Trump quer isso? Porque tem uma outra tese de uma discussão dessa história toda que é o Trump ele ele tá fazendo tudo isso porque o problema é a China. Então ele não queria brigar com a Rússia porque ele vai brigar com a China. E aí quando você olha pras tarifas, a guerra comercial, parece que é isso mesmo. Mas eu tenho
dúvidas por eu acho que ele queria fazer isso e achou que a China ia baixar a cabeça. E aí quando a China baixasse a cabeça e viesse pra mesesa de negociação, talvez ele entregasse Taiwan. Agora não existe sequer o contexto para oferecer Taiwan, porque a China não vai vir pra mesa. Então a China vai dar um passo à frente dele e falar assim: "Agora eu vou testar a minha força para pegar Taiwan". Eu não sei qual era a política do Trump em relação ao Taiwan. Eu tenho altas desconfianças que ele estava disposto a entregar Taiwan,
mas entregar nos termos dele agora ele tá numa sinuca de bico que se ele, tipo, se ele quiser entregar a Taiwan na hora que a China já cercou Taiwan, ele não entregou Taiwan. Na verdade, a China que pegou a Taiwan e aí ele se deu muito mal. Só que ao mesmo tempo, eu também não acho que ele está pronto para defender Taiwan. Ou seja, eh, a Art of the Deal, nesse nível de complexidade desse jogo, não é igual virar para um imóvel que você quer comprar e falar assim: "O imóvel vale 100". Você fala assim:
"Eu te dou 10 ancorar lá embaixo." Ele ancorou lá em cima. Você não tá assim, tipo, não, não tem duas Chinas, não tem duas Europas. Não, assim, ele não, você não pode usar essas mesmas técnicas, isso não faz sentido. Eu acho que a China não vai recuar. Eh, o Mar ao Lago Accords não vai sair e se sair ele não resolve o problema. Então, você acredita que a simetria pende mais para uma não desescalada, no caso, né? Uma continuidade da escalada que a gente viu até aqui. Sim. Os Estados Unidosal. É porque eu tava, a
minha pergunta é que haja uma desescalada. Os Estados Unidos talvez vai ter que ele desescalar e o recu dos 90 dias. É isso. Ah, bom. Só deixa, deixa eu só aproveitar 5600 pessoas e crescendo o número de pessoas na live. Eh, a gente tá com a promoção ali no super chat. A gente tá com cinco super chats, a gente tem que bater 50. Quem quando bater 50 vai destravar. Deixa eu falar de novo da É. E quem quem der o maior super chat vai levar o moletom no Marketmers, que agora tá lá na cadeira, não
vou conseguir mostrar, mas moletom muito legal no Marketmers para enfrentar esse aproveita aí que tá lotado e fala da Tem, é verdade, tem também o o cupom rock no market, rock no mm30 para você ter um super desconto. no mm 30 para você ter um super desconto na pós-graduação de geopolítica da PUC Paraná, que o professor Rock é um dos professores e montou todo esse super diploma, MEC, você quer entender de tudo isso que eu tô falando? Tem uma série de professores, uma grande oportunidade, desconto especial só para quem tá aqui participando e dessa live,
gente. Olha, 5600 pessoas, hein? Se 10% virar aluno aí vai ter que fazer uma turma extra. Aí desculpa aí. É, não, eu participei de um almoço na semana passada com o pessoal da Sign Global, eh, que é o pessoal de bem de de advisory de político americana. E é bem, eles são tão são clientes da Sonex, com quem a gente tem relacionamento. Teve um almoço, a gente foi lá e eh o Charles Myers, que é um dos sócios, ele tava conversando exatamente sobre a questão de Taiwan, né, que daí eu quero saber também, aproveitar e
colher a sua opinião, porque eu acho que foi bem forte a fala dele. Na concepção eh dele, eh Taiwan vai ser o grande marco geopolítico ah dessa nossa geração, né, d primeira metade desse século. Não vai ter outra coisa, vai ser o grande a grande a minha fala é que Taiwan é é o início da terceira guerra mundial. É imediatamente ou é o gatilho que vai levar a isso? E a Perfeito. A meu minha dúvida é pra segunda parte do pensamento dele que ele fala: "Esse é um problema da nossa geração, é um problema da
primeira metade do século. Porque pra próxima geração, a geração dos meus filhos, dos seus filhos, pra segunda metade do século é outro". Quer dizer, se se a gente chegar lá, né? Mas se se a gente chegar lá, seria outra que é a a verdade escalada de corrida nuclear no Oriente Médio. Ele coloca dessa forma. Primeiro é a primeira questão é como haveria de ter uma CD Taiwan pra China, porque ele fala que é inevitável isso vai acontecer, querendo ou não, o Xijin quer que aconteça na vida dele. Sim, né? Ele quer ver isso acontecer, né?
se é possível, dada a conjuntura atual dessa dessa corrida que a gente viu nos últimos dias, que foi muita loucura, muita informação, esse excesso de informação é perigosíssimo, né? Muito ruído ao mesmo tempo, nia feito, se é possível ser feito e caso consiga ser feito de maneira salutar sem uma terceira guerra mundial, chegaríamos nessa segunda etapa, você concorda que seria uma corrida ah armamentista nuclear no Oriente Médio? Não, não acho que é no Oriente Médio, acho que é no mundo, né? Porque a Polônia já diz que ela precisa ter uma bomba atômica. se os Estados
Unidos vão abandonar a Europa e se a Polônia vai ter uma bomba atômica e a Alemanha tá se rearmando no nível que vai se rearmar e não existe mais o guarda-chuva nuclear americano, a Alemanha também terá que ter uma bomba atômica. A questão de Taiwan vai dizer se o Japão e a Coreia do Sul terão ou não bombas atômicas. Porque se os Estados Unidos abandonar Taiwan, o Japão no dia seguinte, nos meses seguintes, se torna uma potência atômica. Se o Japão se tornou uma potência atômica, porque os Estados Unidos abandonaram o Taiwan, a Coreia do
Sul, que é inimiga e rival do seu vizinho, a Coreia do Norte, que tem bomba atômica e tem 30.000 soldados americanos na Coreia do Sul e os Estados Unidos abandonaram Taiwan, a Coreia do Sul vai virar e vai falar: "Eu preciso de uma bomba atômica. O Japão já fez a bomba atômica dele ou já está fazendo?" E aí você tem quatro novos países com bomba atômica, não tem como você virar pro Irã e falar: "Iran, você não vai ter uma bomba atômica porque a gente não quer que você tenha bomba atômica". Ele vai falar: "Ué,
mas tá todo mundo construindo bomba atômica." E o Irã já tem um programa nuclear muito antigo. E aí quando o Irã tiver a bomba atômica, a Turquia, a Arábia Saudita e o Egito terão bombas atômicas. E aí você tá vendo para onde nós estamos indo. Aí até o Brasil vai est discutindo se a gente tem que ter bomba atômica nesse cenário. Então eh esse cenário ele já está acontecendo hoje. Tem muita gente, eu sou uma delas que fala que nós já entramos numa nova era nuclear, uma era de corrida armamentista nuclear. E os países estão
pensando seriamente sobre isso. Um mundo com 20, 30 potências ou países com bombas atômicas não é um mundo mais seguro. Hoje nós só temos nove países. É, então assim, é, eu acho que o a questão de Taiwan, ela potencializa ou não o problema da corrida nuclear, mas o problema já está colocado na mesa e quem criou o problema foi a postura americana em relação à Europa, ao ativar a Polônia, começar a falar disso, ao fazer a França perceber que eles precisam ter as bombas deles, ao a Alemanha eh falar, bom, Bom, se a gente precisa
ter as nossas bombas, eu não tenho bomba aqui, quem tem é a França e a Inglaterra. Eh, o Japão tá de olho nessa história e a Coreia do Sul também. Então, isso já foi provocado. Isso é uma das consequências nocivas daqueles que acham que simplesmente virar pros europeus e falar se virem, tá tudo bem. A conta americana diminuiu, né? porque você não tá mais defendendo eles, não tem que gastar com eles. Mas as consequências pra ordem e pra segurança internacional são devastadoras. Você tem uma grande corrida nuclear pelo mundo. A questão de Taiwan é, ela
ia seguir um fluxo normal aonde eh a China não vai abdicar de Taiwan. A pergunta é: os Estados Unidos vai ou não defender Taiwan? Eu não acho eh que se os Estados Unidos abandonarem Taiwan que Taiwan vai lutar. Eu acho que Taiwan vai se entregar porque é uma luta muito complicada. É. Eh, se isso acontecer, não é que a gente se livrou do problema, a gente só jogou o plantou uma bomba muito maior embaixo do tapete, porque a sequência disso é o Japão se tornar um país atômico. E o Japão conseguiria se tornar uma potência
atômica em poucos meses. Ele tem estoques de plutônio enriquecido assim, muito substanciais. Eh, ele tem tecnologia, ele tem capacidade industrial, ele tem tudo. Ele só não fez porque ele não quer alterar esse status, essa ordem e entrar nessa briga. Eh, agora se os Estados Unidos falarem: "Eu vou defender Taiwan", aí é o grande choque do possível início da Terceira Guerra. Deixa eu, eu tô gostando dessa provocação aqui de assuntos misturando eh política e economia e me veio uma ideia aqui, queria jogar essa essa bomba, falar jogar bomba num assunto desse, fica até difícil, mas eu
queria que vocês dois, né, eh falassem sobre isso, que não é de hoje que você, professor, fala sobre esse aumento da temperatura que pode gerar uma terceira guerra mundial. E uma das consequências que a gente pode ver das medidas anunciadas pelo Trump é um impacto no PIB global que pode gerar uma recessão. Acho que fizeram até uma conta de cada 10% de tarifa é dois pontos do PIB, então já levaria os Estados Unidos para uma recessão e muita gente apostando numa recessão eh na economia americana. um mundo economicamente mais fraco, é um mundo mais eh
eh mais promissor para uma guerra, né? Você tendo a economia mais fraca, aumenta a chance das tensões armamentistas eh se elevarem, porque fazendo um paralelo com o que a gente viveu, talvez no pós subprime até aqui, né? né? Até um esses anos de calmaria que a gente teve eh depois que o Federal Reserve jogou o juro para zero e tudo prosperou, eh talvez as pessoas não estavam tão interessadas assim em guerrear porque tava todo mundo prosperando, tá? O a o bem-estar estava predominante em boa parte do mundo. Se a gente viver uma recessão, isso pode
acelerar ainda mais uma chance de terceira guerra? A história nos dá duas respostas. Eh, sim, recessões levam a grandes guerras, na Segunda Guerra. Mas a história também nos dá uma outra resposta. Pujança econômica levou à Primeira Guerra. Eh, você quando você olha para uma guerra comercial, aonde você impõe altas tarifas do jeito que estão sendo impostas, a China, países superavitários em climas de ruptura do comércio internacional são os que sofrem mais do que os deficitários. Os Estados Unidos nos anos 30, quando ele impôs o Smooth Holly, aquela série deum eh tarifas, quem sofreu muito mais
foram os americanos. Por quê? Eles eram superavitários, comercialmente falando. Sim. E aí houve retaliação e a retalhação fechou o mercado daquele que tem um excesso de produção. Você tem um excesso de produção, não tem um consumidor interno, só que você não pode mais vender para fora, o que acontece? Você vai ter que começar a fechar todas as fábricas. Você vai ter uma grande destruição de valor e uma grande recessão nos superavitários. Por que que eu tô falando isso? Porque teoricamente a China sofreria, sofrerá teoricamente, não, na prática, muito mais. E aí você me diz, por
que que ela tá continuando? Então, porque guerras não são decididas somente por questões econômicas, mas são decididas por questões políticas. Uhum. A economia é uma parte da política, mas ela é uma ferramenta da política. Eh, e a China está partindo para uma ofensiva contra os Estados Unidos de dobrar a aposta, de bancar eh o truco ou blef ou o disparo do Trump, porque ela entende que ela vai ganhar economicamente lá na frente e ela precisa vencer essa batalha agora. Então, ela está disposta, ela está, a China está dizendo: "Eu estou disposto a ir pra guerra".
O chinês tá dizendo: "Eu tô disposto a ir pra guerra". Xinim tá dizendo isso. A China tá dizendo: "Eu tô disposto a ir pra guerra". E veja aí você fala assim: "Pô, mas ela vai se destruir economicamente?" É só que na guerra você não faz uma conta de quanto que você ganha. Você faz uma conta de quem perde mais. está disposto a se autodestruir, está disposto a se machucar, está disposto a sofrer desde que você faça o outro sofrer mais ainda. E essa é a aposta que a China tá fazendo. Ela acha, e essa é
a aposta que o Trump tá fazendo. Ele acha que a China vai ter mais a perder e ele acha que racionalmente ela vai recuar, porque ela vai perder economicamente. As guerras todas nos mostram que não é uma um fator econômico que decide se você vai continuar naquela briga ou não, se tá disposto a perder muito. A mesma discussão acontece com os títulos da dívida americana. A China já chegou a ter 13% de toda a dívida americana. Hoje os estrangeiros controlam 24% dos bonds dos treasuries. 55% tá com investedor americano dentro dos Estados Unidos. 13% tá
com o Fed e o resto com outros. Desses 24% que tá com o resto do mundo, é, a China não é a maior detentora mais. O Japão é o maior, a China é a segunda maior. O que que aconteceu? Como que a China pulou de 13 pra posição que ela tá hoje? Ao longo desses anos, ela vem diminuindo isso, o máximo que ela pode, porque ela está se preparando para esse dia, para esse movimento. Muitos vão dizer: "Mas a China não vai dump, desovar, vender todos os bonds americanos, porque ela vai se dar muito mal."
Olha, a China pode se dar mal, mas se a China iniciar esse movimento dentro de uma desordem caótica de completo eh perdas monumentais de trilhões e trilhões de dólares por causa de tarifa, por causa de disparo de sim, já não, para todo lado, de monte de loucura não explicada, não comunicada, não falada, que ninguém consegue entender o que tá acontecendo. Simplesmente o mundo inteiro pode entrar num grande pânico e falar assim: "Acabou, o dólar não é mais a moeda de reserva, eu vou vender os meus títulos também." Essas coisas elas não acontecem programadas, elas acontecem
momentaneamente com uma uma overaction, né? uma reação eh não explicada dos mercados. A gente não sabe qual é o gatilho. Se a China entrar vendendo, o Japão tem que vender para segurar sua moeda e começa uma onda de todo mundo a vender, o dólar colapsa com uma moeda de reserva. A economia do mundo vai pro para uma depressão, para um colapso, vai, mas ela já foi várias outras vezes e uma delas levou a uma guerra. Outra não, mas eh assim, o cenário nos parece que essa situação nos levaria a uma guerra com certeza, dado o
nível de incertezas e instabilidades em todas as outras áreas geopolíticas, não só na relação comercial, econômica, financeira, monetária. Nós estamos com uma ênfase aqui, mas tem a questão militar que eu acabei de citar, tem uma corrida armamentista nuclear dando e um pontapé de uma corrida armamentista nuclear começando no mundo. Tem uma um armamento, um gasto em defesa aumentando no mundo inteiro. Tem duas guerras acontecendo regionais. Toda guerra mundial, ela não começa sendo uma guerra mundial, ela começa sendo uma guerra regional. A Segunda Guerra Mundial começou com três guerras regionais. Alemanha na Europa, a Itália no
Mediterrâneo e na África e o Japão na China e na Ásia. Quantas guerras regionais nós já temos hoje? Duas. A Segunda Guerra Mundial só virou terceira Segunda Guerra Mundial quando os Estados Unidos entrou. Eram três conflitos isolados e separados. Hoje são três conflitos isolados e separados. Que é mais uma notícia devastadora. Ontem, anteontem, 150 chines foram encontrados dentro da Ucrânia lutando. Uhum. As pessoas não entenderam. Isso. Não é uma brincadeira. Tem norte coreano lutando dentro da Ucrânia, muitos. faz tempo. Se tiver chinês lá dentro agora e a frase é voluntários chineses, você não é, você
não sai da China para ir lutar na Ucrânia se o governo chinês deixasse sair, porque você não sai da China para fazer muitas coisas, ainda mais lutar uma guerra de um problema que sinaliza uma uma um grande movimento no tabuleiro do xadrez geopolítico. Isso só acontece porque a China deixou. Esse é um sinal de extrema ofensividade por parte da China. Se você somar isso com a postura em relação às tarifas, né, a retalhação tarifária, se você somar isso com que pode vir e sobre Taiwan, testar os Estados Unidos, testar o Trump numa situação aonde que
ele não vai poder mais dizer que ele deu o Taiwan pra China, como eu descrevi aqui a pouco, olha, tem muito mais do que fator político e econômico para explicar a gente caminhando para uma guerra. E eu achava, e eu sempre tenho dito isso, que esse cenário de terceira guerra não viria no mandato do Trump. Eu minha análise tá mudando porque o nível do estrago da do causo absoluto que tá acontecendo, ele é muito propício para um slip slippery slope. Assusto, né? Porque tá logo no começo do mandato, tem mais 3 anos e meio pela
fris até isso. E assim, eh, as pessoas, ah, tá vendo? Ele parou, era só para chamar a atenção. Ele não parou. Ele não parou. Vocês não entenderam que ele não parou, ele não, ele deu uma pausa, ele vai continuar, ele vai voltar. Não tem sentido você tarifar o México porque o o Canadá, porque o Canadá é super avitário. Por que que você tá fazendo isso? Você só tá rompendo a confiança, a aliança. Você tá desestruturando algo que você vai precisar para lidar com os movimentos do que vai vir daqui paraa frente. E e olha assim,
tem uma parte nessa história que é um argumento que se você não retaliar o mundo todo, né, se você não importa tarifas ao mundo todo, a China vai transportar a indústria dela para outros lugares. Uhum. Então, a tarifa seria uma ameaça e uma garantia de que a China não consiga mandar pros outros lugares. Mas como as tarifas saíram pro resto do mundo por razões óbvias, porque não poderiam ter sido colocadas desse jeito, não poderiam ter sido feito assim, eh, você também não consegue evitar que a China encontre maneiras de burlar isso. E se não vai
pros Estados Unidos, a China vai dump todas essas coisas em outros lugares, inclusive aqui no Brasil, na Europa. E os europeus estão preocupados. Você você percebe o nível do desarranjo econômico, monetário, político, militar, que é toda o desencadeamento dessas coisas em três meses? Uhum. Tô dizendo que o mundo não tinha problemas, tinha problemas gravíssimos. Acabei de dizer que um das grandes acertos do Trump é o diagnóstico da do comércio internacional. Mas não adianta se você vai usar um remédio errado e a forma de aplicar o remédio é você tem que dar uma injeção em você,
cara. Ó, olha pro lado, sei que você não gosta de injeção, vamos ter uma conversa, pô, se distrai e tal, toma aqui um whisk, sei lá, qualquer coisa. e não chego e te dou um soco na cara e começo, entendeu? Não é assim. Ai, sabe que sempre que a gente faz live o episódio com o professor rock, eu lembro da das carnes que eu tenho no freezer. Eu falo: "Nossa, este modela vou fazer o churrasco aqui, eu preciso aproveitar rapidamente essa mais de 6.000 pessoas. Galera, vamos aí no super chat para ganhar o moletom. O
pessoal mandem perguntas aí usando super chat que fica mais fácil. agradecer todo mundo que tá acompanhando. Eh, professor, eh, a Janethy Allen, né, que foi secretária do tesouro, presidente do Federal Reserve, PhD, do mais alto calibre e o Larry Summers, que também foi secretário de tesouro, são dois economistas democratas, um disclaimer, mas são pessoas do mais alto calibre, né? Sim. Eh, e não tem como negar isso. Eh, eles falaram que o que aconteceu na quarta-feira passada foi o maior e ferimento autoinflingido da história americana depois da Segunda Guerra Mundial. Queria saber se se o senhor
concorda com isso e adicionar a isso também. Uma fala do Jamie Diamond, que é o presidente do JP Morgan, que foi uma das pessoas que fez o Trump recuar. Foi foi e ele e o Scott Basson pressionados. por todo mundo que tá ligando, todos os empresários, todo mundo ligando, todo mundo falando: "Que que vocês estão fazendo? Que que é isso? Eles transformaram os Estados Unidos na República das Bananas. Isso é uma loucura, sem tamanho. Eh, e aí todo mundo botou pressão e quando ele viu os bonds, porque isso é uma coisa, eu não sei se
todo mundo sabe, né? Se o mercado despenca, normalmente os treasuries aumentam. Uhum. É por tá, o mundo tá explodindo. Vamos pro safe heaven, né? Vamos pro lugar, pro porto seguro maior de todos do mundo, que seria os títulos da dívida americana. Agora, se você tem as duas caindo simultaneamente, já começa um ruído, um abalo. E quanto mais o mercado sentir que isso vai acontecer, o mercado vai apostar nisso. É, a lógica é bem clara, né? Se a bolsa cai e a treasury sobe, eles estão indo pro lugar seguro. Se a bolsa cai e a treasury
cai, esse lugar não é mais seguro. Eu perdi a confiança. E aí? E isso daí não significa, eu vou contar um exemplo na história, onde a gente teve uma uma pressão monetária que fez o o Reino Unido recuar, eh, a crise do canal de Suéz nos anos 50. E aí o que que aconteceu, né? Eh, os franceses e os ingleses controlavam o canal e e tipo o Ner chegou no poder no Egito e falou assim: "Olha, eu vou nacionalizar esse canal. Isso daqui é nosso, isso é uma coisa importante". E aí combinam com Israel. Israel
ataca, eh, os ingleses atacam, os franceses atacam e controlam o canal. Os americanos falam: "No, vocês estão todos errados. Eu não aceito nada disso. Eu não quero conflito, eu não quero guerra. Isso, nós estamos na Guerra Fria. Isso daqui vai trazer os russos, isso daqui vai virar um problema muito maior. Eh, ingleses, retirem os seus 80.000 soldados dali. E os ingleses falam: "Não, a gente quer, fica enrolando." Os americanos falam assim: "Tem data e hora e se você não tirar todo mundo na data e na hora, você vai sofrer consequências". Os ingleses tinham um problema
porque a economia deles estava indo mal e eles precisavam de reserva. e as reservas estavam diminuindo e eles precisavam de uma linha de crédito do FMI. E para conseguir aprovar essa linha de crédito, precisava dos Estados Unidos votar e ser o fiador e falar: "Tá bom, não, nós vamos mudar". Quando os Estados Unidos votam no votam na ONU dizendo: "Olha, eh, tem que se retirar e tem que eh tirar as tropas." Eles voltam uma resolução dizendo que os ingleses tinham que fazer isso. Fica público que os americanos já não estão mais alinhados com os ingleses,
não concordaram com a invasão dos ingleses. O que que o mercado faz? começa a perceber a ruptura e começa a testar os ingleses. E as reservas dos ingleses não dão conta de segurar a pressão do mercado. E aí que que acontece? Os ingleses retiram as tropas no dia que os americanos querem e a linha de crédito do FMI vem e eles conseguem conter o mercado e aí fica demonstrado que os ingleses já não têm mais a força que tinham, geopoliticamente falando. Então o que eu tô querendo dizer aqui é que se o mercado sentir que
existe uma pequena dúvida, vai ter gente que vai começar a apostar na dúvida. Uhum. Seria isso o grande karma do Scott Bent que quebrou o banco da Inglaterra e vão quebrar o Fed. Imagina isso. É assim o bem, muita gente coloca esse episódio como o fim do império britânico, como conhecia antes, né? É, foi o episódio. E a minha dúvida sobre a fala do Diamond, primeiro confirmar se se eu se o senhor concorda que é o pior ataque autoinflingido dos Estados Unidos ou já teve alguma alguma coisa parecida? Não, eu não acho que é depois
da Segunda Guerra. Acho que na história dos Estados Unidos é tão monstruoso e é tão gigante. E vejam assim, tudo que eu descrevi aqui dos problemas que existem no mundo e para os Estados Unidos, eles são muito reais, eles são muito sérios, principalmente alguns deles. Mas os Estados Unidos ainda estava colocado na melhor trajetória de todos, porque eu tô descrevendo os problemas americanos. Eu não, quer dizer, falei um pouco dos problemas da China e da Europa e tal. Todo mundo tem grandes problemas. Se os Estados Unidos seguem o curso, consertassem os problemas estruturais do comércio
internacional, consertariam vários dos outros problemas que eles têm também. E aí, eh, a China estaria numa situação muito difícil. A Rússia tá numa situação muito difícil. O Estados Unidos ele ele tem que fazer grandes reformas com o mundo, reorganizar várias coisas, mas não é que ele tá no na à beira do colapso, ele é o que tá melhor de todos ainda. Então ele não precisava esticar a corda e se colocar e enrolar a corda no seu pescoço desse jeito que ele fez agora, porque ele ele abriu um flanco de uma dúvida que até então não
existia, porque nem todo mundo entende essa questão estrutural da política comercial, dos superávits, dos desequilíbrios. As pessoas falam dos déficits americanos, mas tudo bem, né? Nos Estados Unidos ainda é o safe heven, ainda é o Porto Seguro. Então tá bom, tem déficit, tem dívida, mas ele tem a máquina de imprimir o dinheiro. E se ele não tiver mais a máquina de imprimir o dinheiro, porque ele não é mais a reserva, a moeda de reserva? Eu mesmo tenho falado que existe uma discussão do dólar não ser a moeda de reserva e o quanto que isso traria
de benefícios para a economia americana, para setores traria, mas isso tem que ser feito porque os Estados Unidos escolheu fazer e não porque colapsou, porque uma pressão e um mundo perdeu a confiança nos americanos ou no dólar ou nos mercados americanos, entendeu? Então os Estados Unidos se colocou num lugar que ele não precisava. O desafio era sério, era grande, mas os Estados Unidos estavam na melhor posição em relação a todos os outros jogadores do tabuleiro. Ainda sim, tava antes do caos. Então eu concordo com a frase e concordo eh com eh Jamie e eu acho
que eles eh teve uma grande influência aí em fazer o Trump dar uma respirada. Chegaram vários super chats. Posso trazer aqui? Pode, pode sim. O Bruno Cabral mandou uma bem legal aqui. A política externa agressiva de Trump conta com o respaldo político suficiente para se sustentar? Há sinais de que o eleitorado moderado, crucial para sua eleição, começa a se distanciar? Então, eu tenho dito que tem dois problemas com isso. Como que ele chama? O Bruno Cabral. Bruno. Bruno, eu diria que tem duas partes para essa resposta. Uma, sim. E esse eleitorado perdeu a sua aposentadoria
1K, eh, porque tem 60% dos americanos tem dinheiro na bolsa, tá perdendo seu suas suas reservas, eh, vai ver que vai ter inflação, tem uma série de coisas que vão acontecer num curto prazo que esse cara vai ficar incomodado e aí ele pode acordar. Mas existeno também que eu tenho dito aqui que pode acontecer, que é o nível de eh paixão, cegueira ideológica, de loucura, que é aqueles discursos que a gente tava falando aqui antes de começar, né? O Art of the Deal, ele tem um plano, ele não erra, o cara sabe o que ele
tá fazendo. Quanto que isso contaminou o mundo? Quanto que o mundo tá funcionando numa base completamente emotiva, irracional? cega, incapaz, de pura idolatria, como aconteceu na época da Segunda Guerra Mundial. as ideologias extremas que levaram e eh o surgimento de daquelas forças políticas na Europa, elas só aconteceram porque muita gente tava cego, apaixonado, emocionado. Então, existe um cenário onde as pessoas não percebem e falam: "Não, não vai dar certo, alguém tinha que fazer isso". e a contínua narrativa de distorção, eh, de não são os woles, os europeus wokes, são não sei o quê. Todas essas
falas elas vão capturando as pessoas. Gente que me manda mensagem, viu? O Trump tava certo. Tava certo no quê? Não, ele parou. Era só para chamar atenção. Falei que parou. Não, acabou. O cara tá no terceiro mês do mandato. Como assim? Ele fala, ele já deu uma data, é 90 dias. Mas 90 dias não quer dizer nada, porque no México com e com o México e com o Canadá também ele falou uma coisa e no dia seguinte ele voltou e falou outra. E todas as vezes ele voltou e falou e desfalou. Toda hora ele faz
isso em todo lugar com tudo. Ele que assinou o acordo de livre comércio com México e com o Canadá. Ah, tipo assim, para, para, para, para com a fantasia. Acabou a fantasia, gente. Chega. Tipo, não tem fantasia. Ele está errando. Ponto final. Ele está errando. Já disse onde ele acertou. Ele acertou em alguma coisa. Acertou. Acertou no diagnóstico. Acertou na coragem de querer tratar do problema da doença. Errou no remédio e e errou mais ainda na forma. Errou. Pronto, errou. Ser humano erra. Outro super chat. Que coisa, né? Tem um ser humano. Onde já se
viu ele errar? Não pode falar isso pras pessoas. Renato Moreira, o empreendedor sincero, mandou R4,90 aqui. Por enquanto o maior super chat aí, se continuar assim até o final vai levar o moletom, mas tem que ter 50 super chats. Ainda estamos só com nove. Ele disse aqui: "De que forma a centralização do poder na política interna e sua diplomacia econômica agressiva afetam o equilíbrio geopolítico global e os valores democráticos no cenário internacional? Acho que eh uma das razões pelas quais nós estamos caminhando para uma rota de um conflito global é uma China mais autoritária e
ditatorial. E isso acontece com a concentração de poder do Xinpim. Ele quebra. China sempre, né, desde que depois da da Guerra Civil e o Partido Comunista vence, ela sempre foi uma ditadura. Mas ela era uma ditadura tecnocrática, aonde você tinha um conselho, os líderes, tal, tudo bonitinho, isso tinha uma meritocracia. Não tô dizendo que isso é bom, só tô dizendo que dentro do que pode ser era muito melhor do que ela virou quando o Xin assumiu. O XinPinha é um ideólogo, um grande ditador. Ele se acha um mau setung. Ele quer ser um novo mal.
Ele tem ideias marxistas, leninistas de séculos para trás. Eh, e ele se consolidou no poder de uma forma que leva a catástrofes. Essas catástrofes a gente assistiu em todos os momentos na história com todas as outras grandes ditadores, Stalin, Hitler, Maltetung e outros. Então, eu diria que eh parte desse confronto acontece porque a tomada de decisão na China tá subjugada a um grande ditador, uma grande figura egocêntrica, eh, imperialista, com ambições descomunais também. E essa combinação dessas forças, desses líderes, Putin, Xijinpin, eh todos eles unidos, somados a todos os problemas que nós temos na democracia
e todos os erros que os Estados Unidos tá cometendo. Esse é um cenário de conflito. E só mais uma antes do Space. é meio fora do tema, mas como ele mandou $999, aí mandou em dólar, a gente prioriza. Então pode responder mais eh direto ao ponto, porque eu foge um pouco do tema. Mas ele falou aqui, ó: "Professor, em um cenário de terceira guerra mundial, qual a porcentagem de chance do Brasil ser invadido ou nuclearmente bombardeado? Conseguiamos ser invadido ou ser atacado nuclearmente? É, conseguiríamos reagir a esses poderes de fora. A gente não seria nem
invadido, nem atacado nuclearmente. Não teria ninguém ia jogar uma bomba atômica no Brasil e ninguém invadiu o Brasil. Então o Brasil ia ficar de fora da guerra. Boa. E mas qualquer problema, vocês já viram o super corte do professor aqui no Marketmers. Vá pra Brasília. Isso. Planal central brasileiro. Planalto central brasileiro é o lugar mais seguro do mundo. É isso. É, mas eu eu se você quer saber o motivo, vai lá no corte. É óbvio, óbvio que o Brasil sofreria porque o mundo inteiro tá sofrendo, mas de todos que vão sofrer, talvez o Brasil sofreria
menos, por incrível que pareça. Óbvio que isso depende também da nossa política externa, quem vai estar no poder na época e o que vai fazer, vai escolher tá do lado de quem? Ó, vou então puxar para Brasil agora que você mencionou. Eh, a gente observou a primeira reação quando viram o número. Primeiro que eu não conseguia ver o número do Brasil porque ele mostrou a tabelão assim, o Brasil tava atrás do púlpito dele. Daí eu não dava para ver até ele puxar. A gente já descobriu qual foi a ordem escolhida. Não, não tem ordem, na
verdade. É aquilo, aquela foi, por isso que eu falo que foi uma aberração. Não tinha ordem eh alfabética, não tinha ordem por tamanho de déficit, não tinha. Assim, eu não entendo qual é a ordenamento da tabela do Trump, sempre não, não é nenhum, porque não era não era não era tarifária, não, não era não era ordem tarifária, era uma era uma conta de déficit comercial. Déficit comercial não é causado somente porque alguém impõe tarifa. Sim, déficit comercial é causado porque você não produz banana, não. Mas mas a ordem que foi apresentada na tabela não tinha
não. Nada, nada tem lógica. Porque não é para ter lógica. Porque a frase do Steve Bennon é tipo sobrecarregar, causar e tumultuar. É, e é isso que tipo faz a coisa ficar, entendeu? É. Daí no Brasil ficou com uns 10 e a primeira leitura assim, pô, não esperava isso. Frente aos demais ficou legal. Vê se o senhor concorda com essa observação. Claro, para os Estados Unidos e estruturalmente, né? Eh, da da mesma maneira que durante a Primeira Guerra Comercial o Brasil aprofundou laços comerciais é, que tiveram ganhos estruturais, podemos observar com a China, poderíamos ter
novamente, né, eh, novas idas, né, eh, a outros países, novos parceiros, inclusive com a União Europeia. Com certeza. E para fechar, né, a dúvida geral é, temos observado um silêncio, um salutar silêncio, né, da diplomacia brasileira com algumas falas do Lula aí perdida na CELAC ou em algum algum palanque ele suba, mas assim, o silêncio não foi nada. Ótimo. Parece que é bom. É bom mesmo o silêncio brasileiro se afastar completamente ou teria que tomar partido de alguma forma. Brasil tem que ficar quieto. É, eh, o Brasil é super protecionista. é que o critério usado
para aquela tabela lá não era eh não era protecionismo, era déficit comercial. E aí então o Brasil não tem, né, o déficit não não é não é uma coisa, não existe isso. Então, eh, o Brasil não se deu mal. Eh, e é uma grande, por isso que é tudo uma contradição, é tudo bagunçado, não faz sentido algum. as pessoas vão dizer: "É, mas é ele só queria usar aquilo como leverage". E aí acho que eu já enderecei isso. Quanto a sua pergunta sobre o que que o Brasil pode fazer ou se aproveitar? Um monte de
coisas. A economia do mundo tá sendo redesenhada. Oportunidades como essa acontecem uma vez num século. E essa é a janela. Mas o Brasil tá pronto para aproveitar isso. Ninguém vai bater na porta do Brasil e falar: "Veja, Brasil, nossa, você, pô, você tá aí tão quietinho, tão isolado, você tem o Planalto Central brasileiro, se tiver guerra atômica, né, tá tudo bem aí". Tipo assim, tem tantas coisas que ninguém vai vir aqui e falar: "Nossa, eu queria vocês, Brasil". a gente precisa ir lá e nos vender. Então, a gente precisa ter planejamento, projeto, falar, fazer diplomacia,
convencer um monte de gente, falar: "Veja, eh, eu posso ser o seu novo parceiro, eu posso ser o seu fornecedor disso, eu tenho um grande mercado, mas aí o Brasil também tem que se reformar, tem que tá disposto a fazer coisas que a gente não tá, nós vamos tirar as nossas barreiras protecionistas também para dar alguma coisa para alguém." Tem um mercado consumidor gigante aqui, só que pagando os preços que a gente paga para iPhone ou qualquer outra coisa também não funciona, sendo que a gente não vai ter uma indústria local e a gente volta
pros nossos problemas estruturais de sempre, né? ineficiência, burocracia, falta de planejamento. Então, e o Brasil vai perder uma oportunidade, porque isso não vai, o Brasil não vai acender agora e deixar de ser o Brasil para tirar vantagem dessas oportunidades todas que estão se apresentando. Cavaleiros, trazer o super chat do João Canh, R$ 279,90. Valeu pelo super chat, João. Eh, pergunta dele sobre criptomoedas. Tudo isso vai ser bom para as criptomoedas em geral? O Bitcoin já sendo usado entre China e Rússia para pagamento, segundo a Vanec, para trades de energia. Paguei super chat em Bitcoin usando
o cartão da Foxbit, ó. Aí, ó, ainda fez um jabá da Foxbit. Compra em Bitcoin. Mandou aí o João Canh. Eh, e aí, vai ser bom pra criptomoeda em geral? Vocês estão falando de colapso do dólar? Eu quero saber o que que tá acontecendo com o valor do da das criptos agora. É, então, se fosse semana passada super chat podia ser uns R$ 500, né? Porque um Então o que que tá acontecendo? É na porque como acho que democratizou muito o acesso à informação em relação a esse mercado e pulverizou demais, eh, ela ficou muito
correlacionada com notícias macro tradicionais. Então, ao que era descorrelacionado virou extremamente correlacionado. Então, o que aconteceu é que virou um ativo mainstream no stress. estado. É, antes era engraçado, a gente tinha feito um teste histórico aqui sobre o desempenho do da criptomoedas em geral em carteiras, né? E assim, até certo momento, quando a gente fez aquele recorte, a adição de criptomoedas era positiva pra relação de risco retorno de carteiras. Era positivo você adicionar criptomoa porque era disco relacionado. Ao longo dos últimos anos, essa relação foi sendo e desidratada do ponto de vista de alocação, tá?
Tô falando aqui, não tô falando do ponto de vista, obviamente esse rapaz é um entusiasta, entusiasta da cripta, mas assim, eh, é assim, eu não quero falar também, eu tenho cri, eu tenho um pedaço na minha carteira, mas foi assim no stress, a correlação foi para um, todo mundo caiu. Então, ou seja, a cripto não tá pronta para ser a moeda de reserva do mundo. Uhum. Porque quando o mundo tá em pânico, as pessoas fugiram da cria. Eh, hum. Não tem confiança por trás, não tem base institucional por trás. Já sei que os aqueles que
amam querem dizer que tem um monte de coisa. Não para essa escala, para esse nível, para esse para essa situação de mundo. Você quer coisa comprovada, consolidada, coisa tradição, precisa de mais quilometragem para chegar nesse lugar. Era um ativo especulativo, não era? E aí, a crise no mundo não tá mostrando que as pessoas estão indo para lá, não? Não tão querendo ir para lá, tão querendo ir para outro lugar, poucos lugares para ir. É, se bem que a gente tem que cada dia pode ir mudando isso, né? O primeira reação do mercado na quinta-feira passada
parecia que o mundo queria ir para SMC brasileiras, né? Porque aqui a nossa bolsa subiu para caramba. E assim, o segundo, a gente ficou, caramba, nunca critiquei a carteira do market bombou naquele dia, na sexta fomos junto com todo mundo, né? Ó, chegou do super chat aqui no cenário, Ricardo Cashimarec eh mandou R$ 50 no atual cenário econômico mundial, como fica o Brasil diante desse calçar Far já falou um pouquinho, né? Acho que sim. Eh, posso perguntar uma coisa aqui? Só então pode ir lá. Mas assim, a gente, Ricardo, a gente acabou de falar depois,
se você chegou agora na live, vê a gravação lá, volta um pouquinho que a gente acabou de falar nesse momento de Brasil. Eh, já que a gente falou do do Brasil, eu queria perguntar uma coisa que eu tenho curiosidade e eu não ouvi a sua opinião sobre esse tema ainda. Eh, a participação do Itamarati em alguns posicionamentos brasileiros que é bem, o Itamarati é uma instituição muito respeitada internacionalmente e tem um tipo de posicionamento que eu vejo que ele se repete independente do posicionamento ideológico do presidente. Alguns exemplos do próprio presidente Lula do Bolsonaro é
proximidade com a China, com a Rússia, perdão, com a Rússia. Eh, por eh o Itamarati tem esses posicionamentos mais fí eh mais solidificados, né, nele? E quais seriam as ideias por trás desse tipo de de iniciativa? acho que tem trabalhado há muito tempo numa linha muito ideológica e tem um ponto de convergência, né, nessa história. A extrema esquerda e a extrema direita gostam dos ditadores. E talvez um dos únicos pontos aí que o Lule e o Trump concordam é em meter o pau no Zelensk e elogiar o Putin. E então aí isso explica um pouco
desse movimento que era igual do Bolsonaro e tem outros outras explicações até e do Brasil depender de fertilizante, mas eu acho que isso é tinha colocado aqui é menos relevante. Eu quer não é que é não é menos relevante, é relevante, mas o Brasil tem que procurar alternativas e não simplesmente eh abraçar o Putin politicamente ou a Rússia politicamente. Acho isso um problema. né, que é difícil falar disso porque a esquerda vai defender e a direita agora também defende isso, né? E aí sobrou eh poucas pessoas eh sem paixão ou comprometimento, fidelidade exclusiva ideológica a
uma narrativa. Você ser livre, eh, você concorda com uma coisa de alguém, na segunda coisa que ele fala, você não precisa concordar. A terceira você concorda de novo, a quarta você não concorda, mas esse tipo de pessoa já não existe quase mais no mundo. E o Tamara tinha refém dessa dessa lógica, né, desse dessa situação. Uhum. Tem super chat ou posso? Tem um assunto que eu não falei, mas não sei se você vai voltar, que é o da Por que que o setor industrial eu tava com esses dois assuntos anotados aqui, setor manufatureiro, por que
que ele é tão importante? Hum. Você quer retomar esse assunto? Pode não. Manda bala. Manda bala. Pode ser. Pode ser. Então vamos lá. Eh, o que eu falei, né? O nível de desemprego nos Estados Unidos é muito eh tá muito baixo, mas eh o desemprego ou a desindustrialização americana é uma realidade. A parcela do PIB americano que representa, que vem do setor produtivo de manufatura é mais baixa que a média da economia global e infinitamente mais baixa do que os dos países superavitários. A média global é X, os países superavitários estão acima da média global
e os países deficitários estão todos abaixo da média global. E aí, por que esta esta preocupação com o setor produtivo de manufatura e indústria? Esse é o setor que gera mais produtividade para uma economia, mais do que todos os outros setores. Porque você ter uma indústria, você ganha, consegue ganhar economia de carro. Você consegue ganhar padronização, você consegue colocar mais capital e o retorno por unidade que você tem de capital investido é muito mais alto do que num setor de serviços. Serviços é individual, você ter que atender cada pessoa. Difícil você automatizar, difícil você construir
produção em série. No setor produtivo, você consegue fazer isso. Então você ganha escala, você consegue produzir mais por unidade de trabalho de cada trabalhador. No setor de serviços você não consegue acompanhar isso. As inovações tecnológicas, elas vêm todas do setor produtivo, testadas e implementadas. as grandes fronteiras da tecnologia, elas surgem nesse setor. Eh, então, do ponto de vista econômico, é mais sólido para uma economia estar sustentada ou ter uma parcela boa da sua economia apoiada na indústria e no setor de manufatura. você se tornar uma economia só de serviço. E eu sei que as pessoas
tm uma outra discussão, né, sobre economias que evoluem e não vão ficar tendo fábrica. são grandes economias de serviço financeiro e coisas do tipo. Eh, este é um olhar de uma análise que não leve em consideração a capacidade de geração de produtividade e riqueza por unidade de dinheiro investido em comparação com o setor manufatura ou indústria. Você não consegue acompanhar. Então, por mais que seja uma evolução, ela tem é um papel limitado. Isso não quer dizer que os Estados Unidos tenha que produzir tudo que ele consome. A gente vai precisar olhar pra vantagem comparativa para
escolher o que que tem que produzir. Mas existem coisas estratégicas que você vai depender do outro se você não produzir internamente. E aí a gente começa a entrar no elemento geopolítico de por que o setor de manufatura é tão importante para a segurança nacional de uma nação. Em tempos de paz, você não ter a sua manufatura pode até passar batido. Em tempos de guerra ou de conflito ou de instabilidade, você precisa ter uma capacidade industrial alta, porque você vai ter que produzir tanque, navio, submarino, míssel e um monte de outras coisas que se você não
tiver essa capacidade instalada, você pode perder a guerra. tem um um das linhas de raciocínio que explica ascensão em queda de impérios, que é um livro do Paul Kennedy, eh, que chama The Rise and Fall of Great Powers, Ascensão e queda de grandes potências. E este livro, a tese dele é o que explica que uma nação se torna uma superpotência, uma grande potência, é a relação da sua economia industrial, da sua economia manufatura com a sua força militar. Você não tem avanços tecnológicos militares se você não tem o avanço tecnológico. Você não vai ter o
avanço tecnológico se você não tiver o setor industrializado produtivo avançando. Percebe o que que tá em jogo aqui? Então, por isso que eu digo que o diagnóstico eh do Scott Basson, do Stephen Miron e do Trump, tá certo? Porque eles dizem que é uma questão de segurança nacional pros Estados Unidos retomar o crescimento do setor industrial americano. Uhum. Trazer as fábricas de volta pros Estados Unidos. Por isso, por questões econômicas e por consequência questões militares de defesa e de você manter a sua supremacia como grande potência ou o seu status de grande potência. Eh, não
é um setor qualquer, é um setor que tem mais vantagens que os outros. Repito, isso não quer dizer que a economia vai ser majoritariamente somente industrializada, como é a chinesa, que tem um déficit contrário, mas hoje a americana está se desindustrializando demais. Isso compromete a sua capacidade de se preparar para a guerra e construir o número de navios necessários para um confronto com a China. E sobre esse tema, né? A capacidade ou só um comentário que eu queria, você falou do livro do Paul Kennedy. O Troirro citou esse livro na live, no terça. Ele fez
um comentário interessante sobre a capa do livro, que ele tava falando sobre esse processo de queda, tem o Japão, que tá os Estados Unidos em cima. Aí é como se tivesse fazendo essa transição e quer substituir o Japão pela China e crescendo e a China igual a China é um grande Japão, muito maior. Mas a mas a tese do Paul Kennedy é isso. Para você ser uma grande potência sem que é a sua capacidade industrial econômica. Ponto. E ele faz comparações que no século XIX eh, os britânicos se tornaram a maior potência do mundo, maior
império, graças à sua revolução industrial. E depois você tem os alemães no século XX. E depois dos alemães vem a potência industrial americana. E agora o que a gente tá assistindo é a ascensão da potência industrial chinesa. Por isso que do ponto de vista geopolítico, os Estados Unidos precisa resgatar parte da sua capacidade industrial e produtiva. O quanto essa capacidade de se reindustrializar é factível, considerando os custos envolvidos tanto de energia como também de pessoa? Os Estados Unidos tem custos de energia baixíssimos. Os Estados Unidos é o maior produtor de petróleo, a energia tá lá
dentro. Eh, no mundo instável geopoliticamente, eh, que você precisa navegar, trazer o petróleo, o vão tentar fazer um bloqueio naval, vão fechar o estreito, vão fechar o canal de Sué, eh, no caos que a gente tá vivendo. A China tem uma desvantagem tremenda. Ela precisa que esse petróleo venha de lugares muito distantes. Os Estados Unidos não. Esse petróleo vem do México, do Canadá. Por isso que a loucura de brigar com o México, Canadá não existe. E vem dos Estados Unidos. Os Estados Unidos é o maior produtor de petróleo do mundo em níveis jáis vistos. Então,
Estados Unidos tem energia e vai ter energia. Então, esse problema Estados Unidos não tem. Eh, e a China tem. Você citou uma outra coisa além de energia? Pessoa, custo de pessoa também. Então, a a produtividade do trabalhador americano, se você permitisse que o trabalhador chinês tivesse a transferência de renda de volta para ele, o o trabalhador americano é mais produtivo. É que o trabalhador americano ganha mais porque ele tem recebido proporcionalmente um retorno maior da aumento de produtividade. O salário ser mais alto não é um problema para uma economia. Por quê? Na verdade isso é
um sinal de saúde econômica. Se os salários estão aumentando, o ponto é que o salário só pode aumentar se a produtividade aumentar. Você não pode aumentar os salários se a produtividade não aumentar. Aumentar o salário não é necessariamente que o custo ficou maior da mão de obra, é que o custo do salário tem que subir junto com com o nível da produtividade. E eu diria que os Estados Unidos, se a China não tiver essa condição artificial, eh os Estados Unidos são bem competitivos. Essa capacidade industrial, ela pode ser retomada rapidamente. Tem um ecossistema, talvez melhorar
alguma infraestrutura, mas eh tem tecnologia, tem capital em abundância, eh tem mão de obra qualificada e tem capacidade eh de mão de obra produtiva. Eu acho que isso é fácil de ser resolvido. Tem mais alguma aí que chegaram alguns super chats, só que são tem, eu posso mais assuntos de guerra. Só teve, gostei que o Pop and Ice Cream Seller sentence mandou um super chat aqui, então mandou 1,90 aqui, mas só mandou 1,90. Valeu aí só para falar o nome dele. Acho que só queria mostrar o nome dele. Achei muito bom. Eh, no bem, o
Jamie Diamond, que a gente tinha comentado antes, ele falou que America First não poderia ser America alone, né? Isso eh me lembrou um pouco do da terminologia bem desse posicionamento isolacionista dos Estados Unidos que o Greenspan fala no capitalismo da América. Historicamente os Estados Unidos eh intercalaram entre movimentos que eles eram mais abertos e mais isolacionistas. Isso teria raízes até nas discussões entre Alexander Hamilton e Thomas Jefferson, que tinham abordagens diferentes de como ver viam os Estados Unidos. Eh, essa essa temporada agora, né, de de novos governos, né, de americanos mais isolacionistas, seria um fruto,
talvez, de uma essência, o Troirro falou isso, porque por isso que eu tô falando, uma essência dos Estados Unidos nunca terem ah se enxergado definitivamente como líderes globais sucedendo os britânicos, que foi meio que para passar de bastão ali no final da Segunda Guerra. Eu não acho que eles não se enxergaram. Acho que os americanos eles desenharam um sistema diferente. Era uma nova etapa, um novo capítulo do que é ser uma um grande uma grande potência ou a potência hegemônica. Os britânicos foram uma potência hegemônica numa era imperial. Eh, existe um uso da palavra imperial
de uma forma mais genérica, eh, solta. E eu tô usando num sentido mais restrito, mais específico. Eh, os Estados Unidos é um grande império na forma genérica, sim. Na forma mais restrita, mais detalhada, não. Ele não foi lá e invadiu e dominou. Ele não não é não é a mesmo modelo. Ele construiu regras e disse: "Ó, as regras são essas. Todo mundo vai ganhar com essas regras. Se vocês seguirem as regras, vocês vão se dar bem". Tanto que essa é a história do sucesso chinês. E então os Estados Unidos não se impôs do mesma forma
de dominação que os britânicos se impuseram. Mas eu não acho que isso é dizer que os Estados Unidos não liderou. Ao contrário, ele ele para mim liderou muito mais do que os britânicos. A liderança britânica tinha muita imposição, americana não tinha. E é exatamente isso que tá causando o problema agora. Ninguém tá acostumado com os Estados Unidos tão truculento, tão eh dando, efetuando disparo, atirando para todo lado. Não, não tá. Isso não é tão normal. Ah, aconteceu na guerra do Iraque, no Afiganense. Nãoal aconteceu, mas teve uma razão muito clara. Teve 11 de setembro. Então,
eu não acho que os Estados Unidos não foram líderes. Eu acho que o espírito, o DNA isolacionista existe até pela questão geográfica. Estados Unidos tá isolado do resto do mundo, as Américas são isoladas. Eh, e isso volta de tempos em tempos. Só que existe uma discussão se o governo Trump seria isolacionista ou não. E eu não acho que ele assim ele pegou uma uma vertente isolacionista pior que não é uma vertente isolacionista. Eu não quero saber disso. É, eu não quero saber e eu quero implodir tudo que eu puder na minha retirada. Eu quero causar
mais eh turbulência. Mas é problema. Não é só que tipo assim, ah, eu não quero saber da Europa, não, eu quero ir lá e falar pra Rússia que ela vai ter a Ucrânia. Então, é mais do que um isolacionismo puro, um isolacionismo ativista. E isso é problemático. Eh, e agora falei a palavra ativista e tem uma coisa que me veio na que assim que eu lembrei, né, que eu acho que um dos problemas dessa história toda é que as pessoas não conseguem perceber o que que é uma a posição da política e do empreendedor. E
aí eu obviamente tô me referindo de certa maneira ao Trump, né? Um quando você tá no mundo dos negócios, da economia, você não pode ser ativista político. Por quê? E cara, se ativista político, você não faz negócio comigo. Ah, você tá você tá de terno azul. Ah, não, azul não sei. Você é ativista, cara. assim, isso e tudo que você vai fazer é moldado pela sua percepção ideológica da realidade. Você não não é só que você se incomoda e acredita em casa fala assim: "Não, eu não gosto disso daí, eu gosto politicamente de outra coisa".
Você é ativista. O que que é um ativista? É um cara que fica pregando, que entra em guerras, em batalhas políticas, em guerras culturais. A gente tem um monte de exemplos de empresários até aqui no Brasil que decidiram virar ativista político. Uhum. O que que aconteceu com com com eles? Isso. Mas mas se deram muito mal. Por quê? Porque ativismo político é baseado em paixão. E a atividade comercial, negocial, do mundo dos negócios, ela não é de paixão. Meu, vou vender para você, para ele. Claro, ser um grande criminoso, eu não vou querer vender para
você, mas meu, você usa suéter, ele usa camiseta, tanto faz para mim, entendeu? Tipo, eu quero vender, cara. A minha lógica é outra. Se você vira um ativista político, você começa, você se perde. Qual é o grande exemplo clássico de um o maior empreendedor, o cara mais rico do mundo, que virou ativista político, Elon Musk? E o que que tá acontecendo com o negócio dele? O que tá acontecendo com ele como empreendedor? Um colapso. Ele está colapsando porque ele virou ativista político. Essas essas duas atividades elas não combinam. Eles não são mundos que combinam. Se
o Trump quer ser um ativista político, saiba que você causará estragos no mundo econômico. Se ele é um grande negociador do mundo privado econômico, ele não pode ser um ativista político, senão ele vai se dar mal. ou se ele resolveu ser um ativista político, pode ter certeza que ele não está com o chapéu de grande empreendedor. Essas coisas não se misturam. Você não pode ser ativista político e ser um mundo, ser um empreendedor no mundo privado. Não pode. Não dá certo. Não deu certo em lugar nenhum. Não vai dar certo nunca. A paixão te domina.
Toma conta. Se se perde os a a Tesla e os negócios do Will Musk estão sofrendo por causa do ativismo político dele. A gente tem várias também casos aqui no Brasil de pessoas que, meu, sofreram por isso, perderam a mão porque ficaram tão apaixonados pelo ativismo político que cometeram erros grotescos. Esse é um é uma boa métrica de referência pra gente entender o chapéu do Trump de grande negociador, grande empreendedor ou grande ativista político. Will Musk, ele é um grande ativista político ou ele é um grande, um dos maiores empreendedores que a humanidade já produziu?
Não dá para você ter as duas coisas. Esses dois mundos não conversam. Spis, você tem mais alguma pergunta? Você vi que você tem várias aí, na verdade, mas pelo horário pode não pode se você não o o super chat aqui eu tenho mais uma só para encerrar, mas pode jogar uma não, da minha parte, né? Você pode jogar mais alguma aí? Não, eu queria fazer uma para encerrar aqui. Eu queria mais dizer essa aí era a É a principal. Manda aí então. Manda agora. Pode mandar porvor. Tá bom. Quem vence o Bras Estados Unidos ou
China? Na sua visão hoje? Olha, eh, se o Trump continuar eh conduzindo as coisas desse jeito, eu acho que os Estados Unidos não vai estar preparado para encarar a China. E a China vai mover 10 peças no tabuleiro de uma vez, sem estar pensando ou acreditando que seria possível fazer isso. É, é, é, é, dá pra gente imaginar um cenário, e a gente falou um pouco disso aqui, Uhum. aonde as coisas seguem rumos não intencionais e elas criam catástrofes gigantes que no final das contas eu entendo que China, Rússia, Coreia do Norte, Irã, o eixo
das ditaduras tá mais preparado, mais pronto, mais alinhado para tirar vantagem dessa desse cenário do que OTÃ, Aliança das Democracias, Ocidente, eh o nível de de tensão, de desconfiança, de ruptura que foi criado entre as alianças ou entre as democracias, ela só enfraquece os Estados Unidos. E o nível de apostas eh que o Trump fez, eh a China tá se mostrando ousada. Eu é assim, precisa mudar muita coisa nos Estados Unidos e rápido. E rápido, porque você imagina essa história da Tesla, a vitória da BYD sobre a Tesla é a resposta para essa pergunta. Porque
a China não está sendo ativista política, tá sendo pragmática. E a Tesla e os Estados Unidos tão num humor, num mood, num numa mentalidade, numa numa vibe de nossa, eu sou ativista político da hora que eu acordo até a hora que eu vou dormir. Assim, teatro, show, política é sobre teatro, né? Política sobre show, política é sobre encenação, é sobre eh impacto, caos. eh chamar atenção narrativa e e parte disso tudo, uma parte da explicação porque que o Trump faz tudo isso é para isso. E tem ressonância na política. A gente sabe que tem. Eu
aí eu diria que ou essa história para e alguém começa a falar: "Não, não, não vai dar mais para fazer isso". As forças internas nos Estados Unidos tem que tem que falar, ó, tipo, não vai dar para você continuar assim. Você quer enfraquecer a China comercialmente, volta, chama todos, todo mundo livre, fala: "O plano é esse, gente, mas aí você tem que dizer que você vai defender eles. Você tá do lado deles, do lado da Ucrânia, você não vai deixar a Rússia. Isso é possível pro Trump? Trump consegue, a ideologia dele permite, os apoiadores incondicionais
dele aceitam brigar e condenar e e dizer que o Putin é uma grande ameaça pro mundo. Eu não sei se isso é possível. Trump é especialista em cavalo de pau, mas esse é um cavalo de pau que eu eu não vi. Eu não sei se ele consegue fazer agora. Tem muita gente com ele que veio com uma outra concepção da realidade. O J Vents é um outro. Fala pro J V que é para ele parar de xingar a Europa, que é para ele abraçar a Europa, que a única chance dessa história dar certo é juntar
todo mundo livre, democrático e fazer um grande acordo entre eles e falar assim: "Nós vamos quebrar a China". Nós estamos muito longe de fazer isso e eu não sei se se dá para voltar. Não sei se os europeus acreditam no Trump. Se alguém acredita no Trump, a minha que ele é consistente. A minha pergunta de encerramento ia ser como reverter esse cenário, mas você acabou já respondendo, né? Teria que ter uma aliança entre você tem que abrir o jogo, você tem que falar real, falar assim, ó. Não. E mas o grande problema é que ele
ele vai ter que fazer exatamente tudo que ele é difícil ver ele cedendo. O contrário do que ele tá fazendo agora, né? Isso. Eu assim, ele vai ter que confrontar o Putin, vai ter. Eu não consigo ver ele fazendo isso. Uhum. Ele vai ter que chegar pros europeus e falar assim: "Não, eh, eh, eu vou proteger vocês, mas eu quero que vocês se armem. é importante. Eh, mas até quando vocês precisarem, me dá um calendário aqui, me dá um cronograma, quanto tempo vocês precisam, eu vou tá aqui até o final com vocês. Algum europeu vai
acreditar nisso? Difícil, né? E aí se juntar a todo mundo e falar. Só que aí o parte do problema no caso comercial é que não é só a China que tá fazendo isso. Os países superavitários não é só a China. A China é maior, mas tem a Alemanha, tem a Coreia do Sul e tem o Japão ainda numa medida. E aí, como é que equaciona isso? Entendeu? Uma das soluções para esse dilema todo da questão comercial é eh o Kees acho que propôs isso e falou, né, lá atrás no Bron Woods, eles falaram que você
não poderia ter no sistema internacional países superavitários persistentes. A regra seria essa. Naquela época, quem não aceitou isso foi os Estados Unidos, porque os Estados Unidos era o super avitário persistente. Agora é a China. Então a China não vai aceitar. Não tem como você forçar a China a aceitar isso por conta própria. Ela não vai aceitar isso. O que que você tem que fazer? Você tem que forçar isso guela abaixo, mas é melhor você forçar isso com o mundo inteiro junto. O Will Musk já deu uma das falou sobre isso. Temos que fazer um acordo
de livre comércio, tarifa zeros Estados Unidos, Europa, virar um grande mercado comum Estados Unidos e Europa. E aí ele começou a brigar com o Navarro, é xingar o Navarro publicamente. Isso. Porque o Navarro começou a falar, imagina. E aí os ideólogos, os apaixonados, os ativistas não aceitam isso porque a Europa é o woke para eles. Então não tem negócio com a Europa. A Europa é pior do que o Putin para eles. Como é que a gente desfaz isso? Como é que você racionaliza com essas pessoas? É pura paixão, é pura emoção? Não adianta falar isso.
E tem um monte de gente que vai assistir tudo isso daqui que eu tô falando e vai repetir todos os mantras da paixão. E assim o mundo pode ter explodido e vão falar que não. Tinha um plano. Tinha um plano por trás. O plano tá vindo. 72 horas. O plano tá vindo. SP, você quer trazer uma última? Porque o Rock já tinha fechado a minha. Ou podemos liberar o homem? Não, podemos liberar, né? Então, só para encerrar, professor, como é que faz para te achar nas redes? E Spice, como é que faz para receber o
mercado em 5 minutos? Você escreve toda todo dia? Primeiro professor para Tá bom. Bom, pessoal, eh, professor rock, H, eh, YouTube, Instagram, TikTok. aulas longas como essa, inclusive escrevi uma sobre o tarifaço, escrevi não, fiz uma, né, um vídeo sobre o tarifaço recente e explica um pouco dessa história da tabela, tal, que são coisas que a gente não entrou aqui no detalhe. Tem também o meu aplicativo que é o Rock Academy. Você pode baixar e na loja da Apple ou do Google. Lá tem aulas, cursos exclusivos para os assinantes e tem uma sessão que se
chama Bunker do Rock com notícias em tempo real, eh, análises mastigadas, digeridas para vocês entender tudo isso que tá acontecendo o tempo todo. Tenho certeza que vocês vão gostar. Baixa o aplicativo, não esquece também, vou aproveitar. Eh, e usem o cupom de desconto aqui, é verdade, para pós-graduação. Eh, dinâmica global chama pós. É uma pós em geopolítica. Eh, primeira pós daí ela é feita online, você não precisa ter formação em relações internacionais ou em geopolítica. é muito abrangente, professores especialistas de diversas áreas, tecnologia, comunicação, economia, finanças, história, tudo óbvio, com o olhar geopolítico, olhar do
mundo. Eu leciono duas disciplinas. Eh, um dos professores é o Tony Blair. A gente trouxe ele, tive uma conversa, uma entrevista com ele, muito interessante. E é isso, aproveita porque o desconto é bom. É um diploma pós-graduação validado pelo MEC, a PUC do Paraná. Eh, e e mandei no chat o cupom, é rock no MM30. Isso, Rock no MM30. Mateus Space, como fazer para te achar? Como lê o seu sua newsletter diária maravilhoso. Eh, meu Instagram é um Mateus Espias com th espias sps. Acho que tá aqui no vídeo também, tá no LinkedIn também. Se
é para quem quiser acompanhar, eu posto algumas coisas nos dois. E a newsletter é para quem tá cadastrada, é gratuita, então você tem cadastro seu e-mail, cadastrado seu e-mail na Empíricos, você recebe o e-mail. Tem uma versão paga também para quem quer um minuto a mais com uma recomendação diária, uma ideia das mais variadas possíveis. Eh, mas é gratuita. A, o principal do conteúdo é gratuito, tá na Empíricos. Muito bom. Muito bom. Ó, o André me mandou, tá assistindo. Hum. André Ferreira, eh, meu cunhado. E ele tá lá e ele tá falando aqui, ó. Tô
vendo você aqui. Tem uma questão. Os Estados Unidos controlam o estreito de Malaca e podem interromper o fluxo de óleo paraa China. Estão apertando a segurança do canal do Panamá. Controlaram os mares ainda controla o mundo. Não, a gente tinha mandado até essa pergunta super chat. Teve um cara, o cara da BID falou isso sobre esse estreito de Malacaq. Controla, mas a China tá construindo há anos o Belton Road Initiative, que é a nova rota da Seda. Uhum. Que é para encontrar uma alternativa para um potencial bloqueio naval. Mas um bloqueio naval para eh estrangular
a China, ele é uma declaração de guerra. Eh, e por isso que a China quer Taiwan, exatamente para evitar que o bloqueio naval possa funcionar. Se a China controlar a Taiwan, as chances desse bloqueio naval funcionar eh são menores. E é assim, não dá para você controlar os mares do mundo se você permitir que a potência terrestre controle o grande continente que é Eurásia. Se a China e a Rússia conquistarem a Eurásia, elas vão poder construir uma grande marinha para desafiar a potência marítima. Então, no final das contas, André, eh os mares são importantes, mas
eles não são a única coisa, principalmente se você abidicar da maior terra que existe no mundo, que é a Eurásia, Europa e Ásia. E nessa grande terra surgiu uma grande potência que vai construir uma grande marinha e vai te desafiar nos mares. Só falei de dos dois pensadores, tem outros dois. Tem um que vai, outros vão dizer se quem conquistar o espaço vai conquistar o a terra e outro vai dizer quem conquistar as costas, a áreas costeiras, os litorais do mundo, dominará o mundo, não do mundo inteiro, mas da Eurásia, particularmente. Então, tem quatro visões.
Controla o mar, controla a terra, controla a costa ou controla o espaço. É, na teoria dos mares, ela não para de pé se você abdicar do controle da terra maior do mundo, que é a Eurásia. E os Estados Unidos têm dado indícios que ele está entregando a terra maior do mundo, a Eurásia, para a China e para a Rússia. Uhum. E ao longo dos últimos 120 anos, os Estados Unidos não deixou isso acontecer. Acho que a gente falou disso na outra vez. Exato. Então é isso. Deixa eu só pegar mais um super chat que o
Pop and Ice Cream Seller sentence mandou: "Polônia pode virar potência europeia? Pode já. É maior exército da Europa é a Polônia. E a Polônia é a que estaria mais disposta, mais ímpeto para lutar contra os russos com mais força, mais que todo mundo. Claro, a Alemanha a hora que vier pro jogo vai vir pesado, mas a gente tem que torcer para que quando a Alemanha tiver pronta pro jogo, ela esteja sendo governada por um partido não de extrema direita, não AFD. Uhum. e sim para uma direita convencional. Convencional. É bom. Desse jeito podemos encerrar. 9
horas em ponto. Professor Roque, muito obrigado pela sua presença. Mateus Spis, muito obrigado pela sua presença, sempre muito enriquecedor. Portas marketer sempre abertas para ambos. Muito obrigado. Obrigado. Valeu. Você que viu até o final, joinha no vídeo, se inscreve no canal. Estamos crescendo para caramba e queremos ter muitos mais, muito mais inscritos aqui. Lembrando, Marketmakers não é só um podcast, você pode receber nosas newsletters, você pode virar membro da nossa comunidade e ajudar bastante o marketers a crescer ainda mais. Até semana que vem com mais um episódio aqui sempre às 18 horas, às terças e
quintas. Ciao
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