[Música] a arte é um poderoso instrumento de transformação social e pessoal portanto deve estar garantido a todos física e intelectualmente dessa forma a pessoa com deficiência têm direito ao acesso tanto ao fazer artístico quantas mais diversificadas formas de manifestação cultural [Música] [Música] aí o presidente isso foi levando haiti cada vez mais distante porque eu mesma meu próprio preconceito me impediria de julho de achar que é possível falar na argentina porque é o que é que eu vou fazer não tem nada posso fazer né e então me formei em comunicação social que foi a coisa mais
próxima da criação que eu achei que eu ia passar né eu e deus nunca me especializando em criação publicitária trabalhei por seis anos assim dessa forma na criação publicitária do jejum um pouco da finalidade da propaganda nessa coisa comercial essa coisa de vender é criar nessa cidade para as pessoas criarem mais motivos para saírem das suas vidas nec que é dom maneira melhor grossa de dizer é a publicidade faz muito isso com as pessoas aqui a necessidade de torná la cada vez mais louca pra ganhar dinheiro pra sair das suas vidas e eu tava meio
cansada disso não queria fazer parte disso não queria estimular as pessoas a viver em si que eu queria viver assim então eu saí da publicidade foi uma decisão difícil porque eu ganhava bem né eu era um profissional muito bem paga as agências me tiravam do lugar para o outro porque queria o meu trabalho então foi uma uma decisão muito difícil mas eu tomei essa decisão e eu pensei comigo vou escrever um livro que também me pareceu mais fácil para eu escrever um livro que é uma outra actividade artística que envolvesse a capacidade física na questão
que inicialmente a pessoa olha pra você e ela só enxerga a tragédia ela só enxerga a doença ela só consegue ter piedade pela tua condição inferior à dele isso é muito ruim às vezes dependendo da pessoa porque essa pessoa começa a se achar mesmo superior eu não teria coragem se alguém olhar pra mim e dissesse 'não você é você artista assim porque muita gente dizendo 'não você é é uma pessoa dependente em infelizmente a vida pra você vai ser muito restrita o normal é isso que você lida do seu dia a dia e até hoje
hoje eu sou independente ainda lido com com essa circunstância no meu dia a dia por conta do ar muito menos do josé andré foi a zona dos países a email começou em 2002 porque ele vem e aí eu eu eu represento [Música] do meu ponto de vista é é a arte é importante uma ferramenta importantíssima na inclusão é do momento que ela desenvolve a autoestima da pessoa a partir do momento que ela se sente capaz de criar aquele objeto transformar aquela simples caixa e um porta jóias pintar uma tela fazer um mosaico enfim a pessoa
se sente capaz então como nós trabalhamos em quase que na totalidade com com materiais reciclados justamente para promover é essa não só a consciência ecológica mas essa consciência de que este objeto pode ser transformado naquele objeto e mais quando ele é uma simples garrafa ele já vai enxergar uma outra coisa nem eu então isso ajuda no desenvolvimento cognitivo né da pessoa com deficiência a gente foi acostumando o tempo todo tem que seguir um padrão de [Música] estereótipo perfeito né a pessoa tem que ter duas pernas que funciona é tem que ter dois braços que funciona
em dois jogos que funciona é e eqüinos se trata de arte pra mim ela fala de informação de de reparti aquilo que o performance o ator bailarino ele propôs a estudar para as pessoas para poder abrir a mente é não abrir a mente mas talvez fazer uma reflexão e quando fala de da performance que se trata de uma de uma inclusão não é uma pessoa com deficiência pra mim ela quebra e se esse estereótipo que as pessoas colocou na cabeça que é o perfeito e até vou além assim porque eu trabalho com criança né e
acho mesmo que as crianças elas precisam ter acesso a esses artistas há pessoas que estão pesquisando essa nova forma de fazer essa nova forma de de entender o outro e quando você se depara com deficiente formando uma cena feliz ou uma cena triste ou uma crítica você começa a entender o seu que você o corpo ele pode pra outros caminhos até mesmo para não deficiente assim você se enxerga em outros lugares da europa capaz de fazer eu posso fazer não porque aquela outra pessoa está fazendo mas porque a arte tem essa função então eu não
acho que o deficiente ele ele é mais certeiro né não é não é isso assim eu acho que a arte ele a arte em si ela é certeira eu fui dar aula para os idosos e passou uma senhora é na cadeira de rodas bem no final da sala e eu fui lá convidá-la para dançar ela falou isso mas eu não posso ficar de pé senão mesmo a cara da nossa senhora na cadeira por mês ou nunca dancei da cadeira de são paulo e aí a gente dançou ela ficou maravilhada chorou e emocionou os profissionais estão
cada vez mais capacitado para receber essas pessoas ea dança é uma uma questão libertadora pra o cadeirante para pessoa com deficiência independente da deficiência seja é uma forma de através dessa arte a gente conseguir fazer a sociedade enxergá los de uma maneira mais igual não somos todos iguais o que que precisa mais é as pessoas abrirem suas cabeças além de trazer subjetividade isso para ressignificação da experiência humana a ti como atividade terapêutica é capaz de trabalhar o desenvolvimento motor e resgatar a autoestima da pessoa com deficiência a música né a educação musical ela tem dois
caminhos o primeiro caminho é o caminho da educação mesmo então ela vai fazer com que essas pessoas é tenham a educação musical na sua formação então nesse sentido ela faz com que a pessoa com deficiência aprenda realmente tenha a educação da música e mas tem um lado não musical também que a parte da da interação social tem a questão também ela se sente útil na vida da própria vida né sabendo que ela pode fazer alguma coisa além do fazer musical que dá muito prazer pra ela né e também tem a educação ela envolve a parte
terapêutica que na verdade a gente costuma dizer que a música é vai trabalhando a alma da pessoa né vai fazer muito bem pra o caminho para a vinda dela né ela vai se sentir mais feliz e ea música contagia então ela atrai qualquer tipo de pessoa seja ela com deficiência ou não e eu falei na parte terapêutica porque além de curar essa parte psicológica ela também influi na questão da fala se a pessoa por exemplo é a fase que por conta de um avc é a música informalmente vai desenvolver vai fazer é trazê lá né
a memória algumas músicas que ela já conhece por exemplo então sem querer ela pode começar a falar a voltar a falar só que de uma forma mais tranquila sem muita pressão num determinado momento ea gente tem visto isso acontecer eu tenho visto é algo assim muito limpo é a grande mudança é a questão da do retorno à vida realmente a gente percebe que a música faz muito bem a pessoa e ela não deixa de participar da aula que é muito particular porque sua fase muito feliz ainda existe aquele olhar muito preconceituoso existem ainda pessoas no
shopping que que exclui que bate com um carrinho de compra em pessoas na cadeira de rodas como se fossem pessoas estivesse atrapalhando muito complicado isso então isso me incomodava muito e aí eu comecei a me interessar e casey as duas coisas que eu muito que é a dança e fazer com que essas pessoas pudessem experimentar a alegria que a dança pode promover o trabalho na companhia de borboleta é uma companhia de performer né e nós temos a vanessa cornelli o que é a diretora da companhia é do projeto em si e várias vezes eu tive
que que buscar caminhos para continuar pronta pra tá com ela por exemplo o dia inteiro eu tive que ficar é não falar o nome do teatro mas enfim mas eu tive que ficar num corredor com ela é se ela poder se maquiar para ela poder porque eu também não queria perder o contato tem que subir pra me trocar e depois descer e vê é ali porque não tinha sensibilidade não tinha como e tem teatros até que ela precisaria dar uma volta imensa para poder estar ali então é que já que o teatro ele tem esse
papel de de abraçar os artistas então que abraça os artistas por completa assim é toda classe teatral ah ah ah ah ah [Música] tudo isso eu achava que os textos clássicos me atrapalharia porque estão foram criados num contexto onde a pessoa com deficiência não estava envolvida mas eu mesmo estava sendo preconceituoso também tinha que evoluir não nasci com deficiência infelizmente a nossa sociedade ela ela não permite que a gente desenvolva isso entrar em contato com o outro né então eu também não tinha eficiência então também tive que evoluir no na aceitação da deficiência e no
entendimento da pessoa com deficiência na sociedade né então é hoje eu tenho certeza que eu posso fazer julieta por que eu não posso ser julieta julia podia ser cadeirante que que impede a julieta de ser cadeirante ela tinha uma questão amorosa sentimental o porquê que o cadeirante não tem essa questão a questão do cadeirante ou da pessoa com deficiência de um modo geral é só eficiência e quando eu comecei a fazer teatro é eu ouvi essa crítica à e vanessa acha que vai fazer no teatro porque nossa personagem da doença aaaah teza credo eu comigo
mesmo depois foi credo mais crédito na outra ele não pode ser tem que ter alguma coisa que posso dizer que não porque poxa não estás é aí eu lembrei da frida kahlo foi assim como uma iluminação divina mesmo sabe como se os anjos viessem me trouxe porque eu conhecia frida kahlo só da obra eu não tinha noção ainda dentro da casa tinha passado por todas as limitações físicas que ela tinha passado apesar de conhecer um pouco da obra ver que ela tinha nessa questão física presente na vida dela não conhecia a história dela então eu
comecei pela vida ea frida foi mostrando que também precisava ter uma deficiência isso que acabei de falar que às vezes poderia passar simplesmente por uma questão psicológica como tantas todas as pessoas no mundo passam então assim eu acho que tem espaço eu acho ainda que é que as pessoas de teatro tem muito preconceito mas preconceito gigante é uma coisa que enfrenta ainda tem com as pessoas que que às vezes trabalham comigo às vezes não é assim tem que tomar muito cuidado quando eu falo isso porque quando eu digo que elas têm preconceito não estou agredindo
as pessoas estão dizendo que eu tenho e arte funciona a ser a pew arte aqui é eu não gosta de chamar de arteterapia né pra falar como arte mesmo nosso trabalho é um trabalho é quase que na totalidade ecológico nós trabalhamos muito com reciclado que nós acreditamos nessa é na conservação do meio ambiente primeiramente né e na transformação dos objetos então quando ele pega o meu não pega uma caixa e transforma aquela caixa muito boa ele está construindo um ato assim quando ele transforma um outro objeto em uma outra coisa é uma construção que a
gente trabalha muito também com um pintura porque as cores ajudam muito o desenvolvimento cognitivo e com o zaiko por causar você trabalha psicomotrocidade os movimentos de pena de pensa é um mosaico nós trabalhamos a psicomotricidade são músicos movimento de pinça fino em movimento de pinça groso né além do dentro e fora então uma simples aula de mosaico você pode você vai trabalhar um mosaico bizantina por exemplo você dá uma aula de história você vai dividir as cores do ato legítimo está trabalhando core você vai dividir o o número de pedras que vai em cada parte
você está trabalhando a matemática então você trabalha uma série de coisas uma simples aula de arte para o desenvolvimento cognitivo de wacken envolver a cognição eu cobro muito isso deles quando eles fazem não fosse a nossa a nossa dança não pode ficar preso aqui dentro das quatro paredes do hospital ela tem que pôr palco pra ser uma apresentação quando você vai no casamento de um primo do sobrinho lance eu quero eu cobro isso deles você vai gravar um vídeo com você lá no meio da pista dançando com todo mundo porque ela tem que sair das
quatro paredes ela tem que ser incluída e eu falo que quando a pessoa com deficiência dança principalmente os os teclas eo das pessoas com paralisia cerebral elas não é parece que liberta o corpo assim elas se entregam às experiências motoras a gente brinca coloca algumas músicas que vai estimular elas a regular mas eu não sei eu não tenho um dia vai rolar eu não ea gente vai desenvolvendo e é um trabalho muito de formiguinha um trabalho muito de um processo muito demorado às vezes a pessoa viu fazer uma apresentação como uma aluna mas assim ali
tem um trabalho de três quatro cinco anos para chegar naquele nível dela perder a vergonha e depois que perde a vergonha também aí você não consegue segurá lo [Música] [Aplausos] o som com o evento a mim tomar choque também fosse então é através dela então bota o telefone ea partir daí a gente começa em dois colégios em 2020 em deus menino então eu vi que não era nem tanto no meu rosto [Música] a entrada na zona das duas vezes então é com esse é o meu jeito ninguém eu falo que a empresa não é mais
minha eu não tenho temperamento para isso de ficar na cidade esperando que façam por mim o tempo todo é viver à mercê eu não consigo enxergar essa opção então a opção que eu tenho é essa é seguir adiante e não é nem lutar eu não gosto de pensar em luta porque luta quando você luta parece que você tem um inimigo não penso que pensar num inimigo eu quero pensar em pessoas que ainda estão desinformados então quero ajudar a informar eu quero ajudar as pessoas entenderem apenas como entendem como hoje eu ouço assim é andantes né
pessoas que estão em plenas condições de rigor chegar nem falar assim eu faço teatro porque eu conheci você a arte ela acaba é desmistificando a alguns procedimentos colocando a essas discussões ali no palco né trazendo à tona coisas que as pessoas ficam guardadas dentro delas e átila não precisa que essa pessoa diga isso é espanha o que está guardado dentro delas que ela vai ver aquilo no palco aqui numa tela aquilo no muro que pode ser um grafite né pode ser tanta coisa arte hoje está emprega emprego nada em tantos lugares né e aquilo ela
pode trabalhar só dentro dela não precisa necessariamente ser uma exposição do daquilo que você não gosta de si mesmo não é porque a gente tem coisas que não gosta de si mesmo que às vezes não quer expor a tido essa oportunidade porque você não tem que falar sobre isso você tem que sentir e deixar ela trabalhar dentro de você transformar de transforma [Música] [Aplausos] [Música]